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O AVANÇO DOS MEIOS DIGITAIS E A PRODUÇÃO DE INFORMAÇÃO

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O AVANÇO DOS MEIOS DIGITAIS E A PRODUÇÃO DE INFORMAÇÃO
A copa do mundo mais tecnológica de todos os tempos.
 Como as redes sociais estão transformando a comunicação, o jornalismo e a sociedade.
Universidade Federal de Santa Maria.
Resumo: A copa do Brasil será a mais tecnológica de todos os tempos com muita tecnologia dentro e fora dos gramados. As redes sociais mudaram – e permanecem mudando – o formato da comunicação. A mídia social elegeu Obama, deu voz ao consumidor, pôs fim à repressão no Irã, está revolucionando o jornalismo, quebrando a imprensa e transformando a sociedade. Há alguns anos, a comunicação de massa era de um para todos. O espectador dos meios de comunicação não é mais passivo: hoje, todos produzem e recebem informações através da maior rede de comunicação do planeta: a internet. Este artigo científico tem como objetivo mostrar os impactos causados pelas novas tecnologias e as mudanças que estão ocorrendo na sociedade e na comunicação, por meio das redes sociais.
Palavras Chave: redes sociais, comunicação, conteúdo, informação, mídias digitais, jornalismo.
1.INTRODUÇÃO
1.1 A copa do mundo mais tecnológica de todos os tempos. Como as mídias sociais estão mudando a comunicação e o jornalismo
 Essa copa do mundo do Brasil será a copa mais tecnológica de todos os tempos com os novos smartphones as informações são transferidas em segundos e as pessoas podem acompanhar os fatos quase em tempo real pelas redes sociais ; os árbitros vão poder usar da tecnologia para saber se foi gol ou não .
Com o advento dos meios digitais os desafios da comunicação tornaram-se cada vez mais complexos e tornando a informação cada vez mais acessível. Com a mídia eletrônica, as informações diferenciam-se dos meios tradicionais, como por exemplo, a impressão de um jornal: material pronto e acabado. A comunicação se transforma, logo, a sociedade se transforma: são indissolúveis. Os impactos provocados pelas novas tecnologias transformam o modo de pensar e de se relacionar com o mundo do ser humano. E as redes sociais, por sua vez, ultrapassaram o objetivo exclusivo de relacionamento e passaram a ser fonte de pesquisa e notícias, tendo como atributos a interatividade e participação, possibilitando ao leitor não apenas o acesso à informação, mas a capacidade de produzi-la. Com base nisso, tudo o que já está na rede é provisório
- pode ser modificado, recriado ou complementado - diferentemente do jornal impresso.
E eis um dos desafios da democratização da informação: produzir conteúdo relevante para um público também criador de conteúdo. A internet e a mídia social passam a ser um espaço de colaboração, baseada na interação e participação ativa de quem produz e recebe conteúdo. É o leitor quem escolhe onde clicar e qual matéria lerá primeiro, afinal, dele depende a circulação das informações, o que influencia totalmente o trabalho do jornalista. Este, por sua vez, tem o desafio de ordenar a narrativa de um modo que faça sentido e mantenha a atenção do leitor, agora, também produtor de conteúdo. O meio digital, ao contrário da comunicação escrita que se encerra no ato da impressão, é interativo: amplia as opções de leitura, possibilitando que o leitor ou
usuário assuma o papel de comando, reformulando textos e imagens. “Estimular a imaginação, proporcionar starts sensoriais e recompensar a atenção do leitor com consciência imaginativa capaz de entender o que ele deseja ler, ver o sentir talvez seja a grande caixa de pandora do século vigente.” (FERRARI, p. 130).
