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REPOSIÇÃO neurologia e psicomotricidade

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FACULDADE ALDEIA DE CARAPICUÍBA-SP
DÉBORA DA SILVA OLIVEIRA
REPOSIÇÃO DE AULAS
NEUROLOGIA E PSICOMOTRICIDADE
SÃO BERNARDO DO CAMPO-SP
2017
FACULDADE ALDEIA DE CARAPICUÍBA-SP
DÉBORA DA SILVA OLIVEIRA
REPOSIÇÃO DE AULAS
NEUROLOGIA E PSICOMOTRICIDADE
Trabalho de Reposição
Polo São Bernardo do Campo Turma 2016 
Reposição da aula: 02/04/2016
SÃO BERNARDO DO CAMPO-SP
2017
NEUROLOGIA E PSICOMOTRICIDADE
A Neurologia estuda o Sistema Nervoso Central (composto pelo encéfalo e pela medula espinal) e o Sistema Nervoso Periférico (composto pelos nervos e músculos), bem como os seus envoltórios (que são as meninges). De uma forma bem resumida, pode-se considerar que, anatomicamente, o Sistema Nervoso Central é composto pelo encéfalo ou cérebro, contido dentro do crânio, e pela medula espinal, contida dentro da coluna vertebral. O encéfalo compreende os hemisférios cerebrais, os gânglios da base, o tálamo, as vias ópticas, o eixo hipotálamo-hipofisário, a glândula pineal, o tronco cerebral e o cerebelo. Na transição entre o crânio e a coluna vertebral, o encéfalo dá continuidade à medula espinal, da qual se originam as raízes e os nervos periféricos, que por sua vez terminam nos músculos. 
A histologia básica do Sistema Nervoso Central (encéfalo e medula espinal) inclui os neurônios ou células nervosas propriamente ditas que em conjunto correspondem à substância cinzenta, e a glia, que são células de suporte dos neurônios, que entre outras funções permitem a formação da mielina, a qual encapa os axônios que são prolongamentos dos neurônios com a finalidade de estabelecer conexões entre as diferentes áreas do Sistema Nervoso Central e Periférico e que em conjunto correspondem à substância branca. Esta unidade estrutural neuroanatômica básica atua por meio de uma unidade funcional neurofisiológica também básica que é a sinapse, através da qual o impulso (informação) gerado no corpo neuronal, é transmitido a outros neurônios ou aos músculos, através de um mecanismo de despolarização e repolarização elétrica das membranas celulares e com a ajuda de substâncias químicas denominadas mediadores. 
De modo extremamente simplificado, pode-se afirmar que estas unidades anatômicas e funcionais altamente complexas mantêm o organismo em constante contato com o meio ambiente, através de informações aferentes de todo o gênero que chegam às diferentes áreas do encéfalo percorrendo as raízes nervosas posteriores e medula espinal, bem como a partir dos órgãos sensoriais. No encéfalo, tais informações são complexamente elaboradas e geram impulsos eferentes, que são levados aos sistemas efetores das diferentes funções simples e complexas. No caso da função motora, os músculos são os efetores finais e recebem os impulsos eferentes elaborados e modificados em diferentes áreas cerebrais e transmitidos via medula espinal e raízes nervosas anteriores. 
