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Dosagem de Concreto Asfáltico utilizando RCD-Carlos-TCC

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 DOSAGEM PARA CONCRETO ASFÁLTICO USINADO À QUENTE UTILIZANDO 
RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL EM PAVIMENTAÇÃO RODOVIÁRIA 
 
Carlos Eduardo de Lima1 
Valéria Gomes Álvares Pereira2 
Enio Fernandes Amorim3 
 
Resumo: A utilização de resíduos de construção e demolição (RCD) reciclados em 
misturas para construção de pavimentos rodoviários é uma alternativa que visa reduzir o 
consumo de agregados naturais e destinar adequadamente esses substratos. Partilhando destas 
preocupações e visando contribuir com a sustentabilidade desta e das futuras gerações, nesta 
pesquisa foi analizada a viabilidade do uso de RCD, nas frações de brita 1 e areia, em 
substituição aos seus similares naturais, na composição de um concreto asfáltico usinado a 
quente (CAUQ), para aplicação na capa de rolamento de pavimento flexível em rodovias. 
Foram confeccionados dois traços de concreto asfáltico, sendo um com agregados naturais e 
outro com RCD, com quatro variações de asfalto, entre 4,5% e 6,0%, realizando-se as devidas 
comparações dos parâmetros físicos e mecânicos entre ambos. Aplicaram-se os ensaios de 
rotina para o materiais e para as amostras das dosagens, requeridos pelas normas padrão DNIT, 
empregando-se o método Marshall. Relativo aos insumos convencionais, os reciclados 
mostraram menor densidade aparente, absorção expresssivamente maior, resistência ao 
desgaste abrasivo próximo ao do natural, entre outras definições, respeitando-se os limites 
exigidos para aplicação na destinação pretendida. Das análises dos traços produzidos 
obtiveram-se resultados satisfatórios, atestando-se positivo o seu emprego na composição de 
CAUQ, resultando-se na execução de um trecho experimental em área urbana do município de 
Natal-RN, Brasil, porém a análise do comportamento do trecho não é contemplada neste 
trabalho. 
Palavras-chave: Agregado reciclado. RCD. Pavimentação. Concreto asfáltico. CAUQ 
 
 
1 Graduando em Engenharia Civil na Faculdade Estácio de Natal; Formando no Curso Técnico em Estradas no 
Instituto Federal do Rio Grande do Norte – IFRN; e Técnico em Edificações. E-mail: carloselima@outlook.com. 
2 Mestre. Professora do Curso de Engenharia Civil da Faculdade Estácio de Natal. 
E-mail: valeriagapereira@gmail.com. 
3 Doutor. Professor dos Cursos de Tecnologia em Construção Civil e do Curso de Técnico em Estradas no 
Instituto Federal do Rio Grande do Norte – IFRN; E-mail: enio.amorim@ifrn.edu.br. 
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Abstract: The utilization of construction and demolition recycleds wastes (CDW) in 
mixtures for construction of road pavements is an alternative that aim reducing the consumption 
of natural aggregates and giving adequate destination to that substrates. Sharing of these 
concerns and aiming to contribute with the sustainability of this generation and the futures ones, 
in this research was analyzed the viability of the use of CDW, in fractions of 
gravel 1 and sand, in replacement to their natural similar, in the composition of an asphalt 
concret, for application in the bearing layer of flexible pavement on roads. Were produced two 
asphalt concret’s mixtures, one of them with natural aggregates and another containing RCD, 
in four variations of binder, between 4.5% and 6.0%, realizing the due comparisons of the fisical 
and mechanical parameters between both. Were applied the tests of routine to the materials and 
to the dosages’ samples, requested by DNIT’s standard, employing the performing Marshall. 
Relative to the convencionals inputs, the recycleds shown less apparent density, expressively 
over absorption, abrasion’s test near the natural one, beyond others definitions, respecting the 
limits required to application on the intended destination. Of the reviews about the produced 
mixtures it was obtained satisfactory results, attesting positive the use of the recycled aggregates 
analyzed in the composition of asphalt concret, resulting in the execution of an experimental 
highway stretch in urban area from Natal-RN county, Brasil, however the analyze about the 
stretch is not contemplated in this work. 
Keywords: Recycled aggregate. CDW. Pavement. Asphalt concret. Asphalt mixture. 
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1 INTRODUÇÃO 
 
A indústria da construção civil é uma arte da engenharia com suas belas obras, como 
edifícios, barragens, pontes e rodovias criando habitats, estabelecendo padrões de arquitetura e 
proporcionando maior mobilidade para as pessoas. Dessa maneira, o setor da construção civil 
promove a qualidade de vida das pessoas e incentiva o mercado movimentando sua economia. 
Este setor tem grande representatividade no processo de crescimento econômico e redução do 
desemprego, devido a sua capacidade de rapidamente gerar ocupações diretas e indiretas no 
mercado de trabalho (NETO, 2005) e (ARAÚJO et al., 2006). 
As atividades desenvolvidas na construção civil solicitam uma notável quantidade de 
materiais inertes, como o cascalho, que geralmente são fornecidos por meio da extração de 
sedimentos aluviais. A extração desse material altera o perfil dos rios e também o seu equilíbrio, 
além de modificar sua estrutura hidrogeológica, acarretando em problemas ambientais 
(CABRAL et al., 2009). Outra problemática socioambiental indicada em dados representativos 
referente a produção de resíduos sólidos urbanos, em escala mundial, apontam o total de 1,3 
bilhões de toneladas por ano ou 1,2 kg per capita por dia em espaço urbano 
(RODRIGUES; MAGALHÃES FILHO; PEREIRA, 2016). 
Os países europeus geram, aproximadamente, 25% dos resíduos de construção e 
demolição de obras (RCD) do mundo, que estão estimados em 531 milhões de toneladas por 
ano. Dentre esses países, alguns reciclam mais que outros, como por exemplo, a Holanda e a 
Dinamarca, que reciclam 98% e 94% de seus resíduos, respectivamente (EUROPEAN 
COMMISSION - EU, 2011). O que esses países têm em comum é a política fiscal, ela incentiva 
a reciclagem com a imposição de taxas sobre o material residual destinado ao aterro. Na 
América do Norte, o RCD representa em torno de 25% a 45% da produção desses resíduos, o 
qual se estima que 25% dessa quantidade é reciclada. Conjectura-se que cerca de 100 milhões 
de toneladas de concreto são recicladas anualmente na América do Norte. 
No Brasil, os dados mais recentes sobre a geração de RCD, publicados pela Associação 
Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE, 2018) apontam 
nos seus últimos dez boletins (de 2008 à 2017) que a coleta de RCD cresceu de 29 milhões de 
toneladas para 45 milhões, enquanto que só na região Nordeste as coletas saltaram de 5 milhões 
de toneladas para 9 mi. A mesma associação relata que, dentre a geração de resíduos sólidos 
urbanos (RSU), a parcela de RCD é a única com registros confiáveis. 
Um dos setores de engenharia que pode promover o uso de agregados reciclados (AR) 
que requerem menos investimento são os pavimentos urbanos e rodoviários 
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(REZENDE et al., 2015). Esse produto é usado em sua grande parte como material de base em 
estradas (TABSH; ABDELFATAH, 2009). De fato, a aplicação de RCD como material de base 
rodoviária ou sub-base se configura um caminho eficiente para mitigar os seus efeitos sobre o 
meio ambiente e, consequentemente, utilizar muito mais desse material a fim de evitar sua 
disposição em aterros sanitários. A diferença entre as diversas obras da construção civil faz com 
que o resíduo seja de grande variabilidade. Contudo, as propriedades físicas e a composição 
dos agregados reciclados de construção e demolição variam de acordo com sua localização. 
Essa variedade implica na qualidade do subproduto, no qual certamente influenciará em suas 
propriedades mecânicas. 
Consubstanciado nestes aspectos, este trabalho apresenta uma proposta de aplicação de 
RCD como agregados reciclados na fabricação de revestimento de pavimento asfáltico, em 
alternativa ao aproveitamentodestes materiais e substituindo os rochosos naturais, do qual o 
setor da pavimentação é responsável por 18,37% do consumo de rocha britada no país, segundo 
estatísticas do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM, 2009). A princípio serão 
realizados estudos de caracterização do material RCD cedido por uma empresa do setor de 
coleta e tratamento desse tipo de insumo, bem como aferição das propriedades do ligante 
asfáltico reservado para o produto final deste projeto. Em sequência serão realizados estudos 
experimentais a fim de analisar um traço de concreto asfáltico, no qual se obtiver melhores 
propriedades físicas e mecânicas, para posterior execução de um trecho experimental liberado 
para o tráfego de veículos em área urbana do município de Natal-RN, Brasil. 
 
