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Fisiologia veterinária avançada

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Prévia do material em texto

1	
	
	 
Marina	Morena 
 
 
Fisiologia veterinária avançada 
Sistema reprodutor 
Masculino 
Ø Gônodas	pares	(testículos)	–	sem	conexão.	Separados	pela	túnica	albugínea	
Ø Sistemas	pares	de	canalização	gonodal	–	epidídimo	e	ducto	deferente	
Ø Glândulas	acessórias	–	próstata,	vesícula	seminal	e	glândulas	bulbouretrais	
Ø Pênis	
A	principal	função	é	produzir	células	germinativas	(espermatozoides)	que	transmitem	
os	 genes	do	macho	para	 seus	 filhos.	Além	disso,	 produz	 andrógenos	que	dão	 características	
comportamentais	e	sexuais	ao	macho.	
Túnicas 
Ø Vaginal	-	parte	do	revestimento	peritoneal	que	desceu	junto	com	o	testículo	durante	a	
sua	migração	para	a	bolsa	escrotal	
Ø Albugínea	 -	 tecido	 conjuntivo	 espesso	 e	 resistente	 que	 envolve	 a	massa	 testicular	 e	
envia	septos	para	o	seu	interior	dividindo	o	testículo	em	compartimentos	ou	lojas	
Órgão copulador – pênis 
Ø Pênis	 fibroelástico	 –	 composto	 por	 muito	 tecido	 fibroelástico	 e	 pequenos	 espaços	
sanguíneos.	Necessita	de	pouco	sangue	para	ocorrer	a	ereção.	Tem	um	formato	de	S	
que	estica	no	momento	da	monta.	Ex:	ruminantes	e	suínos.	
Ø Pênis	musculocarvenoso	–	tem	espaços	sanguíneos	maiores,	com	uma	necessidade	de	
muita	irrigação	sanguínea	para	ocorrer	a	ereção.	Ex:	cão	e	equinos.	
Testículo 
A	descida	de	 cada	um	é	 independente.	Não	há	 conexão	entre	eles.	No	momento	da	
descida	 a	 túnica	 albugínea	 forma	 septos	 no	 interior	 que	 geram	 compartimentos.	 Esses	
compartimentos	 são	 formados	 por	 túbulos	 seminíferos	 que	 produzem	 o	 espermatozoide	 e	
liberam	 no	 mediastino	 testicular,	 que	 armazena	 até	 o	 momento	 em	 que	 o	 epidídimo	 é	
esvaziado.	Quando	o	epidídimo	é	esvaziado,	no	ato	da	ejaculação,	os	espermatozoides	seguem	
do	mediastino	para	lá	serem	armazenados.		
Obs:	 O	 tamanho	 do	 mediastino	 indica	 a	 sua	 capacidade	 de	 armazenamento	 e,	
portanto,	 a	 capacidade	 de	 produção	 de	 espermatozoide	 daquele	 indivíduo.	 Desse	 modo,	
mede-se	 o	 mediastino	 por	 ultrassom	 e	 o	 tamanho	 indica	 se	 aquele	 animal	 é	 um	 bom	
reprodutor.	
Os	 túbulos	 seminíferos	 são	 revestidos	por	uma	camada	conjuntiva	e	 contêm	em	seu	
interior	 um	 epitélio	 constituído	 basicamente	 por	 dois	 tipos	 celulares:	 epitélio	 germinativo	
(células	 que	 estão	 se	 diferenciando	 para	 formar	 espermatozoides)	 e	 células	 de	 Sertoli	 (com	
funções	de	nutrição	e	sustentação	dos	espermatozoides).		
Além	 do	 seu	 papel	 na	maturação	 de	 células	 germinativas,	 as	 células	 de	 Sertoli	 têm	
outras	funções	importantes:	
Ø Barreira	hemato-testicular	
Ø Fagocitose	de	células	germinativas	danificadas	
Ø Função	 secretória	 e	 endócrina	 –	 converte	 a	 testosterona	 produzida	 pelas	 células	 de	
Leydig	em	estrogênios;	sintetiza	a	proteína	ligadora	de	andrógeno;	secreta	inibina,	que	
tem	ação	inibitória	sobre	a	secreção	de	FSH	na	hipófise.	
2	
	
	 
Marina	Morena 
 
 
Outra	célula	presente	no	testículo	que	merece	destaque	é	a	célula	de	Leydig,	que	se	
localiza	entre	os	túbulos	seminíferos	e	é	a	principal	responsável	pela	secreção	de	andrógenos.	
Tanto	 as	 células	 de	 Sertoli	 como	 as	 de	 Leydig	 parecem	 interagir	 de	modo	 parócrino	 (envia	
hormônios	para	as	células	vizinhas).	
Ø Sertolioma:	 Tumor	das	 células	de	 Sertoli.	Não	 faz	metástase	 justamente	por	haver	 a	
barreira	hemato-testicular	
Hormônios 
A	 principal	 função	 da	 testosterona	 é	 o	 desenvolvimento	 e	 manutenção	 da	
espermatogênese,	além	de	estimular	características	masculinas.	É	o	segundo	esteroide	sexual	
de	importância	a	ser	formado,	após	a	progesterona	e	antes	da	estrona	e	estradiol.	A	produção	
desse	hormônio	é	controlada	pela	gonodotrofina	(LH),	que	se	liga	nas	membranas	das	células	
de	Leydig	e	ativa	a	AMC	(adenosina	monofosfato	cíclica).	A	ligação	do	LH	estimula	a	conversão	
de	 colesterol	 em	 testosterona.	 Os	 andrógenos	 caem	 no	 sangue	 e	 na	 linfa	 e	 se	 ligam	 a	 ABP	
(proteínas	 ligadoras	 de	 andrógeno),	 produzido	 pelas	 células	 de	 Sertoli.	 A	 ABP	 promove	 o	
acúmulo	 de	 testosterona	 e	 di-hidrotestosterona	 no	 interior	 dos	 túbulos	 seminíferos	 e	 no	
interstício.	Além	disso,	as	ABPs	facilitam	o	transporte	de	
andrógenos	 do	 testículo	 para	 o	 epidídimo,	 onde	 esses	
hormônios	 influenciam	 no	 trânsito	 epididimal	 e	 a	
posterior	maturação	dos	espermatozoides.	
O	 FSH	 é	 um	hormônio	 folículo	 estimulantes	 que	
tem	 como	 alvo	 específico	 receptores	 das	 células	 de	
Sertoli	 dentro	 dos	 túbulos	 seminíferos.	 Assim	 como	 a	
testosterona,	é	responsável	por	estimular	várias	funções,	
como	a	síntese	e	secreção	de	ABP,	inibina	e	estrógenos.	A	
inibina,	 juntamente	 com	 a	 testosterona,	 está	 envolvida	
na	 complexa	 regulação	 por	 feedback,	 agindo	 como	 um	
potente	inibidor	da	secreção	de	FSH	pela	hipófise.		
Ø Resumo:	
↑Testosterona	 (caso	 fique	 baixo	 o	 macho	 terá	
problemas	de	reprodução)	
↓Progesterona	
↓Estrogênio	 (caso	 aumentado	 desestimula	 a	
reprodução	e	incentiva	o	acumulo	de	gordura).	
Feminino 
Ø Ovários	–	produção	de	gametas	e	de	hormônios	
Ø Tubas	uterinas	
Ø Útero	(dois	cornos,	corpo	e	colo	–	cérvix)	–	cão	e	
gato:	Fino	e	comprido	para	abrigar	vários	filhotes;	
porca:	comprido	e	sinuoso	
Ø Vagina	–	quando	o	animal	 tem	muitos	 filhotes	ou	 filhotes	 grandes,	 pode	 ser	que	no	
parto	faça	muito	esforço	e	leve	a	um	prolapso	vaginal	
Ø Vestíbulo	da	vagina	
Ø Vulva	
Os	 ovários	 dos	mamíferos	 são	 dependentes	 da	 liberação	 de	 FSH	 (hormônio	 folículo	
estimulante),	para	o	crescimento	e	maturação	dos	folículos,	e	LH	(hormônio	luteinizante)	para	
a	síntese	de	estrógeno,	ovulação	e	crescimento	inicial	do	corpo	lúteo.	Essas	são	as	chamadas	
gonadotrofinas,	que	têm	como	característica	uma	liberação	basal	com	aumento	em	pulsos.		
ABP	+	
ANDRÓGENOS	 EPIDÍDIMO	
TRÂNSITO	
EPIDIDIMAL	E	
MATURAÇÃO	DE	
ESPERMATOZÓIDES	
3	
	
