Constructos Pessoais de George Kelly

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CONSTRUCTOS PESSOAIS 
 
 
∙ INTRODUÇÃO 
Kelly apresenta a teoria dos constructos como alternativa às duas principais abordagens que 
estavam em vigor nos anos 50, a psicanálise e o behaviorismo. 
Tradicionalmente a pesquisa psicológica considera todas as pessoas que observa como objeto 
de estudo porem, Kelly afirmava que precisamos mudar a forma como vemos a ciência quando 
aplicada em humanos. 
Sua teoria tenta entender como cada indivíduo enxerga o mundo e busca compreender as 
pessoas em seus próprios termos em vez de usar conceitos complexos da psicologia. 
Ele afirmava que as pessoas nunca conhecem o mundo diretamente, mas sim através da 
imagem que criam dele e de seu entendimento das coisas, desenvolvendo assim seus 
constructos pessoais. 
 
∙ OS CONSTRUCTOS 
São representações mentais que usamos para interpretar eventos e dar significado aos 
acontecimentos, são baseados em nossas experiências e observações. 
O conjunto de constructos pessoais de cada pessoa está em desenvolvimento desde que 
nascemos e ao longo da vida realizamos "experimentos" que testam nossas crenças, percepções 
e interpretações. 
Se essas experiências funcionarem, nossas crenças atuais são fortalecidas e quando isso não 
acontece mudamos nosso ponto de vista. 
As crenças são usadas para prever e antecipar eventos e assim determinam nossos 
comportamentos, pensamentos e emoções. 
 
∙ COMO USAMOS OS CONSTRUCTOS 
Kelly afirma que o processo de usar os constructos é semelhante à forma como um cientista usa 
uma teoria e por isso considerava os humanos como cientistas que constroem e modificam seus 
conhecimentos de acordo com suas experiências. 
O processo de usar os constructos pode ser divididos em algumas etapas: 
1 Primeiro começamos com uma hipótese sobre uma situação e porque ela ocorre. 
2 Depois testamos aplicando o constructo e tentando prever o resultado que achamos 
que ocorrera. 
3 Se formos bem sucedidos entendemos que o constructo é útil nessa situação e o 
conservamos para o futuro. 
4 Porém, quando nossas previsões não se realizam temos três caminhos: 
Reconsiderar quando e como aplicarmos o constructo. 
Alterar sua construção 
Abandona-lo completamento.