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www.matematicaemexercicios.com Integrais (volume 1) | 1 http://www.matematicaemexercicios.com/ www.matematicaemexercicios.com Integrais (volume 1) | 2 Índice AULA 1 Introdução 3 AULA 2 Propriedades e teorema fundamental do cálculo 5 AULA 3 Integrais indefinidas 7 AULA 4 Integração por substituição 9 AULA 5 Integração por partes 11 http://www.matematicaemexercicios.com/ www.matematicaemexercicios.com Integrais (volume 1) | 3 AULA 1 Introdução Desde os tempos mais antigos os matemáticos se preocupam com o problema de determinar a área de uma figura plana. O procedimento mais usado foi o método da exaustão, que consiste em aproximar a figura dada por meio de outras, cujas áreas são conhecidas. A integral surge desse problema. Com ela conseguimos determinar a área de uma região plana 𝑆, delimitada pelo gráfico de uma função contínua não negativa f, pelo eixo x e por duas retas verticais 𝑥 = 𝑎 e 𝑥 = 𝑏. Vamos aproximar a área da região 𝑆 por retângulos, fazendo a soma das áreas dos retângulos. A figura seguinte ilustra a área da região 𝑆 com alguns retângulos: Dividimos o intervalo [𝑎, 𝑏] em 𝑛 partes iguais, ou seja, colocamos n retângulos na região, cada um terá a mesma base ∆𝑥 onde ∆𝑥 = 𝑏 − 𝑎 𝑛 Dessa maneira, o intervalo [𝑎, 𝑏] fica dividido em n subintervalos de distância ∆𝑥: [𝑥0, 𝑥1], [𝑥1, 𝑥2], [𝑥2, 𝑥3], ... , [𝑥𝑛−1, 𝑥𝑛] onde 𝑥0 = 𝑎 e 𝑥𝑛 = 𝑏. Assim, as extremidades direitas dos subintervalos são: 𝑥1 = 𝑎 + ∆𝑥 𝑥2 = 𝑎 + 2∆𝑥 𝑥3 = 𝑎 + 3∆𝑥 ⋮ 𝑥𝑛 = 𝑎 + 𝑛∆𝑥 Calculando o valor da função em cada extremidade direita dos subintervalos, temos a altura de cada retângulo. Logo, a soma das áreas dos 𝑛 retângulos, que indicaremos por 𝑆𝑛 é dada por: 𝑆𝑛 = 𝑓(𝑥1)∆𝑥 + 𝑓(𝑥2)∆𝑥 + ⋯ + 𝑓(𝑥𝑛)∆𝑥 Temos um somatório, isso pode ser escrito como: ∑ 𝑓(𝑥𝑖)∆𝑥 𝑛 𝑖=1 Por fim, note que a medida em que n cresce, ou seja, quanto mais retângulos colcoamos na região, mais a soma das áreas dos retângulos se aproxima da área da região 