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Caderno de Questões Capítulo 1 Teoria Geral do esTado e eo direiTo adminisTraTivo 1. (FUNRIO – Administração – CVM – 2008) O Estado constitui-se de três elementos originários e indissociáveis – Povo, Território e Governo soberano – que se referem respectivamente ao componente humano do Estado; a base física do Estado; o elemento condutor do Estado. 2. (CESPE – Agente de Polícia – PCRR – 2003) A soberania é elemento indispensável do conceito de Estado nacional, garantia de sua autodeterminação. 3. (CESPE – Técnico Judiciário – Área Administrativa – TRE/MT – 2010) O Estado Federal brasileiro é integrado pela União, pelos estados- membros e pelo Distrito Federal, mas não pelos municípios, que, à luz da CF, desfrutam de autonomia administrativa, mas não de autonomia financeira e legislativa. 4. (CESPE – Analista Judiciário – TJDFT – 2007) Para a identificação da função administrativa como função do Estado, os doutrinadores administrativistas têm se valido dos mais diversos critérios, como o subjetivo, o objetivo material e o objetivo formal. 5. (CESPE – Analista Judiciário – Administração – TJ/CE – 2008) O Poder Judiciário tem função judicial ou jurisdicional, representada pela aplicação coativa da lei aos litigantes, e deve estabelecer regras para casos concretos. 6. (CESPE – Analista Judiciário – TJDFT – 2007) Um conceito válido para a função administrativa é o que a define como a função que o Estado, ou aquele que lhe faça às vezes, exerce na intimidade de uma estrutura e regime hierárquicos e que, no sistema constitucional brasileiro, se caracteriza pelo fato de ser desempenhada mediante comportamentos infralegais ou, excepcionalmente, infraconstitucionais vinculados, submissos ao controle de legalidade pelo Poder Judiciário. 7. (CESPE – Analista Judiciário – Administração – TJDFT – 2007) Os poderes do Estado são o Legislativo, o Executivo, o Ministério Público e o Judiciário, este último sendo integrado pelo TJDFT. 4 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo 8. (CESPE – Analista Administrativo – HEMOBRAS – 2008) Os poderes do Estado reproduzem o célebre modelo proposto por Montesquieu: Legislativo, Executivo e Judiciário. Estes poderes, nos termos da Constituição da República, são independentes e harmônicos entre si, existindo, para tanto, uma clara e rígida separação das atribuições e funções que cada um deles desenvolve. 9. (CESPE – Agente de Polícia – PCRR – 2003) O Poder Legislativo tem por função típica legislar, mas também exerce funções judiciais atípicas. 10. (CESPE – Técnico Superior – Administrador – DETRAN/ES – 2010) Apesar de os poderes serem independentes entre si, a função judicante não é exclusiva do Poder Judiciário. 11. (CESPE – Analista – FINEP – 2009) Por ser um ramo do direito público, o direito administrativo não se utiliza de institutos do direito privado. 12. (CESPE – Advogado da União – 2009) Na França, formou-se a denominada Escola do Serviço Público, inspirada na jurisprudência do Conselho de Estado, segundo a qual a competência dos tribunais administrativos passou a ser fixada em função da execução de serviços públicos. 13. (CESPE – Auditor Federal de Controle Externo – Especialidade Medicina – TCU – 2009) O direito administrativo, como ramo autônomo, tem como finalidade disciplinar as relações entre as diversas pessoas e órgãos do Estado, bem como entre este e os administrados. 14. (CESPE – Advogado da União – 2009) Pelo critério teleológico, o Direito Administrativo é considerado como o conjunto de normas que regem as relações entre a administração e os administrados. Tal critério leva em conta, necessariamente, o caráter residual ou negativo do Direito Administrativo. 15. (CESPE – Engenheiro Civil – INSS – 2010) O direito administrativo é o conjunto harmônico de princípios jurídicos que regem órgãos, agentes e atividades públicas que tendem a realizar concreta, direta e imediatamente os fins desejados pelo Estado. 16. (ESAF – Técnico da Receita Federal do Brasil – 2005) A primordial fonte formal do Direito Administrativo no Brasil é a) a lei. b) a doutrina c) a jurisprudência. d) os costumes. e) o vade-mécum Questões 5 17. (CESPE – Analista – FINEP – 2009) Em sentido estrito, normas jurídicas administrativas são todas aquelas legais, constitucionais ou regulamentares, editadas pelo Estado em matéria administrativa. 18. (CESPE – Auditor Federal de Controle Externo – Especialidade Medicina – TCU – 2009) A CF, as leis complementares e ordinárias, os tratados internacionais e os regulamentos são exemplos de fontes do direito administrativo. 19. (CESPE – Analista de Seguro Social – INSS – 2010) Apenas a lei, em sentido lato, pode ser tida como fonte de direito administrativo. 20. (CESPE – Analista – FINEP – 2009) A doutrina é a atividade intelectual que, sobre os fenômenos que focaliza, aponta os princípios científicos do direito administrativo, não se constituindo, contudo, em fonte dessa disciplina. 21. (CESPE – Fiscal de Receitas Estaduais – SEFAZ/AC – 2009) Os costumes são fontes do direito administrativo, não importando se são contra legem, praeter legem ou secundum legem. 22. (CESPE – Analista – FINEP – 2009) O costume e a praxe administrativa são fontes inorganizadas do direito administrativo, que só indiretamente influenciam na produção do direito positivo. 23. (CESPE – Analista Administrativo – MC – 2008) Atividades administrativas são também desempenhadas pelo Poder Judiciário e pelo Poder Legislativo. 24. (CESPE – Perito Criminal Especial – PC/ES – 2010) O direito administrativo, por ser um dos ramos do direito público, disciplina não somente a atividade administrativa do Poder Executivo, mas também a do Poder Legislativo e do Judiciário. 25. (CESPE – Agente Penitenciário – SEJUS/ES – 2009) A vontade do Estado é manifestada por meio dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, os quais, no exercício da atividade administrativa, devem obediência às normas constitucionais próprias da administração pública. 26. (CESPE – Auditor do Estado/ES – 2009) A administração pública, compreendida no sentido subjetivo como o conjunto de órgãos e de pessoas jurídicas que, por força de lei, exercem a função administrativa do Estado, submete-se exclusivamente ao regime jurídico de direito público. 27. (CESPE – Analista do TCU – 2004) A expressão regime jurídico- administrativo, em seu sentido amplo, refere-se tanto aos regimes de direito público e de direito privado a que se submete a administração pública quanto ao regime especial que assegura à administração pública prerrogativas na relação com o administrado. 6 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo 28. (CESPE – Procurador Federal – AGU – 2002) O Estado e o administrado comparecem, em regra, em posição de igualdade nas relações jurídicas entre si. 29. (ESAF – Analista de Políticas Orçamentárias – MPOG – 2005) O seguinte instituto não se inclui entre os decorrentes das prerrogativas do regime jurídico-administrativo: a) presunção de veracidade do ato administrativo. b) autotutela da Administração Pública. c) faculdade de rescisão unilateral dos contratos administrativos. d) auto-executoriedade do ato de polícia administrativa. e) equilíbrio econômico-financeiro dos contratos administrativos. 30. (CESPE – Técnico em Procuradoria – PGE/PA – 2007) A doutrina aponta como princípios do regime jurídico administrativo a supremacia do interesse público sobre o privado e a indisponibilidade do interesse público. 31. (CESPE – Analista Administrativo – MC – 2008) A atividade administrativa ou executiva do Estado deve estar voltada à realização dos direitos fundamentais. 32. (ESAF – Auditor Fiscal da Receita Federal – 2001) No âmbito do regime jurídico-administrativo, não é considerada prerrogativa daAdministração Pública: a) poder de expropriar b) realizar concurso público para seleção de pessoal c) alterar unilateralmente os contratos administrativos d) instituir servidão e) impor medidas de polícia. 33. (ESAF – Analista de Controle Externo – TCU – 2006) O regime jurídico- administrativo é entendido por toda a doutrina de Direito Administrativo como o conjunto de regras e princípios que norteiam a atuação da Administração Pública, de modo muito distinto das relações privadas. Assinale no rol abaixo qual a situação jurídica que não é submetida a este regime. a) Contrato de locação de imóvel firmado com a Administração Pública. b) Ato de nomeação de servidor público aprovado em concurso público. c) Concessão de alvará de funcionamento para estabelecimento comercial pela Prefeitura Municipal. d) Decreto de utilidade pública de um imóvel para fins de desapropriação. e) Aplicação de penalidade a fornecedor privado da Administração. 34. (CESPE – Analista Técnico-administrativo/MS – 2010) A administração pública, no exercício do ius imperii, subsume-se ao regime de direito privado. Questões 7 35. (CESPE – Técnico Judiciário – Área Administrativa – TRE/MA – 2009) A principal característica do sistema denominado contencioso administrativo é a de que os ordenamentos jurídicos que o adotam conferem a determinadas decisões administrativas a natureza de coisa julgada oponível ao próprio Poder Judiciário. 36. (CESPE – Defensor Público do Piauí – 2009) A CF adota o sistema do contencioso administrativo. 37. (CESPE – Analista Judiciário – Taquigrafia – TRE/BA – 2010) Como exemplo da incidência do princípio da inafastabilidade do controle jurisdicional relativos aos atos administrativos no ordenamento jurídico brasileiro, é correto citar a vigência, entre nós, do sistema do contencioso administrativo ou sistema francês. 38. (CESPE – Assistente Jurídico do DF – 2001) No direito brasileiro, de acordo com o que ocorre em determinados países europeus, os atos administrativos não podem sei controlados pelo Poder Judiciário e, sim, por tribunais administrativos como os tribunais de contas; assim vige o princípio da dualidade da jurisdição. 39. (FUNIVERSA – Especialista em Assistência Social – SEJUS/DF – 2010) O direito brasileiro adotou o sistema da unidade de jurisdição. 40. (CESPE – Analista Administrativo – ANATEL – 2006) Caso ao final da instrução de um processo administrativo um servidor obtenha decisão desfavorável da autoridade administrativa, da qual ainda caiba recurso, não estará ele obrigado a esgotar a instância administrativa para ter direito a recorrer ao Poder Judiciário. 41. (FCC – Auditor – TCE/MG – 2005) O princípio da legalidade garante que a Administração Pública submeta-se ao ordenamento jurídico. O controle desta adequação é feito a) pela própria Administração, em face da adoção, pelo Brasil, do sistema de dualidade de jurisdições. b) pela própria Administração, que atua como instância prévia ao Judiciário, este que só pode analisar os atos já definitivamente julgados administrativamente. c) pelo Poder Judiciário no que concerne aos atos administrativos vinculados, não lhe sendo admitida a apreciação dos atos discricionários, cujo exame é feito exclusivamente pela Administração Pública. d) pela própria Administração, sem prejuízo do controle exercido pelo Poder Judiciário, cabendo apenas a este último proferir decisões que fazem coisa julgada material. e) pelo Poder Judiciário, cujas decisões podem, se ratificadas internamente pela Administração Pública, produzir efeitos de coisa julgada material. 8 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo 42. (CESPE – Analista do TCE/AC – 2007) O regime jurídico de direito público encontra-se fundado nos princípios da prevalência do interesse público sobre o privado e o da indisponibilidade desse interesse público. No entanto, de acordo com uma concepção moderna do direito administrativo, de cunho gerencial, não se pode afirmar que o interesse público se confunde com o do Estado. 43. (ESAF – Auditor Fiscal da Receita Federal – 2005) O regime jurídico- administrativo compreende um conjunto de regras e princípios que baliza a atuação do Poder Público, exclusivamente, no exercício de suas funções de realização do interesse público primário. 44. (CESPE – Analista – FINEP – 2009) No direito brasileiro, o termo administração pública designa pessoas e órgãos governamentais, mas não a atividade administrativa em si mesma. 45. (CESPE – Técnico Judiciário – TRE/MA – 2009) Do ponto de vista orgânico, a administração pública compreende as diversas unidades administrativas (órgãos e entidades) que visam cumprir os fins do Estado. 46. (CESPE – Técnico Judiciário – Área Administrativa – TRE/MT – 2010) Administração pública em sentido subjetivo compreende as pessoas jurídicas, os órgãos e os agentes que exercem a função administrativa 47. (CESPE – Advogado da União – 2004) A administração pública, em seu sentido formal, é o conjunto de órgãos instituídos com a finalidade de realizar as opções políticas e os objetivos do governo e, em seu sentido material, é o conjunto de funções necessárias ao serviço público em geral. 48. (CESPE – Juiz Substituto – TJ/TO – 2007) A administração direta abrange todos os órgãos do Poder Executivo, excluindo-se os órgãos dos Poderes Judiciário e Legislativo. 49. (CESPE – Técnico Judiciário – STJ – 2004) Enquanto pessoas jurídicas, órgãos e agentes públicos formam o sentido subjetivo da administração pública, a atividade administrativa exercida por eles indica o sentido objetivo. 50. (CESPE – Delegado de Polícia – PC/ES – 2010) Em sentido material ou objetivo, a administração pública compreende o conjunto de órgãos e pessoas jurídicas encarregadas, por determinação legal, do exercício da função administrativa do Estado. 51. (CESGRANRIO – Investigador policial – Polícia Civil/RJ – 2006) O conceito de Administração Pública em sentido objetivo ou material NÃO abrange. a) fomento. b) intervenção. c) serviço público. d) polícia administrativa. e) agentes públicos. Questões 9 52. (CESPE – Técnico Judiciário – STJ – 2004) O fomento abrange a atividade administrativa de incentivo a qualquer iniciativa privada que requisite subvenções ou financiamentos. 53. (CESPE – Técnico Judiciário – STJ – 2004) A polícia administrativa, como componente da administração pública, estabelece as limitações administrativas, configuradas nas restrições de direitos individuais em favor de direitos coletivos ou públicos. 54. (CESPE – Procurador do TCDF – 2002) A exploração direta de atividade econômica pelo Estado é estimulada, em homenagem ao princípio da subsidiariedade, só devendo ser evitada em situações especialíssimas. 55. (CESPE – Agente Penitenciário – SEJUS/ES – 2009) O Estado constitui a nação politicamente organizada, enquanto a administração pública corresponde à atividade que estabelece objetivos do Estado, conduzindo politicamente os negócios públicos. 56. (CESPE – Analista de Seguro Social – INSS – 2010) O governo é atividade política e discricionária e tem conduta independente, enquanto a administração é atividade neutra, normalmente vinculada à lei ou à norma técnica e exercida mediante conduta hierarquizada. 57. (CESPE – Consultor Fazendário do Estado/ES – 2009) Define-se, como administração pública externa ou extroversa, a atividade desempenhada pelo Estado, como, por exemplo, a regulação, pela União, da atividade de aviação civil pelas respectivas concessionárias. 58. (CESPE – Juiz Substituto – TJ/TO – 2007) Enquanto a administração pública extroversa é finalística, dado que ela é atribuída especificamente a cada ente político, obedecendo a uma partilha constitucional de competências, a administração pública introversa é instrumental, visto que é atribuída genericamente a todos os entes,para que possam atingir aqueles objetivos. 59. (CESPE – Analista do TCE/AC – 2007) A natureza da atividade administrativa é a de munus publico para quem a exerce, isto é, a de um encargo de defesa, conservação e aprimoramento dos bens, serviços e interesses da coletividade. 60. (CESPE – Papiloscopista – DPF) Os fins da administração pública são aqueles definidos pelo administrador 61. (CESPE – 2012 – TJ/RR – Administrador) Pelo critério teleológico, define- se o direito administrativo como o sistema dos princípios que regulam a atividade do Estado para o cumprimento de seus fins. 62. (CESPE – 2012 – TJ/RR – Administrador) A jurisprudência, fonte não escrita do direito administrativo, obriga tanto a administração pública como o Poder Judiciário. 10 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo 63. (CESPE – 2012 – MPE/PI – Analista Ministerial – Área Administrativa) O direito administrativo, ao reger as relações jurídicas entre as pessoas e os órgãos do Estado, visa à tutela dos interesses privados. 64. (FUNIVERSA – Técnico em Regulação – ADASA – 2009) Acerca das noções de Estado e de Direito Administrativo, assinale a alternativa incorreta. a) No plano interno, o Estado brasileiro assume a personalidade jurídica de Direito Público. b) A despeito de exercer uma função típica, cada Poder exerce, subsidiariamente, funções que são precípuas de outros. c) Compõe a Federação brasileira a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios. d) A relação de maior intimidade do Direito Administrativo é com o Direito Tributário. e) O Direito Administrativo é um ramo do Direito Público. Capítulo 2 PrincíPios da adminisTração Públic a 1. (CESPE – Procurador de Estado do Piauí – 2007) As regras são normas que ordenam que algo seja realizado, na maior medida possível, dentro das possibilidades jurídicas e reais existentes e, por isso, são consideradas mandados de otimização, caracterizando-se pela possibilidade de serem cumpridas em diferentes graus. 2. (CESPE – Procurador de Estado do Piauí – 2007) Princípios, normalmente, relatos objetivos, descritivos de determinadas condutas, são aplicáveis a um conjunto delimitado de situações. Assim, na hipótese de o relato previsto em um princípio ocorrer, esse princípio deve incidir pelo mecanismo tradicional da subsunção, ou seja, enquadram-se os fatos na previsão abstrata e produz-se uma conclusão. 3. (CESPE – Técnico Administrativo – PREVIC – 2011) O cumprimento dos princípios administrativos – especialmente o da finalidade, o da moralidade, o do interesse público e o da legalidade – constitui um dever do administrador e apresenta-se como um direito subjetivo de cada cidadão. 4. (CESPE – Procurador de Estado do Piauí – 2007) A aplicação de um princípio, salvo raras exceções, se opera na modalidade do tudo ou nada, o que significa que ele regula a matéria em sua inteireza ou é descumprido. 5. (CESPE – Procurador de Estado do Piauí – 2007) Na hipótese de conflito entre dois princípios, só um deles será válido e irá prevalecer. 6. (CESPE – Procurador de Estado do Piauí – 2007) Os princípios, frequentemente, entram em tensão dialética, apontando direções diversas. Por essa razão, sua aplicação se dá mediante ponderação. Diante do caso concreto, o intérprete irá aferir o peso de cada princípio. 7. (FCC – Agente Técnico Legislativo Assembleia Legislativa/SP – 2010) A respeito dos princípios da administração pública é correto afirmar que 12 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo possuem uma ordem de prevalência, situando-se em primeiro lugar os princípios da legalidade e da supremacia do interesse público sobre o privado. 8. (FCC – Agente Técnico Legislativo Assembleia Legislativa/SP – 2010) O princípio da eficiência com o advento da Emenda Constitucional no 19/98 ganhou acento constitucional, passando a sobrepor-se aos demais princípios gerais aplicáveis à Administração. 9. (FCC – Agente Técnico Legislativo Assembleia Legislativa/SP – 2010) A respeito dos princípios da administração pública é correto afirmar que se aplicam, em igual medida e de acordo com as ponderações determinadas pela situação concreta, a todas as entidades integrantes da Administração direta e indireta. 10. (CESPE – Delegado de Polícia Civil/TO – 2007) O princípio da vinculação política ao bem comum é, entre os princípios constitucionais que norteiam a administração pública, o mais importante. 11. (CESPE – 137º Exame de Ordem OAB/SP – 2009) Tanto a administração direta quanto a indireta se submetem aos princípios constitucionais da administração pública. 12. (CESPE – Procurador Federal – AGU – 2002) Os princípios do Direito Administrativo constantes na Constituição da República são aplicáveis aos três níveis do governo da Federação. 13. (CESPE – Promotor de Justiça MPE/RR – 2008) Os agentes públicos de qualquer nível ou hierarquia são obrigados a observar, de forma estrita, os princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade no trato dos assuntos de sua competência. 14. (CESPE – Administrador – PGE/PA – 2007) Os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência aplicam-se à administração pública direta, indireta e fundacional de todos os poderes da União, dos estados, do DF e dos municípios. 15. (CESPE – Analista Judiciário – TSE – 2007) De acordo com o art. 37 da Constituição Federal, a administração pública direta e indireta de qualquer dos poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios deve obedecer aos princípios de legalidade, imparcialidade, moralidade, publicidade e eficiência. 16. (CESPE – Analista Judiciário do TJDFT – 2007) Diversos princípios administrativos, embora não estejam expressamente dispostos no texto constitucional, podem ser dele deduzidos logicamente, como conseqüências inarredáveis do próprio sistema administrativo-constitucional. Questões 13 17. (CESPE – Técnico de Controle Externo – TCU – 2007) A administração pública deve obedecer aos princípios da legalidade, finalidade, razoabilidade, moralidade e eficiência, entre outros. 18. (CESPE – Juiz Substituto – TJ/BA – 2002) A administração pública, como atividade regida pelo direito, é sujeita a regras e princípios, como os da moralidade, da legalidade e da publicidade, entre outros; os princípios reitores da atividade administrativa pública podem decorrer da Constituição ou do ordenamento infraconstitucional e podem estar previstos normativamente de maneira explícita ou podem encontrar-se implícitos na ordem jurídica. 19. (CESPE – Especialista em Regulação de Aviação Civil – ANAC – 2009) São princípios da administração pública expressamente previstos na CF: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência e motivação. 20. (CESPE – Analista Judiciário – TJDFT – 2007) A Constituição Federal faz menção expressa apenas aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade. 21. (CESPE – Analista Judiciário – Área Administrativa – STF – 2008) Os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade estão previstos de forma expressa na CF. 22. (CESPE – Analista Administrativo – ME – 2008) Legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência são princípios constitucionais da administração pública. 23. (FUNIVERSA – Regulador de Serviços Públicos – ADASA – 2009) Dado o Estado jurídico de Direito, também ao Direito Privado é aplicável o princípio da legalidade tal como adotado na Administração Pública. 24. (FUNIVERSA – Regulador de Serviços Públicos – ADASA – 2009) Dado o Estado jurídico de Direito, também ao Direito Privado é aplicável o princípio da legalidade tal como adotado na Administração Pública. 25. (CESPE – Técnico Judiciário Área Administrativa – TRE/AL – 2004) O princípio da legalidade estádefinido na Constituição Federal quando esta declara que ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei. 26. (ESAF – Analista Compras/PE – 2003) O princípio da legalidade, conjugado com o poder discricionário, permite afirmar que a autoridade administrativa municipal a) só pode fazer o que a lei determina, conforme nela previsto. b) só pode fazer o que a lei determina, no tempo nela previsto. c) pode fazer o que a lei permite, quando for conveniente e oportuno. d) deve fazer o que a lei autoriza, do modo nela estipulado. e) só deve fazer o que a lei autoriza no tempo nela estipulado. 14 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo 27. (CESPE – Juiz Substituto – TJ/BA – 2002) A correta observância do princípio da legalidade no âmbito da Administração Pública consiste essencialmente na ausência de oposição dos atos administrativos à lei. 28. (CESPE – Técnico em Administração – PC/PA – 2000) De acordo com o princípio da legalidade, é permitido ao agente público, quando no exercício de sua função, fazer tudo que não seja expressamente proibido pela Constituição Federal. 29. (CESPE – Juiz Substituto – TJ/BA – 2002) A correta observância do princípio da legalidade no âmbito da Administração Pública consiste essencialmente na ausência de oposição dos atos administrativos à lei. 30. (CESPE – Agente Técnico – MPE/AM – 2008) O princípio da legalidade determina que a administração, além de não poder atuar contra a lei ou além da lei, somente pode agir segundo a lei. 31. (CESPE – Auxiliar de Perícia Médico-Legal – PC/ES – 2010) Em decorrência da aplicação do princípio da legalidade, não se permite à administração pública, por mero ato administrativo, a concessão de direitos, a criação de obrigações ou a imposição de vedações aos administrados, visto que, para tanto, depende se de lei. 32. (CESPE – Juiz Federal Substituto – TRF – 1ª Região – 2010) O princípio da legalidade estrita significa que a administração não pode inovar na ordem jurídica por simples ato administrativo, salvo se, em razão do poder de polícia, houver necessidade de impor vedações ou compelir comportamentos, casos em que a atividade administrativa prescinde de determinação legal. 33. (ESAF – Analista em Planejamento – SEFAZ/SP – 2009) A Administração Pública pode, por ato administrativo, conceder direitos de qualquer espécie, criar obrigações ou impor vedações aos administrados. 34. (CESPE – Analista do TCE/AC – 2007) Pelo princípio da legalidade, na sua concepção atual, exige-se a adequação formal da atividade administrativa ao conteúdo literal da lei. 35. (CESPE – Analista do TCU – 2007) O atendimento do administrado em consideração ao seu prestígio social angariado junto à comunidade em que vive não ofende o princípio da impessoalidade da administração pública. 36. (CESPE – Assistente Jurídico/DF – 2001) No princípio da impessoalidade, traduz-se a idéia de que a Administração tem que tratar todos os administrados sem discriminações, benéficas ou detrimentosas. Questões 15 37. (CESPE – Técnico Superior – Administrador – DETRAN/ES – 2010) O gestor público, respeitando o princípio constitucional da impessoalidade, deve evitar favorecimentos, distinções ou direcionamentos em desacordo com a finalidade pública e que não estejam previstos em lei, bem como o fomento à promoção pessoal de servidor público. 38. (CESPE – Analista Administrativo – Direito – ANATEL – 2009) O presidente de um tribunal de justiça estadual temdisponível no orçamento do tribunal a quantia de R$ 2.000.000,00 para pagamento de verbas atrasadas dos juízes de direito e desembargadores. Cada juiz e desembargador faz jus, em média, a R$ 130.000,00. Ocorre que o presidente da Corte determinou, por portaria publicada no Diário Oficial, o pagamento das verbas apenas aos desembargadores, devendo os juízes de direito aguardar nova disponibilização de verba orçamentária para o pagamento do que lhes é devido. O presidente fundamentou sua decisão de pagamento inicial em razão de os desembargadores estarem em nível hierárquico superior ao dos juízes. Irresignados, alguns juízes pretendem ingressar com ação popular contra o ato que determinou o pagamento das verbas aos desembargadores. A decisão do presidente do tribunal de justiça violou o princípio da impessoalidade, na medida em que esse princípio objetiva a igualdade de tratamento que o administrador deve dispensar aos administrados que se encontrarem em idêntica situação jurídica. 39. (CESPE – Analista Administrativo – MinC – 2008) A contratação de assessores informais para exercerem cargos públicos sem a realização de concurso público, além de ato de improbidade, configura lesão aos princípios da impessoalidade e da moralidade administrativa. 40. (CESPE – Assistente Técnico – TCE/PE – 2004) A exigência constitucional de concurso público para acesso aos cargos e empregos públicos tem fundamento no princípio constitucional da moralidade, mas, juridicamente, não tem relação com o princípio da igualdade. 41. (CESPE – Analista da HEMOBRAS – 2008) O princípio da impessoalidade prevê que o administrador público deve buscar, por suas ações, sempre o interesse público, evitando deste modo a subjetividade. 42. (CESPE – Defensor Público da União – 2004) Para parte da doutrina, o princípio da impessoalidade na administração pública nada mais representa do que outra formulação do princípio da finalidade. 43. (ESAF – Auditor – INSS – 2002) Entre os princípios de Direito Administrativo, que a Administração Pública está obrigada obedecer e observar nos seus atos, por força de expressa previsão constitucional e legal, os que se correspondem entre si, quanto à escolha do objeto e ao alcance do seu resultado, porque a violação de um deles imporia de regra na inobservância do outro são: 16 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo a) legalidade e motivação. b) motivação e razoabilidade. c) razoabilidade e finalidade. d) finalidade e impessoalidade. e) impessoalidade e legalidade. 44. (CESPE – Analista Judiciário – Área Administrativa – STM – 2011) Considere que um servidor público tenha sido removido, de ofício, como forma de punição. Nessa situação, o ato de remoção é nulo, visto que configura desvio de finalidade 45. (ESAF – Analista em Planejamento – SEFAZ/SP – 2009) É decorrência do princípio da publicidade a proibição de que conste nome, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos em divulgação de atos, programas ou campanhas de órgãos públicos. 46. (CESPE – Auditor do Estado/ES – 2009) Como decorrência do princípio da impessoalidade, a CF proíbe a presença de nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos em publicidade de atos, programas, obras, serviços e campanhas de órgãos públicos. 47. (CESPE – Analista Judiciário Execução de Mandados – TRT 17ª Região – 2009) As sociedades de economia mista e as empresas públicas que prestam serviços públicos estão sujeitas ao princípio da publicidade tanto quanto os órgãos que compõem a administração direta, razão pela qual é vedado, nas suas campanhas publicitárias, mencionar nomes e veicular símbolos ou imagens que possam caracterizar promoção pessoal de autoridade ou servidor dessas entidades. 48. (CESPE – Analista Administrativo – ANAC – 2009) A inserção de nome, símbolo ou imagem de autoridades ou servidores públicos em publicidade de atos, programas, obras, serviços ou campanhas de órgãos públicos fere o princípio da impessoalidade da administração pública. 49. (CESPE – Fiscal – ICMS/AC – 2006) A vedação constitucional e legal de promoção pessoal de autoridades e de servidores públicos sobre suas realizações administrativas decorre do princípio da finalidadeou impessoalidade. 50. (CESPE – Técnico Judiciário Área Administrativa – TRE/AL – 2004) O princípio ou regra de moralidade da administração pública pode ser definido como aquele que determina que os atos realizados pela administração pública, ou por ela delegados, são imputáveis não ao funcionário que os pratica, mas ao órgão ou entidade administrativa em nome do qual age o funcionário. Questões 17 51. (Procurador do Estado de Pernambuco – 2009) De acordo com o princípio da impessoalidade, é possível reconhecer a validade de atos praticados por funcionário público irregularmente investido no cargo ou função, sob o fundamento de que tais atos configuram atuação do órgão e não do agente público. 52. (FGV – Procurador do TCM/RJ – 2008) A assertiva “que os atos e provimentos administrativos são imputáveis não ao funcionário que os pratica, mas ao órgão ou entidade administrativa em nome do qual age o funcionário” encontra respaldo, essencialmente: a) no princípio da eficiência. b) no principio da moralidade. c) no princípio da impessoalidade. d) no princípio da unidade da Administração Pública. e) no princípio da razoabilidade. 53. (CESPE – Juiz Federal – TRF – 5o Região – 2009) Suponha que seja construído grande e moderno estádio de futebol para sediar os jogos da copa do mundo de 2014 em um estado e que o nome desse estádio seja o de um político famoso ainda vivo. Nessa situação hipotética, embora se reconheça a existência de promoção especial, não há qualquer inconstitucionalidade em se conferir o nome de uma pessoa pública viva ao estádio. 54. (CESPE – Procurador Consultivo – TCE/PE – 2004) O princípio da moralidade envolve um conceito indeterminado, que é a própria noção de moralidade, a qual não é definida de modo preciso no ordenamento jurídico; por conseguinte, a ocorrência de ofensa ao princípio deve ser elucidada em cada caso, em face do direito e com o fim de realizar a ética na administração pública. 55. (CESPE – Analista do TCU – 2007) A probidade administrativa é um aspecto da moralidade administrativa que recebeu da Constituição Federal brasileira um tratamento próprio. 56. (CESPE – Analista Administrativo – SEPLAG/SEAPA/DF – 2009) A ação popular pode ser acionada por cidadãos que pretendam questionar violações ao princípio da moralidade administrativa perante o Poder Judiciário. 57. (CESPE – Juiz Substituto – TJ/BA – 2004) A ação popular, como remédio processual destinado à proteção do princípio da moralidade, pode ser validamente ajuizada para atacar ato praticado por sociedade de economia mista, embora essa categoria de ente tenha personalidade jurídica de direito privado. 18 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo 58. (CESPE – Analista de Controle Externo do TCE/AC – 2009) O princípio da moralidade não está previsto expressamente na Constituição Federal (CF) e a sua aplicação é feita com base em construção jurisprudencial. 59. (CESPE – Papiloscopista – PC/PB – 2009) A violação ao princípio da moralidade perpetrada por agente público pode ensejar obrigação pecuniária de reparar dano à própria administração ou aos administrados. 60. (CESPE – Agente Técnico – MPE/AM – 2008) Uma câmara de vereadores de determinado município pode dispor de 3.000 cargos em comissão e de 300 cargos efetivos, pois cabe ao Poder Legislativo municipal dispor sobre sua estrutura; além disso, esse fato não fere nenhum princípio da administração pública. 61. (CESPE – Agente Administrativo da Universidade do Pará – 2008) O princípio da moralidade está diretamente relacionado aos princípios éticos da boa-fé e da lealdade. 62. (CESPE – Papiloscopista – PC/PB – 2009) A ideia de probidade na administração pública se dissocia completamente da ideia de moralidade. 63. (CESPE – Agente Técnico – MPE/AM – 2008) Fere o princípio da eficiência a atitude praticada pelo prefeito de uma cidade do interior que, com o objetivo de valorizar sua propriedade, abre processo de licitação para asfaltar a estrada que liga a cidade à sua fazenda. 64. (CESPE – Papiloscopista – PC/PB – 2009) Associa-se de forma mais apropriada à ideia de probidade e boa fé o princípio da moralidade administrativa. 65. (CESPE – Agente de Polícia Civil/RN – 2009) O princípio da supremacia do interesse público tem como objetivo impor ao administrador público não dispensar os preceitos éticos que devem estar presentes em sua conduta, pois além de verificar os critérios de conveniência e oportunidade, deve distinguir o que é honesto do que é desonesto. 66. (CESPE – Juiz Substituto – TJ/BA – 2005) A moralidade administrativa possui conteúdo específico, que não coincide, necessariamente, com a moral comum da sociedade, em determinado momento histórico; não obstante, determinados comportamentos administrativos ofensivos à moral comum podem ensejar a invalidação do ato, por afronta concomitante à moralidade administrativa. 67. (ESAF – Auditor Fiscal – SEFAZ/MG – 2005) O princípio da moralidade administrativa se vincula a uma noção de moral jurídica, que não se confunde com a moral comum. Por isso, é pacífico que a ofensa à moral comum não implica também ofensa ao princípio da moralidade administrativa. Questões 19 68. (CESPE – Técnico Administrativo – SEPLAG/SEAPA/DF – 2009) Embora a moralidade administrativa não encontre menção expressa no texto da Constituição Federal de 1988, é correto afirmar, com base no direito positivo brasileiro, que o princípio da moralidade se confunde com o da legalidade administrativa. 69. (CESPE – Analista Judiciário – Área Judiciária – TRE/MA – 2009) O princípio da moralidade administrativa, por possuir relação com o princípio da legalidade, impõe que um ato, para ser legal, isto é, esteja em conformidade com a lei, precisa ser necessariamente moral. 70. (CESPE – Papiloscopista – PC/PB – 2009) Somente se considera violado o princípio da moralidade se a conduta praticada pelo administrador estiver expressamente prevista em lei como atentatória a esse princípio. 71. (CESPE – Agente Técnico Administrativo – MPE/AM – 2008) Para atuar em respeito à moral administrativa, é suficiente que o agente cumpra a letra fria da lei. 72. (CESPE – Analista Jurídico – SERPRO – 2005) Com base na melhor doutrina, o princípio da moralidade é o mesmo que o princípio da legalidade. Assim, todo ato administrativo ilegal será imoral e todo ato praticado dentro da legalidade será moral. 73. (CESPE – Advogado da União – AGU – 2009) Com base no princípio da eficiência e em outros fundamentos constitucionais, o STF entende que viola a Constituição a nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas. 74. (CESPE – Técnico em Administração – PC/PA – 2007) A prática do nepotismo na administração pública, caracterizada pela nomeação de parentes para funções públicas, pode ser considerada uma violação ao princípio da impessoalidade. 75. (CESPE – Procurador – TCE/GO – 2007) O nepotismo, por ofender os princípios constitucionais da impessoalidade e da moralidade, caracteriza abuso de direito, porquanto se trata de manifesto exercício do direito fora dos limites impostos pelo seu fim econômico ou social, o que acarreta a nulidade do ato. 20 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo 76. (CESPE – Técnico Administrativo – SEPLAG/SEAPA/DF – 2009) De uma forma geral, os princípios constitucionaisda administração pública correspondem a formulações normativas gerais que servem de orientação para a interpretação dos administradores, razão pela qual os tribunais brasileiros adotam o entendimento prevalecente de que um princípio pode ser invocado para sustentar a ilegalidade de um ato administrativo, mas jamais para fundamentar a inconstitucionalidade de decisões administrativas. 77. (CESPE – Auditor Federal de Controle Externo – TCU – 2009) Os princípios constitucionais, assim como as regras, são dotados de força normativa. Com base nesse entendimento doutrinário, o Supremo Tribunal Federal (STF) tem entendido que o princípio da moralidade, por exemplo, carece de lei formal que regule sua aplicação, não podendo a administração disciplinar, por meio de atos infralegais, os casos em que reste violado esse princípio, sob pena de desrespeito ao princípio da legalidade. 78. (CESPE – Promotor de Justiça/MT – 2005) Alguns teóricos enxergam a existência de uma gradação de importância de normas jurídicas, segundo seu conteúdo axiológico intrínseco. Disso seria exemplo o princípio constitucional da moralidade. A despeito de tal entendimento, o direito brasileiro não admite que, com base nesse princípio, outras normas constitucionais sejam declaradas inconstitucionais. 79. (CESPE – Analista Administrativo – IBRAM – 2009) Ofende os princípios constitucionais que regem a administração pública, a conduta de um prefeito que indicou seu filho para cargo em comissão de assessor do secretário de fazenda do mesmo município, que efetivamente o nomeou. 80. (CESPE – Analista Administrativo – SEPLAG/SEAPA/DF – 2009) O nepotismo corresponde a prática que pode violar o princípio da moralidade administrativa. A esse respeito, de acordo com a jurisprudência do STF, seria inconstitucional ato discricionário do governador do DF que nomeasse parente de segundo grau para o exercício do cargo de secretário de Estado da SEAPA/DF. 81. (CESPE – Advogado da União – AGU – 2009) Considere que Platão, governador de estado da Federação, tenha nomeado seu irmão, Aristóteles, que possui formação superior na área de engenharia, para o cargo de secretário de estado de obras. Pressupondo-se que Aristóteles atenda a todos os requisitos legais para a referida nomeação, concluise que esta não vai de encontro ao posicionamento adotado em recente julgado do STF. 82. (CESPE – Administrador – DFTRANS – 2008) Considerada um princípio fundamental da administração pública, a impessoalidade representa a divulgação dos atos oficiais de qualquer pessoa integrante da administração pública, sem a qual tais atos não produzem efeitos. Questões 21 83. (CESPE – Assistente Jurídico/DF – 2001) O princípio da publicidade relaciona-se à divulgação oficial do ato para conhecimento público. 84. (CESPE – Técnico em Administração – PC/PA – 2000) Conferir transparência aos atos dos agentes públicos é um dos objetivos do princípio da publicidade. 85. (CESPE – Advogado da União – 2004) A transparência e a desburocratização são, entre outras, obrigações do Estado decorrentes do princípio da eficiência. 86. (CESPE – Juiz Substituto – TJ/SE – 2004) A obrigação dos órgãos públicos de permitir o acesso de particulares a informações de seu interesse particular materializa, no texto constitucional brasileiro, um dos aspectos do princípio da publicidade. 87. (CESPE – Analista Administrativo – PREVIC – 2011) Independentemente do pagamento de taxas, é assegurada a todos, para a defesa e esclarecimento de situações de interesse pessoal e de terceiro, a obtenção de certidões em repartições públicas. 88. (CESPE – Auditor Federal de Controle Externo – Especialidade Tecnologia da Informação – TCU – 2009) Quando o TCU emite uma certidão, ele evidencia o cumprimento do princípio constitucional da publicidade. 89. (CESPE – Analista Administrativo – HEMOBRAS – 2008) Pode o administrador público, em situações específicas, excetuar a aplicação do princípio da publicidade. 90. (CESPE – Analista Judiciário – Administração – TJDFT – 2007) Conforme o princípio da publicidade, os atos praticados pelo TJDFT devem receber ampla divulgação, com exceção das hipóteses de sigilo previstas na Constituição Federal ou em lei. 91. (CESPE – Auxiliar de Perícia Médico-Legal – PC/ES – 2010) O princípio da publicidade aplica-se, de forma absoluta, no âmbito da administração pública, já que exige a ampla e irrestrita divulgação dos atos por ela praticados. 92. (CESPE – Assistente Técnico – TCE/PE – 2004) O princípio da publicidade exige que os atos do poder público sejam levados ao conhecimento da sociedade, mas essa necessidade é afastada sempre que o administrador entender que a publicação pode ser prejudicial aos interesses do órgão ou ente público e registrar por escrito suas razões. 93. (CESPE – Técnico do TCU – 2007) Em obediência ao princípio da publicidade, é obrigatória a divulgação oficial dos atos administrativos, sem qualquer ressalva de hipóteses. 22 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo 94. (CESPE – Analista de Controle Externo – TCU – 2007) A declaração de sigilo dos atos administrativos, sob a invocação do argumento da segurança nacional, é privilégio indevido para a prática de um ato administrativo, pois o princípio da publicidade administrativa exige a transparência absoluta dos atos, para possibilitar o seu controle de legalidade. 95. (CESPE – 137º Exame de Ordem – OAB/SP – 2009) Embora vigente o princípio da publicidade para os atos administrativos, o sigilo é aplicável em casos em que este seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado. 96. (CESPE – Analista Judiciário – Área Judiciária – TRE/MA – 2009) O princípio da publicidade é um requisito formal dos atos administrativos, contratos e procedimentos, pois apenas a partir da publicação por instrumentos oficiais de divulgação, a exemplo dos diários oficiais, é que tais ações tornam-se transparentes e efetivas. 97. (CESPE – Técnico Judiciário – TRE/AL – 2004) A publicidade é um requisito de forma do ato administrativo, e não, de moralidade. 98. (CESPE – Técnico Superior – Advogado – DETRAN/ES – 2010) Em atenção ao princípio da publicidade, os contratos celebrados pela administração devem ser publicados em veículo oficial de divulgação; na esfera federal, a publicação deve ser no Diário Oficial da União; nos estados, no Distrito Federal e nos municípios, no veículo que for definido nas respectivas leis. 99. (CESPE – Juiz Federal Substituto – TRF – 1ª Região – 2010) Em atenção ao princípio da publicidade, todo ato administrativo deve, em princípio, ser publicado, mas os contratos administrativos, como regra, se operacionalizam e adquirem eficácia independentemente de publicação. 100. (CESPE – Gestor – MPOG – 2008) De acordo com o princípio da publicidade, a publicação no Diário Oficial da União é indispensável para a validade dos atos administrativos emanados de servidores públicos federais. 101. (CESPE – Agente Administrativo da Universidade do Pará – 2008) A aplicação do princípio da publicidade propicia a obtenção de eficácia do serviço público. 102. (CESPE – Analista de Controle Externo – TCU – 2005) Um jornal noticiou que, de acordo com o princípio constitucional da publicidade, a publicação na imprensa oficial é requisito essencial de validade dos atos administrativos praticados pela administração federal direta. Nessa situação, a afirmação veiculada pelo jornal é correta. 103. (CESPE – Delegado de Polícia Federal – 2004) A veiculação do ato praticado pela administração pública na Voz do Brasil, programa de âmbito nacional, dedicado a divulgar fatos ações ocorridos ou praticados no âmbito dos três poderes da União, é suficiente para ter-se como atendido o princípio da publicidade. Questões 23 104. (CESPE – Examede Ordem – OAB – 2007) De acordo com o princípio da publicidade administrativa, só existem atos administrativos escritos e sua eficácia é sempre condicionada à publicação no Diário Oficial. 105. (CESPE – Exame de Ordem – OAB – 2007) De acordo com o princípio da publicidade administrativa, o ato administrativo deve ser sempre publicado em sítio do órgão ou entidade pública na Internet. 106. (CESPE – Advogado da União – 2004) Ato administrativo pode obedecer ao princípio da publicidade mesmo que seu teor não seja divulgado em órgão da imprensa oficial. 107. (ESAF – Analista de Controle Externo – TCU – 2001) O princípio da publicidade impõe a publicação, em jornais oficiais, de todos os atos da Administração. 108. (CESPE – Analista Judiciário – Área Administrativa – STF – 2008) Nos municípios em que não exista imprensa oficial, admite se a publicação dos atos por meio de afixação destes na sede da prefeitura ou da câmara de vereadores. 109. (CESPE – Agente Técnico – MPE/AM – 2008) Em um município que não disponha de imprensa oficial, a fixação de um ato administrativo na sede da prefeitura atende ao princípio da publicidade. 110. (CESPE – Juiz Federal – TRF – 2ª Região – 2009) De acordo com o princípio da publicidade, os atos administrativos devem ser publicados necessariamente no Diário Oficial, não tendo validade a mera publicação em boletins internos das repartições públicas. 111. (CESPE – Agente de Inteligência da ABIN – 2008) Com base no princípio da publicidade, os atos internos da administração pública devem ser publicados no diário oficial. 112. (CESPE – Analista Técnico Administrativo – DPU – 2010) O princípio da publicidade se verifica sob o aspecto da divulgação externa dos atos da administração, não propiciando o conhecimento da conduta interna dos agentes públicos. 113. (CESPE – Perito em Telecomunicação – PC/ES – 2010) O princípio da eficiência não está expresso no texto constitucional, mas é aplicável a toda atividade da administração pública. 114. (CESPE – Auditor – INSS – 2003) A administração pública direta e indireta de qualquer dos poderes da União, dos estados, do DF e dos municípios obedecerá aos princípios de legalidade, de impessoalidade, de moralidade e de publicidade, mas, infelizmente o princípio de eficiência ainda não se encontra previsto expressamente na Constituição Federal. 