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Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: História da Arte e Design 1 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Disciplina: 
 
História da Arte e Design 01 
 
==================================================================== 
Apostila destinada ao Curso Técnico de Nível Médio em Design de Interiores das Escolas 
Estaduais de Educação Profissional – EEEP 
Material elaborado pela professora Jéssika Ricarte S. Ferreira Albuquerque - 
2018 
==================================================================== 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: História da Arte e Design 1 2 
 
SUMÁRIO 
1. O DESIGN DE INTERIORES .................................................................................................................. 4 
1.1- Programa curricular ........................................................................................................................ 5 
1.2- Breve história do design ................................................................................................................. 6 
1.3- Mercado de trabalho do design de interiores ................................................................................ 11 
1.4- Principais designers no brasil e no mundo ................................................................................... 12 
1.5- O curso técnico em design de interiores ....................................................................................... 19 
2. ENTENDENDO A ARTE ...................................................................................................................... 25 
2.1- Histórico ........................................................................................................................................... 25 
2.2- Arte e sua função ............................................................................................................................. 25 
2.3- O artista ............................................................................................................................................ 27 
2.4- Desenvolvendo habilidades ............................................................................................................. 27 
2.5- Leitura e apreciação da arte ............................................................................................................. 28 
3. LINGUAGEM VISUAL ......................................................................................................................... 31 
3.1- O ponto ............................................................................................................................................ 31 
3.2- A linha .............................................................................................................................................. 31 
3.3- A proporção ..................................................................................................................................... 32 
3.4- A superficie e a textura .................................................................................................................... 32 
3.5- Cores ................................................................................................................................................ 33 
3.6- Luz, sombra e volumes .................................................................................................................... 33 
3.7- Espaço .............................................................................................................................................. 34 
3.8- Perspectiva ....................................................................................................................................... 34 
3.9- A Composição .................................................................................................................................. 34 
4. FORMAS DE MANIFESTAÇÕES ARTISTICAS ................................................................................ 35 
4.1- Desenho ........................................................................................................................................... 35 
4.2- História em quadrinho ..................................................................................................................... 35 
4.3- Pintura .............................................................................................................................................. 36 
4.4- Gravura ............................................................................................................................................ 37 
4.5- 3d – Três Dimensões ........................................................................................................................ 38 
4.6- Fotografia ......................................................................................................................................... 39 
4.7- Cinema ............................................................................................................................................. 40 
4.8- Animação ......................................................................................................................................... 41 
4.9- Televisão .......................................................................................................................................... 42 
5.0- Foto Manipulação – criação de imagens .......................................................................................... 42 
5. ARTE NA PRÉ-HISTORIA ................................................................................................................... 43 
3.1- Paleolitico Inferior ........................................................................................................................... 43 
3.2- Paleolitico Superior .......................................................................................................................... 43 
3.3- Periodo Neolitico ............................................................................................................................. 44 
3.4- Arte Rupestre Brasileira ................................................................................................................... 46 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: História da Arte e Design 1 3 
 
4. ARTE NA MESOPOTAMIA ................................................................................................................. 47 
Sumérios: ................................................................................................................................................. 47 
Babilônios: .............................................................................................................................................. 47 
Assírios: ................................................................................................................................................... 48 
5. ARTE NO EGITO ................................................................................................................................... 50 
6. ARTE NA GRÉCIA ................................................................................................................................ 53 
6.1- Arquitetura ....................................................................................................................................... 53 
6.2- Escultura ..........................................................................................................................................58 
6.3 - Pintura ............................................................................................................................................. 60 
7. ARTE EM ROMA .................................................................................................................................. 61 
7.1 - Arquitetura ...................................................................................................................................... 61 
7.2 – Pintura e Mosaicos ......................................................................................................................... 63 
7.3 – Esculturas ....................................................................................................................................... 67 
7.4 – Decadencia do Imperio Romano do Ocidente ............................................................................... 69 
8. ARTE BIZANTINA ................................................................................................................................ 69 
8.1 – Arte Cristã Primitiva ...................................................................................................................... 69 
8.2 – Arte Bizantina ................................................................................................................................ 69 
8.2 – Os Mosaicos ................................................................................................................................... 70 
8.3 – Ícones (Pintura) .............................................................................................................................. 71 
8.4 – Arquitetura ..................................................................................................................................... 71 
8.5 – Escultura ......................................................................................................................................... 73 
9. ARTE ROMANA .................................................................................................................................... 73 
9.1 – Arquitetura ..................................................................................................................................... 74 
9.1 – Escultura ......................................................................................................................................... 76 
9.2 – Pintura ............................................................................................................................................ 77 
10. ARTE GÓTICA .................................................................................................................................... 78 
10.1 – Vitrais ........................................................................................................................................... 79 
10.2 – Escultura ....................................................................................................................................... 80 
10.3 – Os Manuscritos Ilustrados (Iluminuras) ....................................................................................... 80 
10.3 – Pintura .......................................................................................................................................... 81 
11. ARTE RENASCENTISTA ................................................................................................................... 82 
11.1 – Pintura .......................................................................................................................................... 83 
11.2 – Escultura ....................................................................................................................................... 87 
11.3 – Arquitetura ................................................................................................................................... 88 
12. ARTE BARROCA E O ROCOCÓ ....................................................................................................... 91 
12.1 – Pintura .......................................................................................................................................... 92 
12.2 – Escultura ....................................................................................................................................... 95 
12.3 – Arquitetura ................................................................................................................................... 96 
14. BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................................. 100 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: História da Arte e Design 1 4 
 
1. O DESIGN DE INTERIORES 
Nas últimas décadas, tem havido uma imensurável aceleração do processo de 
desenvolvimento das cidades, exigindo uma maior necessidade de intensificar as relações 
humanas, de diversificação de atividades, de busca do conforto, do prazer e do belo, na 
perspectiva da melhor qualidade de vida. 
Com isso, novos mercados e produtos vão surgindo na área da tecnologia, inovação, 
design e estética. E no meio de tanta diversidade, opção de escolha, se encontra o ser 
humano. É notável que nós há tempos estamos deixando de comprar artigos apenas por sua 
função, seu design e cor, tudo tem que se encaixar harmonicamente em nosso lar ou comercio, 
para deixarmos eles mais atraentes aos nossos olhos e dos outros. O Design tem sido um 
termo utilizado para simbolizar um diferencial de algo que adquirimos, um símbolo de 
personalidade e poderio. 
Mas o que é Design? 
A tradução literal da palavra é desenho. Mas a função do Design é muito mais do que 
desenhar; ele projeta, idealiza, cria, desenvolve, configura, especifica e elabora artefatos (seja, 
eles objetos ou espaços), por ser uma atividade estratégica, técnica e criativa, normalmente é 
orientada por uma intenção ou objetivo, ou para a solução de um problema. 
No início do mercado de Design, a ideia era a produção de artefatos, que pudessem 
ser produzidos em série, ou seja em larga escala. Hoje, apesar dessa ideia ainda persistir, 
temos outro nicho de atuação para o Design, os exclusivos, os personalizados, que refletem 
sentimentos, personalidades ao espaço em que estão inseridos. 
Na área gráfica, cria logotipos, define a formatação das páginas de uma publicação, 
como jornais e revistas, definindo o tipo e o tamanho das letras e a disposição das imagens. 
Pode trabalhar em meio digital, desenvolvendo interfaces para sites, games e dispositivos 
móveis, como celulares, smartphones e tablets. Neste caso, atua em editoras, agências de 
publicidade, birôs de computação gráfica e produtoras de mídia digital. Em desenho industrial, 
o campo é ainda mais amplo. O profissional trabalha com produtos de consumo, como 
eletrodomésticos, mobiliário, lustres, vestuário e joias. Ou na fabricação de instrumentos e 
equipamentos medico odontológicos, como camas para hospitais e instrumentos para 
dentistas. Pode desenhar, ainda, peças da construção civil, como azulejos e cerâmicas. Por 
fim, o designer que trabalha no setor de máquinas e equipamentos, desenhando peças a 
serem usadas pelas fábricas em seus processos de produção. 
Seja qual for o campo de atuação, fazem parte da preocupação desse profissional 
garantir a funcionalidade do objeto e a viabilidade econômica e industrial de sua fabricação. 
Dependendo da área de atuação, o designer convive no dia a dia com arquitetos, profissionais 
de marketing, jornalistas, editores, engenheiros e especialistas em informática. 
Logo, o Design de Interiores refere-se ao segmento do Design que trabalha com 
idealização, criação, desenvolvimento, e especificaçãode projetos para espaços internos, 
sendo eles residenciais, comerciais e públicos. Abrangendo ainda, a cenografia de eventos e 
criação de peças. 
 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: História da Arte e Design 1 5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Formando parceria com outros profissionais pode participar de planos e projetos para 
áreas de proteção ambiental, recuperação de áreas degradadas, áreas de mineração, 
barragens, rodovias, ferrovias, parques, jardins botânicos, zoológicos, ruas, praças, conjunto 
habitacionais, shopping centers, hotéis, áreas de lazer, industriais, centros comerciais, centros 
turísticos, cemitérios, aeroportos, etc. 
1.1- PROGRAMA CURRICULAR 
Disciplina: História da Arte e Design 1 2° SEMESTRE 
1°ANO 
Curso: Técnico de Nível Médio em Design de 
Interiores 
Carga 
Horária: 
40 
horas/aulas. 
Ementa: História da história desde da pré-história até o período Rococó 
Conteúdo 
Programático: 
1° BIMESTRE 
UNIDADE I: 
 Design de Interiores; 
 Compreendendo a arte e a linguagem visual; 
 Arte e Design na pré-história; 
 Arte e Design mesopotâmico; 
 Arte e Design egípcio; 
UNIDADE II: 
 Arte e Design Grego. 
 Arte e Design em Roma. 
 Arte e Design bizantina. 
2° BIMESTRE 
UNIDADE III: 
 Arte e Design Romana. 
 Arte e Design Gótica. 
UNIDADE IV: 
 Arte e Design Renascentista. 
 Arte e Design Barroca e Rococó. 
Objetivo: Transformar a percepção acerca da arte, ampliando seus 
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Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: História da Arte e Design 1 6 
 
