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22
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO
IMPACTOS DA VIOLÊNCIA NA ESCOLA
	
Ruth Ferreira Bento
BULLYING NA ESCOLA: COMO PREVENIR?
Cuiabá - MT
2019 
Ruth Ferreira Bento
BULLYING NA ESCOLA: COMO PREVENIR?
Projeto de Intervenção apresentado ao Curso de Especialização em Impactos da Violência na Escola, pela Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca da Fundação Oswaldo Cruz, como requisito parcial para obtenção do título de especialista em Impactos da Violência na Escola.
Orientadora: Luiza Maria Figueira Cromack.
Cuiabá - MT
2019
Ruth Ferreira Bento
	
BULLYING NA ESCOLA: COMO PREVENIR?
Projeto de Intervenção apresentado ao Curso de Especialização em Impactos da Violência na Escola, da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca da Fundação Oswaldo Cruz, como requisito parcial para obtenção do título de especialista em Impactos da Violência na Escola.
Cuiabá, 21 de outubro de 2019.
 Banca Examinadora
Alba Regina Silva Medeiros
 ________________________________________
 Prof.ª. Doutoranda do Instituto de Saúde Coletiva 
 da Universidade Federal de Mato Grosso(UFMT).
 
Luiza Maria Figueira Cromack.
 _______________________________________________
 Prof.ª Orientadora. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio 
 Arouca da Fundação Oswaldo Cruz
AGRADECIMENTOS
Como é bom termos pessoas especiais em nossa vida, com certeza elas nos motivam a ser cada dia uma pessoa melhor, seja no âmbito profissional ou pessoal, graças a Deus sempre tive a oportunidade de ter alguém para me dar o apoio, orientação e incentivos necessários para chegar até aqui. 
Seria uma crueldade se não dedicasse esse trabalho a você Felipe, que é meu esposo, amigo e parceiro em tudo e a minha filha Jheniffer Rayla pela compreensão em saber lidar com minha ausência nos meus momentos de estudo. 
E também a minha mãe Ilda е аоs meus 11 irmãos, todos vocês sabem as dificuldades que enfrentamos em relação aos estudos, sei que fui a primeira da família a ter nível superior e agora uma pós-graduação e que todo o meu esforço está servindo de motivação para alguns de vocês e isso me faz perceber que não podemos deixar que as dificuldades nos façam fraquejar ou desistir dos nossos sonhos, todos nós somos capazes.
Ao meu pai Antônio (in memoriam), que não está mais entre nós, mas continua sendo minha maior força na vida. Sua lembrança me inspira e me faz persistir.
RESUMO
Este projeto de intervenção traz sugestões de algumas atividades que podem ser utilizadas como uma medida para prevenir atitudes reprováveis no contexto escolar e fora dele, na intenção de trazer uma melhoria nas relações, pois através deste projeto, pais, alunos e professores serão orientados e informados sobre os conceitos causas e consequências do bullying e assim prevenir esta violência silenciosa que cresce a cada dia. No referencial teórico será conceituado o bullying e as formas que ele se apresenta na visão de diversos escritores, bem como a classificação dos envolvidos, o bullying no cotidiano escolar, os principais transtornos causados pelo bullying e sugeridas dicas aos professores sobre a prevenção desta violência e a importância da lei nº 9.724, de 19 de abril de 2012, que dispõe sobre a inclusão de medidas de conscientização, prevenção, diagnose e combate ao bullying escolar no projeto político pedagógico que deve ser elaborado e seguido pelas escolas públicas e privadas em todo o território mato-grossense. Contudo veremos também a lei anti- bullying da esfera federal que determina a criação do programa de combate a essa violência em todo território nacional.
Palavras-chave: Bullying; Violência na escola; Prevenção de violência na escola.
 
Sumário
Introdução	7
PROBLEMA/TEMA	7
JUSTIFICATIVA	7
OBJETIVO GERAL	8
OBJETIVOS ESPECÍFICOS	8
REFERENCIAL TEÓRICO OU MARCO TEÓRICO-CONCEITUAL	9
CONCEITUANDO BULLYING / FORMAS DE BULLYING	9
CLASSIFICAÇÃO DOS ENVOLVIDOS	11
BULLYING NO COTIDIANO ESCOLAR	12
PRINCIPAIS PROBLEMAS CAUSADOS PELO BULLYNG	13
DICAS AOS PROFESSORES (PREVENÇÃO)	15
BULLYING E POLÍTICAS PÚBLICAS	16
PÚBLICO ALVO, ABRANGÊNCIA E ESTRATÉGIAS	20
TEMPO, RECURSOS TÉCNICOS E METODOLÓGICOS	22
RESULTADOS ESPERADOS	23
CONSIDERAÇÕES FINAIS	24
REFERÊNCIAS:	25
Introdução 
O bullying está cada vez mais presente no ambiente escolar, contudo nota-se que é muito difícil conseguir identificar e definir quem são as vítimas, agressores e testemunhas, já que a maioria das vezes os agressores procuram espaços considerados propícios para praticar as ações que por eles são consideradas “brincadeiras”, brincadeiras de mau gosto, que por fim tratam-se de uma violência. 
Sabemos que o bullying não é uma brincadeira inocente, pois interfere no aprendizado escolar e relacionamento com os colegas. E esta violência na escola tem adquirido formas extremamente perigosas, sendo o bullying a mais preocupante ao grupo escolar e sociedade em geral. 
