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RESUMO DE AULAS: CONCEITOS, HISTÓRIA, EVOLUÇÃO, CAPS E RESIDÊNCIAS TERAPÊUTICAS

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CONCEITO DE SAÚDE 
A OMS define saúde como um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas como ausência de doença ou enfermidade.
SAÚDE MENTAL 
· A Organização Mundial de Saúde afirma que não existe definição "oficial" de saúde mental. 
· Saúde mental é um termo usado para descrever o nível de qualidade de vida cognitiva ou emocional. 
· A saúde Mental pode incluir a capacidade de um indivíduo de apreciar a vida e procurar um equilíbrio entre as atividades e os esforços para atingir a resiliência psicológica. 
· Admite-se, entretanto, que o conceito de Saúde Mental é mais amplo que a ausência de transtornos mentais"
O QUE É LOUCURA?
Designa-se por louco aquele indivíduo cuja maneira de ser é diferente em comparação com uma outra maneira de ser considerada pela sociedade como normal.
DOENÇA MENTAL 
É o estado que surge quando as pessoas não conseguem desenvolver ou manter-se em funcionamento harmônico para viver com seu grupo cultural ou em sociedade, não conseguindo transformar suas possibilidades em realidade. 
DESINSTITUCIONALINIZAÇÃO 
A desinstitucionalização de pessoas com longo histórico de internação passa a tornar-se política pública no Brasil a partir dos anos 90, e ganha grande impulso em 2002 com uma série de normatizações do Ministério da Saúde. Este processo se dá pela da redução de leitos em hospitais psiquiátricos (macro hospitais) através de mecanismos claros, eficazes e seguros.
· Deslocar o centro da instituição para a comunidade, distrito e território;
· Oferecer espaço para que os doentes sejam atendidos fora do hospital
· Ampliação dos serviços ambulatoriais
· Incorporação da saúde mental na ESF
· CAPS
· Residências Terapêuticas 
PSIQUIATRIA NO BRASIL 
· No Brasil, o primeiro manicômio foi fundado por D. Pedro II em 1852 no Rio de Janeiro 
· A partir de 1890, o hospício Pedro II passa a ser chamado de Hospício Nacional dos Alienados 
· Era do temor: 1950 – 1970: falta de leitos nos hospícios, expansão de leitos privados, estado patrocinando a loucura 
FUNÇÕES DO ENFERMEIRO NA SM
· Criar e manter o ambiente terapêutico
· Atuar como figura significativa
· Educar cliente e família sobre sm
· Gerenciar o cuidado
· Realizar a terapia do cotidiano (relações interpessoais)
· Atuar em equipe multidisciplinar
· Participar e criar ações comunitárias para a saúde mental
· Participar da elaboração de políticas de saúde mental
· Criar e manter o ambiente terapêutico
· Atuar como figura significativa
· Educar cliente e família sobre sm
· Gerenciar o cuidado
· Realizar a terapia do cotidiano (relações interpessoais)
· Atuar em equipe multidisciplinar
· Participar e criar ações comunitárias para a saúde mental
· Participar da elaboração de políticas de saúde mental
ATRIBUIÇÕES DO ENFERMEIRO NOS SERVIÇOS DE SAÚDE MENTAL 
· RELACIONAMENTO e COMUNICAÇÃO com o paciente, sua capacidade de ouvir e interagir – contribuir para a construção de profissionais aptos a atuarem junto às PTM.
· O enfermeiro deve perceber o indivíduo na sua integralidade- favorecer uma atuação diferenciada.
PREVENÇÃO PRIMÁRIA 
 Refere-se a população saudável. Inclui promoção e manutenção da saúde e prevenção da doença.
 Ações e atividades de educação para grupos vulneráveis
Adolescentes, pais jovens, idosos, mães solteiras
PREVENÇÃO SECUNDÁRIA 
Envolve o trabalho de detecção precoce e assistência imediata a pessoa em situação de crise ou com transtorno mental.