2 REFERENCIAL TEÓRICO 
 
2.1 RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO E DEMOLIÇÃO – RCD 
 
2.1.1 Definição 
 
A Resolução nº 307 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA, 2002), 
define que os resíduos originários de obras civis são advindos de construções, reformas, reparos 
e demolições, tais como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, 
resinas, colas, tintas, madeiras e compensados, forros, argamassas, gesso, telhas, pavimento 
asfáltico, vidros, plásticos, tubulações, cabos elétricos, etc., comumente denominados de 
entulhos de obras, caliça ou metralha (AMORIM, 2013). A mesma resolução CONAMA 
classifica os referidos materiais em faixas de A até D, de acordo com seu potencial de 
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reciclagem. Esses materiais, conforme Grubba (2009), podem ser classificados em dois grupos: 
agregados reciclados mistos (ARM) e agregados reciclados de concreto (ARC). 
Os resíduos de construção e demolição, se forem selecionados, classificados e 
adequadamente limpos, transformam-se em agregados secundários prontos para serem usados 
em aterros ou concretos de baixa resistência (NETO, 2005). Os RCD empregados nesta 
pesquisa foram classificados como RCD misto, tal qual é demonstrado no decorrer dos 
resultados. 
 
2.1.2. Emprego de RCD em obras rodoviárias 
 
Amorim (2013), motivado pela preocupação com a crescente geração de resíduos 
sólidos das obras de construção e demolição descartados inadequadamente, estudou o emprego 
destes materiais em mistura com solo laterítico típico do município de Campo Verde – MT, 
para composição de camadas de base de pavimento urbano. O autor realizou ensaios de 
comportamento mecânico e geotécnicos em laboratório e campo, aplicando a um trecho 
experimental de pavimentação asfáltica na mesma cidade. Foram desenvolvidas análises de 
caracterização física, de compactação e CBR, de difratometria por Raio-X (DRX), do pH, 
resistência à compressão simples, módulo de resiliência, cisalhamento rápido, abrasão Los 
Angeles, ensaios de sucção, controle de compactação de campo, resistência à penetração 
dinâmica e deflexões por meio da viga Benkelman. Em seus resultados é apontado o potencial 
de aplicação do RCD em substituição aos materiais convencionais utilizados em obras de 
pavimentos urbanos, tendo-se constatado sua viabilidade técnica e econômica. 
Garcês et al. (2014) conduziram uma pesquisa na qual se comparou a resistência à 
compressão entre solos puro e solos com diferentes adições de material fresado de sub-base 
composto de solo laterítico e CBUQ. Através dos resultados obtidos nos ensaios de 
caracterização dos agregados e ligantes, ensaio do ISC, compactação entre outros, alcançaram 
resultados expressivos no aumento da resistência à compressão para solos com adição de RCD. 
Observaram que para uma composição de solo puro com adição de brita 0 e 30% de material 
fresado a energia de compactação normal proporcionou uma alteração do ISC de 9,5% para 
18,8%, enquanto que para energia intermediária, 52,2%. 
Grubba e Parreira (2009) estudaram o comportamento físico e mecânico de um agregado 
reciclado de concreto (ARC), oriundos de obras de engenharia civil, como solução de 
sustentabilidade ambiental, na composição de camadas de base e sub-base de rodovias em 
misturas com solo laterítico da região. Os autores destacam a grande quantidade de recursos 
6 
 