	 
Marina	Morena 
 
 
O	corpo	lúteo	é	formado	após	a	ovulação	e	é	composto	de	células	luteais	que	secretam	
grande	 quantidade	 de	 progesterona,	 quando	 estimulados	 pelo	 LH.	 A	 luteólise,	 que	 é	 a	
regressão	 do	 corpo	 lúteo,	 é	 dependente	 do	 aumento	 de	 pulsos	 de	 prostaglandinas	 (PGF2α).	
Além	 disso,	 é	 responsável	 por	 secretar	 ocitocina,	 que	 age	 nas	 células	 glandulares	 do	
endométrio	que	estimulam	a	secreção	dessas	prostaglandinas.		
Ø Hiperplasia	endometrial	cística:	O	aumento	da	progesterona	leva	a	hiperplasia	uterina	
(condição	 fisiológica	 de	 preparo	 para	 a	 implementação	 do	 zigoto).	 Quando	 esse	
aumento	 é	 prolongado	 ou	 há	 um	 aumento	 anormal	 desse	 hormônio,	 pode	 ser	
formado	um	 cisto.	 Esse	 cisto	 estimula	 os	 hormônios	 simulando	uma	gravidez.	Desse	
modo,	 o	 cérvix	 fica	 ligeiramente	 aumentado,	 propiciando	 a	 entrada	 de	 bactérias	 da	
microbiota	 do	 trato	 gastrointestinal	 (p.ex.	 E.	 coli),	 levando	 a	 uma	 infecção	 uterina.	
Como	consequência	dessa	infecção	há	a	produção	de	pus,	configurando	piometra.	
Uma	 das	 principais	 funções	 do	 ovário	 é	 a	 endócrina,	 onde	 este	 é	 responsável	 pela	
produção	 de	 estrogênio,	 progesterona,	 inibina,	 ocitocina	 e	 relaxina.	 A	 inibina	 tem	 um	
importante	 papel	 na	 regulação	 endócrina	 sobre	 o	 FSH.	 Por	 sua	 vez,	 a	 ocitocina	 participa	 do	
processo	de	 involução	do	corpo	lúteo.	Por	último,	a	relaxina	facilita	a	passagem	do	feto	pelo	
canal	do	parto.	
Antes	 da	 ovulação	 ocorre	 uma	 onda	 de	 hormônio	 luteinizante	 (LH),	 levando	 a	
mudanças	 críticas	 no	 folículo	 que	 resultam	 na	 liberação	 do	 oócito.	 Essa	 onda	 ocorre	
aproximadamente	24h	antes	da	ovulação	em	cabras,	porcas,	vacas,	cadelas	e	ovelhas.	O	efeito	
dessa	 onda	 de	 LH	 na	 granulosa	 é	 permitir	 o	 processo	 de	 luteinização,	 o	 qual	 transforma	 as	
células	secretoras	de	estrogênio	para	as	células	secretoras	de	progesterona.		
Depois	 que	 ocorre	 a	 ovulação	 é	 formado	 o	 corpo	 lúteo	 (CL).	 Sua	 principal	 função	 é	
secreção	 de	 progesterona,	 que	 prepara	 o	 útero	 para	 o	 inicio	 e	manutenção	 da	 gestação.O	
corpo	lúteo	é	formado	por	células	da	granulosa	mais	as	células	da	Teca	(resquícios	do	folículo).	
Na	maioria	das	espécies	domesticas,	a	significativa	produção	de	progesterona	pelo	CL	inicia-se	
no	intervalo	de	24h	após	a	ovulação.		
Em	 animais	 que	 requerem	 a	 cópula	 para	 ovular,	 o	 ciclo	 ovariano	 ocorre	 em	 apenas	
uma	fase,	a	folicular.	Ex:	gato,	coelho,	furão,	camelos,	lhamas	e	alpacas.	
Estrógeno	 Progesterona	 FSH	 LH	
Produzido	pelas	células	da	
membrana	granulosa	
Produzido	pelas	células	do	
corpo	lúteo	
Liberado	pela	adeno-
hipófise	
Liberado	em	pulsos	
pela	adeno-hipófise	
Sofre	influência	do	FSH	
Colabora	com	estrógeno	na	
expressão	do	
comportamento	sexual	
característico	associado	ao	
estro	
Estimula	o	
crescimento	e	
maturação	dos	
folículos	ovarianos	
Estimula	a	ruptura	
dos	folículos	
ovarianos,	a	ovulação	
e	desenvolvimento	
do	corpo	lúteo	
Desenvolvimento	das	
características	sexuais	
secundárias	da	fêmea	
Desenvolvimento	das	
glândulas	uterinas	 	 	
Desenvolvimento	da	
glândula	mamária	 Manutenção	da	gravidez	 	 	
Desenvolvimento	e	
funções	normais	do	trato	
reprodutor	feminino	
Estimula	a	glândula	mamária	 	 	
Quando	aumentada	a	
fêmea	se	torna	mais	
receptiva	ao	macho	
Quando	aumentada	a	fêmea	
se	torna	menos	receptiva	ao	
macho	
	 	
