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Diabetes: um problema de saúde global

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(DIABETES) 
LUIZA SIGNORELLI 
MÓDULO: Interagindo com a comunidade III 
o IMPORTÂNCIA: 
- O Diabetes Mellitus (DM) é um importante e crescente problema de saúde para todos os países, independentemente 
do seu grau de desenvolvimento. 
- Se as tendências atuais persistirem, o número de pessoas com diabetes foi projetado para ser superior a 642 milhões 
em 2040. 
- Cerca de 75% dos casos são de países em desenvolvimento, nos quais deverá ocorrer o maior aumento dos casos de 
diabetes nas próximas décadas. 
- O aumento da prevalência do diabetes está associado a diversos fatores, como: rápida urbanização, transição 
epidemiológica, transição nutricional, maior frequência de estilo de vida sedentário, maior frequência de excesso de 
peso, crescimento e envelhecimento populacional e, também, à maior sobrevida dos indivíduos com diabetes. 
- A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que glicemia elevada é o terceiro fator, em importância, da causa 
de mortalidade prematura, superada apenas por pressão arterial aumentada e uso de tabaco. 
- Diabetes e suas complicações constituem as principais causas de mortalidade precoce na maioria dos países. 
OBS: Na relação entre 10 países com maior número de pessoas com diabetes (20 a 79 anos) e respectivo intervalo de 
confiança de 95%, em 2015, com projeções para 2040, o Brasil ocupa a 4ª colocação. 
o DEFINIÇÃO: 
- Diabetes mellitus (DM) não é uma única doença, mas um grupo heterogêneo de distúrbios metabólicos que apresenta 
em comum a hiperglicemia, resultante de defeitos na ação da insulina, na secreção de insulina ou em ambas. (Diretrizes 
SBD / 2015 – 2016) 
- O diabetes mellitus (DM) consiste em um distúrbio metabólico caracterizado por hiperglicemia persistente, decorrente 
de deficiência na produção de insulina ou na sua ação, ou em ambos os mecanismos, ocasionando complicações em 
longo prazo. (Diretrizes SBD / 2017 – 2018) 
o FISIOLOGIA: 
- RESUMINDO: 
1. Consumo de carboidrato 
2. Absorção intestinal 
3. Aumento da glicemia 
5. Liberação de insulina 
6. Transporte e armazenamento (fígado e músculo esquelético) 
OBS: No DM temos alteração na ação da insulina ou na secreção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
o DIABETES MELLITUS: 
- Classificação etiológica: 
 
- DM tipo 1: O diabetes mellitus tipo 1 (DM1) e uma doença autoimune, poligênica, decorrente de destruição das 
células β pancreáticas (produzem insulina e glucagon), ocasionando deficiência completa na produção de insulina. 
Portanto, DM tipo 1 = falha na secreção de insulina. 
- DM tipo 2: Caracteriza-se por defeitos na ação e secreção da insulina e na regulação da produção hepática de 
glicose. Representa 90 a 95% dos casos de DM. 
- As doenças cardiovasculares e cerebrovasculares são as principais causas de óbito de portadores de diabetes. 
- A parcela importante de óbitos em indivíduos com diabetes é prematura, ocorrendo quando ainda contribuem 
economicamente para a sociedade. 
- Intervenções no estilo de vida, com ênfase em alimentação saudável e prática regular de atividade física, reduzem 
a incidência de diabetes tipo 2. 
- Intervenções no controle da obesidade, hipertensão arterial, dislipidemia e sedentarismo, além de prevenir o 
surgimento do diabetes, também evitam doenças cardiovasculares. 
- O bom controle metabólico do diabetes previne o surgimento ou retarda a progressão de suas complicações 
crônicas, particularmente as microangiopáticas. 
- DM gestacional: A gestação consiste em condição diabetogênica, uma vez que a placenta produz hormônios 
hiperglicemiantes e enzimas placentárias que degradam a insulina, com consequente aumento compensatório na 
produção de insulina e na resistência a insulina, podendo evoluir com disfunção das células beta. 
▪ Fatores de risco para DMG: 
Idade materna avançada 
Sobrepeso, obesidade ou ganho excessivo de peso na gravidez atual 
Deposição central excessiva de gordura corporal 
História familiar de diabetes em parentes de primeiro grau 
Crescimento fetal excessivo, polidrâmnio (há excesso de líquido amniótico no saco amniótico), hipertensão ou 
pré-eclâmpsia na gravidez atual 
Antecedentes obstétricos de abortamento de repetição, malformações, morte fetal ou neonatal, 
macrossomia ou DMG 
Síndrome do ovário policístico 
Baixa estatura (inferior 1,5m) 
- Fisiopatologia DM tipo 2: 
DM TIPO 2 
 