	Ações:
· Atuação na comunidade 
· Intervenção em crise
· Oferecimento de assistência pós-alta para o cliente e família
PREVENÇÃO TERCIÁRIA 
· Envolve a redução de incapacidade, se houver, os mecanismos de enfrentamento de prejuízos em decorrência de transtornos mentais e a reabilitação do cliente.
· Ações:
· Encaminhamento para serviços como oficinas abrigadas, residências terapêuticas, grupos de autoajuda, entre outros. 
· Serviços e programas que ajudem a inserção na comunidade
· Esclarecimento da população sobre recursos existentes e conscientização dos direitos e deveres
· Promoção e reabilitação social do cliente.
RESPONSABILIDADE LEGAL DO ENFERMEIRO 
· A responsabilidade legal caracteriza-se pela conduta dolosa (intencional) ou culposa (sem intenção). 
· O ato ilegal ou ilícito pode ser cometido por ação ou omissão que pode ser gerada por imprudência, negligencia ou imperícia.
EXEMPLOS em saúde mental
· Dolosa: intencional
· Culposa: sem intenção
· Imperícia: o que não sabe fazer, falta de destreza ou conhecimento.
· Negligência: o que não faz quando tem que fazer.
· Imprudência: faz quando não deveria fazer
LUTA ANTIMANICOMIAL 
· CAPS: 1992
· Antes mesmo de qualquer legislação
· Finalidade de inserir o indivíduo na sociedade e família
· BRASIL: 23 milhões de doentes mentais (Ass. Brasileira de Psiquiatria)
· São 12% da população, sendo 5 milhões em situação grave.
· 25 mil leitos psiquiátricos 
· 166 hospitais psiquiátricos
· 2.240 CAPS
FRANCO BASAGLIA E A REFORMA NO SISTEMA DE SAÚDE MENTAL 
Franco Bataglia foi um psiquiatra, reformulado do modelo de tratamento aplicado em instituições psiquiátricas até então, e referência global na luta antimanicomial. Basaglia nasceu em Veneza em 1924 e faleceu em 1980 na mesma cidade.
Promoveu junto a um corpo de psiquiatras, mudanças práticas e teóricas no tratamento de seus pacientes, conhecidas como Psiquiatria Democrática, ou o movimento de “negação à psiquiatria”, que deu origem à luta antimanicomial.
· O tratamento manicomial deveria ser substituído por atendimentos terapêuticos através de centros comunitários, centros de convivências e tratamento ambulatorial.
· Não ao isolamento
· Negou a prática de paciente como objeto de observação
· 1968: A INSTITUIÇÃO NEGADA
· Em 1978, foi aprovada na Itália a Lei 180, ou Lei da Reforma Psiquiátrica Italiana.
·  Ela serviu como referência para a Reformulação do Sistema Psiquiátrico no Brasil, que ainda hoje se encontra em formas de adequação.
POLITICA DE SAUDE MENTAL E A LUTA ANTIMANICOMIAL 
· Década de 70: denúncias
· Movimento dos Trabalhadores em Saúde Mental (MTSM) – que contou com a participação popular, inclusive de familiares de pacientes 
· Em 18 de Maio em 1987, surgiu a proposta de reformar o sistema psiquiátrico brasileiro.
· O dia 18 de maio – Dia Nacional da Luta Antimanicomial – é uma data crucial para legitimar mais de três décadas pelo direito das/os usuárias/os de saúde mental por atendimento digno, respeitoso, qualificado e inserido na sociedade.
REFORMA PSIQUIÁTRICA NO BRASIL 
· Visava substituir, aos poucos, o tratamento dado até então por serviços comunitários. O paciente seria encorajado a um exercício maior de cidadania, fortalecendo seus vínculos familiares e sociais, e nunca sendo isolado destes. 
· A partir da reforma, o Estado não poderia construir e nem mesmo contratar serviços de hospitais psiquiátricos
Nova forma de tratamento:
· Atendimento psicológico
· Família
· Inserção na comunidade
· Atividades de lazer
· Tratamentos menos invasivos
É importante ressaltar que a reforma psiquiátrica teve início nos anos 80 e ainda hoje não foi completada. 
Uma vez que ainda existem muitos hospitais psiquiátricos no Brasil, acumulando relatos de abusos, e inúmeros casos de mortes por negligência.  