conhecimentos relacionados a ela, nos seus aspectos gerais como: 
contexto histórico-cultural, características e evolução. 
Metodologia: Será estimulada a participação do aluno na relação ensino-
aprendizagem, através de aulas teóricas e práticas, onde aplicarão o 
conhecimento adquirido na análise e criação de obras artísticas e de 
design. Em aulas programadas serão desenvolvidos objetos para 
espaços internos à luz da arte do período da arte. 
Bibliografia 
Básica: 
 STRICKLAND, Carol. LOPES, lu. Arte Comentada: Da Pré-
história ao Pós-moderno. 1° Ed. Nova Fronteira, 2014.. Nova 
Fronteira, 2014. 
 PROENÇA, Graça. História da Arte. 17° Ed. Atica, 2007. 
Bibliografia 
complementar: 
 GOMBRICH, E.H. (Ernst Hans). História da Arte. 1° Ed. 
LTC,2013. 
1.2- BREVE HISTÓRIA DO DESIGN 
Não se sabe ao certo quando realmente a história do Design de Interiores iniciou. 
Sabe-se somente que essa é uma arte tão antiga quanto a Arquitetura e que remonta aos 
tempos mais antigos, em que já era notável a preocupação com a organização dos espaços 
internos. A decoração de interiores, os móveis e os acessórios fizeram-se notáveis nas 
civilizações em todo o mundo, desde os tempos mais antigos até os nossos dias. 
O crédito para o nascimento do design de interiores é frequentemente atribuído aos 
antigos egípcios, que decoravam suas humildes cabanas com mobiliário simples, tais como 
cadeiras e mesas reforçadas por peles de animais ou tecidos. Já havia a presença de pinturas, 
murais esculturas e vasos decorativos. 
Um estilo rudimentar decorativo que contrastava com os ricos ornamentos de ouro, 
belíssimas relíquias encontradas em sarcófagos como o do rei Tutankhamon. Toda a riqueza e 
luxo desses ornamentos demonstravam ostentação, domínio e poder das camadas mais 
elevadas do antigo Império Egípcio. 
 
Séculos mais tarde, a civilização Grega fundamentou toda a sua expressão sobre a 
arte egípcia da decoração de interiores, e houve um notável aprimoramento nessa área. Os 
móveis outrora rústicos e feitos ao acaso passaram a ocupar grande parte da preocupação de 
seus feitores: sua elaboração passou a ser feita com mais esmero, e alguns móveis mais finos 
já traziam detalhes em metais nobres, tais como o marfim e a prata. 
 
 
 
 
Imagens retiradas do filme “Deuses do Egito, 2016” – Apresenta a cenografia da cabana (a esquerda) e 
das casas egípcias mais abastadas (a direita). 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: História da Arte e Design 1 7 
 
 
Os romanos deram um passo a mais no 
desenvolvimento do design de interiores, pois foram os 
pioneiros em se preocupar com o conforto dos espaços. Pela 
primeira vez, deu-se grande ênfase na combinação da 
estética com o conforto dos ambientes. 
Com o tempo, a decoração dos espaços internos 
tornou-se imprescindível, sinônimo de riqueza e status 
social. Pode-se dizer que o mobiliário romano foi inovador, 
pois o móvel começa a ser percebido não apenas como um 
utilitário, mas como adereço ornamental. Eram feitos de 
pedra, madeira ou bronze. 
Após esse período de 
esplendor e riqueza 
ornamental, houve um 
movimento brusco com a 
austeridade provocada por 
guerras constantes na Europa 
Medieval e a ascensão da 
Igreja. A "Idade das Trevas" foi 
um tempo de retaliação e estagnação da expressão, e isso se 
refletiu diretamente no mundo das Artes, da Música, das Letras, 
da Arquitetura e, consequentemente, do Design de Interiores. 
As casas, outrora tão ricamente ornamentadas, agora 
Imagens retirada do Pinterest. Villa Kerylos, reconstrução da 
Grécia Antiga em exposição no sul da França em 1902. 
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Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: História da Arte e Design 1 8 
 
traziam painéis de madeira sombrios, mobília mínima e nada mais que pudesse ostentar algum 
tipo de capricho ou requinte. Os ditames impostos sobre essa mobília inexpressiva atingiram 
até mesmo as classes mais elevadas da época, que se limitou a utilizar pouco ou nenhum 
toque decorativo. Os tecidos floridos, as tapeçarias, a estamparia dos papéis de parede e 
demais pinturas - tão comuns no estilo decorativo greco-romano, praticamente desapareceram, 
e só havia cores suaves e tecidos simples à disposição. 
 
 
Apenas no século XII, com o 
fim da Idade das Trevas, é que a 
Europa voltou a introduzir cores e 
ornamentação em suas casas com a 
chegada do Estilo Gótico. Esse 
estilo foi criativo e inovador, ao trazer 
o uso da captação da luz natural por 
feixes, “rasgos” na alvenaria, 
abóbadas vitrificadas e pátios 
abertos. 
Nos séculos 15 e 16, o Renascimento 
propôs um foco renovado sobre o design de 
interiores. Houve uma otimização e notáveis 
avanços nessa área, em que arquitetos criaram 
espaços com elaborados elementos decorativos. 
Pisos e painéis em mármore, recortes, paginação 
complexas de piso, nichos de madeira embutidos, 
pinturas perspectivadas e móveis sofisticados 
confeccionados dos melhores materiais podiam 
ser encontrados nos palácios reais, vilas e 
capelas da Europa. 
Surge como resposta a racionalização um 
novo estilo decorativo nas Vilas Italianas, que se 
prolongou ainda após o Renascimento, e as 
contribuições do estilo italiano barroco logo se 
tornou popular em toda a Europa. O Barroco 
utilizou-se generosamente do mármore colorido, 
vitrais, tetos e cúpulas pintados e colunas 
retorcidas. 
No século 18 houve o favorecimento do 
estilo Rococó, demonstrando particular apreço 
para as porcelanas asiáticas, desenhos florais, 
móveis confeccionados em materiais elegantes, 
como madrepérola e casca de tartaruga. 
 
Até o final do século 18, o estilo Neoclássico 
predominava, ou seja, um desdobramento do desenho 
clássico da antiga Roma, fazendo uso generoso do 
bronze, seda, veludo e cetim. Assim, o Design de 
Interiores volta a ganhar toda a monumentalidade e 
riqueza ornamentalcomo nos períodos iniciais de sua 
história. 
 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: História da Arte e Design 1 9 
 
