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Biossegurança Hospitalar e Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde

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BIOSSEGURANÇA
PROF.ª CAMILA TAVARES
É o conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação dos riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços. Estes riscos podem comprometer a saúde do homem e animais, o meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos. Há ainda outros conceitos para a biossegurança, como o que está relacionado à prevenção de acidentes em ambientes ocupacionais, incluindo o conjunto de medidas técnicas, administrativas, educacionais, médicas e psicológicas. 
A biossegurança envolve a análise dos riscos a que os profissionais de saúde e de laboratórios estão constantemente expostos em suas atividades e ambientes de trabalho. 
BIOSSEGURANÇA
No ambiente hospitalar, a transmissão de microorganismos patogênicos acontece na maiorias das vezes por contato, vias aéreas e pela exposição ao sangue e líquidos corporais. Como a maior parte das infecções tem origem endógena, vale frisar que o isolamento reverso ou protetor, que tem justamente o objetivo de proteger da aquisição de microorganismos, é considerado inútil. Diante disso, a biossegurança hospitalar é o processo mais adequado para os profissionais de saúde. 
A biossegurança hospitalar é o conjunto de medidas e normas que visa à proteção da população e dos profissionais da área da saúde. Ela minimiza os riscos inerentes a uma determinada atividade. Esses riscos não são aqueles que afetam apenas o profissional que desempenha a função, mas todos aqueles que podem causar danos ao meio ambiente e também à saúde das pessoas em geral.
BIOSSEGURANÇA HOSPITALAR
Mesmo que muitos profissionais considerem a biossegurança normas que dificultam seu trabalho, essas regras são cruciais para garantir a saúde do trabalhador e do restante da população. Inclusive, é comum que muitos profissionais acreditem que, por trabalharem dentro do hospital, estão isentos dos riscos. Porém, eles acabam adquirindo vícios que prejudicam todo o andamento que é sugerido pela biossegurança hospitalar.
Portanto, o não cumprimento das regras básicas da biossegurança hospitalar pode acarretar problemas, como epidemias e transmissão de doenças, as mais comuns são varicela, tuberculose e meningite.
É toda infecção adquirida durante a internação hospitalar (desde que não incubada previamente à internação) ou então relacionada a algum procedimento realizado no hospital (por exemplo, cirurgias), podendo manifestar-se inclusive após a alta. Atualmente, o termo infecção hospitalar tem sido substituído por Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS). Essa mudança abrange não só a infecção adquirida no hospital, mas também aquela relacionada a procedimentos feitos em ambulatório, durante cuidados domiciliares e à infecção ocupacional adquirida por profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, entre outros).
OBS.: são também convencionadas infecções hospitalares aquelas manifestadas antes de 72 horas da internação, quando associadas a procedimentos médicos realizados durante esse período. Os pacientes transferidos de outro hospital são considerados portadores de infecção hospitalar do seu hospital de origem
INFECÇÃO HOSPITALAR
Entre os fatores de risco para aquisição de uma infecção hospitalar está, obviamente, a necessidade de um indivíduo ser submetido a uma internação ou a um procedimento de saúde. A ocorrência de uma infecção dependerá principalmente da relação de desequilíbrio entre três fatores, os quais incluem a condição clínica do paciente, a virulência e inoculo dos micro-organismos e fatores relacionados à hospitalização (procedimentos invasivos, condições do ambiente e atuação do profissional de saúde). Em relação ao paciente (ou hospedeiro), várias condições estão associadas a um maior risco de ocorrência de infecção. Entre elas estão condições como extremos de idade (recém-nascidos e idosos); duração da internação; diabetes mellitus, que compromete os processos de cicatrização tecidual; doenças vasculares, que comprometam a oxigenação adequada de tecidos; alterações da consciência, que interferem com os mecanismos fisiológicos da deglutição; estados de imunossupressão, sejam inatos ou adquiridos pelo uso de medicações (corticoide e quimioterapia); além de quaisquer condições que exijam procedimentos invasivos (sondagem urinária, inserção de cateter venoso central, utilização de ventilação mecânica) e ou cirurgias que comprometem a integridade.
