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Info-STF-966-DJUS-em questões comentadas-Prof. Douglas Silva

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Sumário 
DIREITO CONSTITUCIONAL .............................................................................................. 2 
1. CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE ..................................................................................................................2 
IMPOSIÇÃO DE PARTICIPAÇÃO DE REPRESENTANTE DA SECCIONAL DA OAB EM ÓRGÃO DA ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA LOCAL ............................................................................................................................................................. 2 
CONSTITUCIONALIDADE OU NÃO DA PENA DE SUSPENSÃO DE HABILITAÇÃO PARA MOTORISTA PROFISSIONAL ...... 3 
DIREITO PENAL ................................................................................................................ 4 
2. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA .............................................................................................................................4 
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA: APLICA-SE OU NÃO AO RÉU COM ANTECEDENTES CRIMINAIS? ............................... 4 
DIREITO TRIBUTÁRIO ...................................................................................................... 5 
3. RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA ...........................................................................................................................5 
LEI ESTADUAL PODE DISPOR DE FORMA DIVERSA SOBRE RESPONSABILIDADE DE TERCEIROS? .................................. 5 
4. LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR ....................................................................................................................6 
IMUNIDADE TRIBUTÁRIA NAS RECEITAS DECORRENTES DE OPERAÇÕES INDIRETAS DE EXPORTAÇÃO ....................... 6 
RESUMO ......................................................................................................................... 8 
DIREITO CONSTITUCIONAL ............................................................................................................................................ 8 
DIREITO PENAL .............................................................................................................................................................. 8 
DIREITO TRIBUTÁRIO ..................................................................................................................................................... 8 
SOBRE O AUTOR ..........................................................................................................................................................9 
PARA APRENDER MAIS RECOMENDO: .........................................................................................................................9 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INFO 966 
INFORMATIVO do STF 966 em QUESTÕES COMENTADAS – 11/03/2020 
DJUS - Prof. Douglas Silva 
 
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DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
1. CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE 
OAB 
INFO 
966/STF 
 
IMPOSIÇÃO DE PARTICIPAÇÃO DE REPRESENTANTE DA SECCIONAL DA OAB EM ÓRGÃO 
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA LOCAL 
 
1. (DJUS) Para o STF, é inconstitucional lei estadual que impõe a presença de 
representante da seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em órgão da 
Administração Pública local (estadual). C/E? 
 
Vejamos o caso concreto decidido (com adaptações): 
 
A Lei Complementar 69/90 do Rio de Janeiro previu, no art. 1101, com a redação dada 
pelo art. 4º da LC 135/09, a participação de 01 (um) representante da OAB da seccional 
do Rio de Janeiro na composição da Corregedoria Tributária do Controle Externo, órgão 
colegiado composto por 03 membros escolhidos pelo Governador. O Partido Social 
Liberal – PSL ingressou ação direta de inconstitucionalidade contra esse dispositivo. Para 
o STF, nesse caso, assiste razão ao PSL, pois embora o Governador possa convidar, em 
consenso com a OAB, representante desta para integrar órgão da administração local, 
não pode impor a sua presença, sendo inconstitucional tal previsão legal. C/E? 
 
COMENTÁRIO 
 
Gabarito: CERTO. Para o STF, É INCONSTITUCIONAL lei estadual que impõe a presença 
de representante da seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em órgão da 
Administração Pública local (estadual). Em outras palavras, membro da OAB não pode 
ser obrigado a compor órgão da Administração Pública estadual. A OAB, por ser um 
serviço público independente, não se sujeita às imposições da Administração Pública, seja 
a direta ou indireta, nem se assemelham aos demais órgãos de fiscalização profissional. 
Suas finalidades vão além da coorporativa, pois possui funções institucionais, entre elas, a 
defesa da Constituição. Ou seja, não há o que se falar em subordinação da OAB a 
quaisquer outros órgãos da Administração Pública direta ou indireta. Nesse passo, não 
pode uma lei estadual IMPOR a participação de membro da OAB em órgão da 
Administração Pública local. Dessa forma, é inconstitucional a lei estadual que preveja a 
imposição dessa representação. 
 
STF. Plenário. ADI 4579/RJ, rel. Min. Luiz Fux, julgamento em 13.2.2020 (INFO/STF 966). 
 