 
O estilo Neoclássico predominou até o início dos anos 1800, quando na Europa e 
América uma nova tendência surgiu, trazendo mais liberdade e ecletismo ao design de 
interiores. O Estilo Vitoriano (1835 – 1903) marcou 
uma era muito importante para a cultura europeia. A 
Rainha Vitória da Grã Bretanha presenciou em seu 
reinado o apogeu das artes, das ciências e da 
tecnologia, quebrando definitivamente o elo entre as 
tradições do passado e as inovações da 
modernidade. O estilo vitoriano influenciou 
diretamente os objetos, móveis, roupas, tecidos, 
grafismo, artes, arquitetura, paisagismo e design de 
interiores. Sua influência chegou a muitos outros 
continentes e durou mais de um século. 
John Ruskin, A.W. Pugin e o renomado arquiteto e designer William Morris foram os 
precursores do design vitoriano, proclamando a importância da relação entre arquitetura e 
design que existia na cultura clássica greco-romana e medieval. Este saudosismo de tempos 
passados era parte da cultura romântica pertinentes ao período vitoriano, período esse cheio 
de contrastes com o período posterior a ele: o período da Revolução Industrial. A sociedade 
industrial orgulhava-se do progresso material trazido pela revolução, pois se acreditava que 
assim estariam anuladas as preocupações espirituais, considerada uma ameaça ao tecido 
social da época. 
Esses mesmos pensadores (Ruskin, Pugin e William Morris) não concebiam os novos 
ideais impostos pela Era Industrial, que exaltavam a beleza da produção em larga escala e das 
máquinas. Para eles, a arte deveria ser uma imitação da natureza, e, além disso, deveria ser 
um “retorno à vida em contato com a natureza”, pois essa era a única saída para a alienação 
das metrópoles, da fria e artificiosa beleza do ferro, da produção industrial em série e da 
miséria causada pela exploração e pelo trabalho mecanizado das fábricas. 
Por mais que a Era Industrial incentivasse a racionalização do design e a produção em 
massa, o gosto vitoriano ainda crescia no coração da burguesia britânica do século XIX. Na 
arquitetura, na decoração, no paisagismo, nas artes gráficas e nos objetos predominavam as 
formas orgânicas estilizadas de linhas marcadas e os arabescos com decoração austera e 
volumes geométricos. 
Essas ideias iniciaram o movimento conhecido como Arts and Crafts (Artes e Ofícios), 
no qual 1861 os arquitetos William Morris, Philiph Webb e outros associados estabeleceram um 
grande estúdio de design. Eles sustentavam o propósito de restabelecer os laços entre o 
trabalho belo e o trabalhador, e voltar à honestidade do design que a produção em massa 
negava. O estúdio de Morris e Webb ficou conhecido pela ideia da casa como uma obra de arte 
total, com todos os objetos desenhados pelos arquitetos e realizados por artesãos experientes, 
usando métodos tradicionais e inspirados na natureza. 
 
A missão social do movimento Arts and 
Crafts era: 
 
 Dar solução aos males da Revolução 
Industrial; 
 
 Melhorar a qualidade de vida dos 
trabalhadores; 
 
 Levar a cultura a todos; 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: História da Arte e Design 1 10 
 
 Restabelecer a união das artes e os ofícios perdidos desde o Renascimento. 
 
O movimento Arts and Crafts teve adesão não apenas da monarquia vitoriana, mas 
também fez grande sucesso entre as classes mais elevadas. Infelizmente, o sonho de oferecer 
peças de design único a todos não era financeiramente viável, já que apenas os mais 
abastados poderiam ter esse luxo. Ainda assim, o gosto pelos objetos Arts and Crafts cresceu 
e se estendeu na Alemanha e Estados Unidos, onde se publicaram revistas especialistas no 
assunto, atingindo um grande público feminino. 
As ideias do movimento Arts and Crafts, os ventos românticos e a veloz modernização 
da Europa no final do século XIX inspiraram na França um movimento ainda maior e mais 
abrangente. O movimento do Art Nouveau (1890 – 1918) 
iniciou-se na França e se expandiu por toda a Europa 
convertendo-se em um estilo internacional. 
Esse movimento está estreitamente ligado às correntes 
artísticas de fim de século que promoveram a imaginação, a 
expressão e o simbolismo na arte, mas também à produção 
industrial em série e ao uso de materiais modernos como o 
ferro, vidro e cimento. Diferente do movimento Arts and Crafts, 
o movimento Art Nouveau estabeleceu uma articulação estreita 
entre arte e indústria, resultando em uma alta qualidade estética dos objetos. 
As linhas curvas, os arabescos, as formas orgânicas e geométricas e os motivos florais 
que caracterizaram o estilo do movimento Arts and Crafts se fizeram mais atrevidas e sensuais 
no Art Nouveau. Arquitetura, móveis, objetos, joias, roupa, máquinas, móveis urbanos, tudo se 
vestiu de linhas onduladas. Era uma geração que aceitava a máquina, mas a vestia de adornos 
floridos para naturalizá-la. 
Todas essas características influenciaram 
diretamente a maneira de se planejar os ambientes 
internos: estampas florais e sinuosas poderiam ser 
vistas em cortinas, estofados e papéis de parede. A 
originalidade oriunda da sinuosidade das 
composições orgânicas marcou presença no 
desenho dos móveis e objetos decorativos. Grandes 
nomes destacaram-se no movimento Art Noveau, tais 
como o arquiteto espanhol Gaudi, o artista francês 
Henry Tolouse Lautrec e o designer gráfico e artista 
inglês Aubrey Beardslay, dentre outros. 
 
Assim como o estilo Vitoriano, o Art Nouveau foi um sucesso exclusivo para os nobres 
e ao consumo da burguesia ascendente. Apenas na virada do século XX, com a iminência da 
Primeira Guerra Mundial, foi que esse movimento diminuiu a sua força. Após a guerra, o Art 
Noveau centrou-se nos Estados Unidos, e na década de 20 derivou no estilo decorativo 
chamado Art Deco. 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: História da Arte e Design 1 11 
 
No Brasil, o estilo Art Nouveau, e posteriormente o estilo Moderno, chegou ao país no 
começo do século XX com muitas novidades. O design Moderno culminou até o início da 
década de 30 por meio da Bauhaus, a instituição de design mais importante do século XX. 
Essa escola foi responsável por um enorme desenvolvimento do movimento moderno por meio 
de melhores métodos de produção e de materiais de melhor qualidade, como o metal tubular, o 
uso do aço e do vidro. A eficiência funcional da Bauhaus tornou-se sinônimo de modernismo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Por volta de 1927, emergiu um Estilo Internacional do modernismo que se distinguia 
pelo Essencialíssimo (ou “Minimalismo”), baseado no conceito moderno de se obter o máximo 
pelo mínimo. Ligado ao design ambiental tentava encontrar soluções inovadoras de design, 
usando o mínimo possível de energia e materiais. 
As indústrias estavam em busca de uma estética muito peculiar ao Modernismo, em 
que sua representação orgânica projetou-se desde a arquitetura até o desenho de livros. 
Desde o mobiliário até o design sofisticado das joias, dos objetos de uso cotidiano às 
esculturas decorativas. Isso proporcionou uma resposta plástica coerente à exata necessidade 
de popularização do design. 
Séculos mais tarde, somos testemunhas em nossos dias da total popularização do 
design. As inovações tecnológicas possibilitaram o barateamento do custo de materiais e a 
automatização da produção moveleira, reduzindo diretamente o custo final para a classe 
consumista. Lojas populares investem na qualidade deseus produtos, e hoje já é possível se 
adquirir peças nobres e até mobiliário planejado com valores acessíveis, e formas inúmeras de 
aquisição. 
Conforme podemos ver, ao longo dos séculos e até os nossos dias uma série de 
inovadores estilos surgiram e se foram provando que o Design não está reservado somente 
para casas ou pessoas nobres: pode-se dizer que hoje o design de interiores atingiu as 
massas, e está cada vez mais acessível a todos. 
(Fonte: www.portaleducacao.com.br) 
 
1.3- MERCADO DE TRABALHO DO DESIGN DE INTERIORES 
“O Crescimento do mercado de trabalho para designer de interiores” 
 
(...) O mercado de trabalho para designers de interiores está muito em alta. Estima-se 
que haja em torno de 15 mil profissionais em atuação no Brasil. 
E de acordo com o Guia da Carreira, no Brasil este ano (2017) há 96 cursos superiores 
de design de interiores autorizados pelo MEC: 90 tecnológicos, 2 sequenciais e 4 
bacharelados. 
O crescimento do setor imobiliário impulsionou e aqueceu o mercado de trabalho para 
designers de interiores, oferecendo mais vagas e melhores salários para os profissionais, 
assim como novas áreas de atuação. 
Com a ascensão do uso de materiais e soluções sustentáveis e uma maior preocupação 
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com o meio ambiente, a tendência aponta para projetos que levam em conta estas questões e 
a acessibilidade dos espaços, mas este é apenas um dos vários ramos em que um profissional 
de design de interiores pode se especializar. 
Na verdade, o mercado de trabalho para designer de interiores tem um campo vasto de 
atividade – o profissional pode lecionar em escolas, montar um escritório próprio, trabalhar em 
grandes e já famosos escritórios de arquitetura e design e até prestar consultorias avulsas. 
Além disso, as lojas de móveis planejados e de decoração são as maiores 
empregadoras de designers de interiores, pois buscam profissionais que atendam diretamente 
as dúvidas de seus clientes. (...) 
 
Fonte: Trecho retirado do site Viva de cora, no artigo “Design de interiores quanto ganha”. 
 