24 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo 115. (CESPE – Agente Técnico – MPE/AM – 2008) O princípio da eficiência foi acrescentado à Constituição Federal de 1988 pela Emenda Constitucional nº 19 1998, chamada de reforma administrativa. 116. (CESPE – Técnico Administrativo – MPE/RR – 2008) Apesar de não estar previsto expressamente na Constituição Federal, o princípio da eficiência é aplicado na administração pública por força de lei específica. 117. (CESPE – 137º Exame de Ordem – OAB/SP – 2009) O rol dos princípios administrativos, estabelecido originariamente na CF, foi ampliado para contemplar a inserção do princípio da eficiência. 118. (FUNIVERSA – Regulador de Serviços Públicos – ADASA – 2009) Desde a sua promulgação, são princípios da Administração Pública: legalidade, moralidade, impessoalidade, publicidade e eficiência. 119. (CESPE – Perito Criminal – PC/PB – 2009) O princípio da eficiência, relacionado na CF apenas na parte em que trata da administração pública, não se aplica às ações dos Poderes Legislativo e Judiciário. 120. (CESPE – Agente Técnico Administrativo – MPE/AM – 2008) O princípio da eficiência concedeu ao cidadão o direito de questionar a qualidade das obras e atividades públicas exercidas diretamente pelo Estado ou por seus delegatários. 121. (CESPE – Juiz Federal – TRF – 2ª Região – 2009) De acordo com um modelo de administração gerencial, no setor das atividades exclusivas e de serviços competitivos ou não exclusivos, o foco é a ênfase no controle prévio da atividade, de forma a não permitir condutas não previstas em lei. 122. (CESPE – Agente Administrativo Universidade do Pará – 2008) O princípio da eficiência da administração pública não está vinculado a padrões modernos de gestão administrativa. 123. (CESPE – Analista – ANATEL – 2006) O modelo de administração propugnado pela reforma administrativa é de cunho gerencial. 124. (FGV – Analista de Planejamento – SAD/PE – 2009) Analise o fragmento a seguir: “O princípio da legalidade denota essa relação: só é legitima a atividade do administrador público se estiver condizente com o disposto na lei.” Com base nos modelos de administração, é correto afirmar que o fragmento acima apresenta uma característica intrínseca do modelo: a) administrativista. b) gerencial. c) burocrático. d) comportamental. e) estruturalista. Questões 25 125. (CESPE – Perito Criminal – PC/PB – 2009) A burocracia administrativa é considerada um mal necessário, de forma que a administração não deve-se preocupar em reduzir as formalidades destituídas de sentido. 126. (CESPE – Advogado da União – 2004) Na Constituição Federal, a inserção do princípio da eficiência como princípio administrativo geral fez acompanhar- se de alguns mecanismos, destinados a facilitar a sua concretização, como a participação do usuário na administração pública indireta e a possibilidade de aumento da autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração direta. 127. (CESPE – Perito Criminal – PC/PB – 2009) O princípio da gestão participativa, que confere ao administrado interessado em determinado serviço público a possibilidade de sugerir modificações nesse serviço, não guarda relação com o princípio da eficiência. 128. (CESPE – Oficial de Chancelaria – 2006) Como forma de participação do cidadão na administração pública direta e na indireta, está previsto o acesso a registros administrativos e a informações sobre atos de governo, desde que observado o sigilo quando este for imprescindível à segurança da sociedade e do Estado. 129. (CESPE – Analista Administrativo – SEPLAG/SEAPA/DF – 2009) O princípio da eficiência administrativa não foi expressamente previsto no texto da promulgação da CF. Ademais, segundo a doutrina jurídica majoritária, tal princípio não pode ser inteiramente confundido com a noção estrita de eficiência econômica. 130. (CESPE – Analista de Controle Externo – TCU – 2004) O princípio da eficiência relaciona-se com o modo de atuação do agente e com o modo de organização e estruturação da administração pública, aspectos cujo conteúdo identifica-se com a obtenção de melhores resultados na relação custo versus benefícios e com o satisfatório atendimento das necessidades do administrado. 131. (CESPE – Analista Administrativo – HEMOBRAS – 2008) O princípio da eficiência impõe ao administrador público a obtenção da plena satisfação da sociedade a qualquer custo. 132. (CESPE – Técnico Judiciário – TRE/AL – 2004) De maneira geral, eficiência significa fazer acontecer com racionalidade, o que implica medir os custos que a satisfação das necessidades públicas importam em relação ao grau de utilidade alcançado. Assim, o princípio da eficiência orienta a atividade administrativa no sentido de se conseguirem os melhores resultados com os meios escassos de que se dispõe e a menor custo. Rege-se, pois, pela regra de consecução do maior benefício com o menor custo possível. 26 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo 133. (CESPE – Agente de Polícia Civil/RN – 2009) O núcleo do princípio da publicidade é a procura da economicidade e da produtividade, o que exige a redução dos desperdícios do dinheiro público, bem como impõe a execução dos serviços com presteza e rendimento funcional. 134. (CESPE – Analista Administrativo – MinC – 2008) O princípio da eficiência se concretiza também pelo cumprimento dos prazos legalmentedeterminados, razão pela qual, em caso de descumprimento injustificado do prazo fixado em lei para exame de requerimento de aposentadoria, é cabível indenização proporcional ao prejuízo experimentado pelo administrado. 135. (CESPE – Auditor Federal de Controle Externo – TCU – 2009) O regime jurídico-administrativo fundamenta-se, conforme entende a doutrina, nos princípios da supremacia do interesse público sobre o privado e na indisponibilidade do interesse público. 136. (ESAF – Analista de Finanças e Controle – STN – 2005) Relacionando o estudo do ato administrativo com o do regime jurídico-administrativo, assinale no rol de princípios abaixo aquele que mais se coaduna com a imposição de limites ao atributo de auto-executoriedade do ato administrativo: a) finalidade b) moralidade c) publicidade d) proporcionalidade e) motivação 137. (CESPE – Escrivão Polícia Civil/ES – 2006) A razoabilidade pode ser utilizada como parâmetro para o controle dos excessos emanados de agentes do Estado, servindo para reprimir eventuais abusos de poder. 138. (CESPE – Analista Especialista em Direito – INCA – 2010) A aplicação do princípio da proporcionalidade na administração pública envolve a análise do mérito administrativo (conveniência e oportunidade). Diante disso, o Poder Judiciário não pode se valer do referido princípio para fundamentar uma decisão que analise a legitimidade do ato administrativo. 139. (CESPE – Técnico de Nível Superior – MDIC – 2008) Caso a administração pública tenha tomado uma providência desarrazoada, a correção judicial embasada na violação do princípio da razoabilidade invadirá o mérito do ato administrativo, isto é, o campo de liberdade conferido pela lei à administração para decidir-se segundo uma estimativa da situação e critérios de conveniência e oportunidade. Questões 27 140. (CESPE – Promotor de Justiça – MP/MT – 2005) Não é juridicamente possível, com fundamento no princípio da proporcionalidade, a invalidação de atos administrativos praticados no exercício do poder discricionário. 141. (CESPE – Juiz Substituto – TJ/CE – 2004) Uma decisão administrativa, mesmo que não fira norma jurídica expressa, pode ser inválida se, por exemplo, não guardar relação adequada entre os meios que elegeu e os fins a serem perseguidos pela administração. 142. (CESPE – Atendente Judiciário – TJ/BA – 2005) O princípio da proporcionalidade é hoje amplamente reconhecido pela doutrina e pela jurisprudência brasileiras como um dos que regem a atividade administrativa, conquanto remanesça como princípio implícito no ordenamento jurídico positivo do país. 143. (CESPE – Analista Administrativo – ANAC – 2009) O princípio da razoabilidade impõe à administração pública a adequação entre meios e fins, não permitindo a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público. 144. (CESPE – Juiz Federal Substituto – TRF – 5ª Região – 2004) – Considere a seguinte situação hipotética. Um estabelecimento comercial possuía alvará para funcionar como empresa revendedora de motocicletas, mas atuava também como prestadora de serviços mecânicos para esse tipo de veículo. O órgão administrativo competente, durante fiscalização, constatou a irregularidade e interditou a empresa, a fim de impedir o funcionamento da revendedora, além de multá-la pela atividade não-autorizada. Nessa situação, o poder público feriu específica e exclusivamente o princípio da finalidade, uma vez que foi além do necessário para a aplicação da lei e para a satisfação do interesse público. 145. (CESPE – Auditor Autárquico – INSS – 2003) O princípio da proporcionalidade tem dignidade constitucional na ordem jurídica brasileira, pois deriva da força normativa dos direitos fundamentais, garantias materiais objetivas do estado de direito. 146. (CESPE – Fiscal de Receitas Estaduais – SEFAZ/AC – 2009) Em uma sociedade democrática, a correta aplicação do princípio da supremacia do interesse público pressupõe a prevalência do interesse da maioria da população. 147. (CESPE – Auditor do Estado/ES – 2004) Um dos princípios regentes da atividade administrativa estatal é a supremacia do interesse público sobre o privado. Segundo esse princípio, há uma desigualdade jurídica entre a administração pública e o particular administrado, com vistas à prevalência do interesse da coletividade. 28 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo 148. (ESAF – Auditor Fiscal da Receita Federal – 2001) No âmbito do regime jurídico-administrativo, não é considerada prerrogativa da Administração Pública: a) poder de expropriar b) realizar concurso público para seleção de pessoal c) alterar unilateralmente os contratos administrativos d) instituir servidão e) impor medidas de polícia. 149. (ESAF – Analista de Finanças e Controle – STN – 2000) A prevalência do interesse público sobre o privado, característica essencial do regime jurídico-administrativo, está presente nas hipóteses abaixo, exceto: a) desapropriação por interesse social b) manutenção da equação financeira no contrato administrativo c) ato de poder de polícia administrativa restritivo de direito d) remoção de ofício de servidor público e) encampação de serviço público concedido a particular 150. (FGV – Juiz Substituto – TJ/PA – 2005) Em decorrência do princípio da supremacia do interesse público, é vedado afirmar que: a) não é permitido à Administração Pública constituir terceiros em obrigações mediante atos unilaterais, devendo haver, nesses casos, a propositura da ação própria. b) o princípio em cotejo traz consigo a exigibilidade do ato, traduzida na previsão legal de a Administração impor sanções ou providências indiretas que induzam o administrado a acatá-lo. c) enseja à Administração a chamada auto-executoriedade do ato administrativo. d) possibilita à Administração Pública revogar os próprios atos inconvenientes ou inoportunos. e) o princípio em apreço não se encontra expresso na Constituição Federal, mas apenas a sua alusão. 151. (ESAF – Auditor Fiscal da Receita Federal – 2005) A aplicação do regime jurídico-administrativo autoriza que o Poder Público execute ações de coerção sobre os administrados sem a necessidade de autorização judicial. 152. (ESAF – Analista de Finanças e Controle – CGU – 2006) Entre os princípios constitucionais do Direito Administrativo, pode-se destacar o de que a) a Administração prescinde de justificar seus atos. b) ao administrador é lícito fazer o que a lei não proíbe. c) os interesses públicos e privados são eqüitativos entre si. d) são inalienáveis os direitos concernentes ao interesse público. e) são insusceptíveis de controle jurisdicional, os atos administrativos. Questões 29 153. (CESPE – Analista Administrativo – MPE/RR – 2008) De acordo com o princípio da autotutela, a administração pública pode exercer o controle sobre seus próprios atos, com a possibilidade de anular os ilegais e revogar os inconvenientes ou inoportunos. 154. (CESPE – Auxiliar de Trânsito – DETRAN/DF – 2009) A administração pública é regida pelo princípio da autotutela, segundo o qual o administrador público está obrigado a denunciar os atos administrativos ilegais ao Poder Judiciário e ao Ministério Público. 155. (CESPE – Analista Administrativo – HEMOBRAS – 2008) O ato administrativo que contrarie o princípio da legalidade só poderá ter sua invalidade decretada pelo Poder Judiciário. 156. (CESPE – Técnico Judiciário – TSE – 2007) De acordo com o princípio administrativo da autotutela, a administração pública pode anular, de ofício, seus próprios atos, quando ilegais. 157. (CESPE – Analista Judiciário – Área Judiciária – TRE/MA – 2009) O princípio da autotutela refere-se ao poder e dever de declarar a nulidade dos próprios atos, desde que praticados em desacordocom a lei. 158. (CESPE – Agente Técnico – MPE/AM – 2008) A administração pode anular seus próprios atos se estes estiverem eivados de vícios que os tornem ilegais. 159. (CESPE – Analista – FINEP – 2009) A observância, por parte da administração, dos princípios da ampla defesa e do contraditório não encontra previsão expressa na CF. 160. (CESPE – Procurador – MP – TCM/GO – 2007) O princípio da ampla defesa traduz a faculdade do indivíduo de, em processos judiciais ou administrativos, na defesa de seus interesses, alegar fatos e propor provas, com os meios e recursos inerentes. 161. (ESAF – Analista de Políticas Orçamentárias – MPOG – 2005) Os princípios da Administração Pública estão presentes em todos os institutos do Direito Administrativo. Assinale, no rol abaixo, aquele principie que melhor se vincula à proteção do administrado no âmbito de um processo administrativo, quando se refere à interpretação da norma jurídica. a) legalidade b) proporcionalidade c) moralidade d) ampla defesa e) segurança jurídica 30 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo 162. (CESPE – Auditor Federal de Controle Externo – TCU – 2009) No âmbito do processo administrativo, não pode o administrador deixar de aplicar lei já em vigor, sob o argumento da existência de mudança de entendimento acerca da sua interpretação e aplicação. Nesse caso, a nova interpretação deve ser aplicada aos casos já analisados, sob pena de violação ao princípio constitucional da legalidade. 163. (CESPE – Procurador do Ministério Público junto ao TCU – 2004) A vedação de aplicação retroativa de nova interpretação de norma administrativa encontra-se consagrada no ordenamento jurídico pátrio e decorre do princípio da segurança jurídica. 164. (CESPE – Analista de Controle Externo do TCU – 2008) Durante dez anos, Maria ocupou cargo de chefia na concessão de benefícios previdenciários de uma autarquia federal. Tendo em vista a divergência na aplicação de determinada norma, Maria emitiu uma ordem de serviço que disciplinava a concessão do benefício em determinadas hipóteses, acreditando que a sua interpretação, naquele caso, seria a melhor. No último mês, Maria foi substituída por Pedro, que, não concordando com aquela interpretação, resolveu anular a ordem de serviço em vigor e rever todos os benefícios concedidos com base nela. Considerando que a antiga interpretação fosse uma das interpretações possíveis, a primeira ordem de serviço não deveria ter sido anulada, mas sim revogada, passando a nova interpretação a incidir apenas sobre os fatos posteriores. 165. (CESPE – Procurador do Estado de Pernambuco – 2009) O princípio da boa-fé está previsto expressamente na CF e, em seu aspecto subjetivo, corresponde à conduta leal e honesta do administrado. 166. (CESPE – Administrador – DFTRANS – 2008) Segundo o princípio da motivação, os atos da administração pública devem receber a indicação dos pressupostos de fato e de direito que determinaram a decisão. 167. (CESPE – Analista – ANTAQ – 2005) A ausência de previsão constitucional expressa da obrigação do administrador de motivar os seus atos não impede que se exija dele essa motivação com fundamento na adoção da democracia pelo Estado brasileiro, bem como no princípio da publicidade e na garantia do contraditório. 168. (CESPE – Técnico Superior Advogado – DETRAN/ES – 2010) Devem ser obrigatoriamente motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, os atos praticados na administração pública federal que, entre outras hipóteses, importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo. Questões 31 169. (CESPE – Especialista em Regulação de Aviação Civil – ANAC – 2009) Considere que, no curso de um processo administrativo, no âmbito do Ministério do Trabalho e Emprego, tenha sido proferido ato administrativo que convalidou outro ato, com a finalidade de permitir a transferência de certo servidor público para outra unidade da Federação. Nessa situação, o segundo ato administrativo deve ser motivado, com a indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos pertinentes. 170. (CESPE – 2012 – MPE/PI – Analista Ministerial – Área Administrativa) Os bens e interesses públicos não pertencem à administração, nem a seus agentes, pois visam beneficiar a própria coletividade. 171. (CESPE – 2012 – TRE/RJ – Analista Judiciário – Área Administrativa) No âmbito da administração pública, a correlação entre meios e fins é uma expressão cujo sentido e alcance costumam ser diretamente associados ao princípio da eficiência. 172. (CESPE – 2012 – TJ/RR – Analista – Processual) O princípio da supremacia do interesse público vincula a administração pública no exercício da função administrativa, assim como norteia o trabalho do legislador quando este edita normas de direito público. 173. (CESPE – 2012 – TJ/RR – Administrador) O princípio da impessoalidade nada mais é do que o clássico princípio da finalidade, que impõe ao administrador público que só pratique o ato para o seu fim legal. 174. (CESPE – 2012 – TJ/RR – Administrador) Do princípio da supremacia do interesse público decorre a posição jurídica de preponderância do interesse da administração pública. 175. (CESPE – 2012 – MP – Analista de Infraestrutura) Dado o princípio da legítima confiança, é incabível a restituição ao erário dos valores recebidos de boa-fé por servidor público em decorrência de errônea ou inadequada interpretação da lei por parte da administração pública. 176. (CESPE – 2012 – MPE/PI – Técnico Ministerial – Área Administrativa) O princípio da impessoalidade em relação à atuação administrativa impede que o ato administrativo seja praticado visando a interesses do agente público que o praticou ou, ainda, de terceiros, devendo ater-se, obrigatoriamente, à vontade da lei, comando geral e abstrato em essência. 177. (CESPE – 2012 – MPE/PI – Analista Ministerial – Área Administrativa) O princípio da moralidade pretende tutelar o descontentamento da sociedade em razão da deficiente prestação de serviços públicos e de inúmeros prejuízos causados aos usuários. 178. (CESPE – 2012 – PC/CE – Inspetor de Polícia – Civil) O ato de aplicação de penalidade administrativa deve ser sempre motivado. 32 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo 179. (FCC – Analista Judiciário – Área Judiciária – TRE/BA) As afirmações abaixo estão relacionadas à obrigatoriedade de obediência dos princípios constitucionais pela administração pública. I. Os princípios devem ser obedecidos pela administração de quaisquer Poderes. II. A obrigatoriedade de obediência destina-se à administração direta, não alcançando as empresas públicas. III. Todas as entidades estatais (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) devem obediência àqueles princípios. Está correto APENAS o que se afirma em a) II e III. b) I e III. c) I e II. d) II. e) I. 180. (FCC – Agente Técnico Legislativo – Ass. Leg./SP – 2010) A respeito dos princípios da administração pública é correto afirmar que a) se aplicam também às entidades integrantes da Administração indireta, exceto àquelas submetidas ao regime jurídico de direito privado. b) possuem uma ordem de prevalência, situando-se em primeiro lugar os princípios da legalidade e da supremacia do interesse público sobre o privado. c) o princípio da eficiência com o advento da Emenda Constitucional no 19/98 ganhou acento constitucional, passando a sobrepor-se aos demais princípios gerais aplicáveis à Administração. d) se aplicam, em igual medida e de acordo com as ponderações determinadas pela situação concreta, a todas as entidades integrantes da Administração direta e indireta. e) o princípio da moralidade é considerado um princípio prevalente e a ele se subordinam o princípio da legalidade e o da eficiência. 181. (FCC – Analista Judiciário– Área Administrativa – TRE/BA) Dentre os princípios de observância obrigatória pela administração pública, expressamente previstos na Constituição Federal, está o da a) proporcionalidade. b) autotutela. c) eficiência. d) razoabilidade. e) hierarquia. 182. (FCC – Auxiliar Judiciário – TJ/PA – 2009) Os princípios da Administração Pública que têm previsão expressa na Constituição Federal são: Questões 33 a) autotutela, publicidade e indisponibilidade. b) legalidade, publicidade e eficiência. c) moralidade, indisponibilidade e razoabilidade. d) publicidade, eficiência e indisponibilidade. e) eficiência, razoabilidade e moralidade. 183. (FCC – Técnico Judiciário – TRE/AL – 2010) Quando se afirma que o particular pode fazer tudo o que a lei não proíbe e que a Administração só pode fazer o que a lei determina ou autoriza, estamos diante do princípio da a) legalidade. b) obrigatoriedade. c) moralidade. d) proporcionalidade. e) contradição. 184. (FCC – Analista Judiciário – TRE/PI – 2009) O princípio da legalidade significa que a) o administrador deve praticar o ato para o seu fim legal. b) a Administração pode fazer o que a lei não proíbe. c) o administrador deve atuar de acordo com os padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé. d) a Administração Pública só pode fazer o que a lei permite. e) a atividade administrativa seja exercida com presteza, perfeição e rendimento funcional. 185. (FCC – Analista Judiciário – Área Judiciária – TRT – 21ª Região) Considere o que segue: I. A imposição ao administrador público de uma ação planejada e transparente, com o fito de prevenir riscos e corrigir desvios suscetíveis de afetar o equilíbrio das contas públicas. II. Os atos praticados pela Administração Pública devem ser abstratamente genéricos e isonômicos, sem consagrar privilégios ou situações restritivas injustificadas. III. A autolimitação do Estado em face dos direitos subjetivos e a vinculação de toda atividade administrativa à lei, como medida de exercício do poder. Tais disposições dizem respeito, respectivamente, aos princípios da a) publicidade, legalidade e moralidade. b) eficiência, impessoalidade e legalidade. c) impessoalidade, publicidade e legalidade. d) legalidade, eficiência e impessoalidade. e) moralidade, impessoalidade e eficiência. 34 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo 186. (FCC – Auxiliar Judiciário – TJ/PA – 2009) Quando se diz que a Administração não pode atuar com vistas a prejudicar ou beneficiar pessoas determinadas, estamos diante do princípio da a) especialidade. b) legalidade ou veracidade. c) impessoalidade ou finalidade. d) supremacia do interesse público. e) indisponibilidade. 187. (FCC – Técnico Judiciário – TRE/CE) Uma das possíveis aplicações do princípio da impessoalidade é: a) considerar que o servidor age em nome da Administração, de modo que a Administração se responsabiliza pelos atos do servidor, e este não possui responsabilidade. b) proibir que constem, na publicidade das obras e serviços públicos, nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades. c) impedir que servidores públicos se identifiquem pessoalmente como autores dos atos administrativos que praticam. d) impedir que determinadas pessoas recebam tratamento favorecido em concursos públicos, em razão de deficiência física. e) considerar inconstitucionais os critérios de títulos em concursos para provimento de cargos públicos. 188. (FCC – Técnico Judiciário – TRE/PE) – A Constituição Federal não se referiu expressamente ao princípio da finalidade, mas o admitiu sob a denominação de princípio da a) impessoalidade. b) publicidade. c) presunção de legitimidade. d) legalidade. e) moralidade. 189. (FCC – Analista Judiciário – Execução de Mandados – TRT – 24ª Região) O Prefeito Municipal passou a exibir nas placas de todas as obras públicas a indicação "GOVERNO TOTONHO FILHO". Assim agindo, o governante ofendeu o princípio da administração pública conhecido como a) moralidade. b) impessoalidade. c) autotutela. d) razoabilidade. e) publicidade. Questões 35 190. (FCC – Técnico Judiciário – Área Administrativa – TRT – 5ª Região) A publicidade de atos, programas, obras e serviços dos órgãos públicos deverá a) ter caráter educativo, informativo ou de orientação social. b) promover pessoalmente autoridades ou servidores públicos. c) conter nomes, símbolos e imagens que identifiquem as autoridades responsáveis. d) ser divulgada apenas por veículo oficial de rádio ou televisão. e) seguir o programa político-partidário da autoridade responsável. 191. (FCC – Analista Judiciário – Judiciário – TRT – 9ª Região) Após tomar ciência de irregularidades praticadas pela Assembléia Legislativa de seu Estado, o cidadão José da Silva diligenciou junto ao referido órgão, oportunidade em que lhe foi negado o direito de obter certidões que esclarecessem tal fato. Com essa recusa, foi desres- peitado o princípio da a) eficiência. b) impessoalidade. c) tipicidade. d) motivação. e) publicidade. 192. (FCC – Analista Judiciário – TRT – 22ª Região) Depois de ingressar nos quadros do executivo federal mediante concurso público, o servidor em estágio probatório foi dispensado por não convir à Administração a sua permanência, após ter sido apurado, em avaliação especial de desempenho realizada por comissão instituída para essa finalidade, assegurada a ampla defesa, que realizou atos incompatíveis com a função do cargo em que se encontrava investido. Referida dispensa está embasada, precipuamente, no a) elemento da impessoalidade. b) requisito da publicidade. c) princípio da eficiência. d) princípio da imperatividade. e) requisito de presunção de veracidade. 193. (FCC – Analista Judiciário – TRT – 8ª Região) Em matéria de princípios básicos e norteadores das atividades do administrador público, analise: I. A lei para o administrador público significa “pode fazer assim”. II. Na Administração Pública não há liberdade nem vontade pessoal. III. Na Administração Pública é lícito fazer tudo o que a lei não proíbe. IV. No exercício de sua atividade funcional, o administrador público não está sujeito às exigências do bem comum. V. O administrador público está, em toda a sua atividade funcional, sujeito aos mandamentos da lei. 36 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo É correto o que consta APENAS em a) I, pois há equivalência com o princípio da moralidade. b) II e III, pois há equivalência, respectivamente, com os princípios da autotutela e da presunção de veracidade. c) II e V, correspondendo, respectivamente, aos princípios da impessoalidade e da legalidade. d) III, que corresponde ao princípio da eficiência. e) III e IV, pois há, respectivamente, correlação com os princípios da impessoalidade e da publicidade. 194. (FCC – Oficial de Justiça Avaliador – TJ/PA – 2009) Sobre os princípios constitucionais da Administração Pública NÃO é correto afirmar que o princípio: a) da legalidade traduz a idéia de que a Administração Pública somente tem possibilidade de atuar quando exista lei que a determine ou que a autorize. b) da moralidade está ligado à idéia da probidade administrativa, do decoro e da boa-fé. c) da impessoalidade também é conhecido como princípio da finalidade. d) da publicidade apresenta dupla acepção: exigência de publicação dos atos administrativos em órgão oficial como requisito de eficácia e exigência de transparência da atuação administrativa. e) da impessoalidade tem por objetivo assegurar que os serviços públicos sejam prestados com adequação às necessidades da sociedade. 195. (FCC – Analista Judiciário – TRE/PE) No que tange aos princípios constitucionais em relação ao Direito Administrativo, é certo que o princípio da a) publicidade é absoluto, sofrendo restrições apenas quando se tratar de promoções e propaganda pessoal do agente público. b) legalidade incide somentesobre a atividade administrativa, ficando excluídas as funções atípicas da esfera legislativa e da atividade jurisdicional. c) impessoalidade nada tem a ver com os princípios da igualdade ou da finalidade, porque os atos administrativos são sempre imputáveis ao funcionário que os pratica. d) moralidade impõe expressamente à Administração Pública a obrigação de realizar suas atribuições com perfeição, rapidez e rendimento. e) eficiência é também boa administração, pois deve-se sopesar a relação de custo-benefício, buscar a otimização de recursos, em suma, tem-se por obrigação dotar da maior eficácia possível todas as ações do Estado. 196. (FCC – Analista Judiciário – Execução de Mandados – TRF – 4ª Região) Em relação aos princípios básicos da Administração Pública, é INCORRETO afirmar que o da Questões 37 a) razoabilidade significa que a Administração deve agir com bom senso e de modo proporcional. b) especialidade aplica-se mais às autarquias, de modo que estas, de regra, não podem ter outras funções diversas daquelas para as quais foram criadas. c) indisponibilidade consiste no poder da Administração de revogar ou anular seus atos irregulares, inoportunos ou ilegais. d) impessoalidade significa que a Administração deve servir a todos, sem preferências ou aversões pessoais ou partidárias. e) hierarquia refere-se ao fato de que os órgãos e agentes de nível superior podem rever, delegar ou avocar atos e atribuições. 197. (FCC – Analista Judiciário – TRF – 4ª Região) No que concerne aos princípios administrativos, é INCORRETO afirmar que a) o princípio da moralidade impõe ao administrador o dever de, além de obedecer à lei jurídica, regrar suas condutas funcionais de acordo com a lei ética e em consonância com regras tiradas da disciplina interior da Administração, posto que nem tudo o que é legal é honesto. b) a busca pelo aperfeiçoamento na prestação de ser- viços públicos, exigindo do administrador resultados positivos que atendam às necessidades da comunidade e seus membros, caracteriza o princípio da eficiência. c) o princípio da impessoalidade obriga a Administração Pública a agir de modo imparcial em relação aos administrados, bem como proíbe a promoção pessoal de autoridade ou servidores públicos sobre suas realizações. d) os princípios administrativos previstos constitucional- mente representam uma relação meramente exemplificativa de dogmas que deverão ser obrigatoriamente observados pelo administrador público. e) o Poder Público pode criar obrigações ou impor vedações aos administrados, independentemente da existência de lei prévia. 198. (FCC – Analista Judiciário – TRT – 23ª Região) A adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público; e a observância das formalidades essenciais à garantia dos direitos dos administrados, entre outras, dizem respeito ao princípio da a) razoabilidade, sob a feição de proporcionalidade. b) motivação, decorrente da formalidade. c) finalidade, que se apresenta como impessoalidade. d) ampla defesa, somada à segurança jurídica. e) segurança jurídica atrelada à legalidade. 199. (FCC – Analista Judiciário – TRE/PI – 2009) Sobre os princípios básicos da Administração Pública, considere: 38 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo I. É composto pelo conjunto de regras finais e disciplinares suscitadas não só pela distinção entre o Bem e o Mal, mas também pela ideia geral de administração e pela ideia de função administrativa. II. Interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim público a que se dirige. III. Objetiva aferir a compatibilidade entre os meios e os fins, de modo a evitar restrições desnecessárias ou abusivas por parte da Administração Pública, com lesão aos direitos fundamentais. Estes conceitos dizem respeito, respectivamente, aos princípios da a) razoabilidade, finalidade e moralidade. b) moralidade, finalidade e razoabilidade. c) finalidade, razoabilidade e moralidade. d) moralidade, razoabilidade e finalidade. e) finalidade, moralidade e razoabilidade. 200. (FCC – Técnico Judiciário – TRT – 23ª Região) As súmulas 346 e 473 do STF estabelecem, respectivamente, que a administração pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos e que a administração pode anular os seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornem ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. O princípio básico da Administração Pública que está consagrado nas respectivas súmulas é o princípio da a) supremacia do interesse público. b) especialidade. c) presunção de veracidade. d) moralidade administrativa. e) autotutela. 201. (FCC – Analista Judiciário – TRT – 15o Região – 2009) O princípio da autotutela significa que a Administração Pública a) exerce o controle sobre seus próprios atos, com a possibilidade de anular os ilegais e revogar os inconvenientes ou inoportunos, independentemente de recurso ao Poder Judiciário. b) sujeita-se ao controle do Poder Judiciário, que pode anular ou revogar os atos administrativos que forem inconvenientes ou inoportunos. c) Direta fiscaliza as atividades das entidades da Administração Indireta a ela vinculadas. d) Indireta fica sujeita a controle dos órgãos de fiscalização do Ministério do Planejamento mesmo que tenham sido criadas por outro Ministério. e) tem liberdade de atuação em matérias que lhes são atribuídas por lei. Questões 39 202. (FCC – Técnico Judiciário – TRE/AC) Pode se afirmar que uma empresa contratada pela Administração Pública para executar uma obra não pode, de regra, interromper sua execução e alegar falta de pagamento. Têm se aí o princípio da a) razoabilidade. b) finalidade. c) autotutela. d) continuidade. e) impessoalidade. 203. (FCC – Técnico Judiciário – TRF – 5ª Região) A necessidade de as penas disciplinares serem aplicadas mediante processo administrativo decorre do princípio a) da legalidade. b) do contraditório. c) da isonomia. d) da publicidade. e) da tipicidade. 204. (FUNIVERSA – Contabilidade – IPHAN – 2009) A publicidade é um princípio que reveste a administração pública de uma maior transparência durante a execução de atos administrativos, tornando-os públicos e do conhecimento de todos. Mas existem exceções a esse princípio. Assinale a alternativa que não apresenta exceção a esse princípio. a) Assuntos que correm em segredo de justiça. b) Solicitação de sigilo da parte interessada ou do administrador público. c) Os assuntos referentes à segurança nacional. d) Investigações criminais. e) Interesse superior do Estado e da administração pública. 205. (FUNIVERSA – Administrador – CEB – 2010) Assinale a alternativa que não corresponde aos princípios da administração pública. a) legalidade b) impessoalidade c) eficiência d) publicidade e) carência 206. (FUNIVERSA – Especialista em Assistência Social – SEJUS/DF – 2010) Assinale a alternativa que não representa um dos princípios da administração pública. a) legalidade b) impessoalidade c) moralidade d) publicidade e) honestidade Capítulo 3 orGanização adminisTraTiva do esTado 1. (CESPE – Analista Judiciário – TRE/GO – 2009) Por meio do processo de descentralização vertical da administração pública, são criadas entidades com personalidade jurídica, às quais são transferidas atribuições conferidas pela Constituição (CF) aos entes políticos. 2. (CESPE – Analista Judiciário – Administração do TJDFT – 2007) Na administração pública, o princípio da supremacia do interesse público refere-se à superioridade jurídica dos interesses da União sobre os dos estados e do DF, e os destes em relação aos dos municípios. 3. (CESPE – Defensor Público/AM – 2003) Naorganização da República Federativa do Brasil, os municípios são entes federados que não têm subordinação hierárquica frente à União nem aos estados-membros. 4. (CESPE – Perito em Telecomunicação – PC/ES – 2010) O Distrito Federal é considerado uma entidade administrativa. 5. (CESPE – Agente de Polícia Civil/ES – 2008) União, estados, DF e municípios são entes com personalidade jurídica de direito público. 6. (CESPE – Agente de Polícia Civil/TO – 2007) A organização político- administrativa da República Federativa do Brasil abrange apenas a União, os estados e os municípios, todos gozando de autonomia. 7. (CESPE – Analista Judiciário – TRE/MA – 2009) A União, os estados- membros, os municípios e o Distrito Federal são entidades estatais soberanas, pois possuem autonomia política, administrativa e financeira. 8. (CESPE – Analista Judiciário – Área Judiciária – TRE/MT – 2010) A descentralização administrativa ocorre quando se distribuem competências materiais entre unidades administrativas dotadas de personalidades jurídicas distintas. 42 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo 9. (CESPE – Técnico Judiciário – TRE/PR – 2009) Ocorre a descentralização administrativa quando a administração pública distribui a competência para o exercício da atividade administrativa por diversos órgãos que integram a mesma pessoa jurídica de direito público. 10. (CESPE – Técnico Judiciário – STF – 2008) Quando determinado ministério, visando ganhar em agilidade, outorga uma de suas funções para ser executada por uma fundação pública, tem-se um exemplo de desconcentração. 11. (CESPE – Técnico Judiciário – STJ – 2004) A descentralização por serviços caracteriza-se pelo reconhecimento de personalidade jurídica ao ente descentralizado, que deve ter capacidade de autoadministração, patrimônio próprio, capacidade específica ou de especialização e submissão ao controle ou à tutela por parte de ente descentralizado nos termos da lei. 12. (CESPE – Procurador do Estado de Pernambuco – 2009) Segundo a doutrina, na descentralização por serviço, o poder público mantém a titularidade do serviço e o ente descentralizado passa a deter apenas a sua execução. 13. (CESPE – Advogado da SGA do Acre – 2008) Considere que uma lei estadual do Acre institua, com caráter de autarquia, o Instituto Academia de Polícia Civil, com o objetivo de oferecer formação e aperfeiçoamento aos servidores ligados à polícia civil do Acre. Nessa situação, a criação do instituto representaria um processo de descentralização administrativa, visto que implicaria a criação de uma entidade da administração estadual indireta. 14. (CESPE – Analista Técnico-administrativo/MS – 2010) A delegação ocorre quando a entidade da administração, encarregada de executar um ou mais serviços, distribui competências no âmbito da própria estrutura, a fim de tornar mais ágil e eficiente a prestação dos serviços. 15. (CESPE – Analista Judiciário – Execução de Mandados – STM – 2011) Quando o Estado processa a descentralização do serviço público por delegação contratual, ocorre apenas a transferência da execução do serviço. Quando, entretanto, a descentralização se faz por meio de lei, ocorre a transferência não somente da execução, mas também da titularidade do serviço, que passa a pertencer à pessoa jurídica incumbida de seu desempenho. 16. (CESPE – Agente Administrativo – MMA – 2009) Diferentemente do que ocorria com o Código Civil de 1916, no Código Civil vigente tem-se a previsão expressa dos territórios como pessoas jurídicas de direito público. 17. (CESPE – Técnico Judiciário – STF – 2008) A divisão de determinado tribunal em departamentos visando otimizar o desempenho, para, posteriormente, redistribuir as funções no âmbito dessa nova estrutura interna, é um exemplo de descentralização. Questões 43 18. (CESPE – 2012 – TJ/RR – Técnico Judiciário) Quando o Estado cria entidades dotadas de patrimônio e personalidade jurídica para propiciar melhorias em sua organização, ocorre o que se denomina desconcentração. 19. (CESPE – Analista Administrativo – PREVIC – 2011) Há desconcentração administrativa quando se destaca determinado serviço público do Estado para conferi-lo a outra pessoa jurídica, criada para essa finalidade. 20. (CESPE – Oficial Técnico de Inteligência – ABIN – 2010) Diferentemente de descentralização, desconcentração consiste na distribuição de competências internamente a uma só pessoa jurídica. 21. (CESPE – Técnico Científico – BASA – 2010) A descentralização ocorre quando o gerente transfere, por intermédio de uma portaria interna, determinada atribuição para os coordenadores de áreas subordinadas a sua gerência, com o consequente repasse de autoridade para sua realização. 22. (CESPE – Oficial Técnico de Inteligência – ABIN – 2010) Quanto maior for o número de decisões tomadas na parte inferior da hierarquia administrativa, maior será o grau de descentralização. 23. (CESPE – Analista Judiciário – Área Judiciária – TRE/MT – 2010) A criação de um ministério na estrutura do Poder Executivo federal para tratar especificamente de determinado assunto é um exemplo de administração descentralizada. 24. (CESPE – Analista Ambiental – MMA – 2008) Na desconcentração, transfere- se a execução de determinados serviços de uma esfera da administração para outra, o que pressupõe, na relação entre ambas, um poder de controle. Já na descentralização, distribuem-se as competências no âmbito da mesma pessoa jurídica, mantido o liame unificador da hierarquia. 25. (CESPE – Escrivão de Polícia – PC/ES – 2010) Diferentemente da descentralização, em que a transferência de competências se dá para outra entidade, a desconcentração é processo eminentemente interno, em que um ou mais órgãos substituem outro com o objetivo de melhorar e acelerar a prestação do serviço público. 26. (CESPE – Técnico Judiciário – STJ – 2004) Enquanto a desconcentração é a distribuição de competências de uma para outra pessoa, física ou jurídica, a descentralização é a distribuição interna de competência dentro da mesma pessoa jurídica. 27. (CESPE – Procurador do MP junto ao TCU – 2004) Descentralização é a distribuição de competências de uma pessoa para outra, física ou jurídica, e difere da desconcentração pelo fato de ser esta uma distribuição interna de competências, ou seja, uma distribuição de competências dentro da mesma pessoa jurídica. 44 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo 28. (CESPE – Agente Administrativo niversidade do Pará – 2008) A administração direta é representada pela União e pelas autarquias. 29. (CESPE – Agente Administrativo Universidade do Pará – 2008) União, estados-membros, municípios e Distrito Federal são pessoas jurídicas de direito público, com autonomia política, administrativa e financeira, e exercem a administração direta. 30. (CESPE – Engenheiro Civil – INSS – 2010) A administração pública direta é composta dos serviços integrados na estrutura administrativa da Presidência da República e dos ministérios, enquanto a indireta é constituída por autarquias, fundações públicas e privadas, empresas públicas e sociedades de economia mista, vinculadas a um ministério, com gestão administrativa e financeira autônomas. 31. (CESPE – Analista Judiciário – Área administrativa – TRE/BA – 2010) A administração indireta (ou descentralizada) é composta por entidades sem personalidade jurídica. 32. (CESPE – 2012 – TJ/RR – Técnico Judiciário) A administração direta compreende os órgãos e as pessoas jurídicas de direito público que prestam serviços típicos do Estado; no âmbito federal, integram a administração direta os ministérios e as autarquias. 33. (CESPE – Agente Administrativo Universidade do Pará – 2008) A administração direta é integrada por pessoas de direito privadoe representada somente pelas sociedades de economia mista. 34. (CESPE – Técnico Judiciário – STF – 2008) A descentralização pode ser feita por qualquer um dos níveis de Estado: União, DF, estados e municípios. 35. (CESPE – Agente Administrativo Universidade do Pará – 2008) A administração indireta é exercida de forma centralizada. 36. (CESPE – 2012 – TJ/RR – Técnico Judiciário) A administração indireta abrange o conjunto de pessoas administrativas que, vinculadas à administração direta, têm o objetivo de desempenhar, de forma descentralizada, as atividades administrativas. 37. (CESPE – 2012 – PC/CE – Inspetor de Polícia – Civil) O Ministério da Saúde é órgão da administração pública indireta. 38. (CESPE – Técnico de Controle Externo – TCU – 2007) A administração direta é o conjunto de órgãos que integram a União e exercem seus poderes e competências de modo centralizado, ao passo que a administração indireta é formada pelo conjunto de pessoas administrativas, como autarquias e empresas públicas, que exercem suas atividades de forma descentralizada. Questões 45 39. (CESPE – Procurador do TCDF – 2002) As subsidiárias de sociedades de economia mista que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços se vinculam aos princípios da administração pública relativos à licitação e à contratação de obras e serviços. 40. (CESPE – Procurador do Estado de Pernambuco – 2009) A autarquia configura pessoa jurídica de direito público, criada por lei, com capacidade de auto administração, sujeita ao princípio da especialização, o qual a impede de exercer atividades diversas daquelas para as quais foi constituída. 41. (FCC – Analista Judiciário – TRT – 15o Região – 2009) O princípio da especialidade é concernente à ideia da centralização administrativa. 42. (CESPE – Procurador do Estado de Pernambuco – 2009) O princípio da hierarquia é aplicável quando o Estado cria pessoas jurídicas públicas administrativas, como forma de descentralizar a prestação de serviços públicos. 43. (CESPE – Técnico Judiciário – TRE/GO – 2009) Segundo Maria Sylvia Di Pietro, “os órgãos da administração pública são estruturados de forma a criar uma relação de coordenação e subordinação entre eles, cada qual com suas atribuições previstas em lei.” Direito Administrativo. 16ª edição, São Paulo: Atlas, p. 74 (com adaptações). O trecho acima corresponde ao princípio do(a) a) hierarquia. b) autotutela. c) especialidade. d) controle ou tutela. 44. (CESPE – Analista do MPE/RR – 2008) Segundo o princípio da continuidade do serviço público, os órgãos da administração pública são estruturados de forma a criar uma relação de coordenação e subordinação entre eles, cada qual com suas atribuições previstas em lei. 45. (CESPE – Analista de Legislação Previdenciária – MPS – 2010) O contrato de gestão é um instituto diretamente relacionado à noção de eficiência na administração de recursos públicos. 46. (CESPE – Analista de Controle Interno do TJDFT – 2007) Por meio de contrato de gestão, a autonomia gerencial, orçamentária e financeira de autarquias e fundações poderá ser ampliada, de forma a se atingir os objetivos e metas de desempenho. 46 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo 47. (CESPE – Técnico Judiciário – TST – 2003) A autonomia gerencial, orçamentária financeira das entidades da administração indireta poderá ser ampliada mediante contrato que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para a entidade cabendo à lei dispor sobre o prazo de duração do contrato, os controles e critérios de avaliação de desempenho, os direitos, as obrigações e as responsabilidades dos dirigentes e a remuneração do pessoal. Os órgãos da administração direta, por sua vez, estão impedidos de fazer semelhante pactuação em razão de não terem personalidade jurídica própria. 48. (ESAF – Analista Tributário – RFB – 2009) O contrato de gestão, quando celebrado com organizações sociais, restringe a sua autonomia. 49. (CESPE – Analista Técnico-administrativo/MS – 2010) Entidades paraestatais são pessoas jurídicas de direito privado que colaboram com o Estado no desempenho de atividades não lucrativas; elas não integram a estrutura da administração pública. 