 
 
 
 
1
 LC 69/1990, art. 110. Integra a Corregedoria Tributária de Controle Externo num Colegiado composto por 3 (três) membros, sendo 
1 (um) escolhido entre Fiscais de Rendas, ativos ou aposentados, 1 (um) entre Procuradores do Estado, ativos ou aposentados e 1 
(um) representante da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção RJ, a serem escolhidos pelo Governador do Estado, o qual nomeará 
o Corregedor-Chefe da Corregedoria Tributária de Controle Externo entre aqueles, sendo que as decisões da Corregedoria sobre 
sindicância e processo administrativo disciplinar serão tomadas por maioria de votos dos membros presentes do Colegiado.” 
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SUSPENSÃO DE CNH 
INFO 
966/STF 
 
CONSTITUCIONALIDADE OU NÃO DA PENA DE SUSPENSÃO DE HABILITAÇÃO PARA 
MOTORISTA PROFISSIONAL 
 
2. (DJUS) Para o STF, é inconstitucional a imposição da pena de suspensão de 
habilitação para dirigir veículo automotor de motorista profissional em virtude de 
condenação por homicídio culposo no trânsito, pois viola o seu direito ao trabalho. 
C/E? 
 
Vejamos o seguinte caso hipotético: 
 
José, motorista profissional de uma empresa de ônibus coletivo, foi condenado por 
homicídio culposo no trânsito a pena de multa e suspensão da sua Carteira de 
Habilitação. Em razão da condenação, José perdeu o emprego de motorista, pois a CNH 
é um dos requisitos para o exercício de sua profissão. A defesa recorreu alegando que a 
suspensão da habilitação para dirigir violou o direito de José ao trabalho. Para o STF, 
nessa hipótese, assiste razão à defesa, pois a suspensão da CNH não respeitou o 
princípio da proporcionalidade, obstando o direito de José ao trabalho, uma vez que a 
sua profissão é de motorista, sendo, portanto, essa imposição inconstitucional. C/E? 
 
COMENTÁRIO 
 
Gabarito: ERRADO. Para o STF, É CONSTITUCIONAL a imposição da pena de suspensão 
de habilitação para dirigir veículo automotor de motorista profissional em virtude de 
condenação por homicídio culposo no trânsito, pois não viola o seu direito ao trabalho. 
Em outras palavras, o motorista profissional PODE TER A SUSPENSÃO DE SUA 
HABILITAÇÃO em caso de ser condenado por homicídio culposo no trânsito. O Código de 
Trânsito Brasileiro - CTB, no art. 3022, dispõe ser CRIME, punido com detenção e 
suspensão da habilitação para dirigir, quando se praticar homicídio culposona direção de 
veículo automotivo. Nesse contexto, o Plenário entendeu que NÃO HÁ direito absoluto ao 
exercício de atividades profissionais, podendo ocorrer restrições a serem impostas pelo 
legislador, nos termos do art. 5º, XIII, da Constituição Federal (CF/88)3, desde que 
atendida à razoabilidade da medida. Ademais, a suspensão da habilitação respeita o 
princípio da individualização da pena (art. 5º, XLVI, da CF/88)4, do mesmo modo que não 
fere o princípio da proporcionalidade, uma vez que não impossibilita o motorista 
profissional de laborar em outra atividade econômica, dela extraindo seu sustento. Dessa 
forma, concluiu o Plenário pela constitucionalidade da imposição de suspensão da 
habilitação do motorista profissional, quando da sua condenação por homicídio culposo 
no trânsito, fixando essa tese de repercussão geral (TEMA 486). 
 
 
2
 CTB, art. 302. Praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor: Penas – detenção, de dois a quatro anos, e suspensão 
ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor. § 1º No homicídio culposo cometido na 
direção de veículo automotor, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) à metade, se o agente: (...) IV - no exercício de sua profissão 
ou atividade, estiver conduzindo veículo de transporte de passageiros. 
3
 CF/88, art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros 
residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
[...] XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer; 
[...]. 
4
 CF/88, art. 5º. [...] XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes: a) privação ou restrição da 
liberdade; b) perda de bens; c) multa; d) prestação social alternativa; e) suspensão ou interdição de direitos; [...]. 
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STF. Plenário. RE 607107/MG, rel. Min. Roberto Barroso, julgamento em 12.2.2020 (INFO/STF 966). 
 
