Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Manoel Moura manoelmoura7@gmail.com DIFERENTES OLHARES (FORMAS) PARA COMPREENDER E EXPLICAR A REALIDADE E O MUNDO PODEMOS OLHAR, COMPREENDER E EXPLICAR O MUNDO A NÓS MESMOS DIVERSAS PERSPECTIVAS/MANEIRAS DO SENSO COMUM (como a maioria das pessoas pensam); DA CIÊNCIA (saber sistemático pela observação, pesquisa, experimentação); DA ARTE (reflexo da cultura e da história, considerando os valores estéticos da beleza, do equilíbrio e da harmonia); DO MITO (religião); DA FILOSOFIA (investigação da dimensão essencial e ontológica do mundo real); AS COISAS ESSAS ABORDAGENS NÃO DEVEM SE EXCLUIR, MAS COEXISTIREM OU SE AJUDAR MODOS DE CONHECER O MUNDO CRITÉRIOS DE VERDADE OBJETIVAÇÃO METODOLOGIA RELAÇÃO SUJEITO-OBJETO 1. SENSO COMUM A cultura ética e moral A Tradição cultural As crenças silenciosas (Ideologias) Relação interpessoal, ideologia = ideias dominantes. 2. CIÊNCIA A experimentação Objetividade -Comprovação de uma determinada tese de modo objetivo A observação Relação “impessoal”, A isenção do cientista diante de sua pesquisa: O mito da neutralidade científica. 3. ARTE A estética Esteticismo = A subjetividade do artista e do contemplador (observador) da arte. O gosto Relação pessoal, criatividade e a percepção da realidade do autor 1. MITO/religião A Fé Dogmatismo – Doutrinamento e Proselitismo A experiência pessoal Dramatização do mito, ou seja, da liturgia religiosa 5. FILOSOFIA A razão A razãodiscursiva. /especulativa A dialética (O discurso) Palavra diz as coisas. O mundo se manifesta p/ fenômenos 1º MODO DE COMPREENDER: SENSO COMUM CONHECIMENTO HERDADO POR GRUPO SOCIAL NÃO É CONHECIMENTO INFERIOR MAS É PRECISO TRANSFORMÁ-LO EM BOM SENSO É FRAGMENTÁRIO, DIFUSO, AMETÓDICO, ASSISTEMÁTICO RETOMAR CRITICAMENTE OS SABERES E VALORES PARA ADEQUÁ-LOS OU TRANSFORMÁ-LOS A PARTIR DAS SITUAÇÕES VIVIDAS NÃO DEPENDE DA ERUDIÇÃO OU ESTUDO, MAS DA SABEDORIA QUE DÁ SENTIDO A VIDA MAS NÃO SE ENGANE: SENSO COMUM TAMBÉM É IDEOLOGIA, IMPOSIÇÃO DE INTERESSES SENSO COMUM Baseado em observações ingênuas da realidade. Confunde o real com as suas aparências Saber imediato Baseia-se numa acumulação não organizada de representações espontâneas sobre a realidade Saber Heterogêneo Baseia-se em observações espontâneas. Está contaminado por fatores culturais e psicológicos sobre o modo de ver as coisas Saber Subjetivo Baseia-se em ideias feitas e não refletidas sobre a realidade. Não procura apreender a universalidade das mesmas coisas ou situações, nem porquê das suas causas Saber não crítico LIGADO AO PROCESSO DE SOCILAIZAÇÃO 2º MODO DE COMPREENDER : A CIÊNCIA SÉCULO XVII - O MÉTODO DE GALILEU COM RECURSO DA EXPERIMENTAÇÃO E DA MATEMATIZAÇÃO ESTABELECERAM LEIS GERAIS E TEORIAS TRANSFORMOU A FÍSICA E A ASTRONOMIA VIGENTES EM CIÊNCIA MODERNA AS CONSEQUÊNCAS: TRANSFORMAÇÕES TECNOLÓGICAS. OS CIENTISTAS DELIMITARAM OS OBJETOS DE ESTUDOS E DESCOBRIRAM REGULARIDADES NOS FENÔMENOS ESSE SUCESSO PELO RIGOR E A EFICÁCIA É APENAS UMA DAS MANEIRAS DE COMPREEENSÃO DA REALIDADE. ELA REDUZ NOSSA EXPERIÊNCIA DO MUNDO, QUE SE CONSTITUI DE IMAGINAÇÃO, CRENÇAS, EMOÇÕES E AFETIVIDADE 3º MODO DE COMPREENDER: A ARTE USA RECURSOS QUE FALAM AO SENTIMENTO E A IMAGINAÇÃO COM OBJETOS CONCRETOS, O ARTISTA INTUI A REALIDADE DE MODO ORIGINAL PROVOCANDO NAQUELE QUE FRUI DA OBRA DE ARTE UMA NOVA INTERPRETAÇÃO DA EXPERIÊNCIA VIVIDA COMO O MITO, TAMBÉM ELA CONSTITUI UM ENTENDIMENTO INTUITIVO DA REALIDADE A IMAGINAÇÃO É A MEDIADORA ENTRE O VIVIDO E O PENSADO PENSAMENTO DE NATUREZA ANALÓGICA NOS AJUDA A FAZER UMA SÍNTESE CRIATIVA O MUNDO IMAGINÁRIO É PRÉ-REAL ANTECEDE O