6
INFECÇÃO CRUZADA
É um termo utilizado para referir-se à transferência de microorganismos de uma pessoa (ou objeto) para outra pessoa, resultando necessariamente em uma infecção.
Exemplos:
Gripe
Herpes 
Hepatite B e C
Tuberculose
Aids
  
Antissepsia: É o conjunto de procedimentos utilizados para evitar que os microrganismos patógenos se espalhem para longe do local onde se encontrem. Ex.: álcool.
 70%.
Assepsia: É quando o local for estéril, ou seja, isento de qualquer microrganismo patógeno. É o conjunto de procedimentos e cuidados adequados para manter afastados deste local os microrganismos vindos de fora.
Desinfecção: É o processo que mata ou destrói a maioria dos microrganismos patogênicos, raramente aniquila todos os esporos.
Desinfecção de alto nível: Elimina bactérias na forma vegetativa, por exemplo: bacilo da tuberculose, alguns esporos, fungos e alguns vírus, enfim, todos os microrganismos, com exceção de um grande número de esporos.
Desinfecção de nível intermediário: Elimina a bactéria de forma vegetativa, bacilo da tuberculose, fungos e alguns vírus. Não elimina bactérias esporuladas.
Desinfecção de alto nível: Elimina bactérias na forma vegetativa, por exemplo: bacilo da tuberculose, alguns esporos, fungos e alguns vírus, enfim, todos os microrganismos, com exceção de um grande número de esporos.
ALGUNS PRINCIPAIS TERMOS USADOS NA BIOSSEGURANÇA
Desinfecção de nível intermediário: Elimina a bactéria de forma vegetativa, bacilo da tuberculose, fungos e alguns vírus. Não elimina bactérias esporuladas.
Desinfecção de baixo nível: Elimina a maioria das bactérias vegetativas, fungos e vírus. Não elimina esporos ou vírus lipídicos.
Descontaminação: Processo que resulta na redução da população microbiana em um objeto inanimado a um nível seguro ou relativamente seguro para a manipulação.
Desinfetantes: Saneador, antisséptico utilizado em objetos inanimados.
Detergentes: Dissolvem substâncias gordurosas.
Detritos: Restos, sujeiras.
EPI: Equipamento de proteção individual, ou seja: luvas de borracha, óculos de proteção, avental e máscara.
Envelopes/estojo para esterilização: Para acondicionar os instrumentos dentro de estufa e/ou autoclave.
Esterilização: É o processo de destruição de todas as formas de vida microbiana, inclusive esporuladas, presentes em qualquer artigo, mediante a aplicação de agentes físicos ou químicos.
Germicida: É um produto químico que destrói microrganismos. É utilizado para eliminar agentes patogênicos, mas não necessariamente bactérias esporuladas. Utilizado em tecidos vivos (antissépticos) e objetos inanimados (desinfetantes).
Higiene: parte da medicina que ensina a conservar a saúde individual e da comunidade, limpeza, asseio.
Infecção: Contágio, contaminação, invasão dos tecidos orgânicos por germes patogênicos.
Limpeza: Reduz a quantidade de microrganismos existentes. É o procedimento que consiste na remoção mecânica de sujidades e detritos visíveis por meio da lavagem, enxágue e secagem do material, utilizando soluções detergentes. Pode ser mecânica ou manual.
Sujidades: Cisco, sujeira.
É um órgão criado no dia 12 de maio de 1998, conforme Portaria nº 2616 do Ministério da Saúde, denominado um conjunto de ações desenvolvidas deliberada e sistematicamente, com vistas à redução máxima possível da incidência e da gravidade das infecções hospitalares.
Para a adequada execução do PCIH os hospitais tiveram que constituir uma Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), composta por profissionaisda área de saúde, de nível superior (médicos, enfermeiros, farmacêuticos) laboratório de microbiologia e administração, formalmente designados.