 
DIREITO PENAL 
 
2. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA 
RÉU COM ANTECEDENTES 
INFO 
966/STF 
 
INFO 
911/STF 
 
INFO 
793/STF 
 
INFO 
548/STJ 
 
 
 
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA: APLICA-SE OU NÃO AO RÉU COM ANTECEDENTES 
CRIMINAIS? 
 
3. (DJUS) Para o STF, a presença de antecedentes criminais afasta, por si só, a aplicação 
do princípio da insignificância. C/E? 
 
Vejamos o caso concreto decidido (com adaptações): 
 
Joãozinho, que possui antecedentes criminais por crimes patrimoniais, foi acusado de 
furto de objeto de pequeno valor (R$ 20,00). Nessa situação, para o STF, a presença de 
antecedentes criminais impede, por si só, que o juiz da causa reconheça a insignificância 
penal da conduta. C/E? 
 
COMENTÁRIO 
 
Gabarito: ERRADO. Para o STF, a presença de antecedentes criminais NÃO AFASTA, por 
si só, a aplicação do princípio da insignificância. Isso porque, aplicação desse princípio 
envolve um juízo amplo (“conglobante”), que vai além da simples aferição do resultado 
material da conduta, abrangendo também a reincidência, antecedentes criminais ou 
contumácia do agente, elementos que, embora não determinantes, devem ser 
considerados. Em outras palavras, deve haver uma análise completa dos elementos no 
caso concreto, de modo que a presença de antecedentes criminais, simplesmente, não 
irá impedir a aplicação do princípio da insignificância. Nesse sentido, de acordo com o 
STF e STJ, a aferição da insignificância é requisito negativo da tipicidade conglobante, pois 
ultrapassa o juízo subsuntivo típico formal e adentra na seara do desvalor da conduta e do 
resultado em sentido amplo (STJ, 5ª Turma, RHC 46435, julgado em 13/10/15). O 
postulado da insignificância serve para limitar a incidência do tipo penal, ou seja, é vetor 
interpretativo do tipo penal, tendo por escopo restringir a qualificação de condutas que se 
traduzam em ínfima lesão ao bem jurídico nele albergado, inserindo-se num quadro de 
válida medida de política criminal. Dessa forma, incide na tipicidade material (análise do 
desvalor da conduta e da lesão causada ao bem jurídico protegido pela norma), 
afastando-a, de sorte que inexistirá o primeiro elemento do crime. Cumpre destacar que, 
em regra, o STF não tem admitido a aplicação da insignificância ao reincidente. 
Entretanto, decidiu que a reincidência não impede, por si só, que o juiz da causa 
reconheça a insignificância penal da conduta, à luz dos elementos do caso concreto (deve 
haver um juízo amplo para aplicação ou não do princípio bagatelar). Insta salientar que, 
de forma semelhante, conforme jurisprudência do STF e do STJ, a habitualidade delitiva, 
ainda que específica, por si só, também não é suficiente para afastar o referido princípio. 
Por fim, cumpre destacar ainda que, conforme o STF, quatro são os vetores (requisitos 
objetivos) para aferição da relevância material da tipicidade penal: i) mínima ofensividade 
da conduta do agente; ii) nenhuma periculosidade social da ação; iii) reduzidíssimo grau 
de reprovabilidade do comportamento; e iv) inexpressividade da lesão jurídica provocada. 
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Esses requisitos, conjuntamente com os requisitos subjetivos (reincidência, habitualidade 
delitiva...), devem ser analisados no caso concreto, de acordo com as suas especificidades, 
e não no plano abstrato. 
 
STF. 1ª Turma. RHC 174784/MS, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ ac. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 
11/02/2020 (INFO/STF 966). 
STF. 2ª Turma. HC 141440 AgR/MG, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 14/8/2018 (INFO 911/STF). 
STF. Plenário. HC 123108/MG, HC 123533/SP, HC 123734/MG, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 3/8/2015 
(INFO/STF 793). 
STJ. 6ª Turma. HC 299.185-SP, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 9/9/2014 (INFO 548/STJ). 
 
