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Universidade Estácio de Sá Curso de Serviço Social Projeto de Intervenção Inara Lopes dos Santos As relações intergeracionais do usuário do CRAS e a Política Social Contemporânea Projeto de Intervenção desenvolvido para composição da nota de avaliação da disciplina Estágio Supervisionado II do curso de Serviço Social, da Universidade Estácio de Sá com o requisito parcial para obtenção do grau em Bacharel em Serviço Social . Lajedo-PE 2019 I. Dados de Identificação: Nome do projeto: As relações intergeracionais do usuário do CRAS e a Política Social Contemporânea Órgão / Instituição Responsável: Centro de Referência da Assistência Social – CRAS Ibirajuba-PE Equipe: Simone Rodrigues, Joanny Tomé, Anna Gabryelle e Inara Vasconcelos. Supervisora de Campo: Joanny Tomé. Supervisora Acadêmica: Ana Paula Salomão II. Apresentação O Centro de Referência de Assistência Social é uma unidade pública estatal responsável pela oferta de serviços continuados de proteção social básica da assistência social, objetivando prevenir situação de risco e vulnerabilidade social por meio do desenvolvimento de potencialidades e aquisições, de fortalecimento de vínculos familiares e comunitários. É o espaço onde os serviços de proteção social básica são executados de forma direta e articulados com outras redes e , “a Assistência Social, enquanto política pública que compõe o tripé da Seguridade Social, e considerando as características da população atendida por ela, deve fundamentalmente inserir-se na articulação intersetorial com outras políticas sociais, particularmente, as públicas de Saúde, Educação, Cultura, Esporte, Emprego, habitação, entre outras, para que as ações não sejam fragmentadas e se mantenha o acesso e a qualidade dos serviços para todas as famílias e indivíduos” (PNAS/2004 ). O presente trabalho foi realizado a partir do estágio curricular II em Serviço Social no Centro de Referência da Assistência Social - CRAS Ibirajuba-PE, com o objetivo de descrever os aspectos sociais intergeracionais do usuário do CRAS e a atuação da Política Social Contemporânea na prevenção do bem-estar da população. III. Diagnóstico O diagnóstico das relações intergeracionais do usuário do CRAS e da política social contemporânea é um instrumento de grande relevância para auxiliar e fundamentar ações estratégicas na política de assistência social, de forma preventiva e proativa. Os usuários do CRAS são famílias em situação de vulnerabilidade social decorrente da pobreza, do precário ou nulo acesso aos serviços públicos, beneficiárias de programas de transferência de renda e benefícios assistências, além de vulnerabilidade em decorrência de dificuldades vivenciadas por algum de seus membros e outros. Através da convivência desses usuários, percebem-se os conflitos gerados pelas relações intergeracionais e a influência da política social contemporânea. V. Objetivos Objetivo Geral Divulgar para a população da área de abrangência do CRAS a importância do vínculo familiar estruturado e das políticas sociais para o bem-estar social. VI. Referencial teórico Estimativas da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a agricultura (FAO) indicam que no período 2002 a 2014 o Brasil conseguiu reduzir cerda de 82% do universo da fome, através de políticas públicas inclusivas. A priorização sobre a segurança alimentar, contribuiu milhões de famílias beneficiadas pelo Bolsa família, o Pronaf, o Programa Nacional de Alimentação Escolar, a valorização do salário mínimo, a aposentadoria rural plena, as cisternas no Nordeste, e entre outras ações de uma lista de algumas dezenas de medidas, medidas essas que não são suficientes para alterar a qualidade de vida de muitos usuários. A cultura das gerações desses usuários dar-se-á pela união conjugal precoce, pois a pobreza é um dos fatores que levam as famílias a concordar com o casamento infantil, onde um dos principais incentivos deveria ser a educação. O casamento precoce é uma realidade no Brasil, a idade legal para se casar são 18 anos, mas é possível casar, a partir dos 16 anos, desde que a união seja autorizada pelos pais, e é uma das principais causas para as mulheres serem vítimas na reprodução da violência doméstica, estupro, gravidez precoce, e outros, que pode gerar uma série de consequências negativas, para a nova geração de famílias e economia do país. Com a formação da família não estruturada, surgem os conflitos intergeracionais, terem filhos logo nos primeiros anos, deixar de estudar para dedicar-se aos trabalhos da casa e à educação dos filhos, negligencias no direito à educação básica, à saúde e etc, pela imaturidade. A baixa qualidade de vida e a não perspectiva de melhora, faz o ciclo da geração de pobreza e desemprego aumentarem. Pelo diagnóstico do Instituto Ayrton Senna, estima-se que a economia no Brasil perde 151 bilhões por ano, pela falta de 15% de jovens entre 15 e 17 anos na escola. Essa estimativa leva em conta também ao custo relacionado ao aumento da violência