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A Classificação de Materiais (de Consumo e Permanentes)]

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GESTÃO 
PATRIMONIAL 
E LOGÍSTICA 
NO SETOR 
PÚBLICO
Elionai José dos Santos
A classificação de 
materiais (de consumo 
e permanentes)
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Especi� car os bens de consumo e permanentes. 
  Comparar os controles e a guarda de materiais de consumo e 
permanentes. 
  Reconhecer a mensuração e a evidenciação dos materiais de consumo 
e permanentes.
Introdução
Neste texto, você irá estudar o conceito de bens de consumo e per-
manentes, a fim de determinar estruturas e subsistemas de operações 
que exigem atividades voltadas à classificação, ao controle e à guarda 
de materiais. Além disso, terá a oportunidade de explorar técnicas e 
ferramentas que evidenciam métodos de mensuração reconhecidos e 
utilizados pelo mercado de trabalho, com o objetivo de obter um melhor 
controle de seus bens. 
A atividade de material existe desde épocas mais remotas, por meio 
de trocas de caças e utensílios, passando pela Revolução Industrial, até 
chegarmos aos dias de hoje. Produzir, estocar, controlar, trocar objetos 
e mercadorias é uma ação tão antiga quanto o estudo da existência 
dos seres humanos. A Revolução Industrial foi um fator determinante 
na estimulação da sofisticação das operações para a comercialização 
de produtos, fazendo com que a área da Logística ganhasse uma maior 
importância no cenário mundial, sendo administrada cientificamente 
desde o produtor inicial até o consumidor final. 
Bens de consumo e permanentes
Material de consumo é aquele que, em razão de seu uso corrente, perde sua 
identidade física em dois anos e/ou tem sua utilização limitada a esse período. 
Sua aquisição é feita em despesa de custeio e não possui controle após sua 
distribuição. Bens de consumo são os bens produzidos pelo homem e desti-
nados ao consumo das pessoas, são diferentes dos bens intermediários, que 
são utilizados no processo de produção para serem transformados em bens 
fi nais; ou dos bens de capitais, que podem ser considerados bens permanentes, 
como maquinários utilizados pelas organizações. O Quadro 1 lista alguns 
materiais que podem ser considerados como de consumo por empresas do 
setor público e/ou privadas.
Grupo Materiais
Material educativo e esportivo Apitos, bolas, brinquedos educativos, 
cordas, esteiras, joelheiras, luvas, 
raquetes, tornozeleiras e afins.
Material de expediente Agenda, alfinete de aço, almofada para 
carimbos, apagador, apontador de lápis e afins.
Material de processamento 
de dados
Cartuchos de tinta, capas plásticas protetoras 
para micros e impressoras e afins.
Material de acondicionamento 
e embalagem
Arame, barbante, caixas plásticas, de 
madeira, papelão cordas e afins.
Material de cama, mesa e banho Cobertores, colchas, colchonetes, fronhas, 
lençóis, toalhas, travesseiros, almofadas e afins.
Material de copa e cozinha Abridor de garrafa, açucareiros, artigos 
de vidro e plástico, bandejas e afins.
Material de limpeza e 
produção de higienização
Capacho, cesto para lixo, creme 
dental, desinfetante e afins.
Material para manutenção 
de bens imóveis
Amianto, aparelhos sanitários, arames liso 
e farpado, areia, basculante e afins.
Material para manutenção 
de bens móveis
Cabos, chaves, cilindros para 
máquinas copiadoras e afins.
Quadro 1. Relação de materiais de consumo por grupo e tipo.
(Continua)
A classificação de materiais (de consumo e permanentes)126
 Fonte: Prefeitura de Florianópolis (2010). 
Grupo Materiais
Material elétrico e eletrônico Benjamins, bocais, calhas, 
capacitores, resistores e afins.
Material de proteção 
e segurança
Cadeados, capacetes, chaves, 
cintos, coletes, dedais e afins.
Material para áudio, vídeo e foto Álbuns para retratos, alto-falantes, 
antenas internas, filmes virgens e afins.
Sementes, mudas de 
plantas e insumos
Adubos, argila, plantas ornamentais, 
bulbos, enxertos, fertilizantes e afins.
Material laboratorial Bastões, bico de gás, cálices, corantes, 
filtros de papel, fixadoras e afins.
