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Revisão AV1 Ciências Políticas (Parte 3)

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Resumo AV1 Ciências Políticas 
 
Três grandes pensadores modernos marcaram a reflexão sobre a 
questão política: Hobbes, Locke e Rousseau. Um ponto comum 
perpassa o pensamento desses três filósofos a respeito da política: a 
ideia de que a origem do Estado está no contrato social. Parte-se do 
princípio de que o Estado foi constituído a partir de um contrato 
firmado entre as pessoas. Aqui entende-se o contrato como um acordo, 
consenso, não como um documento registrado em cartório. Além disso, 
a preocupação não é estabelecer um momento histórico (data) sobre a 
origem do Estado. A ideia é defender que o Estado se originou de um 
consenso das pessoas em torno de alguns elementos essenciais para 
garantir a existência social. Porém, existem algumas divergências entre 
eles, que veremos a seguir: 
Hobbes (1588-1679) acreditava que o contrato foi feito porque o 
homem é o lobo do próprio homem. Há no homem um desejo de 
destruição e de manter o domínio sobre o seu semelhante (competição 
constante, estado de guerra). Por isso, torna-se necessário existir um 
poder que esteja acima das pessoas individualmente para que o estado 
de guerra seja controlado, isto é, para que o instinto destrutivo do 
homem seja dominado. Neste sentido, o Estado surge como forma de 
controlar os "instintos de lobo" que existem no ser humano e, assim, 
garantir a preservação da vida das pessoas. Para que isso aconteça, é 
necessário que o soberano tenha amplos poderes sobre os súditos. Os 
cidadãos devem transferir o seu poder ao governante, que irá agir 
como soberano absoluto a fim de manter a ordem. 
Locke (1632-1704) parte do princípio de que o Estado existe não 
porque o homem é o lobo do homem, mas em função da necessidade de 
existir uma instância acima do julgamento parcial de cada cidadão, de 
acordo com os seus interesses. Os cidadãos livremente escolhem o seu 
governante, delegando-lhe poder para conduzir o Estado, a fim de 
garantir os direitos essenciais expressos no pacto social. O Estado deve 
preservar o direito à liberdade e à propriedade privada. As leis devem 
ser expressão da vontade da assembléia e não fruto da vontade de um 
soberano. Locke é um opositor ferrenho da tirania e do absolutismo, 
colocando-se contra toda tese que defenda a ideia de um poder inato 
dos governantes, ou seja, de pessoas que já nascem com o poder (por 
exemplo, a monarquia). 
 
Rousseau (1712-1778) considera que o ser humano é essencialmente 
bom, porém, a sociedade o corrompe. Ele considera que o povo tem a 
soberania. Daí, conclui que todo o poder emana (tem sua origem) do 
povo e, em seu nome, deve ser exercido. O governante nada mais é do 
que o representante do povo, ou seja, recebe uma delegação para 
exercer o poder em nome do povo. Rousseau defende que o Estado se 
origina de um pacto formado entre os cidadãos livres que renunciam à 
sua vontade individual para garantir a realização da vontade geral. Um 
tema muito interessante no pensamento político de Rousseau é a 
questão da democracia direta e da democracia representativa. A 
democracia direta supõe a participação de todo o povo na hora de 
tomar uma decisão. A democracia representativa supõe a escolha de 
pessoas para agirem em nome de toda a população no processo de 
gerenciamento das atividades comuns do Estado. 
 
 
TEORIAS COLETIVISTAS DO ESTADO 
• Coletivismo é uma ideologia para a qual os bens de produção e 
consumo devem ser igualmente distribuídos a cada um dos 
membros da coletividade, independentemente do valor de sua 
contribuição para produzi-los. 
• Ele diz às pessoas o que elas devem fazer. Não existe uma 
ideologia coletivista uniforme, mas várias doutrinas coletivistas. 
• Cada uma delas enaltece uma entidade coletivista diferente e 
exige que todas as pessoas decentes se submetam a elas. Cada 
seita idolatra seu próprio ídolo e é intolerante com todos os 
ídolos rivais. Cada uma ordena a total subjeção do indivíduo; 
todas são totalitárias. 
 