A cultura colaborativa/participativa se acentua com as redes sociais e se diferencia da antiga passividade dos espectadores e leitores. Sem hierarquias ou mediações, o internauta, produtor de conteúdo, dispõe de todas as ferramentas necessárias: seu computador pessoal, a internet e milhares de usuários dispostos a ler o conteúdo. Logo, com essa democratização das ferramentas de produção, a internet e as redes sociais consolidam-se como fonte de notícia e participação, e a cultura colaborativa em rede se acelera. “O melhor exemplo disso é o computador pessoal, que pôs todas as coisas, desde as máquinas de impressão até os estúdios de produção de filmes e de músicas, nas mãos de todos” (MALINI apud ANDERSON, 2006, p. 52).
A frase acima, citada por Henry Jenkins, talvez marque o início da revolução das mídias atuais. Pode-se dizer que essa nova forma de consumir conteúdo e informação foi solidificada em 11 de setembro de 2001, quando um dos eventos mais marcantes da história do mundo moderno acontecia: a queda do World Trade Center, símbolo financeiro dos Estados Unidos, localizado em Nova Iorque, após o ataque terrorista que parou o mundo. O atentado foi um marco na comunicação e mostrou as potencialidades e a capacidade informativa da internet, permitindo avanços posteriores, como por exemplo, os blogs ou weblogs, que hoje são ferramentas de comunicação tão populares.
TECNOLOGIA NA COPA: Árbitros contarão com sensores para determinar se a bola entrou no gol
Graças ao sistema Goal Control, erros como em 2010, quando o juiz não viu uma bola entrar no jogo Inglaterra 1 x 2 Alemanha, não ocorrerão no Brasil. Outras novidades estarão dentro de campo e para quem vai assistir aos jogos pela TV
Eram 11 minutos do primeiro tempo de uma prorrogação que decidia a Copa do Mundo de 1966, no dia 30 de julho, quando o atacante Geoff Hurst, da Seleção Inglesa, chutou forte, a bola bateu no travessão e quicou exatamente sobre a linha do gol, defendido pelo goleiro da Alemanha Ocidental Hans Tilkowski. O árbitro suíço Gottfried Dienst validou o gol, que acabaria sendo primordial para que os ingleses se sagrassem campeões. Até hoje se discute se a bola realmente passou a linha ou não. Quase 44 anos depois, em 27 de junho de 2010, na Copa da África do Sul, a Inglaterra fez um gol em lance parecido com o de Londres. Aos 40 minutos do primeiro tempo, a mesma Alemanha vencia por 2 a 1, quando Lampard chutou de fora da área, a bola bateu no travessão e, em seguida, no gramado, já 33cm dentro da meta do goleiro Neuer. O árbitro uruguaio, Jorge Larrionda, não validou o tento legítimo, que seria de empate dos britânicos, dando aos germânicos o sabor de uma vingança tardia.
Na Copa no Brasil,que esta acontecendo o juiz que da a regra do jogo terá de se adaptar aos
avanços dos recursos eletrônicos. Será o primeiro Mundial em que os árbitros contarão com a ajuda de sensores para determinar se a bola entrou no gol. O sistema, chamado de GoalControl, utiliza 14 câmeras, sete para cada meta, e faz a leitura do lance por vários ângulos. As imagens são processadas por um poderoso software capaz de identificar o movimento dos diversos elementos em campo e isolar apenas a bola. Com as coordenadas exatas dela, é possível, então, estabelecer se a bola ultrapassou ou não a linha, com erro de apenas 5mm. Todo esse processo é realizado em questão de centésimos de segundo e, caso o gol seja verificado, um sinal vibratório e visual é enviado para um pequeno aparelho de pulso dos árbitros. E se ainda ficar alguma dúvida, as imagens são armazenadas para uma consulta posterior. Mas, segundo a fabricante do sistema, foram feitos testes nas mais variadas situações, em diversas condições climáticas e com diferentes cores de redes, bolas e uniformes, sem que houvesse erros.