Material hospitalar Algodão, compressa de gaze, esparadrapo, 
luvas, termômetro clínico, ataduras e afins.
Ferramentas Alicate, broca, caixa para ferramentas, 
chaves em geral e afins.
Manutenção e conservação 
de equipamentos
Serviços de reparos e consertos de máquinas 
e equipamentos de processamento 
de dados e periféricos e afins.
Manutenção e conservação 
de bens imóveis
Pedreiro, carpinteiro e serralheiro, pintura, reparos 
em instalações elétricas e hidráulicas e afins.
Serviços de áudio, vídeo e foto Confecção de álbuns, revelação 
de filmes e afins.
Serviços gráficos Confecção de impressos em geral, 
encadernação de livros jornais e revistas, 
impressão de jornais e afins.
Quadro 1. Relação de materiais de consumo por grupo e tipo.
(Continuação)
Material permanente são os bens móveis de uma organização que, em razão 
de seu uso corrente não perdem sua identidade física ou têm uma durabili-
dade superior a 2 anos. Sua aquisição é feita em despesa de capital e possui 
controle individualizado. Na gestão patrimonial, são considerados como bens 
permanentes artefatos do tipo: móveis em geral, maquinários, computadores, 
127A classificação de materiais (de consumo e permanentes)
veículos, entre outros. No Quadro 2 será ilustrado alguns grupos e tipos de 
materiais permanentes administrados em uma organização pública.
 Fonte: Prefeitura de Florianópolis (2010). 
Grupo Materiais
Aparelhos e equipamentos 
de comunicação
Antena parabólica, aparelho de telefonia, 
bloqueador telefônico e afins.
Aparelhos e utensílios domésticos Aparelhos de copa e cozinha, aspirador 
de pó, batedeira, botijão de gás e afins.
Coleções e materiais bibliográficos Álbum de caráter educativo, coleções e 
materiais bibliográficos informatizados e afins.
Discotecas e filmotecas Disco educativo, fita de áudio e vídeo com 
aula de caráter educativo, microfilme e afins.
Equipamento de proteção, 
segurança e socorro
Alarme, extintor de incêndio, para-
raios, sinalizador de garagem e afins.
Instrumentos musicais e artísticos Todos os instrumentos de cordas, 
sopro, percussão e afins.
Máquinas e equipamentos gráficos Aparelho para encadernação, copiadora, 
cortadeira elétrica e afins.
Equipamentos para 
áudio, vídeo e foto
Amplificador de som, caixa acústica, data 
show, equalizador de som e afins.
Máquinas, utensílios e 
equipamentos diversos
Aparador de grama, aparelho de ar 
condicionado, furadeira, ventilador e afins.
Equipamentos de 
processamento de dados
Caneta óptica, computador, data show, 
fitas e discos magnéticos e afins.
Máquinas, instalações e 
utensílios de escritório
Apontador fixo (de mesa), caixa registradora, 
carimbo digitador de metal e afins.
Mobiliário em geral Armário, arquivo de aço ou madeira, 
balcão (tipo atendimento), banco e afins.
Peças não incorporáveis a imóveis Biombos, carpetes (primeira instalação), 
cortinas, persianas, tapetes, grades e afins.
 Quadro 2. Relação de materiais permanentes por grupo e tipo. 
A classificação de materiais (de consumo e permanentes)128
A utilização de um sistema de informação adequado para determinar 
e classificar as espécies consumidas no setor público, tem por finalidade 
direcionar os gestores e todos os envolvidos nessa operação a escolher a 
melhor prática de controle e guarda destes materiais. Essa situação exige que 
o fluxo das informações seja controlado e atualizado diariamente devido à 
movimentação constante e à manipulação desses bens. 
Controle e guarda de materiais
No sentido geral, todas as organizações necessitam executar atividades que 
consomem recursos por meio de tarefas coordenadas, a fi m de atingir objetivos 
comuns. Dessa forma, o controle e a guarda de materiais são fundamentais 
para manter a ordem e a existência de uma organização. O planejamento e 
o controle de materiais envolvem atividades desde o suprimento dos itens 
faltantes, durante a sua presença dentro do armazém e/ou almoxarifado, até 
a sua corretadistribuição ao usuário fi nal. Portanto, todo material necessita 
de verifi cação contínua e correção de desvios daquilo que está sendo obtido, 
transformando as atividades executadas pelos colaboradores naquilo que a 
organização deseja e espera.