Assim, se considerarmos a enorme complexidade anatômica e funcional do Sistema Nervoso, entende-se que os sinais e sintomas que sugerem uma doença neurológica sejam muito variados e possam ocorrer de forma isolada ou combinada. Tais sintomas e sinais neurológicos são principalmente: alterações psíquicas (distúrbios da consciência, do comportamento, da atenção, da memória, da organização do pensamento, da linguagem, da percepção e da organização de atos complexos, retardo do desenvolvimento neuropsicomotor e involução neuropsicomotora); alterações motoras (déficit de força muscular ou paralisias nos diferentes segmentos corporais, distúrbios da coordenação e do equilíbrio, movimentos involuntários, por ex. tremores, e outras); alterações da sensibilidade (anestesias, formigamentos, etc.); alterações da função dos nervos do crânio e da face (olfação, visão, movimentos dos olhos, audição, mastigação, gustação, deglutição, fala, movimentação da língua, do ombro e do pescoço); manifestações endócrinas por comprometimento do hipotálamo ou hipófise, que são as áreas do Sistema Nervoso que controlam as glândulas endócrinas (atraso de crescimento, puberdade precoce, diabetes insipidus, e outras); alterações dependentes da função do sistema nervoso autônomo (cardiovasculares, respiratórias, digestivas, da sudorese, do controle de esfíncters anal e vesical e outras); manifestações devidas ao aumento da pressão intracraniana, em decorrência do aumento de volume de um dos três componentes que ocupam a caixa craniana (tecido cerebral, vasos sangüíneos cerebrais ou líquido cefalorraquidiano), tais como dor de cabeça e vômitos; crises epilépticas, com ou sem convulsões motoras, com ou sem alterações da consciência; manifestações de comprometimento das meninges, principalmente rigidez de nuca. Por sua vez, as doenças neurológicas podem ter diferentes origens: genética ou hereditária; congênita, ou seja, dependente de um distúrbio do desenvolvimento embrionário ou fetal do Sistema Nervoso Central ou Periférico; adquirida, ou seja, ocorrendo, com maior ou menor influência do ambiente, ao longo dos diferentes períodos da vida, desde a fase neonatal até a velhice.
Já a Psicomotricidade constitui-se enquanto ciência que estuda os potenciais humanos, como esquema corporal, a lateralização, a tonicidade, o equilíbrio e coordenação. Na atualidade a educação vem correndo atrás de ressignificar suas práticas e possibilitar que todas as crianças aprendam e desenvolvam dentro de suas potencialidades, nesse contexto de mudanças o estudo da Psicomotricidade tem um papel relevante no ambiente educativo.
Segundo o artigo de Silva e Tavares (2010): a “Psicomotricidade Relacional na escola infantil tradicional” A psicomotricidade enquanto recurso é importante para auxiliar na melhoria da qualidade no trabalho realizado em escolas de educação infantil tradicional, visando um avanço na condição das relações estabelecidas.
A aplicação de pesquisas e estudos de caso possibilitaram Silva e Tavares (2010) ampliar o interesse inicial pela possibilidade que essas crianças utilizem de seu corpo e do corpo do colega, e assim apontar recursos “nesta etapa de conhecimento e conquistas emocionais, motoras e cognitivas, favorecer a qualidade nas relações já existentes e facilitar que outras relações fossem estabelecidas”. 
A Associação Brasileira de Psicomotricidade emprega a ciência enquanto concepção de movimento organizado e integrado, em função das experiências vividas pelo sujeito cuja ação é resultante de sua individualidade, sua linguagem e sua socialização, portanto relevante no processo educativo e no desenvolvimento humano.
Dessa forma, a psicomotricidade está presente em todas as atividades que desenvolvem a motricidade das crianças, contribuindo para o conhecimento e o domínio de seu próprio corpo. Ela além de constitui-se como um fator indispensável ao desenvolvimento global e uniforme da criança, como também se constitui como a base fundamental para o processo de aprendizagem dos indivíduos (ABP, 2014). 
No decorrer do processo de aprendizagem, os elementos básicos da psicomotricidade (esquema corporal, estruturação espacial, lateralidade, orientação temporal e pré-escrita) são utilizados com frequência. E, quando a criança apresenta o desenvolvimento psicomotor mal constituído poderá apresentar problemas diversos. 
A relevância da psicomotricidade irá permitir a compreensão da forma como a criança toma consciência do seu corpo e das possibilidades de se expressar por meio dele, localizando-se no tempo e no espaço. O trabalho da educação psicomotora com as crianças deve prever a formação de base indispensável em seu desenvolvimento motor, afetivo e psicológico, dando oportunidade para que por meio de jogos, de atividades lúdicas, se conscientize sobre seu corpo. Através dessas atividades lúdicas a criança desenvolve suas aptidões perceptivas como meio de ajustamento do comportamento psicomotor (ABP, 2014).