𝑆, de modo que se 𝑛 tender a infinito, esse somatório tende a área da região 𝑆. Portanto, basta calcular o limite desse somatório quando 𝑛 tende a infinito, e chegamos na integral definida de f(x) de a a b, representada por : ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 = lim 𝑛→∞ ∑ 𝑓(𝑥𝑖)∆𝑥 𝑛 𝑖=1 𝑏 𝑎 Observações: Esse limite é conhecido como Soma de Riemann. ∫ é o sinal de integral, introduzido por Leibniz, é um s alongado pois uma integral é um limite de somas. Na notação ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 𝑏 𝑎 , f(x) é chamado de integrando, a e b são os limites de integração inferior e superior, respectivamente, e 𝑑𝑥 indica que a integração (procedimento de calcular a integral) é em relação a variável x. http://www.matematicaemexercicios.com/ www.matematicaemexercicios.com Integrais (volume 1) | 4 EXERCÍCIO RESOLVIDO Calcule ∫ 2𝑥 𝑑𝑥 2 0 utilizando a definição. EXERCÍCIOS 1 a 3 - Esboçe a região cuja área está representada pela integral definida em seguida calcule a integral pela definição. 1) ∫ 2 𝑑𝑥 4 1 2) ∫ (𝑥 + 2) 𝑑𝑥 2 −1 3) ∫ (𝑥2) 𝑑𝑥 2 0 GABARITO 1) 06 2) 15/2 3) 8/3 ANOTAÇÕES http://www.matematicaemexercicios.com/ www.matematicaemexercicios.com Integrais (volume 1) | 5 AULA 2 Propriedades da integral definida Da definição de integral definida decorrem algumas propriedades que vamos admitir como verdadeiras sem demontrá-las: 1) ∫ 𝑓(𝑥) 𝑑𝑥 𝑎 𝑏 = − ∫ 𝑓(𝑥) 𝑑𝑥 𝑏 𝑎 2) ∫ 𝑓(𝑥) 𝑑𝑥 𝑎 𝑎 = 0 3) ∫ 𝑐 𝑑𝑥 𝑏 𝑎 = (𝑏 − 𝑎)𝑐, 𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑐 é 𝑢𝑚𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 4) ∫ [𝑓(𝑥) ± 𝑔(𝑥)] 𝑑𝑥 = ∫ 𝑓(𝑥) 𝑑𝑥 ± 𝑏 𝑎 𝑏 𝑎 ∫ 𝑔(𝑥) 𝑑𝑥 𝑏 𝑎 5) ∫ 𝑐𝑓(𝑥) 𝑑𝑥 𝑏 𝑎 = 𝑐 ∫ 𝑓(𝑥) 𝑑𝑥 𝑏 𝑎 , 𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑐 é 𝑢𝑚𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 6) ∫ 𝑓(𝑥) 𝑑𝑥 𝑏 𝑎 = ∫ 𝑓(𝑥) 𝑑𝑥 𝑐 𝑎 + ∫ 𝑓(𝑥) 𝑑𝑥 𝑏 𝑐 𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑐 é 𝑢𝑚 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑎 𝑒 𝑏 Teorema fundamental