	
	
	
	
A novidade não deixa de ser polêmica. Muitos acreditam que o recurso ajudará, tornando as marcações mais justas. Mas há os que dizem que parte da graça do futebol está justamente em possíveis erros, que são próprios da modalidade. A Spidercam, estreante em Copas do Mundo, é aquela câmera suspensa com cabos capaz de se movimentar sobre o campo para mostrar ângulos do jogo bem interessantes, e será muito usada. 
Spidercam, câmera suspensa com cabos capaz de se movimentar sobre o campo para mostrar ângulos do jogo bem interessantes, será muito usada nos jogos 
Olho no lance
Para quem vai ficarem frente à TV, as transmissões deste ano vão ganhar melhorias graças a várias inovações. Na última Copa, a grande novidade foram as imagens captadas para equipamentos 3D. Já a Copa no Brasil será a primeira que terá captação em 4K (a resolução é duas vezes superior à Full HD). A Sony, uma das patrocinadoras da Copa, vai aproveitar o evento para uma série de programas usando a tecnologia, que já equipa tanto suas câmeras (captação) quanto seus televisores (reprodução). Entretanto, a novidade não será totalmente usada nas transmissões, uma vez que poucos canais e televisores detêm o recurso.
Outras fabricantes de TVs também desenvolveram recursos especiais. É o caso da função Futebol, presente em alguns aparelhos da Samsung, que permite aumentar o som do estádio, rever os lances e compartilhar opiniões diretamente nas redes sociais. Modelos da Sony contam com a possibilidade de consultar notícias, destaques e conteúdos especiais da Fifa. A LG já tem modelos que permitem ao usuário maior interação com o jogo.
Para vestir e chutar
Várias empresas envolvidas no torneio vão apresentar lançamentos. As fornecedoras de artigos esportivos aproveitarão para mostrar chuteiras, camisas e pulseiras com materiais inteligentes, sensores digitais e estudos biométricos. As chuteiras, por exemplo, já mostram evoluções impensáveis anos atrás. A Adidas apresenta recursos tecnológicos interessantes, como no modelo Predator LZ TRX, que vem com o sistema MiCoach. Trata-se de um sensor que capta informações, como distância, velocidade e número de sprints. Os dados podem ser armazenados e conferidos em computadores para avaliar o desempenho e estabelecer treinamentos personalizados. O uniforme brasileiro foi desenvolvido depois de estudos que identificaram as regiões do corpo dos jogadores com maior nível de tensão a partir de análise de onde os atletas colocavam mais força. A equipe de designers da Nike usou tecnologia 3D de escaneamento corporal e coletou dados completos da anatomia de cada jogador. O uniforme foi feito com material reciclável: 18 garrafas pet para a confecção de cada peça. 
Assistir e compartilhar
Da última copa para cá, o smartphone tornou-se ainda mais indispensável. Por isso, a tecnologia que deve ganhar força com o evento é a rede de internet 4G, que é até 10 vezes mais rápida que a 3G. Testada na Copa das Confederações, muitos usuários reclamaram do serviço, que deve ser reforçado. As operadoras Claro e Vivo já anunciaram a oferta de roaming 4G para visitantes internacionais, que, entretanto, devem consultar as operadoras, já que a frequência aqui não é a mesma de outros países. Uma medida que tem sido oferecida aos torcedores nos estádios são redes wi-fi próprias. O problema é que só seis dos 12 estádios que sediarão os jogos fecharam contratos para oferecer internet sem fio.
2.O dia em que o Twitter derrubou a imprensa
O Twitter, rede social e microblog que permite aos usuários enviar e receber atualizações pessoais de outros contatos em textos de até 140 caracteres, é um grande exemplo de cultura colaborativa e narrativas hipertextuais. Criado em 2006 por Jack Dorsey, ganhou popularidade mundial e é muito utilizado como fonte de informações, manifestações e produção de conteúdo. Tal rede vem revolucionando a comunicação e a maneira como os leitores/autores, empresas, instituições e organizações produzem e disseminam conteúdo, conferindo ao jornalismo e à circulação informacional um caráter ágil e dinâmico.
