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RODENTICIDAS Disciplina de Farmacologia e Toxicologia Veterinária II Profa. Dra. Teresinha Martins temartins@prof.unisa.br RODENTICIDAS • Anticoagulantes • Fluoroacetato de sódio (FAS) • Estricnina • Chumbinho (carbamato/organofosforado) – veremos em Intoxicações por parasiticidas 2 Porque usar? Qual usar? Rodenticidas anticoagulantes (antagonistas da vitamina K) • Origem • Via VO+++ /(contato cutâneo/inalação ??) • Alta BD. 99% ligação Albumina. • Meia vida variável – longa/muito longa • Biotransformação hepática/Excreção Renal • Racumim® , Ratum ®, Mouser ®, Ratokill ® Pindona Rodenticidas anticoagulantes (antagonistas da vitamina K) • Origem • Via VO+++ /(contato cutâneo/inalação ??) • Alta BD. 99% ligação Albumina. • Meia vida variável – longa/muito longa • Biotransformação hepática/Excreção Renal • Racumim® , Ratum ®, Mouser ®, Ratokill ® SOBRAL, Ana Claudia Martins. Determinação de brodifacoum em formulações de iscas raticidas por cromatografia em camada delgada de alta eficiência. 2007. Inodoro, incolor*, alguns solúveis em água https://www.nps.gov/samo/learn/management/rodenticides.htm Classificação conforme a POTÊNCIA • 1ª Geração (Varfarinas) • Varfarina, dicumarol,.. Pindona........ • Tabletes parafinados verde ou azul escuro; pó e iscas azul-celeste. • Curta ação • Meia vida: 14-20h/2-4d eliminação total • 2ª Geração (Supervarfarinas) 100 x> do que 1ª geração • Brodifacoum, Bromadiolona........ • Iscas de cor rosa • Longa ação • Meia vida: 6 dias (brodifacoum) a 4-6 semanas Kotsaftis P et al, 2007 Classificação conforme a POTÊNCIA • 1ª Geração (Varfarinas) • Varfarina, dicumarol,.. Racumin ®(cumatetralil), • Tabletes parafinados verde ou azul escuro; pó e iscas azul- celeste. • Curta ação • Meia vida: 14-20h/2-4d eliminação total • Intoxicação: Início 12-16h; Duração 4-5d • Doses múltiplas = Dose letal • Lipossolubilidade: >> • Biostransformação hepática leta • Excreção: renal (inativos) • 2ª Geração (Supervarfarinas) 100 x> do que 1ª geração • Ratum ®(bromadifacoum), bromadiolona • Iscas de cor rosa • Longa ação • Meia vida: 6 dias (brodifacoum) a 4- 7 semanas (120 dias!!!!) • Intoxicação: Início dias; Duração 30 d ou +++ • Dose única = Dose Letal • Lipossolubilidade: >>>> • Biostransformação hepática leta • Excreção: renal (inativos) Kotsaftis P et al, 2007 Pato DL50 x Dtóxica Radicais carboxiglutâmicos (quinona) (ativa) (II, VII, IX, X) Franco VMF, 2002 Manifestações Clínicas • Específicos: Hemorragias: (hemoptise/epistaxe/equimose/hematúria/ melena...) • Coagulopatias em até 96h após ingestão – 1ª geração (média 12h) Sobral ACM, 2007 Manifestações Clínicas • Dispneia, cansaço fácil • Anemia, hipovolemia, tosse, quadro neurológico ...... • Gravidade: dependente quantidade/geração tempo de consumo dos fatores de coagulação dependentes K: II -(41h); VII (6h), IX (14h), X (16h) Diagnóstico • Anamnese • Exame clínica: anemia, desidratação, alt. Respiratória, hematomas • Tempo de protrombina (TP): fator II • Hemograma (?), plaqueta (?)/Coagulograma • RX, USG/Urinálise....... • Necropsia • Testes toxicológicos (sangue total ou plasma) Tratamento • Quantidade ingerida? • Qual geração? • Tempo de ingestão • Sangramento ativo? • Tempo total de tratamento? Tratamento suporte • Provocar êmese? • Lavagem gástrica?? • Carvão ativado??? • Transfusão de hemocomponentes???? • Fluidoterapia • Oxigênio TRATAMENTO específico ➢INGESTÃO RECENTE ➢TRATAMENTO ESPECÍFICO ❖ VITAMINA K1 (fitomenadiona,fitonadiona..) ▪ Latência 3-12h. Pico ≥24h. ▪ Vias de administração. ▪ Período de administração. 