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trabalho direito civil (1)

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CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DO NORTE GOIANO
FACULDADE DO NORTE GOIANO (FNG)
CURSO DE DIREITO
FERNANDA PAULA RODRIGUES DE OLIVEIRA E IZADORA MARIA VIEIRA DE BRITO
PORANGATU/GO
2019
NOME: FERNANDA P. RODRIGUES DE OLIVEIRA E IZADORA MARIA VIEIRA DE BRITO.
BENS JURÍDICOS.
Trabalho apresentado à disciplina de Direito civil do curso de Direito da Faculdade do Norte Goiano (FNG), como requisito parcial para a obtenção de nota, sob a orientação do professor Murillo Henrique Braz Jardim.
PORANGATU/GO
2019
SUMÁRIO.
INTRODUÇÃO.
DESENVOLVIMENTO.
METODOLOGIA.
1- CONCEITO;
2- BEM COMO OBJETO DE RELAÇÕES JURÍDICAS;
3- BEM X COISA;
4- CLASSIFICAÇÃO DOS BENS JURÍDICOS;
4.1- BENS CONSIDERADOS EM SI MESMOS;
4.2- BENS RECIPROCAMENTE CONSIDERADOS;
4.2.1- BEM PRINCIPAL E BEM ACESSÓRIO;
4.3- BENS PÚBLICOS E PARTICULARES;
CONSIDERAÇÕES FINAIS.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
INTRODUÇÃO 
 A compreensão do conceito de bens jurídicos é fundamental para o domínio do Direito Civil. Afinal, a Parte Geral do Código Civil de 2002 trata das pessoas (como sujeito de direitos), bens jurídicos (como objetos das relações jurídicas) e dos fatos jurídicos (que criam, modificam e extinguem direitos). Observado sob esse prisma, os bens jurídicos compõem o tripé da Parte Geral do Código Civil. Uma das formas mais eficientes que compreender a temática dos bens jurídicos é dominar as suas diferentes classificações, com a exata noção das implicações de cada categorização. 
DESENVOLVIMENTO.
Apesar de a doutrina apresentar diversas categorizações para os bens jurídicos, é possível reunir as principais classes de bens, algumas delas previstas no próprio Código Civil. São elas: bens móveis e imóveis, bens fungíveis e infungíveis, bens consumíveis e inconsumíveis, bens divisíveis e indivisíveis, bens principais e acessórios, e bens públicos. 
1. CONCEITO:
São bens jurídicos os de natureza patrimonial, isto é, tudo aquilo que se possa incorporar ao nosso patrimônio é um bem: uma casa, um carro, uma roupa, um livro, ou um CD. Além disso, há uma classe de bens jurídicos não-patrimoniais. Não são economicamente estimáveis, como também insuscetíveis de valoração pecuniária: a vida e a honra são exemplos fáceis de se compreender.
Os bens podem ser classificados em: móveis e imóveis, corpóreos e incorpóreos, fungíveis e infungíveis, consumíveis e inconsumíveis, divisíveis e indivisíveis, singulares e coletivos, comercializáveis ou fora do comércio, principais e acessórios, e públicos ou particulares. Nosso artigo tratará de algumas das espécies ora classificadas.
2 .BEM COMO OBJETO DE RELAÇÕES JURÍDICAS:
O significado do termo "bem" e suas abrangências é alvo de constantes discussões nas doutrinas do mundo jurídico. Alguns autores se limitam a definir como bem um conjunto de anseios e desejos materiais ou não, que sejam de interesse da pessoa humana (BEVILÁQUA). Para o direito o conceito de bem adquire a característica de ser toda a utilidade física ou ideal, que seja objeto de um direito subjetivo, dessa forma todo bem material é um bem jurídico, mas nem todo bem jurídico é um bem material. 
3. BEM X COISA:
O significado do termo "bem" e suas abrangências é alvo de constantes discussões nas doutrinas do mundo jurídico. Alguns autores se limitam a definir como de um conjunto de anseios e desejos materiais ou não, que sejam de interesse da pessoa humana (BEVILÁQUA). Para o direito o conceito de bem adquire a característica de ser toda a utilidade física ou ideal, que seja objeto de um direito subjetivo, dessa forma todo bem material é um bem jurídico, mas nem todo bem jurídico é um bem material. 
