Buscar

Trabalho Objetivo do Relatório Contábi1

Prévia do material em texto

UNIJORGE
CONTABILIDADE INTERNACIONAL
Demonstrativos e Objetivos do relatório contábil-financeiro na Lei das S.A
ELIENE DANTAS SOUZA
09/11/2019
 As demonstrações são o conjunto de informações que devem ser obrigatoriamente divulgadas, anualmente, segundo a lei 6404/76, pela administração de uma sociedade por ações e representa a sua prestação de contas para os sócios e acionistas enquanto o relatório tem como objetivo de fornecer ao investidor ou ao credor, por excelência, os usuários externos as informações, acerca da entidade, que sejam úteis para tomada de decisão. 
Demonstrativos que devem ser publicados anualmente.
As demonstrações são o conjunto de informações que devem ser obrigatoriamente divulgadas, anualmente, segundo a lei 6404/76, pela administração de uma sociedade por ações e representa a sua prestação de contas para os sócios e acionistas. A prestação anual de contas é composta pelo Relatório da Administração, as Demonstrações Contábeis e as notas explicativas que as acompanham, o Parecer dos Auditores Independentes (caso houver) e o Parecer do Conselho fiscal (caso existir). As demonstrações contábeis são relatórios extraídos da contabilidade após o registro de todos os documentos que fizeram parte do sistema contábil de qualquer entidade (empresa) em um determinado período. Essas demonstrações servirão para expressar a situação patrimonial da empresa, auxiliando assim os diversos usuários no processo de tomada de decisão. As demonstrações contábeis deverão obedecer aos critérios e formas expostos na Lei 6404/76, onde estão estabelecidas quais as demonstrações que deverão ser elaboradas pelas empresas, sejam de capital aberto ou não. A Lei 6404/76 estabelece que as empresas de capital aberto deverão publicar as suas demonstrações contábeis ao final de cada exercício social .As Demonstrações Financeiras obrigatórias perante as legislações tributária, comercial, societária e nas Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC).
 As empresas privadas brasileiras e as estrangeiras com operação no Brasil devem, ao final de cada período de incidência do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ), quando submetidas ao regime de apuração com base no Lucro Real, apurar o lucro líquido do exercício mediante a elaboração das seguintes Demonstrações Financeiras (1), observando, inclusive, as disposições da lei comercial e societária:
· Balanço Patrimonial (BP);
· Demonstração do Resultado do Período de Apuração (2); e
· Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA).
No que se refere ao Balanço Patrimonial (BP), a legislação do IRPJ obriga o contribuinte a sua transcrição no Livro Diário ou no Livro de Apuração do Lucro Real (Lalur), conforme podemos constatar na leitura do artigo 286, § 2º do RIR/2018, aprovado pelo Decreto nº 9.580/2018.
Observamos, ainda, que a elaboração dessas demonstrações é obrigatória também em face da legislação comercial e societária brasileira, conforme determina o artigo 176, I a III da Lei nº 6.404/1976. Além delas, a Lei nº 6.404/1976 obriga as companhias em geral (as que estão submetidas à Lei das S/As) a elaboração das seguintes demonstrações:
· Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC), exceto as companhias fechadas (3), com Patrimônio Líquido (PL), na data do Balanço Patrimonial (BP), inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais);
· Demonstração do Valor Adicionado (DVA), de elaboração obrigatória somente pelas companhias abertas;
· Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL). Sua elaboração é facultativa e, de acordo com o artigo 186, 2º da Lei nº 6.404/176, a DLPA poderá ser incluída nesta demonstração;
· Demonstração do Resultado Abrangente (DRA); e
Notas Explicativas (NEs) e outros quadros analíticos necessários para esclarecimento da situação patrimonial e do resultado do exercício
Objetivo do Relatório Contábil-financeiro de Propósito Geral.