Obs:	Na	fêmea	a	testosterona	está	sempre	baixa.	
4	
	
	 
Marina	Morena 
 
 
Ciclo reprodutivo 
Nos	 animais	 domésticos	 que	 apresentam	 períodos	 definidos	 de	 estro	 (receptividade	
sexual),	o	termo	utilizado	é	ciclo	estral	e	o	inicio	do	proestro	determina	o	inicio	do	ciclo.	Como	
definição,	 o	 ciclo	 estral	 é	 o	 período	 compreendido	 entre	 dois	 estros	 de	 duração	 variável,	
apresentando	 fases	 bastante	 evidentes	 e	 caracterizado	 por	 modificações	 da	 genitália	 tanto	
interna	quanto	externa,	assim	como	no	comportamento	da	fêmea.	
Pode	 ser	 dividido	 em	 duas	
fases:	 folicular	 e	 luteínica.	 A	 fase	
folicular	 é	 chamada	 também	 de	
estrogênica	 ou	 proliferativa,	
enquanto	 a	 luteínica	 é	 chamada	 de	
progesterônica	ou	secretora.		
Em	 muitas	 espécies,	 o	
primeiro	 dia	 do	 ciclo	 tem	 inicio	 logo	
após	 a	 fase	 lútea.	 Na	 cadela,	 um	
período	 normal	 de	 anestro	 separa	 o	
diestro	 e	 o	 proestro.	 Assim	 como	 na	
cadela,	 a	 porca	 também	 é	 uma	
excessão,	com	o	proestro	em	cadelas	
atrasado	pela	fase	anestra	(dois	a	três	
meses)	 e	 o	 proestro	 da	 porca	 não	
ocorrendo	por	cinco	a	seis	dias.	
Ø Proestro	–	período	de	
desenvolvimento	folicular,	
ocorrendo	subsequente	à	
regressão	lútea	e	terminando	
no	estro.	
Ø Estro	–	Período	de	
receptividade	sexual.	
Ø Metaestro	–	Período	de	
desenvolvimento	inicial	do	
CL.	
Ø Diestro	–	Período	da	fase	madura	do	CL.	
Ø Anestro	–	período	sem	hormônio.	
Puberdade 
É	a	época	no	qual	o	animal	 libera	pela	primeira	vez	as	células	germinativas	maduras,	
ou	seja,	está	relacionado	com	a	capacidade	de	liberar	gametas	e	de	manifestar	uma	sequencia	
completa	de	comportamento	sexual.	
Depende	da	raça,	alimentação	e	genética	do	animal.	Em	bovinos	e	ovinos	o	peso	está	
diretamente	ligado,	onde	em	bovinos	o	ideal	é	275kg	e	em	ovinos	40kg.		
Ocorre	o	ajuste	gradual	entre	a	crescente	atividade	gonadotrófica	e	a	habilidade	das	
gônodas	(esteirodogênese	e	gametogênese).	
Ø Ovinos,	caprinos	e	suínos	–	6	a	7	meses	
Ø Bovinos	–	12	meses	
Ø Equinos	–	15	a	18	meses	
Ø Cães	e	gatos	–	acima	de	6	meses	
5	
	
	 
Marina	Morena 
 
 
Fotoperíodo 
Controla	 a	 ocorrência	 de	 ciclos	 reprodutivos	 em	 determinadas	 espécies	 domésticas	
(felinos,	caprinos,	equinos	e	ovinos).	Como	resultado,	essas	espécies	possuem	uma	fase	do	ano	
na	qual	apresentam	uma	atividade	contínua	 (cíclica)	e	outro	período	
sem	atividade	(anestro).	
Ø Felinos	e	equinos:	influência	+	pelo	aumento	de	luminosidade.	
Ø Caprinos	e	ovinos:	influência	+	pela	baixa	do	fotoperíodo.	
A	 glândula	 pineal	 é	 a	 responsável	 pela	 tradução	 do	
fotoperíodo.	 Como	 resposta	 ao	 período	 escuro,	 produz	 melatonina,	
hormônio	derivado	da	serotonina.		
Os	 efeitos	 supressivos	 do	 fotoperíodo	 podem	 ser	 superados	
por	 meio	 de	 regimes	 de	 exposição	 à	 luminosidade	 artificial	 (pelo	
menos	12h	por	dia).	 Se	 for	permitido	que	éguas	entrem	em	anestro	
no	outono,	pode	levar	no	mínimo	dois	meses	de	exposição	à	luminosidade	aumentada	para	o	
retorno	 da	 atividade	 ovariana.	 Normalmente	 não	 é	 possível	 manter	 ovelhas	 e	 cabras	 em	
instalações	escuras	visando	aumentar	a	exposição	destes	animais	à	escuridão	para	superar	os	
efeitos	supressivos	do	aumento	da	luminosidade.	Recentemente	vem	sendo	administrado	por	
via	oral	ou	 sistêmica	a	melatonina,	que	parece	 funcionar	em	ovelhas	dando	 inicio	a	precoce	
atividade	ovariana.		
Gestação e parto 
O	tempo	de	sobrevida	do	corpo	lúteo	em	espécies	domésticas	de	grande	porte	e	gatos	
é	essencial	para	a	manutenção	da	gestação.	Em	bovinos,	caprinos,	equinos,	suínos	e	ovinos	a	
atividade	lútea	é	controlada	pelo	útero,	assim	a	modificação	na	síntese	e	liberação	da	PGF2α	é	
fundamental	para	estabelecer	a	gestação.	O	embrião	aparentemente	produz	substâncias	que	
modificam	a	produção	uterina	de	PGF2α,	em	vacas	há	a	supressão	de	produção.	
Em	gatas	o	corpo	lúteo	se	mantém	por	35-40	dias	após	a	ovulação,	 independente	da	
presença	 de	 gestação,	 desta	 maneira	 uma	 modificação	 inicial	 da	 atividade	 lútea	 não	 é	
essencial	para	o	estabelecimento	da	gestação.	
As	cadelas	não	estendem	a	sua	fase	lútea	durante	a	gestação;	a	fase	lútea	em	animais	
não	gestantes	frequentemente	é	um	pouco	maior	do	que	em	animais	gestantes	(70	dias).	No	
entanto,	o	aumento	da	atividade	 lútea	ocorre	através	de	uma	 luteotrofina,	provavelmente	a	
relaxina,	 com	 o	 aumento	 da	 secreção	 de	 progesterona	 iniciando-se	 por	 volta	 do	 20	 dia	 de	
gestação	 ou	 pouco	 após	 a	 implementação.	 Na	 fase	 lútea	 inicial,	 a	 função	 lútea	 em	 cadelas	
provavelmente	é	autônoma.	Durante	a	segunda	metade	da	fase	lútea,	o	LH	e	a	prolactina	são	
luteotróficas.	
Além	do	papel	essencial	de	fornecer	nutrientes	e	o	oxigênio	para	o	metabolismo	fetal,	
a	placenta	funciona	como	um	órgão	endócrino	e	é	responsável	pela	liberação	de	progesterona.		
O	 cortisol	 fetal	 inicia	 o	 trabalho	 de	 parto	 através	 do	 aumento	 da	 secreção	 de	
estrógeno	e	de	PGF2α.	Durante	a	parte	final	da	gestação,	o	estrógeno	começa	a	influenciar	o	
músculo	uterino	pelo	estímulo	da	proteína	contrátil	e	a	formação	de	junções	comunicantes;	a	
primeira	 aumenta	 o	 potencial	 contrátil	 do	 útero	 e	 ao	 ultima	 facilita	 o	 processo	 contrátil	
mediante	o	aumento	da	comunicação	entre	as	células	muscular	lisas.	
Em	animais	domésticos	a	maturação	do	feto	traz	mudanças	que	iniciam	o	processo	do	
parto.	O	 principal	 sistema	 do	 feto	 responsável	 por	 iniciar	 o	 processo	 é	 o	 córtex	 suprarrenal	
fetal,	com	o	hipotálamo	e	a	adeno-hipófise	desempenhando	importante	papel	de	suporte.	
6	
	