PCIH
PROGRAMA DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR
Elaborar, implementar, manter e avaliar programas de controle de infecção hospitalar, adequado as características e necessidades da instituição;
Implantação de um sistema de vigilância epidemiológica das infecções hospitalares, de acordo com o III, da Portaria nº 2616/98 do Ministério da Saúde;
Capacitação do quadro de funcionários e profissionais da instituição, no que diz respeito à prevenção e controle das infecções hospitalares;
Uso racional de antimicrobiano, germicidas e materiais médico-hospitalares;
Avaliar, periodica e sistematicamente, as informações providas pelo Sistema de Vigilância Epidemiológica das Infecções hospitalares e aprovar as medidas de controle propostas pelos membros executores da CCIH;
Realizar investigações epidemiológicas de casos e surtos sempre que indicado, implantar medidas imediatas de controle, e notificar o Serviço de Vigilância Epidemiológica do organismo de gestão do SUS;
Elaborar e divulgar, regularmente, relatórios e comunicar periodicamente, à autoridade máxima da instituição e às chefias de todos os setores do hospital, a situação de controle das infecções hospitalares, promovendo seu amplo debate na comunidade hospitalar;
FUNÇÕES DO CCIH
Elaborar, implementar e supervisionar a aplicação de normas e rotinas técnico-operacionais, visando limitar a disseminação de agentes presentes nas infecções em curso no hospital, por meio de medidas de precauções e de isolamento;
Adequar, implementar e supervisionar a aplicação de normas e rotinas técnico-operacionais, visando à prevenção e ao tratamento das infecções hospitalares;
Definir, em cooperação com o Serviço de Farmácia, politica de utilização de antimicrobianos, germicidas e materiais médico-hospitalares para a instituição;
Cooperar com o setor de treinamento ou responsabilizar-se pelo treinamento, com vistas a obter capacitação adequada do quadro de funcionários e profissionais, no que diz respeito ao controle das infecções hospitalares;
Propor e participar de projetos para ampliação, reforma ou modificação da área física do hospital, visando o controle, prevenção ou redução do risco de infecção;
Identificar os vetores de transmissão de doenças infecto-contagiosas;
Formular a estratégia de controle de infecção hospitalar em função dos dados levantados – controle de ambientes (limpeza, desinfecção, vetores, destino adequado do lixo hospitalar); controle de material (limpeza, desinfecção e esterilização); normatizar procedimentos operacionais – integrar suas atividades com as demais comissões e serviços existentes no HUSM.
Os procedimentos incluem a higienização das mãos, que deve ser feita com água e sabonete antes e depois do contato com qualquer paciente depois da remoção das luvas e do contato com sangue ou secreções.
PROCEDIMENTOS DE PRECAUÇÃO
As mãos são consideradas as principais ferramentas dos profissionais que atuam nos serviços de saúde, pois é através delas que eles executam suas atividades. Constituem na principal via de transmissão de microrganismos durante a assistência prestada aos pacientes, sendo a pele um possível reservatório de diversos germes, que podem ser transferidos de uma superfície para outra, pelo contato direto (pele com pele), ou indireto, através do contato com objetos e superfícies contaminados.
Assim, a segurança dos pacientes, nesses serviços, depende da higienização cuidadosa e frequente das mãos desses profissionais. 
PROCEDIMENTO DE LAVAGEM DE MÃOS
Água – A água utilizada em serviços de saúde deve ser livre de contaminantes químicos e biológicos.
Sabões – Nos serviços de saúde, recomendam-se o uso de sabão líquido, tipo refil, devido ao menor risco de contaminação do produto. São produtos de ação detergente que contém ácidos graxos esterificados e hidróxido de sódio ou potássio. Disponíveis em várias formas: barra, líquido, etc. Não tem atividade antimicrobiana. Retiram a sujeira, várias substâncias orgânicas e a flora transitória frouxamente aderida à pele mas, em geral, não removem os patógenos das mãos da equipe de saúde hospitalar. Podem causar secura e irritação da pele. 