A definição do objetivo do relatório contábil-financeiro de propósito geral é o pilar da Estrutura Conceitual. Os demais pontos de seu conteúdo devem ser consequência lógica dessa definição. Então, o objetivo do relatório contábil-financeiro de propósito geral é de fornecer ao investidor ou ao credor, por excelência, os usuários externos e as informações, acerca da entidade, que sejam úteis para tomada de decisão no tocante ao fornecimento de recurso a ela. Nesse sentido, cabe referência aos parágrafos OB1, OB2 e OB3, a seguir:
OB1. Constitui o pilar da Estrutura Conceitual. Outros aspectos é o conceito de entidade que reporta a informação, as características qualitativas da informação contábil-financeira útil e suas restrições, os elementos das demonstrações contábeis, o reconhecimento, a mensuração, a apresentação e a evidenciação. 
OB2. É fornecer informações contábil financeiras aproximando a entidade que cita essa informação contábil que sejam úteis aos investidores e em potencial, a credores por empréstimos e a outros credores, quando da tomada decisão ligada ao fornecimento de recursos para a entidade. Essas decisões envolvem comprar, vender ou manter participações em instrumentos patrimoniais e em instrumentos de dívida, e oferecer ou disponibilizar empréstimos ou outras formas de crédito. 
OB3. Decisões a serem tomadas por investidores existentes e em potencial relacionadas a comprar, vender ou manter instrumentos patrimoniais e instrumentos de dívida dependem do retorno esperado dos investimentos feitos nos referidos instrumentos, por exemplo: dividendos, pagamentos de principal e de juros ou acréscimos nos preços de mercado. Bem como as decisões a serem tomadas por credores por empréstimos e por outros credores, existentes ou em potencial, relacionadas a oferecer ou disponibilizar empréstimos ou outras formas de crédito, dependem dos pagamentos de principal e de juros ou de outros retornos que eles esperam. As expectativas de investidores, credores por empréstimos e outros credores em termos de retorno dependem da avaliação destes quanto ao montante, tempestividade e incertezas do ponto de vista associados aos fluxos de caixa futuros de entrada para a entidade. Consequentemente, investidores existentes e em potencial, credores por empréstimo e outros credores necessitam de informação para auxiliá-los na avaliação das perspectivas em termos de entrada de fluxos de caixa futuros para a entidade. 
Esse objetivo está definido por um motivo relevante que é a tomada de decisões por parte do investidor ou do credor, como, por exemplo, comprar e vender instrumentos patrimoniais como ações e de dívida, os títulos depende do retorno esperado do investimento como, dividendos, juros, pagamento do principal. Na maioria das vezes, os investidores e credores não têm capacidade de requerer informações específicas das entidades, para avaliar esse retorno, portanto devem confiar na informação constante dos relatórios contábil-financeiros de propósito geral, podendo combiná-la com informação obtida de outras fontes. Nesse sentido, cabe referência aos parágrafos OB4 a OB6 do pronunciamento.
OB4. Para que sejam avaliadas as perspectivas da entidade em termos de entrada de fluxos de caixa futuros, investidores existentes e em potencial, credores por empréstimo e outros credores necessitam de informação acerca de recursos da entidade, reivindicações contra a entidade, e o quão eficiente e efetivamente a administração da entidade e seu conselho de administração têm cumprido com suas responsabilidades no uso dos recursos da entidade. Exemplos dessas responsabilidades incluem a proteção de recursos da entidade de efeitos desfavoráveis ocorridos de fatos econômicos, como, por exemplo, mudanças de preço e de tecnologia, e a garantia de que a entidade tem cumprido as leis, com a regulação e com as disposições contratuais vigentes. Informações sobre a aprovação do cumprimento de suas responsabilidades, são úteis para as tomada de decisões de seus investidores e credores por empréstimo que tenha o direito de votar, eles tem que confiar nos relatórios contábil-financeiros de propósito geral, para grande parteda informação contábil-financeira que buscam .
