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Sistematização da Assistência de Enfermagem na Urgência e Emergência revisão de literatura

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Universidade Do Estado Do Pará 
Hospital Metropolitano De Urgência E Emergência 
Residência Multiprofissional Em Saúde 
 
 
 
 
 
 
 
Bruno Cruz da Silva 
 
 
 
 
 
 
 
Sistematização da Assistência de Enfermagem na Urgência e 
Emergência: Revisão de Literatura 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ananindeua- PA 
2016 
Bruno Cruz da Silva 
 
 
 
 
 
 
 
Sistematização da Assistência de Enfermagem na Urgência e Emergência: Revisão de 
Literatura 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada como critério para obtenção do 
título de Especialista pela Universidade do Estado do 
Pará, na modalidade Residência Multiprofissional em 
Saúde. 
Área de concentração: Urgência e Emergência no 
Trauma. 
Orientador: Prof. MsC. Marúcia Fernandes Verçosa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ananindeua- PA 
2016
 
 
Bruno Cruz da Silva 
 
 
 
 
 
 
 
Sistematização da Assistência de Enfermagem na Urgência e Emergência: Revisão de 
Literatura 
 
 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada como critério para obtenção do 
título de Especialista pela Universidade do Estado do 
Pará, na modalidade Residência Multiprofissional em 
Saúde. 
Área de concentração: Urgência e Emergência no 
Trauma. 
Orientador: Prof. MsC. Marúcia Fernandes Verçosa 
 
Data de aprovação: 
 
 
Banca examinadora: 
 
 
___________________________________ - Orientadora 
Prof. MsC. Marúcia Fernandes Verçosa 
 
 
___________________________________ 
Prof. Esp. Francisco Jadson Silva Bandeira 
 
 
___________________________________ 
Prof. Esp. Virgínia Mercês Lara Pessoa Oliveira 
 
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Deus e todos que acreditaram que poderia 
chegar até aqui, em especial aos meus 
pacientes que sempre acreditaram em minhas 
capacidades profissionais. 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 Deus muito obrigado por ter sido meu intercessor em todos os momentos, sei que 
muitas vezes te deixei em segundo plano mas o senhor sempre me guiou no rumo certo. 
 A meus pais e familiares por todo o apoio em todos os momentos e decisões, mesmo 
nem sempre estando perto, todos foram de fundamental importância para chegar até aqui, 
pois entenderam minhas falhas, aceitaram minhas ausências e levantaram minha autoestima 
em todos os momentos. 
 A meus amigos que sempre estiveram por perto me proporcionando momentos de 
diversão e alegria que foram tão importantes pra me trazer até esse sonho. 
 A meu coordenador Leonardo Ramos, pelas batalhas enfrentadas para fazer da 
residência um local de aprendizado e conhecimento, além da força em momentos difíceis. 
 Aos meus preceptores (Virgínia e Alan) por todo tempo e atenção dedicados a mim 
nesses 2 anos, muitas vezes estávamos distantes mas sempre se mostraram dispostos a 
atender minhas solicitações e corrigir meus erros. 
 A todos os enfermeiros e funcionários do Hospital Metropolitano, por sempre me 
receberem de braços abertos e me ajudarem a me sentir parte dessa grande família. 
 A minha orientadora Marúcia, meu muito obrigado por me atender nos momentos de 
desespero, sempre com calma e tranquilidade me guiou pelos caminhos certos e foi minha 
parceira na construção dessa pesquisa. 
 E é claro não poderia deixar de agradecer ao quinteto (Paolha, Paty, Kelly e Ju), a 
parte mais importante dos últimos 2 anos, sempre me dando força, carinho, atendendo meus 
tchutchos e me trazendo até este dia, vocês moram pra sempre em meu coração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Crê em ti mesmo, age e verá os 
resultados. Quando te esforças, a 
vida também se esforça para te 
ajudar” 
 (Chico Xavier)
 
 
RESUMO 
 
SILVA, Bruno Cruz da. Sistematização da Assistência de Enfermagem na Urgência 
e Emergência: Revisão de Literatura Trabalho de Conclusão de Residência 
(Especialização em urgência e emergência no trauma) – Universidade do Estado do 
Pará, Belém – PA, 2016. 
 
Introdução: O processo de desenvolvimento vem crescendo cada vez mais em escala 
global, atrelado a este processo encontrasse a urbanização da população. Devido os 
grandes avanços, assim como estão envolvidos desenvolvimento social, educacional e 
econômico, ocorre também o crescimento de problemas como violência e acidentes 
automobilísticos. Para Montovani et al(2006), o trauma tornou-se assunto de suma 
importância nas emergências de todo o mundo devido sua frequência crescente nas 
últimas 4 décadas. Objetivos: Realizar levantamento bibliográfico á cerca dos 
protocolos de enfermagem na Urgência e Emergência, com base na Sistematização da 
Assistência de Enfermagem(SAE). Quantificar os artigos científicos que contemplem a 
temática proposta nos anos de 2009 a 2015. Identificar os principais diagnósticos e 
intervenções de enfermagem aos pacientes de trauma atendidos no serviço de urgência e 
emergência nos artigos elencados. Identificar nos estudos relacionados, as principais 
dificuldades da aplicação da Sistematização da Assistência de Enfermagem no 
atendimento em urgência e emergência. Metodologia: O presente estudo constituiu-se 
de revisão de literatura, em busca de produções sobre o tema Sistematização da 
Assistência de Enfermagem como protocolo na Urgência e Emergência. A escolha desse 
tipo de estudo deu-se pelo fato do mesma contribuir para o processo de análise de 
resultados, permitindo maior compreensão de determinados temas a partir de vários 
estudos na área de interesse. Resultados: Após uma pré analise do total de 42 
produções obtidas, foram excluídas 29 publicações por não atender aos objetivos da 
revisão integrativa da literatura e atender os critérios de inclusão e exclusão, como 
resultado final da busca, compuseram o escopo do estudo 13 artigos. Conclusão: O 
estudo comprovou que quando tratamos da relação da Enfermagem com o atendimento 
do trauma na urgência e emergência, fica evidente a carência de pesquisas relacionadas 
ao assunto, aja vista a grande dificuldade em textos que abordem o tema. Mesmo o tema 
se tratando de um assunto de extrema importância, pois o trauma está muito presente 
nas urgências. 
 
Palavras-chaves: Sistematização de Assistência de Enfermagem, Urgência, 
Emergência e Trauma. 
 