Observa-se, cada vez mais, que a violência tem aumentado, como já acompanhamos muitos massacres ocorridos em escolas de várias partes do mundo, e inclusive recentemente tivemos uma verdadeira tragédia ocorrida na escola professor Raul Brasil, em Suzano, são Paulo. 
Sendo assim, é necessário que a comunidade escolar se envolva e busque orientação e conscientização contra o bullying e a melhor medida a ser adotada é a prevenção. É importante identificar as causas e consequências deste mal, favorecendo uma educação humanitária.
PROBLEMA/TEMA
Diante de tantos casos de bullying presenciados no espaço escolar envolvendo alunos do 1º ao 5º ano, de uma Escola Estadual de Mato Grosso, surge este projeto com o tema: Bullying na escola: como prevenir? 
Que tem a importância de conscientização no sentido de mostrar aos alunos, pais e corpo docente da escola, os problemas ocasionados pela prática do Bullying, estimulando o resgate de valores éticos e morais, buscando formar alunos humanos e fraternos, que saibam amar e respeitar o próximo.
JUSTIFICATIVA 
 	Constantemente no contexto escolar nos deparamos com atitudes agressivas, verbais ou físicas, intencionais e repetitivas, que ocorrem sem um motivo claro e são exercidas por um ou mais alunos, causando dor e angústia, com o objetivo de atemorizar ou agredir outra criança ou aluno, sem que estes tenham condições ou maturidade para se defenderem, e que poucas vezes tomamos conhecimento na íntegra do que de fato está acontecendo, portanto este tema é de fundamental importância, por ser atual, presente na vida dos estudantes, além do mais é pouco divulgado sobre como agir diante de situações constrangedoras e agressivas. 
Comumente, os estudantes que sofreram ou sofrem bullying, podem criar estratégias e até cometer loucuras para punir seu atacante ou agressor, uma vez que se sentem boicotados com tais situações. 
Portanto, este tema se justifica pela necessidade de orientação, para alunos, pais e professores, de modo que possa contribuir para prevenção do bullying. 
O Projeto Político Pedagógico (PPP) da escola considera que a educação escolar deve preparar o aluno para o exercício da cidadania e a convivência social, fortalecendo o vínculo familiar, a solidariedade humana e a tolerância.
OBJETIVO GERAL
	Buscar a redução das consequências ocasionadas pela prática do bullying.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
	Dialogar com os professores, pais e funcionários sobre o fenômeno bullying e suas consequências a fim de reduzir os danos causados. 
	Mapear situações/ casos de bullying na escola 
	Desenvolver um conjunto de ações/ atividades que reduzam o bullying em todo o recinto escolar.
	Proporcionar aos alunos do 1º ao 5º ano, uma orientação/reflexão sobre o bullying, mediante uma postura adequada.
Apresentar a toda equipe escolar, a Lei 13.185/15 que institui o combate à intimidação sistemática (bullying) em todo o territórionacional e a Lei Nº 9.724 DE 19/04/2012 que trata da prevenção e diagnose e combate ao bullying nas escolas estaduais de Mato grosso.
REFERENCIAL TEÓRICO OU MARCO TEÓRICO-CONCEITUAL 
CONCEITUANDO BULLYING / FORMAS DE BULLYING
	Segundo a Lei n° 13.185 de 13 de novembro de 2015, o Bullying pode ser conceituado como: 
No contexto e para os fins desta Lei, considera-se intimidação sistemática (bullying) todo ato de violência física ou psicológica, intencional e repetitivo que ocorre sem motivação evidente, praticado por indivíduo ou grupo, contra uma ou mais pessoas, com o objetivo de intimidá-la ou agredi-la, causando dor e angústia à vítima, em uma relação de desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas.
	Podemos então verificar que o tema bullying já está bastante difundido em nossa sociedade, visto que já está definido seu conceito até mesmo em lei, em vigor no Brasil, a mais de 3 (três) anos, conforme citação. 
	Ademais, há uma gama muito grande de doutrina acerca do bullying, o que acarreta em um emaranhado de informações de difícil organização e citação, entretanto em pesquisa realizada acerca do tema em questão, temos ótimos exemplos e explicações do livro Impactos da Violência na Escola:
BULLYING de modo geral, conceitua-se bullying como abuso de poder físico ou psicológico entre pares, envolvendo dominação, prepotência, por um lado, e submissão, humilhação, conformismo e sentimentos de impotência, raiva e medo, por outro. As ações abrangem formas diversas, como colocar apelidos, humilhar, discriminar, bater, roubar, aterrorizar, excluir, divulgar comentários maldosos, excluir socialmente, dentre outras.
	Outra definição não menos importante é a de FERREIRA:
Bullying, palavra de origem inglesa que tem como raiz o termo bull, “é um termo utilizado para designar pessoa cruel, intimidadora e/ou agressiva” (GUIMARÃES, 2009, s.p.). Este termo ganha importância no século XXI, após anos de existência. O bullying se apresenta enquanto prática de violência sem motivo aparente e que possui como local BULLYING NO AMBIENTE ESCOLAR Revista da Católica, Uberlândia, v. 1, n. 2, p. 187-197, 2009 – catolicaonline.com.br/revista católica 189 específico, as escolas. Entretanto, esta violência pode ser mascarada pelas brincadeiras (mesmo que de mau gosto) ou informadas pelos agressores como acidentes. Mas, o que se presencia são cenas de terror e agressões graves exercidas sobre outros alunos e preocupa educadores, pais e juristas. O ato bullying “ocorre quando um ou mais alunos passam a perseguir, intimidar, humilhar, chamar por apelidos cruéis, excluir, ridicularizar, demonstrar comportamento racista e preconceituoso ou, por fim, agredir fisicamente, de forma sistemática, e sem razão aparente, um outro aluno” (RAMOS, 2008, p. 1).