REAL, APONTANDO POSSIBILIDADES TIPO DE COMPREENSÃO INTUITIVA DA REALIDADE INTUIÇÃO É CONHECIMENTO IMEDIATO DISPENSA ARGUMENTOS E FUNDAMENTAÇÕES BASTAM AS CRENÇAS SÃO ACEITOS SEM DISCUSSÃO, TRANSMITIDOS PELA TRADIÇÃO COM FORTE APELO AO SOBRENATURAL A ORIGEM DIVINA DOS FENÔMENOS 4º MODO DE COMPREENDER - O MITO PARA OS POVOS TRIBAIS O MITO CONSTITUI UMA ESTRUTURA DOMINANTE, POR ABARCAR AS DEMAIS ABORDAGENS ACREDITAM NA CONSTANTE ATUAÇÃO DOS DEUSES, RITUALIZA TODAS AS ATIVIDADES Ele FECUNDA TODO PENSAR, AGIR VALORES OS INSTRUMENTOS ÚTEIS, O PLANTIO, A COLHEITA, A CAÇA, A GUERRA, AS RELAÇÕES ENTRE OS INDIVIDUOS, AS MANIFESTAÇÕES ARTÍSTICAS TEM CARACTERÍSTICAS MÁGICAS. TUDO É MITO O QUE É MITO ? Uma forma de se situar no mundo frente aos outros animais Modo ingênuo, fantasioso de estabelecer verdades que dão diretrizes. Tem a função de guiar as ações humanas CONCEITO DE MITO A palavra vem do grego, mythos, que deriva de dois verbos: 1) MYTHEYO: contar, narrar, falar alguma coisa para outros; c) THEOS coisas divinas, seres divinos, deuses. GONIA É geração, nascimento a partir da concepção sexual e do parto. b) COSMOS mundo, universo. DIZ-SE QUE OS MITOS SÃO COSMOGONIAS E TEOGONIAS. 2) MYTHEO : conversar, contar, anunciar, nomear, designar. COSMOGONIA o nascimento e a organização do mundo, das coisas, dos homens. B) TEOGONIA o nascimento e a origem dos deuses, das divindades. SIGNIFICA DIZER CARACTERÍTICAS DO MITO SÍMBOLO aquilo que, por pura convenção, representa ou substitui outra coisa. MISTÉRIO algo que é incompreensível, que não se consegue explicar ou desvendar; enigma . Sempre foi uma forma de se explicar a realidade e a cultura. O mito busca entender o mundo para afugentar o medo e a insegurança do desconhecido O mito está ligado à magia, ao desejo, ao querer que as coisas aconteçam de um modo determinado Por isso os rituais - que é o mito tornado ação - são desenvolvidos: vida, morte, etc. Fatos sagrados do passado mítico são rememorados pelos rituais que indicam no presente as ações humanas. O mito garante a identidade coletiva de um grupo. HOUVE DOIS GRANDES POETAS NA GRÉCIA ANTIGA: HOMERO ARISTOCRATA. ESCREVEU DUAS OBRAS A ILÍADA E A ODISSÉIA; Há três maneiras mitológicas de narrar ou contar o surgimento de tudo : 1ª) Forma: Encontrando o pai e a mãe das coisas e dos seres. 2ª) Forma: Encontrando uma rivalidade ou uma aliança entre deuses 3ª) Forma: Encontrando as recompensas ou castigos HESÍODO CAMPONÊS. ESCREVEU TEOGONIA E TRABALHO E SEUS DIAS. 1) ENCONTRANDO O PAI E A MÃE DAS COISAS E DOS SERES. Tudo o que existe decorre de relações sexuais entre forças divinas pessoais. Essas relações geram os demais seres Os titãs (seres semi-humanos e semidivinos); Os heróis (filhos de um deus com uma humana ou de uma deusa com um humano); Os humanos; os metais, as plantas, os animais. As qualidades, como quente-frio, seco-úmido, claro-escuro, bom–mal, justo-injusto, belo-feio, certo-errado, etc. MITOS DESSA PRIMEIRA FORMA DE CONTAR: A origem de tudo (Hesíodo) No princípio era o caos, ou seja, a desordem anterior à criação do mundo, digo, o que existia era apenas a noite e o dia. Imediatamente após o caos, Gaia que é a personificação da terra como elemento gerador das raças divinas, originou sozinha Urano (céu), que a cobre, e Pontós (mar). Depois, unindo-se sexualmente a Urano, Gaia gerou inicialmente os deuses (.Zeus, Poseidon, etc) A origem do amor (Hesíodo) Houve uma grande festa entre os deuses. Todos foram convidados, menos a deusa Penúria, sempre miserável e faminta. Quando a festa acabou, Penúria veio, comeu os restos e dormiu com o deus Poros (o astuto ,engenhoso). Dessa