e à piora nas condições de saúde dos menos escolarizados, que são direitos violados. Porém, a erradicação dessa faixa etária não será resolvida apenas com política educacional. As políticas públicas contemporâneas refletem o contexto sócio-político-econômico do país, onde sofrem com interferências causadas pelos interesses do grupo político, que possuem poder para conduzi-la. Ao identificar o problema que causa os conflitos intergeracionais nos usuários, é necessário inseri-lo na agenda governamental, onde deve ser desenvolvido estratégias que atuarão para solucioná-lo, podendo haver harmonia ou não, conforme os grupos envolvidos no desenvolvimento. Após o processo da tomada de decisão, as implementações das escolhas são colocadas em práticas. Na política pública contemporânea, foi sancionada a lei 13.811/19 no Código Civil, que proíbe casamento antes dos 16 anos de idade. O código permitia o casamento de menores de 16, desde que autorizado pelos pais, isso porque foi apresentado números alarmantes sobre o casamento infantil. A Lei 13.803/2019 sancionada neste ano, 2019, traz medidas que auxiliam na prevenção e no combate à evasão escolar e contribua, a longo prazo, no combate a criminalização, onde as escolas públicas e privadas deverão notificar quando o número de faltas ultrapasse 30% que a Lei estabelece como máximo de ausência para a aprovação. VII. Metodologia Visando atingir o objetivo proposto neste projeto, serão desenvolvidas atividades internas e externas conforme a lista: Elaboração de questionário para entrevista com os usuários, enquanto aguardam atendimento; Feedback da entrevista, onde poderá ser realizado estratégias para realizar este projeto. Esta etapa será durante 2 dias, totalizando 16 horas; Formar parcerias com gestores das escolas, assistência social e saúde, para ajudar na divulgação do projeto. Esta etapa será durante dois dias na semana, totalizando 16 horas; Apresentar o filme “O menino que descobriu o vento” para abertura do projeto, mostrando a importância das escolas, da união, da luta contra opressões, do respeito ao próximo. Preparar pipocas, bebidas e recipientes para o momento do filme ser entregue aos participantes; Arte digital com o título “Sua geração pode transformar a sociedade”, tendo como base o título deste projeto, para exposição durante apresentação; Elaboração de slides com as informações que serão divulgadas para os participantes; Elaboração de uma mensagem impressa sobre o título da arte digital com informativo para distribuição nas visitas domiciliares e aos usuários dos parceiros; Elaboração de um instrumento de avaliação para o feedback. Confirmação com os parceiros do dia e hora da apresentação. A organização e sistematização do projeto de intervenção acontecerá durante 10 dias, totalizando 74 horas e 40 minutos. Após todo material pronto e os convites realizados com a ajuda dos parceiros, iniciará a execução do projeto de intervenção: Roteiro da apresentação do filme: Acolhida dos participantes com uma mensagem no slide; Apresentação da estagiária, da assistente social, orientadora e do projeto; Exibição do filme: O menino que descobriu o vento; Entrega das pipocas para cada participante; Distribuição e recolhimento da avaliação escrita/objetiva; Agradecimento aos participantes e parceiros. Outra forma de divulgação realizada será visitas domiciliares a alguns estabelecimentos comerciais, PSF – programa de saúde da família e escolas públicas localizados na área de abrangência territorial do CRAS, como também programa PROJOVEM e PET, com a finalidade de distribuição do panfleto informativo. Todos os momentos serão registrados com fotos e após a execução, será realizado a avaliação. Estas atividades serão desenvolvidas pela estagiária Inara Lopes dos Santos sobre a orientação e supervisão da assistente social do CRAS. VIII. Recursos: 8.1 Humanos O envolvido diretamente no projeto é a estagiária do Serviço Social. Indiretamente são a supervisora acadêmica, a equipe do CRAS, a equipe da assistência social. Os Parceiro do projeto são: • CRAS e sua equipe; • Gestores e professores das escolas; • Programas Sociais PROJOVEM e PETI; • Coordenadoras destes programas; • PSF dos bairros da cidade e • Secretaria de Assistência Social. 8.2 Materiais Os recursos materiais para o projeto são: papel ofício, panfletos, caixa de som, notebook, data show, microfone, telão, cadeiras, mesa, máquina fotográfica, telefone, transporte, revelação de fotos, pipocas, água, copos descartáveis, canetas. Todos estes recursos são da responsabilidade da estagiária e da equipe do CRAS. IX Cronograma Físico: Data | Horário Atividades Local Responsáveis 11/06/19 8:00–12:00 Apresentação do projeto com a equipe do CRAS. CRAS Estagiária 14:00-18:00 Elaboração de formulário de entrevista e do feedback. CRAS Estagiária e Supervisora de Campo 12/06/19 8:00-12:00 Elaboração de arte digital e panfleto. CRAS Estagiária e supervisora de campo 14:00-18:00 Impressão dos panfletos e formulários. CRAS Estagiária 18/06/19 08:00-12:00 