não renováveis empregados na construção de pavimentos rodoviários e em atenção a esta 
preocupação, trabalharam na avaliação do uso do referido material reciclado, originário da 
cidade de São Carlos-SP, local da pesquisa. Em suas investigações, reproduziram ensaios de 
caracterização física, lixiviação, solubilização, compactação, Índice de Suporte Califórnia 
(CBR), compressão simples, compressão diametral e triaxial cíclico. Observaram “que o ARC 
apresentou um comportamento mecânico muito próximo ao do agregado natural, material 
convencionalmente utilizado em camadas de pavimento”. É destacado a observação de um 
ganho considerável de resistência e rigidez com o decorrer do tempo de cura apresentado pelo 
material investigado. A energia de compactação influenciou significativamente o 
comportamento do agregado reciclado, para os tempos iniciais de cura e diminuição dessa 
influência em períodos maiores. Igualmente a vários outros casos dissertados, também 
apontaram avaliação positiva ao emprego do tipo de material avaliado por eles na composição 
de camadas de base e sub-base de pavimentação rodoviária. 
Neto (2018), em atenção ao crescimento da indústria da construção civil no mercado 
brasileiro na última década e em citação à pesquisas que apontam o concreto de Cimento 
Portland como o segundo produto mais consumido mundialmente, levanta olhares para o 
aumento, concomitante, da geração de resíduos por esse setor e da necessidade de programas 
visem a reutilização e reciclagem destes subprodutos. 
Embasado nesta problemática, o autor acima citado ocupou-se em estudar a viabilidade 
técnica do reaproveitamento dos resíduos oriundos das obras de construção e demolição (RCD) 
como agregados na composição de concreto asfáltico pré-misturado a frio (PMF), para 
aplicação em camada de rolamento de rodovias urbanas. Para tanto, trabalharam-se ensaios de 
caracterização física e mecânica, tanto dos agregados quanto da emulsão asfáltica utilizada 
como ligante, bem como à verificação da composição mineralógica com o material pulverulento 
do RCD. Foram realizadas quatro composições de misturas dos agregados, tendo-se aplicado o 
método Marshall para as dosagens. Das conclusões deste estudo, o autor avaliou como 
expressivo o potencial de aplicação do RCD na constituição de misturas asfálticas à frio, 
evidenciando as viabilidades técnica e ambiental do uso desse material nas obras de pavimentos 
urbanos. Conforme o autor, no estado do Rio Grande do Norte encontra-se atualmente 
instaladas quatro usinas de tratamento e reciclagem desses materiais em plena operação. 
Souza et al. (2010) avaliaram o comportamento mecânico de um Concreto Betuminoso 
Usinado a Quente (CBUQ) confeccionado com agregados de resíduos de construção e 
demolição reciclados (RCD-R) oriundos do Distrito Federal, para aplicação em camada de 
revestimento asfáltico. Nos estudos, procederam-se às análises de granulometria, massa 
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específica, absorção, abrasão Los Angeles, equivalente de areia, índice de forma e adesividade. 
Obtiveram misturas asfálticas dosadas segundo a metodologia Marshall, enquadradas na faixa 
“C” no padrão do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT) e 
empregando-se Cimento Asfáltico de Petróleo (CAP) 50/70 como ligante. Os corpos de prova 
(CPs) moldados foram submetidos a ensaios para avaliação da resistência à tração por 
compressão diametral, módulo de resiliência e deformação permanente. Os resultados desse 
trabalho indicaram bom desempenho, segundo os pesquisadores, demonstrando que a 
reciclagem do RCD se apresenta como solução sustentável para destinação dos mesmos de 
forma compensatória ao uso de recursos naturais similares. 
A diversidade de aplicações para estes resíduos vem crescendoao longo das décadas. 
Sendo uma técnica inicialmente implementada na Europa na década de 80 no âmbito de uma 
destinação adequada desses materiais no meio ambiente. É o que aponta Sousa et al. (2017) 
quando buscou uma aplicabilidade tanto para pavimentação quanto em camadas de aterro 
sanitário, com RCD composto por diferentes proporções de 30%, 40%, 50% e 60%, comparado 
com solo tropical puro da cidade de Porto Nacional - TO. 
Usando um material composto em grande parte de cerâmica vermelha (tijolos e telhas) 
e em menor quantidade argamassa e concreto. Estes materiais foram coletados e britados, 
utilizando apenas o material passante na peneira de 4,8mm para os ensaios de compactação nas 
energias normal, intermediária e modificada, limites de Atterberg e ensaios de permeabilidade. 
Com isso, observaram que o solo em questão poderia ser usado para camadas de base, pois se 
enquadram nos desvios pré-estabelecidos pelas normas do DNIT, desde que seja compactado 
na energia normal. Importante observar, que, neste estudo, não foi viável a utilização do RCD 
para camada de sub-base, pois seu CBR mesmo sendo superior a 20%, a absorção de água 
destes agregados foi maior por motivo de sua porosidade, inviabilizando-o. Apesar disso, 
através do ensaio de permeabilidade, descobriu-se que o material de solo com 30% 40% e 50% 
de mistura com RCD, viabilizou o emprego em camadas de proteção da camada final em 
aterros, com valores entre 10-6 à 10-5 cm/s. 
 
2.1.3. Produção de RCD em Natal, Brasil 
 
Natal é a capital administrativa do estado brasileiro do Rio Grande do Norte, localizado 
na região Nordeste do país. A cidade conta com uma população estimada, no ano de 2018, em 
877.640 habitantes e densidade demográfica de 4.805,24 hab./Km². Apresenta PIB (Produto 
Interno Bruto) per capta de aproximadamente R$ 25 mil e IDHM (Índice de Desenvolvimento 
8 
 
Humano Municipal) de 0,763; contudo, 35,7 % da população tem renda média mensal de até 
½ salário mínimo (IBGE, 2019). O mesmo instituto aponta que a cidade dispõe de uma área de 
167,401 Km² de território e que 16,5% de suas vias são urbanizadas. 
O município de Natal-RN, Brasil, dispõe da lei nº 6.298/2011 que regulamenta as 
atividades de reciclagem dos resíduos da construção civil no âmbito local. O último estudo 
sobre o manejo de resíduos sólidos nesta cidade foi publicado no ano de 2015 por uma empresa 
licitada para diagnosticar a situação na ocasião, cujo documento é intitulado de Subproduto 2.2 
do Diagnóstico de Serviços de Saneamento Básico, como parte integrante do Plano Municipal 
de Saneamento Básico – PMSB do Município de Natal. No documento é apontado dados do 
Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos da cidade (PIGRS-Natal), na sua tabela 6 que, 
até o ano de 2027 90% dos resíduos da construção civil devam ser reciclados, (START, 2015). 
Souza et al. (2016) realizaram avaliações sobre a disposição e destinação final dos 
resíduos sólidos gerados em uma obra vertical no município de Natal-RN, com área ocupada 
de 3.323 m² e 26 pavimentos. As autoras citam dados da Associação Brasileira das Empresas 
de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE, 2014) informando que a construção civil 
é maior geradora de detritos no Brasil (tendo sido produzidos 122.262 toneladas/dia), enquanto 
a região Nordeste do país responde com uma contribuição de 24.066 toneladas diárias desses 
resíduos (se apresentando como a segunda maior região brasileira produtora de RCD) também 
no ano de 2014. O estudo das autoras foi desenvolvido em caráter qualitativo, empregando-se 
o método de saturação para coleta dos dados, por meio de pesquisa in loco e entrevistas de 
caráter estruturado. Em respostas, foram verificados que os resíduos passam por processos de 
coleta, seleção, usinagem dos materiais reaproveitáveis e descarte em aterros dos materiais não 
reutilizáveis, conforme as normas vigentes. 
 
3 MATERIAIS E MÉTODOS 
 
O presente estudo consiste na análise da viabilidade do uso de agregados reciclados 
provenientes de obras civis de construção e demolição do município de Natal-RN, em 
alternativa ao emprego de agregados convencionais para produção de CAUQ utilizado em 
serviços de pavimentação rodoviária na camada de rolamento. Por tanto, procedeu-se 
inicialmente a caracterização dos insumos e posteriormente a dosagem de dois traços de 
concreto asfáltico, sendo um com agregados naturais e outro empregando RCD. Foram 
moldados doze corpos de prova em quatro percentuais diferentes de CAP 50/70 (três 
determinações por teor de ligante), empregando-se o método de compactação Marshall, e 
9 
 
realizadas análises comparativas do comportamento físico e mecânico entre estes, submetendo-
os às mesmas condições ambientais, de operação e de infraestrutura. Ao final, os estudos 
proporcionaram a execução de um trecho experimental, com o traço contendo RCD, porém não 
fazendo parte desta pesquisa as análises sobre o comportamento do pavimento executado. Os 
materiais objetos de estudo nesta campanha são mencionados no tópico a seguir. 
 