	 
Marina	Morena 
 
 
Como	 resposta	 ao	 estresse	 fetal,	 é	
liberado	 o	 hormônio	 de	 liberação	 de	
corticotrofina	 (CRH),	 que	 age	 na	 hipófise	 e	
estimula	 as	 células	 corticotróficas	 para	
liberar	 o	 hormônio	 adrenocorticotrófico	
(ACTH).	 O	 ACTH	 age	 na	 adrenal	 do	 feto,	
resultando	 em	 um	 aumento	 de	 cortisol	 na	
circulação.	
Mudanças	 críticas	 na	 secreção	 de	
cortisol	 pelo	 feto	 resultam	 na	 síntese	 e	
liberação	 de	 PGF2α	 do	 útero,	 o	 que	 produz	
contração	muscular	e	relaxamento	do	cérvix.	
A	secreção	do	estrógeno	resulta	na	secreção	
de	PGF2α,	o	hormônio	central	no	começo	do	
parto;	uma	vez	iniciada	sua	secreção,	a	fase	aguda	do	parto	é	iniciada.		
Em	alguns	animais,	como	a	vaca,	cabra,	cadela	e	gata,	a	síntese	e	a	liberação	de	PGF2α	
inicia	a	regressão	do	corpo	 lúteo,	de	24h	a	36h	antes	do	parto,	com	a	remoção	completa	da	
progesterona	 ocorrendo	 de	 12h	 a	 24h	 antes	 do	 parto.	 Embora	 seja	 essencial	 para	 o	 parto	
nestas	espécies,	a	remoção	de	progesterona	em	si	não	inicia	o	parto;	é	a	 liberação	de	PGF2α	
que	causa	tanto	a	luteólise	quanto	ascontrações	do	miométrio.	
A	 ocitocina	 também	 é	 importante	 para	 o	 processo	 do	 parto.	 O	 estrógeno	 induz	 a	
formação	do	receptor	para	ocitocina	no	miométrio.	Dados	recentes	indicam	que	quantidades	
significativas	de	ocitocina	são	liberadas	com	a	entrada	do	feto	no	canal	de	parto.	A	ocitocina	é	
sinérgica	a	PGF2α	na	indução	da	contração	uterina.		
• Lactogênese	
É	 o	 inicio	 da	 secreção	 de	 leite.	 A	 prolactina	 desencadeia	 um	 papel	 importante	 na	
síntese	de	 leite.	O	fator	de	 liberação	da	prolactina	(PRF),	 junto	com	o	ACTH	e	os	estrógenos	
iniciam	a	lactação.	Por	sua	vez,	a	progesterona	tem	o	papel	de	inibir	a	lactação.	
• Puerpério	
É	o	período	que	vai	desde	o	parto	até	o	aparecimento	do	primeiro	estro	no	qual	uma	
nova	 gestação	 pode	 ser	 estabelecida.	 Implica	 na	 completa	 involução	 uterina	 e	 retorno	 da	
atividade	 endócrina	 que	 permita	 o	 crescimento	 folicular,	 estro,	 ovulação,	 concepção,	
desenvolvimento	do	corpo	lúteo	e	gestação.	
Sistema digestivo 
O	 trato	 digestivo	 é	 composto	 por	 uma	 estrutura	 tubular	 que	 tem	 como	 objetivo	
fracionar	 o	 alimente	 em	 partes	menores	 para	 que	 seja	 absorvido.	 Essa	 quebra	 do	 alimento	
pode	ocorrer	por	processos	físicos,	como	a	mastigação,	ou	químicos,	como	o	suco	gástrico.	
A	 digestão	 é	 o	 processo	 de	 divisão,	 degradação	 e	 absorção	 dos	 alimentos	 pelo	
organismo,	onde	o	processo	de	absorção	consiste	na	passagem	pelo	epitélio	intestinal.	
Ø Cavidade	oral	-	boca,	dentes	e	língua	
Ø Faringe	-	comum	ao	aparelho	digestivo	e	ao	aparelho	respiratório	
Ø Esôfago	
Ø Estômago	
Ø Intestino	delgado	
Ø Intestino	grosso	
Ø Ânus	
Acessórios:	
Pâncreas,	fígado	e	
glândulas	salivares	
	
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Marina	Morena 
 
 
Cavidade oral 
É	o	 local	 onde	é	 recebido	o	 alimento.	 Tem	 como	 função	 a	 redução	do	 tamanho	das	
partículas	de	alimento	e	formação	do	bolo	alimentar.	Animais	com	tártaro,	gengivite	e	outros	
problemas	bucais	podem	apresentar	perda	de	peso,	pois	o	processo	de	alimentação	torna-se	
doloroso.	
As	 glândulas	 salivares	 podem	 ser	 representadas	 por	 três	 pares:	 parótidas	 (células	
serosas),	 submandibulares	 (células	 serosas	 e	 mucosa)	 e	 sublinguais.	 A	 principal	 função	 da	
saliva	é	a	facilitação	da	mastigação	e	deglutição.	Em	cães	e	gatos	também	age	como	um	termo	
regulador	e	em	ruminantes	é	essencial	para	a	digestão	microbiana	no	rúmen.	Além	disso,	nos	
ruminantes	é	a	única	glândula	secretória	do	TGI.	
Em	 ruminantes	 a	 saliva	 é	 constantemente	 isotônica,	 enquanto	 em	 carnívoros	 é	
variável,	dependendo	da	taxa	de	fluxo.	Em	ambos	não	há	a	enzima	amilase,	encontrada	apenas	
em	suínos	é	responsável	pela	quebra	de	amidos.	
A	atividade	antibacteriana	da	saliva	é	decorrente	da	presença	de	lisozima,	uma	enzima	
com	propriedades	bactericidas.		
Ao	 contrário	 de	 outras	 glândulas,	 as	 salivares	 não	 são	 submetidas	 a	 regulação	
endócrina.	A	sua	regulação	é	feita	através	de	uma	resposta	parassimpática	de	ação	colinérgica,	
que	aumenta	o	fluxo	e	diminui	a	liberação	de	proteínas.	
Esôfago 
Anatomicamente	 começa	 no	músculo	 constrictor	 inferior	 da	 faringe,	 que	 também	 é	
denominado	 de	 esfíncter	 esofagiano	 superior.	 É	 um	 tubo	 longo	 composto	 de	 musculatura	
estriada	que	realiza	o	movimento	peristáltico	do	bolo	alimentar.	Em	gatos	a	musculatura	inicial	
é	estriada	e	de	30-50%	da	musculatura	inferior	é	lisa.	Isso	é	importante	para	que	ele	tenha	o	
controle	da	deglutição	e	coloque	as	bolas	de	pelo	para	fora.	Além	disso,	o	esôfago	é	composto	
por	um	epitélio	escamoso	que	produz	muco.	
Ø Disfagia:	 dificuldade	 de	 deglutir;	 ânsia	 de	 vomito;	 salivação	 e	 perda	 de	 alimento	 ou	
líquido	–	sugestivo	de	causa	oral.	
A	deglutição	é	dividida	em	fase	oral	e	esofágica.	A	fase	oral	 inicia-se	quando	a	 língua	
força	o	bolo	alimentar	para	trás,	em	direção	a	faringe	(movimento	voluntário).	A	fase	esofágica	
é	controlada	pelo	reflexo	da	deglutição	e	pelo	sistema	nervoso	entérico.	
Regurgitação vs vômito 
Regurgitação	é	o	ato	do	bolo	alimentar	voltar	do	esôfago	para	a	cavidade	oral.	Pode	
ser	 precoce,	 comum	 em	 doenças	 esofágicas	 obstrutivas,	 ou	 tardia,	 como	 em	 casos	 de	
megaesôfago	(acúmulo	por	tempo	maior).	
Regurgitação	 Vômito	
Processo	passivo	 Processo	ativo	
Sem	esforço	abdominal	 Com	esforço	abdominal	
Presença	de	saliva	 Presença	de	suco	gástrico	
Pouco	provável	haver	sangue*	 Presença	ou	não	de	sangue*	
*Se	ocorrer	sangramento	esofágico,	este	é	digerido	e	sai	em	forma	de	Melena	
**Hematêmese:	vômito	com	sangue	
Carnívoros	 e	 onívoros	 vomitam	 com	 facilidade,	 enquanto	 ruminantes	 não	 vomitam.	
Nestes	a	ejeção	do	conteúdo	abomasal	vai	para	o	pré-estômago.	Além	disso,	é	extremamente	
raro	cavalos	vomitarem,	pois	tem	um	marcado	tônus	do	estíncter	esofagiano	inferior.	
Em	casos	de	ânsia	de	vomito	ocorre	a	movimentação	do	conteúdo	gástrico	para	frente	
e	para	trás	por	contração	dos	músculos	respiratórios.	O	vômito	em	si	é	ativado	por	 impulsos	
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Marina	Morena 
 
