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MAPA DE RISCO DA SUBESTAÇÃO

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XIII JORNADA DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO – JEPEX 2013 – UFRPE: Recife, 09 a 13 de dezembro. 
 
MAPA DE RISCO DA SUBESTAÇÃO BONGI/CHESF: ANÁLISE DAS 
AÇÕES TOMADAS PARA REDUÇÃO DE ACIDENTES 
 
Andréa Catarina Nascimento da Fonseca1, Maria Rafaela de Almeida Pinheiro 2, Edil Mota Lins3, Pedro Vieira de 
Moraes Junior4, Romildo Morant de Holanda5. 
 
 
Introdução 
Os acidentes de trabalho constituem um problema de saúde pública em todo o mundo, por acometerem grande 
número de trabalhadores e muitas vezes ocasionar sequelas irreversíveis. Para mostrar os riscos presentes no ambiente 
de trabalho é necessário elaborar um Mapa de Risco, para que seja feito o diagnóstico da empresa o do setor analisado, 
como também tomar medidas de prevenção e/ou anulação dos riscos existentes (OLIVEIRA et al., 2004; OLIVEIRA, 
J. G. R., 2007). 
 O Mapa de Risco é uma representação gráfica de um conjunto de fatores presentes nos locais de trabalho, sobre a 
planta baixa da empresa podendo ser completa ou setorial, capazes de acarretar prejuízos à saúde dos trabalhadores: 
acidentes e doenças do trabalho. Tais fatores podem sofrer interferência de diversos elementos que constituem o 
ambiente de trabalho, como materiais utilizados, instalações, forma de organização do trabalho, entre outros (NAGAI, 
et al., 2007; HÖKERBERG, et al., 2006). 
 A Norma Regulamentadora NR-9 estabeleceu a obrigatoriedade de identificar os riscos à saúde humana no ambiente 
de trabalho atribuindo às Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (CIPA) a responsabilidade pela elaboração 
dos mapas de riscos ambientais. As categorias de risco trabalhadas foram propostas pela NR -5: biológicos, químicos, 
físicos, ergonômicos e de acidentes. 
 Para elaboração do Mapa de Risco é preciso conhecer o local analisado, fazendo um quantitativo e qualitativo dos 
funcionários, conhecer o processo de trabalho, identificar os riscos existentes no local analisado e conforme a 
classificação específica dos riscos ambientais, identificar medidas preventivas existentes e sua eficácia, medidas de 
prevenção coletiva como higiene, organização e conforto, identificar os indicadores de saúde, conhecer os 
levantamentos ambientais existentes. A elaboração é feita sobre a planta baixa da empresa indicando através de 
círculos algumas informações, como o grupo a que pertence o risco de acordo com a cor padronizada, o número de 
trabalhadores, especificação do agente, intensidade do risco de acordo com a percepção dos trabalhadores. Este Mapa 
será analisado pela CIPA e deverá ser afixado em cada local analisado, de forma claramente visível e de fácil acesso 
para os trabalhadores. 
 A empresa analisada foi a Subestação Bongi da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (CHESF). 
 
Material e métodos 
Para a elaboração deste estudo foram realizadas visitas a empresa, onde foi feita uma visualização da área, do mapa 
de risco pertencente ao ambiente de trabalho e entrevistas com alguns funcionários, a fim de verificar a opinião deles a 
respeito das mudanças ocorridas no local. 
A Subestação Bongi foi apresentada pelo Técnico em Segurança do Trabalho, que nos concedeu o Mapa de Riscos 
Ambientais. A subestação é divida em vários setores, como: 
 
 Setor de Construção: responsável pelas obras ocorridas na Sede e em algumas subestações. 
 Setor de PPRA: tem o objetivo de levantar os riscos químicos, físicos e biológicos do ambiente de trabalho 
que possam afetar diretamente a vida laboral do empregado e propor ações para eliminação ou bloqueio dos 
agentes, em conjunto com os gerentes das respectivas instalações. 
 
