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Implantação de Sistemas de Informações Gerenciais

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AULA 6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMAS DE INFORMAÇÕES 
GERENCIAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof.ª Edicreia Andrade dos Santos 
02 
CONVERSA INICIAL 
Implantar ou não um sistema de informações gerenciais? Essa é uma 
dúvida de diversos gestores, já que atualmente a informação é um recurso de 
extrema utilidade para a organização. Essas informações compõem os sistemas, 
que podem ser um instrumento de auxílio ao gestor na tomada de decisão. 
Um sistema bem estruturado é a chave para saber exatamente o que 
ocorre na entidade, diferentemente do que ocorre em sistema com falhas, nos 
quais as informações apresentadas são imprecisas e podem levar os gestores a 
tomarem decisões erradas, o que pode ser prejudicial para o negócio. 
Devido a isso, as empresas buscam estruturar sistemas de informações 
gerenciais e de apoio à decisão, visando transformar as informações disponíveis 
sobre as operações e as estratégias da entidade em instrumentos para atender 
às necessidades organizacionais e alcançar os objetivos almejados. 
Diante desse contexto, levando em consideração a relevância do tema, o 
objetivo desta aula é o conhecimento sobre as etapas de implantação do sistema 
de informações gerenciais e as demais informações relevantes. 
CONTEXTUALIZANDO 
Os sistemas de informações gerenciais (SIG) possuem um papel 
fundamental na gestão organizacional. Eles oferecem dados para a geração de 
relatórios, que possuem como finalidade auxiliar os gestores a explicar 
desempenhos passados e prever desempenhos futuros, a fim de direcionar a 
empresa para o caminho certo. 
De forma geral, esses sistemas prestam informações sobre as atividades 
básicas das empresas, além da elaboração de relatórios que auxiliem no 
planejamento e no controle de operações importantes. Segundo Laudon e Laudon 
(2007), o número e os tipos de sistemas de informação que podem ser utilizados 
em alguma organização varia de acordo com a informação gerada. 
03 
Os métodos vão desde modelos básicos de sistemas relacionados à 
resolução de problemas, voltados para o desenvolvimento de novos sistemas, a 
métodos relacionados ao ciclo de vida de um sistema tradicional (Laudon, Laudon, 
2007). Nos próximos temas, conheceremos melhor o funcionamento da 
implantação de um sistema de informações gerenciais. 
TEMA 1 – O ALINHAMENTO DA IMPLANTAÇÃO COM O PLANEJAMENTO 
ESTRATÉGICO 
Qualquer organização, ao implantar determinada estratégia, precisa buscar 
alinhá-la ao planejamento da organização, para que todos os setores e membros 
da organização estejam envolvidos na estratégia de implantação. A origem do 
termo estratégia remete aos tempos antigos, mais precisamente na Grécia 
Antiga, onde se originou o termo “strategos”, que significava “a arte do general de 
exército” (Mintzberg; Quinn, 2001). 
Com o passar dos anos, esse termo foi estendido a outras áreas, bem como 
para o contexto empresarial. As definições também passaram por mudanças, visto 
que nesse período não existia um consenso em relação à conceituação do termo 
planejamento estratégico visando estabelecer uma definição única. Mintzberg e 
Quinn (2001) identificaram cinco características básicas, apresentadas na Tabela 1: 
Tabela 1 – Definições de estratégia 
Estratégia Definição Características 
Plano Curso ou ação, diretriz. • Preparadas previamente às ações.
• Desenvolvidas consciente e deliberadamente.
Pretexto Manobra específica. • Relacionada à estratégia como plano, com
intuito de “manobrar” a concorrência.
Padrão Consistência de 
comportamento 
• Padrão relacionado à ação, com intenção.
• Pode haver um plano implícito atrás do
padrão.
Posição Posição em relação a uma 
referência. 
• Ponto de referência: ambiente, concorrente,
mercado.
