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Portfólio Fundamentos Gestão 2 CICLO

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Itamar Jesus de Souza- 8048409
ATIVIDADE 
(Portfólio Ciclo 2)
								
Centro Universitário Claretiano
Licenciatura em Educação Física
Disciplina: Fundamentos e Métodos da Gestão Escolar 
Tutora: Alexandre José Cruz
Bragança paulista-SP
2019
CENTRO UNIVERSITÁRIO CLARETIANO
	Curso: Licenciatura em Educação Física
	Disciplina: Fundamentos e Métodos da Gestão Escolar
	Tutor: Alexandre José Cruz
	R.A.: 8048409
	Aluno: Itamar Jesus de Souza
	Turma:
DGEFL1801BAPA0O
ORIENTAÇÕES PARA A ATIVIDADE
É fato que a LDB 9394/96 orientou as políticas educacionais do Brasil, mudando as características organizacionais das escolas públicas. Contudo, a partir da leitura realizada de SOUZA (2003), podemos observar a existência de uma discussão ampla do poder dentro da escola, e que toma dimensão relevante na identificação do que é exatamente essa instituição escolar e sua gestão.
Assim, na primeira etapa, procure desenvolver uma análise de como o autor coloca a sua atenção para o aspecto padronizador das reformas educacionais na América Latina e de como é levantado o conceito de “reforma educacional”. Após isso, em uma segunda etapa, trace um resumo crítico sobre as reformas descentralizadoras, como são abordados os conceitos e todo o processo que implica a autonomia escolar.
ANÁLISE
O autor mostra uma preocupação de como tem se dado ás reformas e como elas chegam às escolas, nesse sentido Souza (2013) expõe que “as famílias dos alunos, por exemplo, não têm sido vistas como sujeitos de decisão dentro da instituição escolar, mas tão somente como legitimadores de um determinado conceito de gestão escolar.” Isso mostra que com as reformas os familiares estão deixando de frequentar a escola e participar das decisões.
Outro ponto importante a se destacar é que as reformas traz mais poderes a quem já era forte um exemplo é o estado, isso fara que a escola perca força pôr si só, sobre isso Souza (2013), “mostra que, escola, perderá provavelmente alguma consistência interna, possibilitando a atores mais poderosos, donde se destaca o Estado, imporem outro ordenamento através de regras e papéis que estejam mais de acordo com a sua ideologia organizacional”. 
Mas por trás dessas reformas tem um responsável, que no caso é o banco mundial, o qual é contestado por não dividir a renda de forma justa entre os países da América latina, sobre isso (SOUZA, 2013, apud. ESTEVÃO, 1995, p. 440, 1996) fala que “as condições objetivas para a implementação das suas determinações pelos diferentes países não são iguais. Ou seja, há que se levar em conta as diversidades políticas, sociais etc., dos distintos países que buscam crédito junto ao banco”. Junto a isso, um documento do banco mundial, diz o seguinte; “O documento do Banco Mundial afirma que a prioridade dos financiamentos deve estar vinculada à educação formal, e mais especialmente à educação elementar ou básica. Desta forma, demais níveis e modalidades educacionais devem buscar financiamento em outras fontes”. Souza (2013). Nesta parte o autor nos trouxe que o banco financia poucos gastos em países pobres, mas mesmo assim tem um grande poder sobre os mesmos. 
Sobre o gerenciamento desses recursos destinados a educação Souza (2013), nos mostrar uma avaliação do banco sobre o assunto, “O gerenciamento dos recursos financeiros, na avaliação do banco, deve ser de responsabilidade mais descentralizada/desconcentrada, incentivando- se as instituições educacionais a se tornarem as mais autônomas possíveis”. Nesse contexto é inserida assim a gestão de qualidade que é medida por indicadores que já são padronizados.
Souza (2003) conceituou as reformas educacionais trazendo para o texto alguns autores importantes que falaram sobre o assunto, iniciando com (SOUZA, 2013, apud. POPKEWITZ 1997, p. 21) que diz que “as reformas educacionais são como instrumentos cujo objetivo e o de favorecer o desenvolvimento econômico e as mudanças nos padrões culturais, de ante da finalidade de uma solidariedade nacional, considerada ainda como ponto de estratégia para a modernização das instituições escolares”. 