 
 
ABSTRACT 
 
SILVA, Bruno Cruz da. Systematization of nursing care in the Emergency Department: 
Literature Review Working Residence Conclusion (Specialization in urgent and 
emergency trauma) - University of Pará, Belém - PA, 2016. 
Introduction: The development process is increasingly growing on a global scale, 
linked to this process found the urbanization of the population. Because of the great 
advances, and are involved in social, educational and economic development, there is 
also the growth of problems such as violence and car accidents. To Montovani et al 
(2006), the trauma became subject of great importance in emergencies around the world 
due to its increasing frequency in the last 4 decades. Objectives: Conduct literature will 
about nursing protocols in the Emergency Department, based on the systematization of 
Nursing Assistance (SAE). Quantify the scientific articles that address the proposed 
theme in the years 2009 to 2015. Identify the main diagnoses and nursing interventions 
to trauma patients treated at urgent and emergency service in the listed articles. Identify 
the relatedstudies, the main difficulties of implementing the systematization of nursing 
care in care in emergency rooms. Methodology: This study consisted of a literature 
review, looking for productions on the theme systematization of nursing care as 
protocol in the Emergency Department. The choice of this type of study took place 
because the same contribute to the results analysis process, allowing greater 
understanding of certain issues from several studies in the area of interest. Results: 
After a pre-analysis of all 42 obtained productions, were excluded 29 publications not 
meet the integrative review of the goals of literature and meet the inclusion and 
exclusion criteria, as the final result of the search, composed the study's scope 13 
articles. Conclusion: The study showed that when dealing with the relationship of 
nursing with the trauma of care in emergency rooms, there is an evident lack of research 
related to the subject, act seen the great difficulty in texts that address the issue. Even 
the theme when it comes to a matter of utmost importance because the trauma is very 
present in the emergency room. 
 
Keywords: Systematization of Nursing Care, Emergency and Trauma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE QUADROS 
 
QUADRO I. Distribuição do número de artigos por ano de publicação 22 
QUADRO II. Identificação dos artigos selecionados para amostra do estudo 23 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO 11 
1.1 Tema em estudo 11 
1.2 Justificativa 13 
2. OBJETIVOS 14 
2.1 Objetivo geral 14 
2.2 Objetivos específicos 14 
3. REFERENCIAL TEÓRCICO 15 
3.1 Urgência e Emergência 15 
3.2 Traumas 16 
3.3 Protocolo de Atendimento em Urgência e Emergência 18 
3.4 Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) 18 
3.5 Teorias de Enfermagem 19 
4. MÉTODO 21 
5. RESULTADOS 22 
5.1 Discussão dos eixos 26 
6. CONCLUSÃO 33 
REFERÊNCIAS 35 
APÊNDICES 38 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
1.1. Tema em estudo 
As Unidades Pré-Hospitalares de Urgência representam uma estrutura 
intermediária entre o hospital e a unidade de atenção básica e o acesso a esses serviços 
se fundamenta no acolhimento com avaliação e classificação de risco, uma tecnologia 
capaz de determinar as prioridades do atendimento pretendido. Essas unidades estão 
preparadas para prestar assistência adequada em situações de urgência e emergência. ( 
PAULA et all 2015) 
Para Silva & Costa (2014), os serviços de urgência ou emergência exigem que o 
cuidado prestado mantenha um padrão de qualidade, mesmo tendo que vencer diversas 
limitações e contar com características inerentes aos profissionais como: agilidade, 
proatividade e resolutividade. 
A urgência e emergência apresentam características totalmente diferentes de 
outras unidades. É um ambiente cuja dinâmica impõe ações complexas, nas quais a 
presença da finitude da vida é uma constante, gerando ansiedade, tanto do doente e 
familiar, como dos profissionais que ali desempenham suas atividades. A urgência e 
emergência necessitam ainda de serviços de alta complexidade no atendimento a 
paciente em situação de risco iminente de vida. No entanto, as tecnologias avançadas 
utilizadas nem sempre garantem a qualidade da assistência, pois há influência decisiva 
de fatores relacionados ao objeto e à força de trabalho nesse processo. 
(ALBUQUERQUE 2014) 
Para Montovanietal(2006), o trauma de face tornou-se assunto de suma 
importância nas emergências de todo o mundo devido sua frequência crescente nas 
últimas 4 décadas. Os traumas de face apresentam de 7,4% a 8,7% de todos os 
atendimentos em emergências de todo o país. (MACEDO et al, 2007) 
 Segundo Wulkanetal(2005), o trauma de face é considerado uma das agressões 
mais devastadoras devido às consequências emocionais e possibilidade de deformidade. 
Estes traumas são de abrangência multidisciplinar, podendo envolver traumatologistas, 
neurologistas, oftalmologistas, cirurgiões plásticos e cirurgiões bucomaxilofaciais. 
(MACEDO et al, 2007) 
 
 
 Azevedo (2010), refere que o cuidado do enfermeiro ao paciente acometido de 
trauma facial é de muita relevância, tanto o aspecto dos cuidados prestados, quanto nas 
questões gerenciais. Requerendo para o enfermeiro um cuidado individualizado e de 
qualidade quando se refere a urgências traumáticas. (BERTONCELLO, 2013) 
 A etiologia do trauma de face é heterogênea e o predomínio maior ou menor de 
um fator etiológico se relaciona com algumas características da população estudada 
(idade, sexo, perfil social e meio de transporte). (MONTOVANI et al, 2006) 
Caixeta et al (2008), a maior prevalência de acidentes automobilísticos são de 
pessoas que utilizam motocicletas como meio de transporte, com 67,54% do total de 
atendimentos registrados no brasil em 2006. Segundo o DENATRAN, (Departamento 
Nacional de Transito), 2012, o número de motocicletas circulando nos estados da região 
norte do Brasil, é 1.668.404, enquanto que de carros é de 1.231.192. E para o 
DATASUS, o número de acidentes de moto registrados no estado do Pará, entre agosto 
de 2013 e julho de 2014, totalizou 3.232 acidentes. 
Segundo Constantino (2010), as sequelas mais apresentadas por pacientes em 
função do trauma de face são: a dificuldade de mastigação e disfunção muscular crânio 
mandibular. Iglesias et al(2010) diz, realizar a sistematização da assistência de 
enfermagem através de protocolos de atendimento, possibilita uma maior racionalização 
do tempo e uniformização das ações. 
De acordo com a resolução 358/09 do COFEN (Conselho Federal de 
Enfermagem), o processo de enfermagem deve ser realizado de modo sistemático, em 
todos os ambientes em que ocorre os cuidados de Enfermagem. Além de que devesse 
respeitar suas cinco etapas: Coleta de dados, diagnóstico de enfermagem, planejamentode enfermagem, implementação e avaliação de enfermagem. 
O processo de desenvolvimento vem crescendo cada vez mais em escala global, 
atrelado a este processo encontrasse a urbanização da população. Devido os grandes 
avanços, assim como estão envolvidos, desenvolvimento social, educacional e 
econômico, ocorre também o crescimento de problemas como violência e acidentes 
automobilísticos. 
 
 
A enfermagem ao se deparar com situações cotidianas onde o trauma, provoca 
não apenas sequelas físicas, mas também de cunho emocional, vivencia a reflexão de 
um cuidado minucioso na busca de atendimento das necessidades dos indivíduos 
acometidos de traumas. Cabe a enfermagem usar de seus atributos profissionais de 
forma segura. Sendo assim a Sistematização da Assistência de Enfermagem é uma 
ferramenta de cunho científico próprio da enfermagem que necessita de maior 
veiculação por parte dos profissionais na busca da afirmação como profissão com 
autonomia e conhecimento próprio, baseada em legislação vigente a qual ampara o 
cuidado centrado no ser humano com dignidade e segurança. 
Dessa forma, diante de situações em que a enfermagem necessita de um 
conhecimento próprio, e resolutivo para assumir o cuidado diante de pacientes com 
traumas de face, surge o interesse em saber por meio de produções, a existência de 
protocolos de assistência de enfermagem na urgência e emergência com base na 
sistematização da assistência de enfermagem para o atendimento destes pacientes. 
1.2. Justificativa 
Após a vivência possibilitada pela prática da Residência Multiprofissional, em 
um hospital de referência em traumatologia e ortopedia, ficou claro a dificuldade no 
tratamento do paciente poli traumatizado, dentre estes pacientes se destacando os que 
apresentam traumas de face. 
As vítimas de traumatismo são pacientes que podemos considerar poli 
queixosos, pois os mesmos referem algia intensa, além de dificuldades locomotoras, 
apresentam dificuldades para se alimentar, de aceitação a sua nova realidade e a 
dificuldade de entender as razões para está internado, já que a maioria dos pacientes 
interna em caráter de urgência. 
Diante desta situação existe a dificuldade profissional em estabelecer uma 
conduta adequada de atendimento, pela falta de protocolos estabelecidos, e uma SAE 
(Sistematização da assistência de Enfermagem) mais adequada á realidade do serviço de 
urgência e emergência, que poderia promover um atendimento seqüencial e seguro tanto 
para os profissionais de enfermagem como para o paciente. 
 
