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11
A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA AQUISIÇÃO DO CONHECIMENTO
 ¹ SILVEIRA, Clésia de Souza
 Inscrição Nº 11716
RESUMO
É possível garantir uma aprendizagem efetiva utilizando o lúdico como pratica pedagógica. O universo lúdico traz intervenções para a superação de dificuldades apresentadas pelos sujeitos em processo de aprendizagem, tornando as aulas mais prazerosas. É necessário que o professor compreenda as brincadeiras para então usa-la como recurso pedagógico, podendo intervir de maneira efetiva. É possível analisar a importância da ludicidade para o desenvolvimento cognitivo e emocional da criança, reconhecendo-a como instrumento pedagógico importante e facilitador na assimilação de conhecimentos, resolução de conflitos e intervenção em dificuldades escolares, podendo ser um grande aliado na aquisição do conhecimento. 
 Palavras-chave: Lúdico, Intervenção, Aprendizagem e Conhecimento.
ABSTRACT
It is possible to guarantee an effective learning using the ludic as pedagogical practice. The ludic universe brings interventions to overcome difficulties presented by the subjects in the process of learning, making classes more enjoyable. 
_____________________
¹ Aluno do Curso de Psicopedagogia Clinica e Institucional do Grupo Educa Mais. Artigo apresentado como Trabalho de Conclusão de Curso. 1º Semestre 2017.
It is necessary that the teacher understands the games and then uses it as a pedagogical resource, and can intervene in an effective way. It is possible to analyze the importance of playfulness for the cognitive and emotional development of the child, recognizing it as an important pedagogical tool and facilitator in the assimilation of knowledge, conflict resolution and intervention in school difficulties, being a great ally in the acquisition of knowledge.
1 INTRODUÇÃO
Trataremos a importância do lúdico na aprendizagem no contexto escolar, nota-se que jogos e atividades lúdicas ainda são pouco utilizadas pelos professores nas salas de aulas. Currículos extensos, falta de tempo e recursos para preparar o material são algumas das justificativas utilizadas pelos professores, que algumas vezes defendem que esses materiais não são eficaz.
O lúdico é um instrumento importante como mediador no processo de aprendizagem e construção do pensamento. Buscando a compreensão do lúdico no cotidiano e sua real influencia na aquisição do conhecimento.
O brincar é um procedimento que percorre por séculos, não dependendo da classe social ou cultura, fazendo parte da vida humana, onde é possível aprender, socializar, comunicar, trocar experiências, tornando desafio para alguns.
A psicopedagogia tem como principal objeto de estudo os processos de aprendizagens e as dificuldades pertinentes a estes processos. Para Sampaio:
...a psicopedagogia deve se ocupar do estudo da aprendizagem humana e portanto, preocupar-se inicialmente com o processo de aprendizagem e como essa aprendizagem varia evolutivamente e está condicionada por vários fatores, como se produzem as alterações na aprendizagem , como reconhecê-las, tratá-las e preveni-las.( SAMPAIO, 2012, p.12).
É fundamental que o psicopedagogo tenha um olhar diferenciado para que estes processos sejam colocados aos educandos de forma que venham integrar-se e sentir-se motivados a aprender. Ver a ludicidade como parte integrante e como ferramenta ativa do processo de investigação do diagnóstico psicopedagógico é perceber que a criança esta em um ambiente agradável e com o estímulo certo, com atividades livres, porém com a mediação e orientação do profissional da psicopedagogia permite ao mesmo tempo em que sejam criadas hipóteses e convicções a cerca das dificuldades que vem sendo apresentada pelo aluno, facilitando o aprendizado.
Este artigo, cuja pesquisa tem como área de conhecimento as ciências humanas visa a enfatizar a importância do lúdico no trabalho psicopedagógico, salientando a contribuição da ludicidade ( brincadeiras, jogos, contação de histórias, desenhos, entre outros) para o processo de identificação das dificuldades educacionais do indivíduo, pautado em pesquisas bibliográficas de autores que irão reforçar as afirmações contidas no artigo.
O método adotado para o desenvolvimento deste trabalho envolveu a pesquisa bibliográfica qualitativa, através de estudo de autores e suas obras para a obtenção de informações capazes de explicitar e proporcionar maior entendimento o que contribui com a elaboração do trabalho com foco na importância do lúdico na educação infantil:
... o método é um conjunto das atividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar o objetivo – conhecimentos válidos e verdadeiros –, traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as decisões do cientista. (LAKATOS; MARCONI. 2003, p.85).