4. CLASSIFICAÇÃO DOS BENS JURÍDICOS:
Os bens jurídicos são divididos atualmente em nosso código civil como: Bens considerados em si mesmos, Bens reciprocamente considerados e Bens públicos e particulares. 
4.1 BENS CONSIDERADOS EM SI MESMOS;
A- BENS IMÓVEIS E MÓVEIS;
O bens imóveis - Consideram-se imóveis para os efeitos legais: os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram, como também o direito à sucessão aberta. Assim, não perdem o caráter de imóveis: as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local; os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem, já os bens móveis - São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social, sendo assim considerados para os efeitos legais: as energias que tenham valor econômico; os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes; os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.
B- BENS FUNGÍVEIS E INFUNGÍVEIS;
Bens fungíveis são aqueles que podem ser substituídos por outros do mesmo gênero, qualidade e quantidade, tais como cereais, peças de máquinas, gado etc, já os bens infungíveis são aqueles corpos certos, que não admitem substituição por outros do mesmo gênero, quantidade e qualidade, como um quadro de Portinari, uma escultura ou qualquer outra obra de arte. O Código Civil de 1916, no art. 50, dispunha: "São fungíveis os móveis que podem, e não fungíveis os que não podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade." O atual Código mantém a mesma redação (art. 85).A fungibilidade ou infungibilidade é conceito próprio das coisas móveis. Os imóveis, mormente aqueles que o são por sua natureza, são sempre infungíveis, embora existam autores com opiniões contrárias.
C- BENS CONSUMÍVEIS E INCONSUMÍVEIS;
De acordo com o art. 86, "são consumíveis os bens móveis, cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo também considerados tais os destinados à alienação" (antigo, art. 51). A característica da consuntibilidade pode ser de fato, como os alimentos, ou de direito, como o dinheiro. São inconsumíveis os bens que admitem uso reiterado, sem destruição de sua substância. Tal qualidade deve ser entendida no sentido econômico e não no sentido vulgar, pois tudo que existe na face da terra inexoravelmente será consumido, ou ao menos deixará de ser o que é, para ser transformado. Algo que normalmente é inconsumível, isto é, permite reiterado uso, como um livro, por exemplo, pode ser considerado consumível se estiver nas prateleiras de uma livraria, pronto para ser alienado, amoldando-se à dicção legal do art. 86.Não podemos confundir a noção de coisas consumíveis com a de coisas fungíveis: em regra, coisa fungível é sempre consumível, mas pode acontecer que coisa infungível seja consumível. É o exemplo do vinho raro que mencionamos na seção 15.4. O vinho é essencialmente consumível, mas pode ser infungível. Do mesmo modo, coisa fungível pode não ser consumível, como, por exemplo, um automóvel de série de uma fábrica ou os livros de uma livraria destinados à venda. 
D- BENS DIVISÍVEIS E INDIVISÍVEIS;
De acordo com o art. 87 do atual diploma, "bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração, na sua substância, diminuição considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam". Complementa a noção o artigo seguinte, ao dizer que "os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por vontade das partes". Embora a compreensão seja a mesma, as novas dicções atualizam os conceitos dos arts. 52 e 53 do velho Código.
Conforme o art. 52 do Código de 1916, "coisas divisíveis são as que se podem partir em porções reais e distintas, formando cada qual um todo perfeito", enquanto estipulava o art. 53:
"São indivisíveis:
I - os bens que se não podem partir sem alteração na sua substância;
II - os que, embora naturalmente divisíveis, se consideram indivisíveis por lei, ou vontade das partes."
Nos bens divisíveis, cada segmento repartido mantém as mesmas qualidades do todo. O bem indivisível não admite fracionamento. Aqui, também, devemos entender a noção com temperamentos. Assim é que para um diamante, por exemplo,dependendo de sua qualidade e pureza, seu fracionamento fará com que haja perda de valor. Deve ser considerada a indivisibilidade material ou física e a intelectual ou jurídica, ambas decorrentes da lei, ou da vontade das partes. Normalmente, um imóvel não construído é divisível, porém as leis de zoneamento proíbem construções abaixo de determinada metragem. O imóvel rural, por disposição de lei (Estatuto da Terra), não é divisível em áreas de dimensão inferior à constitutiva do módulo rural, dimensão mínima que o legislador entendeu como produtiva. Há obrigações divisíveis e outras indivisíveis, de acordo com sua natureza ou com a vontade das partes. Há direitos que são sempre indivisíveis, como as servidões e a hipoteca.
