Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
HISTÓRIA, CONCEITOS e APLICAÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA CONCEITOS A palavra “epidemiologia” deriva do grego (epi = sobre; demos =população, povo; logos = estudo). Portanto, em sua etimologia, significa “estudo do que ocorre em uma população”. Para a Associação Internacional de Epidemiologia, criada em 1954, a Epidemiologia tem como objeto o “estudo de fatores que determinam a frequência e a distribuição das doenças nas coletividades humanas”. Conceitos de epidemiologia: ROUQUAYROL, 1994 - é a ciência que estuda o processo saúde-doença em coletividades humanas, analisando a distribuição e os fatores determinantes das enfermidades, danos à saúde e eventos associados à saúde coletiva, propondo medidas específicas de prevenção, controle, ou erradicação de doenças, e fornecendo indicadores que sirvam de suporte ao planejamento, administração e avaliação das ações de saúde. LILIENFELD, 1994 - estudo dos padrões de ocorrências de doenças nas populações humanas e dos fatores que influenciam estes padrões. LAST, 1995 - estudo da distribuição e dos determinantes de estados ou eventos relacionados à saúde em determinadas populações e a aplicação deste estudo no controle de problemas de saúde. MACMAHON & PUGH, 1970 - a epidemiologia é o estudo da distribuição e dos determinantes da freqüência de doenças no homem. FORATTINI, 1992 - é o ramo do estudo científico que tem por objeto os eventos concernentes à saúde e à qualidade de vida na comunidade antrópica, em seus aspectos causais, condições determinantes e de distribuição, objetivando aplicar os conhecimentos auferidos para a solução dos problemas a ela relacionados. PEREIRA, 1995 - ramo das ciências da saúde que estuda, na população, a ocorrência, a distribuição e os fatores determinantes dos eventos relacionados com a saúde. Podemos considerar que a Epidemiologia é o estudo da frequência e distribuição dos eventos de saúde e dos seus determinantes nas populações humanas, e a aplicação deste estudo na prevenção e controle dos problemas de saúde. Epidemiologia é a ciência básica da saúde pública. É uma disciplina altamente quantitativa baseada em princípios de estatística e metodologia de pesquisa. Uma das características distintivas mais importantes de epidemiologia é que trata de grupos de pessoas em lugar de pacientes individuais. HISTÓRICO Civilizações antigas: explicavam os acontecimentos sob o ponto de vista do pensamento mágico e sobrenatural. HIPÓCRATES (A.C.) - Ares, águas e lugares - fatores ambientais influenciam a ocorrência de doenças. Identificava a influência, na saúde, da localização geográfica e dos elementos físicos - clima, água, solo/vegetação. Ressaltava a importância de se conhecer as peculiaridades de cada lugar, para se fazer uma investigação das doenças. Destacava a importância de se conhecer os ventos e as temperaturas atmosféricas, bem como observar a sazonalidade. John Graunt em 1662: foi pioneiro na utilização de coeficientes. tabelas mortuárias de Londres, proporção de crianças que morriam antes dos 6 anos de idade. Revolução Industrial (fim do séc. XVIII e início do séc. XIX): Crescimento das cidades; Deterioração das condições de vida; A maioria da população – ambientes insalubres (pútridos); Os movimentos sociais e revolucionários buscavam soluções para a crise, e nesse contexto os estudos sobre as condições de saúde se intensificam. Villermé (1782-1863) investigou a pobreza, as condições de trabalho e suas repercussões sobre a saúde, foi um dos pioneiros nos estudos sobre a etiologia social das doenças. Pierre Louis (1787-1872) utilizou o método estatístico na investigação clínica de doenças e tratamentos, analisou a letalidade da pneumonia. Willian Farr ( 1807-1883) Trabalhou no Registro Geral inglês, seus relatórios permitiram verificar as desigualdades, regionais e sociais nos perfis de saúde. No séc. XIX, a teoria miasmática era o paradigma dominante entre os estudiosos das condições de saúde. as doenças provinham de emanações resultantes do acúmulo de dejetos. John Snow: estudos sobre cólera em Londres (1848/49 a 1853) Somente no século XIX que a distribuição das doenças em grupos humanos específicos passou a ser medida em larga escala. Isso determinou não somente o início formal da epidemiologia como também