 
 
 
2. OBJETIVOS 
2.1. Objetivo geral 
 Realizar levantamento bibliográfico á cerca dos protocolos de enfermagem na 
Urgência e Emergência, com base na Sistematização da Assistência de 
Enfermagem(SAE). 
2.2. Objetivos específicos 
 Quantificar os artigos científicos que contemplem a temática proposta nos anos 
de 2009 a 2015; 
 Identificar os principais diagnósticos e intervenções de enfermagem aos 
pacientes de trauma atendidos no serviço de urgência e emergência nos artigos 
elencados. 
 Identificar nos estudos relacionados, as principais dificuldades da aplicação da 
Sistematização da Assistência de Enfermagem no atendimento em urgência e 
emergência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. REFERENCIAL TEÓRICO 
3.1. Urgência e Emergência 
Define-se como urgência, a ocorrência imprevista de agravos à saúde, não 
necessariamente que proporcione riscos à vida, mas que o portador necessita de 
atendimento imediato; emergência como a constatação de que a condição de agravo à 
saúde indica risco iminente de morte e, que, da mesma forma, necessita de atendimento 
imediato (BRASIL, 2006). Assim, o trauma, a depender de sua gravidade, pode ser 
classificado como urgência, ou como emergência. 
As unidades de emergência, portanto, são unidades nas quais há atendimento de 
ambos os eventos, dispondo sempre de terapêutica adequada e de profissionais 
qualificados para prestar essa assistência (BRASIL, 2001) 
Atualmente, pode-se perceber que a organização do sistema brasileiro de 
atendimento às urgências/emergências encontra-se em construção e, em geral, pauta-se 
nos indicadores de saúde e nos dados de morbimortalidade fornecidos pelas pesquisas 
(FERNANDES, 2004). 
No Brasil, a legislação que respalda a atenção em urgência/emergência é 
relativamente recente e está imersa no programa criado pelo Ministério da Saúde na 
década de 90: o programa de enfrentamento às urgências e traumas que, possui o 
objetivo de reduzir o perfil de morbimortalidade por causas externas, que já naquela 
época, constituía-se como uma das principais causas de morte e incapacidades no país 
(COELHO, 2009). 
Em decorrência da grande relevância que as ações de urgência têm no perfil 
social e de morbidade e mortalidade da população em geral, e tentando desvendar seus 
determinantes e condicionantes, assim como adotar estratégias de promoção da 
qualidade de vida da população, o Ministério da Saúde, ao longo dos anos tem 
implementado portarias que vão desde a organização física destas unidades até a 
Política Nacional de Atenção às Urgências (PNAU), lançada no ano de 2003, através da 
Portaria nº 1863 que define: 
“a organização das redes locorregionais de atenção integral às urgências, o 
estabelecimento de um componente pré-hospitalar, unidades não 
hospitalares de atendimento às urgências, a criação de um componente pré-
hospitalar móvel representado pelo SAMU e os serviços associados de 
salvamento e resgate, sob regulação médica de urgência, e a utilização de 
 
 
um componente hospitalar caracterizado pelos serviços de urgências das 
unidades hospitalares.” (BRASIL, 2003) 
 
A PNAU lançada no ano de 2003 teve como proposta principal a organização de 
sistemas de atenção estaduais, municipais e regionais, norteados pelos princípios e 
diretrizes do SUS. Os cinco eixos, nos quais esta política se estruturou foram: promoção 
da qualidade de vida, organização em rede, operação de centrais de regulação, 
capacitação e educação continuada e humanização da atenção (MACHADO; 
SALVADOR; O’DWYER, 2011). 
 
3.2. Traumas 
Nos últimos anos, as demandas no setor saúde, mudanças no perfil econômico e 
o crescimento demográfico, têm gerado pressões nos serviços de atendimento de 
urgência e emergência. O crescimento desordenado das cidades tem trazido, por sua 
vez, uma mudança no perfil epidemiológico da população, trazendo aumento nas 
doenças de cunho emergencial, como o trauma (THOMAZ, 2005). 
A sexta edição do Pre-hospitalar Trauma Life Support (PHTLS) (2007) define 
trauma como “um evento nocivo que advém da liberação de formas específicas de 
energia ou de barreiras ao fluxo normal de energia.” Esta energia pode ser de cinco 
formas: mecânica (a causa mais comum de lesões), química, térmica, por irradiação ou 
elétrica. Desta forma, pode-se dizer que, todas as causas externas, independentemente 
do agente causal, possuem um ponto em comum: a transferência de energia. O trauma 
pode ser advindo de causas intencionais (ato de violência) ou não intencionais (colisão 
de automóveis, quedas e choques elétricos). 
Em termos de gravidade, os traumas podem variar desde ocorrências 
superficiais, nas quais não há nenhum risco à vida da vítima, até mesmo às grandes 
contusões e graves ferimentos que podem levar o indivíduo instantaneamente à morte. 
Além disso, podem ocasionar uma série de complicações e incapacidades à vítima, que 
devem ser reconhecidas precocemente. Desta forma, ter o conhecimento para conseguir 
reconhecer o nível de gravidade do paciente é um fator crucial não só para o andamento 
do tratamento, a partir de condutas adequadase de assistência na complexidade 
hospitalar necessária, como também para aferir a qualidade da assistência prestada 
(PEREIRA JÚNIOR; SCARPELINI; BASILE FILHO; ANDRADE, 2009). 
 