do cálculo O teorema fundamental do cálculo nos possibilitará resolver integrais de uma maneira bem mais prática, sem precisar utilizar a definição. Primeiro, vamos definir função primitiva. Dada uma função 𝑓(𝑥), a sua primitiva, representada por 𝐹(𝑥), é outra função tal que sua derivada é a 𝑓(𝑥), ou seja, 𝐹′(𝑥) = 𝑓(𝑥). Por exemplo, se 𝑓(𝑥) = 𝑥, 𝐹(𝑥) = 𝑥2 2⁄ . O teorema fundamental do cálculo, de uma maneira bem simples, diz que o resultado da integral definida ∫ 𝑓(𝑥) 𝑑𝑥 𝑏 𝑎 é dado por 𝐹(𝑏) – 𝐹(𝑎), onde 𝐹(𝑥) é uma primitiva de f. EXERCÍCIOS RESOLVIDOS 1 - Sabendo que ∫ 𝑓(𝑡)𝑑𝑡 = −3 1 −2 e ∫ 𝑓(𝑡) 𝑑𝑡 1 0 = 9, calcule ∫ 𝑓(𝑡) 𝑑𝑡 0 −2 . 2 – Calcule ∫ 2𝑥 − 1 𝑑𝑥 3 1 3 – Se ∫ 𝑔(𝑢) 𝑑𝑢 𝑥 0 = 𝑥3 + 2𝑥, determine 𝑔(3). EXERCÍCIOS 1 a 10 - Calcule a integral definida. 1) ∫ 4 𝑑𝑥 3 0 2) ∫ 𝑥 𝑑𝑥 4 0 3) ∫ 𝑥 2 𝑑𝑥 4 0 4) ∫ (2𝑥 + 5)𝑑𝑥 2 0 5) ∫ (5 − 𝑥)𝑑𝑥 5 0 6) ∫ (−𝑥2 + 4𝑥 − 3) 𝑑𝑥 3 1 http://www.matematicaemexercicios.com/ www.matematicaemexercicios.com Integrais (volume 1) | 6 7) ∫ (5 − 2𝑡 + 3𝑡2) 𝑑𝑡 4 1 8) ∫ 𝑥10 𝑑𝑥 1 0 9) ∫ 1 𝑥 𝑑𝑥 3 2 10) ∫ cos 𝜃 𝑑𝜃 2𝜋 𝜋 GABARITO 1) 12 2) 8 3) 4 4) 14 5) 25/2 6) 4/3 7) 63 8) 1/11 9) ln 3 – ln 2 10) 0 ANOTAÇÕES http://www.matematicaemexercicios.com/ www.matematicaemexercicios.com Integrais (volume 1) | 7 AULA 3 Integral indefinida A integral indefinida é aquela que não possui limites de integração, seu resultado não é um número, como na integral definida, mas sim uma família de funções. A notação ∫ 𝑓(𝑥) 𝑑𝑥 é tradicionalmente usada para a primitiva de 𝑓, e é chamada integral indefinida. Logo, ∫ 𝑓(𝑥) 𝑑𝑥 = 𝐹(𝑥), isso significa que 𝐹′(𝑥) = 𝑓(𝑥). Por exemplo: ∫ 2𝑥 𝑑𝑥 = 𝑥2 + 𝐶 Note que essa constante pode ter qualquer valor que a derivada sempre resulta 2𝑥. Portanto, uma integral indefinida é uma família de funções, pois existe uma primitiva para cada valor da constante. Integrais indefinidas fundamentais A tabela a seguir fornece as integrais indefinidas fundamentais, que devemos conhecer para poder integrar qualquer função, inclusive