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Doença Periodontal X Diabetes Mellitus Angélica Fontana Gabriela Ceron Heloísa Nesello Maria Fernanda Alabra Raffaela Lopes Diabetes Mellitus É uma doença patológica de origem endógena que provoca inúmeras alterações de ordem sistêmicas. O Diabetes influencia na instalação e progressão da DP, dificuldade cicatricial e alterações metabólicas da glicose. Caracteriza-se por hiperglicemia e glicosúria (glicose na urina). MADEIRO, Anagélica Tolentino et.al, 2005. O Diabetes Mellitus é uma das doenças mais frequentesnas sociedades modernas; Reflete uma distorção no equilíbrio entre a utilização de glicose pelos tecidos, liberação de glicose pelo fígado, produção e liberação de hormônios pancreáticos. MADEIRO, Anagélica Tolentino et.al, 2005. Fonte: Google Imagens A insulina é um hormônio proteico cujas funções principais são: 1. Impedir que a taxa de açúcar no sangue venha ultrapassar 160-180 mg/dl; 2. Armazenar glicose no fígado e nos músculos através do glicogênio; 3. Participar do crescimento ósseo e muscular; MADEIRO, Anagélica Tolentino et.al, 2005 Diabetes Mellitus Tipo 1: produção reduzida de insulina. -10 a 20% dos pacientes com DM são insulina dependentes Diagnosticados antes dos 21 anos. É mais grave do que a do Tipo II, complicações mais presentes. Geralmente associado a um fator hereditário. É sempre sintomático. Carranza, 2011 POLIÚRIA POLIFAGIA POLIDIPSIA Fonte: Google Imagens Tipo 2: causada por deficiência da insulina. Controle da dieta, uso de agentes hipoglicemiantes orais. Sintomas surgem após 40 anos; Relacionada a obesidade e envelhecimento 90% dos diabéticos são do tipo II Carranza, 2011 Diabetes Mellitus Manifestações Periodontais no Paciente Diabético O fator determinante da doença periodontal é o BIOFILME DENTAL, cujos efeitos são agravados frente às alterações histopatológicas e metabólicas; Alterações no ambiente subgengival, tais como aumento do níveis da glicose no fluido crevicular gengival, favorecem o crescimento de algumas espécies bacterianas. MADEIRO, Anagélica Tolentino et.al, 2005 Manifestações Periodontais no Paciente Diabético O difícil controle da cicatrização tecidual no diabetes ocorre da presença de hiperglicemia, microangiopatias, acidez metabólica, fagocitose ineficaz pelos polimorfonucleares e macrófagos. MADEIRO, Anagélica Tolentino et.al, 2005 Manifestações Periodontais no Paciente Diabético Nos pacientes diabéticos estão presentes: -Alterações vasculares na gengiva, facilitando a maior frequência de doença periodontal; -Apresentam gengivites com maior frequência do que pacientes saudáveis; -A placa bacteriana parece ser um fator determinante para o agravamento dos problemas periodontais associados a alterações teciduais. MADEIRO, Anagélica Tolentino et.al, 2005 Efeitos periodontais e Orais Diabetes mal controlada: Diminuição do fluxo salivar, queimação na boca ou na língua, aumento da acidez do meio bucal, aumento da viscosidade salivar. Diabéticos que usam agentes hipoglicêmicos (metformina, glimepirida): xerostomia>Infecções oportunistas (Candida albicans). DM tipo 1 tem um risco maior de desenvolver a doença periodontal com a idade e com a gravidade em duração de seu diabetes. CARRANZA, 2011 Associação entre a DM e a DP Qualquer diferença entre a saúde periodontal dos pacientes com DM, pode estar relacionada: Com diferenças no controle glicêmico; Idade; Duração da doença; Cuidados com higienização da cavidade oral; Susceptibilidade à DP; Hábitos (tabagismo) CARRANZA, 2011 Associação entre a DM e a DP Perda de inserção periodontal, é mais frequente em pacientes mal controlados, ou com a diabetes moderado. Diabéticos com complicação sistêmica mais avançada apresentam DP mais graves. Tratamento periodontal em fase inicial, com motivação e debridamento da bolsa nos DM tipo 2 mostra um melhor controle metabólico do diabético. (Stewart et al.,2010) Ou seja, a DM e a DP estão intimamente associadas. Com o controle da DP, tem um melhor controle da diabetes, e assim vice-versa. Carranza, 2011. Classificação da Periodontite Grau B - Perda de inserção de até 2mm em 5 anos. Quantidade de biofilme proporcional a perda