 
aferentes	 viscerais	 que	 podem	 partir	 de	 qualquer	 ponto	 do	 TGI.	 São	 conduzidos	 impulsos	
simpáticos	e	vagais	para	o	centro	de	vômito.	
Estômago 
A	principal	função	do	estômago	é	a	mistura	e	armazenamento	dos	alimentos	ingeridos,	
além	de	 ser	 o	 inicio	 da	 digestão	 de	 proteínas	 e	 gorduras.	 É	 dividido	 em	
três	porções	com	distintas	funcionalidades:	
Ø Fundo	–	recepção	e	armazenamento	do	conteúdo	
Ø Corpo	–	tanque	para	mistura	do	alimento	com	o	suco	gástrico	
Ø Antro	–	Bomba	gástrica	(propulsão	do	alimento	para	o	duodeno)	
Quando	o	estômago	está	cheio	os	receptores	mecânicos	parietais	
são	ativados,	levando	a	um	aumento	do	tônus	vagal.	
O	 controle	 inibitório	 do	 esvaziamento	 gástrico	 é	 realizado	 pelo	
reflexo	 enterogástrico	 (mecânico	 neural)	 e	 hormonal.	 Os	 hormônios	
envolvidos	 são	 a	 colecistocinina	 e	 a	 gastrina.	 Ainda	 que	 sejam	
responsáveis	pelo	aumento	da	motilidade	gástrica,	 inibem	o	esvaziamento	do	estômago	por	
ação	constritora	sobre	o	esfíncter	pilórico.	
Diferentes	glândulas	estão	envolvidas	no	processo	de	digestão	no	estômago:	
Ø Região	glandular	cárdica	–	produção	de	muco	
Ø Região	 glandular	 fúndica	 –	 Secreções	 gástricas;	
diferentes	 células	 produzem	 diferentes	 moléculas	
(cél.	parietais	–	HCl	e	fator	intrínseco;	cél.	mucosas	–	
muco;	cél.	principais	–	pepsinogênio	e	lipase	gástrica)	
Ø Região	glandular	pilórica	–	muco	e	gastrina	(cél.	G)	
Cada	secreção	liberada	tem	uma	função	específica.	O	
HCl	 é	 responsável	 por	 acidificar	 o	 conteúdo	 gástrico.	 Essa	
acidificação	 converte	 o	 pepsinogênio	 em	 pepsina,	 que	 é	 a	
enzima	 ativa	 responsável	 pelo	 inicio	 da	 digestão	 das	
proteínas	e	tem	o	seu	pH	ótimo	de	atividade	entre	1,8	a	3,5.	
Além	 disso,	 a	 acidez	 desnatura	 proteínas	 mais	 sensíveis	 a	
hidrólise,	tendo	ação	bactericida.	
A	Gastrina	é	liberada	pelas	células	G	do	piloro	gástrico,	antro	gástrico	e	duodeno	como	
resposta	 a	 presença	 de	 proteínas	 e	 distensão	 gástrica.	 Sua	 principal	 função	 é	 aumentar	 a	
secreção	de	HCl.	Existem	três	tipos	de	gastrina:	G-17,	G-34	e	gastrina	II.	
Por	sua	vez,	a	somatostatina	é	secretada	pelas	células	D	do	antro,	intestino	e	pâncreas.	
Sua	 regulação	é	 feita	pelos	 altos	níveis	de	glicose,	 aminoácidos	e	 glucagon	e	a	 sua	 função	é	
interferir	diretamente	na	regulagem	da	glicemia	e	modular	a	secreção	de	insulina	e	glucagon.		
Intestino 
A	 principal	 função	 do	 intestino	 delgado	 é	 a	 digestão	 e	 absorção	 de	 nutrientes,	 bem	
como	 misturar	 o	 quimo	 (alimento	 parcialmente	 digerido)	 com	 as	 enzimas	 digestivas	 e	
secreções	pancreáticas	e	biliares,	expondo	os	nutrientes	à	mucosa	intestinal	para	que	ocorra	a	
absorção.	As	porções	do	duodeno	e	do	jejuno	são	as	responsáveis	pela	maior	parte	da	digestão	
e	 absorção,	 pois	 o	 duodeno	 tem	 conexão	 com	o	pâncreas	 e	 a	 vesícula	 biliar	 e	 as	 células	 no	
jejuno	têm	microvilosidades.		
Um	 dos	 hormônios	 que	 auxilia	 nessa	 função	 é	 a	 Secretina,	 queé	 secretado	 pelas	
células	S	do	duodeno	e	jejuno	superior	em	resposta	aos	ácidos	gástricos	e	biliares	e	à	gordura.	
Ele	estimula	a	secreção	de	bicarbonato,	de	pepsina	e	diminui	a	acidez	gástrica.	No	intestino	o	
hormônio	colecistocinina	(cck)	estimula	a	 liberação	de	secreções	pancreáticas,	o	aumento	do	
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Marina	Morena 
 
 
bicarbonato,	 contração	 da	 vesícula	 biliar,	 dá	 a	 sensação	 de	 saciedade	 e	 desacelera	 o	
esvaziamento	do	estômago.	 
Por	sua	vez,	o	hormônio	aldosterona,	secretado	pela	zona	glomerulosa	da	adrenal,	é	
responsável	 pela	 reabsorção	 de	 sódio	 e	 água,	 especialmente	 no	 cólon	 proximal,	 enquanto	
diminui	no	cólon	distal.	
A	 motilidade	 no	 intestino	 é	 responsável	 pela	 mistura	 do	 conteúdo	 com	 as	 enzimas	
digestivas;	 redução	e	solubilização	adicional	das	partículas;	Maior	exposição	dos	nutrientes	à	
superfície	absortiva;	e	propulsão	do	conteúdo.		
Estômago poligástrico 
É	o	compartimento	digestivo	de	bovinos,	sendo	dividido	em	rúmen,	retículo,	omaso	e	
abomaso.	É	no	rúmen,	ou	pré-estômago,	que	ocorre	o	processo	fermentativo.	As	paredes	do	
rúmen	 apresentam	 pequenas	 vilosidades,	 as	 papilas.	 As	 principais	 funções	 do	 rúmen	 são:	
produção	 de	 gases,	 produção	 de	 ácidos	 graxos	 voláteis	 (ác.	 acético,	 ác.	 propiônico	 e	 ác.	
butírico)	e	produção	de	massa	microbiana.	A	massa	microbiana	é	importante	para	a	digestão	
da	celulose	presente	na	alimentação	dos	ruminantes.	
TGI de aves 
Ligeiramente	 diferente	 de	 mamíferos,	 é	 composto	 por	 boca,	 esôfago,	 papo,	 pró	
ventrículo,	 moela,	 intestino,	 fígado,	 pâncreas	 e	 cloaca.	 Os	 dentes	 estão	 ausentes	 e	 suas	
funções	 são	 realizadas	 pelo	 bico,	 havendo	 uma	 variedade	 de	 adaptações.	 Assim	 como	 em	
mamíferos,	há	presença	de	glândulas	salivares	e	papilas	gustativas.	
O	estômago	das	aves	consiste	em	um	pró	ventrículo	glandular	e	o	ventrículo	muscular	
(moela).	O	pró	ventrículo	é	responsável	pela	digestão	química	dos	alimentos,	sendo	também	
chamado	 de	 estômago	 químico.	 Por	 sua	 vez,	 a	 moela	 é	 um	 órgão	 triturador	 altamente	
muscular.	
O	 intestino	 consiste	 em	 duodeno,	 jejuno,	 íleo	 e	 intestino	 grosso,	 assim	 como	 em	
mamíferos.	A	extremidade	terminal	do	intestino	grosso	se	junta	a	cloaca.	
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Marina	Morena 
 
