PAISAGEM URBANA (TOWNSCAPE) ,1961 GORDON CULLEN “[...] Efetivamente, uma cidade é algo mais do que o somatório dos seus habitantes: é uma unidade geradora de um excedente de bem‐ estar e de facilidades que leva a maioria das pessoas a preferirem – independentemente de outras razões – viver em comunidade a viverem isoladas.” (CULLEN, 1971:9) Considere‐se, agora, o impacto visual da cidade sobre os seus habitantes ou visitantes. O propósito desde livro é mostrar que, assim como a reunião de pessoas cria um excedente de atrações para toda a coletividade, também um conjunto de edifícios adquire um poder de atração visual a que dificilmente poderá almejar um edifício isolado. CONTEXTO HISTÓRICO ‐ Crítica ao planejamento urbano moderno PRINCIPAIS ARGUMENTOS ‐ Observação das cidades por meio de qualidades emotivas ‐ Estudo através da forma da cidade ‐ ÓPTICA A paisagem que surge como uma sucessão de surpresas ou revelações súbitas ‐ LOCAL Nossas reações perante a nossa posição no espaço • Centro histórico de Paraty, patrimônio Nacional tombado pelo IPHAN (que data de 1820) • Suas ruas foram traçadas do nascente para o poente e do norte para o sul, no centro histórico os carros são proibidos IMAGEM EXISTENTE IMAGEM EMERGENTE VISÃO SERIAL • Sucessão de pontos de vista • Cada seta representa um ponto de vista • A progressão uniforme do caminhante • Série de contrastes súbitos de grande impacto visual • Os contrastes dão vida ao percurso “Os mínimos desvios ao alinhamento, as pequenas variações nas saliências e reentrâncias, em planta, tem um efeito dramático não proporcional na terceira dimensão” Oxford Ipswich O cilindro O cone O cubo Westminster “A complexidade das sucessivas contraposições de torres, pináculos e mastros, a multiplicidade de alinhamentos e agrupamentos sempre diferentes e a súbita convergência de enfáticas verticais num nó intricado, são apenas algumas das recompensas que se oferecem a um olhar crítico e sempre atento (não a um olhar preguiçoso, bem entendido)” (CULLEN, 1971:21) LOCAL • Apropriação do espaço • Território Ocupado • Apropriação pelo movimento Apropriação do espaço Las Ramblas ‐ Barcelona MASP ‐ SP PONTO FOCAL • Símbolo vertical da convergência • Define a situação, surge como uma confirmação LINHAS DE FORÇA Evidencia uma cidade – características morfológicas Orientação espacial ‐ legibilidade Particularidade do lugar Uso do solo História da cidade AV. ATLÂNTICA NOSSA SENHORA DE COPACABANA RUA BARATA RIBEIRO PRESIDENTE VARGAS Chelsea Market Nova York, NY Jamaa el Fna Marrakesh, Marrocos Mercado Central Santiago, Chile Ver‐o‐Peso Belém, Brasil Uzès Provence, França Campo de Fiori Roma, Itália Grand Bazaar, Istambul, Turquia A IMAGEM DA CIDADE 1960 KEVIN LYNCH A FISIONOMIA DAS CIDADES Este livro trata da fisionomia das cidades, da importância dessa fisionomia e da possibilidade de modificá‐la. Para examinar essa questão, o livro analisa três cidades norte‐americanas, sugerindo um método por meio do qual se poderia começar a lidar com a forma visual em escala urbana e propondo alguns princípios de design urbano. • Defende a importância de ummeio ambiente característico e legível: Amplia a sensação de segurança Intensifica a profundidade da experiência humana “Para compreender isto temos de considerar a cidade não como algo em si mesmo, mas a cidade objeto da percepção de seus habitantes”. • Defende a construção e a percepção de uma imagem coletiva de cidade, para além das diferenças individuais. A IMAGEM DA CIDADE E SEUS ELEMENTOS VIAS Canais ao longo dos quais o observador se move usual, ocasional ou potencialmente. LIMITES Elementos lineares não usados nem considerados pelos habitantes como vias. São as fronteiras entre duas partes. Interrupções lineares, como costas marítimas ou fluviais. São referências secundárias, barreiras mais ou menos penetráveis que mantém uma região isolada das outras. BAIRROS Regiões urbanas de médio ou grande porte concebidos como extensão bidimensional. Regiões em que o observador penetra mentalmente e que reconhece como algo de comum e de identificável. A IMAGEM DA CIDADE E SEUS ELEMENTOS CRUZAMENTOS Essencialmente junções, locais de interrupção no transporte, momento de mudança de uma estrutura para outra. São pontos estratégicos de uma cidade através dos quais o observador pode entrar. Intensivos focos dos quais ou para os quais ele se desloca. Podem ser simples concentrações que se revestem de importância por condensar hábitos ou pelo seu caráter físico. Alguns desses nós de concentração são o foco ou o resumo de um bairro: são os centros. A IMAGEM DA CIDADE E SEUS ELEMENTOS ELEMENTOS ou PONTOS MARCANTES Referências externas ao ponto de vista do observador. Normalmente representados por um objeto físico: Edificio, sinal, loja ou montanha. O seu uso indica distinção e evidência em relação a uma quantidade enorme de outros elementos. Apresentam‐se nas diferentes escalas de representação e abrangência. INTER‐RELAÇÕES DE ELEMENTOS Os elementos tipos apresentados não existem de maneira isolada. A IMAGEM DA CIDADE E SEUS ELEMENTOS A IMAGEM MUTÁVEL Mais do que uma única imagem para todo o meio ambiente, percebe‐se um conjunto de imagens que se sobrepõe. A QUALIDADE DA IMAGEM