relação sexual, nasceu Eros (ou Cupido), que, como sua Mãe, está sempre faminto, sedento e miserável, mas como seu pai, tem mil astúcias para se satisfazer e se fazer amado. Por isso, quando Eros fere alguém com sua flecha, esse alguém se apaixona e logo se sente faminto e sedento de amor, inventa mil astúcias para ser amado e satisfeito, ficando ora maltrapilho e semimorto, ora rico e cheio de vida. 29 DEUS ATRIBUTO DOMÍNIO ZEUS RAIO CÉU, JUSTIÇAPOSEIDON TRIDENTE MAR HADES CAPACETE MUNDO INFERIOR APOLO LIRA,LOURO, ARCO POESIA, MÚSICA ARES ARMAS GUERRA HEFESTO MARTELO TRABALHO DE FORJA HERMES PÉS ALADOS MENSAGEM DIONÍSIO TIRSO TEATRO, VINHO DEUSA ATRIBUTO DOMÍNIO HERA PAVÃO CASAMENTO ATENA ARMAS ARTE DA GUERRA AFRODITE ESPELHO AMOR ÁRTEMIS ARCO CAÇA, PARTO DEMÉTER ESPIGA DE TRIGO AGRICULTURA 2) ENCONTRANDO UMA RIVALIDADE OU UMA ALIANÇA ENTRE DEUSES Essa rivalidade é o que faz surgir alguma coisa no mundo. Nesse caso, o mito narra. Ou uma guerra entre as forças divinas, Ou uma aliança entre elas para provocar alguma coisa no mundo dos homens MITO DESSA SEGUNDA FORMA DE CONTAR: A causa da guerra (Homero) O poeta Homero, na Ilíada, que narra a guerra de Tróia, explica por que, em certas batalhas, os troianos eram vitoriosos e em outras, a vitória cabia aos gregos. Os deuses estavam divididos, alguns a favor de um lado e outros a Favor de outro. A cada vez, o rei dos deuses, Zeus, ficava com um dos partidos, aliava-se com um grupo e fazia um dos lados – ou os troianos ou os gregos – vencer uma batalha. A causa da guerra, aliás, foi uma rivalidade entre deusas. Elas apareceram em sonho para o príncipe troiano Páris, oferecendo a ele seus dons e ele escolheu a deusa do amor, Afrodite. As outras deusas, enciumadas, o fizeram raptar a grega Helena, mulher do general grego, Menelau, e isso deu início à guerra entre os humanos. 3) ENCONTRANDO AS RECOMPENSAS OU CASTIGOS Que os deuses dão a quem os desobedece ou a quem os obedece. Vejamos como o mito narra o uso do fogo pelos homens. Todos sabemos que o fogo é essencial, pois com ele, os homens se diferencia dos animais, porque tanto passam A cozinhar os alimentos, A iluminar caminhos na noite, A se aquecer no inverno Fabricar instrumentos de metal para o trabalho e para a guerra. MITO DESSA SEGUNDA FORMA DE CONTAR: Surgimento do fogo e dos males do mundo (Homero) Um titã, Prometeu, mais amigo dos homens do que dos deuses, roubou uma centelha de fogo e a trouxe de presente para os humanos. Prometeu foi castigado (amarrado num rochedo para que as aves de rapina, eternamente, devorassem seu fígado) e os homens também. Qual foi o castigo dos homens? Os deuses fizeram uma mulher encantadora, Pandora, a quem foi entregue uma caixa que conteria coisas maravilhosas, mas nunca deveria ser aberta. Pandora foi enviada aos humanos e, cheia de curiosidade e querendo dar a eles as maravilhas, abriu a caixa. Dela saíram todas as desgraças, doenças, pestes, guerras e, sobretudo, a morte. Os mitos falam da criação do mundo não para serem científicos, mas para acomodar na psique humana o deslumbramento da criação. Falam de deuses não para ocuparem o lugar das religiões, mas para expressar os arquétipos que ligam o humano ao sagrado. O mito está associado ao misterioso e relata histórias que não se adequariam ou não poderiam ser escritas pelo discurso lógico da consciência. São como poesias que versejam metáforas e desvelam o mistério através dos símbolos. Os mitos mostram o que é e como é sem a delimitação do racionalismo. O contato com o mito proporciona a convivência com o significado, um elo com a essência da natureza humana e com enredos que são comuns em todas as almas humanas. 