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Competência Jurisdicional: Distribuição e Princípios

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Prof. Vinicius Lemos 
• DA COMPETÊNCIA 
Sabe-se que a jurisdição é exercida em todo o território nacional. Por questão de conveniência, especializam-se 
setores da função jurisdicional. 
Logo, a competência é resultado de critérios para distribuir entre vários órgãos as atribuições relativas ao 
desempenho da jurisdição. Em resumo, a competência jurisdicional é o poder de exercer a jurisdição nos limites 
estabelecidos por lei. Diz-se que a mesma é a medida da jurisdição,' a" quantidade de jurisdição cujo exercício é 
atribuído a cada órgão ou grupo de órgãos". 
2. DISTRIBUIÇÃO DA COMPETÊNCIA 
A distribuição da competência faz-se por meio de normas constitucionais, legais, regimentais e até mesmo negociais. 
O art. 44 do CPC esclarece o assunto: "Obedecidos os limites estabelecidos pela constituição 
Federal, a competência é determinada pelas normas previstas neste Código ou em 
legislação especial, pelas normas de organização judiciária e, ainda, no que couber, pelas 
constituições dos Estados". 
A Constituição já distribui a competência em todo o Poder Judiciário Federal (STF, STJ e Justiças Federais: a Militar, 
Eleitoral, Trabalhista e Federal Comum). A competência da Justiça Estadual é residual. 
3. Princípios 
a) Tipicidade da Competência: As competências hão de estar dispostas no próprio ordenamento jurídico. 
b) Indisponibilidade da Competência: As competências constitucionalmente fixadas não possam ser transferidas 
para órgãos diferentes daqueles a quem a Constituição as atribui. Caracteriza-se pela impossibilidade do 
judiciário deixar de julgar todo e qualquer conflito que ele seja solicitado a resolver, pois o Estado tomou para 
si a responsabilidade de dirimir todo e qualquer conflito, evitando casos de autotutela entre os litigantes. 
c) Regra do Kompetenz Kompetenz: Todo juízo tem competência mínima para julgar-se incompetente. Assim, o 
juiz é sempre o juiz de sua competência. Segundo Ada Pellegrini, a decisão proferida por juiz incompetente 
deve ser considerada inexistente e não nula – como massacrante maioria dos doutrinadores defende. Para a 
autora, qualquer decisão deste juiz traduz um NADA jurídico. 
d) Princípio da Estabilização: Ocorre em sede de competência relativa e fulminado pela preclusão, assim, nasce 
à perpetuação da jurisdição que se evidencia no cenário em que o juiz muda de relativamente incompetente 
para plenamente competente por conta da inércia do réu. Preclusão do réu > Perpetuação da Jurisdição > 
Estabilização 
e) Perpetuação da Jurisdição: Não basta que as regras de competência sejam fixadas por normas jurídicas 
gerais; é necessário que se saiba qual, dentre os vários igualmente competentes, será o juízo responsável 
concretamente pela demanda ajuizada. É necessário que se determine, in concreto, qual o juízo que será o 
competente para o processamento e o julgamento da causa. 
- Art. 42. As causas cíveis serão processadas e decididas pelo juiz nos limites de sua 
competência, ressalvado às partes o direito de instituir juízo arbitral, na forma da lei. 
- Art. 43. Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da 
petição inicial, sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas 
posteriormente, salvo quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência 
absoluta. 
Exceções: 
• Supressão do órgão judiciário: Pode ocorrer do próprio órgão representante do judiciário resolver 
reorganizar sua composição de varas. Caso isso aconteça, os processos fixados na vara extinta serão 
obrigatoriamente distribuídos, devendo o novo magistrado, considerar os atos processuais já praticados, bem 
como as provas acostadas. 
• Alteração da competência absoluta EC 45/2004 
OBS¹: NÃO EXISTE VÁCUO DE COMPETÊNCIA, SEMPRE HAVERÁ UM JUÍZO COMPETENTE PARA TANTO. 
De acordo com o art. 284 do CPC, onde houver "mais de um juiz" os processos deverão ser distribuídos, de modo 
alternado e aleatório, entre os juízos abstratamente competentes. A distribuição deve ser feita imediatamente (art. 
93, XV, CF/1988), na data da propositura da ação. 
• Classificação da Competência 
a) Competência do foro e competência do juízo 
 Prof. Vinicius Lemos 
Foro é o local onde o órgão jurisdicional exerce as suas funções; é a unidade territorial sobre a qual se exerce o poder 
jurisdicional. 