	O Bullying, portanto pode ser conceituado como qualquer forma de violência de uma pessoa ou grupo contra outra pessoa ou grupo, seja ela violência física, psicológica, verbal, discriminatória, entre outras. Podemos aqui, analisando o artigo 3°, inciso IV da Carta Magna, dizer que apesar de estarem na lei maior desde 1988, os objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil não foram colocados em prática ou bem assimilados, visto que o comando do artigo é: “promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação”, todavia o Bullying é algo corriqueiro, que acontece com muita frequência no ambiente escolar, indo de encontro com esse objetivo fundamental de nossa Constituição. 
	Quanto aos tipos de violência, segundo a Organização mundial da Saúde (OMS), podemos conceituar da seguinte forma:
Violência física: uso da força para produzir lesões, traumas, feridas, dores ou incapacidades. 
Violência psicológica: agressões verbais ou gestuais com o objetivo de aterrorizar, rejeitar, humilhar a pessoa, restringir sua liberdade, ou ainda isolá-la do convívio social. 
Violência sexual: ato ou jogo sexual que ocorre nas relações hétero ou homossexuais e visa a estimular a vítima ou a utilizá-la para obter excitação sexual e práticas eróticas, pornográficas e sexuais impostas por meio de aliciamento, violência física ou ameaças. 
Negligência ou abandono: ausência, recusa ou a deserção da atenção necessária a alguém que deveria receber cuidados.
Essa conceituação de tipos de violência não significa que outros tipos de violência não ocorram, entretanto podemos ter uma visão geral dos vários tipos de violências que podem ser consideradas Bullying. Portanto, podemos considerar que o Bullying ocorre de diversas maneiras e não há um rol taxativo dos tipos de Bullying, apenas uma exemplificação dos tipos mais comuns, como essa da OMS. 
CLASSIFICAÇÃO DOS ENVOLVIDOS
Quanto a classificação dos envolvidos podemos destacar algumas características relacionadas aos papéis que os alunos venham a representar: 
Alvos ou vítimas – os que só sofrem bullying; 
Alvos/autores – os que ora sofrem, ora praticam bullying; 
Autores – os que só praticam bullying;
Testemunhas – os que não sofrem nem praticam bullying, mas o presenciam e convivem em ambiente onde isso ocorre. (Assis, 2010, p. 102)
Podemos classificar os alunos envolvidos como vítimas, agressores e testemunhas, como já relatado, o Bullying junta diversas atitudes caracterizadas como agressivas e violentas e tem se tornado um problema crônico nas escolas, sendo que, muitas das vezes ele se alastra, por falta de um olhar atento dos profissionais da educação, essas atitudes tem sido vistas como coisas sem importância ou gravidade por considerarem que isso faz parte do dia a dia dos alunos e que por este motivo está trazendo consequências sérias, tanto para vítimas, quanto para agressores. E o aluno que hoje é vítima, amanhã ele pode ser o agressor, como forma de se proteger ou chamar a atenção.
 	Como nesta situação que ocorreu em 2018 em uma escola da rede estadual que retrata muito bem a situação de quando um aluno é vítima e posteriormente pode vir a ser agressor como forma de se proteger. 
Este relato é de uma professora do 3º ano do 1º ciclo. Ela foi professora de uma aluna com dislexia e foi um grande desafio enfrentado por causa dessa deficiência, uma vez que os colegas de turma demonstravam muito preconceito e não aceitavam a aluna na turma, segundo a professora, eles corriam atrás dela, batiam, agrediam de forma física e verbal, davam nomes pejorativos pra ela, ofendendo-a, viam ela como inferior. 
Essa aluna foi percebendo essa discriminação em forma de rejeição por todos os alunos e passou a se isolar, contudo depois de um certo momento ela passou a agredi-los como forma de chamar a atenção e de autodefesa também, pois ela percebia que eles não queriam amizade e não a aceitavam. Diante dessa situação a professora foi trabalhando a questão do respeito, olhar ela como igual e fazendo com que a turma sentisse empatia por ela.
 Uma das formas que nós professores devemos fazer, para amenizar o bullying, seja no recreio, no pátio, nos corredores e até mesmo na sala de aula, é sem dúvida trabalhar em conjunto, atividades que façam com que todos os alunos da escola reflitam sobre as situações em que o bullying está presente. 
BULLYING NO COTIDIANO ESCOLAR
 	No cotidiano escolar constantemente nos deparamos com situações de desrespeito, humilhações, insultos, empurrões, intimidações e palavras de baixo calão e diversas outras situações que tem afetado o desenvolvimento dos alunos, visto que ocorrências de agressão, seja ela verbal, moral ou física pode de alguma forma interferir e prejudicar o aluno – vítima, pois esse, tende a se afastar por achar que não se enquadra no perfil físico, comportamental e ideológico do restante da turma, sendo assim, conforme Debarbieux, o exercício do bullying revela pequenas “violências cotidianas”,“microvitimizações” ou “incivilidades”, retratando muito bem esse quadro de dificuldade de convivência harmoniosa entre os alunos envolvidos , na qual nota-se que a arrogância, brutalidade e falta de respeito tem sido as causas da falta dessebem estar social que está deixando de fazer parte do ambiente escolar.