Entre os anos de 2006 e 2009 foram notificadas 233 mortes em lugares como esse apenas em Sorocaba (SP). 102 delas ocorreram no Hospital Vera Cruz, cujo fechamento está previsto para o fim de 2016.
22/02/2018
O Hospital Vera Cruz, último dos grandes hospitais psiquiátricos que ainda funcionam em Sorocaba, no interior de São Paulo, está em contagem regressiva para fechar as portas. Os últimos 159 pacientes devem ser transferidos até o início de março para as residências terapêuticas ou a casa de parentes. A desativação está marcada para o dia 6, com a entrega das instalações aos proprietários.
Na década de 90, novas soluções foram aplicadas para a saúde mental. Aos poucos, o Ministério da Saúde substituiu o tratamento em hospitais por atendimentos com unitários.
LEI PAULO DELGADO 
A Lei Paulo Delgado faz parte da Reforma iniciada na década de70. Ela foi promulgada apenas em 2001, com o intuito de garantir os direitos de pacientes portadores de transtornos mentais a receberem atendimentos menos invasivos e priorizando o tratamento através da reinserção na família, no trabalho e na comunidade. Os pacientes passam a ter direito a informações a respeito de sua condição e sobre os tratamentos possíveis, além de estar protegidos contra qualquer abuso e exploração.
A lei também impede que sejam feitas internações compulsórias, ou seja, feitas sem o consentimento do paciente ou de terceiros (familiares e responsáveis). Estas devem feitas apenas após laudo médico, em casos de extrema urgência, quando o paciente é tido como uma ameaça para si e para terceiros. Nesses casos, o médico é obrigado a notificar o Ministério Público sobre a internação e depois sobre a alta do paciente.
Que trata da proteção dos direitos das pessoas com transtornos mentais e redireciona o modelo de assistência
Faltava nas leis um grupo de pessoas com necessidades especiais;
UNIDADE BÁSICA, CENTRO DE SAÚDE E AMBULATÓRIO 
· 1.3 A atenção aos pacientes nestas unidades de saúde deverá incluir as seguintes atividades desenvolvidas por equipes multiprofissionais:
· - Atendimento individual (consulta, psicoterapia, dentre outros);
· - Atendimento grupal (grupo operativo, terapêutico, atividades socioterápicas, grupos de orientação, atividades de sala de espera, atividades educativas em saúde);
· - Visitas domiciliares por profissional de nível médio ou superior;
· - Atividades comunitárias, especialmente na área de referência do serviço de saúde.
· 1.4 Recursos Humanos
· Das atividades acima mencionadas, as seguintes poderão ser executadas por profissionais de nível médio:
· - Atendimento em grupo (orientação, sala de espera);
· - Visita domiciliar;
· - Atividades comunitárias.
NUCLEOS/CENTROS DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL
2.1 os NAPS/CAPS são unidades de saúde locais/regionalizadas que contam com uma população adscrita definida pelo nível local e que oferecem atendimento de cuidados intermediários entre o regime ambulatorial a internação hospitalar, em um ou dois turnos de 4 horas, por equipe multiprofissional.
2.3 São unidades assistenciais que podem funcionar 24 horas por dia, durante os sete dias da semana ou durante os cinco dias úteis, das 8 às 18 horas, segundo definições do órgão gestor local. Devem contar com leitos para repouso eventual.