3.1 MATERIAIS 
 
3.1.1 Agregados Naturais 
 
Utilizaram-se agregados convencionais (naturais) comercialmente denominados de 
brita 1 (um) e 0 (zero) ou pedrisco, com diâmetros característicos entre 19,0mm e 9,5mm e 
entre 9,5mm e 4,8mm, respectivamente; pó de pedra (pdp) com diâmetro menor que 4,8mm, 
todos de rocha granítica, oriundos de jazida da região metropolitana da grande Natal-RN, areia 
lavada de rio e Cimento Portland CP IV utilizado como fíler (material de preenchimento) não 
importando sua função estrutural, uma vez que atua como material inerte na composição. 
 
3.1.2 Agregados Reciclados 
 
Os agregados reciclados de concreto (ARC), por conterem em sua composição mais de 
90% de resíduos de concreto, argamassa e materiais pétreos, são considerados mais nobres e 
homogêneo, em detrimento aos agregados reciclados mistos (ARM) 
(GRUBBA; PARREIRA, 2009). O agregado graúdo reciclado, na fração de brita 1, utilizado 
neste projeto é composto de resíduos mistos e também se utilizou areia reciclada, ambos 
fornecidos pela usina de processamento, do Grupo Duarte, localizada na região da grande 
Natal-RN, que atua na coleta e usinagem de resíduos de obras civis. 
 
3.1.3 Ligante Asfáltico 
 
O ligante utilizado neste projeto de pesquisa foi o Cimento Asfáltico de Petróleo 
(CAP) 50/70, proveniente de refinarias do estado do Ceará, Brasil, fornecido pela empresa 
TCPav (Tecnologia em Construções e Pavimentação) localizada no município de Macaíba, 
vizinha a Natal-RN, e cuja foi posteriormente executora do trecho experimental. O referido tipo 
de ligante é carro-chefe empregado na região em que se desenvolveu este estudo, em obras de 
pavimento flexível de rodovias com CAUQ. 
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3.1.4 Concreto Asfáltico Usinado a Quente 
 
É o Concreto Asfáltico mais empregado no Brasil, conhecido pela sigla CAUQ, ou 
CBUQ (Concreto Betuminoso), tratando-se de uma mistura usinada, convenientemente 
proporcionada de agregados de vários tamanhos (graúdo, miúdo e material de enchimento fíler) 
e cimento asfáltico de petróleo, ambos aquecidos em temperatura pré-determinada, decorrente 
do ensaio de viscosidade-temperatura do ligante (BERNUCCI et al., 2010). Quanto a 
composição granulométrica dos agregados, as dosagens foram trabalhadas na graduação densa 
(bem graduada), contendo quatro frações de materiais mais o fíler e enquadrada na faixa “C” 
padrão DNIT, dosada para aplicação na capa de rolamento do trecho experimental, em atenção 
a norma técnica DNIT 031-ES (DNIT, 2006). 
A seguir é apresentada a relação das normas aplicadas na etapa de caracterização 
(Tabela 1), às quais os métodos e as especificações estão submetidos, bem como o fluxograma 
geral das atividades desenvolvidas na campanha desta pesquisa (Figura 1). 
Tabela 1 - Quadro de normas aplicadas aos ensaios de caracterização. 
Material Ensaio NormaAgregados 
graúdo e miúdo 
(natural e 
reciclado) e fíler 
Classificação de resíduos Resolução nº 307 (CONAMA, 2002) 
Coleta dos agregados 
(procedimentos) 
DNER-PRO 120 (DNIT, 1997) 
Granulometria por 
peneiramento 
DNER-TER 403 (DNIT, 2000) 
DNER-ME 083 (DNIT, 1998) 
Índice de Forma (método 
crivo) 
DNER-ME 086 (DNIT, 1994) 
Densidade e absorção por água DNER-ME 081 (DNIT, 1998) 
Abrasão Los Angeles DNER-ME 035 (DNER, 1998) 
Massa específica da areia 
(frasco de Chapman) 
DNER-ME 194 (DNIT, 1998) 
Massa específica do Cimento 
Portland (frasco de Le 
Chatelier) 
DNER-ME 085 (DNIT, 1994) 
Cimento 
Asfáltico de 
Petróleo (CAP) 
50/70 
Especificação de material 
Resolução nº 19 (ANP, 2005) 
DNIT 095-EM (DNIT, 2006) 
Densidade de materiais 
betuminosos 
DNER-ME 193 (DNIT, 1996) 
Ponto de fulgor DNER-ME 148 (DNIT, 1994) 
Ponto de amolecimento – Anel 
e bola 
DNIT 131-ME (DNIT, 2010) 
Viscosidade Saybolt-Furol DNER-ME 004 (DNIT, 1994) 
Determinação da Penetração DNIT 155-ME (DNIT, 2010) 
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Figura 1 - Fluxograma de ensaios da pesquisa. 
 
3.2 MÉTODOS 
 
3.2.1 Coleta dos Materiais 
 
Conforme os procedimentos da norma DNER-PRO 120 (DNIT, 1997), foram coletados 
três sacos de nylon, com aproximadamente 20,0 Kg, de cada tipo de material: de agregados 
reciclados de RCD e naturais, graúdos e miúdos, cuidando-se para não haver perda de finos 
possivelmente presente nas amostras. Do Cimento Portland foi coletado cerca e 5,0 Kg e o 
CAP 50/70 foi recolhido e transportado em um galão metálico pesando aproximadamente 18 
Kg. As quantidades descritas acima se mostraram suficientes para a realização das análises e 
eventual repetição de um ou mais ensaios. 
 
3.2.2 Caracterização dos agregados 
 
Planejou-se a sequência dos ensaios de caracterização iniciando-se pelos não destrutivos 
e finalizando com os quais previam-se perda e descarte de material. Procedeu-se à análise da 
composição gravimétrica do RCD pelo método da seleção manual do tipo de material 
constituinte em três amostras de 500g cada, obtidas por meio de equipamento repartidor para 
redução de amostra. Este ensaio se deu de modo descritivo pelo método quantitativo, 
Coleta de amostras
Agregados graúdos 
(RCD e natural)
Composição 
gravimétrica
Granulometria
Índice de forma
Densidade
Absorção de água
Abrasão Los Angeles
Agregados miúdos 
(RCD e natural) e fíler
Granulometria
Massa específica
CAP 50/70
Densidade
Ponto de fulgor
Ponto de 
amolecimento
Viscosidade SSF
Penetração do CAP
Dosagens 
Execução do trecho 
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consistindo-se em separar manualmente os materiais percebidos em cada porção, sendo 
classificados em resíduos de concreto (contendo fragmentos de argamassa de Cimento Portland 
e rocha granítica), materiais cerâmicos (os provenientes de telhas e blocos de cerâmica 
vermelha), resíduos de pisos (compostos por fragmentos de placas de revestimento cerâmico) 
e materiais indesejáveis (aqueles não enquadrados nas classificações anteriores); seguindo-se 
da análise granulométrica por peneiramento, tanto para as frações graúdas quanto miúdas, 
empregando-se o conjunto de peneiras da série normal, conforme as normas para este processo 
descritas na Tabela 1. 
Na sequência realizou-se a verificação do índice de forma pelo método crivo na 
graduação “C”, determinada após ensaio de granulometria, conforme tabela anexa na norma 
DNER-ME 086 (DNIT, 1994), iniciando pelos crivos circulares e depois os redutores. 
Aferiu-se a densidade aparente e absorção por água dos agregados graúdos, conforme a 
DNER-ME 081 (DNIT, 1998); e finalizando as caracterizações pelo ensaio de 
Abrasão Los Angeles, ditado pela norma DNER-ME 035 (DNER, 1998) e aplicada a 
graduação “B” da tabela 1 da norma. Os ensaios acima citados foram repetidos para duas 
amostras, com exceção da primeira caracterização relatada, onde analisaram-se três 
determinações. 
Quanto a caracterização da densidade das as areias e o PDP, procedeu-se pelo método 
do frasco de Chapman contendo água destilada. Para o fíler, foi utilizado o 
frasco de Le Chatelier com querosene, conforme as normas DNER-ME 194 (DNIT, 1998) e 
DNER-ME 085 (DNIT, 1994), respectivamente. 
 