as mais complexas que veremos mais a frente. Todas elas podem ser verificadas derivando-se o segundo lado da igualdade e obtendo-se o integrando. ∫ 𝑘 𝑑𝑥 = 𝑘𝑥 + 𝐶 ∫ 𝑥𝑛 𝑑𝑥 = 𝑥𝑛+1 𝑛 + 1 + 𝐶, (𝑛 ≠ −1) ∫ 1 𝑥 𝑑𝑥 = ln |𝑥| + 𝐶 ∫ 𝑒𝑥 𝑑𝑥 = 𝑒𝑥 + 𝐶 ∫ 𝑎𝑥 𝑑𝑥 = 𝑎𝑥 ln 𝑎 + 𝐶 ∫ 𝑠𝑒𝑛 𝑥 𝑑𝑥 = − cos 𝑥 + 𝐶 ∫ cos 𝑥 𝑑𝑥 = 𝑠𝑒𝑛 𝑥 + 𝐶 ∫ 𝑠𝑒𝑐2𝑥 𝑑𝑥 = 𝑡𝑔 𝑥 + 𝐶 ∫ 𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐2𝑥 𝑑𝑥 = −𝑐𝑜𝑡𝑔 𝑥 + 𝐶 ∫ sec 𝑥 𝑡𝑔 𝑥𝑑𝑥 = sec 𝑥 + 𝐶 ∫ cosssec 𝑥 𝑐𝑜𝑡𝑔 𝑥 𝑑𝑥 = −cossec 𝑥 + 𝐶 Também são válidas as seguintes propriedades: ∫ 𝑐𝑓(𝑥) 𝑑𝑥 = 𝑐 ∫ 𝑓(𝑥) 𝑑𝑥 ∫[𝑓(𝑥) ± 𝑔(𝑥)] 𝑑𝑥 = ∫ 𝑓(𝑥) 𝑑𝑥 ± ∫ 𝑔(𝑥) 𝑑𝑥 EXERCÍCIOS RESOLVIDOS 1 a 3 – Determine a integral indefinida. 1) ∫ √𝑥 3 𝑑𝑥 2) ∫ 4 𝑥 𝑑𝑥 3) ∫ 4 + 𝑢2 𝑢3 𝑑𝑢 EXERCÍCIOS 1 a 5 – Encontre a integral indefinida. 1) ∫ √𝑥5 10 𝑑𝑥 2) ∫ 𝑥(2 + 𝑥5) 𝑑𝑥 3) ∫ 𝑥2 + 𝑥−2 𝑑𝑥 4) ∫ 𝑥3 − 2√𝑥 𝑥 𝑑𝑥 5) ∫ sec 𝜃 𝑡𝑔 𝜃 𝑑𝜃 http://www.matematicaemexercicios.com/ www.matematicaemexercicios.com Integrais (volume 1) | 8 6 a 10 – Calcule a integral. 6) ∫ 3 𝑡4 𝑑𝑡 2 1 7) ∫ 𝑥 4 5⁄ 𝑑𝑥 1 0 8) ∫ 𝑠𝑒𝑐2𝑡 𝑑𝑡 𝜋 4⁄ 0 9) ∫ (2𝑠𝑒𝑛 𝑥 − 𝑒𝑥) 𝑑𝑥 𝜋 0 10) ∫ 𝑣3 + 3𝑣6 𝑣4 𝑑𝑣 2 1 GABARITO 1) 2𝑥 3 2⁄ 3 + 𝐶 2) 𝑥2 + 𝑥7 7 + 𝐶 3) 𝑥3 3 − 1 𝑥 + 𝐶 4) 𝑥3 3 − 4√𝑥 + 𝐶 5) sec 𝜃 + 𝐶 6) 7 8 7) 5 9 8) 1 9) 5 − 𝑒𝜋 10) ln 2 + 7 ANOTAÇÕES http://www.matematicaemexercicios.com/ www.matematicaemexercicios.com Integrais (volume 1) | 9 AULA 4 Integração por substituição Na aula anterior vimos as integrais fundamentais, porém, na maioria das funções não teremos de imediato uma integral fundamental, será necessário aplicar alguma técnica para chegar em algo que possamos integrar. A primeira técnica é a integração por substituição, que consiste numa mudança de variável, gerando algo que possamos integrar. Observe os exemplos. Exemplo 1: Calcule ∫ √2𝑥 + 1 𝑑𝑥 Basta fazer uma substituição de variável trocando 2𝑥 + 1 por 𝑢. 