 	No dia-a-dia escolar devemos ensinar o respeito mútuo e a cultura de paz, Alencar e Taille (2007, p. 4) conceituam respeito como “o reconhecimento do outro como sujeito de direitos e dotado de intrínseca dignidade”, acrescentando que “não há nada mais inverso ao respeito do que a humilhação, nas suas mais variadas formas ou maneiras”. O desrespeito e a humilhação, no dizer dos autores.
[...] pode destruir o auto respeito e, portanto, acabar tornando inviável a construção do respeito entre as pessoas, consequências igualmente prejudiciais tanto ao desenvolvimento de crianças e adolescentes quanto aos relacionamentos interindividuais e sociais (Alencar, Taille, 2007, p. 4). 
Respeitar os colegas deve ser a primeira coisa a ser ensinada na escola, é certo que desde pequenos ouvimos dizer que “respeito vem de berço”, porém nesse mundo contemporâneo e digital, a impressão que temos é que os valores e os bons costumes não estão sendo construídos ou repassados para os filhos, pois devido a vida corrida dos adultos as crianças passaram a ter menos convivência com os pais e algumas responsabilidades da família, de forma indireta, incide para a escola, fazendo com que sua missão não seja apenas ensinar o conteúdo, mas também preparar o aluno para viver em sociedade e que este, aprenda que cada pessoa, tem seus costumes, tradições, crenças e valores, mas que independente das nossas convicções, devemos respeitar essas diferenças seguindo regras, normas e leis que nos orientam para um bom convívio social, seja na escola, no trabalho, na igreja, na política, na rua ou em casa, todos nós temos o direito de sermos diferentes, contudo temos o dever/ obrigação de respeitar essas diferenças.
E para reforçar ainda mais essa ideia, de acordo Sawaya (2002):
“A escola parece portar funções variadas, entre elas: função social, ao compartilhar com a família a educação de crianças e jovens, função política, quando contribui na formação do cidadão, e função pedagógica, na medida em que é local privilegiado para transmissão e construção de conhecimento”. 
Portanto devemos pensar sempre nessa “função social”, pois ao ensinar os conteúdos, devemos proporcionar uma aprendizagem que também promova a vivência em grupo, ensino e formação integral do aluno deve ser algo indissociável.
PRINCIPAIS PROBLEMAS CAUSADOS PELO BULLYNG
Ao falar das consequências do bullying, logo pensamos na importância e necessidade do trabalho em redes (aquele em que há parcerias com outras instituições), pois as consequências são desastrosas, independentemente se surgem a curto ou longo prazo, e a escola pode até detectar o problema, contudo necessitará de um trabalho em conjunto, ou seja multissetorial, que atenda professores, vítimas, agressores e familiares no intuito de auxiliar na reestruturação dos laços afetivos entre os envolvidos, já que dependendo da gravidade, só o acompanhamento e apoio realizado pela escola não é suficiente, necessitando acionar outros meios fora dela, seja para atendimento, prevenção ou até mesmo responsabilização surgindo assim a necessidade das ações serem realizadas em rede visando o bem estar dos alunos. 
 Lorencini, Ferrari e Garcia (2002) descrevem como ações da rede, dentre outras: que os casos de violência devem ser discutidos de forma homogênea por todos os profissionais envolvidos no atendimento e que esses profissionais tenham acesso aos registros de prontuários e processos judiciais; que haja visitas aos locais de atendimento, como abrigos, fórum, escola, clínica, serviço de saúde, domicílio, pois para que se chegue a uma solução é necessário que exista uma troca de saberes e experiências. 
 Essa troca de saberes que falam as autoras faz com que tenha um acúmulo de conhecimentos, ideias, relatos, comparações, análises, métodos e alternativas que a escola sem a parceira não tem condições alguma de estar ajudando uma criança vítima de bullying ou qualquer outra violência que possa interferir no seu desenvolvimento, o trabalho em rede vai formar um ciclo entre a rede educacional, rede de serviços de assistência e proteção visando a proteção integral da criança. 
“Pensar em rede significa conceber a ideia de articulação, conexão, vínculos, ações complementares, relações horizontais entre parceiros, interdependência de serviços para garantir a integralidade da atenção aos segmentos sociais vulneráveis ou em situação de risco social ou pessoal” (Muraro, 2008: 25). A médica psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva (2010), em seu livro Bullying: mentes perigosas nas escolas, assegura que o bullying é “um problema de saúde pública e, por isso mesmo, deve entrar na pauta de todos os profissionais que atuam na área médica, psicológica e assistencial de forma mais abrangente [...]” (SILVA, 2010, p. 14). 
A psiquiatra com base nos seus atendimentos, apresenta as consequências patológicas do bullying (pânico, depressão, bulimia, anorexia, ansiedade, fobias, psicoses.
 	Essas patologias apresentadas quando trazemos para o âmbito escolar chegamos a seguinte conclusão a criança que sofre bullying pode apresentar dificuldade para se concentrar, desinteresse pela escola, queda no aprendizado, rendimento e frequência, ou não querer mais estudar.