Ajuriaguerra (1976) tem a sua atenção, ao desenvolvimento da criança, voltada para a relação do corpo com o meio. Ele defende que a evolução da criança ocorre pela conscientização dela em relação ao seu corpoe trata o corpo como uma unidade essencial para o desenvolvimento da esfera mental, afetiva e motora. A organização e construção da personalidade são efetivadas por meio das experiências corporais conquistadas na vivência da criança (COSTALLAT et al, 2002).
Segundo Silva e Tavares (2010, p.21): “[...] desde o início dos tempos, há relatos de preocupação de como deve ser a educação de crianças, principalmente as pequenas”. E com a “evolução do homem e suas descobertas a visão sobre a criança mudou, fazendo com que ela fosse vista como um ser em desenvolvimento” o que fez necessária a mudança de paradigma em relação à educação.
Dessa forma, o período inicial da Educação Básica começou a sofrer grandes influências de filósofos, psicólogos, pedagogos e várias outras áreas do conhecimento, tudo visando o aprimoramento desta modalidade de ensino. Desde sua gênese até os dias atuais permanece uma vertente assistencialista nessa modalidade (SILVA e TAVARES, 2010).
De forma positiva, os estudos sobre a infância proporcionam um conhecimento da criança e sua individualidade, sendo relevante no contexto escolar que assim buscou ressignificar objetivos, conteúdos e metodologias com características lúdicas, de acordo com a proposta lúdica presente no Referencial Curricular Nacional (BRASIL, 1998).
De acordo com Silva e Tavares (2010, p. 25): “[...] brincadeiras que levem a criança a expressar emoções, sentimentos, pensamentos, desejos e necessidades são fundamentais nesta fase do desenvolvimento infantil”. E, “para que esta situação seja contemplada em sua totalidade a utilização da psicomotricidade torna-se um instrumento de grande auxílio”.
Atualmente a psicomotricidade em duas vertentes, a funcional, e a vivenciada. O trabalho psicomotor funcional pode ser dividido em oito fundamentos, que mediante a utilização de aspectos lúdicos, são imprescindíveis para o desenvolvimento infantil. Os fundamentos, esquema corporal, lateralidade, organização espaço-temporal, tonicidade e equilíbrio, capacidades perceptivas, coordenação motora global, coordenação motora fina, coordenação viso motora- manual e pedal.
Dentre o trabalho da psicomotricidade funcional, podemos destacar Aucouturier e Lapierre, professores de educação física franceses, que nas décadas de 70/80 favoreceram a mudança de paradigma, implementando a psicomotricidade vivenciada. Para Silva e Tavares (2010) o que mais caracteriza o trabalho psicomotor vivenciado “é o fato de a criança possuir vários modelos, é esta quem decide a brincadeira tornando-a mais independente, e respeitada como um todo”.
Nesse contexto, o profissional assume uma postura de mediador, de escuta atuante em sala com a professora, o que facilita sua compreensão, e interação com a criança, estimulando-a na prática psicomotriz. Lapierre baseia-se nos estudos de Wallon, privilegiando o jogo simbólico, acreditando que crianças e adultos desenvolvem-se com a psicomotricidade, para ele toda ação e material utilizado tem grande simbolismo, tem como principal objetivo a experiência corporal do aluno (apud SILVA e TAVARES, 2010).
Sendo esta prática indicada por permitir à criança entrar em contato com ela mesma e liberar seus desejos, prazeres, medos, ansiedades, comunicar consigo mesma e perceber o prazer de estar vivo.
Silva e Tavares (2010) apontam que o trabalho da Psicomotricidade Relacional foi realizado com um grupo de vinte e quatro crianças, com média de três anos de idade, que frequentam uma escola de educação infantil municipal tradicional e ficam na instituição em período integral. Após a aplicação da pesquisa constataram que a utilização da psicomotricidade vivenciada com este grupo que teve como objetivos ao observação de como as crianças se relacionam entre si, como se dá essa relação com objetos,com o próprio corpo, voltando-se para o aspecto afetivo desses relacionamentos proporcionou “resultados satisfatórios, para todo o grupo”, houve um grande avanço nas relações estabelecidas no grupo tanto no âmbito do intrapessoal, com no inter, ficando evidente a ampliação destas relações na turma como um todo. 