 
O trauma tem provocado grande impacto social em consequência do grande 
número de fatalidades e sequelas que ocorrem. No âmbito econômico, seu impacto é 
visto quando ocorre perda na produtividade, gastos com a seguridade social e alto 
consumo das tecnologias médico-hospitalares (HODGETTS et al, 2000; LUK et al, 
1999). 
A qualidade do atendimento à vítima de trauma depende de uma ação conjunta 
dos profissionais, que vai desde o adequado atendimento na cena da ocorrência, 
transporte rápido e seguro, seja por via aérea ou terrestre, com comunicação prévia ao 
serviço hospitalar que irá recebê-la, preparo dos profissionais para o devido atendimento 
intra-hospitalar e, reabilitação pós-hospitalar seja para retomar toda a capacidade 
funcional do indivíduo, ou para proporcionar melhor qualidade de vida (PEREIRA 
JÚNIOR; SCARPELINI; BASILE FILHO; ANDRADE, 2009). 
Um dos grandes fatores, considerados como críticos em pacientes vítimas de 
trauma é o tempo decorrido desde a ocorrência do evento até o atendimento à vítima. O 
Committee on Trauma of American College of Surgeons (1986), estabelece como tempo 
ideal para os primeiros atendimentos, 20 minutos (PEPE et al, 1987 apud MINAYO; 
DESLANDES, 2008; WHITAKER; GUTIÈRREZ; KOIZUMI, 1998). Ainda, o PHTLS 
(2012) define este tempo ideal como “Período de Ouro” no APH, isto é, o intervalo de 
tempo que vai desde o acionamento da equipe até a chegada ao hospital, sendo o 
recomendado 30 minutos. Essa necessidade de atendimento rápido é em decorrência do 
fato de que a literatura tem mostrado, há muito tempo, que as primeiras horas após um 
evento traumático são responsáveis pelos maiores índices de morbimortalidade das 
vítimas (TRUNKEY, 1983 apud MINAYO; DESLANDES, 2008). 
Os dados epidemiológicos têm mostrado o aumento crescente dos traumas e, 
isso tem feito com que os serviços de emergência mundiais se organizem de forma a 
conseguirem suprir as vertentes do controle de trauma: prevenção, atendimento pré-
hospitalar, atendimento intra-hospitalar, reabilitação e plano de atendimento à grandes 
desastres/catástrofes (PAROLIN; OLIVEIRA; TEIXEIRA, 2004 apud DI CREDO; 
FÉLIX, 2012). 
Em virtude de causar incapacidade temporária ou permanente, além das lesões, 
os traumas são causas muito importantes de repercussões sociais e econômicas no 
mundo todo. Além disso, por exigirem um alto custo para tratamento e estarem 
 
 
aumentando de forma muito significativa, começam a ser uma fonte de preocupação 
para o Sistema Único de Saúde (SUS) (DI CREDO; FÉLIX, 2012). 
 
3.3. Protocolo de atendimento em urgência e emergência 
Para Ulbrich (2010), protocolos de atendimento de enfermagem, aliados a 
classificação de risco, proporcionam intervenções de enfermagem de forma 
sistematizada e organizada, atendimento emergencial as vítimas. O acolhimento aos 
usuários deve ser estabelecido em linhas de entendimento, aos quais todos os 
profissionais de saúde da instituição tem responsabilidades sobre estes sujeitos. 
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2010) 
Segundo Cavalcante (2013), os protocolos de atendimento são as melhores 
formas de se alcançar o Plano Nacional de Humanização, pois a partir destes pode-se 
organizar melhor a fila de espera e fazer os direcionamentos devidos dentro de uma 
urgência e emergência. 
Além da SAE o enfermeiro de urgência se faz necessário utilizar protocolos de 
atendimento, para melhor gerenciar os cuidados e o serviço como um todo, levando 
assim a uma maior resolutividade de toda equipe. (BARRETO,2015) 
 
3.4. Sistematização da Assistência de Enfermagem(SAE) 
A enfermagem tem um papel essencial na promoção, proteção e recuperação da 
saúde tanto dos indivíduos separadamente, como da coletividade (REPETTO; SOUZA, 
2005). 
Segundo o decreto nº 94. 406/97, ao enfermeiro é incumbido: “I – Participação 
nos programas de assistência integral à saúde individual e de grupos específicos, 
particularmente daqueles prioritários e de alto risco”, o que revela mais uma vez a 
grande importância que este profissional tem em diversos âmbitos da saúde, em 
especial, na área de urgência e emergência. Portanto, o enfermeiro adquire grande 
importância quando se fala do apoio à família das vítimas, uma vez que é necessário 
saber técnico, científico e humanístico para conseguir identificar suas principais 
necessidades e, da melhor forma possível, supri-las (VENTURINI; DECÉSARO; 
MARCON, 2007). 
O atendimento de urgência e emergência exige um menor tempo para ser 
realizado e, por este motivo, requer organização adequada do sistema local de saúde, 
 
 
incluindo o hospital para que haja o planejamento das intervenções, do trabalho 
multiprofissional, do espaço físico em si e dos recursos necessários para atender a todas 
as necessidades do paciente (COELHO, 2009). 
Segundo o COFEN (Conselho Federal de Enfermagem), a resolução 358/2009 
dispõem sobre a sistematização da assistência de enfermagem e a implementação do 
processo de enfermagem em ambientes, públicos e privados, onde ocorram cuidado do 
profissional de enfermagem. 
Sendo assim o COFEN deixa claro que o processo de enfermagem deve ocorrer 
de forma sistemática em todas as instituições, obedecendo das etapas estabelecidas nesta 
resolução, sendo elas: 
 Coleta de dados de Enfermagem (ou Histórico de Enfermagem): processo 
baseados em métodos e técnicas próprias onde objetiva ao enfermeiro a partir de 
uma entrevista qualificada obter respostas sobre a pessoa, família ou 
coletividade sobre o processo de saúde e doença; 
 Diagnóstico de Enfermagem: etapa do processo na qual o enfermeiro identifica 
principais causas no processo saúde e doença do indivíduo afim de estabelecer o 
diagnóstico necessário para planejar e implementar os cuidados; 
 Planejamento de Enfermagem: determinação dos resultados esperados a partir 
dos diagnósticos identificados na etapa anterior e posterior a implementação dos 
cuidados; 
 Implementação: realização das intervenções e cuidados planejados; 
Avaliação de Enfermagem: verificar os resultados esperados se foram ou não 
atingidos a partir de avaliação do indivíduo, e modificar ou finalizar procedimentos. 
 
3.5. Teorias de Enfermagem 
O surgimento das teorias de enfermagem se inicia a partir da segunda metade do 
século XIX na Inglaterra, onde a Enfermagem surgiu como profissão e campo do saber 
sobre a liderança de Florence Nightingale. Porém foi na segunda metade do século XX, 
começou a surgir novas teorias e as suas disseminações pelo mundo. (GOMES, 2007) 
Segundo Truppel(2008), a difusão das teorias de enfermagem no Brasil teve 
como marco a contribuição de Wanda Aguiar Horta, com sua publicação em 1979, 
 