3.2.3 Caracterização do ligante asfáltico 
 
A verificação da densidade do ligante ocorreu em observação à norma 
DNER-ME 193 (DNIT, 1996), procedida para duas amostras, utilizando dois picnômetros de 
vidro com capacidade para 50 ml (mililitros) cada, água destilada e balança eletrônica com 
precisão de 0,01g. 
O ponto de fulgor (ou de inflamação) foi referenciado pela norma 
DNER-ME 148 (DNIT, 1994), em que um lampejo provocado pela inflamação dos vapores da 
amostra durante a passagem de uma chama-piloto (fonte externa de calor) e o ponto de 
combustão como a menor temperatura em que a amostra, após se inflamar,, queima por 5 
segundos no mínimo. Procedeu-se também a verificação do ponto de amolecimento do ligante 
asfáltico pelo método do “Anel e Bola”, regido pela norma DNIT 131-ME (DNIT, 2010). 
13 
 
No ensaio de verificação da viscosidade, empregou-se o método segundo 
Saybolt-Furol, utilizando parelho viscosímetro calibrado nas temperaturas de 135°C, 150°C e 
177°C, respectivamente, orientando-se pelo disposto na norma DNER-ME 004 (DNIT, 1994). 
E, por último, realizou-se a determinação da penetração do material em questão na condição 
semissólida, em atenção à norma DNIT 155-ME (DNIT, 2010). Foram utilizados recipientes 
cilíndricos de alumínio em três repetições, conforme tabela 1 da referida norma técnica, 
aparelho penetrômetro com agulha-padrão, banho maria contendo água destilada em 
temperatura ambiente (25° Celsius) controlada por termômetro analógico e cronômetro digital. 
 
3.2.4 Estudo das Dosagens 
 
O engenheiro norte-americano Bruce Marshall desenvolveu na década de 1930 a 
metodologia que leva o seu nome e cuja foi a utilizada no procedimento de dosagem das 
misturas nos traços de CAUQ desta pesquisa, por ser o método executivo mais empregado 
atualmente no Brasil, quando se fala em produção de pavimentação rodoviária flexível, e a qual 
a empresa parceira deste projeto, citada anteriormente, utiliza em sua rotina de trabalho, se 
tratando de um recurso prático e simplista. “Diante disso, a caracterização das misturas requer 
um balanço apropriado entre rigor e praticidade, uma vez que nem todas as variáveis podem ser 
consideradas simultaneamente, pelo menos não no estágio atual de conhecimento” 
(BERNUCCI et al., 2010). 
Para efeito de análise dos resultados, foram estabelecidos dois traços de concreto 
asfáltico, conforme já citado no início deste capítulo, sendo um traço convencional – TAN 
(traço com agregados naturais) e outro substituindo a brita 1 e a areia natural por agregados 
reciclados de RCD – TAR (traço com agregados reciclados), para fins comparativos dos 
resultados, além de se fazer as devidas correlações com outros estudos pesquisados. A 
Tabela 2 abaixo relaciona as normas trabalhadas nesta etapa das dosagens. 
Tabela 2 - Quadro de normas empregadas no estudo das dosagens. 
Processo Norma Descrição 
Dosagem Marshall DNER-ME 043 (DNIT, 1995) Método de Ensaio 
Enquadramento de faixa e 
análise dos parâmetros 
DNIT 031-ES (DNIT, 2006) Especificação de serviço 
 
As dosagens trabalhadas visaram atender as especificações da norma técnica pertinente, 
para constituir uma camada de rolamento em pavimento flexível de rodovia em trecho urbano. 
14 
 
Para tanto, procedeu-se ao enquadramento na faixa “C” em ambos os traços, trabalhando-se 
com as porcentagens de ligante em 4,50%, 5,0%, 5,50% e 6,0% (intervalo habitual empregado 
na região), confeccionando-se três corpos de prova (CPs) para cada teor de CAP, aplicando-
lhes 75 golpes por face, utilizando um soquete de 5,0 Kg como energia de compactação, em 
simulação de alto volume de tráfego. Na sequência, executaram-se os ensaios de caracterização 
das 12 (doze) peças moldadas.3.3 INFRAESTRUTURA 
 
O desenvolvimento deste projeto contou com toda a infraestrutura dos laboratórios de 
mecânica dos solos, de materiais de construção e de pavimentação da Diretoria Acadêmica de 
Construção Civil (DIACON), do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio 
Grande do Norte - IFRN, no Campus Natal-Central, que dispunham dos instrumentos e 
equipamentos necessários à completa realização da pesquisa. Os agregados reciclados foram 
processados na usina de reciclagem do Grupo Duarte, a qual forneceu gratuitamente seus 
insumos à construtora TCPav. Esta, por sua vez, fabricou o concreto asfáltico em escala 
industrial na sua usina industrial móvel, instalada em sua fábrica no município de Macaíba, 
dispôs ainda de toda a logística de transporte e equipamentos necessários para aplicação no 
trecho experimental na construção do pavimento rodoviário. 
 
4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 
 
4.1 CARACTERIZAÇÃO DOS AGREGADOS 
 
4.1.1 Tipo de material 
 
Quanto a composição gravimétrica das três amostras observadas, perceberam-se as 
frações médias dos materiais de resíduos de concreto1, materiais cerâmicos2, resíduos de pisos3 
e materiais indesejáveis4, conforme é representado na Figura 3 a seguir. 
Os dados acima comprovam se tratar de material do tipo ARM (Agregado Reciclado 
Misto), conforme as classificações da Resolução nº 307 (CONAMA, 2002), na classificação A 
do documento. Contudo, apresentou 88,25% de material cimentício e pétreo, valor bem 
próximo ao limite inferior de 90% da classificação como ARC (concreto). O que indica um 
material de boa qualidade na resistência à compressão. 
15 
 
Figura 2 - Composição gravimétrica das amostras: 1concreto; 2cerâmico; 3pisos; e 
4indesejáveis. 
 