 
S istema circulatório 
O	 sistema	 circulatório	 é	 do	 tipo	 fechado,	 pois	 o	 sangue	 circula	 dentro	 de	 vasos	
sanguíneos;	 É	 do	 tipo	 dupla,	 porque	 o	 sangue	 passa	 duas	 vezes	 pelo	 o	 coração,	 uma	 como	
venoso	e	outra	como	arterial;	e	é	uma	circulação	completa,	uma	vez	que	o	sangue	arterial	e	o	
venoso	circulam	pelo	corpo	sem	se	misturar.	
Coração 
Pode	 ser	 descrito	 como	 uma	 bomba	 dupla,	 que	 move	 o	
sangue	 sequencialmente	 por	 uma	 circulação	 pulmonar	 (“coração	
direito”)	e	uma	circulação	sistêmica	(“coração	esquerdo”).	Apresenta	
quatro	 importantes	 valvas,	 sendo	 duas	 entre	 átrios	 e	 ventrículos	
(denominadas	valvas	atrioventriculares)	e	duas	nas	vias	de	saída	dos	
ventrículos	(denominadas	valvas	pulmonar	e	aórtica).	A	abertura	das	
valvas	 atrioventriculares	 permite	 o	 fluxo	 de	 sangue	 dos	 átrios	 aos	
respectivos	 ventrículos,	 durante	 a	 fase	 de	 relaxamento	 ventricular	
(diástole);	o	fechamento	das	valvas	atrioventriculares	ocorre	durante	
a	fase	de	contração	ventricular	(sístole).	 
No	 coração	 existem	 dois	 tipos	 de	 sistema	 especializado,	 o	
excitatório	 (composto	 de	 fibras	 capazes	 de	 se	 auto-excitar	 e	 de	
promover	a	contração	ritmada	do	músculo	cardíaco)	e	o	condutor	(composto	de	fibras	capazes	
de	levar	rapidamente	esses	impulsos	para	todo	o	coração).	Normalmente,	a	excitação	cardíaca	
começa	no	nó	sinoatrial	(SA),	localizado	na	parede	do	átrio	direito.	O	potencial	de	ação	surge	
espontaneamente	no	nó	SA	e	depois	é	conduzido	no	interior	de	ambos	os	átrios,	por	meio	de	
junções	comunicantes.	Sendo	conduzido	ao	longo	das	fibras	musculares	atriais,	o	potencial	de	
ação	 também	 chega	 ao	 nó	 atrioventricular	 (AV),	 localizado	 no	 septo	 interatrial.	 Quando	 o	
impulso	 chega	 no	 nó	 AV,	 o	 átrio	 se	 contrai	 e	 o	 potencial	 de	 ação	 desacelera	
consideravelmente,	devido	ao	 fato	de	existirem	menos	 junções	do	 tipo	gap,	proporcionando	
tempo	para	os	átrios	drenarem	o	seu	sangue	nos	ventrículos.	Do	nó	AV,	o	potencial	de	ação	
entra	no	feixe	de	Hiss,	que	é	o	único	local	em	que	os	potenciais	de	ação	podem	ser	conduzidos	
dos	átrios	para	os	ventrículos.	Após	a	condução	ao	longo	do	feixe	de	Hiss,	o	potencial	de	ação	
entra	então	em	ambos	os	ramos	direito	e	esquerdo	do	feixe	de	Hiss,	que	correm	ao	longo	do	
septo	 intraventricular	 em	 direção	 ao	 ápice	 do	 coração.	 Finalmente,	 as	 fibras	 de	 Purkinje	
conduzem	rapidamente	o	potencial	de	ação,	primeiramente	ao	ápice	dos	ventrículos	depois,	
em	direção	ascendente,	ao	 restante	do	miocárdio	ventricular.	Então	uma	 fração	de	segundo	
depois	que	os	átrios	se	contraíram,	os	ventrículos	entram	em	contração.		
O	nó	SA	estabelece	o	ritmo	para	a	contração	cardíaca	 (é	o	marca-passo	do	coração).	
Vários	hormônios	e	neurotransmissores	podem	acelerar	ou	desacelerar	o	 ritmo	cardíaco	por	
meio	de	fibras	do	nó	SA,	portanto	eles	não	interferem	na	geração	do	impulso,	apenas	podem	
alterar	a	frequência.	Se	o	nó	SA	tornar-se	doente	ou	danificado,	as	fibras	mais	lentas	do	nó	AV	
podem	 transformar-se	 no	 marca-passo.	 Com	 o	 ritmo	 do	 nó	 AV,	 entretanto,	 a	 frequência	
cardíaca	é	mais	lenta.	
Sistema renina-angiotensina-aldosterona 
Controlado	pelo	eixo	hipotálamo-hipófise-adrenal,	quando	o	hipotálamo	é	estimulado	
pelo	 estresse	 (cortisol)	 há	 liberação	 de	 CRH,	 que	 por	 sua	 vez	 estimula	 a	 hipófise	 a	 produzir	
ACTH.	O	ACTH	age	na	adrenal	estimulando	a	produção	de	glicocorticoides.	Quando	o	volume	
sanguíneo	 diminui	 (hipovolemia)	 há	 redução	 de	NaCl	 na	musculatura	 densa,	 que	 estimula	 a	
liberação	 da	 renina.	 Esta	 age	 no	 ficado	 estimulando	 a	 conversão	 de	 angiotensinogênio	 em	
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Marina	Morena 
 