 
alicerçando sua teoria nas leis do equilíbrio, da adaptação e do holismo e na Teoria da 
Motivação Humana de Maslow. Tendo esta teoria se fundamentado nas Necessidades 
Humanas Básicas, definidas em cinco níveis de prioridade: as fisiológicas, de 
segurança, de amor, de autoestima e de auto realização. (FIGUEIREDO, 2006). 
Apóstolo(2009) caracteriza os níveis em: fisiológicas engloba a oxigenação, 
eliminação, nutrição, etc, a segurança visa manter um ambiente ordenado e sem 
ameaças ao paciente. Os níveis de amor, autoestima e auto realização se referem ao 
estado geral do paciente, felicidade, receptividade, criatividade, etc. 
As Necessidades Humanas tem por características serem: latentes, constantes, 
universais, cíclicas, infinitas, vitais, flexíveis, dinâmicas e hierarquizadas. E mesmo 
sendo universais atendem as necessidadesindividuas, pois suas manifestações e 
maneiras atendem as necessidades individuais, levando em consideração fatores como 
idade, sexo, cultura, escolaridade, condições socioeconômicas, ciclo saúde enfermidade 
e ambiente físico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. METODO 
O presente estudo constituiu-se de revisão de literatura, em busca de produções 
sobre o tema Sistematização da Assistência de Enfermagem como protocolo na 
Urgência e Emergência. A escolha desse tipo de estudo deu-se pelo fato do mesma 
contribuir para o processo de análise de resultados, permitindo maior compreensão de 
determinados temas a partir de vários estudos na área de interesse. 
O desenvolvimento do estudo ocorreu no período de junho á dezembro de 2015, 
onde os dados de interesse foram elencados por meio de busca aos bancos de dados em 
bases eletrônicas como Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde 
(LILACS), Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), Bireme e Revista eletrônica 
de Enfermagem, onde foram realizadas consultas á artigos científicos publicados nos 
anos de 2009 á 2015. Inicialmente foram selecionados 42 artigos, porém para análise 
destacou-se 13 estudos por apresentarem consonância com o tema e atender o objetivo 
do trabalho. 
Como critério de inclusão foram adotados os estudos que ressaltavam a 
aplicação de protocolos de enfermagem no atendimento de pacientes com trauma, 
aplicação da SAE nos serviços de urgência e emergência, assim como estudos nos 
últimos sete anos. Para os critérios de exclusão, artigos inferiores á sete anos e com 
temáticas da Sistematização da Assistência em setores diferentes da urgência e 
emergência. Como estratégias de busca foram utilizadas as palavras chaves: 
Sistematização da Assistência de Enfermagem, assistência no trauma e protocolos de 
atendimento em enfermagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. RESULTADOS 
Após uma pré analise do total de 42 produções obtidas, foram excluídas 29 
publicações por não atender aos objetivos da revisão integrativa da literatura e atender 
os critérios de inclusão e exclusão, como resultado final da busca, compuseram o 
escopo do estudo 13 artigos, os quais estão dispostos no Quadro I. 
 
QUADRO I. Distribuição do número de artigos por ano de publicação 
Ano de Publicação Número de artigos 
2009 03 
2010 02 
2011 02 
2012 02 
2013 01 
2014 02 
2015 02 
 
Com base no Quadro I, identificamos que no período proposto do estudo, entre 
os anos 2009 e 2015, foram encontrados 13 artigos relacionado ao tema de Protocolo de 
assistência de enfermagem ao paciente de trauma bucomaxilofacial. Analisando a 
distribuição das publicações apresentadas por ano no quadro, observa-se que no ano de 
2009 ocorreu o maior número de publicações, em 2010,2011, 2012, 2014e 2015 houve 
um número igual de publicações, e no ano de 2013 houve um menor número de 
publicações com apenas um artigo publicado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUADRO II. Identificação dos artigos selecionados para amostra do estudo. 
Título do artigo Ano Autor Periódico Resumo 
Diagnósticos e 
intervenções de 
enfermagem em 
vítimas de trauma 
durante 
atendimento pré-
hospitalar 
utilizando a CIPE 
2011 
 
Lins,et.al Rev.Eletr. 
Enfermagem. 
Um estudo 
transversal, com 
análise 
documental 
retrospectivo, de 
caráter descritivo 
e abordagem 
quantitativa,teve 
como objetivo 
identificar 
diagnósticos e 
intervenções de 
enfermagem 
baseados na CIPE 
Sistematização da 
Assistência de 
Enfermagem no 
Cenário 
Hospitalar: 
Percepção do 
Enfermeiro 
2012 Cogo, et.al Cogitare 
Enfermagem 
 Pesquisa 
descritiva 
exploratória com 
abordagem 
qualitativa e 
objetivo de 
separar a 
sistematização da 
assistência de 
enfermagem em 
uma necessidade 
efetiva ou um 
dever no cotidiano 
do enfermeiro 
Diagnóstico de 
risco e propostas 
de intervenção de 
enfermagem aos 
pacientes vítimas 
de múltiplos 
traumas 
2013 Bertoncello, et.al Revista Brasileira 
de Pesquisa em 
Saúde 
 Pesquisa 
quantitativa e 
descritiva, tendo 
por objetivo 
identificar os 
diagnósticos de 
enfermagem mais 
usados em 
pacientes com 
múltiplos traumas 
a partir da 
taxonomia do 
NANDA, além de 
propor 
intervenções 
baseadas no NIC. 
Diagnósticos de 
enfermagem mais 
utilizados em 
serviço de 
emergência 
2015 Okuno, et.al Cogitare 
Enfermagem 
 Pesquisa 
descritiva tendo 
por objetivo 
identificar os 
principais 
diagnósticos de 
enfermagem 
utilizados na 
 
 
urgência e 
emergência. 
Percepção da 
equipe de 
enfermagem sobre 
a função do 
enfermeiro no 
serviço de 
emergência 
2015 Barreto, et.al Revista Rene Estudo descritivo 
de abordagem 
qualitativa, com 
objetivo de 
identificar a real 
função do 
enfermeiro no 
serviço de 
emergência. 
Papel do 
enfermeiro no 
atendimento 
humanizado de 
urgência e 
emergência 
2014 Moura, et.al Revista Científica 
de Enfermagem 
 Pesquisa 
bibliográfica, 
sendo seu objetivo 
interpretar a 
atuação do 
enfermeiro no 
atendimento 
humanizado, 
classificação de 
risco e 
sistematização da 
assistência em 
serviço de 
urgência e 
emergência. 
Cuidados 
intensivos em um 
serviço hospitalar 
de emergência: 
desafio para 
enfermeiros 
2014 Zandomenighi et 
al 
Revista Mineira 
de Enfermagem 
 Estudo 
exploratório de 
natureza 
transversal e 
análise descritiva 
dos dados, com o 
objetivo de 
identificar as 
principais 
dificuldades no 
cuidado prestado 
aos pacientes 
graves na urgência 
e emergência. 
Competências dos 
enfermeiros de 
cuidados gerais na 
prestação de 
cuidados ao 
doente na sala de 
emergência 
2010 Beja, et.al Cogitare 
enfermagem 
Estudo descritivo 
e exploratório com 
objetivo de 
identificar o papel 
do enfermeiro no 
cuidado prestado 
aos pacientes de 
emergência. 
O perfil e o 
cuidado de 
enfermagem às 
vítimas de trauma 
2009 Mantovani, et.al Revista Rene Pesquisa 
descritiva e 
retrospectiva, 
tendo objetivo de 
identificar o perfil 
e os principais 
cuidados de 
enfermagem 
prestados a 
vítimas de trauma. 
 