Os bens indivisíveis podem ser:
Indivisíveis por natureza:
-Os bens indivisíveis por natureza são os que se não podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição considerável de valor ou prejuízo do uso a que se destinam. São exemplos de bens indivisíveis por natureza, um computador, uma mesa, um automóvel, etc. 
 A indivisibilidade, nesse caso, é física ou material.
Indivisíveis por determinação legal:
-Os bens indivisíveis por determinação legal são aqueles que a lei não admite divisão (ex.: as servidões, as hipotecas, etc.). A indivisibilidade, nessa hipótese, é jurídica.
 Indivisíveis por vontade das partes:
 -Os bens indivisíveis por vontade das partes são os transformados em indivisíveis por convenção das partes. Nesse caso, a indivisibilidade é convencional e o acordo tornará a coisa indivisa.
E- BENS SINGULARES E COLETIVOS;
 Disciplinava o art. 54 do Código de 1916: "As coisas simples ou compostas, materiais ou imateriais, são singulares ou coletivas:
I- singulares, quando, embora reunidas, se consideram de per si, independentemente das demais;
II - coletivas, ou universais, quando se encaram agregadas em todo."
As coisas singulares podem ser simples e compostas. Singulares simples são as coisas constituídas de um todo formado naturalmente ou em conseqüência de um ato humano, sem que as respectivas partes integrantes conservem sua condição jurídica anterior, como, por exemplo, um animal, um edifício. Singulares compostas são as coisas que se juntam, unindo diferentes objetos, corporeamente, em um só todo, sem que desapareça a condição particular de cada um. Surge aqui, mais propriamente, o conceito já visto de parte integrante, essencial e não essencial. O art. 89 do presente Código dispõe que "são singulares os bens que, embora reunidos, se consideram de per si, independentemente dos demais". Cabe, como se vê, o exame do caso concreto.
Os bens singulares são aqueles considerados em sua individualidade, representado por uma unidade autônoma. Exemplos: um boi, um carro, uma laranja etc., pois que, mesmo se reunidos a outros (boiada, estacionamento, plantação etc.) são considerados individualmente, podendo ser vendidos por unidade, e não necessariamente como um todo.
 Art. 90. Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes formada por à mesma pessoa, tenham destinação unitária.
Parágrafo único. Os bens que formam essa universalidade podem ser objeto de relações jurídicas próprias. Os bens coletivos são aqueles que, sendo compostos de vários bens singulares, acabam por formar um todo homogêneo. Exemplos: uma boiada, um estacionamento, uma pinacoteca etc., pois apesar de serem bens só têm utilidade como um todo. Que utilidade teria uma biblioteca com apenas um livro?
Entende-se como bens coletivos de fato, o conjunto de bens singulares, agrupados pela vontade da pessoa, tendo destinação comum, como um rebanho ou uma biblioteca, permitindo-se a sua desconstituição pela manifestação de vontade do seu titular.
4.2 BENS RECIPROCAMENTE CONSIDERADOS:
Classificação de bem que leva em conta o liame jurídico existente entre o bem jurídico principal e o acessório. Principal é o bem que possui autonomia estrutural, ou seja, que existe sobre si, abstrata ou concretamente. Acessório é aquele cuja existência supõe a do principal. A regra geral é que o acessório segue sempre a sorte do principal. São bens acessórios: os frutos; os produtos; os rendimentos (frutos civis); as pertenças (art. 93 do CC); as benfeitorias (arts. 96 e 97 do CC); as partes integrantes. 
4.2.1- BEM PRINCIPAL E BEM ACESSÓRIO:
A- BEM PRINCIPAL:
São os bens que tem existência própria, autônoma, que existe por si só abstrata só, abstrata ou concretamente. 
Art. 92 – CC:
“Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessório, aquele cuja existência supõe a do principal”.
São exemplos de bens principais o solo que existe por si, concretamente, sem qualquer dependência, e os contratos de locação e compra e venda.