 
4.1.2 Análise granulométrica 
 
Da análise granulométrica, constatou-se a quase ausência de fíler nos agregados graúdos 
de RCD e natural, ao passo que a areia reciclada registrou quantidade em massa significativa 
de material fino nas amostras, o que pode levar a um aumento na quantidade necessária de CAP. 
Quanto mais fino o material, maior é o número de faces a serem envolvidas pelo ligante. 
Conforme Bernucci et al., (2010), as britas 1 (19,0 mm) e a brita 0 (9,5 mm) expressaram curvas 
de graduação aberta, por conter distribuição dos grãos de modo contínuo, mas com insuficiência 
de material fino. As areias natural e reciclada, revelaram graduação densa ou bem-graduada, 
com distribuição de granulometria contínua, sendo a mesma classificação para o pó de pedra, 
porém se observou neste a presença de material pulverulento, comprovado pela grande 
quantidade de fino flagrada pela sua curva. 
Quanto ao fíler de cimento Portland, obteve-se quantidade irrelevante de material 
<0,075mm, todavia, foi compensado pela quantidade de finos presentes na areia reciclada e no 
pdp. Por fim, também se encontram plotadas, entre o conjunto, as curvas com a granulometria 
geral de ambos os traços, onde se observa pequena variação na peneira de 12,7mm de 11% 
entre elas, sendo o traço com RCD com 11% a mais de material retido nesta malha, entretanto, 
mantiveram-se praticamente sobrepostas. A Figura 4 a seguir contempla as informações acima 
antecipadas. 
88
5
3 4
Concreto Cerâmicos Pisos Indesejáveis
16 
 
Figura 4 - Curvas da análise granulométrica dos agregados. 
 
 
4.1.3 Massa específica aparente e absorção por água 
 
Nas análises da densidade aparente dos materiais, de modo esperado, pode-se aferir um 
menor valor para os materiais reciclados em relação aos naturais correspondentes, uma vez que 
as britas e o pdp são oriundos de rocha granítica, ao passo que os agregados reciclados 
apresentaram composição heterogênea. Os resultados estão expressos em números 
adimensionais, em decorrência dos procedimentos de ensaio e cujos dados estão expressos na 
Tabela 3 abaixo. Na verificação da absorção por água da brita 1, para fins de comparação entre 
os dois tipos, se obteve um valor de 0,6% no agregado natural e um valor dez vezes superior 
(6,2%) para o reciclado, constatando-se tratar de um material mais poroso e menos consolidado 
que o primeiro, além do fato que as amostras apresentaram frações de cerâmica vermelha (que 
contem argila) e pequena quantidade de gesso, o que faz reduzir a densidade e pode levar a um 
pequeno aumento no consumo de ligante. 
Tabela 3 - Caracterização quanto a densidade dos agregados. 
Material Valor 
Brita 1 natural 2,59 
Brita 1 de RCD 2,19 
Brita 0 2,56 
Pó de pedra (pdp) 2,63 
Areia natural 2,61 
Areia de RCD 2,54 
Cimento Portland 2,86 
 
 
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0,0 0,1 1,0 10,0 100,0
%
 P
as
sa
n
te
Malha das peneiras (mm)
B1 Reciclada
B1 Natural
Brita 0
Areia Reciclada
Areia Natural
PDP
Fíler
Curva geral do TAR
Curva geral do TAN
17 
 
4.1.4 Índice de forma e abrasão Los Angeles 
 
Segundo a norma DNIT-ES 031 (DNIT, 2006), esse parâmetro varia de 0 (zero) a 1 
(um), significando resultado péssimo a ótimo, nesta sequência. O resultado deste parâmetro 
para a brita 1 de RCD foi de 0,87 (adimensional). E, com base nisto, pode-se classificar o 
material analisado como de boa qualidade quanto à sua forma. E, de acordo com a norma 
DNER-ME 035 (DNER, 1998) para a verificação da Abrasão Los Angeles, solicita um desgaste 
inferior ou igual a 50%, para aplicação em obras de pavimento flexível. O resultado coletado 
foi de 35% para o agregado reciclado e 31% para o natural, concluindo-se que o RCD, embora 
com desgaste ligeiramente maior que a brita granítica, ainda assim, é um resultado satisfatório 
mostrando a viabilidade do seu uso na produção de CAUQ. 
 
4.2 CARACTERIZAÇÃO DO CIMENTO ASFÁLTICO 
 
Das análises do CAP 50/70 ensaiado aferiu-se uma densidade igual a 1,013; o ponto de 
fulgor, em função da segurança dos operadores e do equipamento empregado no estudo, a 
operação foi interrompida ao atingir a temperatura de 225 °C, uma vez que esta já atende ao 
limite de operação do material na confecção do CBUQ (devido ocorrer a quebra das moléculas 
do ligante aos 177 °C) não se tendo atingido os pontos de fulgor nem de combustão na ocasião. 
Na verificação da viscosidade segundo o método Saybolt-Furol, obteve-se como resultado o 
gráfico ilustrado na Figura 3 a seguir, cujo instrumento revelou como temperaturas de trabalho 
do CAP em 160 °C e de aquecimento dos agregados de 170 °C a 175°C, figura 5 abaixo. 
Figura 3 - Curva de viscosidade segundo Saybolt-Furol. 
 
 
250,5 
131,0 
42,4 
10
100
130 135 140 145 150 155 160 165 170 175 180
V
is
co
si
d
ad
e 
(S
S
F
)
Temperatura (°C)
18 
 
O mesmo material apresentou ponto de amolecimento à temperatura média de 44,5 °C 
e do ensaio de penetração se obteve um resultado de 53, bem próximo ao limite inferior da sua 
especificação (50/70 – valores da penetração mínima e máxima, respectivamente, do CAP em 
questão). Tendo em vista que todos os parâmetros verificados mantiveram-se enquadrados entre 
os limites de aprovação solicitados pela norma DNIT 095-EM (DNIT, 2006), o cimento 
asfáltico também se mostrou aprovado para uso e aplicação. 
 
4.3. CARACTERIZAÇÃO DAS DOSAGENS 
 
Em decorrência dos resultados da granulometria, o enquadramento na faixa “”C” padrão 
DNIT, conforme DNIT 031-ES (DNIT, 2006), resultou nas dosagens dos dois traços 
apresentados na Tabela 4 abaixo. Segundo comentado anteriormente, é apresentada a 
composição para um traço, denominado por TAN¹, com agregados convecionais e outro, 
denominado por TAR², contendo os agregados reciclados, além dos seus respectivos gráficos 
ilustrados, em sequência, nas Figuras 4 e 5, nessa ordem. 
Tabela 4 - Percentuais de agregados utilizados nas dosagens de CAUQ. 
Agregados TAN¹ Agregados TAR² 
Brita 1 natural 10,0 Brita 1 RCD 13,0% 
Brita 0 40,0% Brita 0 40,0% 
Pó de pedra 29,0% Pó de pedra 25,0% 
Areia de natural 18,0% Areia de RCD 20,0% 
Cimento Portland 3,0% Cimento Portland2,0% 
 
Figura 4 - Gráfico do traço de CAUQ para o ¹TAN. 
 