50. (CESPE – Técnico de Controle Externo do TCU – 2007) As entidades paraestatais, pessoas jurídicas de direito privado, não-integrantes da administração direta ou indireta, colaboram para o desempenho do Estado nas atividades de interesse público, de natureza não-lucrativa. 51. (CESPE – Advogado – SEBRAE – 2008) As organizações sociais são entes da administração pública indireta. 52. (CESPE – Analista Judiciário – TJDFT – 2007) Embora seja possível identificar dissenso na doutrina acerca das características das entidades do terceiro setor, são comumente apontadas como diferenciais das entidades que o compõem a natureza privada, a ausência de finalidade lucrativa, a auto- administração, a institucionalização e o fato de serem voluntárias. 53. (CESPE – Analista – ANATEL – 2006) Segundo o plano diretor da reforma do aparelho do Estado, o terceiro setor é entendido como aquele de atuação simultânea do Estado e da sociedade civil na execução de atividades de interesse público ou social não-exclusivas do Estado. São entidades do terceiro setor, por exemplo, as autarquias qualificadas como agências executivas, por meio de contrato de gestão, após o qual estão autorizadas a executar atividades mais eficientes de interesse público. 54. (CESPE – Analista – ANATEL – 2006) As organizações sociais podem receber legalmente recursos orçamentários e bens públicos necessários ao cumprimento do contrato de gestão. 55. (CESPE – Técnico Judiciário – TRE/PR – 2009) Tanto as paraestatais quanto os serviços sociais autônomos são entidades que integram a administração pública direta. Questões 47 56. (CESPE – Analista Administrativo – ANATEL – 2009) Os serviços sociais autônomos têm personalidade jurídica de direito público e integram a chamada administração indireta, o que lhes permite arrecadar e utilizar contribuições parafiscais. Exercem atividade que incumbe ao Estado, como serviço público, mas atuam em forma de cooperação com o poder público. 57. (CESPE – Delegado de Polícia Civil/TO – 2007) Embora não integrem a administração indireta, os chamados serviços sociais autônomos prestam relevantes serviços à sociedade brasileira. Entre eles podem ser citados o SESI, o SENAC, o SEBRAE e a OAB. 58. (CESPE – Analista Judiciário – TRE/MA – 2009) O sistema S – SENAI, SESI, SESC, SENAC e SEBRAE – é considerado uma organização da sociedade civil de interesse público, concretizado por meio de um contrato de gestão em que são discriminadas as atribuições, obrigações e responsabilidades do poder público e da organização, bem como os incentivos a serem recebidos do Estado para sua execução. 59. (CESPE – Juiz Federal – 5ª Região – 2006) As organizações sociais são entidades privadas, qualificadas como tais por meio de decreto do presidente da República, que passam a integrar a chamada administração indireta, visto que podem receber recursos públicos e servidores públicos cedidos da administração direta. 60. (CESPE – Auditor de Controle Externo – TCU – 2007) Uma auditoria do TCU constatou que, em julho de 2006, determinada entidade instituída como serviço social autônomo efetuou a doação pura e simples de um imóvel a uma federação vinculada à mesma categoria econômica. Para ocultar o fato, foi lavrada em cartório uma escritura de compra e venda de imóvel, sem que tenha sido pago o preço de venda constante da escritura. O serviço social autônomo referido infringiu normas de direito público. Segundo jurisprudência do TCU, as entidades dessa natureza, apesar de serem pessoas jurídicas de direitoprivado, gerem recursos públicos, devendo, por isso, prestar contas a esse tribunal e sujeitar-se a princípios que regem a administração pública, tais como legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. 61. (CESPE – Procurador do MP junto ao TCU – 2004) Os serviços sociais autônomos, embora não integrem a administração indireta, estão sujeitos aos princípios da licitação. 62. (CESPE – Auditor Federal de Controle Externo – TCU – 2009) As entidades do Sistema S (SESI, SESC, SENAI etc.), conforme entendimento do TCU, não se submetem aos estritos termos da Lei n.º 8.666/1993, mas sim a regulamentos próprios. 48 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo 63. (CESPE – Advogado da União – AGU – 2009) As entidades de apoio são pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos, que podem ser instituídas sob a forma de fundação, associação ou cooperativa, tendo por objeto a prestação, em caráter privado, de serviços sociais não exclusivos do Estado. Tais entidades mantêm vínculo jurídico com a administração pública direta ou indireta, em regra, por meio de convênio. Por sua vez, os serviços sociais autônomos são entes paraestatais, de cooperação com o poder público, prestando serviço público delegado pelo Estado. 64. (CESPE – Escrivão de Polícia Federal – 2002) As organizações sociais são uma inovação constitucional, pois representam uma nova figura jurídica. Fazem parte da administração pública, embora continuem sendo pessoas jurídicas de direito privado. A grande novidade repousa mesmo na sua constituição mediante decreto executivo. 65. (CESPE – Escrivão de Polícia Federal – 2002) As organizações sociais são um modelo de parceria entre o Estado e a sociedade, regulado por meio de contratos de gestão. O Estado continuará a fomentar as atividades regidas pelas organizações sociais publicizadas e exercerá sobre elas um controle estratégico: lhes cobrará os resultados necessários à consecução dos objetivos das políticas públicas. 66. (CESPE – Juiz Federal – TRF – 2ª Região – 2009) As organizações sociais poderão receber recursos públicos mediante transferências voluntárias, mas não poderão receber recursos diretamente do orçamento. 67. (CESPE – Técnico Federal de Controle Externo – TCU – 2009) De acordo com o TCU, entidade paraestatal é aquela que se qualifica administrativamente para prestar serviços de utilidade pública, de forma complementar ao Estado, mediante o repasse de verba pública, motivo pelo qual é sempre obrigatória, nessa espécie de entidade, a realização de licitação e concurso público para contratação. 68. (CESPE – Analista de Atividades do Meio Ambiente – IBRAM – 2009) Se determinada associação, com natureza de pessoa jurídica privada, sem fim lucrativo, que tinha por objeto a proteção e a preservação do meio ambiente, firme contrato de gestão com o poder público, por meio do qual passe a ser qualificada como organização social, então, com essa qualificação, ela poderá celebrar contratos de prestação de serviços com o poder público, para desempenhar as atividades contempladas no contrato de gestão, sem que haja necessidade de prévia licitação. 69. (CESPE – Procurador de Estado – PGE/PA – 2009) A pessoa jurídica, uma vez qualificada como organização social, poderá receber, do Poder Público, recursos orçamentários e bens, móveis ou imóveis, necessários ao cumprimento do contrato de gestão, mediante concessão de uso, após o devido processo de licitação pública. Questões 49 70. (CESPE – Auditor Federal de Controle Externo – Especialidade Tecnologia da Informação – TCU – 2009) As organizações sociais que receberem recursos orçamentários estarão dispensadas de realizar licitação para empregá-los, quando celebrarem contrato de prestação de serviço com a administração pública e adquirirem bens e contratarem serviços comuns. 71. (CESPE – Juiz Federal Substituto – TRF – 5ª Região – 2009) A administração pública gerencial deve dar ênfase na avaliação que tem como parâmetro os resultados obtidos, especialmente quando se trata da prestação de serviços sociais e científicos. Por essa razão, tanto a lei que trata das organizações sociais quanto a que trata das OSCIPs preveem que o instrumento firmado entre o poder público e as entidades qualificadas – contrato de gestão e termo de parceria, respectivamente – deve estipular as metas e os resultados a serem atingidos e os critérios objetivos de avaliação e desempenho. 72. (CESPE – Escrivão de Polícia Federal – 2002) Os responsáveis pela fiscalização da execução do contrato de gestão da administração federal com uma organização social, ao tomarem conhecimento da prática de qualquer irregularidade ou ilegalidade na administração de recursos ou bens de origem pública por essa organização social, deverão dar ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de responsabilidade solidária. 73. (CESPE – Juiz Federal – TRF – 1ª Região – 2009) A desqualificação de entidade como organização social dependerá de regular processo judicial movido pelo MP, com base no descumprimento das disposições contidas no contrato de gestão. 74. (CESPE – Procurador do Estado de Pernambuco – 2009) Organização social é a qualificação jurídica conferida a pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, para desempenhar serviço público de natureza social. Referida qualificação somente pode ser outorgada e cancelada mediante lei. 75. (CESPE – Escrivão de Polícia Federal – 2002) As organizações sociais se encaixariam naquilo que o Plano Diretor da Reforma do Aparelho de Estado denomina de serviços exclusivos, que são aqueles que, por envolver o poder de Estado, o próprio Estado realiza ou subsidia. O Estado tem interesse nesses serviços porque os considera de alta relevância para os direitos humanos ou porque envolvem economias externas. 76. (CESPE – Procurador Consultivo – TCE/PE – 2004) As OSCIPs devem ser pessoas jurídicas de direito público sem fins lucrativos. 77. (CESPE – Oficial de Chancelaria – 2006) As organizações da sociedade civil de interesse público (OSCIP) são consideradas órgãos da administração pública indireta. 78. (CESPE – Exame de Ordem – OAB – 2007.1) As organizações da sociedade civil de interesse público celebram contrato de gestão, ao passo que as organizações sociais celebram termo de parceria. 50 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo 79. (CESPE – Oficial de Chancelaria – 2006) O termo de parceria é o instrumento de mediação da relação entre as agências reguladoras e os respectivos ministérios supervisores. 80. (CESPE – Auditor Interno – AUGE/MG – 2009) De acordo com a Lei nº 9.790/1999 – Lei das Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs), é correto afirmar que a) as pessoas jurídicas de direito público podem qualificar-se como OSCIPs. b) as sociedades comerciais podem qualificar-se como OSCIPs. c) o deferimento ou indeferimento ao pedido de qualificação de uma organização como OSCIP é atribuição de competência do Ministério da Fazenda. | d) pessoa jurídica de direito privado que disponha dentre seus objetivos sociais a finalidade de promover a segurança alimentar e nutricional poderá, nos termos da Lei, qualificar se como OSCIP. e) uma organização social pode também ser qualificada como OSCIP. 81. (CESPE – Procurador – FHS/SE – 2009) O sindicato dos médicos de determinado estado da Federação promove atendimento gratuito à população carente de determinadas regiões desse estado. Nessa situação, apesar do atendimento prestado à população carente, o sindicato não poderá qualificar-se como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, segundo a lei pertinente. 82. (CESPE – Juiz Federal – TRF – 2ª Região – 2009) Não podem ser qualificadas como OSCIPs as organizações sociais. 83. (FCC – Técnico – MPE/SE –2009) As organizações da sociedade civil de interesse público (OSCIPs) são entidades a) criadas pelo Poder Público em parceria com entes particulares, visando à celebração de Contratos de Gestão nas respectivas áreas de atuação, podendo integrar ou não as respectivas administrações indiretas. b) qualificadas como tal por ato do Ministério da Justiça e que podem celebrar termos de parceria com órgãos de qualquer ente da federação, para o exercício de atividades definidas na lei como de interesse público. c) integrantes da administração indireta da União, dos Estados ou dos Municípios e que podem exercer, por ato de delegação, atividades de interesse público definidos na lei de sua instituição. d) registradas no Registro Civil das Pessoas Jurídicas e cadastradas perante o Ministério da Justiça ou órgão equivalente nos Estados e Municípios, para exercício das atividades de relevante interesse público previstas nos seus estatutos. e) autorizadas pelo Poder Executivo da União, dos Estados ou dos Municípios mas não integrante da respectiva administração indireta, para exercício de atividades públicas sem sujeição ao regime jurídico da Administração. Questões 51 84. (CESPE – Juiz Federal Substituto – TRF – 5ª Região – 2009) As leis que dispõem sobre a qualificação de entidades como organizações sociais e como OSCIPs são instrumentos importantes da reforma do Estado brasileiro realizada na segunda metade da década passada. Essas leis, contudo, não preveem formas de controle dessas entidades, que, apesar de caracterizarem-se como privadas, são fomentadas pelo poder público. 85. (CESPE – Juiz Federal – TRF – 1ª Região – 2009) A perda da qualificação de OSCIP ocorre a pedido ou mediante decisão proferida em processo administrativo ou judicial, de iniciativa popular ou do MP, no qual serão assegurados a ampla defesa e o contraditório. 86. (CESPE – Procurador do Estado de Pernambuco – 2009) A organização civil de interesse público pode perder a qualificação a pedido ou mediante decisão em processo administrativo, assegurado o contraditório e a ampla defesa. 87. (CESPE – Juiz Federal – TRF – 1ª Região – 2009) Entende-se por contrato de gestão o instrumento firmado entre o poder público e a entidade qualificada como OSCIP, com vistas à formação de parceria entre as partes para fomento e execução de atividades relativas ao ensino, à pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à cultura e à saúde. 88. (CESPE – Procurador do Estado de Pernambuco – 2009) O órgão de deliberação superior da organização social não pode ter representante do poder público. 89. (CESPE – Juiz Federal – TRF – 1ª Região – 2009) É vedada a participação de servidores públicos na composição do conselho de OSCIP. 90. (CESPE – Auditor Federal de Controle Externo – Especialidade Tecnologia da Informação – TCU – 2009) O Estado, quando celebra termo de parceria com organizações da sociedade civil de interesse público (OSCIPs), abre mão de serviço público, transferindo-o à iniciativa privada. 91. (CESPE – Analista Ambiental do MMA – 2008) As OSCIP – que podem atuar na preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento sustentável – são criadas para assumir a responsabilidade pela execução de serviços públicos, com vistas à extinção de órgãos ou entidades da administração. O vínculo das OSCIP com a administração pública se estabelece por meio de termo de parceria e elas não estão impedidas de obter lucros. 92. (CESPE – Procurador do Estado de Pernambuco – 2009) Tanto a organização social quanto a organização da sociedade civil de interesse público recebem ou podem receber delegação para a gestão de serviço público. 52 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo 93. (CESPE – 2012 – TJ/RR – Analista – Processual) As denominadas entidades de apoio não têm fins lucrativos e são instituídas por iniciativa do poder público para a prestação, em caráter privado, de serviços sociais não exclusivos do Estado. 94. (CESPE – 2012 – TJ/RR – Administrador) As entidades paraestatais, cuja criação é autorizada por lei específica, são pessoas jurídicas de direito público que realizam obras, serviços ou atividades de interesse coletivo. 95. (CESPE – 2012 – AGU – Advogado) Para que sociedades comerciais e cooperativas obtenham a qualificação de organizações da sociedade civil de interesse público, é preciso que elas não possuam fins lucrativos e que tenham em seus objetivos sociais a finalidade de promoção da assistência social. Capítulo 4 adminisTração direTa e indireTa 1. (CESPE – Técnico Judiciário – Área Administrativa – TRE/MT – 2010) A administração pública direta, na esfera federal, compreende os órgãos e as entidades, ambos dotados de personalidade jurídica, que se inserem na estrutura administrativa da Presidência da República e dos ministérios. 2. (CESPE – Analista Judiciário – Taquigrafia – TRE/BA – 2010) Do ponto de vista orgânico, o TRE integra a administração pública indireta. 3. (CESPE – Advogado – HEMOBRAS – 2008) Entende-se por administração direta o conjunto de órgãos que integram as pessoas políticas do Estado. Compõem a administração direta a União, os estados e os municípios. 4. (CESPE – Agente de Polícia Civil/ES – 2008) Um ministério criado no âmbito da União e uma secretaria criada no âmbito de um estado ou do DF são órgãos sem personalidade jurídica, componentes da administração direta do respectivo ente político. 5. (CESPE – Analista Judiciário – Área Judiciária – TRE/MT – 2010) As secretarias de estado e as autarquias estaduais fazem parte da administração direta. 6. (CESPE – Técnico Judiciário – Área Administrativa – TRE/MT – 2010) As autarquias e as fundações públicas, como entes de direito público que dispõem de personalidade jurídica própria, integram a administração direta. 7. (CESPE – Técnico Administrativo – MPE/RR – 2008) As autarquias e fundações públicas fazem parte da administração indireta. 8. (CESPE – Analista de Legislação Previdenciária – MPS – 2010) Uma autarquia estadual integra a administração direta do Estado. 9. (CESPE – Técnico Judiciário – Área Administrativa – TRE/MT – 2010) A prerrogativa de criar empresas públicas e sociedades de economia mista pertence apenas à União, não dispondo os estados, o Distrito Federal e os municípios de competência para tal. 54 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo 10. (CESPE – Técnico de Controle Externo do TCU – 2007) A administração direta é o conjunto de órgãos que integram a União e exercem seus poderes e competências de modo centralizado, ao passo que a administração indireta é formada pelo conjunto de pessoas administrativas, como autarquias e empresas públicas, que exercem suas atividades de forma descentralizada. 11. (CESPE – Engenheiro Civil – INSS – 2010) A autarquia age por delegação. 12. (CESPE – Analista Judiciário do TRT – 5ª Região – 2008) O TRT da 5.ª região, com sede em Salvador, é entidade integrante da justiça do trabalho. 13. (CESPE – Técnico Judiciário – TRE/PR – 2009) A Secretaria de Estado da Educação do Paraná e o Ministério da Saúde são órgãos públicos sem personalidade jurídica própria. 14. (CESPE – Analista Administrativo – MPE/RR – 2008) Órgão público pode ser definido como pessoa jurídica de natureza pública, dotada de personalidade jurídica própria e com atribuições para atuar em prol do interesse público. 15. (CESPE – Analista Judiciário – TJDFT – 2007) Os órgãos são centros de competência com personalidade jurídica própria, cuja atuação é imputada aos agentes públicos que os representam. 16. (CESPE – Papiloscopista – PC/PB – 2009) Os órgãos públicos não têm personalidade jurídica, mas detêm, via de regra, capacidade processual para buscar seus direitos, em nome próprio, nas açõesjudiciais. 17. (CESPE – Analista Judiciário – TJDFT – 2007) Os órgãos podem firmar contrato de gestão com outras pessoas jurídicas, mas não o podem fazer com outros órgãos. 18. (CESPE – Exame de Ordem – OAB – 2010) Hélio pretende ingressar com ação ordinária de repetição de indébito, visando à devolução do imposto de renda que fora pago, conforme alega, indevidamente. Nessa situação, a ação deverá ser proposta em face da Receita Federal do Brasil. 19. (CESPE – 2012 – TJ/RR – Técnico Judiciário) Tanto a criação quanto a extinção de órgãos públicos depende da edição de lei específica; contudo, a estruturação e o estabelecimento das atribuições desses órgãos, desde que não impliquem aumento de despesa, podem ser processados por decreto do chefe do Poder Executivo. 20. (CESPE – Analista – ANATEL – 2006) Alguns órgãos possuem capacidade processual, que independe da personalidade jurídica, já que possuem interesses e prerrogativas próprias a serem defendidas, como, por exemplo, as agências executivas, que operam contratos de gestão. Questões 55 21. (CESPE – Delegado – PC/PB – 2008) Os órgãos subalternos, conforme entendimento do STF, têm capacidade para a propositura de mandado de segurança para a defesa de suas atribuições. 22. (CESPE – Auditor Federal de Controle Externo – TCU – 2009) Em regra, os órgãos, por não terem personalidade jurídica, não têm capacidade processual, salvo nas hipóteses em que os órgãos são titulares de direitos subjetivos, o que lhes confere capacidade processual para a defesa de suas prerrogativas e competências. 23. (CESPE – Agente Administrativo – MMA – 2009) As assembléias legislativas estaduais não possuem personalidade judiciária. 24. (CESPE – Procurador do Banco Central – CESPE – 2009) Por não possuírem personalidade jurídica, os órgãos não podem figurar no polo ativo da ação do mandado de segurança. 25. (CESPE – Técnico Judiciário – TRE/MA – 2009) Os órgãos possuem personalidade jurídica própria, motivo pelo qual é amplamente aceita pelos tribunais a sua capacidade processual para estar em juízo. 26. (CESPE – Promotor de Justiça Substituto – MPE/RR – 2010) Como compartimentos internos da pessoa pública, os órgãos públicos, diferentemente das entidades, são criados e extintos somente pela vontade da administração, sem a necessidade de lei em sentido formal. 27. (CESPE – Analista Judiciário Execução de Mandados – TRT – 17ª Região – 2009) Como regra, a criação e a extinção de órgãos públicos não pode acontecer por decreto do chefe do Poder Executivo, mas apenas por lei. 28. (CESPE – Papiloscopista – PC/PB – 2009) Os órgãos públicos podem ser criados e extintos, livremente, por decreto do chefe do Poder Executivo. 29. (CESPE – Procurador do Banco Central – CESPE – 2009) Os órgãos públicos da administração direta, autárquica e fundacional são criados por lei, não podendo ser extintos por meio de decreto do chefe do Poder Executivo. 30. (CESPE – Papiloscopista – PC/PB – 2009) Na classificação dos órgãos quanto à composição, são considerados compostos aqueles integrados por outros órgãos públicos menores. 31. (CESPE – Auxiliar de Perícia Médico-Legal – PC/ES – 2010) Consideram- se, em relação à estrutura, os ministérios e as secretarias de estado como órgãos compostos. 32. (CESPE – Analista Direito – ANATEL – 2009) Quanto à composição, os órgãos públicos se classificam em singulares e coletivos. Os singulares são aqueles integrados por um só agente, como os chefes do Poder Executivo, e os coletivos, aqueles compostos por vários agentes. 56 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo 33. (CESPE – Analista Judiciário – TRE/MA – 2009) Quanto à posição estatal, um órgão público autônomo é um centro de competência despersonificado, criado por lei, representativo dos poderes do Estado e que não possui qualquer subordinação hierárquica. 34. (CESPE – Agente de Polícia Civil/RN – 2009) Os órgãos públicos autônomos são originários da Constituição e representativos dos três poderes do Estado, sem qualquer subordinação hierárquica ou funcional. 35. (CESPE – Auxiliar de Perícia Médico-Legal – PC/ES – 2010) Em relação à posição estatal, as casas legislativas e a chefia do Poder Executivo e dos tribunais classificam-se como órgãos superiores. 36. (CESPE – Agente de Polícia Civil/RN – 2009) Os órgãos públicos autônomos não gozam de autonomia administrativa nem financeira. 37. (CESPE – Analista Judiciário – Área Judiciária – TRT – 21ª Região – 2010) Quanto à posição estatal, as secretarias estaduais e as municipais são consideradas órgãos públicos subalternos. 38. (CESPE – Agente de Polícia Civil/RN – 2009) Os órgãos públicos subalternos são órgãos de direção, controle e comando, mas sujeitos à subordinação e ao controle hierárquico de uma chefia. 39. (CESPE – Administração – MCT – FINEP – 2009) Segundo a teoria do mandato, os atos dos agentes são atos da pessoa jurídica estatal que delegou poderes gerais ou especiais para que o indivíduo atue em seu nome ou administre seus interesses, o que assegura que o Estado responda pelos atos praticados em excesso dos poderes outorgados. 40. (CESPE – Professor Tecnólogo – Direito – IFB – 2010) Atualmente, a doutrina majoritária, para explicar a relação entre o órgão público e o agente, utiliza-se da teoria da representação, segundo a qual os agentes são representantes do Estado. 41. (CESPE – Administração – MCT – FINEP – 2009) Pela teoria da representação, a vontade das pessoas físicas, em virtude de lei, exprime a vontade da pessoa jurídica, suprindo-se a ausência, momentânea ou perene, da vontade. O representante legal desenvolve uma série de atos em nome da pessoa jurídica representada, como ocorre na tutela ou curatela. 42. (CESPE – Analista – ANATEL – 2006) Conforme a teoria administrativa moderna, a melhor explicação da relação entre Estado e seus agentes está expressa na teoria da representação, segundo a qual esses agem em nome da pessoa jurídica (Estado) que compõem. 43. (CESPE – Procurador Federal – AGU – 2007) Foi o jurista alemão Otto Gierke quem estabeleceu as linhas mestras da teoria do órgão e indicou como sua principal característica o princípio da imputação volitiva. Questões 57 44. (CESPE – Advogado da União – 2004) De acordo com a teoria do órgão da pessoa jurídica aplicada ao direito administrativo, as pessoas jurídicas estatais expressam suas vontades por meio dos seus órgãos, os quais, por sua vez, são representados por seus agentes, que atuam como mandatários da pessoa jurídica estatal. 45. (CESPE – Procurador do Banco Central – CESPE – 2009) Segundo a teoria da imputação, os atos lícitos praticados pelos seus agentes são imputados à pessoa jurídica à qual eles pertencem, mas os atos ilícitos são imputados aos agentes públicos. 46. (CESPE – Administração – MCT – FINEP – 2009) De acordo com a teoria do órgão, há uma imputação direta dos atos dos agentes ao Estado, com a vontade havida como sendo própria do Estado e não, de alguém dele distinto, de forma que o que o agente queira ou faça, no exercício do seu ofício, é o que o Estado quer ou faz. 47. (CESPE – Analista Direito – ANATEL – 2009) O Estado, como ente despersonalizado, tanto no âmbito internacional, como internamente, manifesta sua vontade por meio de seus agentes, ou seja, as pessoas jurídicas que pertencem a seus quadros. 48. (CESPE – Advogado da União – 2006) A teoria do órgão, atualmente adotada no sistema jurídico, veio substituir as teorias do mandato e da representação. 49. (CESPE – Advogado da União – 2006) Quando Hely Lopes Meirelles conceitua os órgãos públicos como centros de competência, instituídos para o desempenho de funções estatais, por meio de seus agentes, cuja autuação é imputada à pessoa jurídica a que pertencem, fica claro que o autor adotaa teoria do órgão. 50. (CESPE – Escrivão de Polícia – PC/ES – 2010) Tanto as pessoas públicas quanto as pessoas de direito privado instituídas pelo Estado têm personalidade jurídica própria, capacidade de auto administração e patrimônio próprio. 51. (CESPE – Professor Tecnólogo – Direito – IFB – 2010) As pessoas integrantes da administração indireta podem ser autorizadas e instituídas somente por lei, cujo teor deverá abordar a atividade descentralizada a ser exercida, e serão submetidas ao controle da administração direta da pessoa política a que são vinculadas. 52. (CESPE – Juiz Substituto – TJ/BA – 2004) Tutela ou controle é o vínculo que existe entre uma fundação pública e a pessoa jurídica que a instituiu; essa espécie de relação não existe entre o Poder Executivo do estado- membro e as secretarias de estado ou entre a União e os ministérios. 58 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo 53. (CESPE – Técnico de Controle Externo do TCU – 2007) Na organização administrativa da União, o ente político é a pessoa jurídica de direito público interno, ao passo que os entes administrativos recebem atribuição da própria Constituição para legislar, tendo plena autonomia para exercer essa função. 54. (CESPE – Procurador do MP/TCU – 2004) A própria Constituição Federal sujeita certos setores à regulação estatal, admitindo, outrossim, a exploração direta de atividade econômica pelo próprio Estado. 55. (CETRO – Analista Técnico-administrativo – MinC – 2010) A exploração de atividade econômica é restrita, no ordenamento jurídico brasileiro, às hipóteses de segurança nacional, sujeitando-se as empresas estatais que se enquadram nesse modelo ao regime próprio das empresas privadas, exceto no que se refere às relações trabalhistas e tributárias. 56. (CESPE – Técnico Judiciário – Área Administrativa – TRE/MT – 2010) A criação de uma autarquia para executar determinado serviço público representa uma descentralização das atividades estatais. Essa criação somente se promove por meio da edição de lei específica para esse fim. 57. (CESPE – Auditor do Estado/ES – 2009) O estado-membro pode, a exemplo do que ocorre no âmbito federal, criar autarquia destinada ao desempenho de atividade administrativa de forma descentralizada. Para tanto, é indispensável a observância do princípio da reserva legal. 58. (CESPE – Analista Judiciário – Área Judiciária – TRE/MT – 2010) A criação das autarquias é feita por lei, ao passo que as empresas públicas e sociedades de economia mista são criadas por meio do registro dos atos de constituição no respectivo cartório. 59. (CESPE – Técnico Administrativo – ANVISA – 2007) Violaria a Constituição Federal um decreto do presidente da República que extinguisse a ANVISA e transferisse as competências dessa agência para um órgão do MS. 60. (CESPE – Técnico Superior – Advogado – DETRAN/ES – 2010) As entidades que compõem a administração indireta, como a empresa pública, a sociedade de economia mista, a autarquia e a fundação, somente podem ser criadas por lei específica. 61. (CESPE – Analista – Técnico-administrativo – MS – 2010) As autarquias são criadas por lei complementar e só por lei complementar podem ser extintas. 62. (CESPE – 2012 – PC/CE – Inspetor de Polícia – Civil) O surgimento de uma autarquia se consolida com o registro de seus estatutos em cartório. Questões 59 63. (CESPE – Exame de Ordem – OAB – 2009) Uma lei que reestruture a carreira de determinada categoria de servidores públicos pode também dispor acerca da criação de uma autarquia. 64. (CESPE – Advogado – IPAJM – 2010) Segundo o princípio da legalidade, somente por lei específica podem ser criadas autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações, cabendo à lei complementar definir suas áreas de atuação. 65. (CESPE – Advogado – SEBRAE – 2008) A personalidade jurídica da sociedade de economia mista nasce concomitantemente à edição da lei que autoriza a sua criação. 66. (CESPE – Agente Administrativo Universidade do Pará – 2008) As autarquias atuam em nome próprio e são criadas por leis específicas de iniciativa do chefe do Poder Executivo. 67. (CESPE – Delegado de Polícia Federal – 2004) É possível a existência, no plano federal, de entidades da administração indireta vinculadas aos Poderes Legislativo e Judiciário. 68. (CESPE – Analista Judiciário – Área Judiciária – TRT – 21ª Região – 2010) As pessoas jurídicas de direito privado integrantes da administração indireta não podem participar da composição do capital de empresas públicas, já que o capital dessas empresas é inteiramente público. 69. (CESPE – Procurador do MP junto ao TCU – 2004) Toda sociedade em que o Estado tenha participação acionária integra a administração indireta. 70. (CESPE – Analista de Seguro Social – INSS – 2010) As empresas públicas são dotadas de personalidade de direito privado, com capital exclusivamente privado, para realizar atividade de interesse da administração instituidora, nos moldes da iniciativa particular, podendo assumir qualquer forma e organização empresarial. 71. (CESPE – Oficial de Justiça – TJ/CE – 2008) A criação de subsidiárias de sociedades de economia mista depende de autorização legislativa, assim como a participação de empresa pública em empresa privada. 72. (CESPE – Técnico Superior – Advogado – DETRAN/ES – 2010) A criação de subsidiárias de empresa pública e de sociedade de economia mista, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada, depende de autorização legislativa. 73. (CESPE – Juiz Federal – TRF – 2ª Região – 2009) Considerando que a União pretenda criar uma empresa pública subsidiária da INFRAERO para exercer serviços de infraestrutura aeroportuária, assinale a opção correta acerca dessa situação e da organização da administração pública. A citada subsidiária deverá ser criada por meio de lei. 60 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo 74. (CESPE – Advogado da União – 2006) De acordo com a jurisprudência do STF, a autorização legislativa específica para a criação de empresas subsidiárias é dispensável nos casos em que a lei autorizativa de criação da empresa de economia mista matriz também previu a eventual formação das subsidiárias. 75. (CESPE – Agente Penitenciário – SEJUS/ES – 2009) A autarquia, embora possua personalidade jurídica própria, sujeita-se ao controle ou à tutela do ente que a criou. 76. (CESPE – Analista de Controle Externo – TCU – 2004) O controle das empresas estatais cabe ao ministério a que estiverem vinculadas e se materializa sob a forma de supervisão, estando previstos, ainda, na Constituição Federal de 1988, outros instrumentos de controle que são aplicados de acordo com as condições nela estabelecidas. 77. (CESPE – Analista Administrativo – DPU – 2010) As autarquias estão sujeitas a controle administrativo exercido pela administração direta, nos limites da lei. 78. (CESPE – Analista de Controle Externo – do – TCE/AC – 2009) O controle exercido por órgãos da administração direta sobre a administração indireta apresenta uma série de peculiaridades, as quais incluem a a) subordinação hierárquica da entidade ao ministério ou secretaria a que as atividades se relacionem. b) obrigatoriedade da existência de contrato de gestão, para verificação do cumprimento das metas estabelecidas. c) independência da entidade para escolha dos próprios dirigentes. d) possibilidade de intervenção sob determinadas circunstâncias, para resguardar o interesse público. e) faculdade incondicional de recurso à administração direta, quanto às decisões dos dirigentes da entidade. 79. (CESPE – Técnico Administrativo – ANVISA – 2007) A ANVISA é subordinada ao Ministério da Saúde (MS). 80. (CESPE – Administração – MCT – FINEP – 2009) Na chamada desconcentração administrativa,não ocorre a criação de outras pessoas jurídicas diversas do Estado, mas há atribuição de determinadas competências a serem exercidas no âmbito da mesma pessoa jurídica. 81. (CESPE – Analista Judiciário – Execução de Mandados – TRT – 17ª Região – 2009) Como pessoas jurídicas de direito público, as autarquias têm personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios e são criadas com a finalidade de desempenhar atividades próprias e típicas da administração pública. Questões 61 82. (CESPE – Analista Judiciário – TRE/MA – 2009) As autarquias são pessoas jurídicas de direito público, criadas por lei, integrantes da administração direta, para desempenhar funções que sejam atípicas do Estado. 83. (CESPE – Defensor Público – DPE/AL – 2009) A autarquia é pessoa jurídica de direito público destituída de capacidade política. 84. (CESPE – Analista Direito – EMBASA – 2010) As autarquias são pessoas jurídicas de direito público de capacidade exclusivamente administrativa. 85. (CESPE – Analista Administrativo – DPU – 2010) A autarquia é pessoa jurídica de direito público dotada de capacidade política. 86. (CESPE – Administração – MCT – FINEP – 2009) Autarquia é pessoa jurídica de direito público, criada por lei, com as mesmas sujeições e prerrogativas da administração direta, possuindo capacidade política. 87. (CESPE – Técnico Judiciário – TRE/GO – 2009) Pessoa jurídica de direito público, dotada de patrimônio próprio, criada por lei para o desempenho de serviço público descentralizado. A definição acima refere-se a a) órgão público. b) autarquia. c) sociedade de economia mista. d) empresa pública. 88. (CESPE – Agente Administrativo – MMA – 2009) Autarquias podem ser criadas para exercerem atividades de ensino, em que se incluem as universidades. 89. (CESPE – Procurador do – TCDF – 2002) Os conselhos profissionais pertencem à administração pública federal. 90. (CESPE – Auditor de Controle Externo – TCU – 2007) Os empregados dos conselhos de fiscalização profissional não são servidores públicos em sentido estrito; todavia, ante a natureza autárquica desses conselhos, a jurisprudência pacífica do TCU, fundamentada em decisões do STF, é no sentido de que a admissão de empregados por essas entidades deve ser precedida de prévio concurso público de provas ou provas e títulos, nos termos da norma constitucional. Tal jurisprudência, todavia, não se aplica à Ordem dos Advogados do Brasil. 91. (CESPE – Procurador – TCDF – 2002) Os servidores dos conselhos profissionais são servidores estatutários. 92. (CESPE – Delegado – PC/PB – 2008) Os conselhos de profissões regulamentadas, como o CREA e o CRM, são pessoas jurídicas de direito privado. 62 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo 93. (CESPE – Professor Tecnólogo – Direito – IFB – 2010) A Ordem dos Advogados do Brasil, na qualidade de autarquia profissional, não integra a administração indireta e não se submete ao controle do Tribunal de Contas da União. 94. (CESPE – Analista Judiciário – TRE/GO – 2009) De forma geral, as autarquias corporativas, como a OAB e os demais conselhos de profissões regulamentadas, devem prestar contas ao Tribunal de Contas da União (TCU), fazer licitações e realizar concursos públicos para suas contratações. 95. (CESPE – Delegado – PC/PB – 2008) OAB, conforme entendimento do STF, é uma autarquia pública em regime-especial e se submete ao controle do TCU. 96. (CESPE – Analista Judiciário – TRT – 6ª Região – 2002) As agências reguladoras constituem espécie distinta de ente da administração pública indireta: não são autarquias nem empresas públicas; possuem personalidade jurídica de direito privado, amplos poderes normativos e seus dirigentes não são demissíveis ad nutum. 97. (CESPE – Analista Administrativo – ANATEL – 2009) O mandato dos conselheiros e dos diretores das agências reguladoras terá o prazo fixado na lei de criação de cada agência. 98. (CESPE – 2012 – AGU – Advogado) As relações de trabalho nas agências reguladoras são regidas pela CLT e pela legislação trabalhista correlata, em regime de emprego público. 99. (CESPE – Promotor de Justiça Substituto – MPE/RR – 2010) As agências reguladoras, como autarquias de regime especial, dispõem de uma disciplina legal única, expressa em lei federal aplicável a todas as esferas de governo. 100. (CESPE – Técnico Judiciário – TRT – 6ª Região – 2002) As fundações de direito público têm a mesma natureza das autarquias: desfrutam dos privilégios do processo especial de execução e possuem prazos dilatados em juízo e imunidade tributária relativa aos impostos sobre o patrimônio, renda ou serviços. 101. (CESPE – Técnico Judiciário – Área Administrativa – TRE/MT – 2010) As agências reguladoras são entidades que compõem a administração indireta e, por isso, são classificadas como entidades do terceiro setor. 102. (CESPE – Especialista em Regulação de Aviação Civil – ANAC – 2009) Às agências reguladoras é atribuída a natureza jurídica de autarquias de regime especial. Questões 63 103. (CESPE – Advogado da União – AGU – 2009) As agências reguladoras são autarquias sob regime especial, as quais têm, regra geral, a função de regular e fiscalizar os assuntos relativos às suas respectivas áreas de atuação. Não se confundem os conceitos de agência reguladora e de agência executiva, caracterizando-se esta última como a autarquia ou fundação que celebra contrato de gestão com o órgão da administração direta a que se acha hierarquicamente subordinada, para melhoria da eficiência e redução de custos. 104. (CESPE – Juiz Federal – TRF – 2ª Região – 2009) As agências executivas podem ser transformadas em agências reguladoras, por meio de contrato de gestão. 105. (CESPE – Exame de Ordem – OAB – 2009) As autarquias podem ter personalidade jurídica de direito privado. 106. (CESPE – Administração – MCT – FINEP – 2009) A criação de uma autarquia ocorre exclusivamente por lei, no entanto a sua extinção pode ocorrer por decreto, seguindo-se à declaração de sua desnecessidade. 107. (CESPE – Agente Administrativo – Universidade do Pará – 2008) É dispensada a realização de concurso público para contratar servidores para autarquias. 108. (CESPE – Oficial de Justiça – TJ/CE – 2008) Ofende o princípio da separação dos poderes uma norma presente em constituição estadual que condicione a nomeação de pessoa para cargo em fundação pública do Poder Executivo à prévia aprovação da assembléia legislativa, mas permite a livre exoneração pelo governador. 109. (CESPE – Procurador Autárquico – BACEN – 2009) Não colide materialmente com a CF a determinação de que sejam previamente aprovadas, pelo Poder Legislativo, as indicações dos presidentes das entidades da administração pública indireta. 110. (CESPE – Agente Administrativo Universidade do Pará – 2008) Para a autarquia contratar serviço de terceiros, não é exigida licitação. 111. (CESPE – Procurador – BACEN – 2009) A responsabilidade das autarquias pelos prejuízos causados a terceiros não é direta, de modo que, diante da ocorrência de dano, o lesado deve buscar a reparação diretamente ao ente federativo e não à autarquia. 112. (CESPE – Técnico Federal de Controle Externo – TCU – 2009) A autarquia, por possuir autonomia administrativa, econômica e financeira, além de personalidade jurídica própria, possui capacidade processual própria para ser parte em processos judiciais. 64 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo 113. (CESPE – Especialista em Regulação – ANATEL – 2009) A representação judicial da ANATEL, sem prerrogativas processuais de fazenda pública, será exercida pela procuradoria dessa agência. 114. (CESPE – Agente de Polícia Civil/RN – 2009) Todas as causas envolvendo autarquia federal serão processadas e julgadas najustiça federal. 115. (CESPE – Assistente Social – IPAJM – 2010) Um procurador necessitará apresentar o instrumento de mandato caso venha a representar judicialmente uma fundação pública na qual ocupe cargo efetivo. 116. (CESPE – Analista Judiciária – Área Judiciária – STJ – 2008) Entre as prerrogativas processuais impostas em favor das autarquias públicas federais está a intimação pessoal de seus procuradores federais de todos os atos do processo. 117. (CESPE – Exame de Ordem – OAB – 2009) As autarquias têm prerrogativas típicas das pessoas jurídicas de direito público, entre as quais se inclui a de serem seus débitos apurados judicialmente executados pelo sistema de precatórios. 118. (ESAF – Auditor Fiscal da RFB – 2009) Em regra, a execução judicial contra o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA enquanto autarquia federal está sujeita ao regime de precatórios previsto no art. 100 da Constituição Federal, respeitadas as exceções. 119. (CESPE – Analista Ambiental – MMA – 2008) As dívidas passivas da União e suas autarquias prescrevem em cinco anos, contados a partir da data do ato ou fato do qual se originaram. 120. (CESPE – Procurador – BACEN – 2009) A prescrição das dívidas, dos direitos e das ações, consoante o Decreto nº 20.910/1932, somente pode ser interrompida uma vez, quando, então, recomeça a correr o prazo na sua integralidade. 121. (CESPE – Técnico Administrativo – ANVISA – 2007) A ANVISA é imune ao pagamento de imposto sobre propriedade predial e territorial urbana referente a imóveis utilizados para o exercício de suas competências legalmente definidas. 122. (CESPE – Técnico Administrativo – ANVISA – 2007) A ANVISA não é imune ao pagamento de taxas instituídas pelos estados e pelo Distrito Federal. 123. (CESPE – Agente Administrativo – Universidade do Pará – 2008) As autarquias não possuem patrimônio próprio. Questões 65 124. (CESPE – Advogado da União – 2004) Os bens da ANVISA não estão sujeitos a penhora. 125. (CESPE – Especialista da ANATEL – 2009) Empresas públicas são pessoas jurídicas de direito privado criadas mediante autorização legal, integrantes da administração indireta do Estado. 126. (CESPE – Auxiliar de Trânsito – DETRAN/DF – 2009) As autarquias e as empresas públicas são pessoas jurídicas de direito público e integram a administração indireta. 127. (CESPE – Auxiliar de Perícia Médico-Legal – PC/ES – 2010) As autarquias, fundações e empresas públicas são entes dotados de personalidade jurídica de direito público. 128. (CESPE – Engenheiro Civil – INSS – 2010) As empresas públicas são dotadas de personalidade de direito privado, com capital exclusivamente privado, para realizar atividade de interesse da administração instituidora, nos moldes da iniciativa particular, podendo assumir qualquer forma e organização empresarial. 129. (CESPE – Técnico Administrativo – PREVIC – 2011) Empresas públicas são pessoas jurídicas de direito privado integrantes da administração indireta criadas por lei sob a forma de sociedades anônimas com o objetivo de explorar atividade econômica ou prestar determinado serviço público. 130. (CESPE – Especialista da ANATEL – 2009) Criadas mediante autorização legal sob a forma de sociedade anônima, as sociedades de economia mista integram a administração indireta do Estado. 131. (CESPE – Advogado – IPAJM – 2010) Sociedades de economia mista devem, necessariamente, ter a forma de sociedades anônimas, sendo reguladas basicamente pela Lei das Sociedades por Ações. 132. (CESPE – Delegado de Polícia Civil/TO – 2007) As instituições públicas de crédito, a exemplo do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, fazem parte da administração indireta, por serem todas sociedades de economia mista. 133. (CESPE – Analista Judiciário – Área Judiciária – TRE/MT – 2010) As empresas públicas têm natureza jurídica de pessoas jurídicas de direito público interno. 134. (CESPE – Agente Administrativo do MMA – 2009) Empresas públicas são pessoas jurídicas de direito público. 135. (CESPE – Agente Administrativo do MMA – 2009) As empresas públicas e as sociedades de economia mista têm personalidade jurídica de direito privado, o que, nesse aspecto, as torna diferentes das autarquias, qualificadas como pessoas jurídicas de direito público 66 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo 136. (CESPE – Delegado de Polícia – PC/ES – 2010) A administração pública pode instituir empresas públicas e sociedades de economia mista mediante autorização legal, as quais estarão inteiramente sujeitas ao regime jurídico de direito privado, por força de lei. 137. (CESPE – Perito Criminal – PC/PB – 2009) O regime jurídico das empresas públicas e sociedades de economia mista é de caráter exclusivamente privado. 138. (CESPE – Engenheiro Civil – INSS – 2010) A empresa pública exploradora de atividade econômica sujeita-se ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto às obrigações trabalhistas e tributárias. 139. (CESPE – Juiz Federal – TRF – 2ª Região – 2009) Como a atividade da INFRAERO visa lucro, não é possível, de acordo com a CF, estabelecer distinção entre essa empresa pública e as demais empresas privadas do setor. 140. (CESPE – Técnico Administrativo – ANTAQ – 2009) Considere que a União pretenda criar uma nova empresa pública, prestadora de serviços públicos, para atuar em determinada área. Nesse caso, essa empresa estará sujeita ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários. 141. (CESPE – Procurador do TCDF – 2002) As sociedades de economia mista se sujeitarão, nos termos da lei, a um regime distinto daquele a que estão sujeitas as empresas privadas, no que tange, exclusivamente, aos direitos e obrigações tributárias. 