Assim, para uma mesma causa, verifica-se primeiro qual o foro competente, depois o juízo, que é a vara, o cartório, a 
unidade administrativa. A competência do juízo é matéria pertinente às leis de organização judiciária. A competência 
de foro é regulada pelo CPC. 
Art. 51. É competente o foro de domicílio do réu para as causas em que seja autora a 
União. 
Parágrafo único. Se a União for a demandada, a ação poderá ser proposta no foro de 
domicílio do autor, no de ocorrência do ato ou fato que originou a demanda, no de situação 
da coisa ou no Distrito Federal. 
Art. 52. É competente o foro de domicílio do réu para as causas em que seja autor Estado 
ou o Distrito Federal. 
Parágrafo único. Se Estado ou o Distrito Federal for o demandado, a ação poderá ser 
proposta no foro de domicílio do autor, no de ocorrência do ato ou fato que originou a 
demanda, no de situação da coisa ou na capital do respectivo ente federado 
b) Competência originária e derivada 
- A competência originária é aquela atribuída ao órgão jurisdicional para conhecer da causa em primeiro lugar; sendo 
em regra, o juiz de primeiro grau/singular/natural/”a quo”/monocrático/primário, excepcionalmente (ação rescisória 
e mandado de segurança contra ato judicial, por exemplo). 
Exceção: Excepcionalmente, a competência funcional de uma das partes pode remeter a competência originária para 
o Tribunal Superior, conferindo-lhe competência primária. 
- A competência derivada ou recursal é atribuída ao órgão jurisdicional destinado a rever a decisão já proferida, 
consagrando o princípio do duplo grau de jurisdição, normalmente, atribuindo a competência derivada ao tribunal, 
mas há casos em que o próprio magistrado de primeira instância possui competência recursal, como acontece com os 
embargos infringentes de alçada. 
c) Competência relativa e competência absoluta 
As regras de competência submetem-se a regimes jurídicos diversos, conforme 
se trate de regra fixada para atender principalmente a interesse público, chamada de regra de competência absoluta, 
ou para atender preponderantemente ao interesse particular, a regra de competência relativa. 
OBS: A incompetência (absoluta ou relativa) é defeito processual que, em regra, não leva à extinção do processo. A 
incompetência gera a remessa dos autos ao juízo competente 
DICA: A incompetência (absoluta ou relativa) não gera a automática invalidação dos atos decisórios praticados. Nada 
obstante reconhecida a incompetência, preserva-se a eficácia da decisão proferida pelo juízo incompetente, até 
ulterior determinação do juízo competente. É o que determina expressamente o §4° do art. 64 do CPC: "Salvo 
decisão judicial em sentido contrário, conservar-se-ão os efeitos de decisão proferida pelo juízo incompetente até 
que outra seja proferida, se for o caso, pelo juízo competente". 
 
Competência Relativa Competência Absoluta 
Privada Pública 
Juiz não age de ofício Juiz deve agir de ofício 
Prevalece a vontade das partes Prevalece o interesse do Estado 
Nulidade é relativa, comportando 
saneamento jurisdicional da Perpetuatio 
jurisdiciones. 
Nulidade absoluta é luz do 
KOMPETENZKOMPETENZ 
Pode convencionar as fases processuais 
(CONVENCIONALIDADE) 
As fases processuais não são passíveis 
de convenção. 
Regra: 
A) Territorial: Existem exceções; 
B) Em razão do valor da causa 
(Juizados Especiais Cíveis, lei 
9.099/95). 
Regra: 
A) Em razão da pessoa; 
B) Em razão da matéria; 
C) Funcional. 
 Prof. Vinicius Lemos 
A nulidade pode ser alegada até 2 anos 
após o transito em julgado. – VERDADE 
FORMAL. (Cível/Trabalho) 
Pode a nulidade ser alegada a qualquer 
tempo. – VERDADE REAL 
(Penal/Militar)Pode a competência ser alterada por 
conexão ou continência. 
Não pode ser alterada por conexão ou 
continência. 