as suas mais espetaculares descobertas. Os achados de John Snow (1854), de que o risco de contrair cólera em Londres estava relacionado ao consumo de água proveniente de uma determinada companhia, proporcionaram uma das mais espetaculares conquistas da epidemiologia em. Os estudos epidemiológicos de Snow foram apenas um dos aspectos de uma série abrangente de investigações que incluiu o exame de processos físicos, químicos, biológicos, sociológicos e políticos. John Snow identificou o local de moradia de cada pessoa que morreu por cólera em Londres entre 1848-49 e 1853-54 e notou uma evidente associação entre a origem da água utilizada para beber e as mortes ocorridas. A partir disso, Snow comparou o número de óbitos por cólera em áreas abastecidas por diferentes companhias e verificou que a taxa de mortes foi mais alta entre as pessoas que consumiam água fornecida pela companhia Southwark. Baseado nessa sua investigação, Snow construiu a teoria sobre a transmissão das doenças infecciosas em geral e sugeriu que a cólera era disseminada através da água contaminada. Dessa forma, foi capaz de propor melhorias no suprimento de água, mesmo antes da descoberta do micro-organismo causador da cólera; além disso, sua pesquisa teve impacto direto sobre as políticas públicas de saúde. O trabalho de Snow relembra que medidas de saúde pública, tais como melhorias no abastecimento de água e saneamento, têm trazido enormes contribuições para a saúde das populações. Ficou ainda demonstrado que, desde 1850, estudos epidemiológicos têm identificado medidas apropriadas a serem adotadas em saúde pública. Entretanto, epidemias de cólera são ainda frequentes nas populações pobres, especialmente em países em desenvolvimento. Em 2006, houve em Angola 40 mil casos de cólera com 1.600 óbitos, enquanto no Sudão foram 13.852 casos e 516 mortes, somente nos primeiros meses do mesmo ano. A abordagem epidemiológica que compara os coeficientes (ou taxas) de doenças em subgrupos populacionais tornou-se uma prática comum no final do século XIX e início do século XX. A sua aplicação foi inicialmente feita visando o controle de doenças transmissíveis e, posteriormente, no estudo das relações entre condições ou agentes ambientais e doenças específicas. Na segunda metade do século XX, esses métodos foram aplicados para doenças crônicas não transmissíveis tais como doença cardíaca e câncer, sobretudo nos países industrializados. Louis Pasteur, 1888: unicausalidade - contágio de germes. Descoberta do micróbio – Demonstra que “agentes etiológicos específicos (microscópicos) eram a causa de doenças específicas”; desvia a atenção de todo o conhecimento epidemiológico até então acumulado sobre a determinação social da doença. predomínio de visão infecciosa e do tratamento com antibióticos. A epidemiologia atual é uma disciplina relativamente nova e usa métodos quantitativos para estudar a ocorrência de doenças nas populações humanas e para definir estratégias de prevenção e controle. O enfoque de multicausalidade da doença começa a surgir com os estudos de FRAMINGHAM E DOLL & HILL. Estudo de Framingham - multicausalidade (Massachusetts, 1948): uma das primeiras coortes onde demostrou-se fatores de risco para a doença cardíaca e cerebrovascular. A cidade foi selecionada pelo governo americano para ser o local de um estudo cardiovascular. Foram inicialmente recrutados 5.209 residentes saudáveis entre 30-60 anos de idade para uma avaliação clínica e laboratorial extensiva. Entre 2 a 4 anos, esta população (atualmente as gerações descendentes) é reavaliada e acompanhada em relação ao desenvolvimento de doença cardíaca. 1971 – filhos; 2002 - netos Estudo de Doll, Hill (dec. 1950) – Estudo de coorte - relação entre hábito de fumarX câncer pulmão – tornou claro a questão da multicausalidade; Por volta de 1950, Richard Doll e Andrew Hill estudaram a relação entre hábito de fumar e a ocorrência de câncer de pulmão entre médicos britânicos. Esse trabalho foi precedido de estudos experimentais sobre o poder carcinogênico do tabaco e por observações clínicas relacionando o hábito de fumar e outros possíveis fatores ao câncer de pulmão. Estudando coortes com longos períodos de acompanhamento, eles foram capazes de demonstrar a associação entre o hábito de fumar e o câncer de pulmão. A coorte de médicos britânicos