Como podemos ver, o mercado de atuação do profissional da área de interiores é bem vasto. 
As áreas de atuação são a Consultoria, o Projeto, a Decoração de Interiores Comerciais, 
Residenciais e temporários; a prestação de serviço para empresas como Vitrinista, Consultor de 
projetos e produtos Luminotécnicos; Consultor de vendas de Materiais e Revestimentos; Consultor e 
projetista em Madeireiras e lojas de móveis planejados; Projetista em marcenarias, marmorarias e 
vidraçarias; Decoração de espaços temáticos e temporários; como também podem projetar interiores de 
barcos, veículos, aviões. 
 
 
1.4- PRINCIPAIS DESIGNERS NO BRASIL E NO MUNDO 
Philippe Starck (1949 – até hoje) 
Conhecido mundialmente pelo seu design leve e 
contemporâneo, tanto pela forma, quanto pelos materiais que 
emprega em suas criações. 
Esse design francês, nasceu em Paris no ano de 1949. Filho 
de um construtor de aeronaves, desde de sua adolescência sentiu-se 
atraído pelo Design. Se matriculando nos anos 60, na Escola Nissom 
de Camondo da capital francesa. 
Três anos depois fez parte do desenvolvimento de móveis 
infláveis em parceria com L. Venturi. Foi diretor de arte da Pierre 
Cardin (1969) onde produziu 65 peças de design exclusivo. Trabalhou para várias empresas 
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como: Disform, Driade, Baleri, XO e Idée. 
Fundou sua primeira empresa, a Starck Product, aos 30 anos, e seus trabalhos mais 
importantes começaram a surgir na década de 70, que fora o projeto de interior de duas das 
mais famosas discotecas e casas noturnas da noite parisiense, como Les Bains Douches 
(1978) ou La Main Bleue (1979). Já havia trabalhado como designer de produtos, de mobiliário 
e de interiores quando foi selecionado a desenvolver a renovação completa de apartamento 
pessoal do presidente de seu país. 
Dono de uma personalidade inquieta e ansiosa, com ânsia por aprender coisas 
diferentes Philippe trabalhou e viajou meio mundo, um fato que tem influenciado ao planejar 
seus projetos. 
Cada projeto seu, tem características marcantes como, Mobiliário com design original, 
o uso de iluminação e cores surpreendentes, além da distribuição espacial; sempre refletindo 
seu gosto pela diversidade cultural. 
Seus trabalhos não só se resumem a decoração e projetos de interiores, como também 
a uma enorme e variada lista de objetos produzidos em série: Barcos Beneteau, garrafas de 
água mineral para a marca Glacier, artigos de viagem, acessórios de cozinha Alessi Vuitton, 
mobiliário de escritório para Vitra, ou mobiliário urbano para a empresa Decaux; Ele também 
projetou veículos, computadores e óculos. 
Dotado de um currículo impressionante, foi reconhecido internacionalmente com 
inúmeros prêmios. Além disso, suas obras podem ser admiradas no Museu de Brooklyn em 
Nova York, o Museu de Artes Decorativas de Paris e o Museu do Design em Londres. 
Exposições individuais e coletivas em Paris, Marselha, Roma Munique, Kyoto, Tóquio, Los 
Angeles e Nova York consagram-no como um dos melhores designers do mundo. 
Verner Panton (1926 – 1998) 
Designer dinamarquês mais influente do século 
20. Projetou diversos projetos inovadores e futuristas 
em uma variedade de materiais, em especial com o 
plástico, aliando-os sempre com cores vibrantes e 
exóticas, lembrando assim o mobiliário dos anos 60. 
Sua formação foi na Academia Real 
Dinamarquesa de Arte em Copenhagen, em 
Arquitetura. Após estagiar dois anos com o Arne 
Jacobsen, também arquiteto e designer de moveis, 
abriu em 1954 o seu próprio escritório. Tornando-se conhecido pelas inovadoras propostas 
arquitetônicas, como a casa desmontável (1955). Lançando em 1960, Panton, a cadeira de 
empilhamento ou cadeira S, tornou-se seu projeto mais famoso e produzido em massa 
resultando formas orgânicas inspiradas na exigências do corpo humano, a língua. 
Projeto de Interior do Mama Shelter by Philippe Starck 
Philippe Starck. Gun Lamp. Ano: 2005. Empresa: Flos 
Espremedor Juicy Salif, Philippe Starck para Alessi 
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Ingo Maurer (1932 – até hoje) 
Designer industrial alemão, especializado na concepção de lâmpadas e de instalações 
de luz. 
Filho de pescador, aprendeu a ciência da tipografia, para depois estudar designer 
gráfico, em sua cidade natal, Munique – Alemanha. 
Aos 28 anos, foi para os EUA trabalhar como freenlacer em Nova York e San 
Francisco. Retornando três anos depois para a Alemanha onde fundou o Design M, uma 
empresa de desenvolvimento e fabricação de lâmpadas de seus próprios projetos. Renomeada 
após alguns anos, passando a se chamar “Ingo Maurer GmbH”. 
Conquistando um influente espaço no mercado de Design, veja um pequeno resumo de 
suas conquistas mais significativas: 
1969 – Um de seus projetos foi incluído na coleção do Museu de Arte Moderna. 
1989 – Exposição “Ingo Maurer: Lumiere Hasard 
Réflexion” (Ingo Maurer: Luz Possibilidade Reflexão): 
Consistia em apresentar vários projetos e produtos de 
iluminação e instalação que não foram pensados para a 
produção em série. 
1996 – Iniciou a criação de objetos usando os 
LEDs, criando assim o 1° objeto de iluminação de beleza 
bruta. 
2006 – Iniciou os projetos com LEDs Orgânicos, 
apresentando dois objetos já criados. 
2011 – Convidado para 
redesenhara área subterrânea do 
V-Bahn, estação de transportes 
públicos em Munique, Alemanha. 
Vale ressaltar, que além 
do projeto de lâmpadas para produção em série, ele criou e planejou 
instalação de luz para espaços públicos e privados. 
Existem duas salas de exposições permanentes em Munique e 
em Nova Iorque. 
Alguns dos seus produtos de maior repercussão são: o Alado bulbo Lucellino¹ (1992), 
Porca Miséria!² (1994). 
 
 
 
 
 
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Marcelo Rosenbaum (1968 – até hoje) 
“Guiado pela memória e pela intuição, o designer interpreta o gosto do cliente num 
mundo particular. Em seus projetos arejados e coloridos, imperam o brasileirismo, o 
resgate da cultura popular e as misturas.” 
Livre de preconceitos, o designer paulista Marcelo Rosenbaum, 
arrisca-se sem medo em misturas ousadas para criar ambientes 
modernos e confortáveis. Ele pesquisa, vasculha a memória e resgata 
peças que marcaram épocas. De suas releituras, nascem projetos 
personalíssimos. “Sempre fui curioso. Aos 9 anos, entrava em todas as 
obras do bairro onde nasci, em Santo André”, diz. Hoje, ele mergulha 
nas raízes brasileiras deixadas de lado. “Gosto de reinventar e quero 
traduzir em design elementos das tradições e da cultura popular”, afirma. 
Antes de escolher a profissão, influenciado pelo pai, que era 
advogado mas construía casas, Marcelo pensou em ser diplomata. De ascendência alemã-
judia, italiana, portuguesa e russa, fez intercâmbio escolar na Alemanha. “Minha família negava 
as raízes alemãs, mas eu fui atrás.” No primeiro ano de arquitetura na Faculdade Belas Artes, 
ele desenvolveu o projeto de uma loja e não parou mais. No final dos anos 1980, tocava cinco 
obras de uma vez. “Veio o Plano Collor e voltei à Alemanha, onde trabalhei um ano com o 
designer Andreas Weber, que mudou minha visão de projeto e espaço”, diz. 
Em vez de usar referências, passou a criar a partir de pesquisas e do entendimento do 
comportamento das pessoas. Premiado em 1999 pelo Museu da Casa Brasileira, ficou popular 
com o quadro Lar Doce Lar, lançado em 2006, no programa Caldeirão do Huck, na TV Globo. 
“Penso a arquitetura e o design como instrumentos de transformação. Quero atender às 
necessidades das pessoas de baixa renda para elevar a auto-estima delas, proporcionando 
conforto e qualidade de vida”, afirma o designer. 
Afirmações de Rosenbaum sobre: Conforto e personalidade 
1. “Preocupo-me com a verdade do cliente. Se ele recebe bastante, a sala tem clima de 
festa. Se assiste muito à TV, ponho o aparelho no estar” 
2. “Forrei uma sala de estantes porque o cliente era um intelectual e não tinha outro 
lugar para guardar livros. Ficou com a cara dele” 
3. “A mistura de quadros com fotografias, arte popular e pinturas contemporâneas dá 
aconchego” 
4. “Gosto de cortina de tecido leve, natural e transparente, como o voile, que só filtra a 
luz” 
5. “A iluminação deve ser indireta. Quanto menos spots tiver no forro da sala, melhor” 
"O segredo da decoração é fazer a pessoa sentir que foi ela mesma quem fez. Tudo é 
meio intuitivo no meu trabalho" 
 
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Afirmações de Rosenbaum sobre: Ao gosto do freguês 
1. “Adoro mesa de jantar retangular com cabeceira para o patriarca da família. Mas o 
cliente e o espaço definem o formato do móvel” 
2. “Todas as soluções são para as necessidades contemporâneas, mas não dá para 
ser tudo igual. Cada um tem uma peça de uma época que o marcou” 
3. “Acho incrível colocar um objeto de humor na casa (como o vaso em forma de 
revólver, sobre a mesa). Dá frescor e leveza ao ambiente" 
(Fonte: http://revistacasaejardim.globo.com) 
Apesar de ter se popularizado com o quadro “Lar doce Lar”, no programa Luciano Hulk, 
Rosenbaum cria diversos produtos de design, como estampas para tecidos, papeis de parede, 
móveis e revestimentos. Tudo ligado a originalidade e a diversidade cultural. 
 