 
d) Competência Vertical: Prevalece à diferença hierárquica entre 1º e 2º grau, sendo o primeiro reservado ao 
juiz monocrático, e o segundo para o colegiado, que funciona como órgão revisor, como estudamos no 
princípio do duplo grau de jurisdição, para que os juízes de 1º grau e desembargadores não conflitam, 
prevalecendo, obviamente, a decisão do colegiado. 
e) Competência Horizontal: Se caracteriza pelo respeito entre órgãos jurisdicionais de mesmo patamar 
hierárquicas, atuando de forma concorrente harmônica. Exemplo: Juiz do Tribunal do Júri e o próprio Júri, em 
que o magistrado deve respeitar a decisão do Júri constituído, atuando de forma técnica e complementar na 
dosimetria da pena. 
f) Competência em razão da pessoa: Leva em conta as partes envolvidas (rationae personae). O principal 
exemplo de competência em razão da pessoa é o da vara privativa da Fazenda Pública, criada para processar e 
julgar causas que envolvam entes públicos. Há casos de competência de tribunal determinada em razão da 
pessoa, como prerrogativa do exercício de algumas funções. 
g) Competência em razão da matéria: É determinada pela natureza da relação jurídica controvertida, definida 
pelo fato jurídico que lhe dá causa. Assim, é a causa de pedir, que contém a afirmação do direito discutido, o 
dado a ser levado em consideração para a identificação do juízo competente. É com base neste critério que as 
varas de família, cível, penal etc. são criadas. É o critério mais comum e o que mais define endereçamento, 
tendo relação direta com a causa de pedir – fatos e fundamentos jurídicos -, ou seja, o que vai definir o 
endereçamento deste critério é a natureza da matéria discutida 
OBS: ENUNCIADO 206 DO STJ > “A existência de vara privativa, instituída por lei estadual, não altera a competência 
territorial resultante das leis do processo”. 
h) Competência em razão do valor da causa: Há regras de competência que são criadas a partir do valor da 
causa. O valor da causa é definido a partir do valor do pedido, um dos elementos da demanda. Um bom 
exemplo de competência em razão do valor da causa é a competência dos juizados Especiais. 
 
Juizado Especial Cível (Estadual) O teto de até 40 salários mínimos. 
Juizado Especial Federal (Cível) O teto de até 60 salários mínimos. 
Juizado Especial da Fazenda Pública O teto de até 40 salários mínimos. 
 
Art. 63 do NCPC: Permite a modificação da competência em razão do valor da causa. É por isso que o sujeito pode 
optar por demandar ou não perante o Juizado Especial Cível, no caso de uma demanda cujo valor é inferior ao do 
teto do Juizado Especial. 
1) Competência Territorial: Traduz a modalidade de competência relativa. Em regra, esta forma de organização 
carrega nomenclaturas diferentes a depender da Justiça em que se propagar. Se for na justiça Estadual, é 
chamada de Comarca, sendo esta caracterizada pela área territorial delimitada por opção do Tribunal de 
Justiça do respectivo Estado, quantificando o número de Varas e suas matérias específicas, a depender do 
número de demandas que a ela foram dirigidas. Existem pontos de apoio auxiliar no recebimento de petições 
em locais mais distantes, onde não há comarcas, obviamente. 
Exceções da Competência Territorial: 
 Relação de Consumo: Se a outra parte entrar com exceção de competência relativa, o juiz 
pode afastar. 
 Bens imóveis: A regra é que o foro é o local onde está o imóvel. 
 Bens móveis: Onde está localizado o bem imóvel, esse deve ser de alto valor. 
Em relação à Justiça Federal a competência territorial é feita através de seção judiciária, que representa a capital do 
respectivo Estado, sendo as subseções os órgãos jurisdicionais do interior do Estado. 
 Prof. Vinicius Lemos 
Pode acontecer de determinada demanda que deveria tramitar na Justiça Federal, ter sua competência delegada 
(com base em um dos incisos da CF). Em localidades onde não houver subseção judiciária, por força do princípio do 
contraditório e da ampla defesa e do direito de ação em sua acepção constitucional. O recurso interposto nesta 
comarca que atendem sede de competência delegada, curiosamente, não irá para o TJ, e sim, para o TRF da 
respectiva região. 
• Competência Delegada (art. 109 da CF): A Justiça Federal joga a competência para a Justiça Estadual, pois você 
irá impor um gasto maior para pessoas de comarcas distantes, a tarefa é impor menos dificuldade. 
• Principais regras de Competência Territorial: 
Art. 46 CPC: A regra geral é o domicílio do réu para as demandas pessoais e para as demandas reais mobiliárias. Caso 
o réu tiver mais de domicílio, fica a critério do autor escolher. 
- Art. 46. A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será 
proposta, em regra, no foro de domicílio do réu. 
§ 1o Tendo mais de um domicílio, o réu será demandado no foro de qualquer deles. 
§ 2o Sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, ele poderá ser demandado onde for 
encontrado ou no foro de domicílio do autor. 
§ 3o Quando o réu não tiver domicílio ou residência no Brasil, a ação será proposta no foro 
de domicílio do autor, e, se este também residir fora do Brasil, a ação será proposta em 
qualquer foro. 