 
Gerenciamento do 
cuidado de 
enfermagem em 
unidade de 
emergência 
traumática 
2010 Azevedo Revista Brasileira 
de Enfermagem 
Estudo descritivo 
com abordagem 
quali-quantitativa, 
sendo o objetivo 
de analisar a 
prática do 
enfermeiro em 
uma unidade de 
trauma, no 
gerenciamento do 
cuidado e 
caracterizar os 
agravos 
traumáticos. 
Protocolo de 
enfermagem em 
atendimento 
emergencial: 
subsídio para o 
acolhimento das 
vítimas 
2009 Ulbrich et.al Cogitare 
enfermagem 
Estudo de 
natureza descritiva 
exploratória com 
objetivo de 
estabelecer 
protocolos de 
atendimento de 
enfermagem a 
partir da 
identificação dos 
motivos de 
demanda e de 
caracterização do 
perfil de vítimas 
atendidas em um 
pronto-socorro. 
Diagnósticos e 
intervenções de 
enfermagem em 
unidade de pronto 
atendimento à luz 
das necessidades 
humanas básicas 
2011 
Santana et.al 
Cogitare 
enfermagem 
Pesquisa 
exploratória 
retrospectiva 
documental, tendo 
o objetivo de 
identificar as 
necessidades 
humanas básicas 
mais frequentes, e 
elencar osdiagnósticos e 
intervenções em 
pacientes 
atendidos num 
pronto 
atendimento. 
Desafios 
encontrados na 
realização da 
sistematização da 
assistência de 
enfermagem 
(SAE) em unidade 
de pronto 
atendimento 
2009 Felix, et.al Arquivo ciência e 
saúde 
Estudo descritivo, 
transversal e 
abordagem 
quantitativa, com 
objetivo levantar 
as dificuldades 
enfrentadas por 
enfermeiros na 
realização da 
sistematização da 
assistência de 
enfermagem na 
unidade de pronto 
 
 
atendimento. 
 
Na revisão de literatura, após a busca na base de dados, foram analisados 42 
trabalhos, relacionados ao tema do estudo, sendo que 13 desses artigos atenderam os 
critérios de inclusão previamente estabelecidos. O quadro 2 apresenta o sumário das 
características dos estudos incluídos. Após leitura e análise exaustiva dos artigos 
selecionados emergiram os eixos de análise seguintes. 
 
5.1 Discussão dos eixos 
O cenário da urgência e emergência possui um trabalho dinâmico com 
atribuições diversas entre a equipe multiprofissional, estando o enfermeiro no âmbito da 
assistência capacitado para prestar um cuidado de qualidade para atender as 
necessidades básicas que surgem especialmente em paciente com traumas de face. 
Porém este profissional necessita de uma metodologia da assistência que permita maior 
habilidade e segurança neste tipo de serviço. Nos artigos selecionados foi possível 
identificar a performance do profissional no atendimento de pacientes de trauma que 
nos levou á discussão através de cinco eixos temáticos. 
 
Eixo I: Percepção quanto á Sistematização da Assistência de Enfermagem em 
Situações de Urgência e Emergência 
 Dentre os artigos avaliados pode-se observar a importância da aplicação da 
Sistematização da Assistência de Enfermagem na urgência e emergência, como 
instrumento que propicia um desempenho melhor durante os cuidados prestados aos 
pacientes, porém observou-se também que ocorrem dificuldades de implementação por 
meio de vários fatores. 
Felix, et al. (2009), referiu em seu estudo sobre a aplicação da Sistematização da 
Assistência de Enfermagem, o qual teve como amostra 09 enfermeiros que trabalhavam 
na unidade de pronto atendimento, que a SAE é imprescindível no sentido de valorizar o 
profissional de enfermagem assim como a própria continuidade do serviço com 
 
 
excelência para o paciente, ressaltando que na unidade de emergência o planejamento 
da assistência de enfermagem é exclusiva do enfermeiro. 
Ainda para esses autores, a elaboração da SAE em um serviço de emergência, 
requer um alto desafio, devido a grande demanda de pacientes e a falta de tempo para 
atendimento, porém conclui que uma melhora no plano de cuidado a partir da 
implementação da SAE poderá fornecer um atendimento de qualidade. 
 O mesmo estudo demonstra que a adoção de uma SAE adequada traz autonomia 
profissional ao enfermeiro contribuindo para as tomadas de decisões, visibilidade 
profissional e para as ciências em enfermagem. Deixando de realizar ações baseadas em 
diagnósticos e rotinas médicas, e atuar fundamentado na própria profissão. 
Outro fator observado no estudo dos autores acima é que(9) 100% dos 
enfermeiros referiram como primordial a realização da SAE na unidade de pronto 
atendimento ,demonstrando o interesse destes profissionais na sua aplicação e que(8) 
89% relataram acreditar que a sistematização da assistência de enfermagem quando 
aplicada de forma adequada promove a melhora da assistência aos pacientes. 
Em seu estudo Santana (2011), refere que o processo de Enfermagem ao ser 
utilizado funciona como um instrumento que orienta e dá suporte ás decisões e ao 
planejamento dos cuidados de enfermagem, e que exige um formulário próprio para sua 
documentação. Este processo faz parte da SAE, a qual organiza o trabalho da 
enfermagem devendo ser realizado em todos os ambientes de cuidado profissional. 
 Para Santana (2011), a elaboração de um plano de assistência coerente com a 
realidade, é indispensável para o alcance das metas de cuidado no âmbito do serviço de 
urgência e emergência. Sendo o processo de enfermagem uma ferramenta facilitadora 
no trabalho do enfermeiro. 
No Brasil, a normatização vigente do Conselho Federal de Enfermagem orienta 
que o Processo de Enfermagem(PE), esteja embasado em um suporte teórico que 
sustente a avaliação dos resultados alcançados. Sendo assim, destaca-se que um dos 
modelos existentes é o das Necessidades Humanas Básicas, as quais correspondem às 
condições ou situações que o indivíduo, família ou comunidade apresentam, em função 
de algum desequilíbrio e que, por isso, necessitam de intervenções da Enfermagem, 
sendo elas psicobiológicas, psicossociais e psicoespirituais. (SANTANA,2011) 
 De acordo com Cogo, et. al. (2012), embora os enfermeiros saibam da 
importância e necessidade de uma SAE de qualidade, muitos ainda não operacionalizam 
 
 
na urgência devido ao pouco tempo para aplicação e a grande demanda de pacientes, e 
ainda pela adoção do modelo biomédico de cuidado. 
 Prosseguindo no estudo de Cogo, et.al.(2012), os informantes relataram que a 
SAE é uma necessidade efetiva no cotidiano dos enfermeiros, não só atendendo as 
necessidades do indivíduo, mas também valorizando o corpo de conhecimento 
organizacional no cuidado de enfermagem, e que embora estes profissionais 
reconheçam a importância da SAE, como uma futura possibilidade de organização do 
serviço, sua operacionalização, não está efetivada e muito menos concretizada. 
 Estes autores reforçam em seu trabalho que os enfermeiros manifestam serem 
conhecedores da operacionalização da SAE para melhoria da prática profissional, assim 
como um instrumento de para a competência de liderar. Constituindo-se de fundamental 
importância para gerenciamento e otimização do serviço de enfermagem. 
 De acordo com Moura, et.al.(2014), a sistematização da assistência de 
enfermagem (SAE) é um modelo metodológico ideal para a enfermagem aplicar seu 
conhecimento técnico-científico na prática assistencial, este modelo já existe em varias 
partes do mundo desde a década de 50, mas só foi introduzido no brasil na década de 70 
por wanda de aguiar horta com a denominação “processo de enfermagem” 
 Os autores reforçam que o cuidado de enfermagem não é um fenômeno natural 
porém, resulta de um empreendimento humano ,desenvolvido ao longo da formação 
profissional e que é aperfeiçoado em atividades de educação permanentes que resultem 
em uma prática reflexiva e crítica dos profissionais de enfermagem. 
Finalizando, os autores reafirmam que o atendimento humanizado, a 
classificação de riscos e a Sistematização da Assistência de Enfermagem pode ser um 
diferencial no cuidado emergencial podendo inclusive interferir positivamente nas taxas 
de morbimortalidade e satisfação dos usuários. 
 