O controle dos recursos depende de um sistema de informação eficiente, 
capaz de fornecer dados do item a qualquer momento, quantidade disponível, 
localização, compras em andamento, devoluções aos fornecedores e compras 
devidamente recebidas e em processo de armazenamento.
O controle e a guarda dos materiais influenciam diretamente na produtividade 
e na qualidade dos estoques. Com base nessas premissas, considerações impor-
tantes precisam serem verificadas, principalmente a ocupação dos armazéns. 
Ao desenhar e dimensionar um armazém, estime uma ocupação média de 80% 
ao longo do mês, e 90% no “pico”. A produtividade de um armazém diminui em 
cerca de 25% em qualquer armazém que esteja 85% a 90% lotado, e estruturas 
para a verticalização dos estoques só podem ser utilizadas entre 75% a 80% da 
capacidade total. Acima de 100% o produto é armazenado em corredores e em 
áreas de espera, aumentando o efeito desastroso sobre a produtividade. 
O armazenamento ou a guarda dos materiais necessitam obedecer a regras 
importantes para que ocorra uma estocagem correta dos itens, assim, é funda-
mental que as mercadorias sejam armazenadas, conforme critérios de volume, 
popularidade, semelhanças físicas, valor, correlação, representatividade, etc. 
A sua principal função é alocar os materiais, a fim de proteger e preservar 
até que eles sejam requeridos para uso.
129A classificação de materiais (de consumo e permanentes)
A fim de garantir um bom funcionamento da guarda dos materiais, é 
necessário que se execute contagens físicas dos itens em estoque, verificando 
as divergências entre os saldos físicos e lógicos registrados no sistema. Essas 
contagens podem ser realizadas por meio de documentos denominados in-
ventários, dos quais podemos decidir qual melhor se adequa as operações da 
empresa. Nos cenários atuais, destacam-se como de utilização mais comum:
  Inventário dinâmico: visa a contagem de itens específicos do estoque.
  Inventário geral: tem como objetivo contar todos os itens existentes 
no estoque.
  Inventário rotativo: foca na contagem dos bens mais utilizados, sendo 
programado de modo que os itens sejam contados dentro de uma fre-
quência pré-determinada. 
Inventário rotativo e/ou cíclico
O inventário rotativo vem sendo considerado como um dos modelos mais 
efi cientes de contagem, um dos maiores aliados de todos os gestores, pois, 
independentemente da quantidade, tipos de produtos, bem como o tamanho do 
estoque, ele pode ser executado sem que interfi ra no funcionamento da empresa, 
muitas vezes feito nas madrugadas e/ou fi nais de semana. Uma grande aliada 
nesta contagem é a abordagem por classifi cação, em que todos os itens podem 
ser classifi cados de acordo com um ou mais critérios. A metodologia operacional 
desse tipo de inventário pode sofrer algumas consequências, caso a empresa 
possua difi culdades internas de controle informatizado, acarretando em alguns 
processos de contagem que necessitam ser realizados manualmente. Os pontos de 
controle verifi cados e documentados nessa operação são ilustrados na Figura 1.
Figura 1. Pontos de controle verificados e documentados.
Fonte: Datasite (c2017).
A classificação de materiais (de consumo e permanentes)130
O inventário cíclico ou rotativo é realizado em períodos menores de meses, 
processo de recontagem contínua dos itens em estoque, organizada em ciclos, 
dimensionados em função da quantidade e da categoria dos itens envolvidos, 
podendo ser classificado pela sua representatividade com a utilização da 
ferramenta (curva ABC).
Temos como principais características desse tipo de inventário:
  contagem contínua ao longo do ano;
  facilidade na detecção e correção de problemas;
  itens de classe A contados com maior frequência que itens classe C;
  frequência de contagem determinada por classificação ABC, pelo mé-
todo de zonas ou pelo sistema de auditoria de localizações.
A tabela mostrada na Figura 2 ilustra um exemplo hipotético de uma 
contagem realizada por meio do inventário cíclico ou rotativo, na qual se 
realizou em primeiro lugar uma classificação dos itens, de acordo com sua 
representatividade para o setor contábil da empresa.
Figura 2. Exemplo hipotético de contagem realizada com inventário cíclico ou rotativo.
