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Sumário DIREITO CONSTITUCIONAL .............................................................................................. 2 1. CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE ..................................................................................................................2 IMPOSIÇÃO DE PARTICIPAÇÃO DE REPRESENTANTE DA SECCIONAL DA OAB EM ÓRGÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA LOCAL ............................................................................................................................................................. 2 CONSTITUCIONALIDADE OU NÃO DA PENA DE SUSPENSÃO DE HABILITAÇÃO PARA MOTORISTA PROFISSIONAL ...... 3 DIREITO PENAL ................................................................................................................ 4 2. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA .............................................................................................................................4 PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA: APLICA-SE OU NÃO AO RÉU COM ANTECEDENTES CRIMINAIS? ............................... 4 DIREITO TRIBUTÁRIO ...................................................................................................... 5 3. RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA ...........................................................................................................................5 LEI ESTADUAL PODE DISPOR DE FORMA DIVERSA SOBRE RESPONSABILIDADE DE TERCEIROS? .................................. 5 4. LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR ....................................................................................................................6 IMUNIDADE TRIBUTÁRIA NAS RECEITAS DECORRENTES DE OPERAÇÕES INDIRETAS DE EXPORTAÇÃO ....................... 6 RESUMO ......................................................................................................................... 8 DIREITO CONSTITUCIONAL ............................................................................................................................................ 8 DIREITO PENAL .............................................................................................................................................................. 8 DIREITO TRIBUTÁRIO ..................................................................................................................................................... 8 SOBRE O AUTOR ..........................................................................................................................................................9 PARA APRENDER MAIS RECOMENDO: .........................................................................................................................9 INFO 966 INFORMATIVO do STF 966 em QUESTÕES COMENTADAS – 11/03/2020 DJUS - Prof. Douglas Silva CLIQUE AQUI para BAIXAR mais INFORMATIVOS do STF e do STJ 2 DJUS.com.br DIREITO CONSTITUCIONAL 1. CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE OAB INFO 966/STF IMPOSIÇÃO DE PARTICIPAÇÃO DE REPRESENTANTE DA SECCIONAL DA OAB EM ÓRGÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA LOCAL 1. (DJUS) Para o STF, é inconstitucional lei estadual que impõe a presença de representante da seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em órgão da Administração Pública local (estadual). C/E? Vejamos o caso concreto decidido (com adaptações): A Lei Complementar 69/90 do Rio de Janeiro previu, no art. 1101, com a redação dada pelo art. 4º da LC 135/09, a participação de 01 (um) representante da OAB da seccional do Rio de Janeiro na composição da Corregedoria Tributária do Controle Externo, órgão colegiado composto por 03 membros escolhidos pelo Governador. O Partido Social Liberal – PSL ingressou ação direta de inconstitucionalidade contra esse dispositivo. Para o STF, nesse caso, assiste razão ao PSL, pois embora o Governador possa convidar, em consenso com a OAB, representante desta para integrar órgão da administração local, não