A morte de Osama bin Laden, líder e fundador da al-Qaeda, organização terrorista famosa pelos ataques de 11 de setembro nos Estados Unidos, reforçou o Twitter como fonte de notícia e participação. A primeira menção à morte do terrorista veio da rede social, quebrando toda a imprensa e dando um dos furos mais importantes dos últimos anos. A primeira pessoa a noticiar a morte de Osama, por meio de um tweet, foi Keith Urbahn, integrante do escritório do ex-secretário de Defesa norte-americano, Donald Rumsfeld, conforme Figura 1.
Figura 1: Os tweets de Keith Urbahn sobre a morte de Osama.
E antes dele, um paquistanês de Abbotabad, Sohaib Athar, twittou em tempo real os ataques e investidas contra Osama bin Landen. Porém o consultor de tecnologia não sabia qual fato histórico narrava ao comentar em seu twitter, em tempo real, sobre os barulhos constantes de helicóptero no local, dando-se conta do que acontecia apenas depois do montante de tweets sobre o fato. O furo, em escala mundial, fez com que o Twitter batesse recorde e registrasse uma média de 3 mil tweets por segundo, com um
ápice de 5.106 publicações por segundo. Veja o tuite na Figura
Figura 2: Sohaib Athar narrava o acontecimento sem saber do que falava
Outro acontecimento bem recente (28 de junho) e que não deve passar despercebido, foi quando o programa Hoje em Dia, da Rede Record, divulgou em primeira mão e com exclusividade a morte do comediante Amir Khader. Eles se basearam em um tweet do colega pessoal do rapaz, David Brazil, conforme Figura 3. Depois de noticiada, os principais portais de notícias do país, como G1, R7, Terra e Uol também postaram sobre o ocorrido. Horas depois o comediante disse que tudo não passava de uma mentira e que ele estava vivo. Hoje, caiu no microblog, “é fonte segura”. Amin não morreu. Mas o jornalismo deve tomar cuidado.
Figura 3: Tweet de David Brazil afirmando morte de Amir Khader
3.A força das redes sociais na política
Por um lado houve no Irã um protesto, via Twitter, contra a confirmação da reeleição de Mahmoud Ahmadinejad à presidência do país. Por outro, Obama se elegia presidente dos Estados Unidos graças à rede social. Dois exemplos de como o Twitter foi capaz de mudar o destino político desses dois países. Após o bloqueio do sistema de mensagens de celular e a censura de diversos sites, inclusive do Orkut e Facebook, o microblog passou a ser a principal ferramenta de comunicação dos iranianos para mostrar ao
mundo a repressão às manifestações de rua contrárias à reeleição do presidente Mahmoud Ahmadinejad. A tag “iranians”, “iranelection” e “tehran” foram parar nos Trending Topics (tópicos mais comentados) do twitter. Já na campanha de Obama, a rede social foi utilizada como meio para levantar dinheiro, organizar comícios e, claro, compartilhar informações. A utilização do Twitter pelos jovens na campanha de Obama foi fundamental para sua eleição e marcou o início de uma militância política apoiada em ferramentas virtuais de comunicação que aliam interatividade e rapidez na divulgação de dados. “Obama ainda é um dos mais seguidos dos Estados Unidos, perdendo apenas para a rede de notícias CNN” (FERRARI, p. 47). O presidente Barack Obama já anunciou que usará novamente o Twitter em sua campanha de reeleição, em
2012.
4.Manifestações e mobilizações: redes sociais que transformam a sociedade
As redes sociais também se confirmam como palco de manifestação e mobilização. Um exemplo recente disso foi a mobilização da população, por meio do Facebook, que impediu a derrubada de uma Paineira histórica em Porto Feliz. A tradicional árvore seria removida do local por conta da duplicação de um trecho da rodovia, no entanto a ação de um internauta, que postou uma foto da árvore repercutiu positivamente, o protesto chegou rapidamente às autoridades competentes da cidade e o prefeito decretou a proibição do corte da paineira centenária, que permanece em seu local de origem.