 
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0,01 0,10 1,00 10,00 100,00
%
 P
as
sa
n
te
Malha das peneiras (mm)
Limites na faixa C
Faixa de Trabalho
Mistura TAN¹
Média faixa C
19 
 
Figura 5 - Gráfico do traço de CAUQ para o ²TAR. 
 
 
Dos gráficos acima conclui-se que, pelo método das tentativas, a faixa de trabalho ficou 
bem próxima da linha ideal de operação, se estabelecendo sempre entre os limites da mesma e 
deixando os dois traços praticamente similares. Buscou-se, por outro lado, aplicar o percentual 
de agregados graúdos igual ou maior que 50%, uma vez que este material responde pela maior 
resistência às cargas de compressão aplicadas ao tipo de pavimento. Contudo, quanto mais 
fração graúda de agregado contiver o traço, melhor será o comportamento flexível do concreto, 
ao passo que uma dosagem com maior percentual de agregados miúdos fará o concreto tender 
ao comportamento rígido, tornando-o mais susceptível ao surgimento de trincas e fissuras, 
diminuindo a vida útil da capa de rolamento. 
Nos estudos dos parâmetros volumétricos e mecânicos entre os doze corpos de prova 
confeccionados, foram plotadas as curvas em função do teor de asfalto apresentadas a seguir, 
para definir o percentual ótimo de ligante de projeto, comparando o comportamento simultâneo 
entre as duas misturas (com agregado natural e com RCD). Analisaram-se os valores da massa 
específica aparente média (Gmb), que é a simples relação entre a massa seca do CP e o seu 
volume, sendo adotado o percentual de CAP para o maior valor observado neste critério e se 
constata, nos gráficos da Figura 6 adiante, que o TAN apontou seu melhor desempenho aos 
5,5% de ligante, ao passo que o TAR expressou curva ascendente, com Gmb máximo aos 6,0% 
de asfalto. No entanto, de modo esperado, o gráfico do TAN ficou acima do TAR devido os 
agregados reciclados possuírem menor massa específica aparente, tal qual foi mostrado nos 
resultados da caracterização dos agregados. 
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0,01 0,10 1,00 10,00 100,00
%
 P
as
sa
n
te
Malha das peneiras (mm)
Limites faixa C
Faíxa de Trabalho
Mistura TAR²
Média Faíxa C
20 
 
Quanto a análise do volume de vazios (Vv %), que associa os espaços ocupados pelo ar 
e o volume total da mistura, é feita pela relação entre a Densidade Máxima Teórica – DMT (que 
é a densidade da mistura asfáltica supostamente sem os vazios) e a massa específica (Gmb) do 
CP. Neste indicador, a norma DNIT 031-ES (DNIT, 2006) determina os seus limites de 3% a 
5%, sendo prática comum estabelecer o valor médio do parâmetro igual a 4,0%. Consoante a 
isto, foi verificado que na composição com 4,5% de asfalto no traço natural, o volume de vazios 
foi de apenas 3,43% (próximo ao limite inferior), diminuindo a medida em que almentou a 
quantidade de CAP. Para o composto contendo RCD, foi rebatido no gráfico o valor médio de 
4,0% de Vv, obtendo-se a taxa de 4,7% de ligante. Na Figura 7 abaixo, é perceptível que a 
mistura TAR apresenta naturalmente maior porosidade, possivelmente em decorrência da 
variedade de materiais contidos no RCD, como os materiais cerâmicos (que contém argila) e as 
argamassas de revestimento (que são menos consolidadas). 
Figura 6 - Relação Gmb - CAP. 
 
Figura 7 - Relação Vv - CAP. 
 
Na página seguinte, a Figura 8 exibe as curvas geradas da relação do nível de material 
betuminoso com o percentual de vazios (RBV %), indicando qual a porcentagerm de vazios do 
agregado é preenchida por betume. Comparando-se os gráficos do Vv com os do RBV, nota-se 
que o comportamento de ambos é de forma inversamente proporcional. No fator RBV, a norma 
referida no parágrafo anterior estabelece o percentual de cimento asfáltico da mistura que 
estiver entre os limites de 75% a 82% para o cálculo do melhor teor de ligante de projeto, em 
se tratando da camada de rolamento com CAUQ. Dos traços estudados na pesqueisa, foi 
estabelecido o percentual de 4,5% de ligante no traço natural, visto que este obteve um RBV de 
75,11% enquanto que a dosagem com 5,0% de CAP ficou acima do limite superior (RBV igual 
a 83,88%). Para o traço com RCD, o melhor RBV (80,02%) se deu no segundo teor de ligante, 
estando o anteior e os posteriores fora dos limites normatizados. 
2,2
2,3
2,3
2,3
2,3
2,3
2,4
2,4
4,5 5 5,5 6
G
m
b
 m
éd
io
Teor de CAP (%)TAR TAN
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
4,5 5 5,5 6
V
o
l.
 d
e 
v
az
io
s 
-
V
v
 (
%
)
Teor de CAP (%)TAR TAN
21 
 
O critério da estabilidade Marshall (E - Kgf) versus ligante, determina a carga máxima 
que a massa asfáltica pode suportar, quando submeida à compressão radial semiconfinada, e 
desta observação retira-se o percentual de asfalto que apresenta melhor estabilidade, sendo o 
valor mínimo aceito por norma de 500 Kgf, para 75 golpes. Na Figura 9 abaixo, que traz os 
gráficos deste parâmetro, se percebeu com grande surpresa o resultado das análises, devido a 
curva do TAR expressar valores com praticamente o dobro dos obtidos com o TAN. Acredita-
se, que mesmo com os materiais naturais e o traço somente desses agregados apontando massa 
específica maior em detrimento dos seus pares, a dosagem com RCD, além de ter na sua 
composição materiais pétreos (graníticos), também contém material oriundo de concreto já 
consolidado (com o devido ganho de resistência inicial) envolvendo as britas constituíntes. Este 
fator pode ter conferido ganho de estabilidade quando submetido ao ensaio de compressão 
diametral por meio de prença Marshall e esta é uma premissa possível de ser observada nos 
resultados do desgaste à abrasão Los Angeles que mostrou valor próximo ao da brita natural. 
Figura 8 - Relação RBV - CAP. 
 
Figura 9 - Relação Estabilidade - CAP. 
 
