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1 Cristiano Naveca Chixaro 2 Ana Luiza Gomes de Oliveira Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso (Código da Turma) – Prática do Módulo I – 08/12/2019. Acadêmicos¹ Acadêmico¹ Tutor Externo² RESUMO O presente trabalho tem por objetivo apresentar as relações que determinam a cesta básica na cidade de Manaus, bem como suas particularidades de forma que a composição desta, que é a mesma desde a década de 1930 é calculada somente para Capital regiões metropolitanas, sendo que a segundo não será objeto de estudo deste trabalho. Com isso, propõe-se uma cesta básica regionalizada que considere principalmente os hábitos alimentares e de comercialização da população local. Essa regionalização tornará evidente não somente os hábitos, como também as relações econômicas e sociais implícitas na rede urbana estabelecida com o mercado da cesta básica regionalizada. Por meio da análise do custo dessa cesta e das relações que envolvem sua estrutura de mercado na cidade de Manaus, poderá se estabelecer o perfil urbano e a sua relação com as atividades rurais-ribeirinhas e considerando as transformações e permanências nos hábitos alimentares na região. Palavras-chave: Cesta básica; perfil urbano; rede urbana; Manaus. 1. INTRODUÇÃO A análise do custo de vida na cidade de Manaus apresenta particularidades e complexidades que a tornam de difícil apreensão. As relações econômicas presentes nessa cidade ainda não se apresentam totalmente inseridas numa economia de mercado, o que dificulta a coleta de dados para estabelecer os índices de custo de vida. Desde os citadinos que pescam peixes para o próprio consumo e possuem roças de onde tiram parte de sua alimentação, até a precária contabilidade feita pelos mercadinhos locais e frigoríficos de peixe, nota-se uma reprodução social que se dá em relações complexas, dentro e fora do mercado, onde a despreocupação com os dados reflete uma postura diferente em relação ao próprio mercado. Talvez esse tenha sido o motivo pelo qual somente em 2007, que algumas pesquisas passaram a ser empreendidas em Manaus, dentre elas o custo da cesta básica, com a instalação do escritório do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Econômicos - DIEESE. As cidades do Amazonas possuem grande dependência em relação à Manaus, que as abastece com bens e serviços, inclusive gêneros alimentícios, caracterizando uma forte articulação entre as cidades do interior e a capital. Em todos os municípios do Amazonas, o abastecimento com gêneros alimentícios depende primordialmente do transporte fluvial. A sazonalidade dos rios, com os regimes de enchente e vazante, caracteriza o principal elemento que influencia nos fluxos entre as cidades em vários aspectos. O custo da cesta básica está passível dessa influência e por isso representa um indicador do perfil urbano dessas cidades, ilustrando parte da dimensão complexa da relação entre a sociedade e a natureza presente na região. A discussão acerca da cesta básica em Manaus já foi estabelecida na década de 1980 quando a Comissão de Desenvolvimento do Estado do Amazonas – CODEAMA, que era órgão de pesquisa do estado – propôs uma cesta básica regional, com base na segunda pesquisa de orçamento familiar, realizada entre fevereiro de 1984 e janeiro de 1985, a qual considerava a questão sócio-econômica da população através de 18 produtos, incluindo o peixe e a farinha de mandioca (SILVA, 2000) . Essa proposta foi recuperada e atualizada nesta pesquisa com alguns ajustes quanto a sua composição, unidades de medida dos itens e quantidades, segundo os resultados das pesquisas de campo empreendidas no âmbito desta pesquisa. CÁLCULO DA CESTA BÁSICA NA CIDADE DE MANAUS 2 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Conforme enfatiza o IBGE (2015, p. 89): Com a inclusão do direito à alimentação no rol de direitos sociais dispostos no Art. 6º da Constituição Federal do Brasil, de 1988, o poder público passa a ter a obrigação de adotar políticas e ações que se façam necessárias para promover e garantir a segurança alimentar e nutricional da população. Para que se alcance esse propósito, é preciso que todos os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e Municípios integrem esforços, em conjunto com a sociedade civil, para o acompanhamento, monitoramento e avaliação da segurança alimentar e nutricional e da realização progressiva do direito humano à alimentação adequada e saudável. A pesquisa da cesta básica de alimentos, realizada segundo DIEESE (2016) é realizada em dezoito capitais do Brasil, acompanha mensalmente a evolução de treze produtos de alimentação, assim como o gasto mensal que o trabalhador teria para comprá-los, horas de trabalho necessárias ao indivíduo que ganha um salário mínimo para adquirir esses bens. O salário mínimo necessário divulgado mensalmente, sendo calculado com base no custo mensal com alimentação obtido na pesquisa da cesta, sendo importantes instrumentos na luta em defesa do poder aquisitivo do trabalhador, principalmente daquele que ganha o salário mínimo. Em relação à cesta, seus produtos com seus respectivos pesos e unidades, foram divididos em três regiões do Brasil pelo DIEESE, estando a Capital do Amazonas, no primeiro grupo. Segundo a FECOMÉRCIO (2016), é relevante mencionar a situação de inadimplência das famílias manauara. Os anos de crédito facilitado e prestações à longo prazo, fez com que os amazonenses perdessem o controle de suas finanças. Diante destes fatos surgiu a crise econômica que assola o nosso país, acompanhada da ausência de oportunidades no mercado de trabalho. 3 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO Neste campo, faça o relato de suas observações após a análise dos elementos elencados na Descrição: Foto do Hipermercado Carrefour Flores, onde foi realizada a pesquisa prática do trabalho apresentado. 4 5. REFERÊNCIAS BENCHIMOL, Samuel. Amazônia: um pouco-antes e além-depois. Manaus: UMBERTO CALDERARO, 1977. (Coleção Amazoniana – 1). ESCODA, Maria do Socorro Aquino. Segurança, Cesta Básica e Planejamento. Salvador, 2001. Disponível em: <www.ufrnet.br>Acessado em 03 de jan. de 2007 http://www.ufrnet.br/
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