142. (CESPE – Analista Técnico-administrativo – MS/2010) As sociedades de economia mista sob o controle da União devem ser criadas por lei. 143. (CESPE – Especialista em Regulação de Aviação Civil – ANAC – 2009) A criação de sociedades de economia mista e empresas públicas deve, necessariamente, ser autorizada por lei. 144. (CESPE – Analista Técnico-administrativo/MS – 2010) As empresas públicas e as sociedades de economia mista são entidades integrantes da administração indireta, portanto, aos seus funcionários aplica-se o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais. 145. (CESPE – Oficial de Justiça – TJ/CE – 2008) Os empregados da Caixa Econômica Federal, por trabalharem em uma empresa pública, são regidos pelo mesmo regime dos servidores públicos federais, e não se submetem ao que for decidido em dissídio coletivo da categoria dos bancários. Questões 67 146. (CESPE – Técnico Federal de Controle Externo – TCU – 2009) As sociedades de economia mista que exploram atividade econômica não se submetem à exigência constitucional do concurso público e, quanto às obrigações trabalhistas, sujeitam-se ao regime próprio das empresas privadas. 147. (CESPE – Professor Tecnólogo – Direito – IFB – 2010) O acesso a emprego público, regido pela Consolidação das Leis do Trabalho, de natureza contratual e celebrado por prazo indeterminado, prescinde de prévia aprovação em concurso público. 148. (CESPE – Advogado – IPAJM – 2010) Os empregados das empresas públicas e sociedades de economia mista se submetem ao regime trabalhista comum, cujos princípios e normas se encontram na Consolidação das Leis do Trabalho, sendo de natureza contratual o vínculo que se forma entre os empregados e tais pessoas jurídicas. Por esse motivo, o seu ingresso nessas empresas e sociedades não depende de prévia aprovação em concurso público. 149. (CESPE – Juiz FederalSubstituto – TRF – 5ª Região – 2009) As regras sobre aposentadoria e estabilidade, constantes dos arts. 40 e 41 da CF, se aplicam ao pessoal das sociedades de economia mista que exercem atividade econômica. 150. (CESPE – Técnico Federal de Controle Externo – TCU – 2009) A regra constitucional do teto remuneratório se aplica às empresas públicas federais e suas subsidiárias, mesmo na hipótese de não receberem recursos da União para pagamento de despesas de pessoal. 151. (CESPE – Auditor Federal de Controle Externo – TCU – 2009) Os dirigentes das sociedades de economia mista, sejam eles empregados ou não da referida empresa, são regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho. 152. (CESPE – Juiz Federal – TRF – 2ª Região – 2009) Os dirigentes da referida empresa subsidiária deverão ser regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho. 153. (CESPE – Oficial de Justiça – TJ/CE – 2008) As sociedades de economia mista não precisam realizar licitação para aquisição de bens móveis. 154. (CESPE – 2012 – TJ/RR – Analista – Processual) Formada mediante a conjugação de capitais público e privado, a sociedade de economia mista é organizada sob a forma de sociedade anônima e prescinde da participação do poder público na sua gestão. 155. (CESPE – 2012 – TJ/RR – Técnico Judiciário) Embora possuam capital exclusivamente público, as empresas públicas são pessoas jurídicas a que se aplicam, preponderantemente, normas de direito privado. 68 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo 156. (CESPE – 2012 – DPF – Papiloscopista da Polícia Federal) Existe a possibilidade de participação de recursos particulares na formação do capital social de empresa pública federal. 157. (CESPE – 2012 – DPF – Papiloscopista da Polícia Federal) O foro competente para o julgamento de ação de indenização por danos materiais contra empresa pública federal é a justiça federal. 158. (CESPE – 2012 – AGU – Advogado) As empresas públicas e as sociedades de economia mista não se sujeitam à falência e, ao contrário destas, aquelas podem obter do Estado imunidade tributária e de impostos sobre patrimônio, renda e serviços vinculados às suas finalidades essenciais ou delas decorrentes. 159. (CESPE – 2012 – MPE/PI – Analista Ministerial – Área Processual – Cargo 8) Como a empresa pública pode ser organizada sob qualquer das formas admitidas em direito, na esfera federal é admitida sua criação sob a forma de empresa pública unipessoal, desde que esta contenha a assembleia geral como o órgão pelo qual se manifeste a vontade do Estado. 160. (CESPE – Técnico Judiciário – TJ/CE – 2008) A sociedade de economia mista, diferentemente das empresas públicas, não é obrigada a licitar. 161. (FCC – Agente Técnico Legislativo Assembleia Legislativa/SP – 2010) Em relação aos entes integrantes da Administração direta e indireta é correto afirmar ser obrigatória a adoção do procedimento de licitação em relação a órgãos da administração direta e Indireta, incluídas as empresas públicas e as sociedades de economia mista exploradoras de atividade econômica, não obstante estas possam adotar procedimento próprio para tanto, observados os princípios da Administração Pública. 162. (CESPE – Analista Judiciário – Área judiciária – TRE/BA – 2010) As entidades da administração indireta que executem atividade econômica de natureza privada não estão sujeitas à incidência da regra da responsabilidade objetiva do Estado. 163. (CESPE – Auditor Interno – AUGE/MG – 2009) Considere a seguinte situação hipotética. O empregado de uma empresa pública que se dedica à exploração de atividade econômica praticou ato que causou prejuízo a terceiro, ficando comprovado que não houve culpa ou dolo na conduta do empregado. Nessa situação, a empresa pública citada deve responder pelo prejuízo causado, à luz do conceito da responsabilidade comum do Direito Civil, pois, por se dedicar à exploração de atividade econômica, ela é regida pelas normas aplicáveis às empresas privadas, não estando sujeita à responsabilidade civil objetiva. Questões 69 164. (CESPE – Defensor Público de Alagoas – 2009) A responsabilidade objetiva não se aplica às entidades da administração indireta que executem atividade econômica de natureza privada. 165. (CESPE – Agente Técnico Jurídico – MPE/AM – 2008) As empresas públicas e as sociedades de economia mista exploradoras de atividade econômica estão sujeitas à responsabilidade civil objetiva. 166. (CESPE – Analista da HEMOBRAS – 2008) A Caixa Econômica Federal possui a responsabilidade objetiva na modalidade risco administrativo pelos danos causados por atuação de seus agentes. 167. (CESPE – Analista do TCU – 2004) O controle das empresas estatais cabe ao ministério a que estiverem vinculadas e se materializa sob a forma de supervisão, estando previstos, ainda, na Constituição Federal de 1988, outros instrumentos de controle que são aplicados de acordo com as condições nela estabelecidas. 168. (CESPE – Advogado – SERPRO – 2008) Não compete ao tribunal de contas da União exercer o controle externo em relação às empresas públicas e sociedades de economia exploradoras de atividade econômica, já que os bens dessas entidades são privados. 169. (CESPE – Analista Judiciário – Execução de Mandados – TJDFT – 2007) As empresas públicas e as sociedades de economia mista federais submetem-se à fiscalização do TCU, não obstante os seus servidores estarem sujeitos ao regime celetista. 170. (CESPE – Administração – MCT – FINEP – 2009) As empresas públicas e as sociedades de economia mista, integrantes da administração indireta, não estão sujeitas à fiscalização dos tribunais de contas, além do que os seus servidores estão sujeitos ao regime celetista. 171. (CESPE – Juiz Federal Substituto – TRF – 5ª Região – 2009) Prevalece o entendimento de que, no âmbito da União, os contratos celebrados pelas empresas públicas prestadoras de serviço público, via de regra, se submetem ao controle prévio do TCU. 172. (CESPE – Advogado do IPAJM – 2010)Créditos de empresas públicas e sociedades de economia mista são inscritos como dívida ativa e podem ser cobrados pelo processo especial de execução fiscal, tal como ocorre com os créditos da União, estados e municípios. 173. (CESPE – Exame de Ordem – OAB – 2010) Jorge ingressou com reclamação trabalhista contra sociedade de economia mista federal exploradora de atividade econômica, em regime de ampla concorrência. Nessa situação, conforme o regime constitucional, os bens dessa empresa não podem ser penhorados, já que ela integra a administração indireta da União. 70 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo 174. (CESPE – Exame de Ordem – OAB – 2009) O Banco do Brasil S.A., na qualidade de sociedade de economia mista controlada pela União, goza de privilégios fiscais não extensivos ao setor privado. 175. (CESPE – Procurador de Estado – PGE/PA – 2009) Caso o município de Maceió crie uma empresa pública para explorar atividade econômica, o estado de Alagoas não poderá cobrar o ICMS incidente sobre os produtos comercializados por essa empresa, uma vez que as empresas estatais gozam de regime tributário privilegiado. 176. (CESPE – Oficial de Chancelaria – 2006) Empresas públicas e sociedades de economia mista que explorem atividade econômica sujeitam-se ao regime jurídico próprio das empresas privadas, não gozando de privilégios fiscais que não sejam extensivos ao setor privado. 177. (CESPE – Advogado – SERPRO – 2008) Uma empresa pública federal, exploradora de atividade econômica em regime de ampla concorrência, possui um imóvel no Rio de Janeiro, o qual está alugado para uma concessionária de veículos. Nessa hipótese, desde que a renda desse imóvel seja aplicável às atividades-fim da referida empresa, haverá imunidade em relação ao impostosobre propriedade territorial urbana (IPTU). 178. (CESPE – Juiz Substituto – TJ/TO – 2007) As empresas públicas e as sociedades de economia mista que exploram atividade econômica em regime de monopólio submetem-se ao regime jurídico próprio das empresas privadas. 179. (CESPE – Delegado – PC/PB – 2008 – adaptada) Considere a seguinte situação hipotética. O município de João Pessoa pretendia receber o Imposto Sobre Serviços (ISS) da INFRAERO, empresa pública federal que prestava serviço público aeroportuário em regime de monopólio, em face dos serviços prestados, sobre os quais não incide ICMS. Nessa situação, a pretensão do município deveria ser atendida, já que a imunidade recíproca não atinge as empresas públicas, mas apenas a administração direta da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, bem como as suas autarquias e fundações públicas. 180. (CESPE – Advogado do IPAJM – 2010) A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos não goza de qualquer imunidade tributária, uma vez que a CF veda que empresas públicas gozem de privilégios não extensivos às do setor privado. 181. (CESPE – Procurador de Estado – PGE/PA – 2009) Se o estado de Alagoas, após os trâmites legais, transferir um bem público a uma empresa pública quando de sua criação, esse bem passará a caracterizar-se como bem privado. Questões 71 182. (CESPE – Advogado – SERPRO – 2008) Uma empresa pública prestadora de serviços públicos pode ter os seus bens penhorados, mesmo que afetada a sua atividade-fim, já que ela se submete ao regime jurídico das empresas privadas. 183. (CESPE – Juiz Federal Substituto – TRF – 5ª Região – 2009) A penhora de bens de sociedade de economia mista prestadora de serviço público pode ser realizada ainda que esses bens sejam essenciais para a continuidade do serviço. 184. (CESPE – Advogado – HEMOBRAS – 2008) As empresas públicas estão sujeitas ao regime de falências. 185. (CESPE – Defensor Público – DPE/AL – 2009) Na esfera federal, a empresa pública pode ser constituída sob a forma de sociedade unipessoal, que tem por órgão necessário a assembleia geral, por meio da qual se manifesta a vontade do Estado. 186. (CESPE – Procurador do MP junto ao TCU – 2004) O poder público pode criar empresa pública unipessoal. 187. (CESPE – Agente Penitenciário – SEJUS/ES – 2009) A sociedade de economia mista, pessoa jurídica de direito privado, deve ser organizada sob a exclusiva forma de sociedade anônima. 188. (CESPE – Agente de Polícia Federal – 2009) A empresa pública e a sociedade de economia mista podem ser estruturadas mediante a adoção de qualquer uma das formas societárias admitidas em direito. 189. (CESPE – Agente Administrativo do MMA – 2009) As sociedades de economia mista são sempre sociedades anônimas. 190. (CESPE – Analista Administrativo – ANAC – 2009) No que diz respeito à forma de organização, há determinação para que a sociedade de economia mista seja estruturada sob a forma de sociedade anônima e a empresa pública, sob qualquer das formas admitidas em direito. 191. (CESPE – Engenheiro Civil – INSS – 2010) As sociedades de economia mista da União devem ser estruturadas sob a forma de sociedade por ações. 192. (CESPE – Procurador de Estado/ES – 2008) A única diferença entre sociedade de economia mista e empresa pública é a composição do capital. 193. (CESPE – Analista Especialista em Direito – INCA – 2010) A criação e a extinção autorizadas por lei e sujeitas ao controle estatal e a participação do capital privado na composição do capital social são características comuns das empresas públicas e das sociedades de economia mista. 72 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo 194. (CESPE – Administração – MCT – FINEP – 2009) O capital da empresa pública deve ser majoritariamente público, mas deve haver também uma parcela de capital privado, sendo certo que a maioria das ações com direito a voto deve estar nas mãos do Estado. 195. (CESPE – Analista de Seguro Social – INSS – 2010) As empresas públicas são dotadas de personalidade de direito privado, com capital exclusivamente privado, para realizar atividade de interesse da administração instituidora, nos moldes da iniciativa particular, podendo assumir qualquer forma e organização empresarial. 196. (CESPE – Procurador – INSS – 1998) Uma empresa pública é constituída de capital exclusivamente público, embora esse capital possa pertencer a mais de um ente. 197. (CESPE – Juiz Federal Substituto – TRF – 5ª Região – 2009) É vedada a participação de outras pessoas de direito público interno ou entidades da administração indireta da União, dos estados, do DF e dos municípios na composição do capital de empresa pública de propriedade da União. 198. (CESPE – Auditor do Estado/ES – 2009) As sociedades de economia mista são constituídas tão somente por capital público. 199. (CESPE – Advogado – SERPRO – 2008) A constituição do estado X determina que os mandados de segurança contra secretário de estado devem ser julgados pelo tribunal de justiça do referido estado. Nesse caso, o mandado de segurança impetrado por empresa pública federal contra ato de secretário de Estado deverá ser julgado pelo tribunal regional federal da respectiva região. 200. (CESPE – Analista Judiciário – Área Judiciária – STM – 2011) Se, em processo de indenização por danos materiais que tramite em uma vara cível estadual, uma empresa pública federal passar a compor a lide como assistente, o referido processo será deslocado para a justiça federal. 201. (CESPE – Agente Técnico Jurídico – MPE/AM – 2008) Uma demanda contra o Banco do Brasil, na qual se discuta um contrato de cheque especial firmado entre o banco e o cliente, deve ser proposta na justiça federal, já que as sociedades de economia mista federais foram contempladas com o foro processual da justiça federal. 202. (CESPE – Analista Judiciário – Execução de Mandados – TJDFT – 2007) Em caso de ação ordinária de cobrança, movida por sociedade de economia mista integrante da administração indireta federal contra sociedade de economia mista da administração indireta estadual, enquanto não houver intervenção da União, a qualquer título, compete o respectivo processo e julgamento à justiça estadual de 1.º grau, e não, originariamente, ao Supremo Tribunal Federal. Questões 73 203. (CESPE – Juiz Substituto – TJ/CE – 2004) Embora o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) seja autarquia federal, determinadas causas ajuizadas contra ele podem ser julgadas na justiça estadual. 204. (CESPE – Juiz Substituto – TJ/BA – 2005) As fundações instituídas pelo poder público, tanto as que têm personalidade jurídica de direito público quanto as de direito privado, são criadas para a persecução de determinado interesse coletivo. Considerando que, por disposição constitucional, compete ao MP a tutela desses interesses, é indispensável a fiscalização do órgão sobre todos os atos desses entes, segundo reconhecem os estudiosos. 205. (CESPE – Procurador Federal – 2007) De acordo com o STF, cabe ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios velar pelas fundações públicas e de direito privado em funcionamento no DF, sem prejuízo da atribuição, ao Ministério Público Federal, da veladura das fundações federais de direito público que funcionem, ou não, no DF ou nos eventuais territórios. 206. (CESPE – Advogado – HEMOBRAS – 2008) As áreas em que poderão atuar as fundações públicas são definidas e estabelecidas por lei complementar. 207. (CESPE – Procurador do Estado de Pernambuco – 2009) A fundação instituída pelo Estado com personalidade jurídica de direito privado se sujeita inteiramente a esse ramo do direito. 208. (CESPE – Procurador Autárquico – BACEN – 2009) Prevalece o entendimento de que as fundações públicas com personalidadejurídica de direito público são verdadeiras autarquias, as quais devem ser criadas por lei e não por ato infralegal. 209. (CESPE – Analista Administrativo – ANAC – 2009) São características das fundações a criação por lei, a personalidade jurídica pública, a capacidade de autoadministração, a especialização dos fins ou atividades e a sujeição a controle ou tutela. 210. (CESPE – Auditor Federal de Controle Externo – TCU – 2009) A criação de fundações públicas, pessoas jurídicas de direito público ou privado, deve ser autorizada por lei específica, sendo a criação efetiva dessas entidades feita na forma da lei civil, com o registro dos seus atos constitutivos, diferentemente do que ocorre com as autarquias. 211. (CESPE – Promotor de Justiça Substituto – MPE/RR – 2010) As fundações de direito público e as de direito privado detêm alguns privilégios que são próprios das autarquias, como o processo especial de execução, a impenhorabilidade dos seus bens, o juízo privativo, prazos dilatados em juízo e duplo grau de jurisdição. 74 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo 212. (CESPE – Analista de Controle Interno do TJDFT – 2007) Por meio de contrato de gestão, a autonomia gerencial, orçamentária e financeira de autarquias e fundações poderá ser ampliada, de forma a se atingir os objetivos e metas de desempenho. 213. (CESPE – Técnico Judiciário – STF – 2008) O grau de autonomia de gestão que possui uma agência executiva é uma característica que a diferencia das autarquias e fundações públicas. 214. (CESPE – Procurador de Estado – PGE/PA – 2009) O presidente da República editou o Decreto nº 9.999/2009 para qualificar determinada autarquia. A edição desse decreto só foi possível porque a referida autarquia tinha celebrado contrato de gestão com seu ministério supervisor, além de ter um plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento institucional em andamento. No plano de reestruturação, estavam definidas várias medidas voltadas para a racionalização de suas estruturas, inclusive em relação aos seus servidores. Com a nova caracterização do citado ente, passou a ser possível a dispensa de licitação nas compras de até R$ 16.000,00. Diante dessa situação hipotética, assinale a opção correta. a) O decreto em questão criou, na verdade, uma organização social. b) O decreto em apreço criou, na verdade, uma organização da sociedade civil de interesse público. c) O citado decreto criou, na verdade, uma agência executiva, sem, contudo, criar nova pessoa jurídica. d) Para se chegar à conclusão de que o referido decreto criou uma agência reguladora, bastava a situação hipotética sob exame revelar que o ente passou a ter poder de regulamentar a prestação de determinado serviço público. e) O presidente da República poderá editar novo decreto para extinguir a autarquia, desde que haja iniciativa do ministério supervisor. 215. (CESPE – Técnico Judiciário – STF – 2008) O contrato de gestão, firmado com o ministério supervisor, embora seja um documento característico das agências executivas, contendo a fixação de objetivos estratégicos e metas a serem atingidas pela instituição, não é imprescindível para a criação da agência executiva. 216. (CESPE – 2012 – AGU – Advogado) A qualificação de agência executiva federal é conferida, mediante ato discricionário do presidente da República, a autarquia ou fundação que apresente plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento institucional em andamento e celebre contrato de gestão com o ministério supervisor respectivo. 217. (CESPE – 2012 – MPE/PI – Técnico Ministerial – Área Administrativa – Cargo – 10) As agências executivas não constituem uma nova entidade, pois, na verdade, elas não passam de autarquias e (ou) fundações públicas que foram qualificadas como tal. Questões 75 218. (CESPE – Advogado – IBRAM – 2009) Uma autarquia pode ser qualificada como agência executiva desde que estabeleça contrato de gestão com o ministério supervisor e tenha também plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento institucional em andamento. 219. (CESPE – Técnico Judiciário – STF – 2008) Ter um plano estratégico de reestruturação e desenvolvimento institucional em andamento é pré- requisito básico para a qualificação de uma instituição como agência executiva. 220. (CESPE – Analista de Atividades do Meio Ambiente – IBRAM – 2009) Uma autarquia pode ser qualificada como agência executiva desde que estabeleça contrato de gestão com o ministério supervisor e tenha também plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento institucional em andamento. 221. (CESPE – Técnico Judiciário – STF – 2008) Caso seja firmado, o contrato de gestão marcará o fim do processo de qualificação da instituição em agência executiva, que, a partir disso, já passa a funcionar como tal. 222. (CESPE – Administrador – AGU – 2010) Os contratos de gestão das agências executivas são celebrados com o respectivo ministério supervisor pelo período mínimo de um ano, estabelecendo os objetivos, metas e indicadores de desempenho da entidade, bem como os recursos necessários e os critérios e instrumentos para avaliação do seu cumprimento. 223. (CESPE – Administrador – AGU – 2010) A atividade de regulação exercida pelas agências reguladoras no Brasil é realizada somente sobre os serviços públicos desestatizados, dos quais depende a população. 224. (ESAF – Especialista – Administração – ANA – 2009) Sobre as Agências Reguladoras, é correto afirmar que integram a: a) Administração Direta e são obrigadas a adotar a forma de autarquia. b) Administração Direta e são obrigadas a adotar a forma de autarquia em regime especial. c) Administração Indireta e são obrigadas a adotar a forma de autarquia. d) Administração Indireta e são obrigadas a adotar a forma de autarquia em regime especial. e) Administração Indireta e, embora esse tenha sido o lugar-comum até hoje, não são obrigadas a adotar a forma de autarquia, muito menos em regime especial. 225. (ESAF – Especialista – ANA – 2009) Sem uma legislação que discipline as características gerais das agências reguladoras brasileiras, as leis especiais que instituíram cada uma delas acabaram por conferi-las as mais diversas naturezas: empresas públicas, sociedades de economia mista, autarquias e fundações. 76 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo 226. (CESPE – Analista Judiciário – Área Judiciária – TRE/MT – 2010) Decorrente diretamente do denominado poder regulamentar, uma das características inerentes às agências reguladoras é a competência normativa que possuem para dispor sobre serviços de suas competências. 227. (CESPE – Especialista em Regulação – ANATEL – 2009) Os agentes da ANATEL podem, sem mandado judicial, reprimir infrações dos direitos dos usuários. 228. (ESAF – Especialista – ANA – 2009) A independência decisória conferida às agências reguladoras no Brasil trouxe o conceito de jurisdição administrativa ao ordenamento jurídico brasileiro, de maneira que, em seu âmbito de atuação, essas instituições possuem competência para dirimir conflitos de interesses que envolvam a administração pública, com força de coisa julgada. 229. (CESPE – Analista Administrativo – ANATEL – 2009) O presidente, o diretor-geral ou o diretor-presidente das agências reguladoras devem ser escolhidos pelo presidente da República e por ele nomeados, após aprovação pelo Senado Federal. 230. (CESPE – Analista Administrativo – ANATEL – 2009) Os conselheiros e os diretores das agências reguladoras somente perdem o mandato em caso de renúncia, de condenação judicial transitada em julgado ou de processo administrativo disciplinar, não podendo a lei de criação da agência prever outras condições para a perda do mandato. 231. (CESPE – Analista Administrativo – ANATEL – 2009) O ex-dirigente de agênciareguladora fica impedido para o exercício de atividades ou de prestar qualquer serviço no setor regulado pela respectiva agência, por um período de quatro meses, contados da exoneração ou do término do seu mandato. 232. (CESPE – Analista Administrativo – ANATEL – 2009) Durante o período de impedimento para o exercício de atividades no setor regulado, o ex- dirigente de agência reguladora ficará vinculado à agência, fazendo jus a remuneração compensatória equivalente à do cargo de direção que exerceu e aos benefícios a ele inerentes. 233. (CESPE – Juiz Federal – 5ª Região – 2006) O poder normativo das agências reguladoras encontra-se fundado em normas jurídicas lineares, as quais não revelam muito espaço interpretativo para a administração pública. 234. (CESPE – Analista – ANATEL – 2006) A ANATEL dispõe de discricionariedade técnica para o exercício de sua função normativa, em razão do uso de conceitos jurídicos indeterminados associados a conceitos técnicos na Lei Geral de Telecomunicações. 235. (CESPE – Juiz Federal – TRF – 5o Região – 2009) As agências reguladoras têm permissão constitucional expressa para editar regulamentos autônomos que ultrapassem a mera elaboração de normas técnicas. Questões 77 236. (CESPE – Analista Especialista em Direito – INCA – 2010) As agências reguladoras estão sujeitas ao controle financeiro, contábil e orçamentário exercido pelo Poder Legislativo, com auxílio do Tribunal de Contas da União. 237. (CESPE – Analista Administrativo – ANATEL – 2009) A ANATEL e a Agência Nacional do Petróleo são as únicas agências reguladoras que têm fundamento na própria Constituição Federal. Essas agências são autarquias de regime especial e gozam de independência em relação aos poderes da República, tanto que seus dirigentes têm mandato por prazo determinado, não podendo ser exonerados, e, além do mais, não estão sujeitas ao controle interno do Poder Executivo. 238. (CESPE – Advogado da União – 2009) As agências reguladoras são autarquias sob regime especial, as quais têm, regra geral, a função de regular e fiscalizar os assuntos relativos às suas respectivas áreas de atuação. Não se confundem os conceitos de agência reguladora e de agência executiva, caracterizando- se esta última como a autarquia ou fundação que celebra contrato de gestão com o órgão da administração direta a que se acha hierarquicamente subordinada, para melhoria da eficiência e redução de custos. 239. (CETRO – Analista Técnico-administrativo – MinC – 2010) As agências reguladoras são criadas sob a forma de autarquia em regime especial, cujos dirigentes têm mandato fixo, sendo certo que suas decisões não se caracterizam pela definitividade, uma vez que são sujeitas à revisão por parte do ministério a que estejam vinculadas, estando imunes às regras de controle finalístico ou de resultados. 240. (CESPE – Juiz Federal – TRF – 2ª Região – 2009) Decisão de agência reguladora pode ser alterada por meio de recurso hierárquico. 241. (CESPE – Procurador Autárquico – BACEN – 2009) As autarquias são caracterizadas pela sua subordinação hierárquica a determinada pasta da administração pública direta. Dessa forma, contra a decisão proferida por elas cabe recurso hierárquico próprio para o chefe da pasta. 242. (CESPE – Analista Administrativo – ANATEL – 2009) O regime jurídico aplicável aos servidores das agências reguladoras atualmente é o do emprego público, regulado pela Consolidação das Leis do Trabalho, dado o caráter de autarquia especial conferido às agências. 243. (ESAF – Especialista – ANA – 2009) Enquanto entidades da administração pública federal indireta, as relações de trabalho das agências reguladoras são regidas pela Consolidação das Leis de Trabalho – CLT, em regime de emprego público. 244. (CESPE – Especialista em Regulação ANATEL – 2009) Caso a ANATEL necessite contratar obras e serviços de engenharia civil, poderá utilizar procedimentos próprios de contratação, nas modalidades de consulta e pregão. Capítulo 5 Poderes e deveres adminisTraTivos 1. (CESPE – Analista Judiciário – Administração – TJDFT – 2007) Diferentemente do exercício do poder em âmbito privado, o administrador público, dentro dos limites legais e sempre que for caracterizado o interesse público, tem o dever de agir. 2. (CESPE – Juiz Substituto – TJ/CE – 2004) Não obstante a previsão constitucional dos direitos fundamentais, a administração, no exercício de seus poderes, tem o poder-dever de limitar a fruição de alguns daqueles direitos, mesmo que, para tanto, não disponha de ordem judicial. 3. (CESPE – Técnico Judiciário – TRT – 5ª Região – 2008) A aposentadoria de cargo de provimento efetivo, por implemento de idade, é um ato administrativo discricionário. 4. (CESPE – Analista – FINEP – 2009) O poder vinculado é aquele conferido à administração de forma expressa e explícita, com a norma legal já trazendo nela mesma a determinação dos elementos e requisitos para a prática dos respectivos atos. 5. (CESPE – Delegado de Polícia Civil/RN – 2009) O poder discricionário é conferido à administração de forma expressa e explícita, com a norma legal já trazendo em si própria a determinação dos elementos e requisitos para a prática dos respectivos atos. 6. (CETRO – Analista Judiciário – Área Judiciária – 2007) Poder regrado é aquele que o Direito Positivo – a lei – confere à Administração Pública para a prática de ato de sua competência, determinando os elementos e requisitos necessários à sua formalização. Na hipótese, o texto está discorrendo sobre o poder a) de polícia. b) discricionário. c) regulamentar. d) vinculado. e) disciplinar. 80 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo 7. (CESPE – Delegado de Polícia Civil/RN – 2009) O poder vinculado significa que a lei deixou propositadamente certa faixa de opção para o exercício da vontade psicológica do agente, limitado entretanto a escolha dos meios e da oportunidade para a concretização do ato administrativo. 8. (CESPE – Papiloscopista de Polícia Federal) Nos atos praticados em razão do poder vinculado, a atuação subjetiva do administrador fica restrita ao ato de julgar se a situação de fato está ou não amoldada aos contornos legais. 9. (CESPE – Agente Administrativo Universidade do Pará – 2008) O ato discricionário da administração pública, é aquele que resulta da decisão para melhor atender ao interesse público, sempre que a lei contemplar mais de uma possibilidade de atuação. 10. (CESPE – Analista de Controle Externo – TCU – 2004) A discricionariedade do ato administrativo decorre da possibilidade legal de a administração pública poder escolher entre mais de um comportamento, desde que avaliados os aspectos de conveniência e oportunidade. 11. (CESPE – Advogado – HEMOBRAS – 2008) O mérito administrativo consiste no poder conferido por lei ao administrador para que ele, nos atos discricionários, decida sobre a oportunidade e conveniência de sua prática. 12. (CESPE – Auditor Federal de Controle Externo – Especialidade Medicina TCU – 2009) Como exemplo de discricionariedade no âmbito de atuação da administração pública, pode-se citar a hipótese em que a lei expressamente permite a remoção de ofício do servidor público, a critério da administração, para atender à conveniência do serviço. 13. (CESPE – Analista Ambiental – MMA – 2008) A nomeação para determinados cargos com base no critério de notório saber é uma típica manifestação do exercício da discricionariedade por parte do administrador público. 14. (CESPE – Analista Judiciário – TRE/GO – 2009) Não só a escolha do ato a ser praticado, como também a escolha do melhor momento para praticá- lo, revela hipótese de discricionariedade da administração. 15. (CESPE – Analista Judiciário – TRE/GO – 2009) Nas situações em que o Poder Judiciário anula ato discricionário,o juiz pode determinar providência que defina o conteúdo do novo ato a ser praticado. 16. (CESPE – Papiloscopista de Polícia Federal) Não existe ato, mesmo praticado no exercício do poder discricionário, que seja totalmente deixado à discricionariedade do administrador. 17. (CESPE – Engenheiro Civil – INSS – 2010) Considerando que certos elementos do ato administrativo são sempre vinculados, não há ato administrativo inteiramente discricionário. Questões 81 18. (CETRO – Analista Técnico-administrativo – MinC – 2010) Pelo princípio da discricionariedade administrativa, o administrador tem liberdade para apreciar determinadas situações e, segundo critérios de oportunidade e conveniência, escolher, entre duas ou mais soluções, aquela que melhor atenda aos interesses da administração, ainda que sem respaldo legal. 19. (CESPE – Técnico Judiciário – Área Administrativa – TER/MT – 2010) Poder regulamentar é a prerrogativa conferida à administração pública de editar atos de caráter geral que visam complementar ou alterar a lei, em face de eventuais lacunas e incongruências. 20. (CESPE – Procurador Federal – 2002) Quando o presidente da República expedir um decreto para tornar efetiva uma lei, ele exerce o poder regulamentar. 21. (CESPE – Juiz Federal – 5ª Região – 2006) O poder regulador de certas autarquias especiais, denominadas agências, insere-se no conceito regulamentar previsto na Constituição Federal como atribuição do presidente da República para fiel execução das leis. 22. (CESPE – Analista Judiciário – Taquigrafia – TRE/BA – 2010) O poder regulamentar, regra geral, tem natureza primária e decorre diretamente da CF, sendo possível que os atos expedidos inovem o próprio ordenamento jurídico. 23. (CESPE – Analista – FINEP – 2009) O poder regulamentar é a faculdade de que dispõe o chefe do Poder Executivo de explicar a lei para a sua correta execução, podendo restringir ou ampliar suas disposições. 24. (CESPE – Analista Judiciário – TJDFT – 2007) O estado X editou uma lei que determina única e exclusivamente às distribuidoras de combustível a responsabilidade pela instalação de lacres em tanques de combustíveis dos postos de revenda, ficando elas sujeitas a multa, em caso de descumprimento da determinação legal. O governador do estado, por meio de decreto estadual, responsabilizou também os postos revendedores pela não-instalação dos lacres nos respectivos tanques de combustível, sob pena de aplicação de multa. Na situação narrada, o governador extrapolou do poder regulamentar, visto que fixou, por decreto, uma responsabilidade não-prevista na referida lei. 25. (CESPE – Agente de Polícia Civil/RN – 2009) Poder regulamentar típico é a atuação administrativa de complementação de leis, ou atos análogos a elas, tendo, portanto, caráter derivado. 26. (CESPE – Juiz Federal – TRF – 1ª Região – 2009) Compete privativamente ao presidente da República dispor, mediante decreto, sobre a criação e a extinção de órgãos públicos. 82 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo 27. (CESPE – Agente de Polícia Federal – 2004) O presidente da República pode dispor sobre a organização da Polícia Federal por meio de decreto, desde que isso não implique aumento de despesa ou extinção dos cargos vagos. 28. (CESPE – Técnico Superior Advogado – DETRAN/ES – 2010) No exercício do poder regulamentar, o presidente da República pode dispor, mediante decreto, sobre a extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos. 29. (FCC – Agente Técnico Legislativo – Assembleia Legislativa/SP – 2010) O poder regulamentar atribuído pela Constituição Federal ao Chefe do Executivo o autoriza a editar normas complementares à lei, para sua fiel execução, não sendo admitida a figura do regulamento autônomo, exceto no que diz respeito à matéria de organização administrativa, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgão público, bem como para extinção de cargos ou funções, quando vagos. 30. (CESPE – Papiloscopista de Polícia Federal) No Brasil, não são irrestritamente aceitos os chamados decretos autônomos. 31. (CESPE – Promotor de Justiça – MPE/RN – 2009) O decreto autônomo é, em regra, admitido no ordenamento jurídico brasileiro, desde que não viole direitos fundamentais. 32. (CESPE – Procurador Consultivo – TCE/PE – 2004) O poder normativo é privativo do chefe do Poder Executivo. 33. (CESPE – Juiz Federal – TRF – 2ª Região – 2009) No direito brasileiro, a atividade regulamentar restringe-se aos decretos de execução, não sendo permitida a existência de outros atos normativos infralegais. 34. (CESPE – Analista Administrativo – PREVIC – 2011) Os atos normativos editados pelo Poder Executivo, por sua própria natureza, estão sujeitos exclusivamente ao controle do Poder Legislativo, não podendo ser invalidados pelo Poder Judiciário. 35. (CESPE – Agente Administrativo – MTE – 2008) Se o presidente da República, ao regulamentar uma lei para a sua fiel execução, exorbite dos limites legais impostos, então, nesse caso, é possível a edição de decreto legislativo por parte do Senado Federal para sustar o dispositivo do decreto presidencial que ultrapassou os limites legais. 36. (CESPE – Delegado de Polícia Federal – 2002) O Congresso Nacional tem competência para controlar o poder regulamentar do presidente da República. 37. (CESPE – Auditor Interno – AUGE/MG – 2009) A CF autoriza o TCU a sustar atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder de regulamentação. Questões 83 38. (CESPE – Juiz Federal – TRF – 2ª Região – 2009) O decreto regulamentar somente poderá ser sustado por meio de controle judicial, jamais por ato do Poder Legislativo. 39. (CESPE – Juiz Federal Substituto – TRF – 1ª Região – 2010 – adaptada) Em razão do sistema de jurisdição única adotado no Brasil, cabe ao Poder Judiciário, com exclusividade, a prerrogativa de controlar os atos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar. 40. (CESPE – Oficial de Inteligência – ABIN – 2008) O ato normativo do Poder Executivo que contenha uma parte que exorbite o exercício de poder regulamentar poderá ser anulado na sua integralidade pelo Congresso Nacional. 41. (CESPE – Procurador Consultivo – TCE/PE – 2004) Havendo sustação de ato normativo do Poder Executivo que exorbite do poder regulamentar ou dos limites da delegação legislativa, o Congresso Nacional não só pode retirar do mundo jurídico o ato, como também sustar sua eficácia. 42. (CESPE – Técnico Judiciário – Área Administrativa – TRE/MT – 2010) A hierarquia é o escalonamento em plano vertical dos órgãos e agentes da administração. Desse modo, se, de um lado, os agentes de grau superior têm poderes de fiscalização e de revisão sobre os agentes de grau menor, os órgãos superiores, como os ministérios, exercem o controle sobre os demais órgãos de sua estrutura administrativa e sobre os entes a eles vinculados. 43. (CESPE – Técnico Judiciário – Área Administrativa – TRE/MT – 2010) A hierarquia é atribuição exclusiva do Poder Executivo, que não existe na esfera do Poder Judiciário e do Poder Legislativo, pois as funções atribuídas a esses últimos poderes são apenas de natureza jurisdicional e legiferante. 44. (CESPE – Procurador do Estado de Pernambuco – 2009) O poder disciplinar, que confere à administração pública a tarefa de apurar a prática de infrações e de aplicar penalidades aos servidores públicos, não tem aplicação no âmbito do Poder Judiciário e do MP, por não haver hierarquia quanto ao exercício das funções institucionais de seus membros e quanto ao aspecto funcional da relação de trabalho. 45. (CESPE – Defensor Público – DPE/AL – 2009) A relação hierárquica constitui elemento essencial na organização administrativa, razão pela qual deve estar presente em toda a atividade desenvolvidano âmbito da administração pública. 46. (CESPE – Procurador do Estado de Pernambuco – 2009) Na administração pública, a hierarquia constitui elemento essencial, razão pela qual não é possível a distribuição de competências dentro da organização administrativa mediante a exclusão da relação hierárquica quanto a determinadas atividades. 84 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo 47. (CESPE – Técnico Judiciário – STF – 2008) No exercício do poder hierárquico, os agentes públicos têm competência para dar ordens, rever atos, avocar atribuições, delegar competência e fiscalizar. 48. (CESPE – Assistente em Administração – IFB – 2010) Decorre do poder disciplinar o poder-dever de fiscalização e de controle dos atos dos subordinados. 49. (CESPE – Técnico Judiciário – STF – 2008) O poder de direção das entidades políticas se manifesta pela capacidade de orientar as esferas administrativas inferiores, o que se faz por meio de atos concretos ou normativos de caráter vinculante. 50. (CESPE – Técnico Judiciário – TSE – 2007) Um servidor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou a seus subordinados que eles deveriam tomar mais cuidado com o horário e que atrasos superiores a dez minutos não seriam tolerados. Tal determinação constitui exercício do poder disciplinar. 51. (CESPE – Assistente em Administração – IFB – 2010) Decorre do poder hierárquico o dever dos servidores públicos civis federais de cumprir as ordens, mesmo que manifestamente ilegais, de seus superiores hierárquicos. 52. (CESPE – Técnico de Controle Externo – TCU – 2007) Apesar de os servidores públicos civis federais estarem organizados em estrutura hierarquizada na administração pública, não há a obrigação, por parte desses servidores, de dar cumprimento a ordem manifestamente ilegal, assim como não há a obrigação de representar contra seu superior no caso em que a ordem configure ilegalidade, omissão ou abuso de poder. 53. (CESPE – Procurador Federal – 2002) O controle interno das atividades administrativas è um dos meios pelos quais se exercita o poder hierárquico. 54. (CESPE – Agente PC/ES – 2007) O poder hierárquico é exercido com a finalidade de coordenar as atividades administrativas, no âmbito interno, não sendo possível em seu nome o exercício do poder de revisão dos atos administrativos de subordinados. 55. (ESAF – Auditor Fiscal – RFB – 2009) Com o ato de delegação, a competência para a prática do ato administrativo deixa de pertencer à autoridade delegante em favor da autoridade delegada. 56. (CESPE – Analista Judiciário – TRT – 17ª Região – 2009) Em algumas circunstâncias, pode um agente transferir a outro funções que originariamente lhe são atribuídas, fato esse denominado delegação de competência. Entretanto, não se admite delegar a edição de atos de caráter normativo, a decisão de recursos administrativos e as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade. Questões 85 57. (CESPE – Juiz Federal – TRF – 1ª Região – 2009) Ao delegar a edição de atos de caráter normativo, o instrumento de delegação especificará as matérias e poderes transferidos, os limites da atuação do delegado, a duração e os objetivos da delegação, podendo conter ressalva de exercício da atribuição delegada. 58. (CESPE – Auxiliar de Perícia Médico-Legal – PC/ES – 2010) No âmbito da administração pública, a competência pode ser objeto de delegação ou de avocação, mesmo quando seja atribuída em lei a competência a determinado órgão ou agente com exclusividade. 59. (CESPE – Procurador Federal – 2o Categoria – AGU – 2010) O ato de delegação não retira a atribuição da autoridade delegante, que continua competente cumulativamente com a autoridade delegada para o exercício da função. 60. (CESPE – Escrivão de Polícia – PC/ES – 2010) Um órgão administrativo só poderá delegar parte da sua competência, se não houver impedimento legal, a outros órgãos que lhe sejam hierarquicamente subordinados, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial. 61. (CESPE – Fiscal de Receitas Estaduais – SEFAZ/AC – 2009) O ato praticado sob o manto da delegação é considerado como praticado pela autoridade delegante. 62. (CESPE – Auditor Interno – AUGE/MG – 2009) A avocação, como elemento que decorre do poder hierárquico, autoriza a autoridade superior a avocar para si, de forma indiscriminada e com a frequência que entender necessária, as funções originariamente atribuídas a um subordinado. 63. (CESPE – Papiloscopista de Polícia Federal – 2000) No exercício do poder hierárquico, o superior, em certas circunstâncias, pode tanto avocar a prática de determinado ato, quanto, ele próprio, aplicar sanções punitivas a seus subordinados. 64. (CESPE – Técnico Judiciário – TRE/PR – 2009) O poder regulamentar é a faculdade de punir internamente as infrações funcionais dos servidores e demais pessoas sujeitos às normas da administração pública. 65. (CESPE – Técnico Judiciário – Área Administrativa – TRE/MT – 2010) No exercício do poder disciplinar, cabe à administração apurar e aplicar penalidades aos servidores públicos e às demais pessoas sujeitas à disciplina administrativa. 66. (CESPE – Técnico – SEPLAG/SEAPA/FD – 2009) O poder disciplinar da administração pública pode ser corretamente exemplificado na hipótese em que o governador do DF, no âmbito de suas competências constitucionais e legais, aplica punição a servidor público distrital com relação a conduta administrativa específica. 86 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo 67. (CESPE – Analista Administrativo – Ministério Saúde – 2008) Da organização administrativa decorre para a administração pública o poder de controlar a atividade dos órgãos inferiores, para verificar a legalidade de seus atos e o cumprimento de suas obrigações. Tal poder é denominado poder disciplinar. 68. (CESPE – Assistente em Administração – IFB – 2010) O poder disciplinar autoriza a administração a aplicar multa ao contratado por inadimplemento parcial do contrato. 69. (CESPE – Oficial de Inteligência – ABIN – 2008) Decorre do poder disciplinar do Estado a multa aplicada pelo poder concedente a uma concessionária do serviço público que tenha descumprido normas reguladoras impostas pelo poder concedente. 70. (CESPE – Agente Polícia Federal – 2009) O poder de a administração pública impor sanções a particulares não sujeitos à sua disciplina interna tem como fundamento o poder disciplinar. 71. (CESPE – Técnico do MPE/RR – 2008) Determinado policial civil, valendo- se da prerrogativa que o cargo lhe assegura, ingressou em uma casa de espetáculos, na qual iria ocorrer um show de pagode, sem pagar o ingresso correspondente, sob o argumento de que, por ser policial, tem livre acesso a locais públicos e privados. Caso o superior hierárquico desse policial, após analisar os fatos, resolva instaurar processo administrativo visando puni-lo, estará exercendo o poder disciplinar. 72. (CESPE – Técnico de Nível Superior do MDS – 2008) O Poder disciplinar é discricionário. Assim, se o administrador tiver conhecimento de falta praticada por servidor, terá a liberdade de escolha entre punir e não punir. 73. (CESPE – Especialista em Regulação – ANEEL – 2010) Com fundamento no poder disciplinar, a administração pública, ao ter conhecimento de prática de falta por servidor público, pode escolher entre a instauração ou não de procedimento destinado a promover a correspondente apuração da infração. 74. (CESPE – Procurador Federal – 2007) O ato disciplinar é vinculado, deixando a lei pequenas margens de discricionariedade à administrado, que não pode demitir ou aplicar quaisquer penalidades contrárias à lei, ou em desconformidade com suas disposições. 75. (CESPE – Exame de Ordem – OAB – 2007.1) No exercíciodo poder sancionador da administração pública, não se admite o exercício da discricionariedade administrativa. 