 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
3. RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA 
RESP. DE DE TERCEIROS 
INFO 
966/STF 
 
 
 
 
LEI ESTADUAL PODE DISPOR DE FORMA DIVERSA SOBRE RESPONSABILIDADE DE 
TERCEIROS? 
 
4. (DJUS) Para o STF, é constitucional lei estadual que disciplina a responsabilidade de 
terceiros por infrações de forma diversa da matriz geral estabelecida pelo Código 
Tributário Nacional. C/E? 
 
Vejamos o caso concreto decidido (com adaptações): 
 
O Estado do Mato Grosso editou determinada lei que atribuiu responsabilidade 
tributária solidária por infrações a toda pessoa que concorra ou intervenha, ativa ou 
passivamente, no cumprimento da obrigação tributária, especialmente advogado, 
economista e correspondente fiscal. Posteriormente, essa lei foi objeto de ADI. Nessa 
situação, para o STF, tal lei não deve ser declarada inconstitucional, pois é de 
competência concorrente da União, Estados e DF legislar sobre direito tributário. C/E? 
 
COMENTÁRIO 
 
Gabarito: ERRADO. Para o STF, é INCONSTITUCIONAL lei estadual que disciplina a 
responsabilidade de terceiros por infrações de forma diversa da matriz geral 
estabelecida pelo CódigoTributário Nacional. Isso porque, compete ao legislador federal 
estabelecer normas gerais sobre a matéria. Assim, norma estadual que discipline sobre 
responsabilidade de terceiros de forma distinta da trazida pelo CTN invade a competência 
da União de estabelecer normas gerais. Insta salientar que o próprio CTN, em seus artigos 
1345 e 1356, traz o rol das pessoas que podem ser pessoalmente responsáveis pelo crédito 
 
5
 CTN, art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, respondem 
solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis: I – os pais, pelos tributos 
devidos por seus filhos menores; II – os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados; III – os 
administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes; IV – o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio; V – 
o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo concordatário; VI – os tabeliães, escrivães e demais 
serventuários de ofício, pelos tributos devidos sobre os atos praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício; VII – os 
sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas. Parágrafo único. O disposto neste artigo só se aplica, em matéria de 
penalidades, às de caráter moratório. 
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http://stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=%28hc%24%2ESCLA%2E+E+141440%2ENUME%2E%29+OU+%28HC%2EACMS%2E+ADJ2+141440%2EACMS%2E%29&base=baseAcordaos&url=http://tinyurl.com/nloe5gn
http://www.stf.jus.br/arquivo/informativo/documento/informativo911.htm#Furto%20fam%C3%A9lico%20e%20princ%C3%ADpio%20da%20insignific%C3%A2ncia
http://stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=%28HC%24%2ESCLA%2E+E+123108%2ENUME%2E%29+OU+%28HC%2EACMS%2E+ADJ2+123108%2EACMS%2E%29&base=baseAcordaos&url=http://tinyurl.com/prjljcf
http://stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=%28HC%24%2ESCLA%2E+E+123533%2ENUME%2E%29+OU+%28HC%2EACMS%2E+ADJ2+123533%2EACMS%2E%29&base=baseAcordaos&url=http://tinyurl.com/ljx6xko
http://stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=%28HC%24%2ESCLA%2E+E+123734%2ENUME%2E%29+OU+%28HC%2EACMS%2E+ADJ2+123734%2EACMS%2E%29&base=baseAcordaos&url=http://tinyurl.com/lkeul4c
http://www.stf.jus.br/arquivo/informativo/documento/informativo793.htm#Princ%C3%ADpio%20da%20insignific%C3%A2ncia:%20reincid%C3%AAncia%20e%20crime%20qualificado%20-%204
http://www.stj.jus.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?origemPesquisa=informativo&tipo=num_pro&valor=hc299185
http://www.stj.jus.br/SCON/SearchBRS?b=INFJ&tipo=informativo&livre=@COD=%270548%27
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tributário, de forma que não poderá ser ampliado por lei estadual e nem ser estabelecido 
diversamente do que traz o CTN em relação às circunstâncias autorizadoras da 
responsabilidade pessoal de terceiro. Por fim, vale mencionar que os Estados só poderiam 
exercer a competência legislativa plena caso inexistisse lei federal que estabelecesse 
normas gerais sobre a matéria (direito tributário), para atender a suas peculiaridades, 
conforme art. 24, § 3º, da CF. Existindo lei federal que estabelece normas gerais, como é o 
caso, aos Estados apenas é autorizada a competência suplementar (art. 24, § 2º, da CF). 
Ademais, surgindo posteriormente lei federal sobre normas gerais, ela irá suspender a 
eficácia de lei estadual, no que lhe for contrária (art. 24, § 4º, da CF7). 
 