pode impor a sua presença, sendo inconstitucional tal previsão legal. C/E? COMENTÁRIO Gabarito: CERTO. Para o STF, É INCONSTITUCIONAL lei estadual que impõe a presença de representante da seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em órgão da Administração Pública local (estadual). Em outras palavras, membro da OAB não pode ser obrigado a compor órgão da Administração Pública estadual. A OAB, por ser um serviço público independente, não se sujeita às imposições da Administração Pública, seja a direta ou indireta, nem se assemelham aos demais órgãos de fiscalização profissional. Suas finalidades vão além da coorporativa, pois possui funções institucionais, entre elas, a defesa da Constituição. Ou seja, não há o que se falar em subordinação da OAB a quaisquer outros órgãos da Administração Pública direta ou indireta. Nesse passo, não pode uma lei estadual IMPOR a participação de membro da OAB em órgão da Administração Pública local. Dessa forma, é inconstitucional a lei estadual que preveja a imposição dessa representação. STF. Plenário. ADI 4579/RJ, rel. Min. Luiz Fux, julgamento em 13.2.2020 (INFO/STF 966). 1 LC 69/1990, art. 110. Integra a Corregedoria Tributária de Controle Externo num Colegiado composto por 3 (três) membros, sendo 1 (um) escolhido entre Fiscais de Rendas, ativos ou aposentados, 1 (um) entre Procuradores do Estado, ativos ou aposentados e 1 (um) representante da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção RJ, a serem escolhidos pelo Governador do Estado, o qual nomeará o Corregedor-Chefe da Corregedoria Tributária de Controle Externo entre aqueles, sendo que as decisões da Corregedoria sobre sindicância e processo administrativo disciplinar serão tomadas por maioria de votos dos membros presentes do Colegiado.” http://djus.com.br/prof-douglas-silva-sobre/ https://djus.com.br/category/informativos-stf-stj-em-questoes-comentadas/ https://djus.com.br/ https://djus.com.br/ http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=4579&classe=ADI&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=M INFORMATIVO do STF 966 em QUESTÕES COMENTADAS – 11/03/2020 DJUS - Prof. Douglas Silva CLIQUE AQUI para BAIXAR mais INFORMATIVOS do STF e do STJ 3 DJUS.com.br SUSPENSÃO DE CNH INFO 966/STF CONSTITUCIONALIDADE OU NÃO DA PENA DE SUSPENSÃO DE HABILITAÇÃO PARA MOTORISTA PROFISSIONAL 2. (DJUS) Para o STF, é inconstitucional a imposição da pena de suspensão de habilitação para dirigir veículo automotor de motorista profissional em virtude de condenação por homicídio culposo no trânsito, pois viola o seu direito ao trabalho. C/E? Vejamos o seguinte caso hipotético: José, motorista profissional de uma empresa de ônibus coletivo, foi condenado por homicídio culposo no trânsito a pena de multa e suspensão da sua Carteira de Habilitação. Em razão da condenação, José perdeu o emprego de motorista, pois a CNH é um dos requisitos para o exercício de sua profissão. A defesa recorreu alegando que a suspensão da habilitação para dirigir violou o direito de José ao trabalho. Para o STF, nessa hipótese, assiste razão à defesa, pois a suspensão da CNH não respeitou o princípio da proporcionalidade, obstando o direito de José ao trabalho, uma vez que a sua profissão é de motorista, sendo, portanto, essa imposição inconstitucional. C/E? COMENTÁRIO Gabarito: ERRADO. Para o STF, É CONSTITUCIONAL a imposição da pena de suspensão de habilitação para dirigir veículo automotor de motorista profissional em virtude de condenação por homicídio culposo no trânsito, pois não viola o seu direito ao trabalho. Em outras palavras, o motorista profissional PODE TER A SUSPENSÃO DE SUA HABILITAÇÃO em caso de ser condenado por homicídio culposo no trânsito. O Código de Trânsito Brasileiro - CTB, no art. 3022, dispõe ser CRIME, punido com detenção e suspensão da habilitação para dirigir, quando se praticar homicídio culposona direção de veículo automotivo. Nesse contexto, o Plenário entendeu que NÃO HÁ direito absoluto ao exercício de atividades profissionais, podendo ocorrer restrições a serem impostas pelo legislador, nos termos do art. 5º, XIII, da Constituição Federal (CF/88)3, desde que atendida à razoabilidade da medida. Ademais, a suspensão da habilitação respeita o princípio da individualização da pena (art. 5º, XLVI, da CF/88)4, do mesmo modo que não fere o princípio da proporcionalidade, uma vez que não impossibilita o motorista profissional de laborar em outra atividade econômica, dela extraindo seu sustento. Dessa forma, concluiu o Plenário pela constitucionalidade da imposição de suspensão da habilitação do motorista profissional, quando da sua condenação por homicídio culposo no trânsito, fixando essa tese de repercussão geral (TEMA 486). 