No âmbito da saúde física e emocional, a baixa na resistência imunológica e na autoestima, o stress, os sintomas psicossomáticos, transtornos psicológicos, fobia, a depressão e o suicídio.
DICAS AOS PROFESSORES (PREVENÇÃO)
 	O comportamento da criança sem dúvida é reflexo de seu relacionamento com as pessoas que lhes servem de referência e que nem sempre são como deveriam, seja do ponto de vista moral ou social. E esses reflexos relacionais negativos influenciam o estado emocional e comportamental de nossas crianças e quando não reconhecemos as atitudes sinalizadoras de que algo não está bem com elas, logo os danos emocionais causados pela violência começam a aparecer, como as queixas, ansiedade, evasão, estresse, depressão ou até mesmo agressividade e comportamentos transgressivos. Portanto devemos estar preparados e atentos diante de todas situações que venham ocorrer, é de suma importância repensar a cada dia sobre a nossa prática educativa. 
 	Conforme Assis & Avanci, 2009, campanhas educativas (a exemplo do que vem ocorrendo nas novelas de televisão) que tratam do tema da violência entre colegas de escola e entre familiares são exemplos de prevenção. Então a escola deve intervir para prevenir e as campanhas e palestras são ótimos recursos.
	Falta em nossas escolas a questão da criança se sentir amada, querida e principalmente ser ouvida. As nossas escolas longe estão de serem ambientes acolhedores e capazes de proporcionar um apoio social aos alunos e professores. 
A existência de um ambiente afetivo e de apoio material é, no entanto, um dos aspectos mais importantes para proteger o estudante que enfrenta violências e outras adversidades. Quando a mão protetora do educador e da escola estão presentes, os efeitos danosos de eventos indesejáveis ou violentos podem ser reduzidos ou extintos. (Assis, 2010, p. 194)
Devemos ser resilientes e reforçar a noção de que as dificuldades e sofrimentos fazem parte da vida, mas que elas podem ser superadas, ou se tornarem menores a medida que temos pessoas com que podemos contar e confiar. E enquanto educadores devemos estar preparados para pautarmos o ensino-aprendizagem com intervenções que previnam a violência e que promovam o desenvolvimento integral das crianças para que tenham autocontrole, temperamento afetuoso, flexível e autoestima positiva. 
Conforme Assis, (2010, p. 197): “A resiliência não é um estado adquirido e imutável, mas um fenômeno psicológico passível de ser construído e promovido através de processos educativos que facilitem ou tornem as pessoas mais capazes de enfrentar as dificuldades que têm na vida.”
Ao perceber que o aluno está sofrendo algum tipo de violência, tanto a escola, quanto os professores, devem tentar esclarecer os fatos, buscarapoio ou encaminhar aos serviços de orientação psicopedagógico, (caso a escola possua) e a depender da gravidade da situação, encaminhar/notificar ao conselho tutelar.
Ainda, conforme Assis, (2010, p. 198):
Professores dedicados à infância e à adolescência precisam ter acesso à aprendizagem de medidas favoráveis e protetivas capazes de auxiliar uma criança ou um jovem a resistir às situações adversas, de forma singular, específica e adequada. Seu papel deve se estender ao ambiente familiar e comunitário quando se trata de proteger seus alunos. Nesse sentido, os pais são de extrema relevância no papel de tutores de resiliência, e incluí-los nas intervenções aumenta a efetividade de qualquer ação proposta pelo educador.
BULLYING E POLÍTICAS PÚBLICAS 
Esta violência tem causado preocupação entre pesquisadores, pais, professores e ultimamente até o poder público percebeu a necessidade de criar meios para combatermos esse problema que tem se alastrado por todo o mundo, prejudicando autoestima, o desenvolvimento e o desempenho de milhares de pessoas, principalmente os estudantes. 
No Brasil podemos dizer que de modo recente foi sancionada a Lei Nº 13.185/2015, versada como Lei Anti- bullying, que determina a criação do Programa de Combate à Intimidação Sistemática em todo o território nacional, ela determina em seu Art. 4º inciso II, que um dos objetivos é capacitar docentes e equipes pedagógicas para a implementação das ações de discussão, prevenção, orientação e solução do problema (BRASIL, 2015). 
Ou seja preparar os docentes para lidar com agressores e vítimas no dia a dia. Ainda nos objetivos encontramos o inciso IX que traz a seguinte redação: “promover medidas de conscientização, prevenção e combate a todos os tipos de violência, com ênfase nas práticas recorrentes de intimidação sistemática (bullying), ou constrangimento físico e psicológico, cometidas por alunos, professores e outros profissionais integrantes de escola e de comunidade escolar.” 
Esta mesma lei em seu Art. 3º diferencia a intimidação sistemática (bullying) classificando, as ações praticadas, como:
I - verbal: insultar, xingar e apelidar pejorativamente;
II - moral: difamar, caluniar, disseminar rumores;
III - sexual: assediar, induzir e/ou abusar;
IV - social: ignorar, isolar e excluir;
V - psicológica: perseguir, amedrontar, aterrorizar, intimidar, dominar, manipular, chantagear e infernizar;
VI - físico: socar, chutar, bater;
VII - material: furtar, roubar, destruir pertences de outrem;
VIII - virtual: depreciar, enviar mensagens intrusivas da intimidade, enviar ou adulterar fotos e dados pessoais que resultem em sofrimento ou com o intuito de criar meios de constrangimento psicológico e social. (BRASIL, 2015).