O autor também atribuiu a ideia de mudança com relação à reforma. No ponto de vista que mudança tende ao objetivo de “redefinir as condições sociais, de forma a possibilitar ao indivíduo a demonstração de atributos, habilidades ou efeitos específicos considerados como os resultados esperados dessa mudança planejada” (SOUZA, 2013, apud. POPKEWITZ 1997, p. 26). Segundo o autor nem sempre as mudanças ocorrem como o esperado, porque essas reformas chegam às escolas para ser algo inovador e transformador e pelo jeito que são feitas muitas vezes, acabam não funcionando, sendo poucas que conseguem o objetivo de ajudar a educação.
E segundo Souza (2003) as conclusões do autor “apontam para o entendimento das reformas educacionais não como um conjunto de ações necessariamente progressistas, mesmo porque não o são, mas sim como” “objeto das relações sociais” (SOUZA, 2013, apud. POPKEWITZ 1997, p. 259). Essas relações sociais, a princípio propiciadoras de democracia, acabam tornando-se, com o catalisador das reformas, restritivas à participação das pessoas.
Souza (2003) concluiu que houve sim uma diminuição de valores investidos nas escolas, o que faz que tenha menos recursos para os alunos, por outro lado ouve um aumento do apoio local.
Resumo
Souza (2013) buscou embasamento em varias obras para conceituar descentralização e em geral ele nos mostra que a descentralização é o ato de atribuir decisões a órgãos que não são do poder central. No ambiente escolar descentralização seria dizer que a escola tem o direito de atuar em aspectos como administração inclusive dos financiamentos, elaboração do currículo local, gestão educacional e permite a escolha democrática de seus representantes.
O autor propôs ainda uma observação sobre a atuação da descentralização em um processo de autonomia artificial, onde na maioria das vezes as escolas são livres para a tomada de decisões, mas que levam a resolução dos principais problemas que a escola apresenta objetivando resultados impostos inclusive pelas instituições de financiamento. E essa autonomia construída traz ideia de que a escola autônoma não é aquela com viabilidade de independência dos que estão a sua volta, pelo contrário, a escola autônoma é aquela que procede considerando todos os sujeitos ao seu redor (SOUZA, 2013, apud. RIOS, 1995). 
Em contra ponto o autor nos trás a desconcentração que segundo Souza (2003) vai ao sentido contrário, a descentralização, “a desconcentração que apenas transfere responsabilidades e constitui novas funções para a escola, mas mantém o poder de decisão concentrado no sistema – não estende suas ações no campo político da necessidade de tomada de decisões pela escola”. Outro autor mostra a diferença entre as duas partes; Descentralização é o fato de “...confiar poderes de decisão a órgãos diferentes daqueles do poder central, que não estão submetidos ao dever de obediência hierárquica, e que contam com autoridades democraticamente eleitas” (SOUZA, 2013, apud CASASSUS, 1995, p. 82). Desconcentração é uma dinâmica que “...reflete processos cujo objetivo é assegurar a eficácia do poder central (...). Desta maneira, a desconcentração reflete um movimento cujo sentido é de ‘cima para baixo’” ((SOUZA, 2013, apud CASASSUS, 1995, p. 82).
O Autor também nos mostra como pode ser favorável a descentralização; Souza (2003) diz que Além das questões financeiras e administrativas, talvez o argumento mais enfático em favor da descentralização esteja relacionado à suposta ampliação da autonomia da escola, uma vez que, com a transferência das responsabilidades e com a consequente constituição de novas competências na escola, supõe-se que o seu poder de decisão, ou ainda, a sua liberdade de gestão, seja amplificada. Mas, na verdade, a autonomia pode estar sendo artificializada.
	 O autor conclui dizendo que as reformas não são trazidas da forma que são apresentadas, e também não nos mostram uma mudança geral na maneirade gerir uma escola, mas ressalta que há pequenas mudanças feitas por essas reformas que contribuem de alguma forma para a educação, isso faz com que alguns pontos que não estavam ligados a gestão voltem a ser olhado de uma outra forma. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SOUZA, A. G. Editora UFP. Reformas educacionais: descentralização, gestão e autonomia escolar. Educar, Curitiba, n. 22, p. 17-49, 2003.

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