A pesquisa bibliográfica que segundo Cervo e Bervian (2007. p.38), “procura explicar um assunto a partir de referências teóricas publicadas em livros e documentos”, assim foi feita a leitura e interpretação de livros, artigos, revistas e por meio eletrônico com o intuito de levantar o referencial teórico sobre o assunto abordado. Durante as leituras foram analisadas varias obras através de fichamentos textual, temático e bibliográfico, registrando os conteúdos considerados relevantes para o embasamento do trabalho.
 1.1 O LÚDICO
 Para Piaget, segundo PILLETI (1987, p.210), a partir dos 7 anos no estágio operacional-concreto a criança começa a “desenvolver o pensamento lógico sobre coisas concretas”, compreensão das relações entre objeto e capacidade para classifica lós, superação do egocentrismo, da linguagem, aparecimento das noções de conservação de substâncias, peso e volume. É um período de grande desenvolvimento físico. É a fase onde o ser humano desenvolve-se psicologicamente, envolvendo graduais mudanças no comportamento da pessoa e na aquisição das bases de sua personalidade, surgem os jogos simbólicos, ou faz de conta, são os exercícios onde a criança utiliza sua imaginação, primeiramente de forma individual, para representar situações, papéis, realizações, comportamentos, e utilizar objetos . Conforme Crepaldi, 2006:
 [...] O brincar ajuda os participantes a desenvolver confiança em si mesmo e em suas capacidades e, em situações sociais, ajuda-os a julgar os muitos variáveis presentes nas situações sociais a ser empático com os outros. Ele leva as crianças e os adultos a 14 desenvolver percepções sobre as outras pessoas e a compreender as exigências bidirecionais de expectativa e tolerância. As oportunidades de explorar conceitos como liberdade existem implicitamente em muitas situações lúdicas, e eventualmente levam a pontos de transposição no desenvolvimento da independência. Em um nível mais básico, o brincar oferece situações em que as habilidades podem ser praticadas, tanto físicas quanto mentais e repetidas tantas vezes quanto for necessário para a confiança e ao domínio. Além disso, ele permite a oportunidade de explorar os próprios potenciais e limitações. ( CREPALDI apud MOYLES, 2006, P.176. )
 Percebe se que brincadeira é uma atividade necessária ao ser humano e o ato de brincar é essencial à vida e ao aprendizado. É notável que quando a brincadeira faz parte do mundo infantil ela reflete os acontecimentos de sua vida real, estimulando e incentivando a imaginação em momento de brincadeira, além de desenvolver afetividade, imaginação, criatividade, linguagem, raciocínio, socialização, concentração e outros. Sendo indispensável a utilização de jogos, brincadeiras e faz de conta como ferramenta propicia a favorecer o sucesso do aprendizado.
Muitos educadores não percebem e nem acreditam na importância da ludicidade no ensino aprendizado. Apenas uma parcela dos profissionais da educação reconhece e aceita que o lúdico é um veiculo para o desenvolvimento emocional, social e intelectualdos alunos e que envolve brincadeiras, jogos e brinquedos. Segundo Toledo 2008: 
Ao considerar as brincadeiras das crianças como algo que atrapalha a aprendizagem, a escola começa a separar os momentos que são para “aprender” dos que são para “brincar”. Porque esses momentos precisam ser separados? Porque as crianças precisam deixar de brincar para serem transformados no adulto? Porque o adulto não pode brincar? (TOLEDO, 2008, p12.)
A dificuldade encontrada é que muitos adultos limitam esse movimento impedindo a evolução da criança nesse aspecto, considerando ser uma atividade de lazer, sem contribuição no desenvolvimento, com isso as crianças brincam cada vez menos, seja pela redução do espaço físico e do tempo de brincar ou ao excesso de atividades a elas atribuídas.
Brincar é uma atividade que facilita o desenvolvimento físico, cognitivo, psicológico, estimulando o desenvolvimento intelectual, que possibilita a aprendizagem. Mas conceituar o termo não é tarefa fácil, segundo ( Kishimoto 2003,p.15)” é muito complexo definir jogo, brinquedo e brincadeira. Uma mesma conduta pode ser jogo ou não jogo em diferentes culturas.” 