Portaria 336 – 19 de fevereiro de 2002 
Art. 1°: estabelecer que os centros de atenção psicossocial poderão constituir-se nas seguintes modalidades de serviço: CAPS I, CAPS II e CAPS III;
Art. 3°: estabelecer que os CAPS só poderão funcionar em área física especifica e independente de qualquer estrutura hospitalar 
CAPS I
Serviço de atenção psicossocial com capacidade operacional para atendimento em município entre 20.000 e 70.000 habitantes, com as seguintes características
· Funcionar no período de 08 as 18 horas em dois turnos durante os cinco dias uteis da semana 
· Responsabilizar-se, sob coordenação do gestor local, pela organização da demanda e da rede de cuidados em saúde mental no âmbito do seu território 
· Possuir capacidade técnica para desempenhar o papel regulador da porta de entrada da rede assistencial no âmbito do seu território e/ou do modulo assistencial, definido na norma operacional de assistência à saúde de acordo com a determinação do gestor local 
· Coordenar, por delegação do gestor local, as atividades de supervisão de unidades hospitalares psiquiátricos no âmbito do seu território 
· Supervisionar e capacitar as equipes de atenção básica, serviços e programas de saúde mental no âmbito do seu território e/ou do modulo assistencial 
· Realizar, e manter atualizado, o cadastramento dos pacientes que utilizam medicamentos essências para a área de saúde mental regulamentadas pela portaria/GM/MS n° 1077 de 1999 e medicamentos excepcionais, regulamentados pela portaria/SAS/MS n° 341 de 2001, dentro da sua área assistencial 
Assistência do CAPS I inclui:
a) Atendimento individual (medicamentoso, psicoterápico, de orientação, entre outros)
b) Atendimento em grupos (psicoterapia, grupo operativo, atividades de suporte social, entre outros)
c) Atendimento em oficinas terapêuticas executadas por profissional de nível superior ou nível médio 
d) Visitas domiciliares 
e) Atendimento à família 
f) Atividades comunitárias enfocando a integração do paciente na comunidade e sua inserção familiar e social 
g) Os pacientes assistidos em um turno (04 horas) receberão uma refeição diária, os assistidos em dois turnos (08 horas) receberão duas refeições diárias 
Recursos humanos 
A equipe técnica mínima de atuação do CAPS I, para o atendimento de 20 pacientes por turno, tendo como limite máximo 30 pacientes/dia, em regime de atendimento intensivo, será composta por:
· 01 medico com formação em saúde mental 
· 01 enfermeiro
· 03 profissionais de nível superior entre as seguintes categorias profissionais: psicólogo, assistente social, terapeuta ocupacional, pedagogo ou outro profissional necessário ao projeto terapêutico 
· 04 profissionais de nível médio: técnico e/ou auxiliar de enfermagem, técnico administrativo, técnico educacional e artesão 
CAPS II
Capacidade operacional para atendimento com população entre 70.000 e 200.000 hab.
· Funcionar de 8:00 às 18:00 horas, em 02 turnos, durante cinco dias uteis da semana, podendo comportar um terceiro turno funcionando até as 21:00
· Assistência do CAPS II é a mesma do CAPS I 
Recursos humanos 
A equipe técnica mínima para atuação no CAPS II, para o atendimento de 30 pacientes por turno, tendo como limite máximo 45 pacientes/dia em regime intensivo, será composta por:
· 01 médico psiquiatra
· 01 enfermeiro com formação em saúde mental 
· 04 profissionais de nível superior entre as seguintes categorias: psicólogo, assistente social, enfermeiro, terapeuta ocupacional, pedagogo ou outro profissional necessário ao projeto terapêutico 
· 06 profissionais de nível médio: técnico e/ou auxiliar de enfermagem, técnico administrativo, técnico educacional e artesão 
CAPS III
População acima de 200.000 habitantes 
· Constituir-se em serviço ambulatorial de atenção continua, durante 24 horas diariamente, incluindo feriados e finais de semana 
· Estar referenciado a um serviço de atendimento de urgência/emergência geral de sua região, que fará o suporte de atenção medica 
Inclui:
· Acolhimento noturno, nos feriados e finais de semana, com no máximo 05 leitos, para eventual repouso e/ou observação 
· Os pacientes assistidos em um turno receberão uma refeição diária; os assistidos em dois turnos receberão duas refeições diárias, e os que permanecem durante 24hrs continuas receberão 04 refeições diárias 
· Permanência de um mesmo paciente no acolhimento noturno fica limitado a 07 dias corridos ou 10 dias intercalados em um período de 30 dias
Recursos humanos 
A equipe técnica mínima para CAPS III, para o atendimento de 40 pacientes por turno, tendo como limite 60 pacientes/dia, em regime intensivo, será composta por:
a) 02 médicos psiquiátricos 
b) 01 enfermeiro com formação em saúde mental 
c) 05 profissionais de nível superior entre as seguintes categorias: psicólogo, assistente social, enfermeiro, terapeuta ocupacional, pedagogo ou outro profissional necessário ao projeto terapêutico 
d) 08 profissionais de nível médio: técnico e/ou auxiliar de enfermagem, técnico administrativo, técnico educacional e artesão 
Para o período de acolhimento noturno, em plantões corridos de 12 horas, a equipe deve ser composta por:
· 03 técnicos/auxiliares de enfermagem, sob supervisão do enfermeiro do serviço
· 01 profissional de nível médio da área de apoio 
Para as 12 horas diurnas, nos sábados, domingos e feriados, a equipe deve ser comporta por:
· 01 profissional de nível superior dentre as seguintes categorias: medico, enfermeiro, psicólogo, assistente social, terapeuta ocupacional, ou outro profissional de nível superior justificado pelo projeto terapêutico 
· 03 técnicos/auxiliares de enfermagem, sob supervisãodo enfermeiro do serviço 
· 01 profissional de nível médio da área de apoio 
CAPS i II
Atendimento a crianças e adolescentes. População de referencia: 200.000 habitantes 
a) Constitui-se em serviço ambulatorial de atenção diária destinado a crianças e adolescentes com transtornos mentais 
b) Funciona de 8:00 as 18:00 horas, em 02 turnos, durante os cinco dias uteis da semana, podendo comportar um terceiro turno que funcione até as 21hrs 
c) Atividades comunitárias enfocando a integração das crianças e do adolescente na família, na escola, na comunidade ou quaisquer outras formas de inserção social 
d) Desenvolvimento de ações Inter setoriais, principalmente com as áreas de assistência social, educação e justiça 
e) Os pacientes assistidos em um turno receberão refeição diária, os assistidos em dois turnos receberão duas refeições 
Recursos humanos 
A equipe técnica mínima para atuação no CAPS i II, para o atendimento de 15 crianças e/ou adolescentes por turno, tendo como limite máximo 25 pacientes/dia, será composta por:
· 01 medico psiquiátrico, ou neurologista ou pediatra com formação em saúde mental 
· 01 enfermeiro 
· 04 profissionais de nível superior entre as seguintes categorias: psicólogo, assistente social, enfermeiro, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, pedagogo ou outro profissional 
· 05 profissionais de nível médio: técnico e/ou auxiliar de enfermagem, técnico administrativo, técnico educacional e artesão 
CAPS AD II
Pacientes com transtornos decorrentes do uso e dependência de substancias psicoativas. População superior a 70.000 hab.
Manter de 02 a 04 leitos para desintoxicação e repouso 
Atividades 
· Atividades comunitárias enfocando a integração do dependente química na comunidade e sua inserção familiar e social.
· Os pacientes assistidos em um turno receberão uma refeição diária; os assistidos em dois turnos receberão duas refeições diárias 
· Atendimento de desintoxicação 
A equipe mínima para atuação do CAPS AD II para atendimento de 25 pacientes por turno tendo como limite 45 pacientes/dia será composta por:
· 01 médico psiquiatra 
· 01 enfermeiro com formação em saúde mental 
· 01 medico clinico responsável pela triagem, avaliação e acompanhamento de intercorrências clinicas 
· 04 profissionais de nível superior entre as seguintes categorias profissionais: psicólogo, assistente social, enfermeiro, terapeuta ocupacional, pedagogo ou outro profissional 
· 06 profissionais de nível médio: técnico e/ou auxiliar de enfermagem, técnico administrativo, técnico educacional e artesão 
PORTARIA 3088/2011
Institui a rede de atenção psicossocial para pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, no âmbito do SUS 
· Art. 1°: fica instituído a rede de atenção psicossocial, cuja finalidade é a criação, ampliação e articulação de pontos de atenção à saúde para pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas 
RESIDÊNCIAS TERAPEUTICAS – PORTARIA 106 - 2000
Os Serviços Residenciais Terapêuticos configuram-se como dispositivo estratégico no processo de desinstitucionalização. Caracterizam- se como moradias inseridas na comunidade destinadas a pessoas com transtorno mental, egressas de hospitais psiquiátricos e/ou hospitais de custódia. O caráter fundamental do SRT é ser um espaço de moradia que garanta o convívio social, a reabilitação psicossocial e o resgate de cidadania do sujeito, promovendo os laços afetivos, a reinserção no espaço da cidade e a reconstrução das referências familiares.