76. (CESPE – Analista Judiciário – Administração – TJ/CE – 2008) No direito administrativo, ao contrário do direito penal, prevalece o princípio da atipicidade. A maior parte das infrações não está descrita na lei e fica sujeita à discricionariedade administrativa em face de cada situação concreta. Para efeito de enquadramento do ilícito, deve-se levar em conta sua gravidade e as conseqüências para o setor público. Questões 87 77. (CESPE – Exame de Ordem – OAB – 2007.1) No exercício do poder sancionador da administração pública, incide o mesmo princípio da tipicidade estrita aplicável às sanções de natureza penal. 78. (CESPE – Auditor Interno – AUGE/MG – 2009) No exercício do poder disciplinar, o administrador se sujeita ao princípio da pena específica, estando estritamente vinculado à prévia definição da lei acerca da infração funcional e da respectiva sanção. 79. (CESPE – Analista Administrativo – DPU – 2010) Prevalece no processo administrativo a aplicação do princípio da tipicidade, pelo qual a configuração de infração de natureza administrativa depende de descrição precisa na lei. 80. (CESPE – Exame de Ordem – OAB – 2007.1) No exercício do poder sancionador da administração pública, devem ser observados os princípios da ampla defesa prévia e da proporcionalidade na dosimetria da sanção. 81. (CESPE – Agente Administrativo – MTE – 2008) O poder disciplinar do presidente da República para aplicar penalidade de demissão a servidor público federal pode ser delegado a ministro de Estado. 82. (CESPE – Exame de Ordem – OAB – 2009) Um ministro de Estado, após o recebimento de parecer opinativo da consultoria jurídica do Ministério que chefia, baixou portaria demitindo determinado servidor público federal. O ato de demissão é ilegal por ter sido proferido por autoridade incompetente, haja vista que a delegação de poderes, nessa hipótese, é vedada. 83. (CESPE – Analista Judiciário – Área Judiciária – TRT – 17ª Região – 2009) O poder de fiscalização que o Estado exerce sobre a sociedade, mediante o condicionamento e a limitação ao exercício de direitos e liberdades individuais, decorre do seu poder disciplinar. 84. (CESPE – Analista – FINEP – 2009) Poder de polícia é a faculdade de que dispõe a administração pública de condicionar ou restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais em benefício do próprio Estado ou do administrador. 85. (CESPE – Analista Judiciário – TJDFT – 2007) Programa de restrição ao trânsito de veículos automotores, em esquema conhecido como rodízio de carros, é ato que se insere na conceituação de poder de polícia, visto ser uma atividade realizada pelo Estado com vistas a coibir ou limitar o exercício dos direitos individuais em prol do interesse público. 86. (CESPE – Analista Ambiental – IBAMA – 2009) A atividade de fiscalização ambiental é típico ato administrativo que expressa o poder de polícia, pois diz respeito à restrição, à limitação, ao condicionamento e à ordenação de atividades desempenhadas por particulares. 88 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo 87. (CESPE – Técnico Judiciário – TJ/CE – 2008) A fiscalização de farmácias e drogarias para verificar se os medicamentos vendidos estão dentro do prazo de validade decorre do poder de polícia. 88. (CESPE – Curso de Formação de Oficiais – PMDF – 2010) Considere que o órgão responsável pela fiscalização sanitária de determinado município, ao inspecionar determinado restaurante, tenha constatado que o estabelecimento não atendia aos requisitos mínimos de higiene e segurança para o público. Considere, ainda, que o agente público responsável pela fiscalização tenha aplicado multa e interditado o estabelecimento até que as irregularidades fossem sanadas. Nessa situação, a administração pública exerceu seu poder de polícia. 89. (CESPE – Titular de Serviços Notariais – TJDFT – 2000) Acerca do poder de polícia, é Juridicamente correto afirmar que a competência para seu exercício é em princípio, da entidade política competente para legislar acerca da matéria, que sua teoria geral é a mesma dos atos administrativos e que, no exercício desse poder a administração pública pode impor restrições a direitos e liberdade constitucionalmente assegurados. 90. (CESPE – Juiz Substituto – TJ/BA – 2004) Como regra geral, é juridicamente correto afirmar que o poder de polícia pode ser exercido, dentro de certos limites, por todas as esferas da administração pública e que, quando couber esse exercício, ele será de competência dos estados-membros se não for de competência da União ou dos municípios 91. (FCC – Agente Técnico Legislativo – Assembleia Legislativa/SP – 2010) O poder de polícia abrange atividades do Poder Legislativo e do Poder Executivo, cabendo ao primeiro a edição de normas gerais e abstratas, e, ao segundo, as ações repressivas e preventivas de aplicação de tais limitações. 92. (CESPE – Oficial Técnico de Inteligência – ABIN – 2010) A licença é um ato administrativo que revela o caráter preventivo da atuação da administração no exercício do poder de polícia. 93. (CESPE – Agente de Polícia Federal – 2004) A expedição de autorização de porte de arma de fogo constitui exercício de poder administrativo regulamentar. 94. (CESPE – Escrivão de Polícia Federal – 2004) Considerando que a Constituição da República determina que a lavra de recursos minerais somente poderá ser efetuada mediante autorização ou concessão da União, é correto afirmar que a expedição de autorização da lavra de recurso mineral é um ato administrativo que configura exercício de poder de polícia 95. (CESPE – Analista Judiciário – Área judiciária – TRE/BA – 2010) O poder de polícia, considerado como a atividade do Estado limitadora do exercício dos direitos individuais em benefício do interesse público, é atribuído com exclusividade ao Poder Executivo. Questões 89 96. (CESPE – Juiz Substituto – TJ/BA – 2005) Em sentido amplo, é juridicamente correto afirmar que o exercício do poder de polícia está associado à atividade do Poder Legislativo e do Poder Executivo. 97. (CESPE – Analista Judiciário – Área Judiciária – TRE/MT – 2010) É possível a delegação do poder de polícia a particular mediante celebração de contratos administrativos, em especial nos locais em que a presença do poder público seja deficiente. 98. (CESPE – Analista Ambiental – IBAMA – 2009) O poder de polícia é delegável a particulares e a outros órgãos e entidades públicas, apesar de decorrer da imperatividade do poder estatal e da própria força de coerção sobre os administrados. 99. (CESPE – Especialista em Direito – DFTRANS – 2008) O Estado pode delegar o exercício do poder de polícia a uma empresa privada. 100. (CESPE – Agente de Polícia Civil/ES – 2008) Também os poderes administrativos, a exemplo do poder de polícia, podem ser delegados a particulares. 101. (CESPE – Técnico em Procuradoria – PGE/PA – 2007) Conforme entendimento do STF, o poder de polícia não pode ser delegado a pessoas ou instituições privadas, mesmo que haja lei nesse sentido. 102. (CESPE – Analista Ambiental – IBAMA – 2009) A administração pública pode exercer o seu poder de polícia por meio de atos administrativos gerais, de caráter normativo, ou por meio de atos concretos, como o de sancionamento. 103. (CESPE – Analista Judiciário – Área Administrativa – TRT – 17ª Região – 2009) A administração exerce o poder de polícia por meio de atos e operações materiais de aplicação da lei ao caso concreto, compreendendo medidas preventivas e repressivas. A edição, pelo Estado, de atos normativos de alcance geral não pode ser considerada meio adequado para o exercício do poder de polícia. 104. (CESPE– Técnico Judiciário – Área Administrativa – TRE/MT – 2010) O poder de polícia administrativa manifesta-se por meio de atos concretos e específicos, mas não de atos normativos, pois estes não constituem meios aptos para seu adequado exercício. 105. (CESPE – Promotor Substituto – MPE/SE – 2010) O poder de polícia administrativa consubstancia-se por meio de determinações de ordem pública, de modo a gerar deveres e obrigações aos indivíduos. Nesse sentido, os atos por intermédio dos quais a administração consente o exercício de determinadas atividades não são considerados atos de polícia. 90 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo 106. (CESPE – Analista Judiciário – Área administrativa – TRE/BA – 2010) Quando um fiscal apreende remédios com prazo de validade vencido, expostos em prateleiras de uma farmácia, tem-se exemplo do poder disciplinar da administração pública. 107. (CESPE – Técnico Judiciário – Área Administrativa – 2010) O poder de polícia manifesta-se apenas por meio de medidas repressivas. 108. (CESPE – Analista Judiciário – TJDFT – 2007) No exercício do poder de polícia, a administração pública está autorizada a tomar medidas preventivas e não apenas repressivas. 109. (CESPE – Auxiliar de Perícia Médico-Legal – PC/ES – 2010) O poder conferido à administração pública de interditar determinado estabelecimento comercial, sem a necessidade de obtenção de prévia autorização judicial, denomina-se poder hierárquico. 110. (CESPE – Analista de Controle Externo do TCE/AC – 2009) O fiscal de posturas de um município embargou determinada obra e autuou o responsável em razão de a construção estar em desacordo com o código de obras vigente. Na situação apresentada, tem-se exemplo típico de exercício do poder hierárquico da administração. 111. (CESPE – Analista Judiciário – TJDFT – 2007) Do objeto do poder de polícia exige-se tão-somente a licitude. A discussão acerca da proporcionalidade do ato de poder de polícia é matéria que escapa à apreciação de sua legalidade. 112. (CESPE – Analista Administrativo Ministério da Saúde – 2008) Caso a administração pretenda aplicar, de modo legítimo, sanções administrativas decorrentes do exercício do poder de polícia, o ato praticado pelo administrado deverá estar previamente definido pela lei como infração administrativa. 113. (CESPE – Procurador do MP/TCU – 2004) O princípio da legalidade pode ser afastado ante o princípio da supremacia do interesse público, especialmente nas hipóteses de exercício de poder de polícia. 114. (CESPE – Promotor de Justiça/MT – 2005) O exercício do poder de polícia pode envolver, em certas situações, algum nível de discricionariedade, com base na qual a autoridade competente pode avaliar o momento mais adequado para agir, assim como a forma de atuação do poder público e a sanção aplicável ao caso concreto. 115. (CESPE – Defensor Público/ES – 2009) Apesar de a discricionariedade constituir um dos atributos do poder de polícia, em algumas hipóteses, o ato de polícia deve ser vinculado, por não haver margem de escolha à disposição do administrador público, a exemplo do que ocorre na licença. Questões 91 116. (CESPE – Analista Judiciário – Área Judiciária – TRT – 21ª Região – 2010) Segundo a doutrina, o poder de polícia tanto pode ser discricionário quanto vinculado. 117. (CESPE – Juiz Federal – TRF – 5o Região – 2009) Os atributos da autoexecutoriedade e da coercibilidade são exclusivos dos atos decorrentes do poder de polícia. O atributo da discricionariedade, apesar de verificado nos atos praticados no exercício de outros poderes da administração, é um atributo marcante do poder de polícia, pois todos os atos decorrentes desse poder são necessariamente discricionários. 118. (CESPE – Analista Judiciário – TRT – 9o Região – 2007) Pelo atributo da coercibilidade, o poder de polícia tem execução imediata, sem dependência de ordem judicial. 119. (CESPE – Procurador – INSS) O acatamento do ato de polícia administrativa é obrigatório ao seu destinatário Para fazer valer o seu ato, a administração pode até mesmo empregar força pública em face da resistência do administrado sem que, para isso, dependa de qualquer autorização judicial. 120. (CESPE – Agente Administrativo – MMA – 2009) Uma das características do poder de polícia é a discricionariedade, que é a possibilidade que tem a administração de pôr em execução as suas decisões, sem precisar recorrer previamente ao Poder Judiciário. 121. (CESPE – Analista Administrativo – Ministério da Saúde – 2008) Caso pretenda destruir bens impróprios ao consumo público, a administração necessitará requerer, mediante ação judicial, autorização para poder atuar. 122. (CESPE – Analista Administrativo – Ministério da Saúde – 2008) Caso a administração pretenda demolir uma obra que apresenta risco iminente de desabamento, deverá antes, recorrer ao Poder Judiciário. 123. (CESPE – Juiz Substituto – TJ/CE – 2004) Não obstante a previsão constitucional dos direitos fundamentais, a administração, no exercício de seus poderes, tem o poder-dever de limitar a fruição de alguns daqueles direitos, mesmo que, para tanto, não disponha de ordem judicial. 124. (CESPE – Escrivão de Polícia – PC/ES – 2010) Todas as medidas de polícia administrativa são autoexecutórias, o que permite à administração pública promover, por si mesma, as suas decisões, sem necessidade de recorrer previamente ao Poder Judiciário. 125. (CESPE – Juiz Federal – TRF – 5o Região – 2009) Mesmo sem autorização legal expressa, o atributo da autoexecutoriedade do poder de polícia autoriza o exercício desse poder quando necessária a prática de medida urgente, sem a qual poderá ocorrer prejuízo maior aos bens de interesse público. 92 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo 126. (CESPE – Papiloscopista – PC/PB – 2009) Somente em se tratando de situação de urgência está autorizada a administração a fazer cumprir as ações administrativas diretamente, sem a prévia autorização do Poder Judiciário. 127. (CESPE – Agente Penitenciário – SEJUS/ES – 2009) O exercício do poder de polícia visa à proteção do interesse da coletividade ou do Estado, razão pela qual não se submete ao controle pelo Poder Judiciário. 128. (CESPE – Técnico Judiciário – Área Administrativa – TRE/MT – 2010) No exercício do poder de polícia, a administração age sempre com autoexecutoriedade, não dependendo de outro poder para torná-lo efetivo. 129. (CESPE – Técnico Judiciário – Área Administrativa – TRE/MA – 2009) A multa de trânsito, cujos efeitos pecuniários somente podem ser cobrados por via judicial, é exemplo de atos não autoexecutórios. 130. (CESPE – Técnico Superior – Administrador – DETRAN/ES – 2010) O poder de polícia, próprio de autoridades de segurança pública, adstringe-se à investigação e à prisão judiciária dos que infringem a legislação vigente. 131. (CESPE – Agente de Polícia Federal – 2004) O DPF exerce atividade de polícia administrativa, visto que apura infrações penais contra a administração pública federal. 132. (CESPE – Técnico do MPE/RR – 2008) Determinado policial civil, valendo-se da prerrogativa que o cargo lhe assegura, ingressou em uma casa de espetáculos, na qual iria ocorrer um show de pagode, sem pagar o ingresso correspondente, sob o argumento de que, por ser policial, tem livre acesso a locais públicos e privados. Tendo como referência a situação descrita acima, se o policial tivesse entrado no local a fim de investigar um crime, estaria exercendo o poder de polícia administrativa. 133. (CESPE – Juiz Federal – TRF – 1ª Região – 2009) Prescreve em cinco anos a ação punitiva da administração pública federal, direta e indireta, no exercício do poder de polícia, objetivando apurar infração à legislação em vigor, contando-se tal prazoda data da prática do ato ou, no caso de infração permanente ou continuada, do dia em que tiver cessado. 134. (CESPE – Promotor Substituto – MPE/SE – 2010) Na esfera da administração pública federal, direta ou indireta, a ação punitiva, quando se tratar do exercício do poder de polícia, prescreve em cinco anos contados a partir da data da prática do ato ou, em se tratando de infração permanente ou continuada, a partir do dia em que esta tiver cessado. Questões 93 135. (CESPE – Juiz Federal – TRF – 5o Região – 2009) A Lei nº 9.873/1999, que não se aplica às infrações de natureza funcional nem aos processos e procedimentos de natureza tributária, dispõe que o prazo prescricional da ação punitiva da administração pública, no exercício do poder de polícia, é de cinco anos, contados da data em que o ato tornou-se conhecido. 136. (CESPE – Juiz Federal – TRF – 5o Região – 2009) O procedimento administrativo instaurado no exercício do poder de polícia visando à aplicação de penalidade sofrerá prescrição intercorrente se for paralisado por mais de três anos, pendente de julgamento ou despacho. Os autos, contudo, só serão arquivados mediante requerimento da parte interessada. 137. (CESPE – Técnico do TCU – 2007) O excesso de poder, uma das modalidades de abuso de poder, configura-se quando um agente público pratica determinado ato alheio à sua competência. 138. (CESPE – Delegado de Polícia Federal – 2004) O abuso de poder, na modalidade de desvio de poder, caracteriza-se pela prática de ato fora dos limites da competência administrativa do agente. 139. (CESPE – Técnico Judiciário – TRE/PR – 2009) Considere a seguinte situação hipotética. Eli, presidente da comissão de licitação de certa empresa pública, classificou a pessoa jurídica JB Serviços Ltda. Sem que esta atendesse aos fins objetivos da licitação, em razão de que um dos sócios da referida pessoa jurídica era seu primo. Nessa situação, Eli praticou ato administrativo com abuso de poder, por desvio de finalidade. 140. (CESPE – Técnico do MPE/RR – 2008) Determinado policial civil, valendo-se da prerrogativa que o cargo lhe assegura, ingressou em uma casa de espetáculos, na qual iria ocorrer um show de pagode, sem pagar o ingresso correspondente, sob o argumento de que, por ser policial, tem livre acesso a locais públicos e privados. Tendo como referência a situação descrita acima, caso fique comprovado que o policial não estava no local em razão do serviço, mas apenas para assistir ao show, restará configurado desvio de finalidade. 141. (CESPE – Auditor Interno – AUGE/MG – 2009) Caracteriza-se como excesso de poder a conduta abusiva dos agentes que, embora dentro de sua competência, afastam-se do interesse público que deve nortear todo o desempenho administrativo. 142. (CESPE – Auditor do Estado/ES – 2009) Uma das hipóteses de desvio de poder é aquela em que o agente público utiliza-se do poder discricionário para atingir uma finalidade distinta daquela fixada em lei e contrária ao interesse público, estando o Poder Judiciário, nesse caso, autorizado a decretar a nulidade do ato administrativo. 94 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo 143. (CESPE – Analista Judiciário – Área Judiciária – TRT – 17ª Região – 2009) O desvio de finalidade do ato administrativo verifica-se quando o agente pratica o ato visando a fim diverso daquele previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência. 144. (CESPE – Analista Judiciário – Área Judiciária – TRE/MT – 2010) Há excesso de poder quando o agente público decreta a remoção de um servidor não como necessidade do serviço, mas como punição. 145. (CESPE – Técnico Judiciário Área Administrativa – TRT – 17ª Região – 2009) A remoção de servidor ocupante de cargo efetivo para localidade muito distante da que originalmente ocupava, com intuito de puni-lo, decorre do exercício do poder hierárquico. 146. (CESPE – Analista Judiciário – TRT – 9o Região – 2008) O abuso de poder, além de invalidar o ato administrativo, pode gerar responsabilidade penal. 147. (CESPE – Procurador Federal – 2007) A reserva do possível pode ser sempre invocada pelo Estado com a finalidade de exonerar-se do cumprimento de suas obrigações constitucionais que impliquem custo financeiro. 148. (CESPE – Administrador – DFTRANS – 2008) Além do dever de probidade, o administrador público tem, entre outros, o dever de eficiência e o dever de prestar contas. 149. (CESPE – Técnico Superior – Administrador – DETRAN/ES – 2010) Gestor público que instrua servidores a ele vinculados acerca do dever de prestar contas – obrigação de toda e qualquer pessoa responsável por bens e valores públicos – age de acordo com os preceitos do direito administrativo referentes aos deveres do administrador público. 150. (CETRO – Analista Técnico-administrativo – MinC – 2010) O dever do agente público de prestar contas alcança a Administração centralizada, excluindo-se as entidades a ela vinculadas. 151. (CESPE – Analista Judiciário – Administração do TJDFT – 2007) A violação ao dever de probidade pode provocar para o agente público o pagamento de multa civil, a perda da função pública, a suspensão dos direitos políticos e a indisponibilidade de bens. 152. (CETRO – Analista Técnico-administrativo – MinC – 2010) O dever de probidade, quando descumprido pelo agente público, acarretar-lhe-á a perda da função pública e dos direitos políticos. 153. (CESPE – Analista Judiciário – Administração do TJ/CE – 2008) O dever de eficiência, um dos principais deveres do administrador público, consiste na correção das próprias intenções e do comportamento no cumprimento da atuação como agente público. Questões 95 154. (FCC – Técnico Administrativo – TRE/AL – 2010) A imposição de que o administrador e os agentes públicos tenham sua atuação pautada pela celeridade, perfeição técnica e economicidade traduz o dever de a) agir. b) moralidade. c) prestação de contas. d) eficiência. e) obediência. 155. (FCC – Auxiliar Judiciário – TJ/PA – 2009) O Poder vinculado da Administração Pública, a) só tem aplicação no âmbito do Poder Judiciário, mais especificamente no Supremo Tribunal Federal. b) permite ao administrador praticar o ato administrativo com liberdade de escolha quanto à conveniência, oportunidade e conteúdo. c) é um dos princípios expressos na Constituição Federal. d) significa que o administrador não precisa observar os elementos e requisitos previstos na lei. e) é o que a lei confere à Administração para a prática de atos de sua competência, determinando os elementos e requisitos necessários à sua formalização. 156. (FCC – Auxiliar Judiciário – TJ/PA – 2009) Em razão do poder discricionário, a) o administrador pode aplicar qualquer penalidade ao funcionário faltoso mesmo que não expressamente prevista na Lei do Regime Jurídico dos Servidores da União. b) o administrador tem livre arbítrio para a prática do ato administrativo. c) a competência para a prática do ato administrativo é automaticamente delegada para a autoridade subordinada. d) o administrador tem liberdade de ação administrativa dentro dos limites permitidos em lei. e) o ato administrativo deve sempre observar o conteúdo imposto pela lei que o autorizou. 157. (FCC – Técnico Judiciário – Área Administrativa – TRT – 5ª Região) Quando a Administração pode escolher entre duas ou mais opções, no caso concreto, segundo critérios de oportunidade e conveniência, pratica ato a) discricionário. b) vinculado. c) arbitrário. d) jurisdicional. e) imperativo. 96 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo 158. (FCC – Analista – Taquigrafia – TRE/PI – 2009) O poder de que dispõem os Chefes de Poder Executivo de explicar a lei para a sua correta execução, ou de expedir decretos autônomos sobre matéria de sua competência ainda não disciplinadapor lei é conhecido como poder a) regulamentar. b) hierárquico. c) discricionário. d) vinculado. e) disciplinar. 159. (FCC – Agente Técnico Legislativo – ASS. LEG./SP – 2010) O poder regulamentar atribuído pela Constituição Federal ao Chefe do Executivo o autoriza a editar normas a) complementares à lei, para sua fiel execução, não se admitindo a figura do regulamento autônomo, exceto para matéria de organização administrativa, incluindo a criação de órgãos e de cargos públicos. b) autônomas em relação a toda e qualquer matéria de organização administrativa e complementares à lei em relação às demais matérias. c) complementares à lei, para sua fiel execução, não sendo admitida a figura do regulamento autônomo, exceto no que diz respeito à matéria de organização administrativa, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgão público, bem como para extinção de cargos ou funções, quando vagos. d) complementares à lei, para sua fiel execução, não se admitindo a figura do regulamento autônomo, exceto para matérias relativas a organização administrativa e procedimento disciplinar de seus servidores. e) complementares à lei, para sua fiel execução, não se admitindo, em nenhuma hipótese, o poder normativo autônomo, ainda que em matéria afeta à organização administrativa. 160. (FCC – Procurador de Estado – PGE/SE) Sobre o poder normativo da Administração, é correto afirmar que a) é deferido a entidades da Administração Direta e Indireta, nos limites das suas respectivas competências. b) pode se manifestar em caráter originário, mesmo que contra a lei. c) seu exercício representa legitima delegação de competência legislativa à Administração, d) se resume ao poder regulamentar previsto no art. 84, IV, da Constituição Federal. e) tem como titular o Presidente da República, que pode delegá-lo a outros níveis inferiores da federação. Questões 97 161. (FCC – Analista – TCE/MA) Em face do princípio da legalidade, é correto afirmar que a) é obrigatória a edição de lei para disciplinar a organização e funcionamento da Administração Direta. b) independe de lei a criação de órgão público, quando implicar ou não aumento de despesa. c) a criação de cargos depende de lei, mas a sua extinção, quando vagos, poder ser feita por decreto. d) a remuneração dos servidores públicos, inclusive aqueles submetidos ao regime da Consolidação das Leis do trabalho, somente pode ser fixada e alterada por lei. e) todos os atos praticados pelo Poder Executivo devem contar com prévia autorização legislativa específica. 162. (FCC – Analista Judiciário –Área Judiciária – TRE/AC) – A fim de explicar o modo de execução de uma lei, o Chefe do Poder Executivo deve expedir a) uma resolução, que é ato administrativo do poder normativo ao qual os administrados devem obediência e que não depende de aprovação de outro órgão. b) um projeto de lei sobre a matéria, que é manifestação expressa da legitimidade de seu poder-dever de iniciativa legislativa. c) uma circular, que é ato administrativo interno e geral baseado no poder hierárquico e que explica o necessário para a aplicação da lei. d) um decreto, que é ato administrativo geral e normativo e manifestação expressa de seu poder regulamentar. e) uma instrução normativa, que é ordem escrita, geral, oriunda do poder disciplinar e determinadora do modo pelo qual a lei será aplicada. 163. (FCC Procurador Judicial do Município de Recife) Considere as relações jurídicas estabelecidas entre: I. O Presidente da Republica e o Prefeito de um Município. II. O Prefeito de um Município e um Secretário desse Município. III. O Prefeito de um Município e o Presidente de uma autarquia desse Município. Conforme a doutrina administrativista, há vínculos de hierarquia a) nas relações mencionadas nos itens I, II e III. b) apenas nas relações mencionadas nos itens I e II. c) apenas nas relações mencionadas nos itens II e III. d) apenas na relação mencionada no item II. e) apenas na relação mencionada no item III. 98 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo 164. (FCC – Procurador Autárquico – Bacen) NÃO é decorrência do exercício do poder hierárquico no âmbito da Administração pública, a a) avocação, feita por um Ministro de Estado, de competência de subordinado seu. b) alteração, por dirigente de autarquia, de ato praticado por subordinado seu. c) revisão, por Ministro de Estado, de ato praticado por subordinado seu. d) delegação de competências do Presidente da República para um Ministro de Estado. e) revisão, pelo Presidente da República, de ato praticado por dirigente de fundação pública. 165. (FCC – ISS/SP) NÃO se compreende dentre possíveis manifestações do poder hierárquico, no âmbito da Administração Pública, a) o acolhimento de um recurso, por autoridade superior àquela que proferiu decisão administrativa. b) a delegação de competências. c) a avocação de competências. d) o acolhimento de um pedido de reconsideração pela autoridade que proferiu decisão administrativa. e) a coordenação das ações de servidores subordinados. 166. (FCC – Oficial de Justiça Avaliador – TJ/PA – 2009) Poder hierárquico é a) o poder de que dispõem os chefes de Executivo de expedir decretos autônomos sobre matéria de sua competência ainda não disciplinada em lei. b) o de que dispõe o Executivo para distribuir e escalonar as funções de seus órgãos, ordenar e rever a atuação de seus agentes. c) a faculdade de punir as infrações funcionais dos servidores e demais pessoas sujeitas à disciplina dos órgãos e serviços da Administração. d) a faculdade de que dispõe a Administração Pública para condicionar e restringir o uso e o gozo de bens, atividades e direitos individuais em benefício da coletividade. e) o poder que as Corregedorias têm de investigar e aplicar penalidades em servidores pela prática de atos administrativos ilegais. 167. (FCC – Analista Judiciário – Área Judiciária –TRE/BA) O poder hierárquico a) permite a avaliação subjetiva da legalidade de ordens emanadas do superior. b) determina o cumprimento de todas as ordens ex-pressas emanadas do superior. c) impõe o cumprimento de ordem superior, salvo se manifestamente ilegal. d) confunde-se com o poder disciplinar, do qual é decorrência. e) aplica-se também às funções próprias do Poder Judiciário e do Poder Legislativo. Questões 99 168. (FCC – Analista Judiciário – Taquigrafia – TRE/PI – 2009) A faculdade de punir internamente as infrações funcionais dos servidores e demais pessoas sujeitas à disciplina dos órgãos e serviços da Administração diz respeito ao poder a) de auto-executoriedade. b) de polícia. c) disciplinar. d) de império. e) discricionário. 169. (FCC – Agente Técnico Legislativo – ASS.LEG./SP – 2010) O Poder disciplinar atribuído à Administração pública a) autoriza a aplicação de penalidades aos servidores públicos e demais pessoas sujeitas à disciplina administrativa. b) traduz-se no poder da Administração de impor limitações às liberdades individuais nos limites pré estabelecidos na lei. c) caracteriza-se como o poder conferido às autoridades administrativas de dar ordens a seus subordinados e de controlar as atividades dos órgãos inferiores. d) é o poder de editar atos normativos para ordenar a atuação dos diversos órgãos e agentes dotados das competências especificadas em lei. e) é o poder de aplicar, aos agentes públicos e aos administrados em geral, as penalidades fixadas em lei, observado o devido processo legal. 170. (FCC – Agente Técnico Legislativo – ASS. LEG./SP – 2010) O poder de polícia a) somente pode ser exercido pelo Poder Legislativo, mediante a criação, por lei, das limitações administrativas ao exercício das liberdades públicas. b) somente é exercido pelo Poder Executivo, por intermédio da autoridade competente, nos limites da lei e sempre repressivamente. c) comporta atos preventivos e repressivos, exercidos pela Administração no interesse público, independentemente de limitação legal. d) depende, seu exercício,de previsão legal expressa, porém não está sujeito ao controle judicial, em face do atributo da auto executoriedade. e) abrange atividades do Poder Legislativo e do Poder Executivo, cabendo ao primeiro a edição de normas gerais e abstratas, e, ao segundo, as ações repressivas e preventivas de aplicação de tais limitações. 171. (FCC – ISS/SP) É adequada a invocação do poder de polícia para justificar que um agente administrativo a) prenda em flagrante um criminoso. b) aplique uma sanção disciplinar a um servidor subordinado seu. c) determine a interdição de um estabelecimento que viole normas sanitárias, 100 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo d) agrida alguém, agindo em legítima defesa. e) envie ao Ministério Público a notícia do cometimento de uma infração por um cidadão. 172. (FCC – Analista Judiciário – TRE/AL – 2010). O poder de polícia a) na área administrativa não difere do poder de polícia na área judiciária. b) é exercido por meio de medidas preventivas, vedadas as medidas repressivas. c) tem como atributos, dentre outros, a auto executoriedade e a coercibilidade. d) tem como fundamentos os princípios da legalidade e da moralidade. e) não se subordina a limites, visto que, sendo prioritariamente discricionário, a forma de atuação fica ao livre arbítrio da autoridade. 173. (FCC – Analista Judiciário – Execução de Mandados – TRF – 4ª Região) No que se refere aos poderes administrativos, é certo que a) não há hierarquia nos Poderes Judiciário e Legislativo, tanto nas funções constitucionais, como nas administrativas. b) o termo polícia judiciária tem o mesmo significado de polícia administrativa. c) o poder disciplinar confunde-se com o poder hierárquico. d) o poder discricionário não se confunde com a arbitrariedade. e) o poder será vinculado quando o Administrador pode optar dentro de um juízo de conveniência e oportunidade. Capítulo 6 aTos adminisTraTivos 01. (CESPE – Técnico de Controle Externo do TCU – 2007) Os atos administrativos estão completamente dissociados dos atos jurídicos, pois os primeiros referem-se sempre à atuação de agentes públicos, ao passo que os segundos abrangem também os atos praticados por particulares. 02. (CESPE – Agente Administrativo do Ministério da Saúde – 2008) Pelo critério subjetivo, ato administrativo é somente aquele praticado no exercício concreto da função administrativa, seja ele editado pelos órgãos administrativos, seja pelos órgãos judiciais e legislativos. Assim, juízes e parlamentares desempenham algumas atribuições tipicamente administrativas, que dizem respeito ao funcionamento interno de seus órgãos e servidores. 03. (CESPE – Técnico Administrativo da Anatel – 2009) Atos administrativos são aqueles praticados exclusivamente pelos servidores do Poder Executivo, como, por exemplo, um decreto editado por ministro de estado ou uma portaria de secretário de justiça de estado da Federação. 04. (CESPE – Analista Administrativo – ANATEL – 2009) Ato administrativo é aquele praticado no exercício concreto da função administrativa pelos órgãos do Poder Executivo ou pelos órgãos judiciais e legislativos. Assim, um tribunal de justiça estadual, quando concede férias aos seus servidores, desempenha uma função administrativa. 05. (CESPE – Analista Judiciário – Administração do TJ/CE – 2008) Os chamados atos administrativos não são necessariamente praticados pelos órgãos e entidades que compõem o Poder Executivo, que, por outro lado, pode praticar atos que não se caracterizam como administrativos. No primeiro caso, um exemplo é o contrato firmado pelo Poder Judiciário com uma entidade privada para a realização de concurso público; o segundo exemplifica-se com a concessão do indulto de Natal. 06. (CESPE – Analista de Controle Externo – TCU – 2007) Os atos praticados pelo Poder Legislativo e pelo Poder Judiciário devem ser sempre atribuídos à sua função típica, razão pela qual tais poderes não praticam atos administrativos. 102 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo 07. (CESPE – Especialista em Regulação – ANTAQ – 2005) Os atos administrativos cabem, em princípio, aos órgãos do Poder Executivo, mas autoridades de outros poderes, como do Poder Judiciário, por exemplo, também têm competência para editar atos dessa natureza quando no exercício de atividades administrativas. 08. (FUNIVERSA – Auxiliar Administrativo – IPHAN – 2009) As decisões jurisdicionais, precípuas do Poder Judiciário, são espécies de atos administrativos. 09. (CESPE – Fiscal de Receitas Estaduais – SEFAZ/AC – 2009) Entidades privadas podem praticar atos administrativos. 10. (CESPE – Analista de Controle Externo – 2007) São exemplos de atos administrativos relacionados com a vida funcional de servidores públicos a nomeação e a exoneração. Já os atos praticados pelos concessionários e permissionários do serviço público não podem ser alçados à categoria de atos administrativos. 11. (FUNIVERSA – Auxiliar Administrativo – IPHAN – 2009) Os agentes concessionários de serviços públicos, no exercício de suas funções típicas, expedem atos administrativos. 12. (CESPE – Analista Judiciário – TRT – 5ª Região – 2008) O mandado de segurança é cabível contra ato de pessoa jurídica que, embora privada, exerça atribuição do poder público. 13. (CESPE – Defensor Público de Alagoas – 2009) O ato administrativo está sujeito a regime jurídico administrativo, razão pela qual o ato de direito privado praticado pelo Estado não é considerado ato administrativo. 14. (CESPE – Analista Judiciário – TRE/MA – 2009) O ato administrativo se sujeita ao regime jurídico de direito público ou de direito privado. 15. (CESPE – Analista Judiciário – Administração do TJDFT – 2007) O conceito de ato administrativo engloba todas as ações emanadas da administração pública e sujeitas ao controle pelo Poder Legislativo. 16. (ESAF – Analista em Planejamento – SEFAZ/SP – 2009) O ato administrativo não está sujeito a controle jurisdicional. 17. (CESPE – Procurador do Amazonas – 2004) A doutrina diferencia atos da Administração de atos administrativos, que se distinguem, entre outras razões, pelo fato de os primeiros poderem ser praticados por qualquer órgão do Estado, ao passo que os últimos ocorrem unicamente no âmbito do Poder Executivo. 18. (FUNIVERSA – Auxiliar Administrativo – IPHAN – 2009) Atos administrativos são sinônimo de atos da Administração. 19. (CESPE – Agente Administrativo do MMA – 2009) Todo ato praticado no exercício de função administrativa é considerado ato administrativo. Questões 103 20. (CESPE – Técnico – SEPLAG/SEAPA/FD – 2009) Todo ato administrativo pode ser compreendido como um ato da administração pública, mas nem todo ato da administração pública pode ser classificado como ato administrativo. 21. (CESGRANRIO – Profissional Básico Direito – BNDES – 2006) Os atos da Administração são, por definição, atos administrativos. 22. (FGV – Administrador – POTIGAS – 2006) Pode-se definir o ato administrativo como a declaração do Estado ou de quem o represente, que produz efeitos jurídicos imediatos, com observância da lei, sob regime jurídico de direito público e sujeita a controle pelo Poder Judiciário. 23. (CESPE – Titular de Serviço Notarial – TJ/SE – 2007) A administração pública pode praticar atos ou celebrar contratos em regime de direito privado, como nos casos em que assina uma escritura de compra e venda ou de doação. 24. (CESPE – Administrador Ministério da Previdência Social – 2010) Quando um banco estatal celebra, com um cliente, um contrato de abertura de conta-corrente, está praticando um ato administrativo. 25. (CESPE – Advogado do SERPRO – 2008) Quando o médico detentor de cargo efetivo faz uma cirurgia em hospital público, esse ato é considerando um ato administrativo propriamente dito. 26. (MOVENS – Técnico Administrativo– DNPM – 2010) Considerando que os atos da Administração podem ser caracterizados em quatro tipos distintos, relacione a primeira coluna, que apresenta esses tipos, à segunda e, em seguida, assinale a opção correta. I – Atos regidos inteiramente pelo direito privado II – Atos materiais III – Atos de governo IV – Atos administrativos propriamente ditos ( ) Veto total ou parcial de um projeto de lei. ( ) Concessão de aposentadoria a determinado servidor público. ( ) Locação de um galpão para servir de almoxarifado. ( ) Envio de emenda constitucional ao Congresso Nacional. ( ) Pavimentação de uma rua. A sequência correta é: a) I, III, III, IV, II. b) II, III, I, III, IV. c) III, III, II, I, IV. d) III, IV, I, III, II. e) IV, I, I, III, II. 104 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo 27. (CESPE – Juiz Federal Substituto – TRF – 1ª Região – 2010) Em obediência ao princípio da solenidade da forma, entendida esta como o meio pelo qual se exterioriza a vontade da administração, o ato administrativo deve ser escrito e manifestado de maneira expressa, não se admitindo, no direito público, o silêncio como forma de manifestação da vontade da administração. 28. (CESPE – Titular de Serviços Notariais do TJDFT – 2008) O silêncio administrativo não significa ocorrência do ato administrativo ante a ausência da manifestação formal de vontade, quando não há lei dispondo acerca das conseqüências jurídicas da omissão da administração. 29. (CESPE – Agente Administrativo do MMA – 2009) Pelo atributo da presunção de veracidade, presume-se que os atos administrativos estão em conformidade com a lei. 30. (CESPE – Agente Polícia Federal – 2009) O princípio da presunção de legitimidade ou de veracidade retrata a presunção absoluta de que os atos praticados pela administração pública são verdadeiros e estão em consonância com as normas legais pertinentes. 31. (CESPE – Analista Técnico-administrativo – MS – 2010) Os atos administrativos gozam de presunção iuris et de iure de legitimidade. 32. (CESPE – Técnico Judiciário – Área Administrativa – TRE/MA – 2009 – adaptada) A presunção de legitimidade dos atos administrativos é iuris tantum. 33. (CESPE – Técnico Federal de Controle Externo – TCU – 2009) A doutrina majoritária afirma ser a presunção de legitimidade, atributo dos atos administrativos, privilégio típico de um Estado autoritário, por ser absoluta e não admitir prova em contrário. 34. (CESPE – Técnico de Nível Superior – MDIC – 2008) Os atos administrativos gozam de presunção juris tantum de legitimidade (atributos do ato administrativo). Desse modo, presume-se, até prova em contrário, que os atos administrativos tenham sido emitidos com observância da lei. 35. (CESPE – Técnico de Nível Superior do MDS – 2008) Os atos administrativos gozam de presunção juris tantum de legitimidade (atributos do ato administrativo). Desse modo, presume-se, até prova em contrário, que os atos administrativos tenham sido emitidos com observância da lei. 36. (CESPE – Administrador – AGU – 2010) O ato administrativo, uma vez publicado, terá vigência e deverá ser cumprido, ainda que esteja eivado de vícios. 37. (CESPE – Professor Tecnólogo Direito – IFB – 2010) Por meio da imperatividade, uma das características do ato administrativo, exige-se do particular o cumprimento do ato, ainda que este contrarie disposições legais. Questões 105 38. (CESPE – Juiz Substituto – TJ/CE – 2004) Mesmo que um ato administrativo tenha surgido no mundo jurídico despojado de um dos elementos essenciais à sua perfeição, gozará, ainda assim, da presunção de validade, de modo que seus efeitos somente poderão deixar de produzir-se se houver decisão judicial nesse sentido. 39. (CESPE – Atendente Judiciário – TJ/BA – 2003) O ato administrativo nulo pode produzir seus efeitos enquanto não for declarada sua invalidado em razão da presunção de legitimidade, atributo inerente a todos os atos administrativos. 40. (CESPE – Agente Administrativo – AGU – 2010) No caso de um administrado alegar a existência de vício de legalidade que invalide determinado ato administrativo, esse indivíduo deverá fundamentar sua alegação com provas dos fatos relevantes, por força da obrigatoriedade de inversão do ônus da prova, originada no princípio da presunção de legitimidade do ato administrativo. 41. (CESPE – Técnico Judiciário do TRT – 5ª Região – 2008) A administração tem o ônus de provar a legalidade do ato administrativo sempre que ela for questionada judicialmente. 42. (CESPE – Técnico Judiciário – STJ – 2004) A presunção de legitimidade dos atos administrativos inverte o ônus da prova para quem alega a ilegalidade de determinado ato administrativo. 43. (CESPE – Analista Administrativo – PREVIC – 2011) As certidões e os atestados emitidos pela administração pública possuem presunção de veracidade, razão pela qual não podem ser anulados de ofício pelo Poder Judiciário. 44. (CESPE – Analista Judiciário – Área judiciária – TRE/BA – 2010) Um dos efeitos do atributo da presunção de veracidade dos atos administrativos reside na impossibilidade de apreciação de ofício da validade do ato por parte do Poder Judiciário. 45. (CESPE – Defensor Público de Alagoas – 2009) Em decorrência do atributo da presunção de veracidade, não pode o ato administrativo ter sua validade apreciada de ofício pelo Poder Judiciário. 46. (CESPE – Agente Administrativo da Universidade do Pará – 2008) Todo ato administrativo tem presunção de legitimidade. 47. (CESPE – Titular notarial do TJ/SE – 2007) A presunção de legitimidade e de veracidade dos atos administrativos depende de norma infraconstitucional que a estabeleça. 48. (CESPE – Analista Judiciário do TRT – 5ª Região – 2008) Os atos administrativos não têm poder de coercibilidade em relação aos particulares, visto que ninguém está obrigado a fazer ou deixar de fazer algo senão em virtude de lei. 106 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo 49. (CESPE – Analista Judiciário – Administração do TJDFT – 2007) A imperatividade é o atributo pelo qual algumas espécies de atos administrativos se impõem a terceiros, mesmo que não haja sua concordância explícita. 50. (CESPE – Defensor Público do Piauí – 2009) Quando atua nos atos de gestão, sujeitos ao regime do direito privado, a administração goza das prerrogativas do poder extroverso. 51. (CESPE – Analista Administrativo Ministério da Saúde – 2008) O atributo da imperatividade existe em relação a todos os atos administrativos, venham eles a impor obrigações (como nos atos ordenatórios e punitivos) ou a conferir direitos ao administrado (como na permissão, licença e autorização). 52. (CESPE – Agente Administrativo do Ministério da Saúde – 2008) Se a administração pública conceder a determinada empresa uma licença para construir, então, nesse caso, por se tratar de ato que confere direitos solicitados pelo administrado, o atributo da imperatividade, pelo qual os atos administrativos se impõem a terceiros, independentemente da concordância destes, inexistirá. 53. (CESPE – Técnico Judiciário – TRE/MG – 2009) A imperatividade é atributo que não alcança todos os atos administrativos, já que os atos meramente enunciativos ou os que conferem direitos solicitados pelos administrados não ostentam referido atributo. 54. (CESPE – Analista Judiciário – TRE/MA – 2009) A imperatividade é atributo presente em todos os atos administrativos, inclusive naqueles que conferem direitos solicitados pelos administrados e nos atos enunciativos 55. (CESPE – Técnico Judiciário – Área Administrativa – TRE/MA – 2009 – adaptada) A imperatividade é a característica do ato administrativo que faz com que esse ato, tão logo seja praticado, possa ser imediatamente executado e seu objeto, imediatamente alcançado. 56. (CESPE – TécnicoJudiciário – Área Administrativa – TRE/MA – 2009 – adaptada) Todo ato administrativo é autoexecutável. 57. (CESPE – Analista Administrativo – PREVIC – 2011) Com fundamento no atributo da autoexecutoriedade, a administração pública pode apreender mercadorias ou interditar estabelecimento comercial sem autorização prévia do Poder Judiciário. 58. (CESPE – Auditor do Estado/ES – 2009) Considere a seguinte situação hipotética. O Instituto Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor, após constatar a ocorrência de irregularidades, e a presença dos pressupostos legais, interditou determinado estabelecimento. Nessa situação, o ato é inválido já que a administração pública não poderia tomar referida providência sem a prévia autorização judicial. Questões 107 59. (CESPE – Auditor Federal de Controle Externo – Especialidade Medicina – TCU – 2009) O ato administrativo, por estar submetido a um regime de direito público, apresenta algumas características que o diferenciam dos atos de direito privado. Assim, de acordo com o atributo da imperatividade, o ato administrativo poderá ser imediatamente executado pela administração pública, sem a necessidade de intervenção do Poder Judiciário. 60. (CESPE – Técnico Judiciário – Área Administrativa – 2010) A autoexecutoriedade é um atributo de todos os atos administrativos. 61. (CESPE – Procurador do Ministério Público junto ao TCU – 2004) A auto- executoriedade, atributo inerente aos atos administrativos, só não está presente quando vedada expressamente por lei. 62. (CESPE – Analista de Compras/MS – 2008) Caso a administração pretenda demolir uma obra que apresenta risco iminente de desabamento, deverá antes, recorrer ao Poder Judiciário. 