§ 4o Havendo 2 (dois) ou mais réus com diferentes domicílios, serão demandados no foro de 
qualquer deles, à escolha do autor. 
§ 5o A execução fiscal será proposta no foro de domicílio do réu, no de sua residência ou no 
do lugar onde for encontrado. 
Réu com domicílio incerto ou desconhecido: Poderá ser demandado no foro do domicílio onde for encontrado ou no 
foro do domicílio do autor. 
Réu domiciliado no exterior: Ação será proposta no foro do domicílio do autor. 
Art. 101 CDC: O foro é o domicílio do autor – consumidor, mas o beneficiário poderá abrir mão elegendo o foro da 
regra da geral. 
Art. 47 CPC: A regra geral para as ações imobiliárias que o foro é o local onde se encontra o imóvel. 
- Art. 47. Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de 
situação da coisa. 
§ 1o O autor pode optar pelo foro de domicílio do réu ou pelo foro de eleição se o litígio não 
recair sobre direito de propriedade, vizinhança, servidão, divisão e demarcação de terras e 
de nunciação de obra nova. 
§ 2o A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo 
tem competência absoluta. 
Art. 48 CPC: O foro de sucessão ou “de cujus”. A regra geral é o foro de domicílio do autor da herança, competente 
em alguns casos como a partilha, inventário, anulação de partilha extrajudicial... (competência relativa). 
Art. 48. O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o 
inventário, a partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade, a 
impugnação ou anulação de partilha extrajudicial e para todas as ações em que o espólio 
for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro. 
Parágrafo único. Se o autor da herança não possuía domicílio certo, é competente: 
I - o foro de situação dos bens imóveis; 
II - havendo bens imóveis em foros diferentes, qualquer destes; 
III - não havendo bens imóveis, o foro do local de qualquer dos bens do espólio. 
Falecido é réu de litígios: Como de propriedade, vizinhança, servidão, divisão, posse e demarcação de terras, o é de 
competência do domicílio da coisa. 
Se o “de cujus” não tinha domicílio certo: O foro competente será o local dos bens imóveis. 
Art. 49 CPC: O réu é ausente, o foro competente será o seu último domicílio. 
Art. 49. A ação em que o ausente for réu será proposta no foro de seu último domicílio, também competente para a 
arrecadação, o inventário, a partilha e o cumprimento de disposições testamentárias. 
Art. 50 CPC: As ações contra incapaz, competente será o foro do domicílio do seu representante. 
 Prof. Vinicius Lemos 
Art. 50. A ação em que o incapaz for réu será proposta no foro de domicílio deseu 
representante ou assistente 
Se o Estado é o réu: Poderá ser proposta no foro de domicílio do autor, no lugar da ocorrência do fato, na capital do 
ente federativo. 
Art. 53 CPC: Causas que envolvam casamento e união estável. 
 O foro de domicílio do guardião do filho incapaz: Para a ação de divórcio, separação, anulação de casamento, 
reconhecimento ou dissolução de união estável. 
 Não tem filho incapaz: O último domicílio do casal. 
 Se nenhuma das partes residirem no antigo domicílio: Será competente o foro do domicílio do réu. 
Art. 53. É competente o foro: 
I - para a ação de divórcio, separação, anulação de casamento e reconhecimento ou 
dissolução de união estável: 
a) de domicílio do guardião de filho incapaz; 
b) do último domicílio do casal, caso não haja filho incapaz; 
c) de domicílio do réu, se nenhuma das partes residir no antigo domicílio do casal; 
II - de domicílio ou residência do alimentando, para a ação em que se pedem alimentos; 
III - do lugar: 
a) onde está a sede, para a ação em que for ré pessoa jurídica; 
b) onde se acha agência ou sucursal, quanto às obrigações que a pessoa jurídica 
contraiu; 
c) onde exerce suas atividades, para a ação em que for ré sociedade ou associação 
sem personalidade jurídica; 
d) onde a obrigação deve ser satisfeita, para a ação em que se lhe exigir o 
cumprimento; 
e) de residência do idoso, para a causa que verse sobre direito previsto no respectivo 
estatuto; 
f) da sede da serventia notarial ou de registro, para a ação de reparação de dano por 
ato praticado em razão do ofício; 
IV - do lugar do ato ou fato para a ação: 
a) de reparação de dano; 
b) em que for réu administrador ou gestor de negócios alheios; 
V - de domicílio do autor ou do local do fato, para a ação de reparação de dano sofrido em 
razão de delito ou acidente de veículos, inclusive aeronaves 
Demandas cíveis cuja causa de pedir são de ocorrência de violência doméstica: Fica o critério da autora no foro do 
seu domicílio, ou no lugar onde ocorreu o fato, ou domicílio do agressor – COMPETÊNCIA RELATIVA. 