OB6. Entretanto os relatórios contábil-financeiros de propósito geral não atendem e não podem atender a todas as informações dos investidores, credores por empréstimo e outros credores, existentes e em potencial, necessitam. Esses usuários precisam considerar informação pertinente de outras fontes, como, por exemplo, condições econômicas gerais e expectativas, eventos políticos e clima político, e perspectivas e panorama para a indústria e para a entidade.
Cabe esclarecer, ainda, que a informação a ser fornecida ao usuário externo, no relatório contábil-financeiro, não é diretamente aquela sobre o valor da entidade, mas sim sobre elementos dessa entidade, que sejam suficientes para que os usuários possam estimar o valor da entidade. Essas informações são em geral baseadas em estimativas, julgamentos e modelos não em descrições ou retratos exatos, mas estimativas, julgamentos e modelos estão amparados nos conceitos da estrutura conceitual. Sobre o tema, refere-se aos parágrafos OB7 a 0B11: 
OB7. O relatórios contábil-financeiros de propósito geral não são elaborados para chegar ao valor da entidade que referir-se a informação; fornecem informação para auxiliar investidores, credores por empréstimo e outros credores, existentes em potencial, a estimarem o valor da entidade que diz respeito a informação.
OB8. Os Usuários primários individuais têm diferentes, e possivelmente conflitantes desejos e necessidades de informação. Este Comitê de Pronunciamentos Contábeis, ao levar à frente o processo de produção de suas normas, irá procurar proporcionar um conjunto de informações que atenda às necessidades do número máximo de usuários primários. Contudo, a concentração em necessidades comuns de informação .
OB9. A administração da entidade que cita a informação está também interessada em informação contábil-financeira sobre a entidade. Apesar disso, a administração não precisa apoiar-se em relatórios contábil-financeiros de propósito geral uma vez que é capaz de obter a informação contábil financeira de que precisa internamente.
OB10. Os órgãos reguladores e membros do público que não sejam investidores, credores por empréstimo e outros credores, podem do mesmo modo achar úteis relatórios contábil-financeiros de propósito geral. Contudo, esses relatórios não são direcionados primariamente a esses outros grupos.
OB11. Os relatórios contábil-financeiros são baseados em estimativas, julgamentos e modelos e não em descrições ou retratos exatos. A Estrutura Conceitual estabelece os conceitos que devem amparar tais estimativas, julgamentos e modelos. Os conceitos representam o objetivo que este Comitê de Pronunciamentos Contábeis e os elaboradores dos relatórios contábil-financeiros devem se empenhar em alcançar. Assim como a maioria dos objetivos, a visão contida na Estrutura Conceitual do que sejam a elaboração e a divulgação do relatório contábil-financeiro ideal é improvável de ser atingida em sua totalidade, pelo menos no curto prazo, visto que se requer tempo para a compreensão, aceitação e implementação de novas formas de analisar transações e outros eventos.
. A informação constante do relatório contábil-financeiro de propósito geral compreende dados sobre a posição patrimonial e financeira da entidade , assim como dados sobre transações que alteram seus recursos econômicos e as reivindicações contra ela, nos termos do que dispõe o parágrafo OB12 da estrutura Conceitual: 
OB12. Relatórios contábil-financeiros de propósito geral fornecem informação acerca da posição patrimonial e financeira da entidade que reporta a informação, a qual representa informação sobre os recursos econômicos da entidade e reivindicações contra a entidade que reporta a informação.
Referencia: www.valor.srv.br/, http://www.portaldecontabilidade.com.br/
https://investorcp.com/gestao-ativo-imobilizado/demonstracoes-contabeis-para-empresas-de-capital-aberto/.https://jus.com.br/artigos/52679/exigencia-de-publicacao-de-demonstracoes-financeiras-de-sociedade-empresaria-de-responsabilidade-limitada-de-grande-porte

Continue navegando