 Podendo ser aceito como consequência de um sistema linguístico inserido num contexto social. 
Com relação ao brinquedo:
 É um suporte para a brincadeira. Sendo o brinquedo diferente do jogo, o brinquedo supõe uma relação íntima com a criança e a indeterminação de regras em sua utilização. (KISHIMOTO, 2003,p. 18)
A brincadeira é uma ação em que a criança desempenha ao efetivar as regras de um jogo, sendo o lúdico em ação. Para Grassi:
... o termo jogo compreende uma atividade de ordem física ou mental, que mobiliza ações motrizes, pensamentos e sentimentos, no alcance de um objetivo, com regras previamente determinadas, e pode servir como um passatempo, uma atividade de lazer, ter finalidade pedagógica ou ser uma atividade profissional. (GRASSI, 2008 p. 70)
Assim a brincadeira é o ato de brincar, quando a criança faz uso de brinquedos, ela esta brincando e estimulando varias funções e sentimentos.
O brincar é tão importante que esta na lei do Estatuto da Criança e do Adolescente: A Lei Federal 8069/90- Estatuto da Criança e do Adolescente, capítulo II, artigo16 , inciso IV- que garante o direito de: “Brincar, praticar esportes e divertir-se”. De acordo com Vigotski:
 O brincar é uma atividade humana criadora, na qual imaginação, fantasia e realidade interagem na produção de novas possibilidades de interpretação, de expressão e de ação pelas crianças, assim como de novas formas de construir relações sociais com outros sujeitos, crianças e adultos. ( VIGOTSKI, 1987, p.35.)
Fica claro que toda criança tem o direito de usufruir das brincadeiras e jogos, a criança constrói e reconstrói sua percepção de mundo por meio do brincar; amadurecem algumas capacidades de socialização, por meio da interação, da utilização e experimentação de regras e papéis sociais presentes nas brincadeiras.
Através do lúdico é possível desenvolver o companheirismo, aprender a conviver, fazer, conhecer, aceitar perdas, explorar a criatividade fazendo com que a criança utilize suas potencialidades.
No brincar a criança constrói sua identidade, autonomia, descobre suas limitações e enfrenta seus medos, expressa seus sentimentos melhorando seu convívio, driblando a timidez e aprendendo a entender e agir com as situações relacionadas ao cotidiano, respeitando limites e regras.
A teoria de Jean Piaget (1896-1980) estudando sobre o desenvolvimento da inteligência, colocou os jogos como atividades indispensáveis na busca do conhecimento pelo indivíduo. Ele dividiu o desenvolvimento intelectual da criança em etapas caracterizadas pela “sucessiva complexidade e maior integração dos modelos de pensamento”. Quando Piaget descobriu que não é o estímulo que move o indivíduo ao aprendizado, revolucionou a pedagogia da época. Para ele, a inteligência só se desenvolve para preencher uma necessidade. A educação adquirida a partir desse pressuposto deve estimular a inteligência e preparar os jovens para descobrir e inventar. 
O professor deve provocar na criança a necessidade daquilo que ele quer transmitir. Para Piaget 1978: “existe o brincar quando há o predomínio da assimilação sobre o esforço e atenção da acomodação”.
Piaget ao realizar o estudo sobre a evolução do jogo para o desenvolvimento percebeu uma tendência lúdica nos primeiros meses de vida do bebê, na forma do chamado jogo de exercício sensório-motor, onde “do segundo ao sexto ano de vida predomina o jogo simbólico e a etapa seguinte é o jogo de regras praticado pela criança”. Essas três atividades lúdicas caracterizam-se na evolução do jogo na criança, de acordo com a fase de seu desenvolvimento, a função do jogo simbólico de acordo com Piaget,1973:
... consiste em satisfazer o eu por meio de uma transformação do real em função dos desejos: a criança que brinca de boneca refaz sua própria vida, corrigindo-a à sua maneira, e revive todos os prazeres e conflitos, resolvendo-os, compensando-os, ou seja, completando a realidade através da ficção (PIAGET, 1973, p.29).
Ainda que a criança desenvolva as capacidades de formas diferentes, é necessário que a educação crie condições para o desenvolvimento total de todos ali presentes. Sendo indispensável que a atuação propicie o desenvolvimento das capacidades envolvendo ordem efetiva, ética, física, cognitiva, estética, inserção social e relação interpessoal.