 	Vejamos que esta lei apresenta a classificação das ações com um palavreado simples, permitindo assim que todos possam compreender e promover medidas de conscientização, prevenção e combate a todos os tipos de violência nela exposta, não só na escola, mas em toda a sociedade, é claro que na escola conseguimos alcançar um grande números de pessoas, contudo as ações não devem ser realizadas somente no contexto escolar.
	No Estado do Mato Grosso, nota –se a mesma preocupação em relação ao bullying, uma vez que, foi criada a LEI Nº 9.724/2012, que logo no seu Art. 1º, apresenta a seguinte obrigação “As escolas públicas e privadas da educação básica em todo o território mato-grossense deverão incluir em seu projeto pedagógico medidas de conscientização, prevenção, diagnose e combate ao bullying escolar”.
 	E no Art. 3º estabelece objetivos a serem atingidos que são eles:
I - conscientizar a comunidade escolar sobre o conceito de bullying, sua abrangência e a necessidade de medidas de prevenção, diagnose e combate;
II - prevenir, diagnosticar e combater a prática do bullying nas escolas;
III - capacitar docentes, equipe pedagógica e servidores da escola para a implementação das ações de discussão, prevenção, orientação e solução do problema;
IV - orientar os envolvidos em situação de bullying, visando à recuperação da autoestima, do desenvolvimento psicossocial e da convivência harmônica no ambiente escolar e social;
V - envolver a família no processo de construção da cultura de paz nas unidades escolares e perante a sociedade. (Mato Grosso, 2012).
Comparando a lei federal e a estadual observamos que os objetivos se correlacionam, não restando dúvida quanto ao cumprimento fiel das mesmas que no final é: promover a cidadania, o respeito, a paz, tolerância mutua, amor e autoconfiança, resgatando assim os valores e costumes que são de extrema importância para vivermos em harmonia na sociedade.
Agora voltando ao Art. 1º da LEI Nº 9.724/2012, quando menciona a obrigatoriedade das escolas no sentido de incluir essas medidas no projeto político pedagógico, temos gestores que não estão empenhados na execução, ou até mesmo desconhecem a existência de tais leis e isso tem dificultado as intervenções necessárias para prevenção, diagnose e combate ao bullying.
Craig et al. (2000 apud CABEZAS et al., 2006) também concordam que o conhecimento a respeito do bullying é escasso, o que dificulta a identificação desses episódios. Os autores enfatizam que a investigação da violência no ambiente escolar auxilia no entendimento de como os sujeitos envolvidos podem ser afetados e de como a vivência pode influenciar o desenvolvimento e a integração social.
 	Então com base no que diz os autores, hoje faz-se necessário tanto gestores como todos que compõe o ambiente escolar estar sempre informado sobre o que é o bullying, pois no Mato grosso não existe a opção de escolher se cumpre ou não a Lei. No Art. 4º, por exemplo, ficou instituída a “Semana de Combate e Prevenção ao Assédio Escolar bullying, a ser realizada anualmente, na primeira semana do mês de abril, tanto nas escolas públicas como privadas. 
E em 2018, foi criada a Lei 13.663/2018, na qual o seu texto incluiu dois incisos ao art. 12 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB - lei 9.394/1996), que obrigam todos os estabelecimentos de ensino a criarem ações para diminuir a violência, esta nova lei veio para reforçar a regulamentação anterior de Combate ao Bullying (lei 13.185/2015). 
Ressalto aqui como ficaram os incisos na LBD: 
IX – promover medidas de conscientização, de prevenção e de combate a todos os tipos de violência, especialmente a intimidação sistemática
(Bullying), no âmbito das escolas;
X – estabelecer ações destinadas a promover a cultura de paz nas escolas.
 	Lembrando que a LDB regulamenta o sistema educacional do País, tanto no âmbito público quanto no privado. E que as escolas devem fazer a aplicação imediata dessas leis que objetivam a proteção de vidas e a perpetuação do sucesso pedagógico incorporando- as ao currículo e à estrutura organizacional.
A lei 9.724/2012, define que em Mato Grosso na primeira na semana de abril seja realizada a “Semana de Combate e Prevenção ao Assédio Escolar bullying, não obstante, também temos a Lei Federal 13.277/16 que definiu o dia 07 de abril como o Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência na Escola, que passará a ser celebrado na mesma data em que ocorreu o terrível massacre na Escola Tasso da Silveira no Rio de Janeiro, na qual, Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, invadiu a escola armado com dois revólveres e começou a disparar contra os alunos presentes, sendo que matou doze deles, com idade entre 13 e 16 anos, e deixou mais de 22 feridos. 
O assassino foi interceptado por policiais, mas cometeu suicídio antes de ser detido, este fato impactou fortemente a sociedade civil brasileira, criando um misto de indignação, revolta e perplexidade em razão da brutal violência cometida em um espaço de ensino que deveria ser marcado exclusivamente pelo clima de respeito, fraternidade e cooperação entre seus alunos, funcionários e professores.
 Este dia não foi escolhido por acaso pois há relatos de que motivação do crime segundo o testemunho público de sua irmã adotiva e o de um colega, Wellingtonteria sido durante anos vítima de Bullying por partes de seus colegas, inclusive a imprensa relatou diversos depoimentos gravados por ele em seu computador, identificando-se como vítima de bullying, bem como afirmações dos próprios colegas apontando para histórico grave de bullying. 
