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Cálculo da cesta básica no brasil
Cassiano Costenaro da silva
Nicole Treviso Cenci
Resumo 
Este trabalho pretende mostrar como é feito o cálculo da cesta básica no brasil. Como o DIEESE chega no valor da cesta básica, quais são os alimentos que a compõe e as quantidades em cada região do pais, também demonstra como é feito o cálculo para saber quantas horas uma pessoa tem que trabalhar para adquirir uma cesta básica levando em consideração o salário mínimo, e como é calculado o salário mínimo necessário para atender as necessidades do trabalhador e sua família.
Palavra-chave: salário mínimo, calculo, cesta básica.
Introdução 
A pesquisa da Cesta Básica Nacional, é realizada hoje pelo Dieese, em dezesseis capitais do Brasil, acompanha mensalmente a evolução de preços de treze produtos de alimentação, assim como o gasto mensal que um trabalhador teria para comprá-los. Outro cálculo feito é quantas horas de trabalho é necessário para uma pessoa que ganha um salário mínimo adquirir esses produtos.
Nesse artigo iremos apresentar como é a metodologia que o Dieese utiliza, estabelecida no decreto lei número 399, que regulamenta o salário mínimo no brasil.
São também descritos os procedimentos metodológicos utilizados para calcular o custo da Cesta Básica Nacional e do Salário Mínimo Necessário, ambos divulgados mensalmente pelo Dieese e importantes instrumentos na luta em defesa do poder aquisitivo do trabalhador, principalmente daquele que ganha o salário mínimo.
Fundamentação teórica 
Vários estudos utilizam a cesta básica como premissa inicial no diagnóstico dos índices de pobreza e distribuição de renda de determinada região. Para Horn (1994), o custo da cesta básica de alimentos constitui, por si só, um parâmetro de pobreza.
No Brasil o DIEESE calcula o valor da cesta básica. Essa instituição divulga mensalmente o valor da cesta básica para algumas regiões metropolitanas do país.
De acordo com Oliveira (et al, 2013), ainda que seja questionável o fato de existir uma legislação que defina o conjunto de produtos alimentares de uma família, a padronização de critérios nacionais sobre o tema permite a criação de indicadores comparáveis em todo o país e em períodos de tempo diferentes.
Materiais e métodos
Neste artigo utilizou-se o procedimento técnico bibliográfico, pois foi utilizado material já publicado, constituídos basicamente em livros, artigos periódicos, e de informações disponibilizadas na internet.
O Decreto Lei nº 399, de 30 de abril de 1938 - que regulamentou o salário mínimo no Brasil e está vigente até os dias atuais -, em seu art. 2º, estabelece que: 
Art. 2º Denomina-se salário mínimo a remuneração mínima devida a todo trabalhador adulto, sem distinção de sexo, por dia normal de serviço e capaz de satisfazer, em determinada época, na região do país, as suas necessidades normais de alimentação, habitação, vestuário, higiene e transporte. 
O referido Decreto determinou também, em seu art. 5º, § 1º, que a parcela do salário mínimo correspondente aos gastos com alimentação não poderia ter valor inferior ao custo da Cesta Básica Nacional.
Essa cesta de alimentos deveria ser composta por treze produtos alimentícios em quantidades suficientes para garantir, durante um mês, o sustento e bem-estar de um trabalhador em idade adulta. Os treze alimentos que a compõem são: carne, leite, feijão, arroz, farinha, batata, tomate, pão, café, banana, açúcar, óleo e manteiga. Os bens e quantidades estipulados foram diferenciados por região, de acordo com os hábitos alimentares locais, conforme mostra a tabela a seguir.
Fonte: Decreto Lei nº 399, de 1938. Quadro anexo. Quantidades diárias convertidas em quantidades mensais pelo DIEESE.
Notas:
 Região 1 – Estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Goiás e Distrito Federal 
Região 2 – Estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe, Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins 
Região 3 – Estado do Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul 
Nacional – cesta normal média para a massa trabalhadora em atividades diversas e para todo o território nacional.