Brincar é muito importante para a criança, portanto essa atividade não deve ser vista como meramente distrativa ou ainda, como passatempo. Muito pelo contrário, é uma atividade que participa da estruturação do sujeito, além de ser um recurso psicopedagógico importante nas práticas educativas. (GRASSI, 2008, p.33).
A discussão referente a relevância dos jogos e brincadeiras na educação vem se solidificando, as crianças apresentam grande capacidade se raciocino durante atividades lúdicas em que é necessário resolver situações problemas. Para Maluf 2007:
É preciso brincar! É preciso tempo para brincar, espaço que assegure tranquilidade, segurança e sossego suficiente para que possa haver um aprofundamento na brincadeira, para que a criança possa compreender através dela o mundo e as ações humanas nas quais se insere quotidianamente (MALUF, 2007, p. 39).
O jogo na sala de aula é importante para o desenvolvimento social, principalmente para os alunos com dificuldades de relacionamento, insegurança e medo, durante a brincadeira é possível haver a socialização, participação em grupo, cooperação mutua e troca de experiências entre os alunos e professor. 
Sendo o lúdico uma ferramenta importante na mediação do conhecimento, que estimula enquanto trabalha com material concreto, jogos, tudo que se possa manusear gerando reflexão e reorganização, a aquisição do conhecimento acontece com facilidade e entusiasmo onde a criança aprende brincando.
Brincadeiras fazem parte da cultura, introduzindo costumes, valores, pensamentos que agregam aprendizagem. O brincar enriquece as ligações fortalecendo a relação entre quem ensina e quem aprende. Para Wajskop 2007:
 Nesta perspectiva, a brincadeira encontraria um papel educativo importante na escolaridade das crianças que vão se desenvolvendo e conhecendo o mundo nesta instituição que se constrói a partir exatamente dos intercâmbios sociais que nela vão surgindo: a partir das diferentes histórias de vida das crianças, dos pais e dos professores que compõem o corpo de usuários da instituição e que nela interagem cotidianamente. (WAJSKOP 2007, p.26).
O lúdico possibilita que a criança seja um sujeito ativo, construtor de seu próprio conhecimento, sendo progressivamente autônomo mediante estímulos do ambiente. 
Diante das transformações na atualidade, a infância vem perdendo seu espaço com um processo de renuncia às brincadeiras, sendo substituídas por atividades passivas como assistir televisão, jogos em computadores ou videogames e celulares, preenchendo o tempo de muitas crianças que ficam em casasozinhas. De acordo com Brougére:
A televisão transformou a vida e a cultura da criança, as referências de que ela dispõe. Ela influenciou, particularmente, sua cultura lúdica. (BROUGERE, 1995 ,p.50).
Percebe-se que os meios de comunicação transformaram totalmente a vida das crianças, encurtando as oportunidades e espaços de brincar importantes no seu desenvolvimento. Garcia 2003, afirma que:
... além das crianças, dos adolescentes e dos jovens atualmente não possuírem o espaço da rua para desenvolver a socialização, também não possuem um rol de convivência familiar que lhes permita estabelecer maiores relações com o diferente (em idade, gênero, classe social, étnica, geracional e outros). (GARCIA, 2003, p.126-127, apud GOMES, 2006, p.20)
A mídia em geral ocupou um papel destruidor na atualidade, interferindo no espaço e tempo que antes eram direcionados as brincadeiras. Ao movimentar o corpo e buscar diferentes soluções durante as atividades lúdicas, a criança inventa brincadeiras e estratégias, constituindo seus pensamentos e imaginações. Com as atividades lúdicas é possível canalizar as energias da criança, ajuda lá a vencer dificuldades, modificando sua realidade e propiciando condições de liberação de fantasias sendo grande fonte de prazer. 
 As atividades lúdicas possibilitam à incorporação de valores, desenvolvimento cultural e assimilação de novos conhecimentos e criatividade.
Desta forma a criança encontra o equilíbrio entre o imaginário e o real e tendo a possibilidade de se desenvolver de maneira prazerosa. O lúdico na sala de aula transforma o espaço o deixando ilimitado para o conhecimento vivencial, sendo o sujeito da construção de sua identidade, buscando uma firmação social, dando continuidade nas suas ações e atitudes, possibilitando o despertar para aprender.
Nas diferentes possibilidades e causas das dificuldades escolares, o lúdico é de grande importância como estratégia de superação das dificuldades de aprendizagem.