Pensão alimentícia: Será o foro do domicílio ou residência do alimentador competente para apreciá-las. 
Pessoa Jurídica é o demandado: O competente será o juízo onde está sua sede. 
Demanda proposta contra pessoa jurídica: Será proposta em suas respectivas sedes. 
DA INCOMPETÊNCIA 
Se a demanda foi proposta em uma vara em que não é a correta, deve ser alegada ou suscitada a incompetência 
deste órgão para o processamento e julgamento dessa demanda. Afinal, se o órgão não detém a competência, a 
demanda deve ser encaminhada para o órgão correto. 
Art. 64. A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de 
contestação. 
Espécies de incompetência: absoluta e relativa. 
A alegação da incompetência deve ser realizada na preliminar da contestação, ou seja, no primeiro momento em que 
o réu se manifestar em juízo. 
§ 1o A incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição e 
deve ser declarada de ofício. 
Para a alegação de incompetência absoluta, temos a possibilidade de que o juízo manifeste-se de maneira 
oficiosamente, independente da suscitação das partes, o que acaba por contrariar a necessidade de ser arguida em 
 Prof. Vinicius Lemos 
preliminar de contestação pelo réu, contudo se este fizer posteriormente, pode ser multado pela manifestação a 
posterior. 
§ 2o Após manifestação da parte contrária, o juiz decidirá imediatamente a alegação de 
incompetência. 
Há a necessidade de manifestação das partes, ainda que a matéria seja possível de suscitação oficiosa. 
§ 3o Caso a alegação de incompetência seja acolhida, os autos serão remetidos ao juízo 
competente. 
Com a decisão pelo acolhimento da incompetência – qualquer que seja esta – o juízo deve remeter os autos para 
aquele que entender competente para tal desiderato. A princípio, as decisões proferidas até o momento pelo juízo 
incompetente terão validade, podendo, no entanto, serem anuladas. 
§ 4o Salvo decisão judicial em sentido contrário, conservar-se-ão os efeitos de decisão 
proferida pelo juízo incompetente até que outra seja proferida, se for o caso, pelo juízo 
competente. 
Art. 65. Prorrogar-se-á a competência relativa se o réu não alegar a incompetência em 
preliminar de contestação. 
Parágrafo único. A incompetência relativa pode ser alegada pelo Ministério Público nas 
causas em que atuar. 
Na incompetência relativa, há a necessidade de suscitação na contestação, com a preclusão para tal feito, ocorrendo 
a perpetuação da competência. 
• Causas Forum Shopping 
- Há situações em que existem vários foros em princípio competentes (foros concorrentes). Ex.: as ações 
coletivas ressarcitórias em razão de dano nacional podem ser ajuizadas em qualquer capital de Estado e no DF 
(art. 93, II do CDC). 
O fenômeno é muito frequente em estados federais e na União Europeia. - Diante das opções, o autor tem o 
direito potestativo de escolher o foro (forum shopping). Naturalmente, o autor vai escolher o que for mais 
favorável aos seus interesses. O problema é conciliar esse direito com a boa-fé. Exige-se uma competência 
adequada (um juízo adequadamente competente). 
- Para evitar abusos (ex.: a escolha de um juízo que dificulte a defesa do demandado ou impeça o bom 
prosseguimento do processo, sem que o autor aufira vantagens), a doutrina forum non conveniens deixa ao 
arbítrio do juízo acionado a possibilidade de recusar a prestação jurisdicional se entender comprovada a 
existência de outra jurisdição concorrente mais adequada para atender aos interesses das partes. Tal 
possibilidade encontra amparo na regra da Kompetenzkompetenz. 
Modificação da competência 
CASOS DE MODIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA: 
 Não Alegação De Incompetência Relativa 
 Foro De Eleição 
 Conexão E Continência 
 Prevenção 
CONEXÃO E CONTINÊNCIA  regra cogente: ambas modificam a competência relativa porque impõem a reunião de 
causas no juízo prevento, onde serão decididas simultaneamente (art. 58). 
Art. 54. A competência relativa poderá modificar-se pela conexão ou pela continência, 
observado o disposto nesta Seção. 
Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a 
causa de pedir. 
§ 1o Os processos de ações conexas serão reunidos para decisão conjunta, salvo se um deles 
já houver sido sentenciado. 