Eixo II: Protocolo de assistência em urgência e emergência 
Quando tratamos do assunto de protocolos assistenciais em urgência e 
emergência no período considerado no estudo, encontramos apenas dois autores que 
debatem sobre o tema, referindo a necessidade da utilização de protocolos para tornar o 
serviço mais ágil e eficiente, porém relatam ainda a falta de estudos mais aprofundados 
dentro das instituições. 
 
 
Segundo Beja (2009), os protocolos respondem eficazmente em situações 
inesperadas ou que se alternam rapidamente, estabelecendo prioridades para o cuidado, 
além de responderem rapidamente em situações de urgência e emergência. 
Ainda para o mesmo autor os protocolos de atendimento devem ser elaborados e 
fundamentados em competências dos profissionais neles envolvidos,logo não se 
podendo estabelecer direitos e deveres a categorias profissionais que não os possuem. 
O protocolo de enfermagem, aliado á classificação de risco, pode subsidiar o 
desenvolvimento das intervenções de enfermagem, de forma sistematizada e 
organizada, no acolhimento emergencial ás vítimas com segurança e qualidade, 
garantindo a agilidade e a integralidade do atendimento.(ULBRICH,2010) 
O autor afirma ainda, que a classificação de risco é uma proposta do Ministério 
da Saúde mediante a política Nacional de Humanização da Atenção á Gestão no 
Sistema único de Saúde. Concernentes á triagem de vítimas em situação de emergência. 
Ulbrich (2010), refere ainda, que há muitos protocolos via Ministério da Saúde 
que ainda buscam adequações por parte das instituições e que um exemplo de protocolo 
que tem sido muito bem trabalhado pelas instituições são os relacionados ao 
acolhimento dos usuários. 
 
Eixo III: Atendimento frente ao trauma 
Para Lins, et.al.(2011), O trauma acarreta consequências sociais e econômicas 
tanto para os indivíduos quanto para a sociedade. As lesões relacionadas a ele podem 
ocasionar incapacidades físicas e ou mentais, temporárias ou permanentes e também 
levar ao óbito. 
Vale ressaltar que a área de urgência e emergência tem exigido dos enfermeiros uma 
nova forma de atuação, tornando-se necessário o rompimento com um modelo de trabalho 
tradicional cujas tarefas, em sua maioria, são baseadas no modelo de assistência biomédico e 
centradas em rotinas e tarefas, o qual não tem dado solução às necessidades humanas do 
paciente crítico (LINS et.al,2011) 
 
 
Os mesmos autores afirmam ainda que Neste contexto a padronização da 
assistência às vítimas de trauma é de grande importância e vem sendo realizada pelas 
instituições de saúde, no Brasil, há mais de vinte anos. No entanto, a necessidade de 
individualizar a assistência é realidade vivenciada por todos os profissionais que 
participam desses atendimentos, devido às diferentes formas de apresentação, gravidade 
e complexidade dos mesmos e, nesse sentido, a utilização da sistematização da 
assistência de enfermagem (SAE) parece caminho interessante e útil para a atuação no 
cenário da emergência. 
De acordo com Azevedo (2010), a falta de estudos relacionados a cuidados de 
enfermagem e o trauma facial, acarretam uma grande dificuldade no lidar do enfermeiro 
no cotidiano da assistência á estes pacientes. 
Mascarenhas (2012), ainda reforça as principais causas de trauma bucomaxilo 
facial, citando entre elas, os acidentes automobilísticos(56%), ferimentos penetrantes 
(FAF e FAB) e agressão física, com 29% e 15% respectivamente. 
 
Eixo IV: Diagnósticos e intervenções de enfermagem na urgência e emergência 
Com base nos diagnósticos de enfermagem, a metodologia da assistência torna-
se de fundamental importância para o cuidado de pacientes com trauma 
bucomaxilofacial, permitindo a dinâmica dos cuidados com vista a efetiva melhor do 
paciente. Dentre os estudos pesquisados foram encontrados quatro artigos que 
identificaram os diagnósticos e intervenções de enfermagem, onde referem além da 
importância em se utilizar dessas ferramentas para uma assistência de qualidade, 
percorrem os principais diagnósticos utilizados na urgência e emergência, além de 
intervenções. 
 O estudo de Santana (2011) demonstrou os principais diagnósticos de 
enfermagem elencados com base na Teoria da Necessidades Humanas Básicas, onde 
frente a essas necessidades, foram identificados 214 diagnósticos e 308 intervenções, 
tendo como principais diagnósticos perfusão tissular prejudicada, ansiedade, dor aguda 
e uso excessivo de álcool. E as intervenções principais são elevação das grades, 
verificação de sinais vitais, mobilizar paciente e monitorar padrão neurológico. 
 
 
Para Okuno (2015), os diagnósticos de enfermagem mais utilizados na urgência 
e emergência são: troca de gases prejudicada, padrão respiratório ineficaz, ventilação 
espontânea prejudicada, risco de infecção, risco de integridade da pele prejudicada, 
integridade tissular prejudicada e risco de queda. 
 Já para Bertoncello (2013), 100% dos pacientes atendidos na urgência 
apresentaram diagnóstico de risco: glicemia instável, perfusão renal ineficaz, disfunção 
neurovascular periférica, trauma vascular e infecção; e 50% apresentaram risco: 
síndrome do desuso, desequilíbrio do volume de líquidos, desequilíbrio da temperatura, 
sangramento, perfusão cerebral tissular ineficaz e disreflexia autonômica. 
 Quanto ás intervenções Zandomenighi (2014), apresenta como as principais 
prescrições de enfermagem: manter monitorização cardíaca, verificação de sinais vitais 
a cada 2h, monitorar perfusão tissular, monitorar padrão neurológico, instalar e 
monitorar oxigenoterapia prescrita e controlar volume de líquidos infundidos. Sendo 
que para Santana (2011), as principais intervenções são: elevar grades do leito, 
monitorar sinais vitais a cada 2h, mobilizar o paciente de 2h/2h, monitorar padrão 
neurológico, elevar cabeceira e manter paciente em repouso. 
 