B- BEM ACESSÓRIO:
 São aqueles cuja existência depende do principal. (GONÇALVES, 2012)
Segundo o doutrinador, Bem acessório é o que supõe, para existir juridicamente, um principal. Nos imóveis, o solo é o principal, sendo acessório tudo aquilo o que nele se incorporar permanentemente (p. ex., uma árvore plantada ou uma construção), já que é impossível separar a idéia de árvore e de construção da idéia de solo. Nos bens móveis, principal é aquele para a qual as outras se destinam, para fins de uso, enfeite ou complemento (p. ex., uma jóia — a pedra é acessório do colar). Não só os bens corpóreos comportam tal distinção; os bens incorpóreos também, pois um crédito é coisa principal, uma vez que tem autonomia e individualidade próprias, o mesmo não se dando com a cláusula penal, que se subordina a uma obrigação principal. Prevalecerá a regra “o acessório segue o principal”.
	FRUTOS;
Frutos são as utilidades que uma coisa periodicamente produz. Nascem e renascem da coisa, sem acarretar-lhe a destruição no todo ou em parte. (SILVA, 2008) São exemplos de frutos o café, cereais, frutos das árvores, leite, crias dos animais, etc.
 Segundo Silva (2008), os frutos caracterizam-se por três elementos:
i)aperiodicidade;
ii)a inalterabilidade da substância da coisa principal; 
iii)a separabilidade;
De acordo com Gonçalves (2012), os frutos dividem-se:
i) QUANTO A ORIGEM;
-FRUTOS NATURAIS;
Frutos naturaissão os que se desenvolvem e se renovam periodicamente, em virtude da força orgânica da própria natureza (ex.: frutas, leite, cria dos animais, etc.).
-FRUTOS INDUSTRIAIS;
Frutos industriais são os que aparecem pela mão do homem, isto é, os que surgem em razão da atuação do homem sobre a natureza (ex.: produção de uma fábrica).
-FRUTOS CIVIS;
Frutos civis são os rendimentos produzidos pela coisa, em virtude de sua utilização por outrem que não o proprietário (ex.: juros, aluguéis, etc.).
ii) QUANTO AO ESTADO:
-FRUTOS PENDENTES;
Frutos pendentes são àqueles que ainda estejam unidos à coisa que os produziu.
-FRUTOS PERCEBIDOS OU COLHIDOS;
Frutos percebidos ou colhidos consideram-se àqueles frutos depois de separados da coisa que os produziu. Quanto a utilização da terminologia “percebido” e “colhido”, emprega-se o termo “percebido” para os frutos civis (ex.: juros aluguéis), ao passo que se utiliza o termo “colhido” para os frutos naturais (ex.: frutas, leite, cereais). Os frutos naturais e industriais reputam-se colhidos e percebidos tão logo sejam separados, porquanto os frutos civis reputam-se percebidos dia a dia (art. 1215 – CC).
-FRUTOS ESTANTES;
Frutos estantes são os frutos separados e armazenados ou acondicionados para venda.
-FRUTOS PERCIPIENDOS;
Frutos percipiendos são os frutos que deviam ser mas não foram colhidos ou percebidos.
-FRUTOS CONSUMIDOS;
Frutos consumidos são os frutos que não existem mais porque foram utilizados.
	PRODUTOS:
Produtos são as utilidades que se retiram da coisa, diminuindo-lhe a quantidade, porque não se reproduzem periodicamente. (SILVA, 2008) São exemplos de produtos, as pedras que se extraem das pedreiras, minerais que se extraem das minas. Os produtos distinguem-se dos frutos, porque a colheita não diminui o valor e nem a substância da fonte, enquanto os produtos sim.
	RENDIMENTOS:
Observa-se que os frutos nãose restringem aos naturais e industriais, como crias e plantações, mas também civis, resultantes de relações jurídicas. São frutos civis — anteriormente denominados “rendimentos” — os juros do capital e o valor mensal do aluguel. 
	BENFEITORIAS:
Benfeitorias são obras ou despesas feitas na coisa, para o fim de conservá-la, melhorá-la ou embelezá-la. (SILVA, 2008). Portanto, são obras decorrentes da ação humana, excluindo-se da sua noção os acréscimos naturais ou cômodos, que se acrescem à coisa sem intervenção humana (art. 97 – CC).
Segundo Silva (2008), as benfeitorias podem ser necessárias, úteis e voluptuárias:
-BENFEITORIAS NECESSÁRIAS;
Benfeitorias necessárias são as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore (ex.: reparos em um automóvel). Além disso, consideram-se necessárias as benfeitorias destinadas a permitir a normal exploração econômica do bem (ex.: adubação, esgotamento de pântanos, etc.).