Outro exemplo recente de manifestação nas redes sociais foi o abaixo-assinado pela cassação de Jair Bolsonaro, deputado federal do PP-RJ. Por meio do Twitter e do Facebook, os internautas divulgaram o abaixo-assinado que pedia a cassação do político por quebra de decoro parlamentar e por violação de preceitos constitucionais. O motivo foi a declaração de Bolsonaro em uma entrevista ao programa CQC, onde afirmou que seus filhos “não correm risco de namorar negras ou virar gays porque foram muito bem educados”.Os usuários compartilharam, via Twitter, um documento on-line para demonstrar o repúdio às declarações do deputado. Com a repercussão, o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar abriu processo disciplinar para apurar o caso (por suposta prática de racismo e homofobia).
Manifestações como estas citadas acima, e como muitas outras como o “Tuitaço pela banda larga boa e barata” mobilização de internautas com o intuito de pressionar o governo a fazer sua parte na construção da democratização da comunicação; ou ainda o “Churrasco de gente diferenciada”, que reuniu cerca de 600 pessoas num protesto contra mudança de estação de metrô no bairro Higienópolis em São Paulo, entre outros casos, comprovam que as redes sociais/colaborativas não são apenas fontes de informação e produção de conteúdo, mas também corroboram e têm potencial para mobilizar e promover mudanças na sociedade, afinal, elas potencializam a comunicação e dão força a casos da vida real.
5.Antes, leitor passivo, agora, leitor ativo. E consumidor também
Ainda falando em comunicação, o desafio não é só para o jornalismo, mas também para a publicidade. Afinal, as redes sociais também são muito utilizadas por empresas como estratégia de negócio. Esses sites colaborativos são usados não só para atualizar informações quanto às vendas realizadas em diferentes regiões como também para conhecer o nível de satisfação do consumidor sobre seus produtos, por meio da interação com seus clientes. Por muito tempo o consumidor esteve calado ou reclamava dos produtos/serviços aos órgãos competentes e, sem resposta ou solução, acabava por desistir de seus direitos. Mas com a chegada das empresas no Twitter a história mudou: o consumidor reclama e, se não obtém respostas, a internet e as redes sociais se encarregam de espalhar rapidamente a imagem negativa da marca. Sendo assim, hoje vemos empresas mais atentas que, provavelmente, estão “aprendendo” a tratar melhor o consumidor.
Vamos ao caso da Brastemp. Um consumidor insatisfeito com o mau atendimento prestado pela empresa e cansado de esperar alguma posição da mesma, resolveu levar a Brastemp aos “Trending Topics” do Twitter, mas de forma negativa. Oswaldo L. Borelli fez um vídeo, postou no Youtube (rede social para compartilhamento de vídeos) e divulgou o caso em seu Twitter pedindo para que as pessoas passagem a mensagem adiante. O tuíte repercutiu e teve mais de 100 retweets (mensagens replicadas), fazendo com que o assunto fosse um dos mais comentados no Brasil dentro da rede social. Outro exemplo que nitidamente mostrou o poder que as mídias sociais conferem ao consumidor foi o caso da Renault. Daniely Argenton comprou um Mégane Sedan 2.0 que apresentou problemas logo nos primeiros dias. A garantia terminou, e o defeito continuou. Cansada de reclamar e sem obter retorno da Renault, Argenton criou um site denominado “Meu carro falha”, postou vídeos no youtube e criou no Twitter o perfil
@MeuCarroFalha. O material teve que ser retirado da internet por ordem da 1ª Vara Cível de Concórdia, de Santa Catarina, mas até então, o assunto já havia repercutido na rede. E somente após o buzz negativo e a crise de reputação gerada na rede social que a Renault posicionou-se oficialmente, anunciando em seu perfil que entraria em contato pessoalmente com a cliente para solucionar o problema. Mas, a imagem negativa da marca já havia se disseminado até mesmo na televisão.