1 Graduanda em Engenharia Agrícola e Ambiental, Departamento de Tecnologia Rural, Universidade Federal Rural de Pernambuco. Av. Dom Manuel 
de Medeiros, s/n, Dois Irmãos, Recife, PE, CEP 52171-900. 
2 Graduanda em Engenharia Agrícola e Ambiental, Departamento de Tecnologia Rural, Universidade Federal Rural de Pernambuco. Av. Dom Manuel 
de Medeiros, s/n, Dois Irmãos, Recife, PE, CEP 52171-900. E-mail: m.rafaelapinheiro@yahoo.com.br 
3 Graduando em Engenharia Agrícola e Ambiental, Departamento de Tecnologia Rural, Universidade Federal Rural de Pernambuco. Av. Dom Manuel 
de Medeiros, s/n, Dois Irmãos, Recife, PE, CEP 52171-900. 
4 Graduando em Engenharia Agrícola e Ambiental, Departamento de Tecnologia Rural, Universidade Federal Rural de Pernambuco. Av. Dom Manuel 
de Medeiros, s/n, Dois Irmãos, Recife, PE, CEP 52171-900. 
5 Professor Adjunto, Departamento de Tecnologia Rural, Universidade Federal Rural de Pernambuco. Av. Dom Manuel de Medeiros, s/n, Dois Irmãos, 
Recife, PE, CEP 52171-900. 
 
 
 
 
 
 
XIII JORNADA DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO – JEPEX 2013 – UFRPE: Recife, 09 a 13 de dezembro. 
 
 Setor de Laudos e Periciais de Periculosidade e Insalubridade: emissão de laudos com o objetivo de 
verificar se o empregado está exposto a agentes e se o mesmo faz jus ao adicional de periculosidade ou 
insalubridade. 
 Vestimentas Especiais 
 Capacitações: preparação de profissionais de Segurança e seus clientes nas atividades específicas, tais 
como, trabalho em altura em escalada e resgate, cipistas, uso adequado dos EPI - Equipamento de Proteção 
Individual. 
 CIPAS – INTERCIPA: preparação de profissionais de Segurança e seus clientes nas atividades específicas, 
tais como, trabalho em altura em escalada e resgate, cipistas, uso adequado dos EPI - Equipamento de 
Proteção Individual. 
 Campanhas Educativas de Segurança: periodicamente, são realizadas campanhas educativas com a 
finalidade de mobilizar os empregados, para este momento de reflexão sobre prevenção de acidentes, tais 
como: 
- Fique Alerta para a Segurança Dez; 
- Equipamentos de Proteção Individual; 
- Segurança no lar; 
- Visitas aos escritórios/ instalações. 
 Programa de Ergonomia: busca desenvolver nos empregados uma consciência ergonômica, através de um 
sistema de informação e capacitação na busca da melhoria contínua do conforto, segurança e produtividade. 
 Brigadas de Incêndio: são grupos de empregados capacitados para atuarem na prevenção, em casos de 
emergência, no combate a princípios de incêndio, na evacuação do local de trabalho e no resgate de 
acidentados. 
 Programa de Auditoria: objetiva detectar não conformidades no que diz respeito aos aspectos de Segurança 
do Trabalho, propondo ações de bloqueio, tanto internamente aos órgãos da Chesf, como em empresas 
contratadas para prestação de serviços. 
 
Resultados e Discussão 
A Divisão de Engenharia de Segurança do Trabalho – DAST, realiza os treinamentos periodicamente (uma vez ao 
ano), havendo também as reciclagens que são feitas duas vezes no ano. Essas ações são estendidas às terceirizadas e 
aos recém- contratados. Nesses treinamentos são vistos os riscos ambientais que os contratados enfrentarão na 
empresa, essa ação é chamada de Integração. Os treinamentos realizados são: Treinamento para motosserra, 
Treinamento NR-10 (1x por ano), Treinamento para trabalho em altura, Treinamento em áreas confinadas, 
Treinamento de Prevenção à acidentes, Treinamento Comportamental, Treinamento de como utilizar e como preservar 
EPI’s de cada ponto de risco, Treinamento de Segurança, Treinamento de Rota de Fuga, Treinamento de Abandono de 
área, Treinamento de primeiros socorros e Treinamento de comportamento seguro. 
Segundo a técnica responsável, os principais acidentes são: queda, por irregularidade do piso do estacionamento; e, 
de carro, seja no trajeto de ida ou volta do trabalho ou em viagens pelo mesmo. Há ainda acidentes no painel, ao fazer 
leitura de equipamentos. Em 2004, caiu uma peça no rosto do trabalhador que estava sem o capacete, que segundo a 
Técnica, o mesmo não o usava porque o local em que o empregado estava fazendo manutenção não cabia ele com 
capacete. Há alguns acidentes na manutenção de linhas, seja com sobrepeso ou falta de EPI’s (raro). Segundo relatos 
de trabalhadores houve muitos acidentes em linhas, estações e subestações por falta de treinamentos(há anos atrás) e 
por resistência do próprio trabalhador em utilizar EPI’s. 
O PPRA (NR-9) que é quantitativo trabalha com antecipação, reconhecimento dos riscos, avaliação e controle dos 
riscos físicos, químicos e biológicos. Tem como responsabilidade a prevenção de acidentes, e usa como ferramenta os 
treinamentos. Esses treinamentos consistem em aulas teóricas e práticas com técnicos e/ou engenheiros de segurança 
do trabalho. As aulas teóricas são todas formuladas de forma que chame a atenção dos empregados para os riscos que 
aquela determinada atividade pode proporcionar. Os funcionários recebem cartilhas (Figura 1) ilustradas que ajudam 
no aprendizado. O mapa de risco (subjetividade do trabalhador) é colocado em cada bloco. Podem passar anos com o 
mesmo mapa de risco, pois pode demorar anos para modificar aquele determinado ambiente. 
Com essa entrevista verificou-se a importância que a empresa deve ter para os programas de prevenção de risco e 
acidentes (PPRA) capacitando os seus funcionários, através de treinamentos palestras e pesquisas. Pesquisa são feitas 
frequentemente para identificar pontos de possíveis acidentes para que sejam minimizados os riscos. Treinamentos de 
uso correto dos EPIs e EPCs são dados periodicamente, cartilhas, panfletos são distribuído em toda a empresa, 
mostrando a importância de um ambiente de trabalho seguro. 
 Evitando assim riscos e ter trabalhadores parados por acidente de trabalho. O mapa de riscos é feito pela Comissão 
Interna de Prevenção de Acidentes CIPA, esse mapa é a representação gráfica dos riscos de acidentes nos diversos 
locais de trabalho, inerentes ou não ao processo produtivo, de fácil visualização e afixada em locais acessíveis no 
ambiente de trabalho, para informação e orientação de todos os que ali atuam e de outros que eventualmente transitem 
pelo local, quanto às principais, áreas de risco. 
XIII JORNADA DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO – JEPEX 2013 – UFRPE: Recife, 09 a 13 de dezembro. 
 