STF. Plenário. ADI 4548/MT, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 13/02/2020 (INFO/STF 966). 
 
 
4. LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR 
IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS 
INFO 
966/STF 
 
 
 
 
IMUNIDADE TRIBUTÁRIA NAS RECEITAS DECORRENTES DE OPERAÇÕES INDIRETAS DE 
EXPORTAÇÃO 
 
5. (DJUS) Para o STF, a norma imunizante contida no inciso I do § 2º do art. 149 da 
Constituição Federal alcança as receitas decorrentes de operações indiretas de 
exportação caracterizadas por haver participação negocial de sociedade exportadora 
intermediária. C/E? 
 
Vejamos o caso concreto decidido (com adaptações): 
 
Uma determinada lei foi editada e dispôs que a receita decorrente de comercialização 
com empresa constituída e em funcionamento no País é considerada receita 
proveniente do comércio interno e não de exportação, independentemente da 
destinação que esta dará ao produto. Assim, nesse caso, não faria jus à imunidade 
tributária do art. 149, § 2º, I, da CF, incidindo as contribuições sociais. Trouxe ainda que 
tal imunidade seria aplicada exclusivamente quando a produção fosse comercializada 
diretamente com adquirente domiciliado no exterior (operação direta de exportação). 
Posteriormente, essa lei foi objeto de ADI. Assim, nessa situação, para o STF, deverá 
essa norma ser declarada inconstitucional, pois a imunidade contida no inciso I do § 2º 
do art. 149 da CF abarca também as receitas advindas de operações indiretas de 
exportação. C/E? 
 
COMENTÁRIO 
 
 
6
 CTN, art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos 
praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos: I – as pessoas referidas no artigo anterior; II – 
os mandatários, prepostos e empregados; III – os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado. 
7
 CTN, art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: I - direito tributário, financeiro, 
penitenciário, econômico e urbanístico; (...) § 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a 
estabelecer normas gerais. § 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar 
dos Estados. § 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a 
suas peculiaridades. § 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for 
contrário. 
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Gabarito: CERTO. Para o STF, a norma imunizante contida no inciso I do § 2º do art. 149 
da Constituição Federal8 alcança as receitas decorrentes de operações indiretas de 
exportação caracterizadas por haver participação negocial de sociedade exportadora 
intermediária. Isso porque, tal norma deve ser analisada conforme o ponto de vista 
teleológico (finalístico) do Sistema Tributário Nacional, uma vez que a intenção da 
imunidade trazida por esse artigo é a desoneração da carga tributária sobre transações 
comerciais que envolvam a venda para o exterior. É uma tendência explícita da CF, como 
pode ser observado nas regras que disciplinam a imunidade do IPI e ICMS, e faz com o que 
os produtos nacionais possam ser competitivos no exterior, fomentando o 
desenvolvimento nacional. Insta salientar que nãohá discussão sobre a aplicação dessa 
imunidade sobre as receitas decorrentes de operações diretas, que são aquelas que a 
produção é comercializada diretamente com o adquirente estrangeiro. Somente havia 
dúvidas quanto à aplicação às operações indiretas, que é quando a produção é 
comercializada entre produtor e vendedor com empresas constituídas e em 
funcionamento no Brasil que destinem os produtos à exportação. Ou seja, empresas que 
adquirem produtos internamente para enviarem ao exterior. Assim, o STF entendeu que 
deve haver tratamento igual nos dois casos, pois tributar a operação interna, antes da 
remessa ao exterior, prejudicaria a exportação inteira e violaria o princípio da livre 
concorrência. Portanto, não seria razoável excluir da imunidade a exportação indireta. Por 
fim, no julgamento do RE 759244/SP, foi levantada a premissa segundo a qual “a 
desoneração dos tributos que influa no preço de bens e serviços deve estruturar-se, a 
princípio, em formato destinado à garantia do objeto, e não do sujeito passivo da 
obrigação tributária. Irrelevante se promovida exportação direta ou indireta”. 
 