-BENFEITORIAS ÚTEIS;
Benfeitorias úteis são as que aumentam ou facilitam o uso do bem (ex.: aumento de área de estacionamento em um edifício).
-BENFEITORIAS VOLUPTUÁRIAS
Benfeitorias voluptuáriassão as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor (ex.: substituição de um piso comum de um edifício por mármore). A classificação das benfeitorias em necessárias, úteis ou voluptuárias não tem caráter absoluto, dependendo de análise casuística, pois uma mesma benfeitoria pode enquadrar-se em uma ou outra espécie, dependendo das circunstâncias. Assim, uma piscina pode ser considerada benfeitoria voluptuária numa casa residencial, mas útil ou necessária numa escola de natação.
4.3 BENS PÚBLICOS E PARTICULARES:
Prefere-se a expressão “bens públicos” a “domínio público”. Domínio Público reflete o exercício do direito de propriedade pelo Estado, sendo o conjunto de bens móveis e imóveis destinados ao uso direto do Poder Público ou à utilização direta ou indireta da coletividade, regulamentados pela Administração e submetidos a regime de direito público. Segundo Hely Lopes Meirelles, o domínio público, em sentido amplo, “corresponde o poder de dominação ou de regulamentação que o Poder Público exerce sobre os bens de seu patrimônio, do particular ou aos de fruição geral (res nullius). O domínio eminente é o resultado do poder político, pelo qual o Poder Público submete à sua vontade todas as coisas de seu território (manifestação da soberania interna), abrangendo todos os bens e legitimando as intervenções na propriedade, sujeito, porém, ao regime do direito administrativo (público), e não ao regime do direito civil (privado)”. De acordo com o Código Civil (artigo 98), bens públicos são aqueles pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno, quais sejam: União, Estados, DF, Municípios, Autarquias e Fundações Públicas. Possuem como características (regime jurídico) a alienabilidade condicionada, impenhorabilidade, imprescritibilidade e a não-onerabilidade. Todos os demais são bens particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem. 
Bens particulares são aqueles que pertencem exclusivamente a um dos cônjuges, em razão do seu título aquisitivo. No regime da comunhão parcial, são particulares os bens adquiridos antes e depois do casamento, por herança ou doação, bem como os adquiridos com o produto da venda de outros bens particulares. Os demais bens, adquiridos pelos cônjuges durante o tempo em que estiverem juntos, chamados de aqüestos, constituem acervo comum. São esses bens comuns que dão direito à meação, divisão em duas partes iguais na partilha, que acontece após a dissolução do casamento. As mesmas regras valem para os companheiros, pois a união estável atende ao regime da comunhão parcial de bens, salvo se houver contrato escrito dispondo de forma diversa. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS.
 
Bem jurídico é toda coisa que pode ser objeto do Direito. Bem é tudo quanto pode proporcionar ao homem qualquer satisfação. Nesse sentido se diz que a saúde é um bem, que a amizade é um bem e etc. Mas juridicamente falando, bens são os valores materiais ou imateriais que podem ser objeto de uma relação de direito. Bens são coisas úteis e de expressão econômica, suscetíveis de apropriação. Toda Relação Jurídica entre dois sujeitos tem por objeto um bem sobre o qual recaem direitos e obrigações. Para que seja objeto de uma relação jurídica é preciso que o bem tenha idoneidade para satisfazer um interesse econômico - portanto, que tenha valor econômico - e, que subordine-se juridicamente a um titular.
No direito penal, refere-se a valores específicos os quais a sociedade elegeu como de fundamental importância. Devido a essa importância, os bens jurídicos servem de base material para a tipificação de tipos penais. Exemplos: direito à vida, à liberdade, à honra, à propriedade, etc. É com base nos bens jurídicos que os crimes são elencados no Código Penal: crimes contra a vida, contra a honra, contra o patrimônio, etc.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
https://wenderson.jusbrasil.com.br/artigos/505310421/direito-civil-i-bens-juridicos 
-DINIZ, ,aria helena. Curso de Direito civil Brasileiro, volume1: Teoria Geral do Direito Civil24.ed.rev. E atual de acordo com a reforma do CPC. São Paulo: Saraiva,2007.
https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/2631/Bens
https://medium.com/anota%C3%A7%C3%B5es-de-direito/bens-reciprocamente-considerados-ab01e23e8e16 
https://www.direitonet.com.br/resumos/exibir/222/Bens-publicos 
PORANGATU/GO
2019

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