 
angiotensina	 I,	 que	 é	 vasopressora.	 A	 angiotensina	 I	 é	 convertida	 em	 angiotensina	 II,	 uma	
substancia	 vasoconstrictora	 que	 estimula	 a	 produção	 de	 aldosterona.	 Desse	 modo,	 há	 a	
retenção	de	 líquido,	pois	a	aldosterona	age	no	rim	estimulando	a	retenção	de	Na+,	o	que	 irá	
resultar	em	um	aumento	do	volume	cardíaco	e,	portanto,	um	aumento	da	pressão	arterial.	
A	pressão	arterial	pode	ser	controlada	também	por	outros	hormônios,	como:	
1. Epinefrina:	vasodilatação	dos	músculos	cardíacos	e	esqueléticos;	
2. Norepinefrina:	Vasoconstrição	das	arteríolas	e	das	veias	na	pele	e	órgãos	abdominais.	
Aumenta	o	débito	cardíaco,	frequência	e	força	de	contração;	
3. Antidiurético	 (ADH):	 é	 produzido	 pelo	 hipotálamo	 e	 liberado	 pela	 hipófise	 posterior.	
Controla	 níveis	 baixos	 de	 P.A.	 pela	 retenção	 hídrica	 e	 osmolaridade	 (retenção	
eletrolítica).	
Eletrocardiograma 
A	condução	de	potenciais	de	ação	no	coração	gera	as	correntes	elétricas	que	podem	
ser	 captadas	 por	 eletrodos	 colocados	 na	 pele.	 Três	 ondas	 claramente	 reconhecíveis	
acompanham	 cada	 batimento	 cardíaco.	 A	 primeira,	 chamada	 de	 onda	 P,	 representa	 a	
despolarização	atrial,	ou	seja,	fase	despolarizante	do	potencial	de	ação	cardíaco	quando	ele	se	
propaga	do	nó	SA	aos	dois	átrios.	A	despolarização	causa	a	contração.	Assim,	uma	fração	de	
segundo	depois	que	a	onda	P	 se	 inicia,	os	átrios	 se	contraem.	A	 segunda	onda,	 chamada	de	
complexo	 ou	 onda	 QRS,	 representa	 o	 inicio	 da	 despolarização	 ventricular.	 Pouco	 depois	 do	
inicio	do	complexo	QRS,	os	ventrículos	começam	a	contrair.	A	terceira	onda,	chamada	onda	T,	
indica	 a	 repolarização	 ventricular	 e	 ocorre	 um	 pouco	 antes	 que	 os	 ventrículos	 comecem	 a	
relaxar.	A	repolarização	dos	átrios	em	geral	não	é	evidente	em	um	ECG,	porque	é	mascarada	
pelo	grande	complexo	QRS.		
Pode	 ser	 dividido	 em	 três	 fases:	 Relaxamento	 (diástole);	 sístole	 (contração)	 atrial;	 e	
sístole	ventricular.	
1º.Período	 de	 relaxamento:	 Começa	 no	 fim	 de	
um	 ciclo	 cardíaco,	 quando	 os	 ventrículos	
começam	a	relaxar	e	as	quatro	câmaras	estão	
em	 diástole,	 A	 repolarização	 das	 fibras	
musculares	 ventriculares	 (onda	 T	 no	 ECG)	
inicia	 o	 relaxamento.	 À	 medida	 que	 os	
ventrículos	relaxam,	a	pressão	em	seu	interior	
cai.	 Quando	 a	 pressão	 ventricular	 cai	 abaixo	
da	pressão	arterial,	as	valvas	AV	se	abrem	e	os	
ventrículos	começam	a	se	encher	de	sangue.		
2º. Sístole	 atrial	 (contração):	 Um	 potencial	 de	
ação	 do	 nó	 SA	 causa	 a	 despolarização	 atrial,	
observada	como	a	onda	P,	no	ECG.	 	A	sístole	
atrial	segue-se	à	onda	P,	que	marca	o	final	do	
período	 de	 relaxamento.	 À	 medida	 que	 os	
átrios	se	contraem	forçam	os	últimos	25%	de	
sangue	 a	 encher	os	 ventrículos.	As	 valvas	AV	
ainda	 estão	 abertas	 e	 as	 valvas	 semilunares	
ainda	estão	fechadas.	
3º. Sístole	 ventricular	 (contração):	 O	 complexo	
QRS,	no	ECG,	indica	a	despolarização	ventricular,	que	leva	à	contração	dos	ventrículos.	
A	 contração	 ventricular	 impulsiona	 o	 sangue	 contra	 as	 valvas	 AV,	 forçando	 o	 seu	
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Marina	Morena 
 
 
fechamento.	 À	 medida	 que	 a	 contração	 ventricular	 continua,	 a	 pressão	 dentro	 das	
câmaras	aumenta	rapidamente.	Quando	a	pressão	ventricular	esquerda	fica	acima	da	
pressão	 na	 aorta	 e	 a	 pressão	 ventricular	 direita	 fica	 acima	 da	 pressão	 na	 tronco-
pulmonar,	 ambas	 as	 valvas	 semilunares	 se	 abrem	 e	 começa	 a	 ejeção	 de	 sangue	 do	
coração.	Quando	os	ventrículos	começam	a	relaxar,	a	pressão	ventricular	cai,	as	valvas	
semilunares	fecham	e	um	novo	período	de	relaxamento	se	inicia.		
Bulhas ou sons cardíacos 
Podem	 ser	 auscultados	 dois	 sons	 emitidos	 a	 partir	 do	 fechamento	 das	 valvas	 do	
coração.	O	primeiro	som,	ou	primeira	bulha	(S1-B1),	é	gerada	a	partir	do	fechamento	passivo	
das	válvulas	atrioventriculares	 (tricúspide	e	mitral),	assim	correspondendo	a	 sístole	atrial.	As	
válvulas	esquerdas	se	fecham	um	pouco	antes	que	as	direitas,	dando	dois	sons	desdobrados.	O	
segundo	 som,	 ou	 segunda	 bulha	 (S2-B2),	 se	 dá	 pelo	 fechamento	 passivo	 das	 válvulas	
seminulares	(aórtica	e	pulmonar),	correspondendo	a	diástole	ventricular.	
O	 sopro	 cardíaco	 é	 um	 som	 anormal	 que	 frequentemente	 indica	 anomalia	 cardíaca.	
Pode	ser	um	exagero	da	bulha	normal	ou	bulhas	adicionais.	
Sangue 
Composto	por	parte	líquida	e	elementos	celulares	(eritrócitos,	plaquetas	e	leucócitos).	
O	conjunto	dos	dois	é	denominado	plasma.	Quando	o	sangue	coagula,	pode	ser	separado	em	
parte	líquida	(soro)	e	os	elementos	celulares	se	mantém	agregados	em	um	coágulo.	
Tem	como	função	o	transporte	de	O2	dos	pulmões	aos	vários	tecidos	e	de	CO2	destes	
de	 volta	 aos	 pulmões,	 além	 de	 transportar	 nutrientes,	metabólitos,	 vitaminas,	 hormônios	 e	
outros;	A	defesa	contra	agentes	patogênicos	requer	a	interação	de	leucócitos	tanto	com	vasos	
sanguíneos	como	linfáticos.	
A	 imunidade	 do	 corpo	 pode	 ser	 classificada	 como	 inata	 (natural)	 ou	 adaptativa.	 As	
substâncias	que	podem	ser	reconhecidas	pela	imunidade	inata	são	limitadas.	O	único	linfócito	
que	 participada	 desse	 tipo	 de	 imunidade	 é	 o	 NK,	 ademais	 temos	 os	 eosinófilos,	 basófilos,	
neutrófilos	 e	 monócito.	 A	 imunidade	 adaptativa,	 por	 outro	 lado,	 é	 a	 que	 gera	 memória	
imunológica,	ou	seja,	são	geradas	células	de	memória	e	são	liberados	anticorpos	específicos.		
Sistema respiratório 
Realiza	 a	 troca	 gasosa	 (hematose	 -	
captação	 de	 O2	 para	 distribuir	 às	 células	 do	
corpo	 e	 eliminação	 do	 CO2	 produzido	 pelas	
mesmas),	 ajuda	 a	 regular	 o	 pH	 sanguíneo	 e	
contem	 receptores	 para	 o	 sentido	 do	 olfato;	
filtra,	aquece	e	umedece	o	ar	inspirado;	produz	
sons;	 e	 elimina	 um	 pouco	 de	 água	 e	 calor.	 É	
composto	 por:	 Nariz/narinas;	 nasofaringe;	
laringe;	 traqueia;	 pulmão	 –	 brônquios	 e	
bronquíolos.	
A	 inspiração	 consiste	 na	 contração	 dos	
músculos	intercostais	e	diafragma,	resultando	em	diminuição	da	pressão	interna	e	aumento	do	
volume	pulmonar.	Por	sua	vez,	a	expiração	consiste	no	relaxamento	dos	músculos	intercostais	
e	diafragma,	resultando	no	aumento	da	pressão	interna	e	diminuição	do	volume	pulmonar.	
O	 transporte	 de	 O2	 ocorre	 com	 o	 auxilio	 da	 hemácia.	 A	 hemoglobina	 presente	 na	
hemácia	 é	 responsável	 por	 se	 ligar	 ao	 oxigênio,	 onde	 uma	hemoglobina	 consegue	 carrear	 4	
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Marina	Morena 
 