2 CTB, art. 302. Praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor: Penas – detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor. § 1º No homicídio culposo cometido na direção de veículo automotor, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) à metade, se o agente: (...) IV - no exercício de sua profissão ou atividade, estiver conduzindo veículo de transporte de passageiros. 3 CF/88, art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: [...] XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer; [...]. 4 CF/88, art. 5º. [...] XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes: a) privação ou restrição da liberdade; b) perda de bens; c) multa; d) prestação social alternativa; e) suspensão ou interdição de direitos; [...]. http://djus.com.br/prof-douglas-silva-sobre/ https://djus.com.br/category/informativos-stf-stj-em-questoes-comentadas/ https://djus.com.br/ https://djus.com.br/ INFORMATIVO do STF 966 em QUESTÕES COMENTADAS – 11/03/2020 DJUS - Prof. Douglas Silva CLIQUE AQUI para BAIXAR mais INFORMATIVOS do STF e do STJ 4 DJUS.com.br STF. Plenário. RE 607107/MG, rel. Min. Roberto Barroso, julgamento em 12.2.2020 (INFO/STF 966). DIREITO PENAL 2. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA RÉU COM ANTECEDENTES INFO 966/STF INFO 911/STF INFO 793/STF INFO 548/STJ PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA: APLICA-SE OU NÃO AO RÉU COM ANTECEDENTES CRIMINAIS? 3. (DJUS) Para o STF, a presença de antecedentes criminais afasta, por si só, a aplicação do princípio da insignificância. C/E? Vejamos o caso concreto decidido (com adaptações): Joãozinho, que possui antecedentes criminais por crimes patrimoniais, foi acusado de furto de objeto de pequeno valor (R$ 20,00). Nessa situação, para o STF, a presença de antecedentes criminais impede, por si só, que o juiz da causa reconheça a insignificância penal da conduta. C/E? COMENTÁRIO Gabarito: ERRADO. Para o STF, a presença de antecedentes criminais NÃO AFASTA, por si só, a aplicação do princípio da insignificância. Isso porque, aplicação desse princípio envolve um juízo amplo (“conglobante”), que vai além da simples aferição do resultado material da conduta, abrangendo também a reincidência, antecedentes criminais ou contumácia do agente, elementos que, embora não determinantes, devem ser considerados. Em outras palavras, deve haver uma análise completa dos elementos no caso concreto, de modo que a presença de antecedentes criminais, simplesmente, não irá impedir a aplicação do princípio da insignificância. Nesse sentido, de acordo com o STF e STJ, a aferição da insignificância é requisito negativo da tipicidade conglobante, pois ultrapassa o juízo subsuntivo típico formal e adentra na seara do desvalor da conduta e do resultado em sentido amplo (STJ, 5ª Turma, RHC 46435, julgado em 13/10/15). O postulado da insignificância serve para limitar a incidência do tipo penal, ou seja, é vetor interpretativo do tipo penal, tendo por escopo restringir a qualificação de condutas que se traduzam em ínfima lesão ao bem jurídico nele albergado, inserindo-se num quadro de válida medida de política criminal. Dessa forma, incide na tipicidade material (análise do desvalor da conduta e da lesão causada ao bem jurídico protegido pela norma), afastando-a, de sorte que inexistirá o primeiro elemento do crime. Cumpre destacar que, em regra, o STF não tem admitido a aplicação da insignificância ao reincidente. Entretanto, decidiu que a reincidência não impede, por si só, que o juiz da causa reconheça