No plano de contagens hipotético, no período de 6 meses, apresentado na 
Figura 3, pode-se observar como ficaria a contagem dos itens relacionados 
na tabela da Figura 2, por meio da utilização de um cronograma, que pode 
ser elaborado em um arquivo de texto.
131A classificação de materiais (de consumo e permanentes)
Figura 3. Plano de contagem hipotético, período de seis meses.
Mensuração e evidenciação dos materiais
De acordo com o manual de contabilidade aplicada ao setor público (BRA-
SIL, 2012), exercício de 2013, 5ª edição, no Brasil, a contabilidade aplicada 
ao setor público efetua de modo efi ciente o registro dos atos e fatos relativos 
ao controle da execução orçamentária e fi nanceira. No entanto, muito ainda 
se pode avançar no que se refere à evidenciação do patrimônio público. Essa 
necessidade de melhor evidenciação dos fenômenos patrimoniais e a busca 
por um tratamento contábil padronizado dos atos e fatos administrativos no 
âmbito do setor público tornou imprescindível para a elaboração de um Plano 
de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP) com abrangência nacional.
Mensuração é o ato de medir, ou seja, de determinar o valor de certas 
grandezas. É também sinônimo de medição. Sendo assim, com aquilo que 
conseguimos medir podemos ter um melhor controle. Para o setor de conta-
bilidade é fundamental que se tenha um controle efetivo dos ativos de uma 
organização, tanto dos circulantes (bens de consumo e/ou estoque) como dos 
imobilizados (bens permanentes). A aferição desses bens visa comparar a 
informações contidas no sistema físico de acordo com os respectivos padrões 
exigidos, dados registrados no lógico (informatizado).
A classificação de materiais (de consumo e permanentes)132
A evidenciação de materiais de consumo e permanentes tem por finalidade 
apresentar resultados de forma que não gere dúvidas, facilitando que a operação 
de controle seja compreendida imediatamente, dispensando contestações. O 
inventário rotativo dos ativos de uma empresa trata essas evidências de forma 
organizada e efetiva, ajustando as divergências físicas e lógicas que aparecerem 
por meio das contagens, mensurando as grandezas e emitindo documentos, 
que são verificados e compartilhados entre as partes interessadas no correto 
controle dos bens adquiridos pelas organizações.
Atributos básicos da mensuração 
Toda mensuração presa pela apresentação de atributos que validem a acu-
rácia da aferição, ou seja, garantir a qualidade dos dados coletados, a fi m 
de transformá-los em informações, a principal matéria-prima utilizada na 
tomada de decisões. 
Em seu artigo “Mensuração e Avaliação do Ativo: uma Revisão Conceitual 
e uma Abordagem do Goodwill e do Ativo Intelectual”, Maria G. M. Almeida 
e Zaina S. El Hall (1997) relatam que os desvios apresentados de uma mensu-
ração para outra deverão ser reduzidos proporcionalmente ao detalhamento 
e a objetividade das suas regras. Se as regras não forem claras o suficiente, 
darão margem à subjetividade decorrente dos julgamentos. Segundo Maria G. 
M. Almeida e Zaina S. El Hall (1997), alguns atributos podem ser utilizados 
como direcionadores para a averiguação das informações contabilizadas, 
sendo estes:
  Confiabilidade: conforme informa a Organização das Nações Unidas 
(ONU), um item deve ser reconhecido em uma demonstração contábil 
se ele puder ser mensurado com suficiente confiabilidade, se o valor 
envolvido pode ser razoavelmente estimado e se é provável que osfuturos benefícios econômicos ou recursos associados a ele serão ob-
tidos ou renunciados. Segundo Ijiri, em 1967, um sistema é confiável 
quando ele funciona de forma como se espera, e acrescenta que, na 
Contabilidade, a confiabilidade da mensuração é definida como grau 
de objetividade acrescido de um fator de julgamento. Isso mostra que 
o grau de objetividade pode ser mensurado, mas a confiabilidade não, 
pois o julgamento depende de um juízo de valor, o qual, por sua vez, 
está relacionado ao particular uso da medida. 
  Oportunidade: qualquer informação pode vir a perder a sua utilidade 
se não for oportuna. O benefício da informação está ligado ao tempo em 
133A classificação de materiais (de consumo e permanentes)
que se presta essa informação, pois o tempo “deteriora” a capacidade 
informativa das demonstrações contábeis.
  Precisão: para fins gerenciais, a mensuração deve ser precisa o sufi-
ciente, de forma a permitir ao gestor distinguir o mais adequado curso 
de ação.