• Olhar para fora (posicionamento), relacionando
à organização.
Perspectiva Conceito da organização, 
visualizado internamente. 
• Perspectiva compartilhada.
• Olhara para dentro (perspectiva), relacionando à
organização.
Fonte: Mintzberg; Quinn, 2001. 
As informações apresentadas na Tabela 1 podem vir a ser adaptadas de 
acordo com a estratégia que a organização deseja seguir, ela pode vir a adotar 
uma estratégia, duas, ou até todas. Por exemplo, uma organização pode optar por 
 
 
04 
adotar somente a estratégia de planejar com antecedência suas ações e não 
adotar mais nenhuma estratégia. 
Quando se trata da implantação de um sistema de informação, um dos 
conceitos mais significativos sobre alinhamento da estratégia refere-se ao 
alinhamento entre o plano estratégico de negócio (PEN) e o plano estratégico de 
tecnologia de informação (PETI) (King, 1988). O alinhamento entre esses dois 
elementos garantirá a adequação da estratégia empresarial com a tecnologia da 
informação disponível. 
O Planejamento Estratégico de Negócio (PEN) pode ser conceituado 
como um sistema integrado de decisões, capaz de produzir dados e informações 
que contribuam para que os gestores pensem estrategicamente, apoiando a 
construção das estratégias futuras (Mintzberg; Quinn, 2001). Esse tema é antigo, 
porém ficou por algum tempo esquecido; no final da década de 1990, ganhou 
relevância novamente, ao ser associado com um instrumento de alinhamento 
estratégico. 
O PEN está intimamente ligado com a estratégia. Ele é responsável pela 
elaboração de um plano efetivo para identificação dos pontos fortes e pontos 
fracos, objetivos, ameaças e oportunidades que compõem o negócio. Ele é 
elaborado com base em informações externas e internas, as quais são utilizadas 
para a definição dos caminhos que a entidade deve seguir. 
Enquanto o PNE está relacionado a estratégia da empresa, o Plano 
Estratégico de Tecnologia de Informação (Peti), como próprio termo já indica, 
está relacionado com a estratégia da tecnologia da informação. Ele refere-se a 
um conjunto de ferramentas e técnicas utilizadas para a identificação de dados 
relacionados à área da tecnologia da informação que possibilitam apoiar os 
negócios organizacionais e o desenvolvimento de arquiteturas de informação, 
objetivos, estratégias e aplicações estratégicas (Affeldt; Vanti, 2009). 
Assim como o PIN, o Peti também elabora um plano efetivo, só que focado 
nos aspectos relacionados à tecnologia da informação. Da união desses dois 
fatores é estabelecido o Alinhamento Estratégico (AE). 
O alinhamento estratégico refere-se à aplicação da tecnologia da 
informação no tempo e de modo correto, buscando sempre alinhar tais tecnologias 
com as estratégias da empresa. 
No próximo tema, continuaremos detalhando o processo de implantação 
dos sistemas de informação e estudaremos o ciclo de vida dos sistemas. 
05 
Saiba mais 
Que tal conhecer um exemplo prático do alinhamento da estratégia da 
empresa com o Ti? Saiba mais assistindo ao vídeo “Como alinhar TI ao negócio 
e impulsionar as métricas e a geração de valor”, com o gerente de TI do Wal-Mart. 
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=ySqaWvkDOHo>. 
TEMA 2 – CICLO DE VIDA DOS SISTEMAS 
As dúvidas em relação aos recursos e estrutura necessária para o 
desenvolvimento dos sistemas informação estão entre as maiores causas de erros 
ou insucessos de sua implantação. Nesse contexto, as abordagens de ciclo de 
vida dos sistemas visam contribuir para a identificação das necessidades dos 
usuários dos sistemas de informação. 
De acordo com o Yourdon (1990), o planejamento do ciclo de vida de um 
sistema consiste no modo como a implantação será realizada pela entidade. Ele 
não é difícil, qualquer membro da área de desenvolvimento de sistemas com as 
devidas informações pode ser o responsável pelo desenvolvimento do projeto. 