§ 2o Aplica-se o disposto no caput: 
I - à execução de título extrajudicial e à ação de conhecimento relativa ao mesmo ato 
jurídico; 
II - às execuções fundadas no mesmo título executivo. 
 Prof. Vinicius Lemos 
§ 3o Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de 
prolação de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, mesmo 
sem conexão entre eles. 
 CONEXÃO Requisitos: mesma CAUSA DE PEDIR OU PEDIDO (art. 55). Efeito: reunião dos processos para 
decisão conjunta, SALVO DE UM DELES JÁ HOUVER SIDO SENTENCIADO (§1º). 
Atenção: serão reunidos para julgamento conjunto processos que possam GERAR RISCO DE PROLAÇÃO DE DECISÕES 
CONFLITANTES OU CONTRADITÓRIAS CASO DECIDIDOS SEPARADAMENTE, MESMO SEM CONEXÃO ENTRE ELES (art. 
55, §3º). Duas hipóteses: a) A mesma relação jurídica está sendo discutida nas duas ações. Ex.: ação de despejo por 
falta de pagamento e ação de consignação em pagamento dos mencionados alugueres. b) Diversas relações jurídicas 
estão sendo discutidas, mas entre elas há um vínculo de prejudicialidade ou preliminaridade. Ex.: a investigação de 
paternidade e a ação de alimentos são relações jurídicas distintas, mas umbilicalmente ligadas. 
 CONTINÊNCIA Requisitos: mesmas PARTES e CAUSA DE PEDIR, mas o pedido de uma ação é mais amplo e 
abrange o das demais (art. 56). Exemplo: na ação A, pede-se a anulação de um contrato e, na ação B, a anulação de 
uma cláusula do mesmo contrato. A ação A (continente) engloba a ação B (contida). A CONTINÊNCIA É UM EXEMPLO 
DE CONEXÃO. 
Art. 56. Dá-se a continência entre 2 (duas)ou mais ações quando houver identidade quanto 
às partes e à causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das 
demais. 
Art. 57. Quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta anteriormente, 
no processo relativo à ação contida será proferida sentença sem resolução de mérito, caso 
contrário, as ações serão necessariamente reunidas. 
Art. 58. A reunião das ações propostas em separado far-se-á no juízo prevento, onde serão 
decididas simultaneamente. 
 
Conexão Tem como a característica a presença da mesma causa de pedir ou 
objeto em demandas diferentes, impondo a necessidade da reunião de 
duas causas em uma só, com o intuito de evitar decisões conflitantes 
sobre o mesmo assunto e, consequentemente, em insegurança jurídica. 
Na conexão, a identidade das partes é irrelevante. 
Continência Configura-se pelos mesmos elementos que a conexão, porém com 
identidade de partes obrigatória. Neste instituto, uma das causas é 
mais abrangente que a outra, sendo que uma fagocita a outra. – Objeto 
e partes são semelhantes. 
Conexão por 
prejudicialidade 
Uma demanda atrapalha o decorrer da outra. 
 
PREVENÇÃO  é um mecanismo de integração em casos de conexão: é o instrumento para que se saiba em qual juízo 
serão reunidas as causas conexas. - O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo (art. 59). 
OUTRAS REGRAS  são dois casos: a) A ação acessória será proposta no juízo competente para a ação principal (art. 
61). É a “conexão por acessoriedade”. b) Se o imóvel se achar situado em mais de um Estado, comarca, seção ou 
subseção judiciária, a competência territorial do juízo prevento estender-se-á sobre a totalidade do imóvel (art. 60). 
Trata-se de uma mitigação ao princípio da territorialidade da jurisdição. 
Art. 59. O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo. 
Art. 60. Se o imóvel se achar situado em mais de um Estado, comarca, seção ou subseção 
judiciária, a competência territorial do juízo prevento estender-se-á sobre a totalidade do 
imóvel. 
Art. 61. A ação acessória será proposta no juízo competente para a ação principal. 
Art. 62. A competência determinada em razão da matéria, da pessoa ou da função é 
inderrogável por convenção das partes. 
Art. 63. As partes podem modificar a competência em razão do valor e do território, 
elegendo foro onde será proposta ação oriunda de direitos e obrigações. 
 Prof. Vinicius Lemos 
§ 1o A eleição de foro só produz efeito quando constar de instrumento escrito e aludir 
expressamente a determinado negócio jurídico. 
§ 2o O foro contratual obriga os herdeiros e sucessores das partes. 