Em uma carta, ele registrou o bullying sofrido na escola: "Muitas vezes aconteceu comigo de ser agredido por um grupo, e todos os que estavam por perto debochavam, se divertiam com as humilhações que eu sofria, sem se importar com meus sentimentos". 
O depoimento de um ex-colega de certa forma confirma os registros deixados por ele como podemos observar a seguir: "Certa vez no colégio pegaram Wellington de cabeça para baixo, botaram dentro da privada e deram descarga. Algumas pessoas instigavam as meninas: 'Vai lá, mexe com ele'. Ou até o incentivo delas mesmo: 'Vamos brincar com ele, vamos sacanear'. As meninas passavam a mão nele (...). Esses maus-tratos aconteceram em 2001.
Os legisladores ao criarem estas leis, nos fazem rememorar diversos casos acontecidos no Brasil e até mesmo em outros países e conclui-se que na maioria deles a motivação foi o bullying que aconteciam dentro do ambiente escolar e isso nos sensibiliza a colocar as leis em prática, para que a escola seja um lugar de paz, cultura, respeito e amor ao próximo e não um espaço propagador deste tipo de violência. 
PÚBLICO ALVO, ABRANGÊNCIA E ESTRATÉGIAS
O projeto será desenvolvido em uma Escola da rede Estadual de Ensino Fundamental na cidade de Poconé, Estado do Mato Grosso, com estudantes que apresentam a faixa etária entre 06 e 11 anos de idade, matriculados no 1º,2º,3º,4º “A”, 4º “B” e 5º anos do ensino fundamental, período vespertino, onde frequentam em média 150 alunos, oriundos de diversos bairros da cidade e da zona rural. 
A referida escola conta com 6 professoras, 2 apoio (nutrição),1 serviços gerais (limpeza), 1 bibliotecária/laboratório, 2 assistentes administrativos (secretaria), e 1 decoradora de ambientes (readaptada), coordenadora e a diretora.
O projeto destina –se aos os alunos do 1º ao 5º ano do ensino fundamental, professores, funcionários e comunidade escolar. 
Vale lembrar que antes de formular o projeto foi feito uma pesquisa com todos os professores, para saber quais são os problemas enfrentados no cotidiano de cada um e diante disso chegamos a um consenso de que as atividades descritas abaixo seriam possíveis de serem realizadas e que atingiriam os objetivos indicados.
No entanto, apenas na primeira etapa (palestra) que haverá participação da comunidade. E palestra referente as leis que tratam do tema bullying para toda equipe escolar.
A segunda etapa vai envolver apenas o público escolar e será desenvolvida da seguinte forma: 
Primeira etapa: 
Palestra com toda equipe pedagógica para estudo e diálogo sobre as Leis 13.185/2015 e 9.724 de 19/04/2012.
Palestra em parceria com a Polícia Militar com o tema: O Bullying e suas consequências.
Segunda etapa:
Filme “o menino extraordinário”. Que será assistido por todas as turmas na biblioteca da escola.
Interpretação de texto e desenho sobre o filme. Todas as turmas 1º ao 5º ano
Roda de conversa com questionamentos sobre bullying. Todas as turmas 1º ao 5º ano.
Produção de texto e história em quadrinhos com o tema: aceito meu amigo como ele é. Todas as turmas 1º ao 5º ano.
Contação de história pela bibliotecária, usando a coleção “o que não cabe no meu mundo” com os seguintes temas: Fofoca, bullying, mentira, raiva, preconceito, impaciência, inveja, egoísmo e gula. Todas as turmas 1º ao 5º ano.
Apresentação da música: ninguém é igual a ninguém - Escola Stagium, turma 1º ano. 
Teatro meninos de todas as cores - Autora: Luisa Ducla Soares, turma 2º ano.
Paródia trem bala – bullying- Ângela Gabriela Mota. Turma 3º ano
Teatro: vista minha cor, sinta minha dor 4º “A” ano.
Paródia de despacito - Preconceito - por Giovana Viana. Turma 4º “B” ano.
Teatro: Lei Maria da penha. 5º ano.
Atividades de orientação e reflexão serão desenvolvidas utilizando estratégias e conteúdos que sejam do interesse de todas as turmas.
	Objetivo
	Estratégias
	Recursos necessários
	Cronograma
	Responsável pela execução e supervisão
	
	
	
	Início
	Fim
	
	Reduzir as consequências ocasionadas pela prática do bullying.
	Palestras, filme, interpretação de texto, desenho,
teatro, produção de texto, história em quadrinhos, contação de história, paródia, roda de conversa
roda de conversa
	Biblioteca, pátio ou a quadra de esportes, livros, som, músicas Datashow, paródias, questionário em roda de conversa, teatros, papel oficio, impressora, lápis de cor e de escrever, borracha, papel pardo, cartolina, pincéis, fantasias para os teatros. 
	Abril 
	Julho
	Professora: Ruth Bento
TEMPO, RECURSOS TÉCNICOS E METODOLÓGICOS
Para a realização do projeto será utilizado o espaço da biblioteca da escola, pátio ou a quadra de esportes, livros, som, Datashow, músicas, paródias, questionário em roda de conversa, teatros, papel oficio, impressora, lápis de cor, lápis de escrever, borracha, papel pardo, cartolina, pincel atômico, hidrocor, fantasias para os teatros. 
