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FILO APICOMPLEXA • Todos representantes – vida parasitária; • Presença do complexo apical (anel polar - fixação, rooptrias – vesículas com substâncias, micronemas e microtúbulos); • Núcleo único; • Flagelos e cílios ausentes; • Alguns gêneros – presença dos cistos; • Reprodução sexuada e assexuada. TAXONOMIA • Reino: Protozoa • Filo: Apicomplexa • Classe: Coccidea • Ordem: Piroplasmida • Família: Babesiidae • Gênero: Babesia spp. • Família: Theileriidae • Gênero: Theileria spp. FILO APICOMPLEXA • Ordem Piroplasmida; Família Babesiidae; Babesia spp. FILO APICOMPLEXA Família Theileriidae; Theileria spp. Teileriose bovina, Febre da Costa Oriental . Ordem Piroplasmida • Heteroxenos; • Pleomórficos – piriformes, amebóides, arredondados, alongados; • Locomoção – flexão ou deslizamento; • Reprodução assexuada - fissão binária ou esquizogonia em eritrócitos ou células sanguíneas de mamíferos. Ciclo Evolutivo Carrapatos Família Babesiidae • Gênero Babesia – descoberto por Victor Babés, patologista romeno em 1888; • São piriformes, redondos ou ovais; • Parasitam eritrócitos, linfócitos, histiócitos, eritroblastos ou outras células sanguíneas dos mamíferos; • Parasitam vários tecidos dos carrapatos, onde ocorre a esporogonia; • Complexo apical: anel polar, rooptrias, micronema e microtúbulos. • Complexo apical: Anéis polares: suporte e locomoção; Micronemas e rooptrias: penetração na célula do hospedeiro. • Nos eritrócitos – trofozoítos piriformes, arredondados ou irregulares - normalmente aos pares unidos pela extremidade mais afilada; • Ciclo biológico – tipo de babesia e tipo de hospedeiro invertebrado; Hospedeiros vertebrados: bovinos, ovinos, equinos, suínos, caninos, felinos, galiniformes e homem; Hospedeiros invertebrados: Fam. Ixodidae. Espécies e Hospedeiros • BOVINOS– Babesia bigemina, B. bovis, B. divergens, B. major; • OVINOS – B. motasi, B. foliata, B. taylori; • EQUINOS – B. cabali, B. equi = Theileria equi; • CANINOS – B.canis canis, B. canis vogeli, B. canis rosi; B. gibsoni • SUÍNOS – B. trautmani, B. perroncitoi • FELINOS – B. felis • GALINÁCEOS – B. moshkovskii • HUMANOS – B. microti. Espécies de Babesias • Grandes: mais de 3µ comprimento (2,5 a 5µ); • B. bigemina, B. canis, B. caballi, B. motassi, B. canis vogeli, B. trautmani. • Pequenas: com menos de 3µ de comprimento (1,0 a 2,5µ); • B. bovis, B. equi, B. gibsoni, B. foliata, B. taylori, B. perroncitoi. CICLO BIOLÓGICO MONTEIRO (2011) 1 – Inoculação de merozoíto no hospedeiro suscetível penetração nas hemácias; 2 – Dentro da hemácia merozoíto trofozoíto 3 – Trofozoíto inicia divisão binária ou esquizogonia 4 – Formação de merozoíto dentro da hemácia 5 – Destruição da hemácia e liberação de mais merozoítos CICLO BIOLÓGICO 6 – Liberação dos merozoítos 7 – Invasão de novas células e pode continuar fazendo esquizogonia ou formar gametócitos masculinos e feminos 8 – Fêmea do carrapato ao se alimentar ingere sangue infectado com merozoíto e gametócitos, os merozoítos serão destruídos no tubo digestivo e os gametócitos darão continuidade ao ciclo CICLO BIOLÓGICO 9 – Gametogonia no carrapato 10 – união dos gametas 11 – Formação do zigoto móvel (oocineto) 12 – penetração do oocineto no epitélio digestivo do carrapato – originam esporocinetos 13 – esporocinetos via hemolinfa seguem para diferentes tecidos do carrapato (intestino, musculatura, ovário) CICLO BIOLÓGICO 14 – Ocorre esporogonia 15 – Os esporocinetos que atingem o útero vão invadir os ovos (transmissão transovariana), 16 – Esporogonia no tecido das larvas 17 – esporocinetos seguem para gl. salivar formação de estágios infectantes (esporozoítos) 18 – esporozoítos liberados dentro do ducto salivar do carrapato 19 – inoculação dos esporozoítos pelo carrapato Ciclo Biológico - Carrapato Monoxeno – FORTES (2004) • Ingestão das babesias pela fêmea do carrapato; • Penetração e multiplicação nas células epiteliais do intestino - rompem as células e caem na hemocele; • Penetração e multiplicação em diversos tecidos do carrapato; • Penetração nos oócitos e infecção dos ovos; • Desenvolvimento na hemocele das larvas, ninfas e adultos dependendo do tipo de babesia; • Penetração e multiplicação nas gl. salivares; • Transmissão ao hospedeiro vertebrado. Ciclo Biológico - Carrapato Trioxeno – FORTES(2004) • Carrapatos de mais de um hospedeiro - parasitos também podem ser transmitidos pelos diversos estágios de uma mesma geração; • Babesias ingeridas pela larva - transmitidas pela ninfa; • Se ingeridas pela ninfa - transmitidas pelo adulto. INGESTÃO DE MEROZOÍTOS – GRANDE PARTE SÃO DESTRUÍDOS Os que sobrevivem NINFA HEMOCELE ESQUIZOGONIA HEMOLINFA LARVA ADULTO HEMOCELE E HEMOLINFA OVÁRIO E OVOS (MULT, ÷ BINÁRIA) LARVA(ESQ E ÷ BINÁRIA) INOCULAÇÃO NO CANINO MIGRAÇÃO PARA OS MÚSCULO ÷ BINÁRIA MIGRAÇÃO GL. SALIVAR ÷ BINÁRIA INOCULAÇÃO NO CANINO NINFA HEMOCELE ESQUIZOGONIA HEMOLINFA MIGRAÇÃO PARA OS MS.÷BINÁRIA ADULTO MIGRAÇÃO GL. SALIVAR ÷ BINÁRIA INOCULAÇÃO NO CANINO Babesiose dos Bovinos • No Brasil: Babesia bovis Babesia bigemina Babesia bigemina • Trofozoítos piriformes e bigeminados 4 – 5 µ; • Hospedeiro vertebrado: bovinos; • Hospedeiro invertebrado: Rhipicephalus (Boophilus) microplus; • Alta parasitemia. Babesia bovis • Pequena babesia - 2µ de comprimento, mais patogênica; • Formação de trombos nas vísceras - sintomas nervosos (forma cerebral); • Hospedeiros vertebrados: bovinos; • Hospedeiro invertebrado: carrapato Rhipicephalus (Boophilus) microplus. Babesia caballi • Grande babesia - 3µ; • Hospedeiro vertebrado: equinos e asininos; • Presença de um a dois trofozoítos dentro da hemácea podendo ser arredondados ou piriformes • Hospedeiro invertebrado: Amblyomma spp. (trioxeno), Rhipicephalus sanguineus (trioxeno) e Anocentor nitens (monoxeno); • Localização: eritrócitos e células epiteliais do hospedeiro invertebrado. Epidemiologia •Zebuínos são “mais resistentes” ?; • Manejo; •Terneiros – contato com carrapato; •Controle excessivo do Rhipicephalus (Boophilus) microplus; • Grande número de carrapatos alimentando- se em um animal ao mesmo tempo - inoculação elevada - resistência adquirida pode ser ultrapassada - doença ocorre. Fatores que interferem na transmissão • A temperatura interfere na transmissão transovariana. • A porcentagem de ovos infectados é mais baixa quando as teleóginas são incubadas a baixas temperaturas, sendo completamente inibidas em temperaturas inferiores a 20⁰C. Aspectos imunológicos Bezerros imunidade passiva + 3 meses. Animais jovens reagem melhor a enfermidade. Babesias dos cães • Anteriormente B. canis - diferenças genéticas, morfológicas e biológicas levaram a três subespécies: Babesia canis canis - patogenicidade moderada, descrita na Europa, transmitida por Dermacentor reticulatus; Babesia canis rossi - altamente patogênica, descrita na África do Sul, transmitida pelo Haemophysalis leach; Babesia canis vogeli – 4 a 5 µ, altamente patogênica, ciclo: caninos e R. sanguineus. Localiza-se nos eritrócitos, transmissão transestadial e transovariana. Babesias dos suínos • Babesia trautmani: grande babesia descrita na África e Europa, carrapato vetor Rhipicephalus turanicus, R. (Boophilus) decoloratus; • Babesia perroncitoi: pequena babesia, Rhipicephalus sanguineus e Dermacentor reticulatus. Babesias dos felinos • Achados esporádicos - países da Europa, África e Ásia; mais frequente na África do Sul; • Brasil poucos relatos; • B. herpailuri e B. pantherae - grandes babesias que acometem naturalmente felinos selvagens na África e experimentalmente felinos domésticos. Babesias dos felinos • Babesias causadoras de infecções naturais nos gatos são: B. felis e B. leo na África, B. cati na Índia, B. canis canis na Espanha e Portugal, B. microti-like em Portugal e B. canis presentii em Israel; B. felis é considerada a mais frequente. Ela é considerada uma pequena babesia, altamente patogênica, que usualmente ocorre em gatos com menos de três anos de idade sem predileção de sexo ou raça. Babesias em humanos • Primeira descrição na Europa em um agricultor que não tinha baço agente foi identificado como Babesia divergens; • Babesia microti, parasito de roedores que em 1968 foi descrito em humanos nos EUA; • A cada ano novas espécies vem sendo descrita no homem causando diferentes manifestações clínicas. Patogenia •Ação mecânica => destruição das hemácias pela divisão dos merozoítos => fagocitose; • São fagocitadas também as hemácias marcadas em sua superfície pelo complemento. • Aumenta fragilidade das hemácias novas => anemia grave (hemólise intravascular) => hemoglobinemia => lesões renais => hemoglobinúria. •Ação tóxica elaboração e excreção de produtos tóxicos pelo metabolismo dos “zoítos” ativação da calicreína Aumento da permeabilidade capilar perda de produtos da degradação do fibrinogênio microtrombos Coagulação intravascular disseminada estase circulatória, edema, anóxia e choque. •Ação espoliativa compete por determinadas substâncias com o organismo do hospedeiro - hemoglobina. Lesões macroscópicas • Anemia • Icterícia • Espleno e hepatomegalia • Rins congestionados e com petéquias • Pequenas hemorragias nas serosas, endocárdio, epicárdio • Intestino - hemorragias e enterite. Sinais clínicos •Febre 41 a 42 ºC; •Mucosas ictéricas; •Anemia (sangue aquoso); •Prostração; •Inapetência; •Desidratação; •Diarreia ou coprostase; •Hemoglobinúria. Sinais clínicos Forma cerebral • Excitação nervosa; • Incoordenação motora; • Sialorréia; • Andar vacilante. FAMÍLIA THEILERIIDAE Características Gerais • Complexo apical reduzido; • Esquizogonia em linfócitos, histiócitos e eritoblastos e divisão por cissiparidade em eritrócitos; • Ciclo evolutivo heteroxeno. Espécies e Hospedeiros • Theileria equi (Babesia equi) Hospedeiro vertebrado: equinos; Hospedeiro invertebrado: Amblyomma spp., Rhipicephalus sanguineus, Anocentor nitens, no Brasil Rhipicephalus (Boophilus) microplus; • Localização: linfócitos e eritrócitos Ciclo Biológico T. equi Ciclo Biológico T. equi • Ao serem inoculados, os esporozoítos penetram em linfócitos e fazem esquizogonia originando merozoítos; • Ausência de transmissão transovariana nos carrapatos vetores; • Formação de estrutura característica de quatro babesias dentro da hemácia (cruz de malta), podem ser encontradas até oito babesias. Espécies e Hospedeiros • Theileria parva Hospedeiro vertebrado: zebuínos e bubalinos Hospedeiro invertebrado: Rhipicephalus spp. e Hyalomma spp. Distribuição geográfica: Costa Oriental da África. • Theileria mutans Hospedeiro vertebrado: bovinos; Hospedeiro invertebrado: Rhipicephalus spp. e Amblyomma spp. Distribuição geográfica: África, Ásia, Austrália e América Central. Espécies e Hospedeiros • Theileria lawrencei Hospedeiros vertebrados: bovinos e bubalinos; Hospedeiro invertebrado: carrapatos do gênero Rhipicephalus spp. Distribuição geográfica: zona central e oriental da África; Ciclo Biológico T. parva
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