Agentes Anti-sépticos - São substâncias aplicadas à pele para reduzir o número de agentes da microbiota transitória e residente. Entres os principais anti-sépticos utilizados para higienização das mãos destacam-se : Álcoois, Clorexidina, Compostos de iodo, Iodóforos e Triclosan. 
Papel Toalha – Deve ser suave, possuir boa propriedade de secagem, ser esteticamente aceitável e não liberar partículas. 
Álcoois - tem atividade antimicrobiana atribuída à sua habilidade de desnaturar proteínas. Soluções contendo 60-95% de álcool são as mais eficazes. Tem excelente atividade germicida contra bactérias e Tem ação contra a maioria dos vírus.
INSUMOS NECESSÁRIOS PARA A HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS
Hospitais, postos de saúde, laboratórios e centros de análises clínicas são locais que possuem elevado risco de contaminação, uma vez que suas atividades envolvem a manipulação de produtos químicos, fluidos corporais e contato com pessoas adoecidas ou com algum tipo de trauma físico.
Para evitar a contaminação, é fundamental orientar quanto ao uso de EPI, investir na conscientização da equipe a respeito dos cuidados necessários nesse tipo de ambiente, bem como em orientação para os visitantes e pacientes. Além disso, é necessário utilizar EPIs, pois eles são capazes de evitar a contaminação e disseminação de fungos, bactérias e microrganismos causadores de doenças.
EPI
(EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL)
Que EPI’s são esses:
 Luvas: Têm a função de proteger as mãos do contato com materiais irritantes, tóxicos, contaminantes ou corrosivos. No caso dos Hospitais, as principais luvas são as luvas cirúrgica ou luvas de procedimento não cirúrgico.
Óculos: Garantem a proteção dos olhos contra substâncias químicas e abrasivas, materiais infectantes, entre outros. Eles precisam ser feitos a partir de material transparente, de forma a simplificar a visualização do profissional.
Máscaras e respiradores: O objetivo dos Respiradores é proteger contra substâncias tóxicas e gases — que, quando entram em contato com os pulmões, podem causar danos ao aparelho respiratório e graves intoxicações. A utilização desse equipamento visa prevenir, ainda, agentes infecciosos encontrados em coletas de sangue. Ela também evita vapores intoxicantes provenientes de aerossóis e particulados. O objetivo dos Respiradores é proteger contra substâncias tóxicas e gases — que, quando entram em contato com os pulmões, podem causar danos ao aparelho respiratório e graves intoxicações. A utilização desse equipamento visa prevenir, ainda, agentes infecciosos encontrados em coletas de sangue. Ela também evita vapores intoxicantes provenientes de aerossóis e particulados. Já a máscara de TNT não é considerada um EPI. Ou seja: não está sujeita ao Certificado de Aprovação do Ministério do Trabalho, mas seu uso no ambiente hospitalar exige aprovação e registro da Anvisa. Ela serve para proteger o usuário da inalação de gotículas transmitidas a curta distância e pela projeção de sangue ou outros fluidos corpóreos que possam atingir as vias respiratórias além minimizar a contaminação do ambiente com secreções respiratórias geradas pelo usuário.
AVENTAL OU JALECO: deve possuir mangas longas, é um Produto indicado para uso em ambiente médico hospitalar ou laboratorial constituindo-se em uma barreira para proteger o corpo do profissional da saúde ou do paciente, contra possíveis contaminações por líquidos corpóreos ou substâncias contaminantes.
PROPÉ: tem como finalidade de uso evitar o desprendimento de sujidades em áreas especiais e restritas, que tenham essa necessidade. Protege os pés contra eventuais fluídos corpóreos ou outros tipos de contaminação provenientes do meio externo.
TOUCA HOSPITALAR: evita que a profissionalse exponha a riscos ou prejudique sua saúde durante a execução de suas funções. É essencial que ela seja usada durante todo o procedimento cirúrgico, Para que a contaminação do ambiente cirúrgico com o cabelo seja evitada
PRECAUÇÃO DE CONTATO
Indicada para infecção ou colonização por microrganismos multirresistentes, como a varicela. Neste caso, a biossegurança hospitalar indica, além dos mesmos padrões da precaução padrão, o quarto privativo.