  Exatidão: a mensuração deve expressar valores verdadeiros.
  Acurácia: a informação deve ter uma probabilidade mínima de se 
desviar da verdade.
  Padrões de mensuração: além do padrão monetário, dispõe-se de 
diversos outros, como comprimento, área, volume, massa, temperatura, 
unidades físicas, etc.
Um exemplo que demonstra a importância da mensuração, pode ser con-
templado na Figura 4, por meio de uma breve história que supõe a necessidade 
de escolher o aluno mais alto de uma classe, portanto precisa-se mensurar a 
altura de cada um, o que poderá ocorrer de duas formas.
Figura 4. Mensurando alturas.(a) Colocando todos os alunos enfileirados e identificando o 
mais alto; (b) Tomando as medidas das alturas dos alunos e verificando qual é o mais alto.
Fonte: (a) Space Amigos (2015); (b) Traceparts (c2017).
O que difere nas duas formas apresentadas na Figura 4 é que, na primeira, 
nenhum conhecimento de medida é necessário, porém o responsável pela 
análise terá que, obrigatoriamente, presenciar o evento e transformar a sua 
observação em evidências, a fim de não gerar dúvidas em sua análise. Já na 
segunda, a pessoa que irá decidir não precisará, necessariamente, presenciar 
o evento, porém terá que ter conhecimento do critério de mensuração que 
indicou e registrou as evidências observadas.
A classificação de materiais (de consumo e permanentes)134
Veja mais informações relevantes sobre mensuração de ativos no artigo “Mensuração 
e Avaliação do Ativo: uma revisão conceitual e uma abordagem do Goodwill e do ativo 
intelectual” (ALMEIDA; HALL, 1997), sobre a evolução histórica do conceito de ativo, 
o papel da contabilidade na avaliação do ativo, tipos de mercado e tipos de preço e 
formas de avaliação do ativo. 
1. Material de consumo é aquele que, 
em razão de seu uso corrente, perde 
sua identidade física em dois anos 
e/ou tem sua utilização limitada a 
esse período. Sua aquisição é feita 
em despesa de custeio e não possui 
controle após sua distribuição. 
Assinale a alternativa que apresenta 
grupos de materiais de consumo.
a) Material de expediente, material 
para áudio, vídeo e foto, 
material hospitalar, aparelhos e 
utensílios domésticos, serviços 
de áudio, vídeo e foto.
b) Serviços gráficos, material para 
áudio, vídeo e foto, material 
hospitalar, aparelhos e utensílios 
domésticos, serviços de áudio, 
vídeo e foto e ferramentas.
c) Serviços gráficos, material 
para áudio, vídeo e foto, 
material hospitalar, aparelhos e 
utensílios domésticos, serviços 
de áudio, vídeo e foto.
d) Material de expediente, material 
para áudio, vídeo e foto, material 
hospitalar, manutenção e 
conservação de equipamentos, 
serviços de áudio, vídeo e foto. 
e) Material para áudio, vídeo e foto, 
material hospitalar, aparelhos 
e utensílios domésticos, 
serviços de áudio, vídeo e 
foto, ferramentas, aparelhos e 
equipamentos de comunicação.
2. Material permanente consiste nos 
bens móveis de uma organização 
que, em razão de seu uso corrente 
não perdem sua identidade física 
ou têm uma durabilidade superior 
a dois anos. Sua aquisição é feita 
em despesa de capital e possui 
controle individualizado. Na gestão 
patrimonial, são considerados 
como bens permanentes artefatos 
do tipo: 
a) antena parabólica, aparelho de 
telefonia, coleções e materiais 
bibliográficos informatizados, 
fita de áudio e vídeo com aula 
de caráter educativo, aparelho 
de ar condicionado e furadeira. 
b) broca, caixa para ferramentas, 
aparelho de telefonia, coleções 
e materiais bibliográficos 
informatizados, fita de áudio 
e vídeo com aula de caráter 
educativo, aparelho de ar 
135A classificação de materiais (de consumo e permanentes)
condicionado, furadeira, bocais, 
calhas, capacitores e resistores.
c) antena parabólica, aparelho de 
telefonia, coleções e materiais 
bibliográficos informatizados, 
fita de áudio e vídeo com aula 
de caráter educativo, aparelho 
de ar condicionado e furadeira. 
d) broca, caixa para ferramentas, 
aparelho de telefonia, coleções 
e materiais bibliográficos 
informatizados, fita de áudio 
e vídeo com aula de caráter 
educativo, aparelhos sanitários, 
arames liso e farpado.
e) algodão, compressa de gaze, 
aparelho de telefonia, coleções 
e materiais bibliográficos 
informatizados, fita de áudio 
e vídeo com aula de caráter 
educativo, aparelho de ar 
condicionado e furadeira. 