O tempo para realização do projeto incidirá em 1(um) bimestre, com início em abril e conclusão em julho.
O Projeto de intervenção iniciará com uma palestra ministrada pela equipe da Policia Militar que já faz um trabalho relacionado a violência em todas as escolas, então, aproveitando a temática, solicitaremos essa parceria via ofício, onde o tema a ser apresentado será o bullying e suas consequências.
A palestra será realizada na quadra de esportes da escola aberta ao público e ter espaço suficiente para acolher todos da comunidade local. A intenção é que com os exemplos que serão trazidos as pessoas presentes tomem conhecimentos das diversas formas que o bullying acontece, até mesmo em casa entre os familiares. E ao final da palestra, teremos o momento do diálogo para que os estudantes, professores, funcionários, pais e comunidade em geral, possam fazer questionamentos, tirar dúvidas e até mesmo fazer críticas. 
Na palestra a presença dos estudantes e demais funcionários/as da escola e pais, despertará uma grande reflexão e debate entre os participantes. 
Em sala de aula, os professores de cada turma, vão aproveitar e dar continuidade a temática fazendo vários questionamentos com os estudantes, e com isso eles poderão expressar suas opiniões e relatar algum fato que estava envolvido com bullying e eles não sabiam e que agora já sabem identificá-lo.
Então na intenção de dar continuidade ao assunto, cada professora fará as atividades elencadas neste projeto, sendo que cada turma também irá escrever um texto sobre a temática e relatar sua experiência com o tema e se já sofreram ou até mesmo se praticaram bullying durante a vida escolar. As atividades serão apresentadas em uma sexta-feira para toda a comunidade escolar.
RESULTADOS ESPERADOS
Almeja –se que com este projeto possamos reduzir em grande parte os casos de bullying que ocorrem diariamente no contexto escolar, ou seja, conscientizar, prevenir, diagnosticar e combater a prática do bullying e que as ações reflexivas possam promover junto aos alunos, novas possibilidades na atuação e compreensão sobre o tema e que os professores possam aprofundar o conhecimento através da leitura das Leis N°13.185/2015 e 9.724 /2012, até mesmo incluí-las no projeto político pedagógico da escola, já que o legislador trouxe essa obrigação e esta escola ainda não o fez. 
 Espera-se também que seja possível ampliarmos essa visão de atuação e identificarmos a escola como uma área de maior abrangência e de grande importância para tratarmos deste assunto, por ser o local de formação do senso crítico, moral, hábitos básicos de vida, e principalmente para o desenvolvimento de ações de educação, prevenção dos inúmeros tipos de violências. 
E que o professor não seja um propagador da violência, mas que ele vivencie sua profissão, levando em consideração a realidade em que estamos inseridos, pois o bullying aparece de diversasformas e é de extrema importância o professor saber identificar e agir diante desses casos. 
Então conclui-se que um dos maiores resultados esperado é a sensibilização nos alunos e professores sobre as consequências desse tipo de violência. E que pais, professores, alunos e a comunidade em geral possam identificar, analisar, discutir e pesquisar formas de prevenção ou amenização dos atos de violência dentro do ambiente escolar e que este local seja ambiente sadio e solidário e sem violência.
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Em virtude do que foi mencionado a respeito do bullying, suas causas e consequências, nota- se que é imprescindível que todos nós estejamos atentos e cientes sobre as atitudes que são consideradas violência no contexto escolar e que o bullying jamais deve ser ignorado e não devemos banalizar os acontecimentos tratando- os como se fossem algo natural e corriqueiro, pois não é!
 	E com este projeto com certeza toda a comunidade escolar estará preparada para identificar e prevenir qualquer atitude que venha prejudicar o bom funcionamento das atividades escolares. 
 	Além do mais os alunos irão melhorar suas atitudes através do respeito e tolerância ao próximo, já que essas atividades poderão ser retomadas sempre que algum aluno cometer algo que não agradar o outro.
 	As atividades com filme, teatros, músicas e demais conteúdos propostos, permitem a troca de informações e oportunizam uma visão solidária das relações humanas e a partir do projeto de intervenção, cabe ao professor sempre que surgir alguma conduta que fere os princípios éticos, rememorar com sua turma o quanto esta atitude pode vir a prejudicar o colega e partindo desse dialogo estimular valores e atitudes de paz e convivência saudável na escola prevenindo assim o bullying. 
Ademais, como educadores, devemos ter sempre em mente, o que foi professado por Beland (1996), que, como os professores podem atingir um grande número de crianças, em uma faixa de idade precoce e por extenso período de tempo, os programas de prevenção da violência fundados na escola possuem enorme potencial. 
Seguindo a colocação descrita nesta teoria nota-se, que o principal ponto de partida, ideal para implementação de estratégias para prevenir a violência, devem ser sempre, as salas de aula, pois, possuem um raio de abrangência muito elevado e em algumas escolas os alunos acabam passando mais tempo com o professor de que com seus próprios familiares, tornando assim um lugar estratégico, se comparado com outras instituições, sem contar que o bullying pode estar presente em todos os locais da escola, então, deve ser sim uma preocupação nossa, não podendo ser banalizado ou naturalizado no ambiente escolar.
 É preciso intervir no intuito de cientificar e sensibilizar os alunos e dependendo da situação estender para toda a comunidade para prevenir, antecipar, evitar ou tornar quase impossível as diversas manifestações de violência, principalmente o bullying.
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