demonstrou ainda uma redução progressiva na taxa de mortalidade entre indivíduos não fumantes nas décadas subsequentes. Médicos fumantes que nasceram entre 1900-1930 morreram, em média, dez anos mais jovens que os médicos não fumantes. Os efeitos nocivos do tabagismo estão bem definidos, mas para a maioria das doenças diversos fatores podem contribuir para sua ocorrência. Alguns desses fatores são essenciais para o desenvolvimento de certas doenças, enquanto outros somente aumentam o risco de desenvolvê-las. Por essa razão, novos métodos epidemiológicos são necessários para analisar essa relação. Em países pobres, nos quais HIV/ AIDS, tuberculose e malária são causas comuns de morte, a epidemiologia das doenças transmissíveis tem sido de fundamental importância. Esse ramo da epidemiologia tem se tornado importante em todos os países em virtude do surgimento de novas doenças transmissíveis, tais como a síndrome da angústia respiratória aguda (SARA), encefalopatia espongiforme bovina e a pandemia de influenza. APLICAÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA Nos últimos 50 anos, a epidemiologia tem se desenvolvido consideravelmente e, hoje, o seu maior desafio é explorar os determinantes de saúde e de doença, a maioria deles localizados fora do setor saúde. Tanto os métodos da epidemiologia descritiva, como da analítica, podem ser utilizados em situações diversas e, a Organização Panamericana da Saúde destaca quatro grande campos de possibilidade de utilização da epidemiologia nos serviços de saúde 1. na busca de explicações (causas ou fatores de risco) para a ocorrência de doenças, com utilização predominante dos métodos da epidemiologia analítica; 2. nos estudos da situação de saúde (que doenças ocorrem mais na comunidade? Há grupos mais suscetíveis? Há relação com o nível social dessas pessoas? A doença ou agravo ocorre mais em determinado período do dia, ano?); 3. na avaliação de tecnologias, programas ou serviços (houve redução dos casos de doença ou agravo após introdução de um programa? A estratégia de determinado serviço é mais eficaz do que a de outro? A tecnologia “A” fornece mais benefícios do que a tecnologia “B”?); 4. na vigilância epidemiológica (que informação devemos coletar, observar? Que atitudes tomar para prevenir, controlar ou erradicar a doença?). Exercício 1: Selecione a alternativa que não está de acordo com os estudos da epidemiologia: A) A epidemiologia é útil, também, no estudo de caso de doenças raras. B) As amostras populacionais não são representativas C) Aponta indicadores para a pesquisa microbiológica D) Uso como base de estudos do IBGE E) Interfere na recuperação dos problemas ambientais. O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B) Comentários: E) A epidemiologia atual é uma disciplina relativamente nova e usa métodos quantitativos para estudar a ocorrência de doenças nas populações humanas e para definir estratégias de prevenção e controle D) A epidemiologia atual é uma disciplina relativamente nova e usa métodos quantitativos para estudar a ocorrência de doenças nas populações humanas e para definir estratégias de prevenção e controle B) A epidemiologia atual é uma disciplina relativamente nova e usa métodos quantitativos para estudar a ocorrência de doenças nas populações humanas e para definir estratégias de prevenção e controle Exercício 2: Sobre a epidemiologia descritiva é certo afirmar que: A) É o estudo do processo saúde-doença na fase pré-patogênese e a epidemiologia analítica estuda a fase de patogênese da história natural de uma doença; B) Tem como objetivo propor métodos de prevenção primária a epidemiologia analítica propor métodos de prevenção secundária; C) Estuda doenças causadas por um único fator e a epidemiologia analítica estuda doenças causadas por vários fatores; D) Tem como objetivo a analisar doenças que ocorreram no passado e, a epidemiologia analítica, as doenças atuais. E) Estuda a distribuição de uma doença e a epidemiologia analítica tem como objetivo investigar os determinantes de uma doença; O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E) Comentários: D) Descrição do estado atual, descrição de tendência histórica, distribuição da frequência da doença e agravos, detalhamento do perfil epidemiológico da população E) Descrição do estado atual, descrição de tendência