a insignificância penal da conduta, à luz dos elementos do caso concreto (deve haver um juízo amplo para aplicação ou não do princípio bagatelar). Insta salientar que, de forma semelhante, conforme jurisprudência do STF e do STJ, a habitualidade delitiva, ainda que específica, por si só, também não é suficiente para afastar o referido princípio. Por fim, cumpre destacar ainda que, conforme o STF, quatro são os vetores (requisitos objetivos) para aferição da relevância material da tipicidade penal: i) mínima ofensividade da conduta do agente; ii) nenhuma periculosidade social da ação; iii) reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento; e iv) inexpressividade da lesão jurídica provocada. http://djus.com.br/prof-douglas-silva-sobre/ https://djus.com.br/category/informativos-stf-stj-em-questoes-comentadas/ https://djus.com.br/ https://djus.com.br/ http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=607107&classe=RE&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=M http://www.stj.jus.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?origemPesquisa=informativo&tipo=num_pro&valor=RHC46435 INFORMATIVO do STF 966 em QUESTÕES COMENTADAS – 11/03/2020 DJUS - Prof. Douglas Silva CLIQUE AQUI para BAIXAR mais INFORMATIVOS do STF e do STJ 5 DJUS.com.br Esses requisitos, conjuntamente com os requisitos subjetivos (reincidência, habitualidade delitiva...), devem ser analisados no caso concreto, de acordo com as suas especificidades, e não no plano abstrato. STF. 1ª Turma. RHC 174784/MS, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ ac. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 11/02/2020 (INFO/STF 966). STF. 2ª Turma. HC 141440 AgR/MG, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 14/8/2018 (INFO 911/STF). STF. Plenário. HC 123108/MG, HC 123533/SP, HC 123734/MG, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 3/8/2015 (INFO/STF 793). STJ. 6ª Turma. HC 299.185-SP, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 9/9/2014 (INFO 548/STJ). DIREITO TRIBUTÁRIO 3. RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA RESP. DE DE TERCEIROS INFO 966/STF LEI ESTADUAL PODE DISPOR DE FORMA DIVERSA SOBRE RESPONSABILIDADE DE TERCEIROS? 4. (DJUS) Para o STF, é constitucional lei estadual que disciplina a responsabilidade de terceiros por infrações de forma diversa da matriz geral estabelecida pelo Código Tributário Nacional. C/E? Vejamos o caso concreto decidido (com adaptações): O Estado do Mato Grosso editou determinada lei que atribuiu responsabilidade tributária solidária por infrações a toda pessoa que concorra ou intervenha, ativa ou passivamente, no cumprimento da obrigação tributária, especialmente advogado, economista e correspondente fiscal. Posteriormente, essa lei foi objeto de ADI. Nessa situação, para o STF, tal lei não deve ser declarada inconstitucional, pois é de competência concorrente da União, Estados e DF legislar sobre direito tributário. C/E? COMENTÁRIO Gabarito: ERRADO. Para o STF, é INCONSTITUCIONAL lei estadual que disciplina a responsabilidade de terceiros por infrações de forma diversa da matriz geral estabelecida pelo CódigoTributário Nacional. Isso porque, compete ao legislador federal estabelecer normas gerais sobre a matéria. Assim, norma estadual que discipline sobre responsabilidade de terceiros de forma distinta da trazida pelo CTN invade a competência da União de estabelecer normas gerais. Insta salientar que o próprio CTN, em seus artigos 1345 e 1356, traz o rol das pessoas que podem ser pessoalmente responsáveis pelo crédito 5 CTN, art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis: I – os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores; II – os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados; III – os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes; IV – o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio; V – o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo concordatário; VI – os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos sobre os atos praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício; VII – os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas. Parágrafo único. O disposto neste artigo só se aplica, em matéria de penalidades, às de caráter moratório. http://djus.com.br/prof-douglas-silva-sobre/ https://djus.com.br/category/informativos-stf-stj-em-questoes-comentadas/ https://djus.com.br/ https://djus.com.br/ http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=174784&classe=RHC&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=M http://stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=%28hc%24%2ESCLA%2E+E+141440%2ENUME%2E%29+OU+%28HC%2EACMS%2E+ADJ2+141440%2EACMS%2E%29&base=baseAcordaos&url=http://tinyurl.com/nloe5gn http://www.stf.jus.br/arquivo/informativo/documento/informativo911.htm#Furto%20fam%C3%A9lico%20e%20princ%C3%ADpio%20da%20insignific%C3%A2ncia http://stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=%28HC%24%2ESCLA%2E+E+123108%2ENUME%2E%29+OU+%28HC%2EACMS%2E+ADJ2+123108%2EACMS%2E%29&base=baseAcordaos&url=http://tinyurl.com/prjljcf http://stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=%28HC%24%2ESCLA%2E+E+123533%2ENUME%2E%29+OU+%28HC%2EACMS%2E+ADJ2+123533%2EACMS%2E%29&base=baseAcordaos&url=http://tinyurl.com/ljx6xko http://stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=%28HC%24%2ESCLA%2E+E+123734%2ENUME%2E%29+OU+%28HC%2EACMS%2E+ADJ2+123734%2EACMS%2E%29&base=baseAcordaos&url=http://tinyurl.com/lkeul4c http://www.stf.jus.br/arquivo/informativo/documento/informativo793.htm#Princ%C3%ADpio%20da%20insignific%C3%A2ncia:%20reincid%C3%AAncia%20e%20crime%20qualificado%20-%204 http://www.stj.jus.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?origemPesquisa=informativo&tipo=num_pro&valor=hc299185 http://www.stj.jus.br/SCON/SearchBRS?b=INFJ&tipo=informativo&livre=@COD=%270548%27 INFORMATIVO do STF 966 em QUESTÕES COMENTADAS – 11/03/2020 DJUS - Prof. Douglas Silva CLIQUE AQUI para BAIXAR mais INFORMATIVOS do STF e do STJ 6 DJUS.com.br tributário, de forma que não poderá ser ampliado por lei estadual e nem ser estabelecido diversamente do que traz o CTN em relação às circunstâncias autorizadoras da responsabilidade pessoal de terceiro. Por fim, vale mencionar que os Estados só poderiam exercer a competência legislativa plena caso inexistisse lei federal que estabelecesse normas gerais sobre a matéria (direito tributário), para atender a suas peculiaridades, conforme art. 24, § 3º, da CF. Existindo lei federal que estabelece normas gerais, como é o caso, aos Estados apenas é autorizada a competência suplementar (art. 24, § 2º, da CF). Ademais, surgindo posteriormente lei federal sobre normas gerais, ela irá suspender a eficácia de lei estadual, no que lhe for contrária (art. 24, § 4º, da CF7). STF. Plenário. ADI 4548/MT, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 13/02/2020 (INFO/STF 966). 4. LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS INFO 966/STF IMUNIDADE TRIBUTÁRIA NAS RECEITAS DECORRENTES DE OPERAÇÕES INDIRETAS DE EXPORTAÇÃO 5. (DJUS) Para o STF, a norma imunizante contida no inciso I do § 2º do art. 149 da Constituição Federal alcança as receitas decorrentes de operações indiretas de exportação caracterizadas por haver participação negocial de sociedade exportadora intermediária. C/E? Vejamos o caso concreto decidido (com adaptações): Uma determinada lei foi editada e dispôs que a receita decorrente de comercialização com empresa constituída e em funcionamento no País é considerada receita proveniente do comércio interno e não de exportação, independentemente da destinação que esta dará ao produto. Assim, nesse caso, não faria jus à imunidade tributária do art. 149, § 2º, I, da CF, incidindo as contribuições sociais. Trouxe ainda que tal imunidade seria aplicada exclusivamente quando a produção fosse comercializada diretamente com adquirente domiciliado no exterior (operação direta de exportação). Posteriormente, essa lei foi objeto de ADI. Assim, nessa situação, para o STF, deverá essa norma ser declarada inconstitucional, pois a imunidade contida no inciso I do § 2º do art. 149 da CF abarca também as receitas advindas de operações indiretas de exportação. C/E? COMENTÁRIO 6 