1ª geração: -10-14d 2ª geração: 21-30d ou mais ➢TRATAMENTO SINTOMÁTICO ❖Transfusão de PF, Hemácias ❖ Toracocentese?? Prognóstico • Qual geração • Há hemorragia • Controle com K1 • Dosagem de protrombina Fluoroaceto de Sódio – FAS (monofluoracetato de sódio/Ácido monofluoracetato de sódio) • Composto 1080/1081 • Década de 70/80 • MÃO BRANCA/ERA RATO Inodoro Insipido Incolor (pó branco) Alta absorção intestinal e pele lesada DL50 5mg/kg Fluoroaceto de Sódio – FAS (monofluoracetato de sódio/Ácido monofluoracetato de sódio) • Composto 1080/1081 • Década de 70/80 • MÃO BRANCA/ERA RATO Inodoro Insipido Incolor (pó branco) Alta absorção intestinal e pele lesada DL50 5mg/kg FAS + acetil-coenzima A Fluoracetil-CoA + Oxaloacetato Citrato sintase FLUOROCITRATO ACONITASE (citrato em isocitrato) ATP/ X www.bibliotecadigital.ufmg.br Toxicocinética FAS + Manifestações clínicas • Cardíaca ➢ Arritmias: FA e Parada • Acúmulo de citrato/acidose Metabólica/ação direta do Fluorocitrato no miocárdio/diminuição absorção de glicose/hipóxia celular • SNC ➢ Convulsão ➢ Alteração de comportamento ➢midriase ➢ Ataxia, tremores, hiperexcitação, mioclonias • Acumulo de citrato • Acidose metabólica • > glicose sérica • > amônia cerebral • Bloqueio da saída de Cl- • < ação GABA Manifestações clínicas • Alterações TGI: êmese, diarreia • TR: taquipneia compensatória da a.m., edema, hemorragia pulmonar • Alterações de termorregulação Início: 30’- 4/6h após ingestão Diagnóstico • Anamnese e exame clínico • Laboratorial: hemogasometria (a.m.), hipopotassemia, hipocalemia • Presença de citrato sérico/urina e tecidos • Cromatografia delgada • Necropsia Tratamento Suporte • Anticonvulsivante • Oxigenioterapia • Fluidoterapia (evitar glicosado) • Controle de T°C • Lavagem estomacal * • Bicarbonato de Na (a.m.) • ATB preventivo Tratamento específico • Gluconato de cálcio 10% • Doadores de Acetato: monoacetato de glicerol, 10%/acetamida - 30’ após a ingestão (< síntese de fluorocitrato) Estricnina • Proibido no Brasil • >>>> tóxico e letal • Iscas ou pó com sabor amargo, que necessita ser misturado ao alimento para não ser recusado • Biotransformação hepática (20% inalterado na urina – dosagem em até 24h) • Rápido início de ação Strychnos nux-vomica Mecanismo de ação Não permite que ocorra a hiperpolarização dependente do fluxo iônico e assim não ocorre a inibição pós-sináptica do neurônio motor. D E S P O L A R I Z A Ç Ã O Estricnina Glicina Manifestações clínicas • Início: 10’-2h • Alteração de comportamento • Hiperexcitabilidade estímulos ambientais • Tremores/mioclonias/rigidez muscular, espasticidade muscular • MORTE: ocorre por paralisia dos mm. respiratórios e convulsão Tratamento • Específico: não há • Sintomático Diagnóstico • Anamnese, manifestações clínicas • Mioglobinúria, acidose metabólica • Cromatografia do conteúdo estomacal/urina • Necropsia: rápido rigor mortis seguido de relaxamento; hemorragia mm. E subcutâneo decorrente das convulsões Considerações Finais • Rodenticidas anticoagulantes • Fluoroacetato de sódio (FAS) • Estricnina • SPINOSA, H.S.; GÓRNIAK, S.L.; PALERMO-NETO, J. Toxicologia aplicada à Medicina Veterinária. 1edição. São Paulo: Manole, 2008. 942p. • Manual de Toxicologia Clínica: Orientações para assistência e vigilância das intoxicações agudas / [Organizadores] Edna Maria Miello Hernandez, Roberto Moacyr Ribeiro Rodrigues, Themis Mizerkowski Torres. São Paulo: Secretaria Municipal da Saúde, 2017. 465. Acesso em http://www.cvs.saude.sp.gov.br/up/MANUAL%20DE%20TOXICOL OGIA%20CL%C3%8DNICA%20-%20COVISA%202017.pdf • JORGE, Ana Patrícia Mestre de Oliveira. Clínica e cirurgia em animais de companhia: intoxicação por rodenticidas anticoagulantes. 2015. Dissertação de Mestrado. Universidade de Évora. • NAKAYAMA, Shouta MM et al. A review: poisoning by anticoagulant rodenticides in non-target animals globally. Journal of Veterinary Medical Science, p. 17-0717, 2018. http://www.cvs.saude.sp.gov.br/up/MANUAL DE TOXICOLOGIA CL%C3%8DNICA - COVISA 2017.pdf Obrigada!
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