𝑢 = 2𝑥 + 1 Devemos agora derivar os dois lados da igualdade, encontrando 𝑑𝑥: 𝑢 = 2𝑥 + 1 𝑑𝑢 = 2 𝑑𝑥 𝑑𝑥 = 𝑑𝑢 2 Substituindo na integral ∫(𝑢) 1 2⁄ 𝑑𝑢 2 = 1 2 ∫(𝑢) 1 2⁄ 𝑑𝑢 Chegamos assim em algo que sabemos integrar, é uma integral fundamental, fica 1 2 ∙ (𝑢) 3 2⁄ 3 2⁄ + 𝐶 = (𝑢) 3 2⁄ 3 + 𝐶 E finalmente, substituímos u retornando para a variável original, logo ∫ √2𝑥 + 1 𝑑𝑥 = (2𝑥 + 1) 3 2⁄ 3 + 𝐶 Exemplo 2: Calcule ∫ 2𝑥 𝑥2 + 1 𝑑𝑥 Nesse exemplo, devemos fazer 𝑢 = 𝑥2 + 1. 𝑢 = 𝑥2 + 1 𝑑𝑢 = 2𝑥 𝑑𝑥 𝑑𝑥 = 𝑑𝑢 2𝑥 Fazendo a substituição, a integral fica ∫ 2𝑥 𝑢 ∙ 𝑑𝑢 2𝑥 Note que o numerador 2𝑥, que ficou fora da substituição, será simplificado com o 2𝑥 que surgiu na derivada de 𝑢, assim, não terá 𝑥 no integrando, ficará apenas na variável 𝑢, em algo possível de integrar, esse é o objetivo. ∫ 1 𝑢 𝑑𝑢 = ln |𝑢| + 𝑐 Portanto ∫ 2𝑥 𝑥2 + 1 𝑑𝑥 = ln |𝑥2 + 1| + 𝑐 Exemplo 3: Calcule ∫ 𝑥2𝑒−4𝑥 3 𝑑𝑥 Agora, 𝑢 = −4𝑥3, pois a derivada de 𝑢 resulta −12𝑥2, que simplificará o 𝑥2. 𝑢 = −4𝑥3 𝑑𝑢 = −12𝑥2 𝑑𝑥 𝑑𝑥 = − 𝑑𝑢 12𝑥2 Fazendo a substituição, temos ∫ 𝑥2 ∙ 𝑒𝑢 (− 𝑑𝑢 12𝑥2 ) = − 1 12 ∫ 𝑥2 ∙ 𝑒𝑢 ( 𝑑𝑢 𝑥2 ) = − 1 12 ∫ 𝑒𝑢 𝑑𝑢 = − 1 12 (𝑒𝑢 + 𝐶) Logo ∫ 𝑥2𝑒−4𝑥 3 𝑑𝑥 = − 1 12 (𝑒−4𝑥 3 + 𝐶) http://www.matematicaemexercicios.com/ www.matematicaemexercicios.com Integrais (volume 1) | 10 Exemplo 4: Calcule ∫ 𝑐𝑜𝑠2(𝑥)𝑠𝑒𝑛(𝑥) 𝑑𝑥 Fazemos 𝑢 = cos (𝑥), pois 𝑑𝑢 = − sen(𝑥) 𝑑𝑥, simplificando o fator 𝑠𝑒𝑛(𝑥). 𝑢 = 𝑐𝑜𝑠(𝑥) 𝑑𝑢 = −𝑠𝑒𝑛(𝑥) 𝑑𝑥 𝑑𝑥 = − 𝑑𝑢 𝑠𝑒𝑛(𝑥) Substituindo na integral ∫ 𝑢2 ∙ 𝑠𝑒𝑛(𝑥) (− 𝑑𝑢 𝑠𝑒𝑛(𝑥) ) − ∫ 𝑢2 𝑑𝑢 = − 𝑢3 3 + 𝐶 Assim ∫ 𝑐𝑜𝑠2(𝑥)𝑠𝑒𝑛(𝑥) 𝑑𝑥 = − 𝑐𝑜𝑠3(𝑥) 3 + 𝐶 EXERCÍCIOS 1 e 2 – Calcule a integral definida. 1) ∫ 𝑑𝑡 (3 − 2𝑡)2 1 0 2) ∫ 𝑥𝑒−𝑥 2 1 0 𝑑𝑥 3 a 10 - Calcule a integral indefinida por substituição. 3) ∫ 𝑑𝑥 5 − 3𝑥 4) ∫ 𝑒5𝑥 𝑑𝑥 5) ∫ 𝑥𝑠𝑒𝑛(𝑥2) 𝑑𝑥 6) ∫ 𝑥√1 − 𝑥2 𝑑𝑥 7) ∫ 𝑥(4 + 𝑥2)10 𝑑𝑥 8) ∫ 𝑒𝑢 (1 − 𝑒𝑢)2 𝑑𝑢 9) ∫ (ln 𝑥)2 𝑥 𝑑𝑥 10) ∫ cos(𝑥) (1 + 𝑠𝑒𝑛(𝑥))5 𝑑𝑥 GABARITO 1) 1 3 2) −𝑒−1 2 + 1 2 3) − ln|5 − 3𝑥| 3 + 𝐶 4) 𝑒5𝑥 5 + 𝐶 5) − cos(𝑥2) 2 + 𝐶 6) − (1 − 𝑥2) 3 2⁄ 3 + 𝐶 7) (4 + 𝑥2)11 22 + 𝐶 8) 1 1 − 𝑒𝑥 + 𝐶 9) (ln 𝑥)3 3 + 𝐶 10) − 1 4(𝑠𝑒𝑛 𝑥 + 1)4 ANOTAÇÕES http://www.matematicaemexercicios.com/ www.matematicaemexercicios.com Integrais (volume 1) | 11 AULA 5 Integração por partes A integração por