 
 
 
 
 
 
Guto Índio da Costa (1969 – até hoje) 
Designer industrial brasileiro. Iniciou seus estudos 
em sua cidade natal, o Rio de Janeiro, na Univercidade. 
Após dois anos de curso, mudou-se para a Califórnia onde 
completou os estudos na Passadena. 
Diretor do escritório de design Índio da Costa 
Design, localizado no Rio de Janeiro. Foi o desenvolvedor 
do famoso ventilador “Spirit”, criado a pedido de uma empresa de fabricação de VHS, que 
deseja diversificar seus produtos. Após o lançamento da linha, o ventilador recebeu inúmeras 
premiações nacionais e internacionais. 
Outro produtos que receberam prêmios, como o sistema carapaxxo (salão Design Casa 
Brasil 2007); e a carteira escolar inclusiva (Concurso de design Handitec, na França). 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://revistacasaejardim.globo.com/
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Hugo França (1969 – até hoje) 
Hugo França nasceu em Porto Alegre, em 1954. Em busca 
de uma vida mais próxima da natureza, mudou-se para Trancoso, 
na Bahia, no início da década de 80, onde viveu por 15 anos. Lá, 
percebeu o grau de desperdício na extração e uso da madeira, 
vivência que pautou seu trabalho. Desde o final dos anos 1980, 
desenvolve "esculturas mobiliárias", expressão usada primeiramente 
pela crítica Ethel Leon e adotada pelo designer por sua precisão em 
descrever a produção que ele executa a partir de resíduos florestais 
e urbanos - árvores condenadas naturalmente, por ação das 
intempéries ou pela ação do homem. 
As peças criadas pelo designer nascem de um diálogo 
criativo com a matéria-prima: tudo começa e termina na árvore. Ela 
é a sua inspiração; suas formas, buracos, rachaduras, marcas de 
queimada e da ação do tempo provocam sua sensibilidade e o 
conduzem a um desenho cuidadosamente escolhido, uma intervenção mínima que gera peças 
únicas. Hugo França conta com duas equipes em suas oficinas de Trancoso (BA) e Louveira 
(SP), para auxiliá-lo na produção das peças, e uma no showroom de São Paulo. 
 (Fonte: http://www.hugofranca.com.br) 
 
 
 
 
 
 
 
 
Zanini de Zanine (1969 – até hoje) 
Nasceu no Rio de Janeiro em 1978 e cresceu vendo o 
pai, José Zanine Caldas, trabalhar. Estagiou com Sergio 
Rodrigues, quando produziu seu primeiro móvel. Em 2002 
graduou-se em Desenho Industrial pela PUC-Rio. 
A partir de 2003, começou a produzir móveis em 
madeira maciça, com peças de demolição – colunas, vigas e 
mourões de casas antigas – 
batizadas como “Carpintaria 
Contemporânea”. A partir de 2005, começa a criar uma nova 
linha de móveis com peças produzidas industrialmente, usando 
além de madeira com origem controlada, materiais diversos como 
plástico, metacrilato, metais e partes de outros produtos 
industrializados. Para representar os móveis dessa nova linha, 
Zanini cria em 2011 o Studio Zanini. 
Recebeu os mais importantes prêmios de Design do 
Brasil e fora pelos móveis que criou nos dois segmentos e expôs 
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Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: História da Arte e Design 1 18 
 
nos principais eventos nacionais e internacionais da área. Hoje assina peças para grandes 
marcas nacionais e internacionais como a francesa Tolix, as italianas Cappellini, Slamp e 
Poltrona Frau, e a americana Espasso. 
Nomeado Designer do Ano pela Maison & Objet Americas 2015. 
(Fonte: http://www.studiozanini.com.br/bio)Domingos Tótora 
 Com o talento de transformar peças simples do cotidiano em 
status de arte, Domingos Tótora elegeu o papelão como matéria-prima 
de seus trabalhos. Natural de Maria da Fé, em Minas Gerais, Tótora 
transita com peças entre a arte e o design. Tendo a natureza como 
fonte de inspiração, Domingos Tótora parte da sustentabilidade, 
conseguida através da reciclagem do papelão, para homenagear sua 
fonte criativa e criar objetos e esculturas em que beleza e 
funcionalidade se fundem. 
Com 17 anos de carreira, o designer e artista Domingos Tótora 
vive e cria através da natureza. O mineiro Domingos Tótora montou seu 
estúdio em sua cidade natal, Maria da Fé, para que ficasse perto de 
sua maior inspiração. Com o conceito de sustentabilidade, adotado por 
muito brasileiros, Domingos Tótora cria seus designs a partir de papelão reciclado, que se 
moldam para formar bancos, vasos, mesas e também imita pedras e madeira. Com fama 
internacional, Domingos Tótora dá aula de sustentabilidade e amora à natureza através de 
suas criações. 
Processo do Papelão. Originário da madeira, o papelão volta a sua forma inicial nas 
mãos de Domingos Tótora. O papelão recebido na oficina de Domingos Tótora é desmanchado 
e recebe tratamento com cola e derivados de aglutinação, se transformando em uma massa de 
celulose mondável, com 100% de reaproveitamento. A massa de papelão vai para o processo 
de criação e é moldada em gestual livre a fim de se tornar algo, seja banco, vaso, suporte ou 
apenas partes de um todo. Dessa forma, a ”concepção e execução andam juntas para atingir a 
sustentabilidade em todos os níveis”, segundo Domingos Tótora. 
Peças. Algumas de suas peças mundialmente conhecidas, são ainda mais 
interessantes quando explicadas: 
Mesa Água: Com papelão moldado para imitar três 
pedras grandes, elas servem como suporte. Combinada com 
um tampo de vidro, a peça se torna uma mesa de centro. Essa 
peça de Domingos Tótora recebeu três prêmios importantes de 
design entre os anos de 2008 e 2010. 
 
Mesa Hastes: Esta peça de Domingos Tótora ganhadora de 
dois prêmios de design é formada por hastes semicirculares de 
papelão que juntas formam o suporte para uma mesa de centro. 
 
Banco Pinhão: Com quatro variações, este banco é 
inteiramente feito em papelão. Existem duas versões do banco em 
material liso e duas versões com o banco ranhurado. Cada um deles 
varia na presença de assento com almofada de couro ou não. 
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Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: História da Arte e Design 1 19 
 
 
 
Banco Kraft: Uma de suas peças mais conhecidas, este banco é 
feito com chapas de papelão moldados como uma silhueta de cadeira e 
colados um ao lado do outro em sequência e de forma levemente 
irregular, criando ranhuras. 
 
Banco Solo: Domingos Tótora gosta de relembrar a natureza 
em seus designs, por isso imita com papelão o formato de pedras e 
madeiras. Caso desse banco, que tem seu assento formado por 
imitações de pedra. 
 