histórica, distribuição da frequência da doença e agravos, detalhamento do perfil epidemiológico da população Exercício 3: A medicina, durante séculos, acreditou que as doenças eram causadas por fatores do meio ambiente — como clima, sujeira, miasmas —, por geração espontânea e (ou) por influências negativas oriundas do contato com outras pessoas. Com as descobertas de Pasteur, instalaram-se a causalidade microbiana, a medicina científica e a racionalidade médica que predominaram durante a era científica no mundo ocidental, até o século passado. Muitos autores apontam a aproximação entre a concepção de saúde que, atualmente, norteia os programas de atenção à saúde e aquelas antigas teorias sobre a doença. Considerando o assunto abordado no texto acima, julgue os itens que se seguem. Para cada item faça uma avaliação, escreva se concorda ou não com a afirmação e justifique suas respostas. I. A causa única da tuberculose é o bacilo de Koch. II. A poluição ambiental e a fome são duas importantes causas de doença no mundo. III. O contato social, incluindo o familiar, e as relações afetivas podem causar graves doenças. IV. A doença tem causalidade múltipla em que interferem fatores ambientais, biológicos, psíquicos e sociais. Estão corretos somente os itens: (Marque apenas uma alternativa) A) ( ) I e III B) ( ) II, III e IV C) ( ) I, II e III D) ( ) I, II e IV E) ( ) II e IV O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B) Comentários: B) Os países mais precários tem maior facilidade no desenvolvimento de doenças. Exercício 4: A sociedade contemporânea tem testemunhado, nos últimos anos, o surgimento de novas doenças (emergentes), como a AIDS e febres hemorrágicas que são devastadoras e letais, bem como o reaparecimento de outras (reemergentes), como sarampo, tuberculose, cólera e dengue, até recentemente consideradas controladas. Sabendo-se que estes tipos de doenças representam um problema de saúde pública no mundo todo, especialmente nos países em desenvolvimento, a comunidade científica vem externando sua preocupação e buscando programas de controle mais eficientes. É correto afirmar que, dentre os fatores que contribuem para novos surtos de doenças reemergentes, estão: ( ) Condições inadequadas de saneamento básico. ( ) Melhor compreensão da evolução da virulência dos patógenos reemergentes. ( ) Campanhas de vacinação. ( ) Desequilíbrio ecológico resultante do desmatamento. ( ) Declínio nos padrões de qualidade de vida das populações. A) F F V V V B) V V F V V C) V F F V V D) V V F F V E) F V V V F O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C) Comentários: C) Aumento no número de infecções em ambientes que são inadequados de saneamento básico, doenças que estavam controladas e voltaram a aparecer . A degradação ambiental aparece enfermidades. A qualidade de vida é muito importante para a pulação Exercício 5: Causalidade multifatorial para um evento em doença é: A) Indivíduos expostos ao risco da doença B) tudoque antecede o estudo da vigilância epidemiológica C) fatores ambientais que causam doenças D) agentes patogênicos associados aos sintomas da doença E) conjunto de fatores de risco que causam a doença ao mesmo tempo O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E) Comentários: E) Fatores que causam com os efeitos que elas produzem Exercício 6: Com relação às doenças infecciosas no Brasil: A) As doenças infecciosas permanecem como as principais causas de morte atualmente. B) A tuberculose tem apresentado um declínio desde o início do século podendo ser considerada uma doença controlada. C) O número de doentes com hanseníase é um dos mais altos do mundo D) A AIDS é uma doença viral que atualmente afeta principalmente os homossexuais do sexo masculino E) Apesar das medidas de controle implementadas, a malária mantém algumas centenas de casos notificados anualmente. O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C) Comentários: C) A hanseníase é mais comum em países precários com má higienização, e pessoas que tem contato com animais doentes. Exercício 7: Sobre as doenças crônicas não transmissíveis no Brasil A) Apesar do conhecimento sobre os fatores de risco ser atualmente maior, o câncer permanece uma doença incurável. B) No início do século, as principais doenças cardíacas eram de origem infecciosa C) O envelhecimento populacional é