Se não houver disponibilidade, a distância mínima entre dois leitos deve ser de um metro. Além disso, equipamentos como estetoscópio, esfigmomanômetro e termômetro devem ser de uso exclusivo do paciente.
PRECAUÇÃO PARA GOTÍCULAS
A biossegurança hospitalar indica medidas para evitar a transmissão de meningites bacterianas, caxumba, influenza, coqueluche, difteria, rubéola, entre outras.
Além das mesmas precauções por proteção, é preciso que a máscara cirúrgica seja usada por profissional e paciente. Porém, o transporte do paciente deve ser evitado.
Norma que cuida da saúde dos profissionais da área de saúde e tem por finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em geral. Está contida na Portaria nº 3.214/78 do Ministério do Trabalho e Emprego – MTE, para regulamentar a Lei nº 6.514, de 22 de dezembro de 1977.
A NR-32 abrange as situações de exposição aos diversos agentes de risco presentes no ambiente de trabalho, como risco biológico; químico e físico, com ênfase nas radiações ionizantes e, os riscos ergonômicos. Estabelece ainda que os EPI, descartáveis ou não, deverão estar à disposição, em número suficiente, nos postos de trabalho, de forma que seja garantido o imediato fornecimento ou reposição.
Além do cumprimento da legislação, os EPIs devem atender às seguintes exigências: ser avaliados quanto ao estado de conservação e segurança; estarem armazenados em locais de fácil acesso e em quantidade suficiente para imediata substituição; segundo as exigências do procedimento ou em caso de contaminação ou dano.
Com relação aos quimioterápicos antineoplásicos, é vedado iniciar qualquer atividade na falta de EPI. Além disso, é proibido movimentar cilindros de gases sem os EPIs adequados.
NR-32
RISCOS BIOLÓGICOS: Os riscos biológicos ocorrem por meio de microorganismos como bactérias, vírus, parasitas, protozoários, fungos e bacilos que, em contato com o homem, podem provocar inúmeras doenças como tuberculose, malária, febre amarela. Para que essas doenças possam ser consideradas doenças profissionais, é preciso que haja exposição do funcionário a estes microorganismos.
RISCOS QUÍMICOS: Está relacionado ao perigo que qualquer trabalhador está exposto ao manipular produtos químicos que podem prejudicar-lhe a saúde. Os danos físicos relacionados à exposição química incluem desde irritação na pele e olhos, passando por queimaduras leves até as de maior severidade.
Os danos à saúde podem ocorrer com curta e/ou longa duração, relacionados ao contato de produtos químicos tóxicos com a pele e olhos, bem como a inalação de seus vapores, resultando em doenças respiratórias crônicas, doenças do sistema nervoso, doenças nos rins e fígado e, até mesmo, alguns tipos de câncer.
RISCOS FÍSICOS: são aqueles relacionados às energias sob as quais os trabalhadores, no ambiente hospitalar, estão sujeitos a ter contato como o calor, ruído, radiações ionizantes, radiações não ionizantes e pressões anormais. 
Entende-se por material perfuro- cortante, ou escarificante, todo o objeto e instrumento contendo cantos, bordas, pontas ou protuberâncias rígidas e agudas capazes de cortar e perfurar ao mesmo tempo; tais como lâminas de barbear, agulhas, scalps, lâminas de bisturi, espátulas, utensílios de vidro quebrados no laboratório (pipetas, tubos de coleta sanguínea...) e outros similares.
A enfermagem se constitui por uma equipe que está em constantes riscos, onde os mesmos podem adquirir patógenos veiculados pelo sangue, pois suas atividades envolvem o contato direto com fluídos corpóreos e manipulação rotineira com perfuro cortantes. 