 
1.5- O CURSO TÉCNICO EM DESIGN DE INTERIORES 
Agora que você conhece o que é a profissão e seus profissionais mais renomados no 
Brasil e no Mundo. Explanaremos agora como se dará o curso técnico em Design de Interiores 
ofertado nas Escolas Estaduais de Ensino Profissional do Estado do Ceará. 
Iniciamos apresentando, os objetivos do curso, formar profissionais que sejam capazes 
de: 
 Participar da leitura, elaboração e execução de projetos de interiores; 
 Representar os elementos de projeto no espaço bidimensional (planta baixa e 
detalhamentos) e tridimensional (perspectiva) aplicando os métodos de 
representação gráfica; 
 Adequar os projetos de design às necessidades dos usuários e às demandas do 
mercado; 
 Usar de maneira correta, harmoniosa e coerente com o perfil do cliente os 
diversos tipos de materiais e revestimentos; 
 Desenvolver, especificar e vender materiais, revestimentos, mobiliários, adornos e 
luminárias; 
 Interpretar e aplicar legislação, assim como aplicar métodos conceitos de 
sustentabilidade no desenvolvimento de projetos e produtos que compõem o 
interior; 
 Gerenciar uma equipe de execução de obras do projeto de interior; 
 Interpretar código de ética e de defesa do consumidor inerentes ao design. 
 Elaborar maquetes eletrônicas. 
Os objetivos acima listados orientam a grade curricular e o perfil de conclusão do 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: História da Arte e Design 1 20 
 
Técnico em Design de Interiores, com intuito de atender a demanda do mercado existente. 
Todas essas competências e habilidades que são fundamentais, envolvem a 
comunicação e expressão oral e escrita; raciocínio lógico, crítico e analítico; postura 
investigativa frente ao conhecimento e desenvolvimento de valores éticos; compreensão do 
contexto socioeconômico e político em constante transformação; entender o dinamismo do 
mercado, no qual as políticas e os agentes econômicos estão inseridos, bem como a dinâmica 
própria dessas relações, estabelecendo conectividade com a produção na área. 
Devemos salientar que você futuro profissional, deverá ter visão dos problemas do País 
e do Mundo, para relacionar ao mercado de Design, mantendo-se atento a evolução das 
formas de arte, cultura e tecnologias. Além do cenário financeiro mundial. 
Nossas disciplinas técnicas do curso, estão interligadas com as disciplinas da base 
comum do Ensino Médio. Sendo trabalhadas com interdisciplinaridade, sempre recorrendo a 
assuntos que vocês verão ao longo dessas disciplinas com o conteúdo técnico ministrado pelo 
professor técnico. 
As aulas ao longo do curso, são teóricas e práticas, sendo que nem sempre a teoria 
significará que a aula ocorrerá em sala de aula, podendo o professor propor uma aula de 
campo, para explanar melhor o conteúdo. 
Enquanto as aulas práticas possuem o formato de oficinas, desenvolvimento de 
espaços, participação em concursos nacionais, confecção de adornos e objetos, visitas 
técnicas a empresas e eventos, seminários e palestras do ramo. Tudo para enriquecer seu 
conhecimento cultural e social que irá lhe influenciar como profissional. 
O curso é dividido por semestres, sendo que o 1° e 2° semestre são para 
embasamento teóricos e práticos acerca da evolução da profissão e da arte; materiais e 
revestimentos para interiores; ergonomia e noções antropométricas; desenvolvimento de 
habilidades relacionadas à representação gráfica da realidade utilizando a expressão artística 
desenho, à mão livre e com o uso de instrumentos técnicos (parte sombreada de cinza claro da 
tabela Grade Curricular). 
No 3° semestre, teremos uma disciplina de embasamento teórico acerca da história do 
mobiliário, uma outra disciplina para instruir as metodologias de se projetar espaços e objetos 
para interiores e inicia-se a representação gráfica utilizando o computador em software 2D, 
AutoCAD ou similar. 
No 4° semestre, a disciplina de Conforto Ambiental e Noções Básica de Paisagismo, 
permitirá a análise técnica dos espaços internos para se atingir o nível de conforto desejável 
para os ambientes, norteando o uso dos materiais e revestimentos utilizados no projeto. Já 
embasados quanto a materiais, revestimentos e características de mobiliário, iniciamos o ato 
de projetarmos móveis planejados, seja no laboratório de pranchetas ou no laboratório de 
informática com o uso do software Promob ou Sketchup. 
 
Abaixo, apresentamos a tabela que apresenta simplificadamente toda a grade curricular 
do curso Técnico em Design de Interiores. 
 
 
 
 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Curso Técnico em Design de InterioresDisciplina: História da Arte e Design 1 21 
 
 
 
 
GRADE CURRICULAR 
DISCIPLINAS 
1° ANO 2° ANO 3° ANO 
TOTAL 1° SEM 2° SEM 1° SEM 2° SEM 1° SEM 2° SEM 
S T S T S T S T S T S T 
Informática Básica 3 60 2 40 100 
História da Arte e 
Design 1 
 2 40 40 
Desenho à mão 
livre 
 4 80 80 
Desenho Técnico 4 80 80 
Ergonomia 2 40 40 
História da Arte e 
Design 2 
 2 40 40 
Materiais para 
Interiores 
 2 40 40 
Desenho à 
perspectiva 
 2 40 40 
Desenho Técnico 2 3 60 60 
Mobiliários 1 2 40 40 
Método de projetos 
para Interiores 
 4 80 80 
Desenho assistido 
por computador 2D 
 4 80 80 
Mobiliários 2 2 40 40 
Conforto Ambiental 
e Noções Básicas 
de Paisagismo 
 3 60 60 
Desenho assistido 
por computador 3D 
 4 80 80 
Estágio 
Supervisionado 
 15 300 300 
SUBTOTAL 3 60 12 240 11 220 12 220 9 180 15 300 1200 
 
Logo ao concluir o Técnico em Design de Interiores, o aluno deverá ter as seguintes 
competências: 
 Selecionar e sistematizar dados e elementos relativo ao projeto de design; 
 Elaborar projetos e produtos de design de interiores com ênfase na criatividade, 
sustentabilidade e inovação; 
 Adequar projetos e produtos de design de interiores às necessidades do usuário e 
às demandas do mercado; 
 Definir características estéticas, funcionais e estruturais do projeto de design; 
 Situar o projeto no contexto-histórico-cultural da evolução do design; 
 Interpretar e aplicar a legislação, orientações, normas e referências especificas; 
 Identificar a viabilidade técnica e econômica do projeto; 
 Implementar técnicas e normas de produção e relacionamento no trabalho; 
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 Selecionar materiais para execução e acabamento, de acordo com as 
especificações do projeto/produto; 
 Identificar as tecnologias e desenvolver novas tecnologias nos projetos e produtos 
de interiores; 
 Avaliar a qualidade dos produtos e serviços, realizando o levantando de dados de 
satisfação dos clientes; 
 Transferir ideias em projetos gráficos, visando à transformação do espaço 
arquitetônico, de acordo com as necessidades de seus usuários; 
 Analisar e aplicar conhecimentos de caráter artístico, estético e teórico na 
concepção do projeto de design de interiores; 
E as seguintes atribuições e habilidades explicitas no artigo 04, da resolução 278 de 27 
de maio de 1983, do CONFEA, circunscritas ao âmbito na respectiva modalidade: 
 