63. (CESPE – Defensor Público do Piauí – 2009) Nem todos os atos administrativos que impõem obrigações possuem o atributo da executoriedade. 64. (FGV – Juiz Substituto – TJ/MS – 2008) Os atos administrativos são revestidos de alguns atributos que os diferenciam dos atos provados em geral: imperatividade, que significa que os atos administrativos são cogentes; presunção de legitimidade, ou seja, a presunção de que surgiram de acordo com as normas legais; e auto-executoriedade, que significa que a Administração Pública pode executar suas próprias decisões. A autoexecutoriedade só não é aplicada no que tange aos atos expropriatórios, pois estes sempre devem ser executados pelo Poder Judiciário, sob pena de violação ao princípio do devido processo legal. 65. (CESPE – Consultor Fazendário do Estado/ES – 2009) Paulo foi notificado, pela prefeitura, a construir uma calçada em frente à sua casa, sob pena de multa. Nessa situação, o atributo do ato administrativo em tela, especificamente identificado na hipótese, é o da exigibilidade. 66. (CESPE – Agente de Polícia Civil/RN – 2009) Tipicidade é o atributo pelo qual o ato administrativo deve corresponder a figuras definidas previamente pela lei, aptas a produzir determinados resultados. Trata-se de decorrência do princípio da legalidade, que afasta a possibilidade de a administração praticar atos inominados. 67. (CESPE – Analista Judiciário – TRE/MA – 2009) A tipicidade é atributo do ato administrativo constante unicamente nos atos unilaterais, razão pela qual não se faz presente nos contratos celebrados pela administração pública. 108 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo 68. (CESPE – Auditor Federal de Controle Externo – Especialidade Medicina – TCU – 2009) De acordo com a disciplina prevista na Lei da Ação Popular, o ato administrativo apresenta os seguintes elementos ou requisitos: competência, forma, objeto, motivo e finalidade. 69. (CESGRANRIO – Bibliotecário – FUNASA – 2009) Considerando o art. 2º da Lei Federal no 4.717/65, que regula a ação popular, são elementos do ato administrativo: a) a vinculação, a discricionariedade e a controlabilidade. b) a competência, a forma, o objeto, a finalidade e o motivo. c) a competência, a forma, a vinculação e a presunção de legalidade. d) a presunção de legitimidade e a heteroexecutoriedade. e) a presunção de legalidade, a economicidade e a eficiência. 70. (CESPE – Procurador Federal – 2002) O exame do ato administrativo revela a existência de requisitos necessários à sua formação, que podem ser assim discriminados: competência, finalidade, forma, motivo e objeto. 71. (CESPE – Analista de Controle Externo – TCE/AC – 2009) Como qualquer ato jurídico, o ato administrativo possui elementos, intrínsecos ou extrínsecos, que determinam sua existência; requisitos, que condicionam sua validade; e atributos, que propiciam sua eficácia. 72. (CESPE – Analista – FINEP – 2009) Forma e objeto são elementos intrínsecos dos atos administrativos. 73. (CETRO – Analista – Técnico-administrativo – MinC – 2010) Os elementos intrínsecos do ato administrativo são: a ação ou a abstenção humanas, consubstanciadas em atos comissivos ou omissivos; a forma, que é a declaração de vontade do Estado; e o objeto ou conteúdo, que é a matéria de interesse público, ou seja, a relação jurídica administrativa sobre o que o ato administrativo se refere. 74. (ESAF – Assistente Técnico-administrativo – MF – 2009) Associe os elementos do ato administrativo a seus conceitos, em linhas gerais. Ao final, assinale a opção correspondente. 1. Sujeito 2. Objeto ou conteúdo 3. Forma 4. Finalidade 5. Motivo ( ) É o pressuposto de fato e de direito que serve de fundamento ao ato administrativo. ( ) É o efeito jurídico imediato que o ato produz. ( ) É o resultado que a Administração quer alcançar com a prática do ato. Questões 109 ( ) É aquele a quem a lei atribui competência para a prática do ato. ( ) É a exteriorização do ato e/ou as formalidades que devem ser observadas durante o processo de sua formação. a) 5, 2, 4, 1, 3 b) 2, 5, 1, 3, 4 c) 3, 1, 4, 2, 5 d) 5, 4, 2, 1, 3 e) 2, 4, 3, 1, 5 75. (FCC – Advogado Trainee – METRO – 2010). A inexistência da forma induz a inexistência do ato administrativo. 76. (CESPE – Analista – FINEP – 2009) Agente público, tempo e lugar são elementos extrínsecos dos atos administrativos. 77. (CETRO – Analista Técnico-administrativo – MinC – 2010) Os elementos extrínsecos do ato administrativo são: o agente público, que, em nome do Estado, declara sua vontade normativa; o tempo e o lugar, sem os quais não há nem fato jurídico; e a autoexecutoriedade, segundo a qual a realização do ato administrativo não se sujeita à participação de outros Poderes. 78. (CESPE – Analista de Controle Externo – 2007) O ato administrativo não surge espontaneamente e por conta própria. Ele precisa de um executor, o agente público competente, que recebe da lei o devido dever-poder para o desempenho de suas funções. 79. (CESPE – Agente de Polícia Civil/ES – 2008) A competência é requisito de validade do ato administrativo e se constitui na exigência de que a autoridade, órgão ou entidade administrativa que pratique o ato tenha recebido da lei a atribuição necessária para praticá-lo. 80. (CESPE – Procurador do Estado de Pernambuco – 2009) Em regra, a competência administrativa é renunciável. 81. (CESPE – Técnico Superior Administrador – DETRAN/ES – 2010) Ao administrador público são atribuídos poderes discricionários, sendo-lhe facultado renunciar parcialmente aos poderes recebidos. 82. (CESPE – Agente Administrativo do Ministério da Saúde – 2008) A competência é inderrogável, seja pela vontade da administração, seja por acordo com terceiros, porque a competência é conferida em benefício do interesse público. 83. (ESAF – Auditor Fiscal da RFB – 2009) A competência é, em regra, inderrogável e improrrogável. 110 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo 84. (CESPE – Técnico Judiciário – TRE/PR – 2009) Independentemente de norma legal, é admissível que um órgãopúblico transfira a outro suas competências administrativas, desde que isso ocorra por acordo formal devidamente autenticado em cartório. 85. (CESPE – Engenheiro Civil – INSS – 2010) Como o sujeito do ato administrativo é aquele a quem a lei atribui competência para a prática desse ato, os institutos da delegação ou avocação não são aplicáveis no âmbito da administração pública. 86. (CESPE – Perito em Telecomunicação – PC/ES – 2010) Pelo instituto da delegação ocorre a transferência do requisito da competência. 87. (CESPE – Administrador Ministério da Previdência Social – 2010) A delegação não transfere a competência, mas somente o exercício de parte das atribuições do delegante. 88. (CESPE – Agente de Polícia Civil/ES – 2008) Na delegação de competência, a titularidade da atribuição administrativa é transferida para o delegatário que prestará o serviço. 89. (CESPE – Auxiliar de Perícia Médico Legal – PC/ES – 2010) Em razão de a competência administrativa decorrer de previsão legal, o próprio órgão não pode estabelecer, por si só, as suas atribuições. 90. (CESPE – Procurador do Estado de Pernambuco – 2009) Na hipótese de omissão do legislador quanto à fixação de competência para a prática de determinados atos, a atuação administrativa não é viável, já que nenhuma autoridade pode exercer competência que não lhe tenha sido atribuída expressamente por lei. 91. (FCC – Assessor Jurídico – TCE/PI – 2009) O motivo consiste no efeito jurídico imediato que o ato administrativo produz e a finalidade consiste no efeito mediato. 92. (CESPE – Analista – FINEP§ – 2009) Finalidade é o elemento pelo qual todo ato administrativo deve estar dirigido ao interesse público, pois o intuito da atividade do administrador é sempre o bem comum. 93. (CESPE – Analista – Técnico-administrativo/MS – 2010) Existe liberdade de opção para a autoridade administrativa quanto ao resultado que a administração quer alcançar com a prática do ato. 94. (FUNIVERSA – Especialista em Assistência Social – SEJUS/DF – 2010) A finalidade, que representa o objetivo de interesse público a atingir, não vincula o administrador à vontade legislativa. 95. (CESPE – Fiscal – INSS – 2001) Mesmo que a autoridade administrativa seja competente tanto para punir um subordinado como para removê-lo Questões 111 para outra cidade, ser inválido o ato de remoção praticado como melo de punição ao subordinado, ainda que haja necessidade de pessoal na cidade para onde o servidor foi removido. 96. (CESPE – Técnico de Controle Externo do TCU – 2007) Em regra, os atos administrativos são informais, o que atende à demanda social de desburocratização da administração pública. 97. (FCC – Auxiliar Judiciário – TJ/PA – 2009) A forma escrita é da essência do ato administrativo, não sendo admitida outra forma. 98. (CESPE – Técnico Superior Advogado – DETRAN/ES – 2010) Em obediência ao princípio da solenidade das formas, que rege o direito público, os atos administrativos devem ser sempre escritos, registrados e publicados, sob pena de nulidade. 99. (CESPE – Procurador do MP junto ao TCU – 2004) Os atos do processo administrativo independem de forma determinada, a menos que a lei expressamente o exija. 100. (CESPE – Promotor de Justiça – MPE/RN – 2009) O decreto, no ordenamento jurídico brasileiro, não pode inovar na ordem jurídica, visto que tem natureza secundária, e deve sempre regulamentar uma lei. 101. (CESPE – Defensor Público/ES – 2009) De acordo com a doutrina, as resoluções e as portarias editadas no âmbito administrativo são formas de que se revestem os atos gerais ou individuais, emanados do chefe do Poder Executivo. 102. (CESPE – Agente Administrativo da Universidade do Pará – 2008) Circulares são ordens verbais, de caráter particular. 103. (CESPE – Agente Administrativo Universidade do Pará – 2008) Despachos administrativos se confundem com decisões judiciais. 104. (CESPE – Técnico Judiciário – STJ – 2004) O motivo do ato administrativo vincula-se ao pressuposto de fato e de direito em que se deve fundamentar o ato administrativo. 105. (CESPE – Técnico de Controle Externo – TCU – 2007) Motivo e motivação dos atos administrativos são conceitos coincidentes e significam a situação de fato e de direito que serve de fundamento para a prática do ato administrativo. 106. (CESPE – Gestor do MPOG – 2008) Considere que uma autoridade pública tenha revogado determinado ato que autorizava o uso de um bem público. Nessa situação, a motivação é um requisito de validade do ato revogatório. 112 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo 107. (FCC – Advogado Trainee – METRO – 2010) A motivação é, em regra, obrigatória, só não sendo quando a lei a dispensar ou se a natureza do ato for com ela incompatível. 108. (CESPE – Analista – TSE – 2007) É dispensável a motivação expressa de atos discricionários. 109. (CESPE – Procurador do Ministério Público junto ao TCU – 2004) Todo ato administrativo exige motivação, sob pena de invalidade, podendo esta ser declarada pela autoridade hierárquica superior. 110. (FGV – Analista de Administração do Ministério da Cultura – 2006) Motivo do ato administrativo deve ser apresentado para a dispensa de servidor exonerável ad nutum. 111. (CESPE – Defensor Público/ES – 2009) Segundo a doutrina, integra o conceito de forma, como elemento do ato administrativo, a motivação do ato, assim considerada a exposição dos fatos e do direito que serviram de fundamento para a respectiva prática do ato. 112. (CESPE – Auditor Federal de Controle Externo – Especialidade Tecnologia da Informação – TCU – 2009) Quando um governador de estado edita uma norma, a motivação de seu ato poderá ser apresentada sob a forma de considerandos, que será caracterizada como a narrativa do motivo. 113. (CESPE – Agente de Inteligência – ABIN – 2008) Não viola o princípio da motivação dos atos administrativos o ato da autoridade que, ao deliberar acerca de recurso administrativo, mantém decisão com base em parecer da consultoria jurídica, sem maiores considerações. 114. (CESPE – Advogado da União – 2006) Se a autoridade administrativa acolher parecer devidamente fundamentado de sua consultoria jurídica para decidir pela demissão de servidor público, com a simples aposição da expressão “de acordo”, sem aprofundamento de fundamentação, o ato demissório deverá ser considerado desmotivado e, portanto, eivado de nulidade. 115. (CESPE – Agente Administrativo – ME – 2008) A administração pode alterar, em defesa judicial apresentada, os motivos determinantes do ato administrativo discricionário. 116. (CESPE – Técnico Judiciário Área Administrativa – TRT – 21ª Região – 2010) De acordo com a teoria dos motivos determinantes, na hipótese de ato discricionário, no qual não se faz necessária expressa motivação do agente, pode o interessado comprovar o vício de legalidade incidente neste, quando demonstre a inexistência da situação fática mencionada no ato como determinante da vontade. Questões 113 117. (CESPE – Analista Judiciário – Taquigrafia – TRE/BA – 2010) De acordo com a teoria dos motivos determinantes, ainda que se trate de ato discricionário sem a exigência de expressa motivação, uma vez sendo manifestada a motivação, esta vincula o agente para sua realização, devendo, obrigatoriamente, haver compatibilidade entre o ato e a motivação, sob pena de vício suscetível de invalidá-lo. 118. (CESPE – Técnico Federal de Controle Externo – TCU – 2009) De acordo com a teoria dos motivos determinantes, o agente que pratica um ato discricionário, embora não havendo obrigatoriedade, opta por indicar os fatos e fundamentos jurídicos da sua realização, passando estes a integrá-lo e a vincular, obrigatoriamente, a administração, aos motivos ali expostos. 119. (CESPE – Analista JudiciárioÁrea Judiciária – TRT – 17ª Região – 2009) De acordo com a teoria dos motivos determinantes, os atos administrativos, quando tiverem sua prática motivada, ficam vinculados aos motivos expostos, para todos os efeitos jurídicos. Havendo desconformidade entre os motivos e a realidade, ou quando os motivos forem inexistentes, a administração deve revogar o ato. 120. (ESAF – Auditor do Tesouro Municipal/RN – 2008) O objeto é o efeito jurídico imediato que o ato produz. 121. (FCC – Assessor Jurídico – TCE/PI – 2009) O objeto consiste no efeito jurídico mediato que o ato administrativo produz e deve ser lícito, possível e determinado. 122. (CESPE – Analista de Controle Externo – TCU – 2004) A discricionariedade do ato administrativo decorre da possibilidade legal de a administração pública poder escolher entre mais de um comportamento, desde que avaliados os aspectos de conveniência e oportunidade. 123. (CESPE – Analista Técnico-administrativo/MS – 2010) Para se chegar ao mérito do ato administrativo, não basta a análise in abstrato da norma jurídica, é preciso o confronto desta com as situações fáticas para se aferir se a prática do ato enseja dúvida sobre qual a melhor decisão possível. É na dúvida que compete ao administrador, e somente a ele, escolher a melhor forma de agir. 124. (CESPE – Advogado da HEMOBRAS – 2008) O mérito administrativo consiste no poder conferido por lei ao administrador para que ele, nos atos discricionários, decida sobre a oportunidade e conveniência de sua prática. 125. (CESPE – Titular de Serviços Notariais – TJ/SE – 2006) O mérito do ato administrativo consiste na possibilidade que tem a administração pública de valorar os motivos e escolher o objeto do ato, quando autorizada a decidir sobre a sua conveniência e oportunidade. 114 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo 126. (CESPE – Analista Judiciário – Administração do TJDFT – 2007) A discricionariedade é o poder dado ao administrador público para, em situações específicas, atuar fora dos limites da lei. 127. (CESPE – Analista Judiciário – TRE/GO – 2009) A discricionariedade administrativa decorre da ausência de lei para reger determinada situação. 128. (ESAF – Auditor do Tesouro Municipal/RN – 2008) O objeto é o efeito jurídico imediato que o ato produz. 129. (CESPE – Analista do TCU – 2005) A existência de atos administrativos discricionários constitui uma exceção ao princípio da legalidade, previsto expressamente na Constituição da República. 130. (CESPE – Técnico Judiciário – TRE/MG – 2009) A discricionariedade no âmbito da administração pública alcança todos os elementos ou requisitos do ato administrativo. 131. (CESPE – Advogado do SEBRAE – 2008) A competência constitui um requisito vinculado de validade do ato administrativo. 132. (ESAF – Auditor Fiscal do Trabalho – MTE – 2010) Relativamente à vinculação e à discricionariedade da atuação administrativa, assinale a opção que contenha elementos do ato administrativo que são sempre vinculados. a) Competência e objeto. b) Finalidade e motivo. c) Competência e finalidade. d) Finalidade e objeto. e) Motivo e objeto. 133. (CESPE – Analista Técnico-administrativo/MS – 2010) Conforme afirma a doutrina prevalente, o ato administrativo será sempre vinculado com relação à competência e ao motivo do ato. 134. (CESPE – Procurador do Estado de Pernambuco – 2009) O motivo, considerado o pressuposto de fato que antecede a prática do ato, somente pode ser vinculado. 135. (FUNIVERSA – Especialista em Assistência Social – SEJUS/DF – 2010) O objeto do ato administrativo identifica-se com seu próprio conteúdo e será sempre vinculado. 136. (ESAF – Analista – SUSEP – 2010) O chamado mérito administrativo costuma ser relacionado ao(s) seguinte(s) elemento(s) do ato administrativo: a) finalidade e objeto. b) finalidade e motivo. c) motivo e objeto. d) finalidade, apenas. e) motivo, apenas. Questões 115 137. (CESPE – Juiz Federal Substituto – TRF – 5ª Região – 2009) Alguns doutrinadores entendem que o elemento finalidade do ato administrativo pode ser discricionário. Isso porque a finalidade pode ser dividida entre finalidade em sentido amplo, que se identifica com o interesse público de forma geral, e finalidade em sentido estrito, que se encontra definida na própria norma que regula o ato. Assim, a primeira seria discricionária e a segunda, vinculada. 138. (FCC – Analista Judiciário – TRT – 16o Região – 2009) Quando se fala em ato administrativo discricionário, quer dizer que a autoridade tem liberdade de atuação quanto à finalidade, em sentido estrito, do ato administrativo. 139. (FUNIVERSA – Especialista em Assistência Social – SEJUS/DF – 2010) A forma, como elemento exteriorizador do ato administrativo, é requisito sempre vinculado. 140. (CESPE – Técnico – SEPLAG/SEAPA/FD – 2009) O motivo é elemento exclusivo de atos administrativos de natureza vinculada. 141. (CESPE – Técnico de Nível Superior do MDS – 2008) Caso a administração pública tenha tomado uma providência desarrazoada, a correção judicial embasada na violação do princípio da razoabilidade invadirá o mérito do ato administrativo, isto é, o campo de liberdade conferido pela lei à administração para decidir-se segundo uma estimativa da situação e critérios de conveniência e oportunidade. 142. (CESPE – Promotor de Justiça – MP/SC – 2010) A moralidade, como elemento integrante do mérito do ato administrativo, não pode ser aferida pelo Poder Judiciário em sede de controle dos atos da Administração Pública. 143. (CESPE – Analista de Controle Externo do TCE/AC – 2009) O Poder Judiciário pode avaliar a legalidade dos atos administrativos, sejam eles vinculados ou discricionários. 144. (CESPE – Analista do MPE/RR – 2008) Os atos administrativos discricionários não são passíveis de controle pelo Poder Judiciário. 145. (CESPE – Administrador Ministério da Previdência Social – 2010) É permitido ao Poder Judiciário avaliar e julgar o mérito administrativo de ato proveniente de um administrador público. 146. (CESPE – Analista Técnico-administrativo/MS – 2010) No controle dos atos discricionários, os quais legitimam espaço de liberdade para o administrador, o Poder Judiciário deve, em regra, limitar-se ao exame da legalidade do ato, sendo vedada a análise dos critérios de conveniência e oportunidade adotados pela administração. 116 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo 147. (CESPE – Analista Judiciário – Administrativa do STJ – 2008) Se uma agência reguladora federal aplicar multa a uma empresa motivada por determinada infração administrativa cuja lei de regência autorize a aplicação de multa a ser fixada entre R$ 500,00 e R$ 1.000.000,00, nesse caso, como a penalidade de multa emana de poder do administrador, o qual está balizado pelos critérios de conveniência e oportunidade, o Poder Judiciário não poderá alterar o valor da multa, mesmo que o considere exacerbado, mas tão somente anular a própria sanção (multa), se houver ilegalidade, sob pena de violação do princípio da separação dos poderes. 148. (CESPE – Delegado de Polícia – PC/RR – 2005) O prefeito de um município resolveu alterar as rotas e as paradas de algumas linhas de ônibus, visando otimizar o transporte público na cidade. Alguns cidadãos, sentindo-se prejudicados, impetraram mandado de segurança a fim de que fossem mantidas as condições anteriores. Nessa situação, o Poder Judiciário não deverá analisar a conveniência do ato do prefeito, sob pena de invadir matéria atribuída ao administrador público. 149. (CESPE – Analista Judiciário do TJDFT – 2007) A possibilidade da análise de mérito dos atos administrativos, ainda que tenha por base os princípios constitucionais da administração pública, ofende o princípio da separação dos poderes e o estado democráticode direito. 150. (CESPE – Analista Judiciário do TJDFT – 2007) O Poder Judiciário poderá exercer amplo controle sobre os atos administrativos discricionários quando o administrador, ao utilizar-se indevidamente dos critérios de conveniência e oportunidade, desviar-se da finalidade de persecução do interesse público. 151. (CESPE – Procurador Federal – 2007) As dúvidas sobre a margem de discricionariedade administrativa devem ser dirimidas pela própria administração, jamais pelo Poder Judiciário. 152. (CESPE – Analista – SEPLAG/SEAPA/DF – 2009) Atos vinculados jamais podem ser declarados nulos pelo Poder Judiciário. 153. (CESPE – Promotor de Justiça/MT – 2005) Não é juridicamente possível, com fundamento no princípio da proporcionalidade, a invalidação de atos administrativos praticados no exercício do poder discricionário. 154. (CESPE – Procurador do Estado – 2008) O ato administrativo discricionário é insuscetível de exame pelo Poder Judiciário. 155. (CESPE – Auditor do Estado/ES – 2009) Suponha que a Assembléia Legislativa do estado do Espírito Santo instaurou processo administrativo destinado a rever as aposentadorias de seus servidores, diante de denúncias relacionadas à prática de ilegalidade. Contra referido ato, foi Questões 117 impetrado mandado de segurança, sob o fundamento de que a garantia constitucional do direito adquirido estaria sendo violada. Considerando esta situação hipotética, é legítima a atuação da Assembléia Legislativa do estado, porquanto a administração pública tem o poder-dever de rever seus atos quando praticados com ilegalidade. 156. (CESPE – Escrivão de Polícia – PC/ES – 2010) A nulidade absoluta de um ato administrativo somente pode ser decretada pelo Poder Judiciário, mediante provocação do interessado ou do Ministério Público; a nulidade relativa pode ser decretada pela própria administração, independentemente de provocação do interessado. 157. (CESPE – Auditor do Estado/ES – 2009) Somente o Poder Judiciário tem a prerrogativa de invalidar ato administrativo que contém vício de legalidade. 158. (CESPE – Analista Judiciário do TRT – 5ª Região – 2008) Os atos administrativos podem ser anulados pela própria administração pública, sem que seja preciso recorrer ao Poder Judiciário. 159. (CESPE – Analista – IBRAM – 2009) Apenas o Poder Judiciário pode declarar a nulidade dos atos da administração; esta, por sua vez, pode revogá-los. 160. (CESPE – Procurador do Estado – 2008) O Poder Legislativo pode invalidar atos administrativos praticados pelos demais poderes. 161. (CESPE – Defensor Público do Piauí – 2009) O direito adquirido, regra geral, é causa suficiente para impedir o desfazimento do ato administrativo que contém vício de nulidade insanável. 162. (CESPE – Promotor de Justiça – MP/SC – 2010) A Administração pode revogar seus próprios atos por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos e ressalvada a apreciação judicial. 163. (CESPE – Oficial Bombeiro/DF – 2007) O Poder Judiciário pode apreciar, de ofício, a validade do ato administrativo. 164. (CESPE – Auditor Interno – AUGE/MG – 2009) A administração pública pode anular seus atos administrativos independentemente de provocação da parte interessada. 165. (CESPE – Analista do MC – 2008) A administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos. 166. (CESPE – Engenheiro Civil – INSS – 2010) A administração pública pode anular os próprios atos, quando eivados de vícios que os tornem ilegais, hipótese em que a anulação produz efeitos retroativos à data em que tais atos foram praticados. 118 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo 167. (CESPE – Analista do TCU – 2005) Um professor de direito afirmou a seus alunos que, em virtude do princípio constitucional da irretroatividade, a invalidação de um ato administrativo não atinge efeitos do ato ocorridos anteriormente à data da invalidação. Nessa situação, a afirmação do professor é equivocada. 168. (CESPE – Analista – TCE/AC – 2007) A anulação do ato administrativo feita pela administração não deve retroagir. 169. (CESPE – Analista Judiciário – TRT – 17ª Região – 2009) Se, no exercício do poder de polícia, determinada prefeitura demolir um imóvel construído clandestinamente em logradouro público, o invasor de má-fé não terá direito nem à retenção nem à indenização relativas a eventuais benfeitorias que tenha feito. 170. (CESPE – Analista Judiciário – Área Administrativa – TRT – 17ª Região – 2009) O ato administrativo nulo, por ter vício insanável, opera sempre efeitos ex tunc, isto é, desde então. Dessa forma, mesmo terceiros de boa-fé são alcançados pelo desfazimento de todas as relações jurídicas que se originaram desse ato. 171. (CESPE – Procurador Jurídico – PM/RB – 2007) O poder que tem a administração de anular qualquer ato administrativo ilegal está subordinado, no âmbito federal, a prazo decadencial de 5 anos. 172. (CESPE – Promotor de Justiça Substituto – MPE/RO – 2010) Segundo decisão do STF, servidor público que obteve determinada vantagem funcional, ainda que por ato administrativo com vício de legalidade, mas que não tenha lhe dado causa, tem, após o prazo de cinco anos, direito à manutenção da vantagem, não podendo a administração pública exercer o poder de autotutela. 173. (CESPE – Promotor de Justiça – MP/SC – 2010) O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em 5 (cinco) anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé. 174. (CESPE – Técnico Administrativo – PREVIC – 2011) Extingue-se em três anos o prazo para a administração pública anular seus próprios atos, quando decorrem efeitos favoráveis para os administrados, salvo comprovada má-fé. 175. (CESPE – Analista – Técnico-administrativo/MS – 2010) A administração decai do direito de anular atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis aos destinatários após três anos, contados da data em que foram praticados. Questões 119 176. (CESPE – Analista Judiciário – Administrativa do STJ – 2008) Considere a seguinte situação hipotética. Lúcia, servidora pública federal, passou a receber uma gratificação na sua remuneração mensal em 2/9/2002. Em 5/10/2006, essa parcela remuneratória foi impugnada pelo TCU. Em 10/9/2007, o TCU determinou ao órgão de origem de Lúcia que anulasse imediatamente o ato concessivo daquela gratificação, o que ocorreu em 30/9/2007. Nessa situação, não ocorreu a decadência do direito da administração em anular o referido ato. 177. (CESPE – Delegado – PC/PB – 2008) Pedro, empregado de uma empresa pública federal, na qual ingressou em 4/4/1983, requereu sua aposentadoria após preencher todos os requisitos exigidos, a qual foi devidamente concedida. O Tribunal de Contas da União (TCU) promoveu o registro dessa aposentadoria em abril de 1997. No entanto, em julho de 2002, no mesmo dia em que Pedro requereu a revisão do ato de aposentadoria, com vistas a receber uma gratificação não incorporada aos seus proventos, o TCU, sem ouvir Pedro, houve por bem anular aquela decisão, após processo administrativo instaurado a pedido do Ministério Público junto ao TCU, em janeiro de 1999, ao entendimento de que o ato de registro da aposentadoria foi ilegal, pois Pedro teria ingressado na citada empresa pública sem concurso público, fato esse que impediria a sua aposentadoria. A decisão do TCU de anular o registro anteriormente concedido está errada, pois já havia transcorrido o prazo prescricional. 178. (CESPE – Juiz Federal Substituto – TRF – 5ª Região – 2009) Segundo o entendimento firmado pela Corte Especial do STJ, caso oato acoimado de ilegalidade tenha sido praticado antes da promulgação da Lei n.º 9.784/1999, a administração tem o prazo de cinco anos para anulá-lo, a contar da prática do ato. 179. (CESPE – Analista do TCE/AC – 2007) O princípio da segurança jurídica permite que o reconhecimento da ilegitimidade de um ato administrativo possa gerar efeitos ex nunc e não ex tunc, como é a regra. 180. (CESPE – Analista Judiciário – TRT – 17ª Região – 2009) O ato administrativo nulo, por ter vício insanável, opera sempre efeitos ex tunc, isto é, desde então. Dessa forma, mesmo terceiros de boa-fé são alcançados pelo desfazimento de todas as relações jurídicas que se originaram desse ato. 181. (CESPE – Defensor Público do Piauí – 2009) Segundo o STF, em caso de ato administrativo ilegal ampliativo de direito que beneficia terceiro de boa-fé, a declaração de nulidade deve ter efeitos ex nunc. 182. (FCC – Técnico Superior de Procuradoria – PGE/RJ – 2009) É possível haver interesse público na manutenção dos efeitos de atos administrativos viciados, em nome de princípios jurídicos tais como a proporcionalidade e a boa-fé. 120 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo 183. (CESPE – Juiz Substituto – TJ/BA – 2005) Sempre que a administração pública se deparar com a prática de ato administrativo nulo, deverá invalidá-lo e repor a situação no status quo ante, independentemente de provocação da parte interessada, devido a seu poder de autotutela. Essa atitude é decorrência do princípio da legalidade, pois a doutrina não admite que o poder público aceite a persistência dos efeitos de atos praticados em desconformidade com o Direito. 184. (CESPE – Oficial De Inteligência – ABIN – 2008) Na segunda fase do concurso para provimento de cargo de policial, Flávio matriculou-se no curso de formação, já que tinha sido aprovado nas provas objetivas, no exame psicotécnico e no teste físico, que compunham a chamada primeira fase. No entanto, a administração pública anulou o teste físico, remarcando nova data para a sua repetição, motivo pelo qual foi anulada a inscrição de Flávio no curso de formação. A anulação do exame físico está inserida no poder de Autotutela da administração, não sendo imprescindível que haja contraditório e ampla defesa, pois o ato em si não trouxe qualquer prejuízo para Flávio – já que ele irá refazer o teste físico – nem para os demais candidatos. 185. (CESPE – Procurador do MP junto ao TCU – 2004) A anulação de ato administrativo, por mais evidente que seja o vício, quando afeta direito de terceiro, deve ser precedida de contraditório. 186. (CETRO – Agente de Fiscalização – Administração – TCM/SP – 2006) A lista final de um concurso público, com os candidatos aprovados e classificados foi publicada com diversos erros, constando candidatos reprovados desde a 1ª fase do concurso. Decorridos alguns meses após a nomeação e entrada em exercício de todos os nomeados, a Administração descobriu o erro e, de imediato, tornou sem efeito as nomeações e anulou o concurso público. Este procedimento está incorreto, por ferir o princípio da ampla defesa dos servidores nomeados. 187. (FGV – Agente Tributário Estadual/MS – 2006) A autoridade administrativa pode, a qualquer tempo, anular, de ofício, ato eivado de ilegalidade. Se essa decisão prejudicar particular, a autoridade administrativa não deve abrir espaço para contraditório e ampla defesa, tendo em vista se tratar de obrigação legal do servidor anular os atos eivados de ilicitude, sob pena de responsabilidade pessoal. 188. (CESPE – Analista de Legislação Previdenciária – MPS – 2010) O ato administrativo praticado por quem não possua competência para essa prática é considerado nulo. 189. (CESPE – Promotor de Justiça – MP/SC – 2010) Os atos administrativos discricionários praticados por agentes incompetentes podem ser revogados. Questões 121 190. (CESPE – Técnico – TCU – 2007) O excesso de poder, uma das modalidades de abuso de poder, configura-se quando um agente público pratica determinado ato alheio à sua competência. 191. (CESPE – Delegado – PF – 2004) O abuso de poder, na modalidade de desvio de poder, caracteriza-se pela prática de ato fora dos limites da competência administrativa do agente. 192. (CESPE – Analista Judiciário – TRE/RS – 2003) Enquanto, no desvio de finalidade, a autoridade, embora competente para a prática do ato, vai além do permitido e exorbita no uso de suas faculdades administrativas, no excesso de poder, a autoridade pratica atos por motivos ou fins diferentes daqueles objetivados pela lei ou pelo interesse público. 193. (CESPE – Agente de Polícia Civil/RN – 2009) Há incompetência quando o agente pratica o ato visando fim diverso daquele previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência. 194. (CESPE – Técnico Federal de Controle Externo – TCU – 2009) Não é possível o controle de legalidade exercido pelo Poder Judiciário na hipótese de remoção de servidor público de ofício, mas com características de perseguição política, em razão de a motivação atender ao interesse da administração. 195. (CESPE – Agente de Polícia Civil/RN – 2009) Há vício de forma apenas quando há omissão de formalidades indispensáveis à existência ou seriedade do ato. 196. (CESPE – Agente de Polícia Civil/RN – 2009) Há vício de forma quando há omissão ou observância incompleta ou irregular de formalidades indispensáveis à existência ou seriedade do ato. 197. (CESPE – Agente de Polícia Civil/RN – 2009) Há ilegalidade do objeto quando a matéria de direito em que se fundamenta o ato é juridicamente inadequada ao resultado obtido. 198. (CESPE – Oficial Técnico de Inteligência – ABIN – 2010) Considere a seguinte situação hipotética. Um município estabeleceu que somente seriam concedidos alvarás de funcionamento a restaurantes que tivessem instalado exaustor de fumaça acima de cada fogão industrial. Na vigência dessa determinação, um fiscal do município atestou, falsamente, que o restaurante X possuía o referido equipamento, tendo- lhe sido concedido o alvará. Dias após a fiscalização, a administração verificou que não havia no referido estabelecimento o exaustor de fumaça. Nessa situação hipotética, considera-se nulo o alvará, dada a inexistência de motivo do ato administrativo. 122 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo 199. (CESPE – Procurador do Estado de Pernambuco – 2009) Se a administração pública pune um funcionário pela prática de infração diversa da efetivamente cometida, ela incorre em vício quanto ao motivo, razão pela qual, segundo a doutrina, a situação configura hipótese de inexistência dos motivos. 200. (CESPE – Técnico – SEPLAG/SEAPA/FD – 2009) A revogação pode ser definida como o ato administrativo, de natureza discricionária, pelo qual a administração pública, por motivos de oportunidade e conveniência, extingue determinado ato válido, com preservação dos efeitos já produzidos por esse ato no momento anterior à revogação. 201. (CESPE – Juiz Federal Substituto – TRF – 1ª Região – 2010) O pressuposto da revogação é o interesse público, razão pela qual ela incide sobre atos válidos e inválidos que a administração pretenda abolir do rol de normas jurídicas, em razão dos inconvenientes e dos malefícios que causem à coletividade. 202. (CESPE – Procurador do Estado/CE – 2008) A revogação do ato administrativo incide sobre ato inválido. 203. (CESPE – Técnico Judiciário do STJ – 2008) Ainda que um ato praticado pela administração tenha observado todas as formalidades legais, ela poderá revogá-lo se julgar conveniente, desde que respeite os direitos adquiridos por ele gerados. 204. (CESPE – Promotor de Justiça Substituto – MPE/RR – 2010) Como faculdade de que dispõe a administração para extinguir os atos que considera inconvenientese inoportunos, a revogação pode atingir tanto os atos discricionários como os vinculados. 205. (CESPE – Técnico Superior – Advogado – DETRAN/ES – 2010) os atos administrativos com vícios de legalidade podem ser tanto anulados quanto revogados. 206. (Cesgranrio – Ministério da Defesa – DECEA – 2006) A revogação funda- se no poder discricionário de que dispõe a Administração para rever sua atividade e adequá-la à realização de seus fins. 207. (CESPE – Técnico Judiciário – TRE/PR – 2009) Considerando que determinada empresa de engenharia tenha ajuizado mandado de segurança contra a União, em razão de ato praticado por certo agente público federal, se for constatada a ilegalidade, o Poder Judiciário terá competência para anular ou revogar o ato administrativo ilegal. 208. (CESPE – Procurador do Estado/CE – 2008) Somente a administração pública possui competência para revogar os atos administrativos por ela praticados. Questões 123 209. (CESPE – Técnico de Nível Superior do MDIC – 2008) Se a administração pública reconhecer que praticou ato administrativo ilegítimo ou ilegal, deverá haver a revogação desse ato, que poderá ser feita pela própria administração ou pelo Poder Judiciário. 210. (CESPE – Técnico MPE/RR – 2008) Os atos administrativos podem ser revogados pelo Poder Judiciário. 211. (CESPE – Técnico Judiciário do TRT – 5ª Região – 2008) O Poder Judiciário pode revogar seus próprios atos administrativos e anular os atos administrativos praticados pelo Poder Legislativo. 212. (CESPE – Técnico Judiciário – TRE/MG – 2009) A revogação é ato administrativo vinculado por intermédio do qual a administração pública extingue um ato incompatível com as disposições legais. 213. (CESPE – Procurador do Estado/CE – 2008) A revogação do ato administrativo tem efeitos ex tunc. 214. (CESPE – Analista Judiciário do TRT – 5ª Região – 2008) A revogação do ato administrativo ocorre por motivo de conveniência e oportunidade e opera efeitos ex nunc. 215. (CESPE – Auditor Interno – AUGE/MG – 2009) A revogação de um ato administrativo só produz efeitos a partir de sua vigência, de modo que os efeitos produzidos pelo ato revogado devem ser inteiramente respeitados. 216. (CESPE – Procurador do MP junto ao TCU – 2004) A revogabilidade dos atos administrativos, derivada do princípio da autotutela, comporta hipóteses em que a revogação não é possível. 217. (ESAF – Auditor Fiscal do Trabalho – MTE – 2010) Assinale a opção que contemple ato administrativo passível de revogação. a) Atestado de óbito. b) Homologação de procedimento licitatório. c) Licença para edificar. d) Certidão de nascimento. e) Autorização de uso de bem público. 218. (CESPE – Analista Judiciário – Área Judiciária – TRT – 21ª Região – 2010) Os atos administrativos cujos efeitos se exauriram não podem ser revogados, visto que a revogação não retroage, limitando se a impedir que o ato continue a produzir efeitos. 219. (CESPE – Analista Judiciário – Área judiciária – TRE/BA – 2010) Apesar de o ato de revogação ser dotado de discricionariedade, não podem ser revogados os atos administrativos que geram direitos adquiridos. 124 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo 220. (CESPE – Analista de Trânsito do DETRAN/DF – 2009) Ana é servidora pública lotada no Ministério da Fazenda e, após ter preenchido os requisitos legais para se aposentar, requereu sua aposentadoria, que foi deferida. Nesse caso, a concessão da aposentadoria a Ana é hipótese de ato administrativo irrevogável. 221. (CESPE – Analista Judiciário Execução de Mandados – TRT – 17ª Região – 2009) Tendo em vista razões de conveniência e oportunidade no atendimento do interesse público, mesmo os atos administrativos dos quais resultarem direitos adquiridos poderão ser revogados unilateralmente pela administração. 222. (CESPE – Exame de Ordem – OAB – 2010) A revogação pode atingir certidões e atestados. 223. (CESPE – Oficial Técnico de Inteligência – ABIN – 2010) A revogação de um ato revogador não restaura, automaticamente, a validade do primeiro ato revogado. 224. (CESPE – Analista Judiciário Área Administrativa – TRT – 21ª Região – 2010) Considere que determinada autoridade administrativa edite o ato A e o revogue com o ato B, e depois revogue o ato B com o ato C. Nessa situação, é correto afirmar que a revogação do ato B pelo ato C restaura automaticamente a vigência do ato A. 225. (FGV – Procurador do TCM/RJ – 2008) Com a caducidade do ato administrativo, decorrente da declaração de sua nulidade pelo Poder Judiciário, há a perda dos efeitos deste ex tunc. 226. (FCC – Auxiliar Judiciário – TJ/PA – 2009) Ocorre a extinção subjetiva quando se verifica o cumprimento normal dos efeitos do ato. 227. (CESPE – Administrador – DFTRANS – 2008) Considerando que um ato administrativo tenha como finalidade única conceder férias a um servidor do DFTRANS, o gozo das férias representa a extinção do ato administrativo, em virtude do pleno cumprimento de seus efeitos. 228. (FCC – Auxiliar Judiciário – TJ/PA – 2009) Verifica-se a extinção natural quando desaparece o próprio objeto do ato praticado. 229. (FGV – Procurador do TCM/RJ – 2008) A Teoria Monista admite que atos administrativos eivados de vícios sanáveis sejam convalidados pela Administração Pública, com base em seu poder de autotutela. 230. (CESPE – Analista de Informática do STJ – 2008) Os atos administrativos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria administração, com efeitos retroativos, desde que não acarretem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros. Questões 125 231. (CESPE – Analista do MC – 2008) Os atos que apresentarem defeitos, mesmo que comprovadamente sanáveis, ainda que não acarretem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, devem ser revogados pela administração pública. 232. (CESPE – Analista de Atividades Ambientais – IBRAM – 2009) Consoante disposto na Lei nº 9.784/1999, que regula o processo administrativo, a administração tem o dever de anular os atos administrativos eivados de vício de legalidade, no exercício de sua autotutela, podendo convalidar aqueles que apresentem defeitos sanáveis, desde que não acarretem lesão ao interesse público e nem prejuízo a terceiros. 233. (ESAF – Especialista – ANA – 2009) Todos os atos administrativos nulos ou anuláveis são passíveis de convalidação ou saneamento, desde que a prática do novo ato supra a falta anterior. 234. (CESPE – Analista – SEPLAG/SEAPA/DF – 2009) A convalidação, aperfeiçoamento ou saneamento é espécie de ato administrativo que permite a superação de vício relativo a outro ato administrativo eivado de alguma ilegalidade. Como regra geral, a convalidação permite a confirmação, total ou parcial, do ato viciado e produz efeitos retroativos à data da prática desse ato. 235. (CESPE – Técnico Judiciário – TRE/MG – 2009) A convalidação é ato administrativo por meio do qual é suprido o vício constante de um ato ilegal. Trata-se de ato privativo da administração pública, já que, em nenhuma circunstância, a convalidação pode ser feita pelo administrado. 236. (CETRO – Advogado – LIQUIGÁS – 2007) A convalidação, medida de saneamento de atos portadores de vício, deve sempre ser adotada pela Administração Pública. 237. (CESPE – Perito Criminal Especial – PC/ES – 2010) O agente público, com o objetivo de convalidar ato administrativo anteriormente editado, pode editar outro ato para efetuar a supressão do defeito sanável existente. Entretanto, os seus efeitos não retroagirão à edição do primeiro, sob pena de ofensa ao princípio da segurança jurídica. 238. (CESPE – Assistente em Administração – IFB – 2010) O ato praticado pela administração com vício sanável pode ser convalidado pela própria administração, desde que seja verificadaa inexistência de prejuízo a terceiros ou de lesão ao interesse público. 239. (CESPE – Promotor de Justiça – MP/SC – 2010) Todos os atos administrativos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria Administração. 126 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo 240. (CESPE – Procurador do Estado de Pernambuco – 2009) Independentemente do tipo de vício em que incorra o ato administrativo, a convalidação será sempre possível, desde que assegurados os efeitos retroativos à data em que o mesmo foi praticado. 241. (CESPE – Analista de Legislação Previdenciária – MPS – 2010) Existindo vício de competência quanto à pessoa, desde que não seja competência exclusiva, a administração poderá convalidar o ato. 242. (CESPE – Procurador do Estado de Pernambuco – 2009) A competência administrativa pode ser objeto de delegação, ainda quando esta competência tenha sido conferida por lei a determinado órgão ou agente, com exclusividade. 243. (CESPE – Agente Técnico Jurídico – MPE/AM – 2008) Se um secretário de Estado praticar um ato de competência do governador, o governador pode ratificar o ato do secretário, caso a matéria não seja de sua competência exclusiva. 244. (CESPE – Defensor Público do Piauí – 2009) No caso de vício de incompetência em ato administrativo discricionário, há o dever de a administração invalidar o ato. 245. (CESPE – Juiz Federal Substituto – TRF – 1ª Região – 2010) Se um ato administrativo discricionário for praticado por autoridade que não tenha competência, a autoridade competente não estará obrigada a convalidá-lo se considerar que não estão presentes os aspectos de mérito que sustentam sua apreciação. 246. (CESPE – Administrador Ministério da Previdência Social – 2010) Cabe convalidar o vício da forma, nos atos administrativos, ainda que a lei faça previsão expressa quanto à forma. 247. (CESPE – Juiz Federal – TRF – 5o Região – 2004) O vício meramente de forma do ato administrativo pode causar-lhe a nulidade absoluta (ou nulidade, para alguns) e não apenas a nulidade relativa (ou anulabilidade, para alguns). 248. (CESPE – Procurador do Ministério Público junto ao TCU – 2004) Atos administrativos ilegais estão sujeitos à convalidação quando não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, ainda quando inexistente o motivo do ato. 249. (CESPE – Promotor de Justiça Substituto – MPE/RR – 2010) Pela conversão, a administração converte um ato inválido em ato de outra categoria, com efeitos retroativos à data do ato original. 250. (FGV – Administrador – POTIGAS – 2006) O ato administrativo é perfeito quando esgotadas as fases necessárias à sua produção. Questões 127 251. (CESPE – Advogado do SERPRO – 2008) Um ato administrativo ainda não publicado não é um ato perfeito porque não pode gerar efeitos. 252. (FGV – Administrador – POTIGAS – 2006) O ato administrativo é eficaz quando está disponível para a produção de seus efeitos; ou seja, quando o desencadear de seus efeitos típicos não se encontra dependente de qualquer evento posterior, como uma condição suspensiva, termo inicial ou ato controlador a cargo de outra autoridade. 253. (CESPE – Delegado de Polícia Civil/RN – 2009) Os efeitos atípicos dos atos administrativos subdividem-se em prodrômicos e reflexos. Os primeiros existem enquanto perdura a situação de pendência do ato; os segundos atingem terceiros não objetivados pelo ato. 254. (CESGRANRIO – Profissional Básico Direito – BNDES – 2006) Os efeitos prodrômicos do ato administrativo são espécie de efeito típico do ato. 255. (CESPE – Especialista em Direito do DFTRANS – 2008) Um ato administrativo inválido não pode ser eficaz. 