De acordo com Alves e Vanalle (2001), estabelecer o ciclo de vida de um 
projeto de sistema é importante pelos seguintes motivos: 
• ele define as atividades a serem executadas em um projeto;
• ele fornece consistência entre os muitos projetos em desenvolvimento em
uma mesma empresa;
• ele introduzmecanismos de verificação para o controle gerencial de
decisões;
• ele oferece facilidades para o gerenciamento de prazos.
Os ciclos de vida se dividem em: clássico, de prototipação e em espiral.
Esses três modelos serão detalhados nos próximos subtemas. 
2.1 Ciclo de vida clássico 
O ciclo de vida clássico ou tradicional é o método mais antigo de elaboração 
de sistemas de informação. Nesse método, a montagem do sistema é dividida em 
etapas em cascata, nas quais as tarefas de cada etapa devem estar terminadas 
antes de partir para o próximo estágio. No entanto, apesar disso, os gestores 
podem voltar ao estágio anterior, se for necessário. 
Na Figura 1 são apresentadas as etapas dessa metodologia: 
06 
Figura 1 – Ciclo de vida sistema clássico 
Fonte: Laudon; Laudon, 2010. 
Esse método é marcado pela formalidade na divisão de tarefas e pelas 
especificações em papéis, o que acaba gerando muitos documentos no decorrer 
do projeto. O ciclo de vida clássico é muito utilizado em sistemas complexos, que 
exigem análise e controle mais rigorosos; dessa forma, ele não é tão indicado para 
pequenas empresas que possuem sistemas mais simples. 
Como ponto negativo, podemos destacar que o ciclo de vida clássico é 
muito demorado. Como citado, uma etapa se inicia, assim que a etapa anterior 
termina, e todo esse processo gera um grande volume de documentos. Caso seja 
necessário voltar a uma etapa já terminada, toda a papelada que já havia sido 
produzida precisará ser refeita. 
2.2 Prototipagem 
A prototipagem consiste na montagem de um sistema experimental, de 
forma rápida e sem muitos gastos. Ele consiste em um modelo preliminar que 
pode representar uma parte ou o todo do sistema de informação, que pode ser 
mudado diversas vezes com a finalidade de ser convertido no modelo de sistema 
considerado ideal para os seus usuários. 
Na Figura 2 é apresentado um modelo de protótipo. 
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Figura 2 – Prototipagem 
Fonte: Alves; Vanalle, 2001. 
Conforme a Figura 2, podemos observar que esse modelo ajuda o 
desenvolvedor a estruturar o sistema que será implementado. De acordo com 
Alves e Vanalle (2001, p. 4), esse modelo pode assumir três formas: 
• Um protótipo em papel ou um modelo computacional, que
apresente ao usuário as informações de forma clara.
• Um protótipo de trabalho que teste algumas funções que são
exigidas pelo sistema desejado.
• Um programa existente que execute uma parte ou toda a função
desejada para o novo sistema, mas com elementos que poderão
ser melhoradas no decorrer do desenvolvimento.
Assim como o modelo clássico, a prototipagem também possui limitações. 
Como é um processo realizado de forma rápida, muitas vezes motivado pela 
pressa dos usuários, pode ocorrer falhas no modelo quando implantado. Além 
disso, como a prototipagem pode ser referente a apenas uma parte do modelo, 
na junção com o resto do sistema podem ocorrer problemas no âmbito geral. 
2.3 Ciclo de vida em espiral 
O ciclo de vida em espiral busca unir as melhores características dos dois 
modelos anteriores, com a inclusão de mais um elemento: a análise de riscos. Na 
Figura 3 é apresentado um modelo de ciclo de vida em espiral. 
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Figura 3 – Ciclo de vida em espiral 
Fonte: Boehm, 1975. 