2 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para que a etapa de construção do conhecimento ocorra, é importante a estimulação através dos jogos e brincadeiras, pois a criança sente prazer em brincar. Por meio deles a criança passa a conhecer a si mesma e os papéis de outras pessoas na sociedade. Os jogos e brincadeiras realmente contribuem para a construção da inteligência, desde que sejam usados em atividade lúdica prazerosa e com questionamentos do professor, respeitando as etapas de desenvolvimento intelectual da criança. É possível sentir os benefícios de uma infância bem vivida em termos lúdicos ao longo da vida do indivíduo.
Este trabalho buscou entender os aspectos favoráveis que o ensino auxiliado pelo lúdico pode proporcionar às crianças. Verificando a importância do seu aprendizado e sua contribuição na socialização das crianças, percebendo as formas de interação desta com os demais eixos do trabalho pedagógico.
O lúdico deve ser trabalhado com brincadeiras, jogos e canções, estando presente na rotina do educador e acompanhada pelas crianças de forma criativa.
Percebe-se que a utilização do lúdico está atrelada a memorização de conteúdos, transmitir conceitos e intervalos, fugindo da proposta apresentada pelos Referenciais Curriculares Nacionais para Educação Infantil. 
Assim podemos salientar que cabe ao profissional da psicopedagogia um olhar diferenciado e extremamente atento ás possibilidades que estão sendo lhe mostradas através dos métodos citados, visando exemplificar e contribuir com o processo de aprendizado.
REFERÊNCIAS
BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil: conhecimento de mundo. Brasília: MEC/SEF, v. 3, 1998.
BRASIL, Ministério da educação e do desporto. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei n 9.394/96, de 20 de dezembro de 1996.
BROUGÉRE, Gilles. Brinquedo e Cultura. Revisão Técnica e Versão Brasileira adaptada por Wajskop, Gisela- São Paulo: Cortez, 1995. Coleção questões da nossa época.
CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino. Metodologia Científica. 6ª ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Mini Aurélio: o dicionário da língua portuguesa. 8ª. ed. Curitiba: Positivo, 2010. p. 523.
GARCIA apud GOMES. Brincar: uma história de ontem e hoje. Campinas:. 2006.
GRASSI, Tânia Maria. Oficinas psicopedagógicas. 2ª ed. Curitiba: IBPEX, 2008.p.33, 70.
KISHIMOTO, Tizuko Morchida. Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. 7ª ed. São Paulo: Cortez, 2003.
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia científica. 5ª ed. São Paulo: Atlas, 2003. 
MALUF, Ângela Cristina Munhoz. Brincar: prazer e Aprendizado. 5. ed. Petrópolis: Vozes, 2007.
MOYLES, Janet R. Só brincar? Porto Alegre: Artmed, 2006.
PIAGET, Jean. A formação do símbolo na criança. 3ª ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.
 ________.Seis estudos de psicologia. Rio de Janeiro: Forense-Universitária, 1973.
PILLETI, Nelson. Psicologia educacional. 5ª ed. São Paulo: Ática, 1987. 
SAMPAIO, Simaia. MANUAL PRÁTICO DO DIAGNÓSTICO PSICIOPEDAGÓGICO. 3ª ed. Rio de Janeiro: Wak, 2012.
TOLEDO, Cristina. O brincar e a constituição de identidades e diferenças na escola. In: Garcia, Regina Leite (Coord.). Anais. II Congresso Internacional – Cotidiano: diálogos sobre diálogos. Grupo Alfa . Rio de Janeiro, 2008.
____________. O brincar como um modo de ser e estar no mundo. In: Brasil MEC/ SEB. Ensino fundamental de nove anos: orientações para a inclusão da criança de seis anos de idade/ organização Janete Beauchamp, Sandra Denise papel, Aricélia Ribeiro do Nascimento. _ Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2007. p. 35.
VYGOTSKY, Lev. O desenvolvimento psicológico na infância. São Paulo: Martins Fontes, 1998. 
WAJSKOP, Gisela. Brincar na pré-escola. 7ª. ed. São Paulo: Cortez, 2007.
WEISS, Maria Lúcia. PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA, uma visão diagnóstica dos problemas de aprendizagem escolar. 13ª ed. Rio de Janeiro: Lamparina, 2010. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069.htm acessado em 09/04/2017.
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