256. (CESPE – Procurador Federal 2o Categoria – AGU – 2010) O ato administrativo pode ser inválido e, ainda assim, eficaz, quando, apesar de não se achar conformado às exigências normativas, produzir os efeitos que lhe seriam inerentes, mas não é possível que o ato administrativo seja, ao mesmo tempo, perfeito, inválido e eficaz. 257. (CESPE – Técnico Judiciário do TRT – 5ª Região – 2008) A aposentadoria de cargo de provimento efetivo, por implemento de idade, é um ato administrativo discricionário. 258. (CESPE – Agente Administrativo da Universidade do Pará – 2008) O ato discricionário da administração pública, é aquele que resulta da decisão para melhor atender ao interesse público, sempre que a lei contemplar mais de uma possibilidade de atuação. 259. (CESPE – Técnico Judiciário – Área Administrativa – TRE/MA – 2009) Os atos discricionários são aqueles praticados pelo administrador com ampla e irrestrita liberdade. 260. (CESPE – Administrador – DFTRANS – 2008) No que se refere aos destinatários, o ato administrativo classifica-se em individual, quando é dirigido a destinatário certo e determinado, ou geral, quando atinge toda a coletividade. 261. (CESPE – Federal de Controle Externo – Especialidade Medicina – TCU – 2009) No tocante aos destinatários, os atos administrativos são classificados em gerais e individuais. Nesse sentido, se uma autoridade federal editar um regulamento para disciplinar determinada matéria, tal regulamento será classificado como um ato administrativo geral, pois atingirá todas as pessoas que se encontrem na mesma situação. 128 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo 262. (CESPE – Analista do MC – 2008) O edital de concurso para provimento de cargos públicos é um ato administrativo individual, pois seus efeitos afetam pessoas previamente identificadas. 263. (CESPE – Analista Administrativo – ANTAQ – 2009) As resoluções editadas pelas agências reguladoras com vistas a regular o serviço público concedido, quando dotadas de características de abstração e generalidade, como no caso apresentado, não poderão ser impugnadas diretamente por meio de mandado de segurança, mesmo que haja direito líquido e certo. 264. (CESPE – Defensor Público do Piauí – 2009) É possível a interposição de ação direta de inconstitucionalidade para exercício do controle abstrato de constitucionalidade de ato administrativo infralegal. 265. (CESPE – Analista do MC – 2008) O ato de nomeação de candidato aprovado em concurso público é ato administrativo interno. 266. (FCC – Analista Judiciário – TRE/AL – 2010) A publicidade de ato administrativo que produz consequências jurídicas fora do órgão que o emite confere-lhe validade perante as partes e terceiros. 267. (CESPE – Auxiliar de Perícia Médico Legal – PC/ES – 2010) O ato administrativo simples decorre da declaração de vontade de um único órgão, singular ou colegiado, tal como ocorre na deliberação de um conselho, que se classifica, segundo a doutrina, como ato administrativo simples. 268. (CESPE – Promotor de Justiça Substituto – MPE/RR – 2010) Ato administrativo simples é o que emana da vontade de um só órgão administrativo, sendo o órgão singular, não colegiado. 269. (CESPE – Agente Administrativo Universidade do Pará – 2008) Atos administrativos simples são elaborados por colegiados ou conselhos. 270. (CESPE – Analista Judiciário Área Administrativa – STM – 2011) Denomina-se ato composto aquele que ocorre quando existe a manifestação de dois ou mais órgãos e as vontades desses órgãos se unem para formar um só ato. 271. (CESPE – Analista Judiciário – Área administrativa – TRE/BA – 2010) Ato administrativo complexo é aquele que resulta do somatório de manifestações de vontade de mais de um órgão, por exemplo, a aposentadoria. 272. (CESPE – Defensor Público de Alagoas – 2009) O ato composto é aquele que resulta de manifestação de dois ou mais órgãos, singulares ou colegiados, cuja vontade se funde para a formação de um único ato. Questões 129 273. (CESPE – Assistente Jurídico do DF – 2001) A um ato administrativo paracuja prática exige-se a conjugação da vontade de mais de um órgão da administração, denomina-se ato administrativo complexo. 274. (CESPE – Técnico Federal de Controle Externo – TCU – 2009) Conforme jurisprudência recente do STF e do Superior Tribunal de Justiça, a aposentadoria é um ato complexo que se aperfeiçoa com o registro no TCU. 275. (CESPE – Analista de Legislação Previdenciária – MPS – 2010) O ato complexo é aquele cujo conteúdo resulta da manifestação de um só órgão, mas a produção de seus efeitos depende de outro ato que o aprove. 276. (CESPE – Técnico Judiciário – Área Administrativa – TRE/MA – 2009) Os atos compostos são aqueles cujo resultado final exige a intervenção de mais de um órgão, cada qual com autonomia na sua manifestação. 277. (CESPE – Técnico do MPE/RR – 2008) Ato administrativo composto é o que resulta da manifestação de dois ou mais órgãos, em que a vontade de um é instrumental em relação à de outro, que edita o ato principal. 278. (CESPE – Analista de Controle Externo do TCU – 2004) Ato complexo é o ato que se aperfeiçoa pela manifestação da vontade de dois órgãos, sendo a vontade de um instrumental em relação à vontade de outro, que edita o ato principal. 279. (CESPE – Procurador do Estado de Pernambuco – 2009) Os atos administrativos que dependem de aprovação, tais como o parecer e o laudo técnico, são classificados pela doutrina como atos administrativos complexos. 280. (CESPE – Advogado da União – 2004) Nos atos compostos, o visto da autoridade superior constitui condição de exeqüibilidade. 281. (CESPE – Assistente Jurídico do DF – 2001) Ao ato administrativo cuja prática dependa de vontade única de um órgão da administração, mas cuja exeqüibilidade dependa da verificação de outro órgão, dá-se o nome de ato administrativo composto. 282. (CESPE – Técnico Judiciário do TJ/CE – 2008) O ato administrativo simples resulta da vontade de um órgão, mas depende da verificação por parte de outro órgão para se tornar exeqüível. 283. (CESPE – Agente Administrativo – ME – 2008) A nomeação do presidente do Banco Central, após aprovação pelo Senado Federal por voto secreto, não constitui ato administrativo. 284. (CESPE – Procurador do Estado – PGE/AL – 2009) A nomeação de ministro do STF é um ato composto, pois se inicia pela escolha do presidente da República e passa pela aprovação do Senado Federal. 130 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo 285. (FCC – Auditor Fiscal de Tributos Estaduais – SEFAZ/RO – 2010) Com relação à classificação dos atos administrativos, quanto à formação da vontade, em regra, a nomeação do Procurador Geral da República e a deliberação de um Conselho são atos administrativos a) complexos. b) complexo e simples, respectivamente. c) simples. d) compostos. e) composto e simples, respectivamente. 286. (FUNIVERSA – Polícia Civil – Perito Médico-Legista – 2008) A nomeação do Procurador-Geral da República, ato praticado pelo Presidente da República com aprovação do Senado Federal, conforme preceitua a Constituição da República, é classificada como ato administrativo composto. 287. (CESPE – Técnico Judiciário – Área Administrativa – TRE/MA – 2009) Os atos de gestão caracterizam-se pelo poder de coerção decorrente do poder de império, sendo a sua prática indiferente à vontade dos administrados. 288. (CESPE – Técnico Judiciário do TJ/CE – 2008) O ato administrativo é válido quando expedido em absoluta conformidade com as exigências do ordenamento jurídico. 289. (CESPE – Promotor de Justiça Substituto – MPE/RR – 2010) A perfeição do ato administrativo diz respeito à conformidade do ato com a lei ou com outro ato de grau mais elevado, e, nesse sentido, ato imperfeito é o ato praticado em dissonância com as normas que o regem. 290. (CESPE – Advogado da União – 2004) No plano federal, a lei admite a convalidação de atos inexistentes, desde que se evidencie que não acarretam lesão a interesse público nem prejuízo a terceiros. 291. (FCC – Técnico Superior de Procuradoria – PGE/RJ – 2009) O ato viciado que também configure crime é passível de saneamento, a critério da Administração. 292. (CESPE – Analista Administrativo – DPU – 2010) Quanto à exequibilidade, o denominado ato administrativo perfeito é aquele que já exauriu seus efeitos, tornando-se definitivo e não podendo mais ser impugnado na via administrativa ou na judicial. 293. (CESPE – Analista Administrativo Ministério da Saúde – 2008) Caso a administração aplique uma sanção disciplinar a certo servidor público, tal ato administrativo, quanto ao seu efeito, pode ser classificado como declaratório. Questões 131 294. (CESPE – Analista Administrativo Ministério da Saúde – 2008) Caso a administração autorize o estacionamento de veículos particulares em terreno público, tal autorização pode ser classificada, quanto ao seu efeito, como ato enunciativo. 295. (FCC – Promotor de Justiça Substituto – MPE – 2008) Tendo em vista a classificação dos atos administrativos, quanto aos seus efeitos, é certo que os atos, entre outros, que outorgam permissão de serviço público ou de autorização para a exploração de jazida são considerados constitutivos. 296. (FCC – Promotor de Justiça Substituto – MPE – 2008) Tendo em vista a classificação dos atos administrativos, quanto aos seus efeitos, é certo que os atos, entre outros, que certificam a alteração havida na denominação de uma rua ou os que atestam o nascimento de uma pessoa são caracterizados como constitutivos. 297. (CESPE – Procurador do Estado de Pernambuco – 2009) Quanto aos efeitos do ato administrativo, a licença, a homologação e a isenção são exemplos de atos administrativos declaratórios. 298. (CESPE – Agente Técnico Jurídico – MPE/AM – 2008) A portaria que dá exercício a um servidor empossado é um exemplo de ato ordinatório. 299. (CESPE – Titular Notarial – TJ/SE – 2007) Os atos ordinatórios visam disciplinar o funcionamento da administração e a conduta funcional de seus agentes. Por isso, em regra, criam direitos e obrigações também para os particulares que dependam dos serviços desses agentes. 300. (FCC – Auxiliar Judiciário – TJ/PA – 2009) Atos ordinatórios são atos administrativos internos, que visam a disciplinar o funcionamento da Administração e a conduta funcional dos seus agentes. 301. (FUNIVERSA – Administrador – CEB – 2010) Os atos administrativos internos, endereçados aos supervisores públicos, que veiculam determinações atinentes ao adequado desempenho de suas funções, podendo divulgar ordens aos particulares vinculados ao Estado, são chamados de atos ordinatórios. 302. (ESAF – Auditor do Tesouro Municipal/RN – 2008) Os atos administrativos negociais contêm uma declaração de vontade da Administração apta a deferir certa faculdade ao particular, nas condições impostas pelo Poder Público. 303. (CESPE – Agente Administrativo da Universidade do Pará – 2008) Decretos e alvarás são atos normativos. 304. (CESPE – Titular Notarial – TJ/SE – 2007) A licença, a autorização, a permissão, a aprovação e a homologação são exemplos de atos administrativos negociais. 132 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo 305. (CESPE – Técnico Superior Administrador – DETRAN/ES – 2010) A Carteira Nacional de Habilitação, devido a sua emissão decorrer de ato vinculado, caracteriza-se como uma licença. 306. (CESPE – Analista Judiciário – Administração do TJ/CE – 2008) Se a administração do município conceder alvará de funcionamento para um tipo de estabelecimento, de acordo com as exigências legais, contra os interesses particulares dos moradores de determinado local, tendo como objetivo o aumento da arrecadação tributária, o Poder Judiciário estará autorizado a decretar a nulidade do ato, por ser ele vinculado, e não discricionário. 307. (FUNIVERSA– Agente de Polícia – PC/DF – 2009) A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal recentemente referendou o caráter vinculado das licenças, não se podendo, pois, cogitar de sua revogação. 308. (CESPE – Analista de Compras/MS – 2008) Caso a administração autorize o estacionamento de veículos particulares em terreno público, tal autorização pode ser classificada, quanto ao seu efeito, como ato enunciativo. 309. (CESPE – Papiloscopista – DPF – 2004) Autorização é uma espécie de ato administrativo que se baseia no poder de polícia do Estado. É ato unilateral, discricionário e precário pelo qual a administração faculta ao particular o uso privativo de bem publico, ou o desempenho de atividade material, ou a prática de ato que, sem esse consentimento, seria legalmente proibido, e cujo exemplo clássico é o porte de arma. 310. (FCC – Analista Judiciário-Administrativa – TRF – 5ª Região – 2008) O ato administrativo discricionário pelo qual a Administração Pública outorga a alguém, que para isso se interesse, o direito de realizar certa atividade material que sem ela lhe seria vedada, caracteriza a autorização. 311. (CESPE – Agente PF Regional – 2004) A autorização de porte de arma de fogo constitui uma forma de delegação de serviço público. 312. (CESPE – Analista de Compras/MS – 2008) Caso a administração consinta que determinados moradores fechem temporariamente uma rua com vistas à realização de festa popular, tal ato de consentimento constituirá uma licença. 313. (CESPE – Analista Judiciário – TRE/MA – 2009) A permissão é ato administrativo bilateral e vinculado pelo qual a administração faculta ao particular a execução de serviço público ou a utilização privativa de bem público. 314. (CESGRANRIO – Advogado Petrobras – 2010) Considerando as classificações adotadas pela doutrina para os atos administrativos, afirma-se que a autorização, a licença, a admissão e a permissão de uso de bem público, respectivamente, são atos discricionário, vinculado, vinculado e discricionário. Questões 133 315. (FCC – Especialista em Políticas – Estado SP – 2009) Em relação às espécies de ato administrativo, é correto afirmar homologação é ato unilateral e vinculado mediante o qual a Administração reconhece a legalidade de ato ou de procedimento administrativo. 316. (CESPE – Técnico Judiciário – Área Administrativa – 2010) Entre as espécies de atos administrativos, os atestados são classificados como enunciativos, porque seu conteúdo expressa a existência de certo fato jurídico. 317. (FCC – Analista Judiciário – TRE/AL – 2010) Certidões, pareceres e o apostilamento de direitos são espécies de atos administrativos enunciativos. 318. (CESPE – Exame de Ordem – OAB – 2009) Um ministro de Estado, após o recebimento de parecer opinativo da consultoria jurídica do Ministério que chefia, baixou portaria demitindo determinado servidor público federal. O ato opinativo, como o parecer da referida consultoria jurídica, por não produzir efeitos jurídicos imediatos, não é considerado ato administrativo propriamente dito. Dessa forma, será ato administrativo o ato decisório que o acolha ou rejeite, mas não o parecer, que é considerado ato da administração. 319. (CESPE – Agente Administrativo da Universidade do Pará – 2008) Ato administrativo punitivo impõe sanção somente ao particular. 320. (CESPE – 2012 – Banco da Amazônia – Técnico Científico – Direito) O ato administrativo complexo, como, por exemplo, a investidura em cargo ou emprego público, forma-se pela conjugação de vontades de mais de um órgão administrativo. 321. (CESPE – 2012 – Banco da Amazônia – Técnico Científico – Direito) Os efeitos da anulação de um ato administrativo operam ex nunc. 322. (FCC – 2012 – MPE/AP – Técnico Ministerial – Auxiliar Administrativo) A Administração Pública pretende extinguir ato administrativo que contém vício de legalidade. Nesse caso, a Administração a) deverá utilizar-se do instituto da revogação dos atos administrativos, de modo a retirá-lo do mundo jurídico. b) deverá socorrer-se do Poder Judiciário para extinguir o ato administrativo. c) extinguirá o ato administrativo, com efeitos, em regra, ex nunc. d) deverá, obrigatoriamente, em qualquer hipótese de vício de legalidade, manter o ato administrativo, corrigindo-se o vício existente. e) anulará o ato administrativo. 134 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo 323. (CESPE – 2012 – MPE/PI – Analista Ministerial – Área Administrativa – Cargo 1) O ato administrativo com vício de legalidade somente pode ser invalidado por decisão judicial. 324. (CESPE – 2012 – MPE/PI – Analista Ministerial – Área Processual – Cargo 8) Quando o vício do ato administrativo atinge o motivo e a finalidade, não é possível a sua convalidação 325. (CESPE – 2012 – MPE/PI – Analista Ministerial – Área Processual – Cargo 8) A anulação de ato administrativo pela administração pública independe de provocação e produz efeitos ex tunc. 326. (CESPE – 2012 – MPE/PI – Analista Ministerial – Área Processual – Cargo 8) A revogação não pode atingir os meros atos administrativos, tais como as certidões e os atestados. 327. (CESPE – 2012 – TC/DF – Auditor de Controle Externo) A extinção de ato administrativo perfeito por motivo de conveniência e oportunidade é denominada anulação. 328. (CESPE – 2012 – TC/DF – Auditor de Controle Externo) O fator limitador do ato administrativo discricionário é o critério da conveniência e oportunidade. 329. (FCC – Analista Judiciário – TRT – 22ª Região) A conceituação de ato administrativo em face do Estado Democrático de Direito, obtida a partir do conjunto principio lógico constante na Constituição Federal, corresponde à. a) manifestação concreta, emanada do Estado, ou por quem esteja no exercício da função administrativa, que tem por finalidade criar, modificar, extinguir ou declarar relações jurídicas entre o Estado e o administrado, suscetível de ser contrastada pelo Poder Judiciário. b) manifestação bilateral da vontade da Administração Pública, ou de quem a represente, tendo como finalidade criar ou extinguir direitos e obrigações produzindo efeitos jurídicos imediatos, sob o regime de direito público e não se sujeita ao controle judicial. c) conjugação de vontades do Estado, ou de quem lhe faça as vezes, e do administrado objetivando criar, modificar ou declarar as correspondentes relações jurídicas, sob o regime de direito público e privado, sujeita apenas à apreciação judicial quanto ao mérito. d) manifestação unilateral da vontade da Administração Pública, objetivando determinar, compulsoriamente, a observância a direitos e obrigações pelo administrado, passível de apreciação de ofício pelo Poder Judiciário. e) regra ditada unilateral ou bilateralmente pelo Estado, ou por quem o represente mediante plena observância da lei para que produza os correspondentes efeitos podendo sofrer o controle judicial quanto à discricionariedade e ao mérito. Questões 135 330. (FCC – Técnico Judiciário – TRE – Acre – 2003) Um dos traços mais característicos da Administração Pública é a) a prevalência do interesse público sobre o interesse privado. b) o monopólio da prática dos atos administrativos pelo Poder Executivo. c) a reserva constitucional de isonomia entre os interesses públicos e os privados. d) o uso legal da arbitrariedade pelo Administrador na prática do ato administrativo. e) a possibilidade de o Poder Judiciário rever qualquer ato administrativo. 331. (FCC – Agente Técnico Legislativo – Assembleia Legislativa/SP – 2010) A imperatividade, enquanto atributo do ato administrativo, traz como consequência a a) produção de efeitos do ato, enquanto não decretada a sua invalidade ou nulidade. b) imposição a terceiros, independentemente de sua concordância, dos atos que estabelecem obrigações. c) possibilidade de execução pela própria Administração, independentementeda intervenção do Poder Judiciário. d) não necessidade de enquadramento do ato em determinada forma pré-estabelecida. e) aplicação, em situações concretas, do princípio da supremacia do interesse público sobre o privado. 332. (FCC – Analista Judiciário – TRF – 5ª Região) Determinado Município ingressa em juízo, requerendo autorização judicial para fazer cumprir decisão administrativa de interdição de estabelecimentos comerciais instalados em desacordo com as posturas urbanísticas. A ação é extinta sem julgamento do mérito, tendo o juiz considerado que o Município não precisa de amparo judicial para fazer cumprir essa decisão. No caso, a sentença baseou se no atributo dos atos administrativos consistente na a) presunção de legitimidade. b) presunção de veracidade. c) autoexecutoriedade. d) primazia do interesse público. e) inafastabilidade do controle jurisdicional. 333. (FCC – Analista Judiciário – TRT – 15o Região – 2009) Sobre os atributos dos atos administrativos, é INCORRETO afirmar: a) A imperatividade é uma das características que distingue o ato administrativo do ato de direito privado. b) A auto-executoriedade não existe em todos os atos administrativos. c) Imperatividade consiste na possibilidade que certos atos administrativos ensejam de imediata e direta execução pela Administração Pública, independentemente de ordem judicial. 136 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo d) A presunção de legitimidade é qualidade inerente a todo o ato da Administração Pública. e) A presunção de veracidade diz respeito aos fatos, isto é, em decorrência dele, presumem-se verdadeiros os fatos alegados pela Administração. 334. (FCC – Técnico Judiciário – TRF – 8ª Região) O exame do ato administrativo revela a existência de requisitos necessários à sua formação. Segundo Hely Lopes Meirelles, existem cinco desses requisitos básicos, que são: a) competência, finalidade, forma, motivo, objeto. b) competência, finalidade, motivo, publicidade, forma. c) competência, capacidade, motivo, publicidade, objeto. d) capacidade, finalidade, publicidade, motivo, forma. e) publicidade, capacidade, competência, objeto, motivo. 335. (FCC – Auxiliar Judiciário – TJ/PA – 2009) A respeito dos requisitos, ou elementos, do ato administrativo, considere: I. Competência é o poder legal conferido ao agente público para o desempenho específico das atribuições de seu cargo. II. Delegação de competência é o ato pelo qual o superior hierárquico traz para si o exercício temporário de parte da competência atribuída originariamente a um subordinado. III. Motivo é a situação de direito ou de fato que determina ou autoriza a realização do ato administrativo. É correto o que se afirma em a) I e II, apenas. b) I e III, apenas. c) I, II e III. d) II e III, apenas. e) III, apenas. 336. (FCC – Técnico Judiciário – TRE/CE) A circunstância de fato ou de direito que autoriza ou impõe ao agente público a prática do ato administrativo se refere ao a) conceito do objeto. b) tipo da forma. c) elemento da finalidade. d) requisito do motivo. e) atributo do sujeito. 337. (FCC – Técnico Administrativo – TRE/AL – 2010) Sobre o motivo, como requisito do ato administrativo, é INCORRETO afirmar que a) motivo e móvel do ato administrativo são expressões que não se equivalem. b) motivo é o pressuposto de fato e de direito que serve de fundamento ao ato administrativo. Questões 137 c) a sua ausência invalida o ato administrativo. d) motivo é a causa imediata do ato administrativo. e) motivo e motivação do ato administrativo são expressões equivalentes. 338. (FCC – Técnico Administrativo – TRE/AL – 2010) O ato administrativo praticado com fim diverso daquele objetivado pela lei ou exigido pelo interesse público caracteriza a) excesso de poder. b) desvio de finalidade. c) perda da finalidade. d) mera inadequação da conduta. e) crime de desvio de poder. 339. (FCC – Analista Judiciário – TRT – 9ª Região) José Augusto, analista judiciário do Tribunal Regional do Trabalho da 9a Região, ao praticar ato que não se inclui nas suas atribuições legais, preteriu o requisito do ato administrativo denominado a) forma. b) finalidade. c) competência. d) motivo. e) objeto. 340. (FCC – Defensor Público – Maranhão) Dois atos administrativos foram praticados com vícios. O primeiro não continha motivação, em que pese fosse legalmente exigida. O segundo foi praticado tendo seu agente visado a fim diverso daquele previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência. Os vícios acima caracterizados, conforme definição do Direito brasileiro, são, respectivamente, a) ilegalidade de objeto e vício de forma. b) inexistência dos motivos e incompetência. c) vício de forma e desvio de finalidade. d) inexistência de motivos e desvio de finalidade. e) ilegalidade do objeto e incompetência. 341. (FCC – Técnico Judiciário – TRT – 15o Região – 2009) Quanto à discricionariedade e vinculação do ato administrativo, é correto que a) ato discricionário é aquele em que o administrador tem certa liberdade de escolha, especialmente quanto à conveniência e oportunidade. b) discricionariedade e arbitrariedade são expressões sinônimas. c) no ato vinculado a lei estabelece quase todos os requisitos e condições de sua realização, deixando pouca margem de liberdade ao administrador. 138 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo d) quanto aos elementos competência e finalidade do ato administrativo a lei pode deixar à livre apreciação da autoridade tanto no ato discricionário quanto no ato vinculado. e) o Poder Judiciário pode apreciar o ato administrativo quanto aos aspectos da conveniência e oportunidade. 342. (FCC – Analista Judiciário – TRE – 1ª Região) No que tange a invalidação do ato administrativo é certo que a) à Administração cabe revogar ou anular o ato, e ao Judiciário somente anulá-lo. b) ao Judiciário cabe revogar ou anular o ato, e à Administração somente anulá-lo. c) cabe tanto à Administração como ao Judiciário revogar ou anular o ato. d) à Administração cabe somente a revogação do ato, enquanto que ao Judiciário apenas sua anulação. e) ao Judiciário cabe somente a revogação do ato, enquanto à Administração apenas sua anulação. 343. (FCC – Técnico Judiciário – TRT – 20ª Região) No Direito brasileiro, a revogação, pelo Poder Judiciário, de um ato administrativo discricionário praticado pelo Poder Executivo a) só é possível se não afetar direitos adquiridos. b) só é possível após esgotada a via administrativa. c) só é possível se o ato não houver exaurido seus efeitos. d) só é possível para atos de caráter normativo. e) não é possível. 344. (FCC – Oficial de Chancelaria – MRE – 2009) É certo que a Administração Pública, dentre outras situações, atos a) está sujeita à fiscalização administrativa de seus atos, sendo-lhe vedada a revogação de seus atos discricionários. b) tem o dever de velar pela execução da lei, facultada a anulação dos atos ilegais que praticar. c) sujeita-se ao controle jurisdicional de sua atuação, mas não ao controle legislativo de seus atos. d) não pode descumprir a lei a pretexto de sua inconstitucionalidade, mas pode atuar, em qualquer situação, contra legem ou praeter legem. e) deve anular os atos ilegais que praticar e pode revogar seus atos discricionários inconvenientes ou inoportunos. 345. (FCC – Analista Judiciário – Taquigrafia – TRE/PI – 2009) A anulação do ato administrativo a) produz efeitos a partir da anulação. b) ocorre por motivo de conveniência e oportunidade. Questões 139 c) não pode se feita pelo Poder Judiciário. d) deve ocorrer quando há vício relativo à legalidade ou legitimidade. e) atinge direitos de terceiros, mesmo que estejam de boa-fé. 346. (FCC – Técnico Judiciário – TRF – 8ª Região) Em relação à invalidação dos atos administrativos, é certo que o Poder Judiciário a) pode anular e revogar os atos administrativos da AdministraçãoPública. b) não pode anular nem pode revogar os atos administrativos da Administração Pública. c) pode anular, mas não revogar os atos administrativos da Administração Pública. d) pode revogar, mas não anular os atos da Administração Pública. e) pode julgar os critérios de mérito e conveniência administrativos para fins de decretação da nulidade. 347. (FCC – Agente Técnico Legislativo – Assembleia Legislativa/SP – 2010) A revogação dos atos administrativos a) pode ser declarada tanto pela Administração como pelo Poder Judiciário, desde que provocado por qualquer cidadão mediante a propositura de Ação Popular. b) enseja que os efeitos retroajam à data da constituição do ato revogado. c) caracteriza-se como um ato administrativo vinculado, na medida em que a Administração, em face do princípio da indisponibilidade do interesse público, é obrigada a revogar os atos inconvenientes ou inoportunos. d) caracteriza-se como um ato administrativo discricionário, pelo qual a Administração extingue um ato válido, por razões de oportunidade e conveniência. e) pode ser declarada pela própria autoridade que praticou o ato ou por aquela que tenha poderes para dele conhecer, de ofício ou por via de recurso, e somente quando identificado vício em relação a objeto, forma ou finalidade. 348. (FCC – Assessor Jurídico – TCE/PI – 2009) A convalidação a) produz efeitos retroativos à data em que foi praticado o ato administrativo. b) consiste na validação concomitante de no mínimo dois atos administrativos relacionados entre si quanto ao objeto. c) consiste na reposição ao mundo jurídico de um ato administrativo anteriormente declarado inoportuno e inconveniente. d) não é possível em casos de vício de competência. e) depende da apreciação jurisdicional para ser aplicada aos atos administrativos. 140 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo 349. (FCC – Técnico Administrativo – TRE/AL – 2010) Sobre atos administrativos, considere: I. Ato que resulta da manifestação de um órgão, mas cuja edição ou produção de efeitos depende de outro ato, acessório. II. Ato que resulta da manifestação de dois ou mais órgãos, singulares ou colegiados, cuja vontade se funde para formar um único ato. III. Atos que a Administração impõe coercitivamente aos administrados, criando para eles, obrigações ou restrições, de forma unilateral. Esses conceitos referem-se, respectivamente, aos atos a) compostos, complexos e de império. b) de império, coletivos e externos. c) complexos, compostos e de gestão. d) complexos, coletivos e individuais. e) compostos, externos e individuais. 350. (FCC – Oficial de Chancelaria – MRE – 2009) As portarias, as autorizações e as resoluções são consideradas, respectivamente, espécies de atos administrativos a) normativos, ordinatórios e negociais. b) punitivos, ordinatórios e normativos. c) normativos, negociais e ordinatórios. d) ordinatórios, negociais e normativos. e) ordinatórios, normativos e negociais. 351. (FCC – Técnico Judiciário – TRF – 5ª Região) Atos administrativos que disciplinam determinada matéria, de modo geral e abstrato, são denominados a) imperativos. b) normativos. c) sancionatórios. d) singulares. e) restritivos. 352. (FCC – Auditor Fiscal de Tributos Estaduais – SEFAZ/RO – 2010) Com relação à classificação dos atos administrativos, quanto à formação da vontade, em regra, a nomeação do Procurador Geral da República e a deliberação de um Conselho são atos administrativos a) complexos. b) complexo e simples, respectivamente. c) simples. d) compostos. e) composto e simples, respectivamente. Questões 141 353. (FCC – Auxiliar Judiciário – TJ/PA – 2009) Com referência às espécies do ato administrativo, considere: I. Atos ordinatórios são atos administrativos internos, que visam a disciplinar o funcionamento da Administração e a conduta funcional dos seus agentes. II. As circulares internas, os avisos e as ordens de serviço são exemplos de atos normativos. III. Nos atos negociais encontra-se presente o atributo da imperatividade. É correto o que se afirma APENAS em a) I. b) I e II. c) II e III. d) II. e) III. Capítulo 7 lei do Processo adminisTraTivo Federal (lei n o 9.784/99) 01. (CESPE – Agente Administrativo – MPS – 2010) O processo administrativo, na administração pública federal, visa à proteção dos direitos dos administrados e ao melhor cumprimento dos fins da administração. 02. (CESPE – Procurador do MP junto ao TCM/GO – 2007) A Lei nº 9.784/1999 institui normas básicas sobre o processo administrativo no âmbito da União, dos estados, do DF e dos municípios, visando, em especial, à proteção dos direitos dos administrados e ao melhor cumprimento dos fins da administração. 03. (CESPE – Defensor Público da União – 2010) Carlos, servidor da Justiça Federal, responde a processo administrativo nesse órgão e requereu a aplicação da Lei nº 9.784/1999 no âmbito desse processo. Nessa situação, é correto afirmar que tal aplicação é cabível. 04. (CESPE – Advogado da União – 2002) Em face da atual distribuição de competência na Constituição da República, cabe à União legislar acerca de processo administrativo para si própria e para os demais entes da Federação. 05. (CESPE – Técnico Judiciário – STJ – 2008) Quando os membros do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios se reúnem para decidir questões administrativas, têm de observar apenas a respectiva lei de organização judiciária e seu regimento interno, haja vista a Lei nº 9.784 1999 ser aplicável tão-somente aos órgãos do Poder Executivo da União. 06. (CESPE – Analista Judiciário – Área Contabilidade – TRT – 21ª Região – 2010) Os preceitos dessa lei são aplicáveis não apenas aos órgãos do Poder Executivo, mas também aos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário da União, quando no desempenho de função administrativa. 07. (CESPE – Procurador – MP – TCM/GO – 2007) A Lei nº 9.784/1999 não tem nenhuma aplicação nos processos dos tribunais de contas, visto que a própria lei exclui a sua aplicabilidade aos processos administrativos específicos, regidos por legislação própria. 144 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo 08. (CESPE – Defensor Público da União – 2010) A Lei no 9.784/99 estabelece normas básicas acerca do processo administrativo somente na administração federal e estadual direta. 09. (CESPE – Analista Judiciário – Área Judiciária – TRE/MT – 2010) Segundo previsão legal expressa, as normas básicas ali consignadas quanto ao processo administrativo aplicam-se no âmbito da União, dos estados e dos municípios, nas esferas dos distintos poderes. 10. (CESPE – Analista do MinC – 2008) A aplicação da referida lei no âmbito estadual não é viável, ainda que sob o argumento da subsidiariedade, pois tal lei tem como objeto o processo administrativo no âmbito da administração pública federal. 11. (CESPE – Analista Administrativo – MC – 2008) A lei em questão incide sobre processos administrativos específicos, a exemplo do processo administrativo disciplinar. 12. (CESPE – Analista Judiciário – Área Judiciária – TRE/GO – 2009) Órgão é a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica. 13. (CESPE – Procurador Federal – 2007) No direito brasileiro, os órgãos são conceituados como unidades de atuação integrantes da estrutura da administração direta e da estrutura da administração indireta e possuem personalidade jurídica própria. 14. (FCC – Analista Judiciário – Área Judiciária – TRE/PE – 2004) Para os fins da Lei no 9.784 99, que regulamenta o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal, considera-se órgão a) superior a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios quando atuam no aspecto político-administrativo. b) o Executivo, assim como o Legislativo e o Judiciário da União, quando no desempenho de suas funções. c) a unidade de atuação dotadade personalidade jurídica própria e vinculada à Administração direta e indireta. d) a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da Administração indireta. e) qualquer entidade de direito público ou privado com personalidade jurídica e dotada de poder de decisão na área administrativa. 15. (CESPE – Exame de Ordem – OAB – 2009.1) Considera-se entidade administrativa a unidade de atuação integrante da estrutura da administração direta. 16. (CESPE – Professor Tecnólogo Direito – IFB – 2010) Entre os princípios expressamente consignados na lei em questão, inclui-se o relativo à impessoalidade. Questões 145 17. (FUNIVERSA – Administrador – SEJUS/DF – 2010) A Lei nº 9.784/1999 disciplina o processo administrativo no âmbito da administração federal, trazendo expressamente os princípios norteadores da atividade administrativa, entre os quais não se inclui a a) legalidade. b) impessoalidade. c) segurança jurídica. d) eficiência. e) moralidade. 18. (CESPE – Juiz Substituto – TJ/BA – 2005) O princípio da proporcionalidade é hoje amplamente reconhecido pela doutrina e pela jurisprudência brasileiras como um dos que regem a atividade administrativa, conquanto remanesça como princípio implícito no ordenamento jurídico positivo do país. 19. (CESPE – Analista Judiciário – Área Administrativa – STJ – 2008) Conforme determina a lei geral do processo administrativo no âmbito da União, a atuação da administração pública deve ser feita de acordo com a lei e com os atos regulamentares editados pelo Poder Executivo, não sendo considerados o entendimento doutrinário nem o jurisprudencial, pois esses são formas de interpretação estranhas ao Poder Executivo. 20. (CESPE – Analista Judiciário – TRT – 9o Região – 2008) A lei que regulamenta o processo administrativo no âmbito da administração pública federal determina que o administrador, ao aplicar o princípio da legalidade, deve atentar-se também para a conformação do ato ao próprio direito. 21. (CESPE – Juiz Substituto – TJ/CE – 2004) Uma decisão administrativa, mesmo que não fira norma jurídica expressa, pode ser inválida se, por exemplo, não guardar relação adequada entre os meios que elegeu e os fins a serem perseguidos pela administração. 22. (CESPE – Agente Administrativo – MPS – 2010) Nos processos administrativos, busca-se a adequação entre meios e fins, até mesmo com a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público, visando à prevenção das irregularidades. 23. (FCC – Analista Judiciário – Área Judiciária – TRT – 23ª Região – 2004) O diploma legal de regência do processo administrativo, no âmbito da Administração Pública Federal, ao impor que seja observado, entre outros, o critério de adequação entre meios e fins, vedando a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público, refere-se ao princípio da 146 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo a) segurança jurídica. b) moralidade. c) eficiência. d) razoabilidade. e) finalidade. 24. (CESPE – Administrador – DFTRANS – 2008) Em processo administrativo disciplinar, deverá ser observada a garantia dos direitos à comunicação, à apresentação de alegações finais, à produção de provas e à interposição de recursos. 25. (CESPE – Auditor Interno – AUGE/MG – 2009) O princípio da ampla defesa é aplicável também ao processo administrativo, estando nele assegurados os direitos à comunicação, à apresentação de alegações finais, à produção de provas e à interposição de recursos, nos processos de que possam resultar sanções e nas situações de litígio. 26. (CESPE – Analista de Controle Externo – TCU – 2008) O direito de petição, independentemente do pagamento de taxas, não se estende ao TCU, já que este é um órgão da administração desprovido de competência extroversa. 27. (FCC – Analista Judiciário – Área Judiciária – TRT – 22ª Região – 2004) Aristóteles Júnior teve reconhecido determinado direito com base em interpretação de certa norma administrativa, adotada em caráter uniforme para toda a Administração. Posteriormente, visando melhor atendimento de sua finalidade, o Poder Público modificou referida interpretação, em caráter normativo, de forma retroativa, afetando a situação de Aristóteles, que já se encontrava consolidada na vigência da anterior orientação. A situação narrada afrontou o princípio denominado a) eficiência. b) impessoalidade. c) publicidade. d) razoabilidade. e) segurança jurídica. 28. (CESPE – Analista Especialista em Direito – INCA – 2010) O processo administrativo estabelece uma relação bilateral, de um lado o administrado, que deduz uma pretensão, e de outro a administração, que, quando decide, não age como um terceiro, estranho à controvérsia, mas como parte. 29. (CESPE – Promotor de Justiça Substituto – MPE/SE – 2010) O processo administrativo, como o judicial, somente se instaura por provocação do administrado, ainda que a administração possa, de ofício, adotar as medidas necessárias à sua adequada instrução. Questões 147 30. (CESPE – Analista Administrativo – ANAC – 2009) No âmbito administrativo, o princípio da oficialidade assegura a possibilidade de instauração do processo por iniciativa da administração, independentemente de provocação do administrado e, ainda, possibilita o impulsionamento do processo, com a adoção de todas as medidas necessárias a sua adequada instrução. 31. (CESPE – Analista Administrativo – DPU – 2010) O denominado princípio da oficialidade não tem aplicação no âmbito do processo administrativo, pois a instauração do processo depende de provocação do administrado. 32. (CESPE – Defensor Público – DPE/ES – 2009) O princípio da oficialidade, aplicável ao processo administrativo, encontra-se presente no poder da administração de instaurar e instruir o processo, bem como de rever suas decisões. 33. (CESPE – Exame de Ordem – OAB – 2009.2) As atividades que buscam a verificação e a comprovação de fatos e dados no processo administrativo podem ser impulsionadas de ofício pela administração, independentemente de requerimento do interessado. 34. (CESPE – Analista Especialista em Direito – INCA – 2010) O processo administrativo pode ser instaurado de ofício, por iniciativa da administração, ou a pedido do interessado. Caso instaurado a pedido deste, será vedado à administração impulsionar e instruir o processo, em atenção ao princípio da oficialidade. 35. (CESPE – Analista Ambiental – IBAMA – 2009) Os processos administrativos devem ser guiados por critérios que observem as formalidades essenciais à garantia dos direitos dos administrados, adotadas de formas simples e desburocratizadas, suficientes para garantir grau de certeza, segurança e respeito a esses direitos. 36. (CESPE – Analista de Informática – STJ – 2008) A adoção de formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de certeza, segurança e respeito aos direitos dos administrados é um critério a ser observado nos processos administrativos no âmbito da União. 37. (CESPE – Técnico Administrativo – ANEEL – 2010) O princípio da obediência à forma e aos procedimentos tem aplicação absoluta no processo administrativo, razão pela qual os atos do processo administrativo sempre dependerão de forma determinada. 38. (CESPE – Analista Ambiental – IBAMA – 2009) O direito do administrado de ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que figure na qualidade de interessado e de neles atuar peticionando, juntando documentos, fazendo requerimentos e recursos, não ilide o fato de que a administração deve, por si mesma, dar impulso, de ofício, ao processo administrativo. 148 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo 39.(CESPE – Analista – Técnico-administrativo/MS – 2010) O princípio da acessibilidade aos elementos do expediente significa que deve ser facultado à parte o exame de toda a documentação constante dos autos do processo administrativo. 40. (CESPE – Analista Técnico-administrativo/MS – 2010) A lei que regula o processo administrativo no âmbito da administração pública federal assegura ao administrado a possibilidade de fazer-se assistido por advogado. 41. (CESPE – Analista Judiciário – Área Administrativa – TRT – 21ª Região – 2010) Em todos os processos administrativos, o servidor deve estar obrigatoriamente assistido por advogado, sob pena de nulidade dos atos praticados. 42. (CESPE – Analista Administrativo – MinC – 2008) Tanto a Constituição Federal (CF) como a lei em apreço vedam à administração pública a prorrogação indefinida da duração de seus processos, pois é direito do administrado ter seus requerimentos apreciados em tempo razoável. 43. (CESPE – Analista de Controle Externo – TCE/TO – 2009) O princípio da razoável duração do processo, inserido pela Emenda Constituicional nº 45/2004, por meio do qual se assegura a razoável duração do processo judicial, não foi estendido ao processo administrativo. 44. (CESPE – Analista Administrativo/MS – 2008) O interessado em determinado processo administrativo tem direito a vista do processo e a obter certidões ou cópias reprográficas dos dados e documentos que o integrem, inclusive os dados e documentos de terceiros protegidos por sigilo ou pelo direito à privacidade, à honra e à imagem. 45. (CESPE – Analista Administrativo – IBRAM – 2009) O administrador não tem o dever, perante à administração, de prestar as informações que lhe forem solicitadas nem de colaborar para o esclarecimento dos fatos, tendo em vista que é ônus da administração a colheita de informações e provas. 46. (CESPE – Analista Administrativo – DPU – 2010) O princípio da gratuidade não se aplica ao processo administrativo, considerando-se a necessidade de cobertura das despesas decorrentes da tramitação. 47. (CESPE – Auditor de Minas Gerais – 2009) Diferentemente do que ocorre no processo judicial, no processo administrativo é vedada a cobrança de despesas processuais, ressalvadas as previstas em lei. 48. (CESPE – Escrivão de Polícia – PC/ES – 2010) Os princípios que informam o processo administrativo são os mesmos que informam o processo judicial, aplicando-se, com a mesma intensidade, em um e outro processo. Questões 149 49. (CESPE – Analista Judiciário – Área Administrativa – STF – 2008) A garantia de instância (caução) para a interposição de todo e qualquer recurso administrativo está prevista em lei. 50. (FCC – Assessor Jurídico – TCE/PI – 2009) Consideradas as tendências atuais do Direito Administrativo brasileiro, é possível vislumbrar, no âmbito do processo administrativo, a incidência do princípio da a) economia processual, que, em conjunto com o princípio da inafastabilidade da apreciação jurisdicional, fundamenta a dispensa da fase de defesa na esfera administrativa. b) autotutela, segundo o qual os atos da Administração Pública estão sujeitos ao controle interno, sendo vedado o controle jurisdicional. c) coisa julgada material, segundo o qual o ato resultante de processo administrativo regular não poderá ser revogado pela Administração Pública. d) participação popular, que funciona como mecanismo de controle da Administração Pública, como no caso dos direitos constitucionais de petição e de informação. e) inércia, segundo o qual a iniciativa da instauração e do desenvolvimento do processo administrativo compete aos particulares interessados, não à Administração Pública. 51. (CESPE – Técnico Judiciário – TRE/MG – 2009) O processo administrativo é iniciado apenas por meio de requerimento da parte interessada. 52. (CESPE – Procurador – BACEN – 2009) O processo administrativo iniciar- se-á somente a pedido de interessado. 53. (CESPE – Analista Judiciário – Administração – TJDFT – 2007) Por constituir uma medida com fins punitivos, o processo administrativo disciplinar regido pela Lei nº 9.784 1999 deve iniciar-se exclusivamente de ofício. 54. (CESPE – Técnico em Contabilidade/MS – 2010) Quando do início do processo, se os pedidos de uma pluralidade de interessados tiverem conteúdo e fundamentos idênticos, poderão ser formulados em um único requerimento, salvo preceito legal em contrário. 55. (CESPE – Técnico de Controle Externo – TCU – 2007) Pedidos de vários interessados com conteúdo e fundamentos idênticos devem ser formulados em requerimentos separados, com vistas à maior agilidade dos processos administrativos e à diminuição dos seus volumes. 56. (CESPE – Técnico Judiciário – Área Administrativa – STM – 2004) Considere a seguinte situação hipotética. Célio, servidor público concursado da Secretaria de Cultura de estado-membro da Federação, recebeu intimação para prestar esclarecimentos em processo administrativo que estava em curso no departamento em que atuava. Para obter maiores informações 150 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo acerca do processo, Célio manteve contato com o assessor jurídico da Secretaria, que informou a Célio a respeito da impossibilidade de fornecer informações, uma vez que os atos do processo obedecem ao princípio da oralidade e celeridade, não sendo produzidos por escrito. Nessa situação, a informação do assessor jurídico não corresponde a preceito da Lei nº 9.784/1999, que prevê a forma escrita para os referidos atos. 57. (CESPE – Analista Ambiental – IBAMA – 2009) A elaboração de modelos ou formulários padronizados que atinjam pretensões equivalentes no tratamento de um mesmo assunto no âmbito da administração pública é medida burocratizante, que deve ser evitada, porque, com isso, desconsidera-se a peculiaridade de cada situação. 