§ 3o Antes da citação, a cláusula de eleição de foro, se abusiva, pode ser reputada ineficaz 
de ofício pelo juiz, que determinará a remessa dos autos ao juízo do foro de domicílio do 
réu. 
§ 4o Citado, incumbe ao réu alegar a abusividade da cláusula de eleição de foro na 
contestação, sob pena de preclusão. 
• Competência da Justiça Federal: 
 A competência da Justiça Federal é constitucional e taxativa, não comportando ampliação por norma 
infraconstitucional. 
Competência dos juízes federais em razão da pessoa (Art. 109/CF): 
I- As causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal quando forem autoras ou 
réus. 
OBS: Caso o processo esteja correndo perante outra Justiça, se nele intervir a União, empresa, entidade, os autos do 
processo serão remetidos ao juízo federal competente. 
ENUNCIADO 254 da Súmula do STJ: “A decisão do juízo federal que exclui da relação processual o ente federal não 
pode ser reexaminada no juízo estadual”. 
Enunciado 66 da Súmula do STJ: “Compete a Justiça Federal processar e julgar execução fiscal promovida por 
Conselho de Fiscalização Profissional”. 
ENUNCIADO 42 do STJ: “Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar as causas cíveis em que é parte, na 
sociedade de economia mista e os crimes praticados em seu detrimento”. 
OBS: Ou seja, a Justiça Federal é incompetente para processar e julgar causas em que a sociedade de economia mista 
seja parte do terceiro. 
*A presença do MPF equivale à presença da União para fim de determinação de competência da 
Justiça Federal? 
Não, nada na CCF indica que o MPF somente pode demandar na Justiça Federal, e também, nada indica 
uma equiparação entre MPF e União. 
OBS: Não há qualquer regra jurídica que impeça a atuação do MPF perante a Justiça Federal. 
*Existem quatro tipos de causas que não competem à Justiça Federal, mesmo se dela fizer parte um ente federal: 
• Falência: É um processo de execução coletiva que se caracteriza pela universalidade, os 
credores concorrem em igualdade a natureza do seu crédito; 
• Acidentes de trabalho: Quando ocorre um acidente de trabalho surgem duas pretensões ao 
trabalhador: uma do seguro social (INSS) e a outra contra o empregador; 
• Justiça Eleitoral: Causas eleitorais competem à Justiça Estadual; 
• Justiça do Trabalho: Causas relacionadas às relações de emprego envolvendo servidores 
públicos competem à Justiça do Trabalho. 
 As causas envolvendo pessoa residente no Brasil contra Estado estrangeiro ou organismo internacional (ONU, 
OMC, OMS) devem tramitar na Justiça Federal, ressalvada a competência da Justiça Federal; 
 Compete aos Juízes federais processar e julgar Mandado de Segurança e Habeas Data contra ato de 
autoridade federal; 
 Compete aos juízes federais executar sentença estrangeira e cumprir carta rogatória; 
 Compete à Justiça Federal processar e julgar causas fundadas em contratos internacionais ou tratados 
firmados pela União; 
OBS: Causas de ação de alimentos, envolvendo sujeito de países diferentes. 
 Julgar causas relativas à grave violação dos direitos humanos; 
 Toda a ação que verse sobre direitos indígenas; 
 Causas referentes à nacionalidade e naturalização. 
 
• Roteiro proposto por Nelson Nery jr. e Rosa Nery para delinear a competência: 
a) verificar se a justiça brasileira é competente para julgar a causa (arts. 21-23 do CPC); 
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b) se for, investigar se é o caso de competência originária de Tribunal ou de órgão jurisdicional atípico 
(Senado Federal: art. 52, I e 11, CF/1988; Câmara dos Deputados: art. 51, I, CF/1988; Assembleia 
Legislativa estadual para julgar governador de Estado); 
c) não sendo o caso, verificar se é afeto à justiça especial (eleitoral, trabalhista ou militar) ou justiça 
comum; d) sendo competência da justiça comum, verificar se é da justiça federal (arts. 108-109, 
CF/1988), pois, não sendo, será residualmente 
da estadual; 
e) sendo da justiça estadual, deve-se buscar o foro competente, segundo 
os critérios do CPC (competência absoluta e relativa, material, funcional, valor da causa e territorial); 
f) determinado o foro competente, verifica-se o juízo competente, de acordo com o sistema do CPC 
(prevenção, p. ex.) e das normas de organização judiciária. 