Eixo V: Atuação do enfermeiro na urgência e emergência 
 O enfermeiro desenvolve um papel de extrema importância no atendimento de 
pacientes nas mais diversas situações, e de acordo com suas competências, este 
profissional possui uma dinâmica de ações que remetem ao seu comprometimento físico 
e mental, especialmente em situações de urgência. Este fato é evidenciado em quatro 
artigos, os quais delinearam papel do enfermeiro no setor de urgência e emergência. 
 Para Beja (2009), o enfermeiro tem papel fundamental no cuidado prestado ao 
paciente na urgência, com as seguintes atribuições: realizar o acolhimento do cliente a 
partir do protocolo de classificação de risco utilizado na instituição, estabelecer 
prioridade nos cuidados prestados aos usuários e intervir para ocorrer de forma mais 
eficaz possível o atendimento do paciente. 
Segundo Azevedo (2010), o conhecimento prático dos enfermeiros em unidades 
de atendimento a agravos traumáticos, tanto na assistência quanto na gerência, é 
 
 
imprescindível diante das urgências causadas por esses agravos. Enquanto Barreto 
(2015), destaca as grandes ações dos enfermeiros frente ao gerenciamento e supervisão 
da equipe técnica, além do cuidado prestado ao paciente gravemente enfermo. 
De acordo com Moura (2014), o enfermeiro na urgência desempenha não 
somente papel de cuidador, como tem papel fundamental em tornar o atendimento do 
paciente o mais humanizado possível. 
Felix,et.al.( 2009 ), reporta em seu estudo que atualmente a enfermeira defronta-
se com mudanças tecnológicas, mercadológicas e processos complexos, de forma que 
ela deve utilizar a habilidade de reflexão crítica para tomada das decisões, uma vêz que 
é considerada a líder da equipe, quem organiza e sistematiza a assistência influenciando 
diretamente nos resultados. Para o exercício profissional tem-se diversos métodos sendo 
o processo de enfermagem preconizado para a implementação da assistência de 
enfermagem. 
Lins et,all(2011), considera que a padronização da assistência às vítimas de 
trauma é de grande importância e vem sendo realizada pelas instituições de saúde, no 
Brasil, há mais de vinte anos. No entanto, a necessidade de individualizar a assistência é 
realidade vivenciada por todos os profissionais que participam desses atendimentos, 
devido às diferentes formas de apresentação, gravidade e complexidade dos mesmos e, 
nesse sentido, a utilização da sistematização da assistência de enfermagem (SAE) 
parece caminho interessante e útil para a atuação no cenário da emergência. 
Para Barreto et,all (2015), é importante destacar que estas unidades constituem-se como local de trabalho desafiante para profissionais de saúde, em especial para os 
integrantes da equipe de enfermagem, que compõem a maior parte da força de trabalho 
no setor, pois além de conviverem com a superlotação, desorganização e burocracia 
administrativa, precisam atender uma demanda de casos de intensa gravidade e 
imprevisibilidade, o que desencadeia constante tensão. 
 
 
 
 
 
 
6. CONCLUSÃO 
O estudo comprovou que quando tratamos da relação da Enfermagem com o 
atendimento do trauma na urgência e emergência, fica evidente a carência de pesquisas 
relacionadas ao assunto, aja vista a grande dificuldade em textos que abordem o tema. 
Mesmo o tema se tratando de um assunto de extrema importância, pois o trauma está 
muito presente nas urgências. 
Foi possível identificar que mesmo com carência de registro, a elaboração de um 
protocolo fundamentado na Sistematização da Assistência de Enfermagem é importante 
para um atendimento mais ágil e com maior qualidade ao usuário acometido de trauma, 
e que esse instrumento permite maior compreensão desde o acolhimento do paciente 
com trauma, os primeiros cuidados e o fortalecimento de uma metodologia que ao ser 
utilizada de forma correta, pelos profissionais, perpetua a segurança e confiabilidade das 
ações de enfermagem na complexidade da assistência aos pacientes em urgência e 
emergência. 
Fica claro na percepção destes profissionais a importância da aplicação da SAE 
no contexto da urgência e emergência, em vários aspectos, inclusive na valorização do 
profissional e aplicação de um cuidado por excelência. 
Com relação aos protocolos de atendimento de enfermagem, ainda necessitam de 
um estudo para sua viabilidade e devem ser elaborados com fundamentação nas 
competências profissionais, e para isso ainda precisa vencer muitas barreiras devido aos 
vários fatores que podem interferir na dinâmica da assistência , orem sabe-se que essas 
dificuldades podem ser vencidas se houver um planejamento de acordo com os recursos 
disponíveis no contexto da urgência e emergência. 
Muitos estudos relatam dificuldades na criação dos protocolos, pois há falta de 
incentivo das instituições em desenvolver pesquisas buscando a elaboração e aplicação 
de tais protocolos. Quanto aos diagnósticos e intervenções de enfermagem, mesmo 
muitos estando relacionados aos traumas em geral, é possível dizer que servem de base 
para a criação de um protocolo assistencial.E que por isso devem ser estimulados para 
aplicação da legislação vigente quanto as competência privativas do enfermeiro que 
 
 
permite o uso desta metodologia como ferramenta própria e de alta qualidade no 
cuidado de enfermagem. 
Por fim percebeu-se que o enfermeiro tem papel fundamental no cuidado 
prestado ao paciente na urgência,e mesmo com todas as dificuldades apresentadas, os 
protocolos de assistência são importantes para a melhora da qualidade da assistência 
prestada por todas as instituições e aliados á sistematização da assistência de 
enfermagem tornam-se de grande valor na prestação de cuidados de qualidade e com 
vistas a atender as necessidades dos paciente acometidos por vítimas de traumas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
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em unidade de urgência traumática. Revista brasileira de enfermagem, 2010. 
BARRETO, M.S; TESTON, E.F; MIRANDA, J.G; ARRUDA, G.O; VALSECCHI, 
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enfermeiro no serviço de emergência. Revista Rene. Ed.16.2015. 
BEJA, A; BANDEIRA, E; BARROS, F; Competências dos Enfermeiros de Cuidados 
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APÊNDICE A- ACEITE DO ORIENTADOR 
 
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ 
RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA NO 
TRAUMA 
ARÉA – ENFERMAGEM 
 
DECLARAÇÃO: 
 
 Eu, Marucia Verçosa, aceito orientar o trabalho intitulado “Sistematização da 
Assistência de Enfermagem na Urgência e Emergência: Revisão de Literatura”, de 
autoria do residente Bruno Cruz da Silva, declaro ter total conhecimento das normas de 
realização de Trabalhos Cientificos vigentes, segundo o Manual de Elaboração de 
Trabalhos Científicos, estando inclusive ciente da necessidade de minha participação na 
elaboração do Projeto de Pesquisa, bem como na banca examinadora por ocasião da 
defesa do trabalho. 
 
 
Belém – Pará, _____ de ___________ 2014. 
 
 
 
 _______________________ ______________ 
 Assinatura e carimbo Telefone 
 
 
 
 
APÊNDICE B – DECLARAÇÃO DE ACEITE DA INSTITUIÇÃO 
 
DECLARAÇÃO: 
 
 Declaro em nome do HOSPITAL METROPOLITANO DE URGÊNCIA E 
EMERGÊNCIA ter conhecimento do Projeto de Pesquisa do Trabalho intitulado 
“Sistematização da Assistência de Enfermagem na Urgência e Emergência: 
Revisão de Literatura”, de autoria do residente Bruno Cruz da Silva, do programa de 
Residência Multiprofissional da Universidade do Estado do Pará sob orientação da Prof. 
Marucia Verçosa, dando-lhe consentimento para realizar o trabalho nessa instituição, 
durante o período, dias e horários pré- estabelecidos pelo cronograma. 
 Estamos também cientes e concordamos com a publicação dos resultados 
encontrados, sendo obrigatoriamente citado na publicação o HOSPITAL 
METROPOLITANO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA, como local de realização da 
coleta de dados. 
 
Belém – Pará, _____ de ___________ 2014. 
 
 
 _______________________ ______________ 
MSC. Leonardo Nicolau Ramos da costa Telefone 
Coordenador da Divisão de Ensino e 
 Pesquisa do HMUE

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