58. (CESPE – Procurador Federal de 2o Categoria – AGU – 2010) Os atos do processo administrativo dependem de forma determinada apenas quando a lei expressamente a exigir. 59. (CESPE – Técnico Judiciário – STJ – 2008) Se, no curso de um processo administrativo, for suscitada dúvida quanto à autenticidade de uma assinatura, bastará que um servidor público ateste a sua veracidade, sendo desnecessário o reconhecimento de firma. 60. (CESPE – Técnico de Controle Externo do TCU – 2007) Os atos do processo administrativo devem ser produzidos por escrito, com a assinatura da autoridade que os pratica. Essa assinatura deve ser submetida ao reconhecimento de firma, afastando-se qualquer dúvida sobre a sua autenticidade. 61. (CESPE – Especialista em Regulação de Aviação Civil – ANAC – 2009) Considere que, em certo processo administrativo, sejam exigidas cópias autenticadas de documentos referentes a um servidor público. Nessa situação, a autenticação dos referidos documentos poderá ser feita pelo próprio órgão administrativo solicitante. 62. (CESPE – Analista Judiciário – Administração – TJDFT – 2007) Os atos do processo administrativo disciplinar regido pela Lei nº 9.784 1999 podem realizar-se em qualquer dia da semana, desde que ocorram na sede do órgão. 63. (FCC – Analista Judiciário – Área Judiciária – TRT – 24ª Região – 2003) Em um processo administrativo, o administrado deve praticar um ato para o qual não há disposição específica quanto ao prazo. Nesse caso, presume- se que o prazo é de a) 15 dias, mas pode ser dilatado até o dobro. b) 10 dias, que nunca pode ser dilatado. c) 10 dias, mas pode ser dilatado até o dobro. d) 5 dias, que nunca pode ser dilatado. e) 5 dias, mas pode ser dilatado até o dobro. Questões 151 64. (CESPE – Analista Judiciário – Área Contabilidade – TRT – 21ª Região – 2010) São legitimadas como interessados, no processo administrativo, as pessoas físicas, mas, não, as pessoas jurídicas. Assim, a lei considera como interessadosos que iniciem o processo como titulares de direitos ou interesses individuais, bem como aqueles que tenham direitos ou interesses que possam ser afetados pela decisão a ser adotada. 65. (CESPE – Oficial de Chancelaria – MRE – 2006) São considerados legitimados como interessados no processo administrativo inclusive aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm direitos ou interesses que possam ser afetados pela decisão a ser adotada. 66. (CESPE – Técnico em Contabilidade – TRE/MG – 2009) As organizações e associações representativas são legitimadas para atuar como interessadas em processos administrativos, no tocante a direitos e interesses individuais. 67. (CESPE – Técnico Judiciário – TJDFT – 2008) Uma associação, mesmo que legalmente constituída, não tem legitimidade para promover a defesa de direitos ou interesses difusos no âmbito do processo administrativo. 68. (CESPE – Administrador – MPS – 2010) Para fins de processo administrativo, são capazes os maiores de dezoito anos de idade, exceto os casos com previsão especial em ato normativo próprio. 69. (CESPE – Agente Técnico Jurídico – MPE/AM – 2008) Como regra geral, são considerados capazes, para fins de processo administrativo, os maiores de dezoito anos. 70. (CESPE – Analista de Controle Externo do TCU – 2008) Conforme a lei geral do processo administrativo no âmbito federal, a legitimidade ativa para atuar como interessado foi estendida às pessoas ou associações legalmente constituídas quanto aos direitos difusos. 71. (CESPE – Procurador – BACEN – 2009) O processo administrativo regido pela Lei no 9.784/1999 não protege os direitos ou interesses difusos. 72. (MOVENS – Técnico Administrativo – DNPM – 2010) São capazes, para seus fins, os maiores de dezoito anos, ressalvada previsão especial em ato normativo próprio. 73. (CESPE – Escrivão de Polícia – PC/ES – 2010) Terão prioridade na tramitação do processo administrativo, em qualquer órgão ou instância, em que figurem como partes ou interessados, pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, pessoas portadoras de deficiência, física ou mental, e portadores de doenças graves. 152 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo 74. (CESPE – Perito Papiloscópico – PC/ES – 2010) Apenas pessoa com idade igual ou superior a sessenta anos terá prioridade na tramitação, em qualquer órgão ou instância, dos procedimentos administrativos em que figure como parte ou interessado. 75. (CESPE – Advogado – ANCINE – 2005) No processo administrativo, se excluídas a delegação e a avocação, a competência é irrenunciável. 76. (CESPE – Agente Administrativo Ministério da Saúde – 2008) Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial. 77. (CESPE – Analista Ambiental – MMA – 2008) Um órgão administrativo e seu titular poderão delegar toda a sua competência a outros órgãos ou titulares, desde que estes lhes sejam hierarquicamente subordinados. 78. (CESPE – Técnico em Contabilidade/MS – 2010) É possível que um órgão administrativo e seu titular, se não houver impedimento legal, deleguem parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, desde que estes lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial. 79. (CESPE – Analista Ambiental – IBAMA – 2009) A delegação de competência em razão de circunstâncias de índole técnica apenas pode ocorrer dentro do próprio órgão administrativo, sendo incabível delegação para este fim mediante transferência de competência a outros órgãos ou titulares, que não estejam na mesma linha de hierarquia e subordinação. 80. (CESPE – Advogado da União – 2006) Salvo impedimento legal, circunstância de natureza meramente econômica pode ser invocada para justificar a conveniência de um órgão administrativo colegiado em delegar parte da sua competência a seu presidente. 81. (CESPE – Auditor Federal de Controle Externo – TCU – 2009) Uma autoridade poderá, se não houver impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros titulares de órgãos, desde que esses não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, unicamente em razão de circunstâncias técnicas, sociais e econômicas. 82. (CESPE – Procurador do Banco Central – 2009) A delegação de competência, no âmbito federal, somente é possível se assim determinar expressamente a lei. 83. (CESPE – Procurador do Ministério Público junto ao TCU – 2004) Um órgão administrativo e seu titular não podem sem previsão legal expressa, delegar parte de sua competência a outros órgãos ou titulares. Questões 153 84. (CESPE – Analista Judiciário Área Administrativa – TRT – 17ª Região – 2009) Em algumas circunstâncias, pode um agente transferir a outro funções que originariamente lhe são atribuídas, fato esse denominado delegação de competência. Entretanto, não se admite delegar a edição de atos de caráter normativo, a decisão de recursos administrativos e as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade. 85. (CESPE – Agente administrativo – Ministério da Previdência Social – 2010) A edição de atos de caráter normativo é um dos objetos de delegação. 86. (CESPE – Procurador Municipal de Aracajú – 2008) A decisão de recursos administrativos não pode ser objeto de delegação. 87. (CESPE – Analista Judiciário – Área Judiciária – TRE/MT – 2010) Enquanto o ato de delegação é revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante, a avocação da competência é permitida mediante justificativa e de modo excepcional. 88. (CESPE – Advogado da União – 2006) É obrigatória a publicação em meio oficial dos atos de delegação ante o seu caráter formal e, a partir da publicação, o ato de delegação torna-se irrevogável. 89. (CESPE – Analista Judiciário – Área Judiciária – TRE/MT – 2010) Do poder hierárquico decorre a possibilidade de os agentes públicos delegarem suas competências, devendo haver sempre responsabilização do delegante pelos atos do delegado, por agirem em seu nome. 90. (CESPE – Procurador – BACEN – 2009) Os atos praticados sob o manto da delegação imputam-se ao delegante e ao delegado, de forma concorrente. 91. (CESPE – Procurador do Estado de Pernambuco – 2009) De acordo com a legislação de regência, a avocação de competência é admitida apenas em caráter temporário e por motivos relevantes devidamente justificados. 92. (CESPE – Agente de Polícia Civil – PC/ES – 2008) Para que haja a avocação não é necessária a presença de motivo relevante e justificativa prévia, pois esta decorre da relação de hierarquia existente na administração pública. 93. (CESPE – Advogado da União – 2006) A avocação é ato excepcional, de caráter transitório, que, no entanto, dispensa motivação por parte da autoridade hierarquicamente superior que a determina. 94. (CESPE – Agente administrativo – Ministério da Previdência Social – 2010) A competência é delegável, mas não é passível de avocação. 95. (CESPE – Analista do Ministério dos Esportes – 2008) A avocação temporária de competência atribuída a órgão inferior é permitida como regra, tendo em vista o poder hierárquico. 154 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo 96. (CESPE – Juiz Federal Substituto – TRF – 1ª Região – 2010 – adaptada) Decorre da hierarquia o poder que o órgão administrativo hierarquicamente superior possui de, em qualquer circunstância e sem necessidade de justificação, avocar temporariamente a competência atribuída a órgão inferior. 97. (CESPE – Procurador do Ministério Público junto ao TCU – 2004)Regras relativas a impedimentos e suspeições são aplicadas a servidores públicos como corolário do princípio da impessoalidade. 98. (CESPE – Técnico em Contabilidade/MS – 2010) No processo administrativo, pode ser arguido o impedimento de autoridade ou servidor que tenha amizade íntima ou inimizade notória com algum dos interessados ou com os respectivos cônjuges, companheiros, parentes e afins até o terceiro grau. 99. (FCC – Analista Judiciário – Área Judiciária – TRT – 3ª Região – 2004) Em um processo administrativo, sujeito à Lei no 9.784 99, a situação em que a autoridade responsável pelo processo seja amigo íntimo de parente de terceiro grau de algum dos interessados, a) é típica de impedimento, que deve ser argüido pela parte interessada. b) é típica de impedimento, que deve ser apontado pela autoridade superior do órgão público em questão. c) é típica de argüição de suspeição, cujo deferimento ou não caracteriza ato discricionário da autoridade superior, portanto, irrecorrível. d) é típica de argüição de suspeição, a qual, se indeferida, é passível de recurso sem efeito suspensivo. e) não se caracteriza como hipótese nem de impedimento, nem de suspeição. 100. (FCC – Analista Judiciário – TRT – 21ª Região – 2003) NÃO está impedido de atuar em processo administrativo o servidor ou autoridade que a) tenha participado como perito ou representante. b) venha a participar como testemunha. c) seja considerado sem interesse na matéria objeto do processo. d) esteja litigando judicialmente com o cônjuge do interessado. e) esteja litigando administrativamente com a companheira do interessado. 101. (CESPE – Procurador – BACEN – 2009) Está impedido de atuar no processo administrativo o tio daquele que atuou como testemunha. 102. (CESPE – Analista Judiciário – Especialidades diversas – STM – 2011) Considere, por hipótese, que João e Maria, ambos servidores públicos federais, sejam, respectivamente, tio e sobrinha. Nessa situação hipotética, caso haja processo administrativo em que João figure como testemunha, Maria estará impedida de nele atuar. Questões 155 103. (CESPE – Defensor Público da União – 2010) Antônio José moveu, na justiça comum, ação para responsabilização civil contra o cônjuge de Sebastião. Nesse mesmo período, no órgão federal da administração direta em que trabalha, surgiu a necessidade de Antônio José presidir processo administrativo contra Sebastião. Nessa situação, Antônio José está impedido de atuar nesse processo administrativo. 104. (CESPE – Analista Judiciário – Área Administrativa – STF – 2008) Servidor que esteja litigando administrativamente com o interessado em um processo administrativo não está necessariamente impedido de atuar nesse processo, pois não existe litígio judicial. 105. (CESPE – Agente Administrativo/MS – 2008) Caso seja instaurado um processo administrativo em razão de provocação do interessado, as atividades de instrução destinadas a averiguar e comprovar os dados necessários à tomada de decisão não poderão ser tomadas de ofício pela administração. 106. (CESPE – Analista Judiciário – Especialidades diversas – STM – 2011) Em um processo administrativo, cabe ao interessado fornecer a prova dos fatos que tenha alegado; por essa razão, mesmo que o interessado declare que os dados alegados estejam em poder da própria administração, o órgão não poderá obter esses documentos de ofício, visto que cabe ao interessado providenciar a sua respectiva juntada. 107. (CESPE – Analista Judiciário Área Judiciária – TRE/GO – 2009) Quando o interessado declarar que fatos e dados estão registrados em documentos existentes em outro órgão administrativo, caberá ao próprio interessado trazer os referidos documentos aos autos. 108. (CESPE – Advogado do IPAJM – 2010) Quando dados, atuações ou documentos solicitados ao interessado forem necessários à apreciação de pedido formulado, o não atendimento no prazo fixado pela administração para a respectiva apresentação importará julgamento desfavorável ao administrado. 109. (CESPE – Técnico Administrativo – ANEEL – 2010) Diante da relevância de uma questão controversa, antes da tomada de decisão, a autoridade responsável pode realizar audiência pública para debates sobre a matéria do processo. 110. (CESPE – Procurador – BACEN – 2009) O parecer do órgão consultivo deverá ser emitido impreterivelmente no prazo máximo de quinze dias. 111. (CESPE – Juiz Federal – TRF – 5o Região – 2004) Os pareceres são atos administrativos de administração consultiva por meio dos quais são expressas opiniões acerca de questões técnicas. Conforme amplamente 156 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo entende a doutrina, quando a lei conferir caráter obrigatório ao parecer e a decisão a ser tomada precisar basear-se em elementos técnicos, a autoridade estará compelida a decidir segundo a orientação do parecer, sob pena de ser responsabilizada. 112. (CESPE – Juiz Federal Substituto – TRF – 1ª Região – 2010) O parecer, como ato administrativo que expressa posicionamento de natureza técnica, é sempre vinculante, de forma que a autoridade decisória não pode agir de maneira distinta da constante do ato opinativo. 113. (CESPE – Procurador Federal de 2o Categoria – AGU – 2010) Se um parecer obrigatório e vinculante deixar de ser emitido no prazo fixado, o processo pode ter prosseguimento e ser decidido com sua dispensa, sem prejuízo da responsabilidade de quem se omitiu no atendimento. 114. (CESPE – Analista de Sistemas – TJDFT – 2008) Se, para a prática de determinado ato, for obrigatória e vinculante a emissão de um parecer pelo órgão consultivo, a sua não-apresentação, dentro do prazo legal, não impedirá o seguimento do processo. Nessa hipótese, haverá apenas a responsabilização de quem se omitiu. 115. (CESPE – Técnico Administrativo – ANEEL – 2010) No caso de um parecer obrigatório e não vinculante deixar de ser emitido no prazo fixado, o processo não deve ter seguimento até a respectiva apresentação, responsabilizando-se quem der causa ao atraso. 116. (FGV – Juiz Substituto – TJ/MS – 2008) Os pareceres são atos administrativos que consubstanciam opiniões de alguns agentes administrativos sobre matéria submetida à sua apreciação. O parecer vincula à Administração, ou seja, o administrador não é obrigado a requerê-lo, mas, uma vez requerida a sua elaboração, obrigatoriamente o administrador público estará vinculado a ele, só podendo agir de acordo com as suas determinações. 117. (CESPE – Assistente Social do IPAJM – 2010) No tocante à advocacia pública consultiva, o advogado poderá ser responsabilizado nos casos de culpa grave, erro inescusável, dolo e quando o parecer for vinculante. 118. (CESPE – Procurador Federal – AGU – 2010) Um procurador federal emitiu parecer em consulta formulada por servidor público para subsidiar a decisão da autoridade competente. Nessa situação, se a decisão da autoridade, que seguiu as diretrizes apontadas pelo parecer, não for considerada como a correta pelo TCU e, em consequência disso houver dano ao patrimônio público, então haverá responsabilidade civil pessoal do parecerista. Questões 157 119. (CESPE – Analista Judiciário – Área Judiciária – TRE/MT – 2010) A lei não prevê expressamente a possibilidade de a administração pública adotar providências acauteladoras sem a prévia manifestação do interessado, mesmo porque seria necessário buscar a tutela do Poder Judiciário. 120. (CESPE – Analista Administrativo/MS – 2008) De acordo com a Lei nº 9.784 1999, na instrução do processo administrativo, em caso de risco iminente, a administração pública poderá, motivadamente, adotar providências acauteladoras, desde que haja prévia manifestação do interessado. 121. (CESPE – Analista – IBRAM – 2009) A administração tem o dever de emitir decisão nos processos administrativose sobre solicitações ou reclamações, em matéria de sua competência. 122. (CESPE – Procurador Municipal de Aracajú – 2008) Concluída a instrução de processo administrativo, a administração tem até 30 dias para decidir, salvo prorrogação por igual período expressamente motivada. 123. (CESPE – Analista Administrativo – MinC – 2008) De acordo com a lei em apreço, concluída a instrução de processo administrativo, a administração pública federal tem o prazo de até trinta dias para decidir, salvo prorrogação por igual período expressamente motivada. 124. (ESAF – Especialista – ANA – 2009 – adaptada) Segundo a Lei nº 9.784/1999, o administrado tem direitos perante a Administração, sem prejuízo de outros que lhe sejam assegurados, exceto ver proferida a decisão em processo administrativo de seu interesse em um prazo improrrogável de trinta dias. 125. (CESPE – Agente Técnico Jurídico – MPE/AM – 2008) Considere que um servidor que responde a um processo administrativo tenha sido intimado em uma quinta-feira para a oitiva de testemunhas que se realizaria na segunda-feira próxima. Nesse caso, a intimação deve ser considerada como válida, já que atendeu ao prazo de 3 dias estabelecido na lei. 126. (CESPE – Analista de Legislação Previdenciária – MPS – 2010) Quando for necessária a produção de prova ou a realização de diligência, os interessados terão de ser intimados com antecedência mínima de três dias úteis. 127. (CESPE – Analista de Controle Externo – TCU – 2004) A intimação do interessado para ciência de decisão ou a efetivação de diligências podem ser efetuadas por qualquer meio que assegure a certeza da ciência do interessado. 128. (CETRO – Técnico Judiciário – Área administrativa – TRT – 12o Região – 2007) No caso de interessados determinados, conhecidos ou com domicílio definido, a intimação deve ser efetuada por meio de publicação oficial. 158 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo 129. (CESPE – Exame de Ordem – OAB – 2010) Não se admite a intimação fictícia. 130. (CETRO – Técnico Judiciário – Área administrativa – TRT – 12o Região – 2007) A intimação deverá conter a identificação do intimado, facultada a inserção do nome do órgão ou entidade administrativa. 131. (CESPE – Analista Judiciário – Área Judiciária – TRE/MT – 2010) Nem mesmo o comparecimento do administrado supre a falta ou irregularidade na intimação realizada para a prática de determinado ato, em razão da ofensa ao princípio da legalidade estrita. 132. (CESPE – Analista Judiciário – Área Administrativa – TRT – 17ª Região – 2009) O órgão competente perante o qual tramite o processo administrativo determinará a intimação do interessado para ciência de decisão ou a efetivação de diligências. A inobservância da lei no que diz respeito à intimação é causa de nulidade, porém o comparecimento do administrado supre a sua falta ou irregularidade. 133. (CESPE – Analista Administrativo – DPU – 2010) O princípio da obediência à forma e aos procedimentos tem aplicação absoluta no processo administrativo, razão pela qual os atos do referido processo sempre dependem de forma determinada. 134. (CESPE – Analista Judiciário – Especialidades diversas – STM – 2011) Se um servidor público federal intimado, em processo administrativo, a solicitar ou apresentar provas a seu favor não atender à intimação nem fizer nenhum requerimento, ficará configurado o reconhecimento da verdade dos fatos contra ele imputados. 135. (CESPE – Analista Administrativo Ministério da Saúde – 2008) De acordo com a Lei nº 9.784 1999, o órgão competente perante o qual tramita o processo administrativo determinará a intimação do interessado para ciência de decisão ou a efetivação de diligências. Caso tal intimação não seja atendida pelo administrado, estarão configurados o reconhecimento da verdade dos fatos e a renúncia ao direito por parte deste. 136. (CESPE – Analista Judiciário – Administrativa do STJ – 2008) O administrador público pode praticar ato administrativo que contrarie jurisprudência do STJ, firmada em sentido contrário, desde que o faça de forma motivada, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos. 137. (ESAF – Analista Judiciário – TRF – 2002) O princípio da motivação, a que a Administração Pública Federa está obrigada a obedecer, de acordo com o que dispõem os arts. 2o e 5o da Lei no 9.784 de 29 01 1999, consiste em ter de indicar nos seus atos administrativos os respectivos pressupostos fáticos e jurídicos, sendo isso dispensável, porém, nos casos em que a autoridade decide Questões 159 a) processo administrativo de concurso público. b) dispensa de procedimento licitatório. c) recurso administrativo. d) em decorrência de reexame de ofício. e) caso concreto aplicando jurisprudência sobre ele já firmada. 138. (CESPE – Advogado da União – 2006) A autoridade administrativa competente, ao julgar fatos apurados em um processo administrativo, não está vinculada às conclusões do parecer final que lhe é encaminhado por sua consultoria jurídica, mas, caso venha a afastar-se do sugerido, deve especificar os pontos em que o mesmo lhe parece equivocado ou inaplicável ao caso. 139. (CESPE – Analista Judiciário Área Judiciária – TRT – 17ª Região – 2009) No julgamento de processos administrativos, a administração pública pode, motivadamente, deixar de aplicar jurisprudência a respeito da matéria ou, ainda, discrepar de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais. 140. (CESPE – Analista Judiciário do TRT – 5ª Região – 2008) É dispensável a motivação para o ato administrativo quando este se destinar apenas a suspender outro ato anteriormente editado. 141. (CESPE – Agente de Inteligência – ABIN – 2008) Não viola o princípio da motivação dos atos administrativos o ato da autoridade que, ao deliberar acerca de recurso administrativo, mantém decisão com base em parecer da consultoria jurídica, sem maiores considerações. 142. (CESPE – Técnico Judiciário – STJ – 2008) Como regra geral os atos administrativos devem ser motivados, com a clara indicação dos fatos e fundamentos, sendo, por esse motivo, vedadas as decisões orais. 143. (CESPE – Defensor Público da União – 2010) Pedro Luís, servidor público federal, verificou, no ambiente de trabalho, ilegalidade de ato administrativo e decidiu revogá-lo para não prejudicar administrados que sofreriam efeitos danosos em consequência da aplicação desse ato. Nessa situação, a conduta de Pedro Luís está de acordo com o previsto na Lei nº 9.784/1999. 144. (CESPE – Analista de Compras – MS – 2008) A Lei nº 9.784/1999, sem estabelecer distinção entre atos nulos e anuláveis, estabelece que o direito da administração de anular atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis aos administrados decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé. 145. (CESPE – Procurador – BACEN – 2009) Se determinado ato administrativo que concedeu vantagens pessoais a um servidor público federal foi praticado em 1997, e somente em março de 2003 foi dado início a processo administrativo impugnando a sua validade, nesse caso, 160 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo havendo boa-fé da pessoa do destinatário, o prazo decadencial de cinco anos já se operou, de forma que decaiu o direito de a administração anulá-lo, em março de 2003. 146. (CESPE – Procurador – BACEN – 2009) Considere a seguinte situação hipotética. Maria, servidora pública federal, recebeu em seu contracheque quantia que sabia ser indevida e, ao solicitar informação ao setor competente, foi orientada a ficar calada, pois, se não houvesse indagação acerca da quantia, não haveria como ser pedida sua devolução. Seis anos depois, Maria foi instada a devolver esse valor, mas alegou decadência do direito da administração em anular o ato.Nessa situação, Maria tem razão. 147. (CESPE – Analista Judiciário do TRT – 5ª Região – 2008) O prazo decadencial para a administração pública anular atos administrativos de efeitos patrimoniais contínuos renova-se periodicamente. 148. (CESPE – Analista da Área Judiciária do STJ – 2008) Maria, servidora pública, ingressou, em 12 de março de 2008, com ação condenatória contra a União, alegando ter direito a receber determinada parcela remuneratória em seu contracheque, a contar de janeiro de 2000, a qual foi negada, em fevereiro de 2003, por força de decisão administrativa em face de requerimento por ela feito. Nessa situação, como se aborda relação de trato sucessivo, a prescrição somente atingirá as prestações vencidas antes do qüinqüênio anterior à propositura da ação, ou seja, aquelas anteriores a 12 de março de 2003. 149. (CESPE – Procurador do Ministério Público junto ao TCU – 2004) O direito de a administração anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis aos destinatários decai em três anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé. No caso de efeitos patrimoniais contínuos, esse prazo é contado da percepção do último pagamento. 150. (CESPE – Analista da Área Judiciária do STJ – 2008) Antônio, servidor público federal, recebia determinada parcela remuneratória desde 4 de abril de 1995. Em julho de 2003, quando ele requereu sua aposentadoria, verificou-se que a citada parcela era indevida, não podendo compor seus proventos de aposentadoria. Nessa situação, já ocorreu o prazo qüinqüenal de decadência para a administração pública anular o ato que determinou o pagamento dessa parcela, já que o termo inicial foi 4 de abril de 1995. 151. (CESPE – Analista do MC – 2008) Antes do advento da lei em questão, a administração pública podia rever, a qualquer tempo, seus próprios atos, quando eivados de nulidade. O prazo decadencial para anulação dos atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários e que não tenham sido realizados de má-fé, conforme previsto na referida lei, somente pode ser contado a partir da vigência dessa lei, sob pena de se conceder a ela efeito retroativo. Questões 161 152. (CESPE – Analista de Controle Externo – TCE/AC – 2007) Como forma de concretização do princípio da segurança jurídica, a Lei nº 9.784/1999, no art. 54, estabeleceu prazo decadencial de 5 anos para que a administração possa anular seus próprios atos quando eles estabelecerem efeitos favoráveis à pessoa do destinatário e quando forem praticados com boa-fé. Dessa forma, na hipótese de um ato administrativo ilegal, datado de 10/1/1998, o processo administrativo visando anulá-lo, instaurado em 10/1/2000, deveria estar concluído em 9/1/2003, data limite para o prazo decadencial. 153. (CESPE – Advogado – IBRAM – 2009) Consoante disposto na Lei nº 9.784/1999, que regula o processo administrativo, a administração tem o dever de anular os atos administrativos eivados de vício de legalidade, no exercício de sua autotutela, podendo convalidar aqueles que apresentem defeitos sanáveis, desde que não acarretem lesão ao interesse público e nem prejuízo a terceiros. 154. (CESGRANRIO – Advogado – EPE – 2010) Odair é servidor público federal e, no exercício cotidiano de suas atribuições, emite pronunciamento em processos administrativos inaugurados a partir de requerimentos formulados pelos administrados. Interessado em aprimorar as manifestações que emite na sua rotina de trabalho, Odair resolve pesquisar a legislação que regula o processo administrativo em âmbito federal (Lei no 9.784/99) e constata que a) a Administração Pública deve observar o princípio da inércia, sendo-lhe vedado iniciar o processo administrativo de ofício. b) a Administração Pública tem o dever de revogar seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, respeitados os direitos adquiridos. c) a competência administrativa é irrenunciável e indelegável, ressalvada a hipótese de edição de atos de caráter normativo e decisão de recursos administrativos, que admitem delegação expressa. d) o direito da Administração Pública de anular atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em três anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé. e) os atos administrativos que apresentarem defeitos sanáveis podem ser convalidados pela Administração Pública, em decisão na qual se evidencie que não acarretam lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros. 155. (CESPE – Analista Judiciário – Área Judiciária – TRE/MT – 2010) Havendo vários interessados no processo administrativo, a desistência ou a renúncia de um deles atinge os demais, razão pela qual fica prejudicado o prosseguimento do processo. 162 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo 156. (CESPE – Técnico em Contabilidade/MS – 2010) A desistência ou renúncia do processo administrativo por parte do interessado não impõe o arquivamento, já que a administração pode dar prosseguimento ao processo, se o interesse público o exigir. 157. (FCC – Procurador do MP junto ao TCE/PI – 2005) O particular que requereu a instauração de processo administrativo a) não pode desistir do processo. b) pode desistir do processo, gerando necessariamente sua extinção. c) pode desistir do processo, competindo à autoridade processante a faculdade discricionária de aceitar a desistência ou não, por seu livre convencimento. d) pode desistir do processo, o qual no entanto poderá prosseguir se o interesse público assim o justificar. e) apenas poderá desistir do processo se obtiver autorização judicial. 158. (CESPE – Analista Administrativo – MinC – 2008) Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade, mas as questões de mérito não podem ser discutidas por esse meio, já que essa matéria diz respeito à conveniência e oportunidade do administrador. 159. (ESAF – Analista Tributário – RFB – 2009) Considerando o disposto na Lei nº 9.784/99, a qual regula o processo administrativo, no âmbito da Administração Pública Federal, marque a opção incorreta. a) Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade, legitimidade, mérito e discricionariedade. b) É permitida a avocação temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior. c) Em hipótese alguma os prazos processuais serão suspensos, salvo, unicamente, motivo de força maior. d) Não pode ser objeto de delegação a decisão de recursos administrativos. e) O recurso administrativo tramitará no máximo por três instâncias administrativas, nos termos da lei.Gabarito: 160. (CESPE – Especialista da ANATEL – 2009) Não cabe recurso das decisões administrativas proferidas pelos servidores das agências reguladoras, conforme preceitua a Lei nº 9.784/1999, que regula o processo administrativo no âmbito da administração pública federal. 161. (CETRO – Técnico Judiciário – Área administrativa – TRT – 12o Região 2007) O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo de dez dias, o encaminhará à autoridade superior. 162. (CESPE – Procurador Federal de 2o Categoria – AGU – 2010) No processo administrativo, eventual recurso deve ser dirigido à própria autoridade que proferiu a decisão, podendo essa mesma autoridade exercer o juízo de retratação e reconsiderar a sua decisão. Questões 163 163. (CESPE – Delegado de Polícia Federal – 2004) A possibilidade de reconsideração por parte da autoridade que proferiu uma decisão objeto de recurso administrativo atende ao princípio da eficiência. 164. (CESPE – Técnico Federal de Controle Externo – TCU – 2009) Segundo jurisprudência recente do STF, é inconstitucional a exigência de depósito prévio da multa aplicada pela administração pública como condição de admissibilidade do recurso naesfera administrativa. 165. (CESPE – Analista Administrativo – ANAC – 2009) O recurso administrativo depende de caução e será dirigido automaticamente à autoridade superior àquela que proferiu a decisão. 166. (CESPE – Analista Judiciário – Área Judiciária – TRE/GO – 2009) A alegação, pelo interessado, de violação de enunciado de súmula vinculante não tem influência nos processos administrativos, visto que as súmulas vinculantes destinam-se a uniformizar a jurisprudência dos tribunais, e não as decisões em processos administrativos. 167. (CESPE – Defensor Público da União – 2010) O STF não pode acolher reclamação fundada em violação de enunciado da súmula vinculante contra decisão em processo administrativo do poder público federal. 168. (ESAF – Analista Administrativo da ANEEL – 2006) Têm legitimidade para interpor recurso administrativo, nos termos da Lei no 9.784 99, exceto: a) Os titulares de direitos e interesses que forem parte no processo. b) Aqueles cujos direitos forem indiretamente afetados pela decisão. c) Os cidadãos ou associações, quanto a direitos ou interesses difusos. d) O Ministério Público da União. e) As organizações representativas, em se tratando de direitos e interesses coletivos. 169. (CESPE – Técnico Judiciário – Área Administrativa – STM – 2011) O prazo para a interposição de recurso administrativo é, em regra, de dez dias, contados a partir da ciência ou da divulgação oficial da decisão recorrida e quando a lei não fixar prazo diferente. 170. (CESPE – Defensor Público/AM – 2003) No processo administrativo, têm direito de recorrer de uma decisão não apenas as partes envolvidas no processo, mas quaisquer titulares de direitos e interesses que forem afetados pela decisão recorrida. 171. (CESPE – Analista Administrativo – MinC – 2008) O recurso administrativo, que, de regra, possui efeito suspensivo, deve ser interposto por meio de requerimento no qual o recorrente deverá expor os fundamentos do pedido de reexame, podendo juntar os documentos que julgar convenientes. 164 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo 172. (CESPE – Analista Administrativo – ANS – 2005) O recurso administrativo, em regra, tem efeito suspensivo, o qual deve ser sempre motivado por causas como o justo receio de ocorrência de prejuízo de difícil ou incerta reparação decorrente de execução da decisão recorrida. 173. (CESPE – Analista Judiciário – STJ – 2004) Todo recurso administrativo tem, em regra, efeito devolutivo e, excepcionalmente, efeito suspensivo. 174. (CESPE – Analista Judiciário – Área Judiciária – TRE/MA – 2009) Os recursos administrativos terão efeito suspensivo somente quando houver previsão legal expressa. 175. (CESPE – Procurador do Ministério Público junto ao TCU – 2004) A interposição de recurso administrativo suspende os efeitos de ato impugnado quando deste decorra perda patrimonial para o administrado. 176. (CESPE – Técnico em Contabilidade/MS – 2010) O recurso administrativo interposto fora do prazo não será conhecido, fato que não impede a administração de proceder a revisão de ofício de ato ilegal, se ainda não ocorreu a preclusão administrativa. 177. (CESPE – Defensor Público da União – 2004) Há na doutrina menção ao princípio da revisibilidade como um dos que orientam o processo administrativo, significando, à semelhança do princípio do duplo grau de jurisdição, que o interessado tem direito a recorrer das decisões que lhe forem desfavoráveis, salvo se o ato for praticado pela mais alta autoridade da esfera administrativa em questão. 178. (CESPE – Técnico em Contabilidade – TRE/MG – 2009) Todos os recursos administrativos devem tramitar, no máximo, por duas instâncias administrativas. 179. (CETRO – Técnico Judiciário – Área administrativa – TRT – 12o Região – 2007) O órgão competente para decidir o recurso poderá confirmar, modificar, anular ou revogar, total ou parcialmente, a decisão recorrida, se a matéria for de sua competência. 180. (CESPE – Analista Judiciário – Área Administrativa – STF – 2008) Nos processos administrativos, em decorrência do princípio da verdade material, existe a possibilidade de ocorrer a reformatio in pejus. 181. (CESPE – Juiz Substituto – TJ/TO – 2007) Por meio do recurso ou da revisão administrativa, não se admitirá como resultado o agravamento da situação do recorrente. 182. (CESPE – Perito Papiloscópico – PC/ES – 2010) Os processos administrativos de que resultem sanções poderão ser revistos, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando surgirem fatos novos Questões 165 ou circunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a inadequação da sanção aplicada, sendo certo que da revisão do processo poderá resultar agravamento da sanção. 183. (CESPE – Procurador – BACEN – 2009) O órgão competente para decidir o recurso administrativo poderá, de ofício, confirmar, modificar, anular ou revogar, total ou parcialmente, a decisão recorrida, se a matéria for de sua competência, mesmo quando o tema não for objeto de recurso voluntário. Da mesma maneira, não há necessidade de, na hipótese de a nova decisão agravar a situação do recorrente, dar oportunidade ao interessado para formular alegações antes da nova decisão. 184. (ESAF – Auditor – INSS) De modo geral, conforme previste em lei, os processos administrativos, de que resultem sanções, poderão ser revistos, a qualquer tempo, a pedido ou de oficio, quando surgirem fatos novos ou circunstâncias relevantes, susceptíveis de justificar a inadequação da penalidade aplicada, a qual poderá ser agravada, se for o caso, conforme o que resultar daquela revisão. a) Correta a assertiva. b) Incorreta a assertiva, porque só cabe revisão do processo a pedido do respectivo interessado. c) Incorreta a assertiva, porque da revisão do processo não poderá resultar agravamento da sanção. d) Incorreta a assertiva, porque a regra geral é de que os processos não podem ser revistos, em razão de fatos novos. e) Incorreta a assertiva, porque a regra geral é de que os processos não podem sei revistos, em razão de superveniência de circunstâncias, mesmo se forem relevantes e susceptíveis de justificar a inadequação da penalidade aplicada. 185. (CESPE – Analista Técnico-administrativo/MS – 2010) O servidor público que for punido após regular processo administrativo poderá remanescer sujeito a rejulgamento do feito para fins de agravamento da sanção, desde que surjam novas provas em seu desfavor. 186. (CESPE – Técnico Judiciário – TRE/MG – 2009) O agravamento da sanção pode decorrer da revisão do processo. 187. (CESPE – Procurador da FHS/SE – 2009) O procurador da fundação estadual de saúde de determinado estado da Federação foi cientificado oficialmente de decisão administrativa proferida em 2/1/2009 (segunda-feira). Nessa situação, o prazo para eventual interposição de recurso dirigido à autoridade que proferiu a decisão começará a correr a partir do dia 3/1/2009 (terça-feira). 166 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo 188. (CESPE – Técnico Judiciário – Área Administrativa – TRT – 21ª Região – 2010) Caso sejam expressos em dias, os prazos dos processos administrativos devem ser contados de modo contínuo. No entanto, se forem fixados em meses ou anos, devem ser contados de data a data. 189. (FCC – TRT – Analista Judiciário – 20ª Região – 2002) Um prazo em um processo administrativo sujeito à Lei no 9.784 99, fixado em lei como de “um mês”, tem como seu dia do início 31 de janeiro. Considerando se que o ano em questão não é bissexto, o dia do vencimento será a) 4 de março. b) 3 de março. c) 2 de março. d) 1o de março. e) 28 de fevereiro. 190. (FCC – Oficial de Chancelaria – MRE – 2009) Com relação à Lei no 9.784/99, é INCORRETO afirmar: a) As sanções a serem aplicadas por autoridade competente terão natureza pecuniária ou consistirãoem obrigação de fazer ou de não fazer, assegurado sempre o direito de defesa. b) Os processos administrativos específicos reger-se-ão pela lei mencionada, que regula o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal, com aplicação subsidiária ou costumeira das leis revogadas. c) Os interessados serão intimados de prova ou diligência ordenada, com antecedência mínima de três dias úteis, mencionado-se data, hora e local de sua realização. d) O recurso administrativo não será conhecido, dentre outros casos, quando interposto perante órgão incompetente ou após exaurida a esfera administrativa. e) A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a que for atribuída como própria, salvo os casos de delegação e avocação legalmente admitidos. Capítulo 8 liciTações Públic as 01. (CESPE – Técnico de Controle Externo – TCU – 2007) O conceito de licitação pública remete à idéia de disputa isonômica entre as partes concorrentes ao fim da qual deve ser selecionada a proposta mais vantajosa para a administração pública, com vistas à celebração de um contrato administrativo. 02. (CESPE – Técnico do MPE/RR – 2008) A regra que determina que todas as contratações da administração pública devam ser feitas mediante licitação pública tem, entre suas funções, a de assegurar o princípio da isonomia. 03. (CESPE – Auditor do Estado/ES – 2004) – Todo procedimento administrativo licitatório tem a pretensão de atingir duplo objetivo: alcançar a proposta mais vantajosa para a administração pública e garantir o tratamento isonômico entre os contendores. 04. (CESPE – PMDF – CFO – 2010) As normas que determinam que obras, serviços, compras e alienações no âmbito da administração pública sejam contratados mediante processo de licitação pública visam garantir a observância do princípio da isonomia. 05. (CESPE – Técnico Judiciário – TJ/CE – 2008) O objetivo primordial da licitação é garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, sempre selecionando a proposta que apresente o menor preço. 06. (CESPE – Juiz Substituto – TJ/CE – 2004) O procedimento de licitação não visa necessariamente a obter, nas aquisições de bens e serviços do poder público, a proposta com valores mais baixos, tanto que, se o valor da proposta for baixo demais, em função de certos parâmetros legalmente fixados, a proposta deverá ser desclassificada. 07. (CESPE – Analista – FINEP – 2009) Para celebração de contrato administrativo, exige a lei a realização de procedimento para escolha da melhor proposta, denominado licitação, a qual se revela obrigatória, em qualquer circunstância, para contratação de obras e serviços. 168 Elyesley Silva do Nascimento Curso de Direito Administrativo 08. (CESPE – Analista Judiciário – Área Administrativa – TRE/MA – 2009) A obrigatoriedade de que a administração realize licitação pública para celebração de seus contratos não é um princípio constitucional. 09. (CESPE – Analista – SEPLAG/SEAPA/DF – 2009) Em matéria de competência legislativa para editar normas gerais a respeito de licitações e contratos administrativos, o DF e a União possuem competência concorrente. 10. (CESPE – Analista – FINEP – 2009) É de competência privativa da União legislar sobre normas gerais de licitação, mas, em matéria de simples contratação, a competência é concorrente com os estados e o Distrito Federal. 11. (CESPE – Técnico de Controle Externo – TCU – 2007) As normas gerais acerca de licitação e contratação pública podem ser estabelecidas por meio de ato legislativo da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, de acordo com o âmbito de aplicação dessas normas 12. (CESPE – Técnico Científico – BASA – 2010) A Lei nº 8.666/1993 é uma lei de natureza ordinária, de abrangência nacional, destinada a regulamentar o sentido do texto constitucional no que concerne ao estabelecimento de normas gerais aplicáveis às licitações e aos contratos administrativos que devem nortear a atuação da administração pública direta, indireta e fundacional. 13. (CESPE – Técnico Judiciário – STJ – 2008) Licitação é o procedimento administrativo pelo qual um órgão público convoca interessados para apresentação de propostas para alienação, aquisição, locação de bens, bem como a realização de obras ou serviços. 14. (FCC – Técnico Legislativo – Câmara dos Deputados – 2007) Em regra, os serviços de publicidade, quando contratados com terceiros, não serão necessariamente precedidos de licitação. 15. (CESPE – Especialista em Regulação de Aviação Civil – ANAC – 2009) Devem obediência à Lei de Licitações a União, os estados, o Distrito Federal, os municípios, bem como os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pelos órgãos da administração pública. 16. (CESPE – Procurador Previdenciário – IPC – 2007) A Lei nº 8.666/1993 é uma lei de normas gerais aplicável à administração pública direta, autárquica e fundacional não só da União, mas também dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. 17. (CESPE – Agente Administrativo – MMA – 2009) As normas gerais sobre licitações estabelecidas na Lei nº 8.666/1993 restringem-se à União, aos estados e ao Distrito Federal. Questões 169 18. (CESGRANRIO – Direito – Petrobras Distribuidora – 2008) A respeito do procedimento licitatório simplificado previsto no art. 67 da Lei Federal no 9.478/97 (segundo o qual “os contratos celebrados pela PETROBRAS, para aquisição de bens e serviços, serão precedidos de procedimento licitatório simplificado, a ser definido em decreto do Presidente da República”). De acordo com decisões reiteradas do Tribunal de Contas da União, até que venha a ser editada a lei dispondo sobre licitações e contratos das estatais e sociedades de economia mista, tais entidades devem observar os preceitos da Lei no 8.666/93, não sendo aplicável, pois, o procedimento simplificado previsto no art. 67 da Lei Federal no 9.478/97. 19. (CESPE – Analista Judiciário – Área Judiciária – STM – 2011) As empresas públicas, devido ao seu caráter eminentemente privado, não estão obrigadas à realização de procedimentos licitatórios. 20. (CESPE – Analista Judiciário – Área Administrativa – TRE/MA – 2009) Por estarem equiparadas às sociedades de economia mista, as empresas públicas somente estão obrigadas a realizar compras mediante licitação se o valor for superior a 3 milhões de reais. 21. (CESPE – Analista Judiciário – Área Administrativa – TRE/MA – 2009) Excetuando-se os casos de dispensa de licitação previstos em lei, as empresas públicas são obrigadas a realizar licitações para aquisição de bens e serviços. Já as sociedades de economia mista, por possuírem também capital privado, gozam de maior flexibilidade e agilidade, estando dispensadas desse encargo. 22. (CESPE – Analista de Controle Externo – TCU – 2004) As sociedades de economia mista e as empresas públicas submetem-se às mesmas regras acerca de procedimento licitatório aplicáveis às autarquias e às fundações públicas. 23. (CESPE – Analista Judiciário – Área Administrativa – STM – 2011) De acordo com a legislação brasileira, a licitação deve seguir, obrigatoriamente, os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos. 24. (CESPE – Técnico Judiciário – Área Administrativa – TRE/MG – 2009) O procedimento licitatório deve observar, entre outros, os princípios da impessoalidade, da subjetividade do julgamento e da proporcionalidade. 25. (CESPE – Administrador – DFTRANS – 2008) Além de garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a licitação deve ser julgada