3. O principal foco da administração de 
materiais é determinar o que, quando, 
como e quanto comprar, ao menor 
custo possível desde o fornecedor 
primário até a entrega no cliente 
final. Esta afirmativa se refere a: 
a) planejamento e controle 
de materiais. 
b) métodos de controle 
dos recursos.
c) garantia de um bom 
funcionamento da 
guarda dos materiais.
d) controle e guarda dos materiais.
e) adequação das operações 
da empresa.
4. O inventário rotativo vem sendo 
considerado como um dos modelos 
mais eficientes de contagem, um 
dos maiores aliados de todos os 
gestores, pois, independentemente 
da quantidade, tipos de produtos, 
bem como o tamanho do estoque, 
ele pode ser executado sem que 
interfira no funcionamento da 
empresa. Nessa perspectiva, ele 
propicia: 
a) maior tempo para que os 
membros da contagem 
executem a operação.
b) consequências causadas 
por dificuldades internas 
das empresas.
c) a possibilidade de se executar 
contagens nas madrugadas 
e/ou finais de semana.
d) a classificação dos 
itens de acordo com a 
representatividade.
e) a facilidade de controle 
informatizado dos itens.
5. Mensuração é o ato de medir, 
ou seja, de determinar o valor de 
certas grandezas. É sinônimo de 
medição. Sendo assim, aquilo que 
conseguimos medir favorece que 
tenhamos um melhor controle 
sobre esse fenômeno. Esta 
afirmativa se refere a: 
a) controle efetivo dos ativos 
de uma organização. 
b) evidenciação de materiais de 
consumo e permanentes.
c) sistema de informações 
de uma empresa.
d) elaboração de um plano de ação.
e) aferição das informações 
contidas no sistema.
A classificação de materiais (de consumo e permanentes)136
ALMEIDA, M. G. M.; HALL, Z. S. Mensuração e avaliação do ativo: uma revisão conceitual 
e uma abordagem do goodwill e do ativo intelectual. Caderno de Estudos, São Paulo, 
v. 9, n. 16, p. 66-83, jul./dez. 1997. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/cest/n16/
n16a05.pdf>. Acesso em: 16 set. 2017.
BRASIL. Ministério da Fazenda. Secretaria do Tesouro Nacional. Manual de contabilidade 
aplicada ao setor público. 5. ed. Brasília, DF: Tesouro Nacional, 2012. Disponível em: 
<http://www.tesouro.fazenda.gov.br/documents/10180/113505/Parte_IV_PCASP2012.
pdf>. Acesso em: 16 set. 2017.
DATASITE. Inventário cíclico (rotativo) para a acuracidade do controle de estoque. São 
Paulo, c2017. Disponível em: <http://datasite.com.br/servicos/inventario-ciclico>. 
Acesso em: 17 set. 2017. 
PREFEITURA DE FLORIANÓPOLIS. Relação de materiais de consumo e permanente. 
Florianópolis: PMF, 2010. Disponível em: <http://portal.pmf.sc.gov.br/arquivos/ar-
quivos/pdf/11_05_2010_16.41.13.eda9011014926d9fb575f38daa6111d8.pdf>.Acesso 
em: 16 set. 2017.
SPACE AMIGOS. Curiosidades e opiniões. [S.l.], 2015. Disponível em: <http://spaceamigos.
com/382501/qual-e-a-altura-de-vcs>. Acesso em: 29 set. 2017.
TRACEPARTS. Mannequin debout - Taille 1,90 m. Saint Romain, c2017. Disponível em: 
<https://www.tracepartsonline.net/(S(k5xpkybthr22wwdxlllovnvy))/partdetails.
aspx?PartID=10-29092008-112260&class=TRACE&clsid=%2fROOT%2fC13%2f&lang
=fr>. Acesso em: 29 set. 2017.
137A classificação de materiais (de consumo e permanentes)
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.

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