A ocorrência de acidentes com materiais perfurocortantes é constante nos ambientes que prestam serviços de saúde e acomete mais diretamente aos profissionais que executam atividades envolvendo equipamentos que são utilizados em cirurgias, curativos, laboratórios e outros.
 
MATERIAL PERFURO-CORTANTE
Riscos dos acidentes com perfuro-cortantes:
De imediato, a primeira preocupação que o acidentado tem é o risco de ter contraído HIV, o retrovírus responsável pelo desenvolvimento da Aids. Porém, essa não é a única ameaça que uma pessoa exposta a um perfurocortante contaminado pode ter. Doenças como hepatite B e hepatite C também podem ser passadas através de um ferimento acidental com agulhas desprotegidas e, juntamente com o HVI, são os agentes infecciosos mais frequentes nesses tipos de acidente.
Além desses três principais, ainda existem 50 outros tipos de agentes patogênicos que podem ser contraídos em um acidente, como doença de chagas e malária. O acidentado ainda corre o risco de ter sido contaminado com tuberculose, sífilis e outras doenças que podem ser transmitidas pelo sangue.
Para evitar que esses acidentes ocorram, os profissionais da saúde devem exigir de seus hospitais e clínicas a disponibilização de dispositivos de segurança para agulhas e demais instrumentos perfuro-cortantes. Além de garantir o conforto e a segurança da equipe, a medida irá evitar que milhares de pessoas tenham suas vidas afetadas por acidentes que poderiam ter sido prevenidos com uma simples medida de segurança.
Limpar a área picada imediatamente após a contaminação, comprimindo o local.
Providenciar curativo apenas de proteção local.
Comunicar a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) e descrever o acidente.
Proceder a uma coleta de sangue em tubo seco próprio, para realizar teste para antígeno de superfície da Hepatite B (HbsAg) e anticorpo para o vírus da imunodeficiência humana (HIV).
Se a contaminação foi por meio de material que acabou de ser retirado do paciente, ele deve se submeter, também, a uma amostra de exames.
Se a fonte de infecção tiver sorologia positiva para o vírus da Hepatite B (VHB) e o profissional não tenha sido vacinado contra a doença, será necessário que a série de vacina contra VHB seja iniciada.
Deve ser iniciada também uma dose única da imunoglobulina da Hepatite B (IGHB) caso o profissional tenha sido exposto nos últimos sete dias.
No caso de o profissional já ter sido vacinado contra o VHB e seu nível cediço do HbsAg for baixo, uma dose da vacina contra Hepatite B e uma dose da IGHB deverão ser administradas.
Mas caso haja contaminação o profissional precisa estar orientado e buscar as soluções precisas, tais como:
Se for negativa para HbsAg (substância presente no vírus da hepatite) e o profissional ainda não tiver sido vacinado, será necessário receber a série de vacinas para Hepatite B.
Se a fonte se recusar a fazer os testes ou se a fonte não for identificada, também é viável que a série de vacinas da Hepatite B seja administrada.
 Se for positivo para Hepatite B ou suspeita de ser portadora dessa doença será necessário usar a IGHB (Imunoglobulina hiperimune para hepatite B).
Se a fonte for HIV positivo, o profissional deverá receber aconselhamento sobre a infecção e o risco de sua ocorrência e deverá iniciar a profilaxia para o HIV de acordo com normas institucionais e da vigilância de saúde.
Se o profissional que foi exposto ao HIV apresentar qualquer doença febril dentro de um período de 12 semanas após a exposição, o médico deverá ser comunicado e novas condutas deverão ser tomadas.
Se o teste do profissional foi negativo para HIV, o exame deve ser repetido dentro de seis semanas, depois com 12 semanas e seis meses após exposição. O profissional está assegurado tambéma solicitar um novo exame com 10 a 12 semanas de acordo com a necessidade observada.
Caso os testes realizados para HIV e para HbsAg sejam negativos, o acompanhamento deve ser feito dentro de 12 semanas.