 
O diabete tipo 2 é uma doença metabólica complexa caracterizada por uma diminuição da secreção pancreática 
de insulina e uma diminuição da ação da insulina ou resistência à insulina nos 5 órgão periféricos, resultando em 
hiperglicemia e glicotoxicidade. Esta última é responsável por um estresse oxidativo crônico ao nível tecidual, tendo 
um importante papel na gênese das complicações crônicas do diabete. Embora, por vezes, seja difícil caracterizar 
qual dos mecanismos fisiopatológicos predomina em um determinado paciente, a característica principal dp DM tipo 
2 é a resistência periférica. A resistência à insulina é inicialmente observada no tecido muscular, onde concentração 
crescente de insulina é necessária para permitir a captação de glicose pelo miócito. A resistência á insulina é 
influenciada tanto por fatores adquiridos (obesidade, inatividade física) como por fatores genéticos. Frequentemente 
ocorre uma associação de outras condições como aterosclerose, dislipidemia (elevação da concentração de LDL e 
triglicérides e redução da concentração de HDL), HAS e obesidade abdominal. 
- Possíveis consequências: Acidente vascular encefálico, ataque cardíaco, doença na artéria periférica, retinopatia 
diabética, catarata, glaucoma, pé diabético, nefropatia diabética, neuropatia periférica. 
 
o DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO: 
- Indicação para rastreamento de DM2 em indivíduos assintomáticos: 
 
- Triagem baseada em risco para diabetes tipo 2 ou pré-diabetes em crianças e adolescentes assintomáticos em um 
ambiente clínico: 
História materna de diabetes ou DMG durante a gestação do indivíduo; 
História familiar de diabetes tipo 2 de parentes de primeiro e/ou segundo grau; 
Raça / etnia; 
Sinais de resistência a insulina ou condições associadas à resistência à insulina. 
- História Clínica: 
Identificação: sexo, idade, raça e condição socioeconômica; 
História atual: duração conhecida do DM e controle glicêmico; sintomas (polidipsia, poliúria, polifagia, emagrecimento, 
astenia, prurido vulvar ou balanopostite, diminuição brusca da acuidade visual, infecções frequentes), apresentação 
inicial e evolução dos sintomas, estado atual. 
Investigação sobre diversos aparelhos e fatores de risco: dislipidemia, tabagismo, sobrepeso e obesidade, sedentarismo, 
perda de peso, características do sono, função sexual, dificuldade respiratória. Queixas sobre infecções dentárias, da 
pele, de pés e do aparelho genito-urinário; úlcera de extremidades, parestesias, distúrbios visuais. 
História pregressa: infarto agudo do miocárdio ou AVC prévios; intercorrências metabólicas anteriores (cetoacidose, hipe 
ou hipoglicemia, etc); passado cirúrgico e história gestacional. 
História familiar: de DM, doença cardiovascular e outras endocrinopatias. 
Perfil psicossocial: hábitos de vida (incluindo uso de álcool e outras drogas), condições de moradia, trabalho, 
identificação de vulnerabilidades, como analfabetismo e déficit cognitivo, potencial para autocuidado, rede de apoio 
familiar, entre outros. 
Avaliação de consumo alimentar: incluindo o consumo de açúcar, sal, gordura saturada e cafeína. 
Medicamentos em uso: uso de medicamentos que alteram a glicemia (tiazídicos, betabloqueadores, corticosteroides, 
contraceptivos hormonais orais, por exemplo); tratamentos prévios e resultados. 
Prática de atividade física. 
- Exame físico: 
Medidas antropométricas: importante o cálculo do IMC e aferição da circunferência abdominal. 
Exame da cavidade oral: gengivite, candidíase, problemas odontológicos. 
Medida da PA e FC. 
Pescoço: palpação da tireóide(DM1). 
Exame dos pés: lesões, unhas, calos, deformidades. Avaliar pulsos arteriais periféricos e edema de MMII. 
- Exames complementares: Glicemia de Jejum e HbA1C; Colesterol total, HDL, LDL e triglicerídeos; Creatinina sérica; 
Exame de urina tipo 1 e,se necessário, microalbuminúria ou relação albumina/creatinina; fundoscopia. 
- Diagnóstico: 
DM TIPO 1 
 
 
 
 
 
 
 