O Mapeamento ajuda a criar uma atitude mais cautelosa por parte dos trabalhadores diante dos perigos identificados 
e graficamente sinalizados. Desse modo, contribui para a eliminação ou controle dos riscos detectados. Para o 
empresário, as informações mapeadas são de grande interesse com vista à manutenção e ao aumento da 
competitividade, prejudicada pela descontinuidade da produção interrompida por acidentes. 
 
Agradecimentos 
Os autores agradecem à Universidade Federal Rural de Pernambuco pelo incentivo e apoio à pesquisa, ao Professor 
Doutor Romildo Morant por ter concedido a oportunidade de aprender sobre o tema e nos proporcionar a oportunidade 
de realização de pesquisas como essa e a Companhia Hidroelétrica do São Francisco (CHESF) em especial à equipe de 
Segurança do Trabalho da Subestação do Bongi por permitir nossa entrada, conceder seu tempo e permitir que esse 
estudo fosse realizado. 
 
Referências 
a. Trabalhos apresentados em congressos 
OLIVEIRA, J. R. G. A Importância da Ginástica Laboral na Prevenção de Doenças Ocupacionais. In: Revista de 
Educação Física, 2007, 139: 40-49. 
 
OLIVEIRA, D. S.; BATISTA, A. C.; SOARES, R. V.; GRODZKI, L. e VOSGERAU, J. Zoneamento de Risco de 
Incêndios Florestais para o estado do Paraná. In: Revista Floresta v.34, n.2, 2004. p. 217-221. 
 
NAGAI, R.; LEFÈVRE, A. M. C.; LEFÈVRE, F.; STELUTTI, J.; TEIXEIRA, L. R.; ZINN, L. C. S.; SOARES, N. S. 
e FISCHE,F. M. Conhecimentos e práticas de adolescentes na prevenção de acidentes de trabalho: estudo 
qualitativo. In: Revista Saúde Pública, 2007. p. 404-410. 
 
HÖKERBERG, Y. H. M.; SANTOS, M. A. B.; PASSOS, S. R. L.; ROZEMBERG, B.; COTIAS, P. M. T.; ALVES, L. 
e MATTOS, U. A. O. O processo de construção de mapas de risco em um hospital público. In: Revista de Ciência 
& Saúde Coletiva, 2006. p. 503-513. 
b. WWW (World Wide Web) e FTP (File Transfer Protocol) 
BRASIL. Companhia Hidroelétrica do São Francisco – CHESF. Disponível em: < 
http://www.chesf.gov.br/portal/page/portal/chesf_portal/paginas/inicio 
 >. Acesso: 9 de abril de 2013. 
 
 
 
Figura 1: Folders utilizados nos treinamentos e reciclagens. Figura 2. Mapa de Riscos Ambientais Subestação Bongi – Chesf.

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