Descarte de material perfuro-cortantes
Devem ser descartados separadamente, no local de sua geração, imediatamente após o uso ou necessidade de descarte, em recipientes de paredes rígidas, resistentes à punctura, ruptura e vazamento, resistentes ao processo de esterilização, com tampa, devidamente identificados com o símbolo internacional de risco biológico acrescido da inscrição de “PERFURO-CORTANTE” e os riscos adicionais, químico ou radiológico. É expressamente proibido o esvaziamento desses recipientes para o seu reaproveitamento. 
As agulhas descartáveis devem ser desprezadas juntamente com as seringas, quando descartáveis, sendo proibido reencapá-las ou proceder a sua retirada manualmente.
Os recipientes coletores têm capacidade que varia de 3 a 13 litros, são confeccionados em material resistente (papelão couro), especialmente desenvolvido para utilização em serviços de saúde e, de preferência, possuir desconectador de agulhas.
O volume dos recipientes coletores, ou de acondicionamento, deve ser compatível com a geração diária deste tipo de resíduo.
Estes recipientes só devem ser preenchidos até os 2/3 de sua capacidade, ou o nível de preenchimento ficar a 5 (cinco) cm de distância da boca do recipiente. Devem estar localizados tão próximo quanto possíveis da área de uso destes materiais.
Em caso de exposição acidental ou incidental, medidas de proteção devem ser adotadas imediatamente.
Em toda ocorrência de acidente envolvendo riscos biológicos, com ou sem afastamento do trabalhador, deve ser emitida a Comunicação de Acidente de Trabalho – CAT.
Todo local onde exista possibilidade de exposição ao agente biológico deve ter lavatório exclusivo para higiene das mãos provido de água corrente, sabonete líquido, toalha descartável e lixeira provida de sistema de abertura sem contato manual.
Os quartos ou enfermarias destinados ao isolamento de pacientes portadores de doenças infectocontagiosas devem conter lavatório em seu interior.
O uso de luvas não substitui o processo de lavagem das mãos, o que deve ocorrer, no mínimo, antes e depois do uso das mesmas.
Os trabalhadores com feridas ou lesões nos membros superiores só podem iniciar suas atividades após avaliação médica obrigatória com emissão de documento de liberação para o trabalho.
MEDIDAS DE PROTEÇÃO
A vestimenta deve ser fornecida sem ônus para o empregado.
Os trabalhadores não devem deixar o local de trabalho com os equipamentos de proteção individual e as vestimentas utilizadas em suas atividades laborais.
Os Equipamentos de Proteção Individual – EPI, descartáveis ou não, deverão estar à disposição em número suficiente nos postos de trabalho, de forma que seja garantido o imediato fornecimento ou reposição.
O empregador deve assegurar capacitação aos trabalhadores, antes do início das atividades e de forma continuada, devendo ser ministrada:
a) sempre que ocorra uma mudança das condições de exposição dos trabalhadores aos agentes biológicos;
b) durante a jornada de trabalho;
c) por profissionais de saúde familiarizados com os riscos inerentes aos agentes biológicos.
Os trabalhadores devem comunicar imediatamente todo acidente ou incidente, com possível exposição a agentes biológicos, ao responsável pelo local de trabalho e, quando houver, ao serviço de segurança e saúde do trabalho e à CIPA.
O empregador deve informar, imediatamente, aos trabalhadores e aos seus representantes qualquer acidente ou incidente grave que possa provocar a disseminação de um agente biológico suscetível de causar doenças graves nos seres humanos, as suas causas e as medidas adotadas ou a serem adotadas para corrigir a situação.
Os colchões, colchonetes e demais almofadados devem ser revestidos de material lavável e impermeável, permitindo desinfecção e fácil higienização.
 A utilização de pias de trabalho para fins diversos dos previstos;
O ato de fumar, o uso de adornos e o manuseio de lentes de contato nos postos de trabalho;
O consumo de alimentos e bebidas nos postos de trabalho;
A guarda de alimentos em locais não destinados para este fim;
A uso de calçados abertos.
O EMPREGADOR DEVE VETAR
FIM

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