Tomando como base as provisões mínimas da cesta básica definida pelo referido Decreto, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – DIEESE calcula, mensalmente, em todas as 27 unidades da federação, o custo da cesta básica nacional. Dessa forma, é possível comparar os custos dos principais alimentos básicos consumidos pelos brasileiros em diferentes regiões, bem como comparar o valor da cesta básica com o valor do salário mínimo vigente. Dessa forma, a cesta básica também é utilizada como medida do poder de compra do salário mínimo.
O DIEESE realiza, desde 1959, a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos (PNCBA), um levantamento de preços de um conjunto de alimentos considerados essenciais, de acordo com o Decreto Lei 399/38. O PNCBA fornece os preços médios de cada item da cesta básica, o valor de todos os produtos, bem como calcula a jornada de trabalho que um trabalhador precisa cumprir para adquirir a cesta.
Para tanto, o preço médio de cada produto é multiplicado pelas quantidades apresentadas na Tabela 1, somando-se os gastos com cada item é obtido o custo mensal da cesta básica. 
O DIEESE calcula também as horas que o trabalhador, que ganha salário mínimo, precisa trabalhar para comprar a Cesta Básica de Alimentos, dividindo-se o salário mínimo vigente pela jornada de trabalho adotada na Constituição Federal – 220 horas por mês. Em fevereiro de 2019, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 91 horas e 16 minutos.
A constituição, promulgada em 5 de outubro de 1988, define o salário mínimo como aquele fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender às suas necessidades vitais básicas (do trabalhador) e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo,... (Constituição Federativa do Brasil, art. 7" - IV). 
Para calcular o Salário Mínimo Necessário, o DIEESE considera o preceito constitucional de que o salário mínimo deve atender as necessidades básicas do trabalhador e de sua família e cujo valor é único para todo o país. Usa como base o Decreto lei nº 399, que estabelece que o gasto com alimentação de um trabalhador adulto não pode ser inferior ao custo da Cesta Básica de Alimentos.
A família considerada para o cálculo é composta por 2 adultos e 2 crianças, que por hipótese, consomem como 1 adulto. Utilizando-se o custo da maior cesta, dentre as 18 capitais que pesquisam a Cesta. Básica de Alimentos e multiplicando-se por 3, obtém-se o gasto alimentar de uma família.
Resultados e discussão
Portanto, conclui-se que o cálculo da cesta básica é importante para o governo saber como está a vida das pessoas financeiramente, quais as classes sociais que precisam de mais ajuda do governo para a sua alimentação básica. 
Com o cálculo sendo realizado mensalmente o governo tem como saber a taxa de inflação no período e adotar as medidas necessárias para controlar e não deixar em níveis muito altos pois quem sofreria com isso seria toda a população.
Referências
BRASIL. Decreto Lei n° 399, de 30 de outubro de 1938. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Poder Executivo, Brasília, DF, 30 out. 1938.
DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE ESTATÍSTICA E ESTUDOS SÓCIOECONÔMICOS - DIEESE. 2009. Disponível em. Acesso em: 20 de novembro de 2019
HORN, C.H. Pobreza e mercado de trabalho: cálculo de uma linha de pobreza absoluta para a região metropolitana de Porto Alegre. Indicadores Econômicos FEE, v. 23, n. 1, p. 185-200, 1994. Disponível em:< http://revistas.fee.tche.br/index.php/indicadores/article/view/624/869>. Acesso em: 14/07/2016.
OLIVEIRA, S. K.; SANTOS, V. M.; SANTINI, M. M.; SUZIN, P. T.; BOSCHI, G. C. Influência da inflação nos produtos da cesta básica no primeiro semestre de2013. In: Anais VII Seminário de Iniciação Científica Curso Ciências Contábeis da Faculdade da Serra Gaúcha, 2013. Faculdade da Serra Gaúcha. Caxias do Sul, RS. Disponível em: < http://ojs.fsg.br/index.php/anaiscontabeis/article/viewFile/450-459/781>. Acesso em: 14 de março de 2016.
 
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