1.1 CARACTERÍSTICAS GERAIS DO MITO Tempo indeterminado. Baseia-se na imaginação e na capacidade humana de construir símbolos. Exagero e inverossimilhança em relação à realidade concreta. d) Tem relação com os fenômenos da Natureza. Filme: Mitologia grega - A criação do universo 1.2 CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS DO MITO: SÍNTESE DE CARACTERÍSTICAS DO MITO 1. Sempre Coletivo O grupo, cuja sobrevivência deve ser assegurada, existe antes do indivíduo O sujeito só tem consciência, só se conhece, como parte do grupo O tabu –proibição – é criado para evitar os castigos individuais ou coletivos Os rituais de purificação - ou de bode expiatório – são criados para transferir o pecado para um animal e restaurar o equilíbrio da comunidade e evitar que o castigo dos deuses recaia sobre todos SÍNTESE DE CARACTERÍSTICAS DO MITO Apresenta-se como verdade que não precisa ser provada e não admite contestação Sua aceitação se dá por meio da fé e da crença. 2. Sempre Dogmático Por não ser uma aceitação racional, não pode ser provado nem contestado 1.3 FUNÇÕES ESPECÍFICAS DO MITO Explicar O presente é explicado por alguma ação que aconteceu no passado, cujos efeitos não foram apagados pelo tempo, como por exemplo, uma constelação existe porque, há muitos anos, crianças fugitivas e famintas morreram na floresta, mas uma deusa levou-as para o céu e transformou-as em estrelas. 2. Organizar O mito organiza as relações sociais, de modo a legitimar e determinar um sistema complexo de permissões e proibições. O mito de Édipo existe em várias sociedades e tem a função de garantir a proibição do incesto, por exemplo. O “castigo” destinado a quem não obedece às regras funciona como “intimidação” e garante a manutenção do mito. 3. Compensar O mito conta algo que aconteceu e não é mais possível de acontecer, mas que serve tanto para compensar os humanos por alguma perda, como para garantir-lhes que esse erro foi corrigido no presente, oferecendo uma visão estabilizada da Natureza e do meio que a cerca (Chauí, p. 162). 4. Função Metafísica Busca as explicações últimas sobre a realidade; a visão da essência das coisas e que vai além da aparência; a concepção que ultrapassa o discurso lógico ou o logos. 5. Função Cosmológica Dá sentido à ordem do mundo que não pode ser explicada pela razão e que desperta na mente um senso de deslumbramento do homem e do mundo. 6. Função Psicopedagógica Os mitos tocam temas humanos que nunca mudam, como o amor e a vingança, mortalidade e imortalidade, conhecimento e ignorância, maternidade e paternidade. É sobre como viver uma vida humana em qualquer circunstância. Aqui, a imagem é a linguagem fundamental da alma. 7. Função Sociológica Procura validar e apoiar uma ordem moral específica, usando a linguagem e os símbolos de uma cultura. Funciona como um papel estruturante na sociedade por meio da tradições e ritos de passagem. CONTINUAÇÃO DE FUNÇÕES ESPECÍFICAS DO MITO Narciso é um personagem da mitologia grega, filho do deus do rio Cefiso e da ninfa Liríope. Ele representa o símbolo da vaidade SÍNTESE DE FUNÇÃO DO MITO Acomodar e tranquilizar o ser humano diante do mundo assustador Criar modelos exemplares de todas as funções e ações humanas É a repetição dos atos executados pelos deuses para manter as forças do bem e do mal em equilíbrio Dar confiança de que por meio de suas ações mágicas, o que acontece no mundo natural depende em parte de seus atos O ritual atualiza o acontecimento sagrado que teve lugar no passado mítico O MITO HOJE O pensamento crítico e reflexivo Século VI a.C O pensamento científico