STF. Repercussão Geral. ADI 4735/DF, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 12/02/2020 (INFO/STF 966). 
STF. Repercussão Geral. RE 759244/SP, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 12/02/2020 (INFO/STF 966). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8
 Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse 
das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 
146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo. (...) § 2º 
As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de que trata o caput deste artigo: I - não incidirão sobre as 
receitas decorrentes de exportação; 
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INFORMATIVO do STF 966 em QUESTÕES COMENTADAS – 11/03/2020 
DJUS - Prof. Douglas Silva 
 
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RESUMO 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
1) Para o STF, É INCONSTITUCIONAL lei estadual que impõe a presença de representante da 
seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em órgão da Administração Pública local 
(estadual). 
2) Para o STF, É CONSTITUCIONAL a imposição da pena de suspensão de habilitação para dirigir 
veículo automotor de motorista profissional em virtude de condenação por homicídio 
culposo no trânsito, pois não viola o seu direito ao trabalho. Em outras palavras, o motorista 
profissional PODE TER A SUSPENSÃO DE SUA HABILITAÇÃO em caso de ser condenado por 
homicídio culposo no trânsito. 
DIREITO PENAL 
3) Para o STF, a presença de antecedentes criminais NÃO AFASTA, por si só, a aplicação do 
princípio da insignificância. 
4) Conforme o STF, quatro são os vetores (requisitos objetivos) para aferição da relevância 
material da tipicidade penal: i) mínima ofensividade da conduta do agente; ii) nenhuma 
periculosidade social da ação; iii) reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento; 
e iv) inexpressividade da lesão jurídica provocada. Esses requisitos, conjuntamente com os 
requisitos subjetivos (reincidência, habitualidade delitiva...), devem ser analisados no caso 
concreto, de acordo com as suas especificidades, e não no plano abstrato. 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
5) Para o STF, é INCONSTITUCIONAL lei estadual que disciplina a responsabilidade de terceiros 
por infrações de forma diversa da matriz geral estabelecida pelo Código Tributário Nacional. 
Isso porque, compete ao legislador federal estabelecer normas gerais sobre a matéria. 
6) Para o STF, a norma imunizante contida no inciso I do § 2º do art. 149 da Constituição 
Federal9 alcança as receitas decorrentes de operações indiretas de exportação caracterizadas 
por haver participação negocial de sociedade exportadora intermediária. Isso porque, tal 
norma deve ser analisada conforme o ponto de vista teleológico (finalístico) do Sistema 
Tributário Nacional, uma vez que a intenção da imunidade trazida por esse artigo é a 
desoneração da carga tributária sobre transações comerciais que envolvam a venda para o 
exterior. 
 
 
9
 Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse 
das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 
146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo. (...) § 2º 
As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de que trata o caput deste artigo: I - não incidirão sobre as 
receitas decorrentes de exportação; 
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SOBRE O AUTOR 
 
DOUGLAS JOSÉ DA SILVA 
INFORMAÇÕES RESUMIDAS 
 
 
Juiz de Direito e professor com especialização de Direito Penal e Processual 
Penal, com diversas aprovações em concursos públicos, tais como: Juiz de 
Direito do TJCE (1º lugar), Juiz de Direito do TJPE (8º lugar), Delegado de Polícia 
da PCPE (aprovado no 4º período), Delegado de Polícia da PCPB e da 
PCRN (aprovado no 8º período), Oficial de Justiça do TRT 5 (aprovado no 8º 
período), Técnico do TRF 5 (1º lugar), entre outros. 
 
Tomou posse em: 1. Juiz de Direito do TJPE (cargo atual); 2. Ex-Juiz de Direito do 
TJCE; 3. Ex-Oficial de Justiça Federal; 4. Ex-Delegado de Polícia; 5. Ex-Servidor do 
Banco Central-BACEN; 6. Ex-Sargento do CBMPE; 7. Ex-Soldado do CBMPE. 
 
 
 
 
 
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