CTN, art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos: I – as pessoas referidas no artigo anterior; II – os mandatários, prepostos e empregados; III – os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado. 7 CTN, art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; (...) § 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais. § 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados. § 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. § 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário. http://djus.com.br/prof-douglas-silva-sobre/ https://djus.com.br/category/informativos-stf-stj-em-questoes-comentadas/ https://djus.com.br/ https://djus.com.br/ http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=4845&classe=ADI&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=M INFORMATIVO do STF 966 em QUESTÕES COMENTADAS – 11/03/2020 DJUS - Prof. Douglas Silva CLIQUE AQUI para BAIXAR mais INFORMATIVOS do STF e do STJ 7 DJUS.com.br Gabarito: CERTO. Para o STF, a norma imunizante contida no inciso I do § 2º do art. 149 da Constituição Federal8 alcança as receitas decorrentes de operações indiretas de exportação caracterizadas por haver participação negocial de sociedade exportadora intermediária. Isso porque, tal norma deve ser analisada conforme o ponto de vista teleológico (finalístico) do Sistema Tributário Nacional, uma vez que a intenção da imunidade trazida por esse artigo é a desoneração da carga tributária sobre transações comerciais que envolvam a venda para o exterior. É uma tendência explícita da CF, como pode ser observado nas regras que disciplinam a imunidade do IPI e ICMS, e faz com o que os produtos nacionais possam ser competitivos no exterior, fomentando o desenvolvimento nacional. Insta salientar que nãohá discussão sobre a aplicação dessa imunidade sobre as receitas decorrentes de operações diretas, que são aquelas que a produção é comercializada diretamente com o adquirente estrangeiro. Somente havia dúvidas quanto à aplicação às operações indiretas, que é quando a produção é comercializada entre produtor e vendedor com empresas constituídas e em funcionamento no Brasil que destinem os produtos à exportação. Ou seja, empresas que adquirem produtos internamente para enviarem ao exterior. Assim, o STF entendeu que deve haver tratamento igual nos dois casos, pois tributar a operação interna, antes da remessa ao exterior, prejudicaria a exportação inteira e violaria o princípio da livre concorrência. Portanto, não seria razoável excluir da imunidade a exportação indireta. Por fim, no julgamento do RE 759244/SP, foi levantada a premissa segundo a qual “a desoneração dos tributos que influa no preço de bens e serviços deve estruturar-se, a princípio, em formato destinado à garantia do objeto, e não do sujeito passivo da obrigação tributária. Irrelevante se promovida exportação direta ou indireta”. STF. Repercussão Geral. ADI 4735/DF, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 12/02/2020 (INFO/STF 966). STF. Repercussão Geral. RE 759244/SP, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 12/02/2020 (INFO/STF 966). 8 Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo. (...) § 2º As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de que trata o caput deste artigo: I - não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação; http://djus.com.br/prof-douglas-silva-sobre/ https://djus.com.br/category/informativos-stf-stj-em-questoes-comentadas/ https://djus.com.br/ https://djus.com.br/ http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=4735&classe=ADI&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=M http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=759244&classe=RE&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=M INFORMATIVO do STF 966 em QUESTÕES COMENTADAS – 11/03/2020 DJUS - Prof. Douglas Silva CLIQUE AQUI para BAIXAR mais INFORMATIVOS do STF e do STJ 8 DJUS.com.br RESUMO DIREITO CONSTITUCIONAL 1) Para o STF, É INCONSTITUCIONAL lei estadual que impõe a presença de representante da seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em órgão da Administração Pública local (estadual). 