Conforme a Figura 3, vemos que esse modelo possui diversos pontos 
positivos. O principal é a possibilidade de analisar a evolução do desenvolvimento 
do sistema em cada etapa. Como ponto negativo, podemos destacar a 
impossibilidade de sua utilização em sistemas terceirizados. 
No próximo tema, avançaremos mais uma etapa conhecendo como 
funciona a implantação dos sistemas de informações. 
TEMA 3 – A IMPLEMENTAÇÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÕES 
A implantação dos sistemas de informação começa com o levantamento e 
a análise de um novo sistema; essa etapa é a fase mais importante de todo o 
projeto de desenvolvimento (Cassarro, 1999). Caso já exista um sistema em 
utilização, deve-se buscar extrair seus pontos positivos e resolver as possíveis 
09 
falhas na construção do novo projeto. Posteriormente, é realizada a definição clara 
dos objetivos que se espera alcançar com o desenvolvimento do sistema. 
A tecnologia da informação empregada é outro fator que deve ser 
observado no decorrer da implementação do sistema, visando ao estabelecimento 
das funcionalidades do sistema. Em seguida, também são identificadas as 
necessidades e as expectativas dos usuários. 
Ao longo da implementação do projeto, é possível ver que a etapa mais 
importante é o levantamento dos requisitos necessários, já que é nesse estágio 
que é discutida a necessidade de implantar um sistema, no caso de já existir outro 
sistema em funcionamento. Já que, a partir do momento em que é identificado, 
que não é necessário um novo sistema, todas as etapas posteriores são 
desnecessárias. 
A participação do usuário é outro fator importante no que tange à 
implementação de um sistema, sendo ele o mais interessado na eficiência do 
projeto. É necessário que ele possa participar de sua construção e de seu 
desenvolvimento. 
Para Purba, Sawh e Shah (1995), esse procedimento traz algumas 
vantagens, como favorecer a troca de conhecimentos e experiências entre os 
usuários para o projeto do sistema, permitindo que eles lutem a favor do sucesso 
do projeto e, também, permite que esses usuários “testem” o sistema desde o 
começo, evitando surpresas quando o projeto estiver concluído e for entregue 
para teste. 
No entanto, é preciso que os usuários estejam atentos ao relacionamento 
existente entre os componentes técnicos de um sistema e a estrutura de 
funcionamento da empresa. Os desenvolvedores de sistemas devem levar em 
consideração os objetivos de gestão e o processo decisório, bem como o impacto 
que esses sistemas terão sobre usuários, colaboradores e todo o contexto 
organizacional (Rezende; Abreu, 2000). 
Na figura a seguir, são apresentados os motivos para falhas na implantação 
dos sistemas de informações. 
010 
Figura 4 – Falhas no processo de implantação de um sistema de informação 
Fonte: Schmitt, 2004. 
Conforme a Figura 4, é possível inferir que a maioria das falhas está 
relacionada aos aspectos técnico do sistema, como software, hardware, 
infraestrutura, soluções técnicas etc. Em alguns casos, a equipe e os usuários 
também podem contribuir com as falhas no projeto, principalmente quando eles 
não estão comprometidos com a eficácia do desenvolvimento do sistema. 
A equipe também pode contribuir para o sucesso da implantação, 
principalmente quando existe participação efetiva de todos os usuários e quando 
há apoio da gerência. 
No próximo tema, continuaremos a tratar de conceitos relacionados ao 
sistema ao identificar o tipo que representa a empresa. 
011 
TEMA 4 – A EMPRESA COMO UM SISTEMA 
No passado, as empresas eram consideradas um sistema fechado, 
completamente sem contato com o mundo externo. Naquela época, as mudanças 
demoravam para acontecer, e, quando ocorriam, demoravam para serem 
refletidas nas operações da organização. 