• Conflito de competência 
É o fato de dois ou mais juízes se darem por competentes (conflito positivo, art. 66, I, CPC) ou incompetentes 
(conflito negativo, art. 66, 11, CPC) para o julgamento da mesma causa ou de mais de uma causa (em caso de reunião 
por conexão, art. 66, 111, CPC). O conflito deve ser dirimido, para que apenas um seja declarado competente e possa 
julgar a(s) causa(s). 
 Conflito positivo de competência: existência de dois juízos que se declaram competentes para o julgamento 
da demanda. 
 Conflito negativo de competência: existência de dois juízos que se declaram incompetentes para o 
julgamento da demanda. 
- A competência para julgar o conflito de competência será sempre de um tribunal. O STF tem competência sempre 
que, no conflito, estiver envolvido um tribunal superior. É o que determina o art. 102, I, "o", da CF/1988: "os conflitos 
de competência entre o Superior Tribunal de justiça e quaisquer tribunais, entre Tribunais Superiores, ou entre estes 
e qualquer outro tribunal". Trata-se de uma competência determinada em razão da pessoa:a presença de um 
tribunal superior como um dos juízos conflitantes faz com que a causa seja da competência do STF. 
Os Tribunais de justiça e os Tribunais Regionais Federais devem processar e julgar os conflitos de competência entre 
juízes a eles vinculados. Se o conflito envolver juízes vinculados a tribunais diversos, a competência será do STJ. 
Art. 66. Há conflito de competência quando: 
I - 2 (dois) ou mais juízes se declaram competentes; 
II - 2 (dois) ou mais juízes se consideram incompetentes, atribuindo um ao outro a 
competência; 
III - entre 2 (dois) ou mais juízes surge controvérsia acerca da reunião ou separação de 
processos. 
DA COOPERAÇÃO NACIONAL 
Os órgãos judiciários brasileiros, de qualquer competência e espécie, devem cooperar entre si. 
Art. 67. Aos órgãos do Poder Judiciário, estadual ou federal, especializado ou comum, em todas as instâncias e graus 
de jurisdição, inclusive aos tribunais superiores, incumbe o dever de recíproca cooperação, por meio de seus 
magistrados e servidores. 
Art. 68. Os juízos poderão formular entre si pedido de cooperação para prática de qualquer 
ato processual. 
Art. 69. O pedido de cooperação jurisdicional deve ser prontamente atendido, prescinde de 
forma específica e pode ser executado como: 
I - auxílio direto; 
II - reunião ou apensamento de processos; 
III - prestação de informações; 
IV - atos concertados entre os juízes cooperantes. 
§ 1o As cartas de ordem, precatória e arbitral seguirão o regime previsto neste Código. 
§ 2o Os atos concertados entre os juízes cooperantes poderão consistir, além de outros, no 
estabelecimento de procedimento para: 
I - a prática de citação, intimação ou notificação de ato; 
II - a obtenção e apresentação de provas e a coleta de depoimentos; 
III - a efetivação de tutela provisória; 
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IV - a efetivação de medidas e providências para recuperação e preservação de empresas; 
V - a facilitação de habilitação de créditos na falência e na recuperação judicial; 
VI - a centralização de processos repetitivos; 
VII - a execução de decisão jurisdicional. 
§ 3o O pedido de cooperação judiciária pode ser realizado entre órgãos jurisdicionais de 
diferentes ramos do Poder Judiciário. 
 Carta Precatória: é a forma de comunicação realizada entre juízes de uma comarcas distintas (ambos juízes 
da mesma hierarquia), sendo uma forma a colaboração entre juízes, visando o cumprimento dos atos 
judiciais. A carta precatória é utilizada quando as partes de um processo, residem em comarcas diferentes. 
 Carta Rogatória: é similar à carta precatória, mas se diferencia desta por ter caráter internacional, ou seja, é 
um instrumento jurídico de cooperação de um juiz brasileiro para o juiz de outro país. 
 Carta de Ordem: é a ordem de um tribunal superior para um tribunal ou juiz de hierarquia inferior. 
IMPORTANTE 
Carta de Ordem Carta Precatória Carta Rogatória 
Juiz hierarquicamente 
superior expede esta carta 
para outro Juiz de hierarquia 
inferior, para que este 
pratique o ato necessário. 
Ex: O TJ envia uma carta para 
o juiz de direito. 
Aquela que a diligencia 
requisitada tem que ser 
cumprida por Juiz da mesma 
hierarquia. O juiz deprecante é 
aquele que expede a carta, já o 
Juiz deprecado, é aquele que 
recebe. 
São atos realizados em 
juízos de jurisdição 
diferentes. (Países) 
Ex: O réu domiciliado no 
exterior.

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