2) Para o STF, É CONSTITUCIONAL a imposição da pena de suspensão de habilitação para dirigir veículo automotor de motorista profissional em virtude de condenação por homicídio culposo no trânsito, pois não viola o seu direito ao trabalho. Em outras palavras, o motorista profissional PODE TER A SUSPENSÃO DE SUA HABILITAÇÃO em caso de ser condenado por homicídio culposo no trânsito. DIREITO PENAL 3) Para o STF, a presença de antecedentes criminais NÃO AFASTA, por si só, a aplicação do princípio da insignificância. 4) Conforme o STF, quatro são os vetores (requisitos objetivos) para aferição da relevância material da tipicidade penal: i) mínima ofensividade da conduta do agente; ii) nenhuma periculosidade social da ação; iii) reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento; e iv) inexpressividade da lesão jurídica provocada. Esses requisitos, conjuntamente com os requisitos subjetivos (reincidência, habitualidade delitiva...), devem ser analisados no caso concreto, de acordo com as suas especificidades, e não no plano abstrato. DIREITO TRIBUTÁRIO 5) Para o STF, é INCONSTITUCIONAL lei estadual que disciplina a responsabilidade de terceiros por infrações de forma diversa da matriz geral estabelecida pelo Código Tributário Nacional. Isso porque, compete ao legislador federal estabelecer normas gerais sobre a matéria. 6) Para o STF, a norma imunizante contida no inciso I do § 2º do art. 149 da Constituição Federal9 alcança as receitas decorrentes de operações indiretas de exportação caracterizadas por haver participação negocial de sociedade exportadora intermediária. Isso porque, tal norma deve ser analisada conforme o ponto de vista teleológico (finalístico) do Sistema Tributário Nacional, uma vez que a intenção da imunidade trazida por esse artigo é a desoneração da carga tributária sobre transações comerciais que envolvam a venda para o exterior. 9 Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo. (...) § 2º As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de que trata o caput deste artigo: I - não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação; http://djus.com.br/prof-douglas-silva-sobre/ https://djus.com.br/category/informativos-stf-stj-em-questoes-comentadas/ https://djus.com.br/ https://djus.com.br/ INFORMATIVO do STF 966 em QUESTÕES COMENTADAS – 11/03/2020 DJUS - Prof. Douglas Silva CLIQUE AQUI para BAIXAR mais INFORMATIVOS do STF e do STJ 9 DJUS.com.br SOBRE O AUTOR DOUGLAS JOSÉ DA SILVA INFORMAÇÕES RESUMIDAS Juiz de Direito e professor com especialização de Direito Penal e Processual Penal, com diversas aprovações em concursos públicos, tais como: Juiz de Direito do TJCE (1º lugar), Juiz de Direito do TJPE (8º lugar), Delegado de Polícia da PCPE (aprovado no 4º período), Delegado de Polícia da PCPB e da PCRN (aprovado no 8º período), Oficial de Justiça do TRT 5 (aprovado no 8º período), Técnico do TRF 5 (1º lugar), entre outros. Tomou posse em: 1. Juiz de Direito do TJPE (cargo atual); 2. Ex-Juiz de Direito do TJCE; 3. Ex-Oficial de Justiça Federal; 4. Ex-Delegado de Polícia; 5. Ex-Servidor do Banco Central-BACEN; 6. Ex-Sargento do CBMPE; 7. Ex-Soldado do CBMPE. Para aprender mais RECOMENDO: http://djus.com.br/prof-douglas-silva-sobre/ https://djus.com.br/category/informativos-stf-stj-em-questoes-comentadas/ https://djus.com.br/ https://djus.com.br/ https://djus.com.br/prof-douglas-silva-sobre/ https://www.tjce.jus.br/noticias/juizes-substitutos-tomam-posse-no-tribunal-de-justica-do-ceara/ https://www.tjce.jus.br/noticias/juizes-substitutos-tomam-posse-no-tribunal-de-justica-do-ceara/ http://asces-unita.edu.br/2008/04/29/discente-de-setimo-periodo-de-direito-e-aprovado-em-primeiro-lugar-no-trf/ https://djus.com.br/prof-douglas-silva-sobre/ https://www.instagram.com/prof.douglassilva/ https://www.facebook.com/prof.douglassilva https://www.youtube.com/c/ProfDouglasSilva https://djus.com.br/questoes-comentadas-via-whatsapp/ https://djus.com.br/vade-mecum-de-jurisprudencia-penal-em-questoes-comentadas/ https://djus.com.br/vade-mecum-de-jurisprudencia-penal-em-questoes-comentadas/
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