 
oxigênios.	A	diferença	de	pressão	entre	o	ambiente	externo	(atmosfera)	e	interno	(pulmonar)	
é	que	estimula	a	difusão	de	oxigênio	e,	portanto,	a	troca	gasosa.	O	volume	de	cada	respiração	
é	chamado	também	de	volume	corrente.		
Sistema renal 
Os	 rins	 são	 responsáveis	 por	 eliminar	 substâncias	 indesejáveis	 como	 a	 amônia	 e	 a	
uréia,	 provenientes	 da	 degradação	 de	 aminoácidos,	 a	 bilirrubina,	 da	 degradação	 da	
hemoglobina,	a	creatinina,	da	degradação	do	fosfato	creatina	nas	fibras	musculares	e	o	ácido	
úrico,	da	degradação	de	ácidos	nucléicos;	regulação	do	volume	e	da	pressão	sanguíneos;	Esses	
órgãos	 ajudam	 a	 regular	 a	 pressão	 sanguínea,	 secretando	 a	 enzima	 renina,	 que	 ativa	 a	 via	
renina-angiotensina-aldosterona,	 adaptando	 o	 fluxo	 sanguíneo	 para	 dentro	 e	 para	 fora	 dos	
rins	e	ajustando	o	volume	sanguíneo;	Regulação	do	pH	sanguíneo;	produção	de	hormônios	-	os	
rins	produzem	dois	hormônios,	o	 calcitriol,	 forma	ativa	da	vitamina	D,	que	ajuda	a	 regular	a	
homeostase	do	cálcio,	e	a	eritropoietina,	que	estimula	a	produção	de	glóbulos	vermelhos.	
Internamente	 os	 rins	 têm	 duas	 regiões	
principais:	uma	região	externa,	de	cor	vermelho-
clara,	 denominada	 córtex	 renal,	 e	 uma	 região	
interna,	 marrom-avermelhado	 escuro,	
denominada	 medula	 renal.	 Dentro	 da	 medula	
renal,	há	varias	estruturas	 cônicas,	 as	pirâmides	
renais.	 Projeções	 internas	 do	 córtex	 renal,	
denominadas	 colunas	 renais,	 preenchem	 os	
espaços	 entre	 as	 pirâmides	 renais.	 A	 urina	
formada	 no	 rim	 drena	 uma	 grande	 cavidade	
afunilada,	 chamada	 pelve	 renal,	 cuja	 margem	
contém	 estruturas	 caliciformes	 denominadas	
cálices	renais	maiores	e	menores.		
As	 unidades	 funcionais	 do	 rim	 são	 os	
néfrons.	Um	néfron	consiste	em	duas	partes:	um	
corpúsculo	 renal,	 onde	 o	 plasma	 sanguíneo	 é	 filtrado,	 e	 um	 túbulo	 renal	 no	 qual	 passa	 o	
líquido	 filtrado,	 chamado	 filtrado	glomerular.	A	medida	que	o	 líquido	 se	move	ao	 longo	dos	
túbulos	 renais,	 a	 ele	 são	 adicionados	 os	 resíduos	 e	 substâncias	 excessivas,	 enquanto	 os	
materiais	úteis	retornam	ao	sangue	nos	vasos	capilares	peritubulares.	Em	cada	rim	há	cerca	de	
1	milhão	de	néfrons.	
A	taxa	de	filtração	glomerular	(TGF)	é	o	volume	de	líquido	filtrado	dos	glomérulos	para	
dentro	da	cápsula	de	Bowman	por	unidade	de	tempo.	É	mantida	dentro	da	variação	fisiológica	
pela	modulação	 renal	 da	 pressão	 arterial,	 volume	 intravascular,	 controle	 intrínseco	 do	 fluxo	
sanguíneo	renal	e	pressão	dos	capilares	glomerulares.		
Sistema renina-angiotensina-aldosterona 
Importante	 regulador	 da	 TFG	 e	 do	 fluxo	 sanguíneo	 renal.	 A	 renina	 é	 um	 hormônio	
produzido,	 cuja	 liberação	 é	 estimulada	 pela	 redução	 na	 pressão	 de	 perfusão	 renal,	 mais	
frequentemente	causada	por	uma	hipotensão	sistêmica.	A	renina	catalisa	a	transformação	do	
angiotensinogênio,	 que	 é	 produzido	 pelo	 fígado,	 em	 angiotensina	 I.	 Esta,	 por	 sua	 vez,	 é	
convertida	em	angiotensina	II,	mais	ativa,	pela	enzima	conversora	de	angiotensina	(ECA).		
A	 angiotensina	 II	 é	 um	 potente	 vasoconstritor	 e,	 portanto,	 aumenta	 diretamente	 a	
pressão	arterial	sistêmica	e	a	pressão	de	perfusão	renal.	Ativa	a	captação	de	sódio	em	vários	
túbulos	 renais,	 além	 de	 estimular	 a	 liberação	 de	 aldosterona	 da	 glândula	 adrenal	 e	
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Marina	Morena 
 
 
vasopressina	da	glândula	hipofisária,	outros	hormônios	envolvidos	
na	reabsorção	de	sódio	e	água	renal.		
A	 liberação	 de	 renina	 é	 suprimidapela	 melhora	 da	
perfusão	 renal	 e	 também	 pela	 elevação	 da	 angiotensina	 II	
plasmática,	 criando	 um	 sistema	 de	 feedback	 negativo	 que	
mantém	a	perfusão	renal	e	a	TFG	dentro	da	variação	fisiológica.	
Filtração e reabsorção 
A	primeira	etapa	da	 função	 renal	é	a	 filtração	do	sangue	
pelo	glomérulo,	resultando	no	filtrado	glomerular.	A	seleção	é	de	
acordo	 com	o	peso	molecular,	 onde	 células	 e	 proteínas	 de	peso	
médio	à	elevado	 são	 retidas	para	 se	manter	
no	 sangue.	 Substâncias	 filtradas	 podem	 ser	
reabsorvidas	 parcialmente	 ou	 totalmente,	
assim	 como	 outras	 substancias	 podem	 ser	
secretadas.		
Grande	 parte	 das	 substâncias	 são	
reabsorvidas	 no	 túbulo	 proximal,	 como:	
água,	 sódio,	 cloreto,	 potássio,	 glicose,	
aminoácidos,	vitaminas,	 fosfato,	bicarbonato	
e	cálcio.		
O	ramo	ascendente	e	o	 túbulo	distal	
contorcido	 reabsorvem	 os	 sais	 e	 diluem	 o	
líquido	 tubular.	 Por	 sua	 vez,	 o	ducto	 coletor	
reabsorve	 cloreto	 de	 sódio	 e	 pode	 secretar	
ou	 reabsorver	 potássio,	 além	 de	 determinar	
o	 pH	 final	 da	 urina,	 secretando	 prótons,	
reabsorvendo	ou	secretando	bicarbonato.

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