a principal causa do aumento do câncer de mama na atualidade D) As pessoas com o maior risco de sofrer um infarto do miocárdio pertencem às camadas da população de maior renda, como os executivos. E) A redução da mortalidade por infarto do miocárdio entre 1970 e 1992 pode ser explicada pela diminuição do envelhecimento populacional no período. O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B) Comentários: B) Algumas doenças crônicas podem ser evitadas com medidas de prevenção, exemplo as cardíacas. Exercício 8: Com relação ao quadro sanitário geral no Brasil A) As doenças nutricionais são decorrentes da carência da ingestão e se classificam segundo o grau da desnutrição. B) As Doenças crônicas não transmissíveis vem apresentando uma queda desde o início do século. C) O quadro sanitário atual é um agregado de problemas que inclui doenças infecciosas, crônicas não transmissíveis, decorrentes de problemas nutricionais, da poluição atmosférica e da violência, bastando para o seu enfrentamento as ações adequadas de promoção e prevenção em saúde. D) Devido ao envelhecimento populacional a taxa de mortalidade geral de hoje supera aquela do início do século. E) As principais doenças profissionais e acidentes de trabalho que acometem os trabalhadores no Brasil diferem se estes trabalhadores são do meio urbano ou rural. O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E) Comentários: E) As doenças e acidentes de trabalho são diferentes no âmbito rural e urbano, pois no meio rural há necessidade de trabalho manuais e maquinário que no urbano não necessita. Exercício 9: A epidemiologia é uma ciência que busca identificar a etiologia das doenças. Em 1985, Hill propôs nove critérios de causalidade para distinguir uma associação causal de outra não- causal. Entre os critérios propostos por Hill, qual deles é indispensável para se afirmar a causalidade de uma doença em estudo? A) Plausibilidade biológica B) Força da associação C) Temporalidade D) Evidência experimental E) Sensibilidade O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C) Comentários: C) A temporalidade – a causa deve ser necessariamente preceder o efeito. Os estudos transversais e retrospectivos muitas vezes carecem dessa evidência , dificultando uma atribuição de causalidade Exercício 10: No informe Epidemiológico do SUS, o epidemiologista Maurício Lima Barreto afirmou que "a investigação epidemiológica, ao mover-se entre as sociedades (epidemiologia social) e as moléculas (epidemiologia molecular), se por um lado, demonstra a amplitude da tarefa do epidemiologista, demonstra também ser uma das disciplinas mais bem preparadas para compreender o ser humano em suas múltiplas dimensões". (2001; 9:168). Tal afirmação, produziu reflexões e problematizações de Maria Cecília de Sousa Minayo quanto a epidemiologia, as Ciências Sociais e Ciências Humanas no campo da saúde coletiva. Nesta perspectiva é INCORRETO afirmar: A) A revisão da ideia da Epidemiologia como uma disciplina suficiente para compreender "o ser humano em suas múltiplas dimensões". B) A necessidade do diálogo interdisciplinar. C) O papel das ciências sociais e das ciências humanas, enquanto possibilidade do social e da subjetividade serem investigadas por teorias específicas e subsumidas às análises epidemiológicas, seja do ponto de vista molecular, clínico ou populacional. D) As ciências sociais cabem problematizar os conceitos tidos como verdades inquestionáveis, desnaturalizar os indicadores, evidenciar os reducionismos. E) As reflexões e práticas no campo da saúde coletiva e a epidemiologia são debates desnecessários para pensar a situação da saúde no Brasil. O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E) Comentários: E) O Brasil não precisa de debates precisa que seja feito alguma coisa, ele precisa é de atitude Exercício 11: Pode-se definir epidemiologia como: A) O estudo das epidemias B) Análise numérica das doenças C) O estudo da distribuição e das causas da distribuição das enfermidades D) A análise temporal de enfermidades E) A história natural das enfermidades O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C) Comentários: C) Estudo da frequência e distribuição dos eventos de saúde e dos seus determinantes na população humana, e a aplicação deste estudo na prevenção e controle dos problemas de saúde
Compartilhar