Motter (2013), que estudou as propriedades de um concreto betuminosos usinado a 
quente aplicando agregado graúdo reciclado de concreto em várias misturas, também obteve 
valores da estabilidade semelhantes para 6,0% de CAP. Nestas análises, verifica-se que o 
melhor ganho de resistência se deu na dosagem de 5,0% de ligante em ambos os traços. No 
TAN se anotou estabilidade de 700,11 Kgf e no TAR foi percebido o valor de 1.347,88 Kgf, 
salientando-se que todas as amostras se mantiveram acima do limite aceitável. 
Diante das análises dos quatro parâmetros acima relacionados, é feia a média aritmética 
simples entre os melhores percentuais de CAP observados (t1, t2, t3 e t4), para determinar uma 
nova dosagem da mistura, assumindo o teor ótimo de ligante calculado. Dos valores citados nas 
observações anteriores, se obteve as porcentagens de 4,9% ± 0,3 de ligante para o traço com 
65
70
75
80
85
90
95
100
4,5 5 5,5 6
R
el
. 
B
et
u
m
e/
v
az
io
s 
-
R
B
V
 (
%
)
Teor de CAP (%)TAR TAN
540
740
940
1140
1340
4,5 5 5,5 6
E
st
ab
il
id
ad
e 
-
E
 (
K
g
f)
Teor de CAP (%)TAR TAN
22 
 
agregados convencionais e 5,2% ± 0,3, para a confecção do traço de CAUQ empregando RCD, 
mostrando uma dosagem praticamente equivalente entre os dois, considerando-se as 
aproximações. A Tabela 5 abaixo traz, em resumo, esses apontamentos. 
Tabela 5 - Resumo de cálculo do teor ideal de asfalto. 
Tipo 
do 
traço 
Parâmetros considerados Teor 
ótimo 
± 0,3 
Gmb Vv (%) RBV (%) Estabil. (Kgf) 
TAN 5,5 4,5 4,5 5,0 4,9 
TAR 6,0 4,7 5,0 5,0 5,2 
 
Conforme já foi antecipado no iníco deste artigo, esta pesquisa ultrapassou os limites do 
campo acadêmico, ganhando aplicação prática de CAUQ com RCD na composição, ao ser 
executado um trecho experimental real de pavimentação asfáltica. Tendo sido contemplada a 
rua José Miranda da Silva, no bairro Brasil Novo, localizado na zona norte do município do 
Natal-RN, com aproximadamente 100 de extenão de pavimento aplicado. No entanto, não é 
contemplado neste trabalho o acompanhamento e análises sobre o seu desempenho in loco, 
cabendo esta tarefa a outraequipe de estudos. 
 
5 CONCLUSÃO 
 
Esta pesquisa teve o objetivo primário de propor a aplicação de resíduos advindos de 
obras civis de onstrução e demolição, aqui denominados por RCD, como agregados graúdo e 
miúdo na coomposição de um concreto asfáltico usinado a quente (CAUQ), empregado na 
camada de rolamento em pavimento flexível de rodovias, como alternativa ao uso de insumos 
naturais, contribuindo para assutentabilidade das futuras gerações. Foram utilizados resíduos 
reciclados nas frações de brita 1 e areia, em substituição aos seus correspondentes do traço 
convencional. Para tanto, foram realizados ensaios de caracterização física e mecânica os 
materiais ne busca de verificar seu potencial uso nesta aplicação. 
Dos ensaios de caracterização dos agregados reciclados, pode-se definir que a fração 
graúda obteve comportamento semelhante à brita 1 natural, apresentando graduação aberta e 
sem a presença de material fino. Esse material revelou em sua constituição 88,25% de materiais 
cimentícios e pétreos, originários de traços de concreto de cimento Portland, configurando-se 
como material do tipo misto, na categoria B segundo a classificação CONAMA (2002) e 
23 
 
Grubba e Parreira (2009), porém bem próximo à classe A de resíduos da construção civil, 
considerados mais nobres. Esta, revelou massa específica de 2,19, inferior à da brita granítica, 
que apresentou 2,59 e obteve um bom índice de forma de 0,87. No projeto de pesquisa de Neto 
(2018), empregando brita 1 resciclada originada na mesma cidade e usina de reciclagem que a 
desde trabalho, foi obtido índice de forma de 0,75, cujo material foi caracterizado para dosagem 
de traço de PMF. 
Quanto a abrasão Los Angeles, o resultado obtido de 35% para o RCD foi considerado 
satisfatório, visto que a birta 1 natural apontou resultado de 31%, estando adequada ao exigido 
na norma DNER-ME 035 (DNER, 1998). Constatou-se ainda o alto valor de absorção por água 
do RCD graúdo relativamente ao seu similar granítico (na grandeza 10 vezes superior). Mas, 
esta é uma observação também encontrada nas pesquisas de Motter (2013) e Souza et al. (2010). 
E a areia reciclada apresentou densidade de 2,54, contra os 2,61 da natural, além de grande 
percentural de material fino. Considera-se que o RCD atendeu aos critérios para o destinto uso. 
O ligante asfáltico utilizado nos procedimentos foi cimeneto asfáltico de petróleo 
(CAP), na especificação de 50/70. Relativo aos ensaios com este material, verificou-se que a 
determinação da penetração se manteve aprovado, porém com resltado de 53 bem próximo ao 
limite inferio; ponto de amolecimento aos 44,5°C; sua densidade foi de 1,013; a viscosidade 
Saybolt-Furol determinou as temperaturas de aquecimento do CAP 50/70 em 160°C e dos 
agregados de 170°C a 175°C; e quanto aos pontos de fulgor e combustão, não houve 
determinação. Haja vista as condições de segurança dos operadores e do equipamento, o 
aquecimento do material foi interrompido aos 225°C, um avez que aos 177°C ocorre a quebra 
das moléculas do ligante, o tornando impróprio para uso. 
Como forma de avaliação dos parâmetros físicos e mecânicos solicitados na norma de 
especificação para concretro asfáltico usinado aquente, DNIT 031-ES (DNIT, 2006) na faixa 
“C”, foram produzidas uma dosagem contendo agregados reciclados e outra com agregados 
naturais, do ponto de vista granulométrico, praticamente equivalentes. Foram plotadas as curvas 
granulométricas dos dois traços, apresentando-se ambas exatamente sobrepostas, diferindo 
somente na peneira de 12,7mm. O enquadramento na faixa C dos dois traços mostrou-se quase 
que indênticos. As dosagens foram realizadas para quatro percentuais de ligante, usualmente 
praticados no mercado local. Nos gráficos da massa específica das amostras, obteve-se o teor 
de asfalto para o maior Gmb; em relação ao volume de vazios, utilizou-se o percentual de ligante 
estabelecido entre; na relação betume-vazios, utilizou-se os teores dados entre o mínimo de 
75% e o máxim de 82%; e a estabilidade revelou maior resistência do traço com RCD. 
24 
 
REFERÊNCIAS 
 
ABRELPE. - Associação Brasileira de Empresas de Limpesa Pública e Resíduos Especiais. 
Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil, 2013. ABRELPE, São Paulo, 2014. 
Disponível em: <www.abrelpe.org.br/Panorama/panorama2016.pdf> 
 
ABRELPE. Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2017. ABRELPE, São Paulo, 2018. 
Disponível em: <www.abrelpe.org.br/Panorama/panorama2018.pdf> 
 
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