Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
LESÃO DE FURCA · Anatomia: Caracteristica anatômica dos dentes multi radiculares. Definida como área entre as raízes onde estas começam a se separar do tronco radicular. Complexa morfologia anatômica, e o controle do biofilme e o adequado debridamento na área de furca são difíceis. O envolvimento de furca tem sido considerado um fator de risco para perda inserção e perda dentaria. · Classificação de furca proposta por Hump et al CLASSE I: Perda horizontal do tecido de suporte menor que 3mm. CLASSE II: Perda horizontal do tecido de suporte maior ou igual a 3mm. CLASSE III: Perda horizontal dos tecidos de um lado a outro da furca. · Avaliação da furca >Quantidade de destruição periodontal na área de furca varia de de paciente para paciente, de sitio para sítio para sítio. Usa-se a sonda nabers, que devido a sua curvatura possui melhor acesso a essa área · Tratamento diversos >Debridamento mecânico cirúrgico e não cirúrgico > > > > · Objetivo do tratamento de furca >A eliminação do biofilme das superfícies opostas do complexo radicular >O estabelecimento de uma anatomia das superfícies afetadas que facilite o adequado autocontrole do biofilme. · Escolha do tratamento depende de: 1.Anatomia radicular 2.Anomalias 3.O grau de envolvimento de furca 4.Expectativa e anseios do paciente frente ao tratamento indicado · Raspagem e alisamento radicular (RAR) Objetivo: Descontaminação do cemento contaminado por bactérias patógenas e sua remoção de sítios com doença periodontal. Melhor prognostico na lesão de furca classe I, pela presença de bolsas rasas e pouca perda óssea resultando na eliminação da inflamação · de furca *Redução horizontal de componente ósseo e dentário na entrada da furca; *Melhora a anatomia radicular da furca e facilita o acesso e higienização pelo paciente; *Remodelação da crista óssea alveolar ao nível da entrada da furca; *Para lesões de furca classe I e II; *Passa a escovinha na furca para higienização. · Tunelização *Usada em molares inferiores, resultando em uma furca totalmente aberta para obtenção de acesso à higiene bucal; *Desvantagem é a ocorrência de caries radiculares e exposição de canais laterais; *Furca grau II e III (inicial) · Ressecção *Lesão de furca classe II avançada e classe III; *Para molares superiores e inferiores; *Amputação radicular- remove uma raiz (pior); *Hemissecção radicular- separa as raízes. · Regeneração tecidual guiada (RIG) classe I e II(inicial) >Tal procedimento é realizado por meio de uso de membrana que atua como barreira mecânica >Tem as reabsorvíveis e as não reabsorvíveis >Visa eliminar o contato das células do tecido epitelial e conjuntivo gengival com a superfície radicular nos estágios iniciais de cicatrização >Estes procedimento depende de: Potencial de cicatrização; Profundidade de sondagem, além de fatores locais e cirúrgicos como a morfologia do defeito, a anatomia radicular, o tipo de membrana utilizada, a técnica cirúrgica, os padrões de higiene bucal pelo paciente e a manutenção da terapia periodontal. · Enxertos ósseos >Considerado um procedimento regenerativo, que possibilita reconstruir a anatomia, oferecendo assim uma previsibilidade ao tratamento. >Deslocamento total do retalho >Remoção do tecido de granulação e debridamento completo das superfícies radiculares com falta de inserção >Preenchimento do defeito com enxerto ósseo, reposiocionamento do retalho; sutura (retirar após 10 dias) >Boa higiene oral para que o prognostico seja favorável >Grau I e II só se for muito inicial mesmo. Instrumentos em Periodontia Os instrumentos periodontais tem como finalidade realizar o exame clínico, fazer raspagem supra/subgengival, acabamento e polimento dentário e cirurgias periodontais. Os instrumentos utilizados para raspagem são: curetas, foices, limas, enxadas e cinzeis (enxadas e cinzeis já não são tão utilizados). Partes do instrumental: · Cabo – deve proporcionar uma empunhadura confortável, textura estriada ou lisa, podem ainda ser maciços ou ocos · Haste – está localizada entre o cabo e a extremidade ativa, é mais fina que o cabo. Quanto ao comprimento podem ser longas (indicadas para dentes posteriores ou ainda dentes anteriores com grandes recessões) ou curtas (dentes anteriores). Quanto a angulação são menos anguladas (para dentes anteriores) ou mais anguladas (para posteriores). · Extremidade ativa – é a parte do instrumento que entra em atividade; serve para exploração e sondagem, além de remoção de cálculo. Instrumentos exploradores – podem ser: · Puros – explorador; · Medidores – sondas periodontais; · Marcadores – pinça krane Kaplan. 1. Explorador puro – serve para detectar cálculos supra e subgengival, detectar cáries, irregularidades no cemento, anormalidades na morfologia, examinar contorno de restaurações. 2. Sonda periodontal – sonda e mede profundidade de bolsa e sonda e mede perda de inserção. 3. Sonda de nabers – é utilizadas nas bi e trifurcações, milimetrada e serve para identificar lesão periodontal e perda óssea entre raízes. Instrumentos manuais utilizados para raspagem: Foices – Indicada para raspagem supragengival nas faces proximais. Há a foice para dentes anteriores – 0-00, que possui haste reta, ou seja, haste, cabo e extremidade ativa estão num mesmo plano; e a foice para posteriores – 11-12, que possui a haste curva, ou seja, haste, cabo e extremidade ativa estão em planos diferentes. 2. Limas –Indicada para fratura de grandes massas de calculo; subgengival; faces livres, proximais de áreas desdentadas e distal de últimos molares. 3. Curetas –Indicados também para aplainamento radicular. As mais longas e anguladas são para posteriores, enquanto as mais curtas e menos anguladas são para anteriores. Elas ainda podem ser universais ou especificas. Curetas universais – são desenhadas para adaptar-se a todas as superfícies dentarias e ambos os bordos da lamina são cortantes e utilizados para raspagem dental. Um exemplo é a cureta de Maccall, que há a 13-14 (anteriores) e a 17-18 (posteriores). São indicadas para raspagem supra e subgengival de todas as faces dentarias Curetas especificas – possuem características especiais que permitem acesso Maximo a uma área particular, e somente um ângulo de corte é utilizado, o outro ângulo é cego. É indicada para raspagem supra e subgengival. Curetas de gracey: · 1-2 e 3-4: anteriores; · 5-6: pré-molares e anteriores; · 7-8 e 9-10: faces livres de posteriores; · 11-12: posteriores – mesial; · 13-14: posteriores – distal. Outros tipos de Gracey: · Standard after five – possui haste 3mm mais longa e lamina mais fina, há todas as curetas de gracey, exceto a 9-10; · Standard mini Five – haste em miniatura, lamina equivalente a metade da lamina da after Five ou da gracey tradicional, a 9-10 tambem está ausente
Compartilhar