de inserção. Paciente diabético Hba1c: </= 7% Grau C- Perda de inserção > 2mm em 5 anos. Destruição óssea excede a quantidade de perda de biofilme. Paciente diabético Hba1c: >7% Modificação da relação bactéria/ hospedeiro no diabetes Nas lesões periodontais foram encontradas: Diabéticos do tipo 1: Capnocytophaga Diabeticos do tipo 2: Prevotella Intermedia Campylobacter rectus Porphyromonas gingivalis Aggregatibacter actinomycetencomitans Carranza, 2011 Fonte: Google imagens Modificação da relação bactéria/ hospedeiro no diabetes Efeitos sobre a resposta do hospedeiro: Diminuição da função de Leucócitos polimorfonucleares (PMN) e defeitos na quimiotaxia; Aumento da função da colagenase, níveis elevados de prostaglandinas e interleucinas no fluído crevicular, e pouco desenvolvimento de macrófagos de reparo(retardo na cicatrização); Tecido conjuntivo : -Diminuição do crescimento, proliferação e síntese da matriz pelos fibroblastos do LP, gengival e ósseo. -Danos vasculares que dificultam a difusão de oxigênio e migração PMN e anticorpos. Gerando produtos finais que desencadeiam a coagulação. Carranza, 2011 Modificação da relação bactéria/ hospedeiro no diabetes Efeitos sobre a cicatrização e resposta do hospedeiro: A cicatrização é prejudicada devido ao acúmulo de funções celulares: Diminuição da síntese do colágeno pelos fibroblastos Aumento da degradação pela colagenase Glicosilação do colágeno existente nas margens da ferida Defeitos de remodelagem e rápida degradação do colágeno Carranza, 2011 Tratamento periodontal Diabéticos compensados respondem bem aos tratamentos periodontais, com ganho de inserção e alterações na microbiota. Com tratamento de suporte, mantêm os resultados por até 5 anos. Diabéticos descompensados exibem resultados menos favoráveis e estão predispostos à recorrência mais rapidamente. Carranza, 2011 O atendimento odontológico Hemoglobina Glicada: Hba1C Entre 4 a 6%- resultados normais 6 a 7%- diabetes moderadamente controlada. Maior que 7%- Diabetes mal controlada(PC descompensado entra em contato com o médico) Protocolo UNOESC Hba1C: Valores até 7%(154mg/dL)- atendimento sem cobertura antibiótica (risco baixo). Valores até 8% (183mg/dL)- Faz a RAP e cirurgia com cobertura antibiótica Exames solicitados Hemograma Completo Coagulograma Completo Hemoglobina glicada Fonte: Google imagens Agentes Quimioterápicos Periodontite Grau C Metronidazol (400 mg)_______________________________28 comp 01 comprimido de 12 em 12 horas por 14 dias. Amoxicilina (500mg)_________________________________42 comp 01 comprimido de 8 em 8 horas por 14 dias. Podem reprimir o AA. Doxiciclina (100mg)_________________________________28 comp 01 comprimido de 12 em 12 horas por 14 dias. Risco de endocardite Protocolo UNOESC Amoxicilina(500mg)___________________________________4 comp Tomar 4 comprimidos 30 min antes do procedimento. Emergência Odontológica em paciente diabético descompensado Anestésicos Locais e Vasoconstritores A anestesia de bloqueio deve ser preferida, evitando-se o uso de soluções que contenham vasoconstritor à base de adrenalina, pois esta promove a quebra de glicogênio emglicose, podendo determinar hiperglicemias. Controle da Doença periodontal Doença periodontal em Paciente Diabético AL-KHABBAZ, Areej K; 2010 Atendimento Odontológico Médico especialista Obrigada pela atenção! Referências Bibliográficas AL-KHABBAZ, Areej K, et al. Knowledge About the Association Between Periodontal Diseases and Diabetes Mellitus: Constrasting Demtsits and Physicans. V.82. n3. p. 360-366. 2010. CARRANZA, Fermin A. Carranza Periodontia Clínuca. p.292-295. 2011. COLOMBO, Natalia H et al. Periodontal Disease Decreases Insulin Sensitivy and Insulin Signaling. V.83. n7. p. 864-870. jul. 2012 MADEIRO, Anagélica Tolentino et.al. A estreita relação entre diabetes e doença periodontal inflamatória. Odontologia. Clínica-Científica, Recife 4,(1): 07-12, jan./abr., 2005. SOUSA Renata Rolim et al., O paciente odontológico portador de diabetes mellitus uma revisão da literatura. Pesquisa Brasil Odontoped Clínica Integrada, João Pessoa, v.3.n2. p. 71-77, jul./dez. 2003.
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