Com a globalização, tudo mudou. Os clientes passaram a dispor de maior 
número de informações e tornaram-se mais exigentes, a tecnologia da informação 
também ganhou espaço com o advento da internet, e com a popularização de 
redes sociais as distâncias diminuíram, em alguns casos simplesmente 
desapareceram. Nessa nova realidade, a visão de terceiros em relação à 
organização passou a representar fator de grande importância. 
Dessa forma, as organizações empresariais interagem com o ambiente e a 
sociedade de maneira completa. A organização é um sistema em que recursos 
são introduzidos (entrada), processados e resultam na saída de produtos ou 
serviços (Padoveze, 2007). 
Dessa forma, a organização passou a ser considerada um sistema aberto, 
já que interage com a sociedade e com o ambiente de atuação. Essa interação 
com a sociedade provoca influência tanto na empresa como na sociedade,visto 
que há o aumento nos padrões de vida dos seus colaboradores e dos familiares 
desses colaboradores, bem como o desenvolvimento da sociedade em que a 
empresa está inserida. A entidade, então, muda para se adaptar ao que os 
parceiros de negócios e clientes buscam. 
Podemos, assim, afirmar que toda organização, quando é criada, e durante 
toda sua existência possui uma missão em relação à sociedade. Essa missão 
corresponde aos seus objetivos permanentes, que buscam atender às 
necessidades de todos os elementos relacionados à empresa, sejam externos ou 
internos. 
A figura a seguir mostra a representação da empresa como um sistema 
aberto. 
 
 
012 
Figura 5 – Empresa com um sistema aberto 
 
Fonte: Padoveze, 2007. 
De acordo com a Figura 5, é possível visualizar que a empresa enquanto 
sistema aberto envolve a ideia de que elementos de entrada, como recursos 
materiais, humanos e tecnológicos, são introduzidos no sistema e, processados, 
gerando saídas que correspondem a bens e serviços. Ao seu redor, o ambiente 
interno e externo influencia todo esse processo. No próximo tema estudaremos 
os subsistemas de informações. 
Vídeo 
Assista ao vídeo “Unidade V – Empresa como sistema e seus subsistemas 
– Parte 1”. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=iH8fDyrQuKw>. 
Assista ao vídeo “Unidade V – Empresa como sistema e seus subsistemas – Parte 
2”. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=-OJptOk2sQU>. 
TEMA 5 – DIVERSOS SUBSISTEMAS DE INFORMAÇÕES 
No ambiente corporativo, a informação possui um aspecto inteiramente 
competitivo, e reflete na continuidade e na sobrevivência das organizações. Ela é 
utilizada nas negociações com fornecedores e clientes e na identificação de 
possíveis ameaças e oportunidades. De acordo com Laudon e Laudon (2007), as 
informações podem ser classificadas como apresentado no Quadro 1 a seguir. 
013 
Quadro 1 – Tipos de informação 
Informações 
seletivas 
Essa técnica busca levar à comunidade, ao governo e a outras partes 
interessadas informações sobre a empresa. É como se fosse um feedback 
tanto para o público interno quanto para o público externo. 
Informações 
obrigatórias ou 
legais 
Essas informações são caracterizadas pela sua obrigatoriedade, periodicidade 
e são impostas pelas leis e por convenções. São exemplo: notas fiscais, 
recibos, balanços financeiros, impostos etc. 
Informações 
confidenciais 
Tais informações são acessíveis a poucas pessoas. Por exemplo: fórmulas 
planos, patentes, projetos, lucros, perdas e logística. 
Informações 
complementares 
Essas informações servem como complemento a outras informações. Por 
exemplo: descrições, comentários, narrações, explicações, anexos, 
demonstrativos e gráficos. 
Informações 
arquivadas 
É a técnica de detectar até que ponto a empresa tem condições de tratar suas 
informações como algo de valor, como uma demonstração de sua organização 
em relação ao passado, presente e futuro. Uma empresa que toma decisões 
retrospectivas não trabalha com informações atualizadas. 
Fonte: Laudon; Laudon, 2007. 