 Situar historicamente as diversas formas de manifestação artística, subsidiando a 
análise e a crítica da produção do espaço ou objetos que o compõe; 
 Distinguir características de estilos e modelos de design nos diversos períodos de 
seu desenvolvimento; 
 Contextualizar a prática do design, no processo histórico em seus aspectos 
econômicos, sociais, culturais e políticos; 
 Desenvolver conhecimentos que levem à inovação e à criação de novos 
processos no projeto de design; 
 Identificar variáveis políticas, condições técnicas e socioeconômicas que 
interferem na viabilidade estratégica do projeto; 
 Conceber visão global de custos, calcular e fixar preços e identificar as etapas do 
orçamento; 
 Estabelecer alternativas de produtos, materiais e serviços e analisar preços; 
 Interpretar e analisar legislação, orientação, normas e referências específicos; 
 Interpretar código de ética e de defesa do consumidor inerentes ao design de 
interiores; 
 Aplicar normas de comportamento e de apresentação pessoal adequada ao 
profissional de design de interiores; 
 Interpretar os elementos que compõem o relatório técnico e as regras de controle 
de qualidade; 
 Interpretar fundamentos de administração, desenvolvendo a visão mercadológica; 
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 Aplicar tecnologias de informação e de comunicação. 
Essas competências e habilidades são utilizados durante os procedimentos 
imprescindíveis do Técnico em Design de Interiores nos quais deverão ser analisadas durante 
a atuação no campo de estágio e mercado de trabalho: 
 Utilizar material de desenho adequado ao tipo de projeto; 
 Identificar as necessidades do cliente; 
 Elabora proposta de projeto; 
 Elabora contrato de projeto; 
 Realiza levantamentos arquitetônicos; 
 Realizar análise de dados levantados; 
 Define conceitos e partido de projetos e produtos; 
 Desenha croquis; 
 Aplica normas e legislação referente a projetos; 
 Realiza transferência de dados arquitetônico para o programa 2D; 
 Realiza transferência de dados arquitetônico para o programa 3D; 
 Realiza interpretação de plantas baixas; 
 Realiza interpretação de vistas ortográficas; 
 Realiza interpretação de layouts; 
 Realiza interpretação de projeto de iluminação; 
 Realiza interpretação de projeto elétrico; 
 Realiza interpretação de arquitetônico; 
 Realiza desenhos de planta baixa; 
 Realiza desenhos de layouts; 
 Realiza desenhos de perspectiva; 
 Realiza desenhos de projeto de iluminação; 
 Realiza desenhos de remanejamento elétrico; 
 Realiza desenhos de mobiliários; 
 Realiza desenhos de adornos; 
 Realiza desenhos de luminárias; 
 Desenvolve maquetes físicas e digitais de projetos de interiores; 
 Realiza a especificação de materiais; 
 Realiza a especificação de revestimentos; 
 Realiza a especificação de luminárias; 
 Realiza a especificação de adornos; 
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 Realiza a especificação e projetos de paisagismos para interiores; 
 Realiza a definição de cores; 
 Elabora projetos de interiores em software 2D; 
 Elabora projetos de interiores em software 3D; 
 Elabora projetos de mobiliários em software 2D e 3D; 
 Cria, desenvolve, texturas e superfícies utilizando programas de vetorização e 
manipulação de imagens; 
 Desenvolve projetos de interiores comerciais e coorporativos; 
 Desenvolve projetos de interiores residenciais; 
 Desenvolve projetos de eventos, em espaços internos; 
 Desenvolve projetos de vitrines; 
 Desenvolve projetos de exposições; 
 Realiza modificações em projetos de interiores; 
 Coordena diferentes equipes de trabalho; 
 Gerencia obras e projetos; 
 Realiza vendas especializadas de mobiliários; 
 Realiza vendas especializadas de peças de adornos; 
 Realiza vendas especializadas de peças de acessórios; 
 Realiza vendas especializadas de luminárias; 
 Realiza vendas especializadas de materiais e revestimentos; 
 Realiza o acompanhamento de compras com cliente de mobiliários; 
 Realiza o acompanhamento de compras com cliente de materiais; 
 Realiza o acompanhamento de compras com cliente de adornos; 
 Realiza o acompanhamento de compras com cliente de luminárias; 
 Realiza o acompanhamento de compras com cliente de acessórios; 
 Elabora cronograma de obra de interiores; 
 Comunica-se de maneira clara e persuasiva; 
 Demonstra competência pessoais; 
 Presta consultoria de interiores; 
 Presta consultoria de decoração; 
 Aplica regras de segurança no trabalho; 
 Avalia tecnicamente projetos de interiores; 
 Avalia tecnicamente projetos de mobiliários; 
 Avalia tecnicamente projetos de luminárias; 
 Avalia tecnicamente projetos de adornos. 
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2. ENTENDENDO A ARTE 
2.1- HISTÓRICO 
Desde suas origens o homem comunica-se através de grafismos e desenhos. As 
primeiras representações que conhecemos são as pinturas rupestres, em que o homem 
representava não apenas o mundo que o cercava, mas também as suas sensações: alegrias, 
medos, danças, etc. 
Depois com o manuseio do barro e ferro, aliado as necessidades do período neolítico, 
fizeram o homem, desenvolver instrumentos e objetos artísticos não apenas para a 
comunicação ou misticismo, mas sim suas necessidades físicas (função e conforto). 
Nos dias de hoje, observamos todos esses motivos interlaçados para concepção de 
produtos e projetos para o homem da atualidade. O homem não mais deseja somente a 
estética dos objetos como também se preocupa com sua função. Seja ela, decorar, auxiliar, dar 
segurança, provocar reflexão, proporcionar um tipo de sentimento, etc. 
A maior prova disso, é estarmos cercados por objetos artísticos e com design voltado 
ás nossas expectativas. Se observarmos um quarto, o seu por exemplo, encontraremos 
diferentes desenhos criados a partir dessa premissa; o desenho da estampa do seu lençol, o 
desenho da sua cama, cômoda ou guarda-roupa, o desenho da torneira, da pia, do chuveiro, a 
lâmpada ou luminária. Em todos os objetos que nos cerca, encontramos o que chamamos de 
Arte aplicada ao Design. 
2.2- ARTE E SUA FUNÇÃO 
 “A arte tem a função de encantar, de provocar sentimentos ou levar o observador a 
reflexão, a admiração.” (OLIVEIRA E GARCEZ, p.10) 
 