Entrega de panfletos aos parceiros para ser entregue aos que frequentam o local. Escolas PROJOVEM e PET; PSF e Secretaria de Assistência Social Estagiária 14:00-18:00 Visita domiciliar em algumas famílias acompanhadas pelo CRAS, para a entrega do panfleto. Comunidade vulnerável Estagiária e supervisora de campo 19/06/19 | 08:00 às 16:00h Entrevista com usuários enquanto aguardam ser atendidos. Análise feedback da entrevista. CRAS Estagiária 25/06/19 – 08:00 às 16:00h Providenciar os recursos materiais para o dia da apresentação do filme. Assistência Social Estagiária Coordenadora da Assistência Social 26/06/19 – 08:00 às 16:00h Visita domiciliar em algumas famílias acompanhadas pelo CRAS, para a entrega do panfleto. Comunidade Vulnerável Estagiária Supervisora de Campo 02/07/19 – 08:00 às 16:00h Entrevista com usuários enquanto aguardam ser atendidos. Análise do feedback da entrevista. CRAS Estagiária 03/07/19 – 8:00 às 16:00h Confirmação com os parceiros sobre a entrega do CRAS Estagiária X Cronograma Financeiro: Os recursos materiais serão disponibilizados pela Secretaria da Assistência Social que dispões de todos sem custo para a elaboração do projeto. VII – Referências Resolução Nº 287 De 08 De Outubro De 1998. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/cns/1998/res0287_08_10_1998.html>. Acesso em: 14 de outubro de 2018. Proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccIVIL_03/LEIS/LEIS_2001/L10216.htm>. Acesso em: 15 de novembro de 2018. panfleto e a participação dos usuários 09/07/19 – 8:00 às 16:00h Confirmação dos recursos materiais, através de ligações. CRAS Estagiária Supervisora de campo Coordenadora da assistência social 25/07/19 – 17:00 Às19:40 Apresentação do roteiro planejado. Quadra da escola pública principal da cidade. Estagiária Supervisora de campo Supervisora do Pólo Coordenador da Assistência Social Acabar com a pobreza é possível, mas significa confrontar a desigualdade. Disponível em: <https://nacoesunidas.org/artigo-acabar-com-a-pobreza-e-possivel- mas-significa-confrontar-a-desigualdade-dentro-e-entre-os-paises/>. Acesso em: 24 de março de 2019. Transmissão de valores na família 125 e conflitos intergeracionais: experiências femininas. Disponível em: <https://www.kas.de/c/document_library/get_file?uuid=bbde419a-709c-eea6-d706- de3efe795fa3&groupId=265553 >. Acesso em: 24 de março de 2019. Fatores de Risco para o Insucesso Escolar: A Relevância das Variáveis Psicológicas e Comportamentais do Aluno. Disponível em: <https://impactum- journals.uc.pt/rppedagogia/article/view/1787/1135>. Acesso em 26 de março de 2019. O conceito de representação social na abordagem psicossocial. Disponível em: <https://www.scielosp.org/scielo.php?pid=S0102- 311X1993000300017&script=sci_arttext&tlng=es>. Acesso em 26 de março de 2019. CRAS – Centro de Referência da Assistência Social. Disponível em: <http://www.tjse.jus.br/portaldamulher/rede-de-enfrentamento/equipamentos/cras>. Acesso em: 30 de maio de 2019. No Brasil, 152 milhões vivem abaixo da linha da extrema pobreza, diz IBGE. Disponível em: <https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2018/12/05/no-brasil- 152-milhoes-vivem-abaixo-da-linha-da-extrema-pobreza-diz-ibge.ghtml>. Acesso em: 29 de maio de 2019. Jovens fora da escola levam Brasil perder 151 bilhões por ano. Disponível em: <https://oglobo.globo.com/economia/jovens-fora-da-escola-levam-brasil-perder-151- bilhoes-por-ano-23694366>. Acesso em: 29 de maio de 2019. Corrupção no brasil: instrumentalização político-eleitoral indevida de recursos públicos e políticas públicas de combate. Disponível em: <http://hdl.handle.net/11449/181807>. Acesso 06 de junho de 2019. Escolas devem notificar Conselho Tutelar quando alunos tiverem mais de 30% das faltas permitidas. Disponível em: <https://www.fnp.org.br/noticias/item/1939-escolas- devem-notificar-conselho-tutelar-quando-alunos-tiverem-mais-de-30-das-faltas- permitidas>. Acesso em: 06 de junho de 2019. Mudanças na Política Nacional de Saúde Mental: mais uma ameaça do governo ilegítimo. Disponível em <http://www.cfess.org.br/visualizar/noticia/cod/1439>. Acesso em: 15 de Novembro de 2018. ALBUQUERQUE, J. A. GUILHON. Instituição e poder: a análise concreta das relações de poder nas instituições. 2 eds. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1986. FALEIROS, Vicente de Paula. Estratégias em Serviço Social. 4ª ed. São Paulo: Cortez Editora, 2002. ________, Vicente de Paula. O saber profissional e o poder institucional. São Paulo: Cortez Editora, 1985. WEISSHAUPT, Jean Robert. As funções socioinstitucionais do serviço social. São Paulo: Cortez, 1988. Seminário Nacional de Serviço Social na Saúde (2009). Disponível em: <http://www.cfess.org.br/visualizar/livros>. Acesso em: 22 de novembro de 2018. Relatório de Fiscalização: Serviço Social e a Inserção de Assistentes Sociais nas Comunidades Terapêuticas. Disponível em: <http://www.cfess.org.br/visualizar/livros>. Acesso em: 22 de novembro de 2018.
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