6.Conclusão
As tecnologias que foram adotadas na copa do mundo no meu ver só vieram para enaltecer o espetáculo pois e complicado um time se preparar tanto tempo para uma copa do mundo e por erro de um árbitro ser desclassificado ; com os smartphone dessa nova geração o publico em geral ganha as noticias sobre a copa do mundo serão mais compartilhadas e com tudo isso esse será o maior mundial de todos os tempos ainda mais se a nossa seleção brasileira for a campeã.
As mídias sociais corroboram com a disseminação rápida de informação e ao mesmo tempo são desafio para os jornalistas, afinal, agora é preciso produzir para quem também produz conteúdo. As redes colaborativas abrem espaço para o internauta colaborar, participar, noticiar, modificar e criar conteúdo. Logo, cabe ao jornalista saber aproveitar o poder da mídia social como fonte e entendê-las para, a partir daí, elaborar a melhor estratégia de geração de conteúdo para atingir seu público alvo. O leitor, por sua vez, já está mais atento ao que acontece no mundo e ao poder que têm as redes sociais, e sabem utilizar tais plataformas não apenas para relacionar-se, mas para disseminar informações em tempo real, obter informações rápidas e em maior número, expor opiniões, organizar manifestos em prol à sociedade, ao seu nicho, ou aos seus interesses pessoais. Com as mídias digitais a política também mudou e agora, além de palco de discussões, são ferramentas utilizadas por políticos para angariar votos e dar força às campanhas eleitorais, como foi o caso de Barack Obama que utilizou e vai utilizar novamente o Twitter nas próximas eleições. Desta forma, o eleitor também passa a conhecer melhor seu candidato, recebe informações sobre o mesmo e tem espaço para expor suas opiniões. Desafio não só para o jornalismo, mas também para a publicidade, as empresas, que cada vez mais devem marcar presença no ambiente digital, devem estar atentas ao feedback de seu produto e/ou serviço, pois agora o consumidor é ciente de seus direitos, tem voz ativa e potencial para disseminar a imagem de sua marca tanto de maneira positiva quanto negativa. E com a força das mídias sociais, a tendência é tudo se espalhar rapidamente. Portanto cabe à empresa responder com agilidade aos pedidos ou reclamações do cliente, caso contrário, pode ser tarde demais.
7.Referências Bibliográficas
FERRARI, Pollyana. A força da mídia social. São Paulo: Factash Editora, 2014. JENKINS, Henry. Cultura da convergência. São Paulo: Editora Aleph, 2012. 
JORNALISTAS DA WEB. Discutindo redes sociais e jornalismo na Internet. Disponível em: http://www.jornalistasdaweb.com.br/index.php?pag=displayConteudo&idConteudo=38
01, por Raquel Recuero. Acesso em 22 de jun. 2014.
O GLOBO. Internautas organizam abaixo-assinado pela cassação de Jair Bolsonaro. Disponível em:
<http://oglobo.globo.com/pais/mat/2011/03/30/internautas-organizam-no-twitter-no- facebook-abaixo-assinado-pela-cassacao-de-jair-bolsonaro-924122395.asp> Acesso em
20 de jun. 2014.
G1. Processo pede cassação de Jair Bolsonaro. Disponível em:
<http://g1.globo.com/politica/noticia/2011/06/conselho-de-etica-abre-processo-que- pede-cassacao-de-jair-bolsonaro.html> Acesso em 20 de jun. 2011.
http://blogdoramonpaixao18.blogspot.com.br/2014/06/tecnologia-na-copa-arbitros-contarao.html?view=classic 2014.

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