SRT I 
· Modalidade de moradia destinada àquelas pessoas com internação de longa permanência que não possuem vínculos familiares e sociais. A lógica fundamental deste serviço é a criação de um espaço de construção de autonomia para retomada da vida cotidiana e reinserção social.
· O SRT tipo I deve acolher no máximo 10 (dez) moradores, não podendo exceder este número.
· Cada módulo residencial deverá estar vinculado a um serviço/equipe de saúde mental de referência que dará o suporte técnico profissional necessário ao serviço residencial. O acompanhamento dos moradores das residências deve estar em consonância com os respectivos projetos terapêuticos individuais. Tal suporte focaliza-se no processo de reabilitação psicossocial e inserção dos moradores na rede social existente (trabalho, lazer, educação, entre outros).
· Cada módulo poderá contar com um cuidador de referência.
· A incorporação deste profissional deve ser avaliada pela equipe técnica de acompanhamento do SRT, vinculada ao equipamento de saúde de referência e ocorrerá mediante a necessidade de cuidados de cada grupo de moradores, levando-se em consideração o número e nível de autonomia dos moradores.
SRT II
· Modalidade de moradia destinada àquelas pessoas com maior grau de dependência, que necessitam de cuidados intensivos específicos, do ponto de vista da saúde em geral, que demandam ações mais diretivas com apoio técnico diário e pessoal, de forma permanente.
· Este tipo de SRT deve acolher no máximo 10 (dez) moradores, não podendo exceder este número.
· O encaminhamento de moradores para SRTs tipo II deve ser previsto no projeto terapêutico elaborado por ocasião do processo de desospitalização, focado na reapropriação do espaço residencial como moradia, na construção de habilidades para a vida diária referentes ao autocuidado, alimentação, vestuário, higiene, formas de comunicação e aumento das condições para estabelecimento de vínculos afetivos, com consequente inserção deles na rede social existente.
· O ambiente doméstico deve se constituir conforme definido nesta portaria consolidada, levando em consideração adequações/adaptações no espaço físico que melhor atendam às necessidades dos moradores. Cada módulo residencial deverá estar vinculado a um serviço/equipe de saúde mental de referência que dará o suporte técnico profissional necessário ao serviço residencial.
· Cada módulo residencial deverá contar com cuidadores de referência e um profissional técnico de enfermagem. Para cada grupo de 10 (dez) moradores orienta-se que a SRT seja composta por 5 (cinco) cuidadores em regime de escala e 1 (um) profissional técnico de enfermagem diário. Esta equipe deve estar em consonância com a equipe técnica do serviço de referência
LEI 10.708 – 2003 
Institui o auxílio-reabilitação psicossocial para pacientes acometidos de transtornos mentais egressos de internações.
· Parágrafo único. O auxílio é parte integrante de um programa de ressocialização de pacientes internados em hospitais ou unidades psiquiátricas, denominado "De Volta Para Casa", sob coordenação do Ministério da Saúde.
·         Art. 2o O benefício consistirá em pagamento mensal de auxílio pecuniário, destinado aos pacientes egressos de internações, segundo critérios definidos por esta Lei.
·         § 1o É fixado o valor do benefício de R$ 240,00 (duzentos e quarenta reais), podendo ser reajustado pelo Poder Executivo de acordo com a disponibilidade orçamentária.
·         § 2o Os valores serão pagos diretamente aos beneficiários, mediante convênio com instituição financeira oficial, salvo na hipótese de incapacidade de exercer pessoalmente os atos da vida civil, quando serão pagos ao representante legal do paciente.
·         § 3o O benefício terá a duração de um ano, podendo ser renovado quando necessário aos propósitos da reintegração social do paciente.

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