A prática psicomotora é fundamental para a educação, dessa forma é preciso conhecer para oportunizar uma formação integral aos alunos que se associam com o objetivo de organizar um corpo teórico que dá suporte para as pesquisas que são realizadas em seu âmbito. É fundamental que o educador conheça seus conceitos básicos, a fim de compreender sua importância no desenvolvimento infantil e entender por que alguns aspectos da psicomotricidade precisam ser trabalhados com as crianças. 
Portanto, a práxis psicopedagógica é entendida como o conhecimento dos processos de aprendizagem nos seus aspectos cognitivos, sociais, e biológicos. Pressupõe também a atuação tanto no processo normal da aprendizagem, como na percepção de dificuldades (diagnósticos) e na interferência no planejamento das instituições, nas relações professor-aluno, escola-família, entre outras (ABP, 2014).
A psicomotricidade pode também ser definida como o campo transdisciplinar que estuda e investiga as relações e as influências recíprocas e sistêmicas entre o psiquismo e a motricidade. Dentro de “uma visão holística do ser humano, a psicomotricidade encara de forma integrada as funções cognitivas, sócio-emocionais, simbólicas, psicolinguísticas e motoras, promovendo a capacidade de ser e agir num contexto psicossocial” (ABP, 2014, p.1).
Nesse contexto, “entender a psicomotricidade fazendo dela uma alavanca motivacional no processo pedagógico moderno de capacitação do Ser”, é redimensioná-la, pelo menos para o continente sul-americano, agora como ciência aplicativa, “tornando-a fazer novo, alternativa para acompanhar o elemento principal no desenvolvimento essencial da educação, que é a criança” (COSTALLAT et al, 2002, p.44). 
CONCLUSÃO
O estudo sobre Neurologia e Psicomotricidade é importante e oferece elementos para o trabalho com a educação psicomotora na educação infantil, lembrando que ela também pode estender-se ao Ensino Fundamental I.
A educação brasileira está em um momento de reestruturação e nas últimas décadas muitas transformações positivas tiveram início e também apontaram a relevância e se qualificar os profissionais e oportunizar uma proposta lúdica e nesse cenário a Psicomotricidade vem se efetivando enquanto ciência devido a sua relevância no desenvolvimento e na aprendizagem, e na superação de uma visão tradicional que separa corpo e mente, mas sim que um desenvolvimento para ser pleno necessita unir o motor, o afetivo e o cognitivo da criança. 
Ao estudar estes temas a partir da contribuição de autores como Ajuriaguerra, Lapierre, Wallon, Le Boulch entre outros é possível ampliar saberes teóricos e que contribuíram significativamente na fundamentação da prática.
 A inquietação docente frente às necessidades infantis durante a aprendizagem sempre é motivo de novas pesquisas e novas práticas, dessa forma as possibilidades amplas de trabalho com a motricidade certamente irão colaborar com a melhora da prática diária em sala de aula. 
REFERÊNCIAS
ABP. Associação Brasileira de Psicomotricidade. 2014. Disponível em: http://www.psicomotricidade.com.br/. Acesso em 08/04/2016
BOSSA, Nadia A. A psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática.
Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.
COSTALLAT, Dalila M.M.; GALVAI, Cláudia; PUCCA, Cláudia R.; BARBOSA, Hélio; LOUREIRO, Maria B.; SANSEVERINO, Marilda m.; NACARATO, Sérgio; FONSECA, Vítor da. A psicomotricidade otimizando as relações humanas. São Paulo: Arte e Ciência, 2002. (Coleção Estudos Acadêmicos). 
SILVA, Fabiane D.O; TAVARES, Helenice M. Psicomotricidade Relacional na escola de educação infantil tradicional. Em extensão, Uberlândia-MG, vol. 9, nº 1, p 19-32, jan-jun de 2010. Disponível em:
 http://www.seer.ufu.br/index.php/revextensao/article/viewFile/20522/10950. Acesso em 08/04/2016

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