Século XVIII Ocuparam todo o lugar do conhecimento e condenaram à morte o modo mítico de nos situarmos no mundo humano? O estado mítico O estado filosófico O estado científico ESTA É A POSIÇÃO DEFENDIDA POR AUGUSTO COMTE, QUE EXPLICA A EVOLUÇÃO HUMANA POR TRÊS ETAPAS: Negar o mito é negar uma das expressões fundamentais da existência humana Primeira forma de dar significado ao mundo: Fundada no desejo de segurança, a imaginação cria histórias que nos guiam no dia-a-dia Continuamos a criar histórias que dão sentido a vida, independente do nosso desenvolvimento intelectual A arte popular é um exemplo Ao opor o poder da razão à visão ingênua oferecida pelo mito, o positivismo empobrece a realidade humana O individuo moderno, tanto quanto o antigo, não é só razão. Ele também é emoção DIFERENÇA ENTRE MITOS ANTIGOS E DAS SOCIEDADES MODERNAS COMPLEXAS Autênticos: Festas de formatura; Festa de ano novo; Trotes nos calouros; Casamentos Baile de 15 anos Fabricados: figuras heroicas dos s desenhos animados e quadrinhos; Personagens de filmes em série; ArtistasPolíticos Desportistas; Cada um deles tem seus símbolos específicos: a cor e o tipo de roupa; certos objetos e condições como a aliança, o diploma, a cabeça raspada, a solenidade da ocasião. FABRICANDO UM MITO, HOJE! A cultura contemporânea também produz seus mitos, outro tipo de mito. Sua dança, um transe quase mágico; sua música, um ritmo contagiante. O megastar arrastava multidões e parece ser mais que um ser humano comum. Sua casa era a Terra do Nunca, e suas esquisitices eram aceitas até como virtudes. Muitos sonham em ser como ele, e tentam imitá-lo de alguma forma. 1. OMISSÃO DA SUA HISTÓRIA: um mito deve excluir seu lado humano, suas imperfeições. Por exemplo, uma estrela de cinema que esconde, na vida real, uma pessoa deprimida e antipática. Alguns dos mecanismo utilizados para a criação desses mitos 2. IDENTIFICAÇÃO: as pessoas precisam encontrar valores com os quais possam se identificar: beleza, sensualidade, riqueza, inteligência, habilidade... 3. QUANTIFICAÇÃO DA QUALIDADE: Dê-lhe muitos “números”: multidões, riquezas, glórias, fãs, conquistas, sucessos... 4. CONSTATAÇÃO: Mostre objetos ou pessoas como a encarnação do bem ou do valor desejado, sem admitir críticas ou explicação. O mito nada mais é que um modo de atribuir significado ao mundo, com papel central nas sociedades tribais e ainda hoje, nas sociedades complexas Convém desenvolver nossa consciência crítica para aceitar ou rejeitar os mitos que nos são oferecidos. Por ser fruto do desejo de segurança, ele nos tranquiliza, fornecendo modelos exemplares para a nossa ação. DIMINUIÇÃO DA ABORDAGEM MÍTICA DO REAL COM A VIDA MAIS COMPLEXA: COMERCIO CONTATO COM OUTROS POVOS OUTROS COSTUMES PRODUZ RACIONALIDADE MAIS ELABORADA E CRÍTICA O MITO VAI DEIXANDO DE SER COMPREENSÃO ABRANGENTE DO REAL REDUZ PODER DO MITO O CONHECIMENTO SE SECULARIZA TORNA-SE PROFANO, DO MUNDO FALA-SE DE UM SABER MENOS MÍTICO, MAIS RACIONAL FALA-SE DE UM AGIR MENOS MÁGICO E MAIS TÉCNICO PENSAMENTO E AÇÃO ORIENTADOS PELA EXPERIÊNCIA DE VIDA ISSO NÃO É O FIM DO DA CONSCIÊNCIA MÍTICA O MITO CONTINUA OCUPANDO LUGAR DE DESTAQUE COMO MODO FUNDAMENTAL DE TODO VIVER HUMANO Bibliografia Básica ARANHA, M. L. A. de; MARTINS, M. H. P. Filosofando: introdução à filosofia. São Paulo: Moderna, 2016. CHAUI, M. Iniciação à Filosofia. São Paulo: Ática, 2016. COTRIM, Gilberto, FERNANDES, Mirna. Fundamentos de Filosofia. São Paulo: Saraiva, 2016. COTRIM, Gilberto, FERNANDES, Mirna. Conecte Filosofar. São Paulo: Saraiva, 2011. FIGUEREDO, Vinicius. Filosofia: Temas e percursos. São Paulo: FTS, 2016
Compartilhar