Vários são os fatores que fazem com que a arte cumpra sua função: A imaginação do 
artista, a composição da obra, a cor e textura utilizada, a forma, a harmonia e a qualidade da 
ideia. 
Mas em geral, as obras de arte expressam um pensamento, acerca da visão de mundo 
do autor (artista), provocando assim inquietações nos observadores, seja ela uma simples 
vontade de contemplar, comunicar a visão e sentimento do artista, e/ou trazer o senso crítico 
dele a algo, que o autor discorda. 
Deve ficar claro, que essa experiência estética não é ligada unicamente ao prazer, 
pois os outros sentimentos, como inquietude, reflexão, tristeza, medo, etc. Podem ser 
instigados, pela obra. Por exemplo, desde a arte moderna, temos visto o objetivo de provocar o 
choque na sociedade. 
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Como é o caso, dessa imagem artística 
ao lado, de autoria do fotógrafo Jonathan 
Thorpe, a modelo nua ao centro é Heather Byrd, 
que luta contra leucemia pela terceira vez, 
desde de 2007. 
A posição de como e onde ela se 
encontra é uma releitura do famoso quadro de 
Sandro Boticelli, “O nascimento da Vênus”. 
Em comparação com o mesmo, podemos notar 
que os dois médicos do lado direito da imagem, 
referem-se ao deus Zéfiro e pela ninfa Clóris. A 
enfermeira a colocar o robe na modelo, refere-
se a uma das Horas, que na pintura de Boticelli, 
é a mulher que coloca sobre Vênus, um manto 
de púrpura bordado de flores. 
O resultado artístico de Jonathan foi 
chamado "O Renascimento de Heather". "Pela 
primeira vez na minha carreira como fotógrafo, 
soube como é fazer uma foto que realmente 
comove as pessoas", disse Thorpe ao Daily 
Mail. Divulgação/Jonathan Thorpe. 
Esses sentimentos são diferentes a 
cada indivíduo, no momento da apreciação da 
arte. Devido a variação de idade, região e 
sociedade (cultura e modo de vida), época (acontecimentos históricos e modo de vida). Dessa 
maneira, a arte é um dos elementos de definidor de identidade de um povo, de um grupo social 
e de um indivíduo, já que transmitem as manifestações (históricas, artistas e culturais) do 
período em que foram concebidas. Como exemplos podemos citar essa pintura de John Cadel, 
feita para referir-se a entrada em operação do primeiro reator nuclear em 2 de dezembro de 
1942. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(Pintura de John Cadel alusiva à entrada em operação do primeiro reator nuclear em 2 de dezembro de 1942. O sigilo imposto 
pelas circunstâncias da guerra não permitia fotografias do evento à época.) 
Agora que sabemos a função, me diga, como se manifesta a arte? 
Como foi falado estamos cercado dela no nosso cotidiano, no entanto, poucos são 
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conhecedor de suas formas: o som(musica), a linguagem verbal oral e escrita (literatura), 
imagem visual (pintura, desenho, escultura, gravura, fotografia), linguagem corporal, (dança, 
teatro), além de poder ainda misturas todas essas linguagens, para criar uma nova forma. Em 
nossa disciplina de história da arte, focaremos, expressão visual e arquitetura. 
2.3- O ARTISTA 
“Artista é aquele que realiza-se expressando-se por meio da criação, da imaginação. 
De acordo, com OLIVEIRA e GARCEZ, o artista pode criar com vários objetivos: 
 Provocar emoções; 
 Prazer estético; 
 Comunicar pensamentos ao observadores; 
 Explorar novas formas de expressão; 
 Satisfazer-se; 
 Perpetuar sua existência no mundo; 
 Divulgar suas crenças; 
 Ocupar o tempo de forma criativa; 
 Documentar seu tempo; 
 Homenagear alguém ou fato. 
Sua formação pode ser através de uma instituição de ensino, como escola regular, 
universidade ou escola técnica. Mas é claro, em que há casos, que o artista é autodidata, ou 
seja, não obteve de forma comprovada nenhuma instrução, mas se dedicam a produzir arte a 
vida toda, ou parte dela, tomando-a como profissão. 
2.4- DESENVOLVENDO HABILIDADES 
O livro Explicando a arte, de Oliveira e Garcez, nos oferece o exercício abaixo, para 
desenvolvermos algumas das habilidades citadas até agora nesta apostila, com intuito de 
mudarmos nossa visão, e consequentemente aprendermos a apreciar a arte. 
Responda o questionário de acordo com SUAS preferências INDIVIDUAIS. Não há 
resposta certa ou errada. 
1. Observe e anote quais são as suas cores preferidas. 
2. Observe e anote quais são as formas geométricas que você prefere quando vai 
escolher um objeto. 
3. Observe e anote quando escolhe um tecido: gosta mais de estampado, xadrez, 
listrado, ou liso? 
4. Observe quais são os temas que mais gosta de observar em fotos, videos, filmes, 
esculturas e quadros: pessoas, paisagens, figuras geométricas, cenas históricas, detalhes, 
cenas fantásticas, etc. 
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5. Procure se lembrar de algum objeto de arte que já tenha chamado a sua atenção de 
forma especial. Tente descrevê-lo o máximo possível. 
6. Observe se você tem uma sensação agradável quando vê alguém desenhar, 
modelar ou pintar. 
7. Quando entrar em um novo ambiente, preste atenção nos detalhes: móveis, objetos 
de decoração, tapetes, disposição dos objetos, no espaço, quadros. Tente descrevê-lo, 
focalizando nos detalhes que lhe causaram melhor impressão. 
8. Observe as formas dos prédios de sua cidade. Distinga os mais antigos dos mais 
modernos. Escolha um para observar detalhamento: Janelas, vidraças, colunas, portas, 
telhado, escadarias, jardins, obras de arte. Descubra elementos nas quais nunca tinha prestado 
atenção. 
9. Observe um objeto de uso cotidiano. Pense nos motivos que teriam levado o 
desenhista a projetá-lo dessa forma. Escreva. 
10. Observe um objeto de arte. Memorize-o. Tente lembrar dele de olhos fechados,e o 
descreva com a máxima riqueza de detalhes. 
11. Há artistas populares em sua cidade? Quais são? Procure conhecê-los. 
12. Quais são os artistas de que sua cidade se orgulha? Realize uma pesquisa. 
13. Pesquise em publicações sobre sua cidade (livros, folhetos turísticos e até catálogo 
telefônico) quais são os principais monumentos e quem foram os artistas que os realizaram. 
Imagine que é um guia turístico e que deve passar essas informações para todos os visitantes. 
Procure conhecer os pontos de interesse da sua cidade. Observe-os. Pesquise suas histórias. 
2.5- LEITURA E APRECIAÇÃO DA ARTE 
Como estudamos até aqui, a arte é capaz de nos comunicar, sentimentos e fatos 
históricos; também é capaz de nos fazer refletir, apreciar, odiar, repugnar, e sentir entre tantos 
outros sentimentos. 
Mas nem todos conseguem entender, ler o que a arte quer realmente nos transmitir, e 
qual sua função. Durante nosso curso de História da Arte, veremos e analisaremos diversos 
tipos de expressão artísticas, algumas belas e outras repugnantes nossos olhos. Sentir a 
emoção, será fácil, mas há algumas outras habilidades que devemos possuir para ler e 
interpretar uma obra de arte, e que para isso devem ser exercitadas. 
São elas, a observação, a memorização, analise e síntese, orientação espacial e 
sentido de dimensão, pensamento lógico e pensamento criativo. 
A primeira que estudaremos é a ¹OBSERVAÇÃO; que se refere a habilidade que utiliza 
primeiramente o sentido da visão, para examinar minuciosamente, focar a atenção e concentrar 
o pensamento e por consequência os demais sentidos para ver, perceber e aprender detalhes 
significativos. 
Em nossa vida, temos nos acostumado a não observar com esse intuito, a prova disso 
é que ao descrever detalhadamente seu melhor amigo, você saberia dizer quantos sinais ele 
teria no rosto? Poucas ou talvez nenhuma pessoa seria capaz de responder a tal pergunta, 
sem olhar novamente o rosto do amigo. 
Isso acontece, porque não há um interesse em observar com tanta minuciosidade o 
rosto do amigo, não é? Isso então nos leva a outro ponto interessante da observação, “a 
observação é dirigida pelo nosso interesse espacial, o ponto de vista, determinado por 
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algo, uma necessidade ou um desejo.” 
 Saber observar, nos será útil não apenas para a apreciação da arte, mas também para 
nossa vida cotidiana, trabalho, estudo, relações sociais. Uma pessoa observadora resolve com 
mais facilidade alguns problemas envolvendo essas áreas, pois a observação nos ajuda a 
compreender a realidade. Através da leitura mais profunda das expressões fisionômicas, 
espaço, gestos, atitudes, ambientes, fauna, flora, fatos, situações e acontecimentos. 
Como consequência da boa observação, temos a habilidade de MEMORIZAÇÃO, que 
como o próprio nome nos diz, é a capacidade de registrar com um grau de precisão aquilo que 
observamos, e de alguma forma, mesmo passado um certo tempo, relembrar. 
Possuímos três tipos de memória, a memória curta, média e longa. A memória curta 
refere-se a memória de que dura apenas segundos, um exemplo é quando você disca um 
número, e logo em seguida tem que perguntar novamente, pois já não se recorda mais do 
número que ligou. A Memória média é a memória de fácil acesso e limitada à alguns minutos 
de duração, por exemplo, onde você estacionou o carro e a memória longa refere-se a todo 
conhecimento armazenado por você e pode durar anos. 
Logo, a memória visual é importantíssima para nossa vida, dependente da observação 
no quesito de se atear a detalhes que nos permiti diferenciar algo de outro. É por meio dessa 
capacidade que podemos construir opiniões e emitir opiniões acerco do que vemos em relação 
ao que lembramos. 
A terceira habilidade, ANÁLISE E SÍNTESE, é influenciada diretamente pelas duas 
primeiras, a observação e a memória. Pois analisar é desenvolver e aprofundar a observação 
(OLIVEIRA E GARCEZ, p.38). Decompondo a percepção geral em partes menores do objeto 
ou espaço observado. Para cada tipo de análise a um método particular de análise. Esse 
método é uma orientação a ser seguida para análise dos elementos que compõem o objeto. 
Nós naturalmente, já analisamos tudo ao nosso redor, quando escolhemos uma roupa, 
um caderno, uma joia, um carro. Sempre a uma “categoria” ou um “aspecto” que nos faz 
desejar ou querer aquele objeto e não outro. Nós nos valemos dessas categorias e aspectos, 
como argumentos para justificar nossa escolha. E isso forma a síntese, que trata de um 
método, processo ou operação que consiste em reunir elementos diferentes, concretos ou 
abstratos, e fundi-los num todo coerente. 
 No entanto, não podemos apenas ver com o sentido da visão, para analisar. Devemos 
também analisar pela sensibilidade e intuição, além de podermos usar os demais sentidos, o 
tato e a audição, por exemplo. 
 Nesta habilidade, a memória se encaixa quando a utilizamos para comparar 
semelhanças entre o objeto a ser analisado e o que já conhecemos previamente. Artificio muito 
utilizado também durante o processo criativo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Partindo agora, para a penúltima habilidade, a ORIENTAÇÃO ESPACIAL E SENTIDO 
DE DIMENSÃO, que nos auxilia na individualização de objetos dentro do espaço, podendo ser 
utilizado por exemplo para se descobrir a posição do fotografo dentro de uma fotografia, ao nos 
colocarmos imaginariamente no lugar da pessoa que focalizou a cena. A orientação espacial 
está ligada a habilidade de sentido de dimensão, que nos permiti a percepção de volumes e 
dimensões, seja espaço ou objetos, avaliando-os a olho nu e considerando suas proporções. 
No quadro de Degas acima, podemos através da habilidade de orientação espacial e 
nosso sentido de dimensão, perceber que Degas (o pintor) estava posicionado no canto oposto 
da sala, onde as bailarinas e o maestro se encontravam. 
 Dentro do curso técnico em Design de Interiores, estudaremos bastante essas 
habilidades, já que lidamos com medidas do espaço e do homem para projetar. Na arte, 
veremos o uso destorcido dessa proporção leva o artista a causar sensações inquietantes 
propositadamente. Mas durante um projeto de interiores, devemos ter cuidado com essa 
distorção. 
 Todas essas habilidades que estudamos relacionam-se com a percepção da realidade, 
portanto podemos afirmar que elas partem de um pensamento lógico. Seguimos um roteiro que 
ao chegar ao seu fim, temos uma síntese bem estruturada, com fundamento, argumentos, 
explicação e justificativa que nos leva a pensar numa determinada direção. 
 No entanto, além desse “roteiro”, podemos ligar nossa percepção à imaginação. 
Exemplo disso é quando observamos as nuvens no céu, e conseguimos associá-las a 
desenhos conhecidos. Apesar de saber que não há aquele objeto no espaço. 
1: O maestro dando aula as bailarinas, Degas - 1872. Óleo sobre tela. 32 x 46 cm. Museo de Orsay. 
París. Francia. 
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 A verdade é que nosso pensamento criativo não caminha com nosso pensamento lógico, 
mas precisa ser alimentada por informação. Quanto mais conhecemos, mais nossa imaginação 
tem recursos para trabalhar. 
 Ás vezes ser criativo, não é simplesmente ser criador, mas sim partir de uma realidade 
pré-existente, e reorganizar, remodelar, misturar, intensificar ou até mesmo reduzir, criando/ 
transformando

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