partes será útil na resolução de algumas integrais que apresentam um produto de duas funções no integrando. Inicialmente vamos lembrar da derivada de um produto de funções: [𝑓(𝑥)𝑔(𝑥)]′ = 𝑓′(𝑥)𝑔(𝑥) + 𝑓(𝑥)𝑔′(𝑥) Dessa maneira, a integral do segundo lado da igualdade é o produto das funções, ou seja: ∫[𝑓′(𝑥)𝑔(𝑥) + 𝑓(𝑥)𝑔′(𝑥)] 𝑑𝑥 = 𝑓(𝑥)𝑔(𝑥) Agora podemos abrir a soma em duas integrais e isolar uma delas: ∫ 𝑓′(𝑥)𝑔(𝑥) 𝑑𝑥 + ∫ 𝑓(𝑥)𝑔′(𝑥) 𝑑𝑥 = 𝑓(𝑥)𝑔(𝑥) ∫ 𝑓(𝑥)𝑔′(𝑥) 𝑑𝑥 = 𝑓(𝑥)𝑔(𝑥) − ∫ 𝑓′(𝑥)𝑔(𝑥) 𝑑𝑥 Para simplificar, seja 𝑢 = 𝑓(𝑥) e 𝑣 = 𝑔(𝑥), assim temos uma fórmula para calcular a integral de 𝑢𝑑𝑣 ∫ 𝑢 𝑑𝑣 = 𝑢𝑣 − ∫ 𝑣 𝑑𝑢 Portanto, a integração por partes servirá para integrar um produto de duas funções, onde uma delas será a função 𝑢, que precisaremos derivar, e a outra será a função 𝑑𝑣, ou seja, a derivada da função 𝑣, que teremos de integrá-la para descobrir 𝑣. Note que aplicando a integração por partes, uma nova integral é gerada, nosso objetivo é fazer com que ela seja mais simples que a integral inicial, para isso é importante escolher adequadamente quem será a função 𝑢. Então surge a dúvida: como saberei qual função escolher para 𝑢 e consequentemente para 𝑑𝑣 ? Bem, devemos escolher para 𝑢, a função cuja derivada se torna mais simples que a própria função. Existe um macete que ajuda nessa escolha, lembre-se da palavra LIATE, que traz as iniciais de diferentes tipos de funções, onde seguimos a ordem de precedência de L até E, na escolha de 𝑢, onde: Logarítmicas Inversas de trigonométricas Algébricas Trigonométricas Exponenciais Exemplo 1: Calcule ∫ 𝑥𝑒2𝑥 𝑑𝑥 A função 𝑒2𝑥 é uma exponencial, funções exponenciais são as últimas na ordem de escolha de 𝑢, pois suas derivadas resultam a própria função (no caso de 𝑒𝑥) ou até mesmo uma função mais complicada (no caso de 𝑎𝑥). Assim, escolhemos 𝑢 = 𝑥 e consequentemente 𝑑𝑣 = 𝑒2𝑥 𝑑𝑥, dessa maneira 𝑑𝑢 = 1 𝑑𝑥 e 𝑣 = 𝑒2𝑥 2⁄ , logo: ∫ 𝑥𝑒2𝑥 𝑑𝑥 = 𝑥 𝑒2𝑥 2 − ∫ 𝑒2𝑥 2 ∙ 1 𝑑𝑥 = 𝑥 𝑒2𝑥 2 − 1 2 ∫ 𝑒2𝑥 𝑑𝑥 = 𝑥𝑒2𝑥 2 − 1 2 ∙ 𝑒2𝑥 2 + 𝐶 = 𝑥𝑒2𝑥 