É baseado na crença de que todos os indivíduos devem ter 
comportamento semelhante e o Estado tem a função de 
regulamentar os tipos de comportamentos adequados e de prover 
tudo o que os indivíduos necessitam, em troca de sua lealdade, 
submissão, engajamento político, obedecendo incondicionalmente 
as orientações e ordens de alguns indivíduos que lideram a 
ideologia. 
A CONCEPÇÃO MORAL DO ESTADO: 
• Tem como pressuposto o poder totalizante do Estado diante do 
indivíduo. 
• O Estado tem direitos perante o indivíduo/cidadão. 
• Os indivíduos somente são reconhecidos por meio da 
subordinação ao Estado que é mais alta obra da Razão e 
expressão máxima da consciência do Homem. 
Friedrich Hegel (1770-1831) - Principal autor 
• O Estado para Hegel é um todo ético organizado, isto é, o 
verdadeiro, porque é a unidade da vontade universal e da 
subjetiva. É, como entende o referido autor, a substância ética 
por excelência, significando com isso que Estado e a constituição 
são os representantes da liberdade concreta, efetiva. 
• Criticou as teorias de Montesquieu por que elas levavam ao 
enfraquecimento do Estado. Ele surge da luta entre dois 
poderosos, de um duelo e não de um contrato. Brota da força da 
espada do mais destro e a guerra é a forma de impor-se aos 
demais estados. 
A CONCEPÇÃO SOCIOLÓGICA DO ESTADO: 
• O Estado seria originário da necessidade de um grupo, ou classe 
social, manter seu domínio econômico a partir de um domínio 
político sobre outros grupos o classes. Segundo Marx (1993, 
p.96), “toda classe que aspira à dominação […], deve conquistar 
primeiro o poder político, para apresentar seu interesse como 
interesse geral, ao que está obrigada no primeiro momento”. 
• O Estado Capitalista não é neutro nem existe para a preservação 
do bem comum. É fundamentalmente uma arma ou um 
instrumento da classe dirigente que se utiliza dos seus poderes 
para resguardar a propriedade privada e tudo que diz respeito a 
ela. 
A CONCEPÇÃO SOCIOLÓGICA DO ESTADO: 
• PRINCIPAL TEÓRICO: 
• Karl Marx – Para ele o estado só poderia ser explicado, 
historicamente, a luz do desenvolvimento do corpo social 
partir do corpo Social ; 
• Para Marx, o Estado é essencialmente classista, ou seja, 
representante de uma classe social, no caso do Estado Moderno, 
da burguesia. É justamente a estrutura social que dá origem a 
estrutura do Estado e não o inverso, como defendiam os 
contratualistas. 
• A função do Estado, na teoria marxiana, é defender os interesses 
das classes dominantes por meio de seus instrumentos de 
regulação: sistema jurídico e o aparado militar e policial. 
• Se de um lado o Estado com sua atuação jurídica seria 
responsável por determinar a estrutura da sociedade, por outro, 
Marx destacaria que a estrutura de classe da sociedade 
determinaria e estrutura do Estado. 
CONCEPÇÃO MORAL E CONCEPÇÃO SOCIOLÓGICA , CONCLUSÕES: 
• Tanto em Hegel quanto em Marx a verdade situa-se na relação 
sujeito-objeto. O esforço de ambos é resolver a dicotomia sujeito-
objeto através do conceito de processo que remete à 
historicidade do real. No entanto, fica evidente neles que a 
resolução não se realiza senão através de passagem do sujeito 
pelo objeto (Hegel) e do objeto pelo sujeito (Marx). Desse modo a 
verdade em Hegel e em Marx deve ser compreendida como uma 
construção contínua enquanto exercício da liberdade (Hegel) e 
atividade eminentemente social (Marx).

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