DM TIPO 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRÉ-DIABETES OU RISCO AUMENTADO PARA DIABETES 
 
Os critérios para diagnóstico do DM por glicemia plasmática apresentam nível A de evidência. Para a hemoglobina 
glicada, estudos mais recentes sugerem nível B de evidência. 
OBS: Frequência recomendada para os testes de HbA1C: os testes de HbA1C devem ser realizados pelo menos duas 
vezes ao ano por todos os pacientes diabéticos e quatro vezes ao ano (a cada 3 meses) por aqueles que se submeteram 
a alterações do esquema terapêutico ou não estejam alcançando os objetivos recomentados com o tratamento 
vigente. 
- Tratamento: 
METAS 
- Tratamento não medicamentoso: 
MEV: alimentação equilibrada, prática regular de atividade física, moderação no uso de álcool (não estimular) e 
abandono do tabagismo. 
Dieta prescrita: O cálculo da dieta prescrita considerou um déficit entre 500 e 1.000 calorias/dia em relação ao total 
necessário para manter-se o peso, com retirada preferencial das gorduras saturadas. 
Atividade física prescrita: Em associação com a dieta, tem-se a recomendação de atividade física aeróbica moderada 
(tipicamente, caminhar rápido) por 150 minutos/semana, distribuída em pelo menos três sessões. Cada sessão de 
exercício deve durar mais que 10 minutos e não passar de 75 minutos. 
- Tratamento medicamentoso: 
Metformina: Atua na resistência à insulina, com aumento da captação celular redução da captação intestinal de 
glicose. Pode causar intolerância gastrointestinal. Não causa hipoglicemia. Pode promover discreta perda de peso. 
Sulfonilureias (clorpropamida - gliclazida - glibenclamida – glimepirida): Estimulam a produção endógena de insulina 
pelas células beta do pâncreas. Úteis para o controle da glicemia de jejum e da glicemia de 24 horas. Podem causar 
hipoglicemia. 
Insulinoterapia: pode ser necessária a qualquer momento durante a evolução natural do DM2, sempre que se constatar 
um descontrole glicêmico acentuado com o tratamento em vigor. 
ALGORITMO PARA TRATAMENTO 
 
o COMPLICAÇÕES: 
- Complicações crônicas: 
Doença macrovascular: doença coronariana, doença cerebrovascular e doença arterial periférica. 
Doenças isquêmicas cardiovasculares são mais frequentes e mais precoces em indivíduos com diabetes. 
Angina e IAM podem ocorrer de forma atípica. 
A evolução pós infarto é pior. 
Considerar uso de estatinas e antiagregantes plaquetário. 
Doença microvascular e neuropática: Retinopatia diabética, Nefropatia diabética, Neuropatia diabética 
▪ Retinopatia diabética: 
Primeira causa de cegueira adquirida após a puberdade. 
Assintomática nas suas fases iniciais. 
Necessária a realização da fundoscopia para decetá-la. 
O rastreamento tem como objetivo o diagnóstico precoce e deve ser feito em crianças maiores de 10 anos, 
após 3 a 5 anos de doença (DM1) e no momento do diagnóstico para DM2. 
Seguimento a cada 1 a 2 anos. 
O tratamento deve ser feito pelo controle glicêmico e pressórico, bem como de outros fatores de risco: 
tabagismo, dislipidemia... Ou foto coagulação (pelo oftalmologista – casos graves). 
▪ Nefropatia diabética: 
Principal causa de doença renal crônica em pacientes que ingressam em serviços de diálise. 
O rastreamento se inicia no momento do diagnóstico do DM2 e 5 anos após o diagnóstico no DM1 (com 
microalbubinúria e determinação do clearance de creatinina. O seguimento deve ser anual. 
O controle adequado da glicose e da PA pode reduzir o risco de desenvolver a nefropatia diabética e 
diminuir a sua progressão. 
 
 
▪ Neuropatia diabética: 
Pode se localizar em fibras nervosas sensoriais, motoras e/ou autonômicas. 
Pode variar de assintomática até fisicamente incapacitante. 
A inspeção dos pés deve ser realizada a cada consulta como meio de educação sobre a necessidade de 
cuidados. 
O controle glicêmico estrito previne a neuropatia clínica. 
Tratamento medicamentoso: antidepressivos tricíclicos (cuidado com distúrbios de condução cardíaca); 
anticonvulsivantes (carbamazepina, ácido valproico e gabapentina). 
 
 
 
▪ Diabetes e depressão: 
As pessoas com DM são acometidas de depressão com prevalência 3 vezes maior. 
Uma vez estabelecida a depressão, sua influência negativa no controle do diabetes é evidente. Pessoas 
deprimidas ficam desmotivadas para aderir às recomendações e ao plano de autocuidado. 
▪ Diabetes e multimorbidade:

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