2 − 𝑒2𝑥 4 + 𝐶 Exemplo 2: Calcule ∫ ln 𝑥 𝑑𝑥 Agora escolhemos u = ln 𝑥 e 𝑑𝑣 = 1 𝑑𝑥, encontrando 𝑑𝑢 = 1 𝑥⁄ 𝑑𝑥 e 𝑣 = 𝑥. Aplicando a substituição por partes: ∫ ln 𝑥 𝑑𝑥 = 𝑥𝑙𝑛 𝑥 − ∫ 𝑥 ∙ 1 𝑥 𝑑𝑥 = 𝑥𝑙𝑛 𝑥 − 𝑥 + 𝐶 Observação: A integral que surge no desenvolvimento da integração por partes pode necessitar de uma nova aplicação de integração por partes ou uma substituição para sua resolução, nem sempre será imediata. Exemplo 3: Encontre ∫(𝑥2 + 2𝑥) cos 𝑥 𝑑𝑥 Utilizando o macete LIATE, a função algébrica aparece antes da trigonométrica, logo, escolhemos 𝑢 = 𝑥2 + 2𝑥 e 𝑑𝑣 = 𝑐𝑜𝑠 𝑥 𝑑𝑥, onde 𝑑𝑢 = 2𝑥 + 2 𝑑𝑥 e 𝑣= 𝑠𝑒𝑛 𝑥. ∫(𝑥2 + 2𝑥) cos 𝑥 𝑑𝑥 http://www.matematicaemexercicios.com/ www.matematicaemexercicios.com Integrais (volume 1) | 12 = (𝑥2 + 2𝑥)𝑠𝑒𝑛 𝑥 − ∫ 𝑠𝑒𝑛 𝑥(2𝑥 + 2) 𝑑𝑥 A integral obtida não é imediata, para resolvê-la, precisamos aplicar uma nova integração por partes, onde 𝑢 = 2𝑥 + 2 e 𝑑𝑣 = 𝑠𝑒𝑛 𝑥 𝑑𝑥, assim, 𝑑𝑢 = 2 𝑑𝑥 e 𝑣 = −𝑐𝑜𝑠 𝑥. ∫ 𝑠𝑒𝑛 𝑥(2𝑥 + 2) 𝑑𝑥 = (2𝑥 + 2)(− cos 𝑥) − ∫ −2𝑐𝑜𝑠 𝑥 𝑑𝑥 = (2𝑥 + 2)(− cos 𝑥) + 2 ∫ 𝑐𝑜𝑠 𝑥 𝑑𝑥 = (2𝑥 + 2)(− cos 𝑥) + 2 𝑠𝑒𝑛 𝑥 + 𝐶 Logo, ∫(𝑥2 + 2𝑥) cos 𝑥 𝑑𝑥 = (𝑥2 + 2𝑥)𝑠𝑒𝑛 𝑥 − ∫ 𝑠𝑒𝑛 𝑥(2𝑥 + 2) 𝑑𝑥 = (𝑥2 + 2𝑥)𝑠𝑒𝑛 𝑥 − [(2𝑥 + 2)(−𝑐𝑜𝑠𝑥) + 2𝑠𝑒𝑛𝑥] + 𝐶 = (𝑥2 + 2𝑥)𝑠𝑒𝑛 𝑥 + (2𝑥 + 2)𝑐𝑜𝑠𝑥 − 2𝑠𝑒𝑛𝑥 + 𝐶 EXERCÍCIOS 1 a 10 – Calcule a integral indefinida. 1) ∫ 𝑥𝑠𝑒𝑛 𝑥 𝑑𝑥 2) ∫ 𝑥2 ln 𝑥 𝑑𝑥 3) ∫ 𝑥𝑒𝑥 𝑑𝑥 4) ∫ 𝑥𝑠𝑒𝑛 5𝑥 𝑑𝑥 5) ∫ ln 2𝑥 𝑑𝑥 6) ∫ 𝑥2𝑒−𝑥 𝑑𝑥 7) ∫ 𝑡2𝑠𝑒𝑛 2𝑡 𝑑𝑡 8) ∫(ln 𝑥)2 𝑑𝑥 9) ∫ 𝑡√𝑡 − 4 𝑑𝑡 10) ∫ cos 𝑥 ln(𝑠𝑒𝑛 𝑥) 𝑑𝑥 Dica: Primeiro faça uma substituição e em seguida use a integração por partes. GABARITO 1) − 𝑥𝑐𝑜𝑠 𝑥 + 𝑠𝑒𝑛 𝑥 + 𝐶 2) 𝑥3 ln 𝑥 3 − 𝑥3 9 + 𝐶 3) 𝑥𝑒𝑥 − 𝑒𝑥 + 𝐶 4) −5𝑥 ∙ 𝑐𝑜𝑠 (5𝑥) + 𝑠𝑒𝑛 (5𝑥) 25 + 𝐶 5) 2𝑥𝑙𝑛(2𝑥) − 2𝑥 2 + 𝐶 6) − 𝑥2𝑒−𝑥 − 2𝑥𝑒−𝑥 − 2𝑒−𝑥 + 𝐶 7) − 𝑡2 cos(2𝑡) 2 + 𝑡𝑠𝑒𝑛(2𝑡) 2 + 𝑐𝑜𝑠(2𝑡) 4 𝐶 8) 𝑥(ln 𝑥)2 − 2𝑥𝑙𝑛 𝑥 + 2𝑥 + 𝐶 9) 2(𝑥 − 4) 5 2⁄ 5 + 8(𝑥 − 4) 3 2⁄ 3 + 𝐶 10) 𝑠𝑒𝑛 𝑥[ln(𝑠𝑒𝑛 𝑥) − 1] + 𝐶 REFERÊNCIAS STEWART, James. Cálculo, vol.1. 7a. ed. São Paulo, Cengage Learning. http://www.matematicaemexercicios.com/
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