De acordo com o Quadro 1, podemos inferir os tipos de classificação das 
informações, porém tão importante como defini-las é saber como elas são 
formadas. Nesse ponto, entram os subsistemas de informações. Eles podem 
ser definidos como a união de elementos visando à geração de informações que 
servirão de apoio para o processo de gestão e execução das atividades 
operacionais da organização. 
De acordo com Padoveze (2007), devido à sua complexidade, todos os 
sistemas podem ser divididos em sistemas menores: os subsistemas, tais como a 
divisão apresentada na Figura 6 seguir. 
Figura 6 – Subsistemas da empresa 
Fonte: Padoveze, 2007. 
Conforme a classificação apresentada na Figura 6, podemos ver que o 
sistema poder ser dividido em seis subsistemas. O subsistema institucional é 
014 
uma espécie de “bússola” dos demais sistemas, em que são definidos a missão, 
as crenças e os valores da entidade, além de incluir um modelo de gestão que 
abrange todos os princípios que serão seguidos pela empresa. 
No subsistema de gestão é que ocorre a tomada de decisão. Ele só pode 
ser estruturado após a formação do modelo de gestão (que corre no subsistema 
institucional). Ele também se encontra diretamente ligado aos subsistemas de 
informação. O planejamento, o controle e a execução fazem parte desse 
subsistema, nele também são elaborados o planejamento e as diretrizes 
estratégicas, bem como o planejamento e o plano operacional. 
O subsistema formal abrange a divisão de tarefas de acordo com setores 
correspondentes. Ele corresponde à estrutura administrativa da organização, de 
autoridades e responsabilidades (Padoveze, 2007). O subsistema social 
abrange a cultura e todo e qualquer aspecto relacionado às pessoas que 
compõem a organização. O subsistema físico-operacional abrange as 
instalações físicas da empresa e é ele que as transações econômico-financeiras 
ocorrem. 
O subsistema de informações funciona como uma espécie de “ligação” 
entre todos os outros subsistemas existentes na entidade. Por meio dele, todos 
os dados de todas as áreas se juntam em único lugar. Posteriormente, esses 
dados transformam-se em informação, e a informação se torna conhecimento. A 
sincronia entre todos esses subsistemas são a base para a tomada de decisão 
(Rosa Filho, 2005). 
FINALIZANDO 
A partir do conteúdo apresentado nesta aula, foi possível conhecer um 
pouco mais sobre como funciona a implantação de um sistema de informações 
gerenciais em uma organização e todos os aspectos que envolvem seu 
funcionamento. Além disso, foi possível conhecer as etapas e 
características desse processo. 
O estudo do tema buscou a ampliação do conhecimento sobre os 
sistemas de informações gerenciais, além do aprofundamento do conteúdo 
anteriormente estudados, visando dar uma visão geral sobre o assunto. Porém, 
enfatiza-se que esse assunto é muito extenso, criando a necessidade de que 
novas pesquisas sejam realizadas posteriormente. 
015 
REFERÊNCIAS 
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informação: análise de modelos e propostas para pesquisas futuras. Journal of 
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PURBA, S.; SAWH, D.; SHAH, B. How to Manage a Successful Software 
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REZENDE, D. A.; ABREU, A. F. Tecnologia da Informação Aplicada a 
Sistemas de Informação Empresariais. São Paulo: Atlas, 2000. 
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Revista Gestão e Conhecimento, v. 3, n. 1, jan./jun. 2005. 
016 
SCHMITT, C. A. Sistemas Integrados de Gestão Empresarial: uma contribuição 
no estudo do comportamento organizacional e dos usuáriosna implantação de 
sistemas ERP. 296 f. Tese (Doutorado em Engenharia da Produção) – 
Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2004. 
YOURDON, E. Análise Estruturada Moderna. 3. ed. Trad. Dalton C. de Alencar. 
Rio de Janeiro: Campus, 1990.

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