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Disfuncoes punho e cotovelho

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UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
LUCAS ARAÚJO BELTRÃO 
MARCELO AKIO KUSSANO 
YURI BUENO SANTANA SILVA 
ESTUDO DAS INCIDENCIAS DE DISFUNÇÕES DO COTOVELO E PUNHO E SUA PROPOSTAS DE TRATAMENTOS OFERTADOS PELA FISIOTERAPIA.
Professor: Dr. Igor Phillip Dos Santos Glória.
MOGI DAS CRUZES
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2020
UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
GABRIELA SANTOS PALMA
Trabalho apresentado ao curso de Fisioterapia da Universidade de Mogi das Cruzes, como parte dos requisitos para reposição das aulas de Fisioterapia Esportiva, devido a paralização por causa da pandemia do COVID19.
Professor: Dr. Igor Phillip Dos Santos Glória.
MOGI DAS CRUZES
2020
SUMÁRIO
1	INTRODUÇÃO	2
2	OBJETIVO	3
3	SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO 	3
3.1	AVALIAÇÃO 	3
3.2	TRATAMENTO	5
3.2.1	Fase Aguda 	5
3.2.2	Fase Cronica 	5
 3.3 ESPORTE COM MAIOR INSIDÊNCIA	5
4	EPICONDILITE LATERAL	7
4.1	AVALIAÇÃO	8
4.2	TRATAMENTO	8
4.3	ESPORTE COM MAIOR INSIDÊNCIA	10
5	EPICONDILITE MEDIAL	13
5.1	AVALIAÇÃO	8
5.2	TRATAMENTO	8
5.3	ESPORTE COM MAIOR INSIDÊNCIA	10
6	CONCLUSÃO	14
6	REFERÊNCIAS	14
 INTRODUÇÃO
 OBJETIVO
O presente trabalho tem como objetivo citar a incidência bem como as formas de avaliação e tratamento fisioterapêutico para Síndrome do Túnel do Carpo, Epicondilite Medial e Epicondilite Lateral. 
SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO. 
A STC (Síndrome Do Túnel do Carpo) é a mais frequente das síndromes compressivas e é definida pela compressão e/ou tração do nervo mediano ao nível do punho. Sua primeira descrição é atribuída a Paget, que reportou um caso de compressão do nervo mediano em consequência de uma fratura do rádio distal. Marie e Foix em 19132 publicaram a primeira descrição anatômica e histopatológica de uma lesão em ampulheta do nervo mediano com neuroma proximal ao retináculo dos flexores (RF). A partir dos anos 1950, os trabalhos de Phalen3 estabeleceram os princípios da STC. A prevalência do STC é estimada entre 4% e 5% da população, sobretudo entre 40 e 60 anos.
Do ponto de vista fisiopatológico, uma síndrome compressiva combina fenômenos de compressão e tensão. Anatomicamente, existem dois locais de compressão do nervo mediano: um no nível do limite proximal do túnel do carpo, ocasionado pela flexão do punho por causa da alteração na espessura, na rigidez da fáscia antebraquial e na porção proximal do RF; e o segundo no nível da porção mais estreita, próximo do hámulo do hamato. 
Compressão e tração nervosa podem criar, de maneira sequencial, problemas na microcirculação sanguínea intraneural, lesões no nível da bainha de mielina e no nível axonal e alterações no tecido conjuntivo de suporte.
Seus sintomas mais típicos acontece a partir da existência de dormência e formigamento nas mãos, principalmente nas extremidades dos dedos indicador, médio e anular. Na maioria dos casos acontece de forma bilateral. 
Uma característica muito importante a ser considerada é a prevalência desses sintomas durante a noite, fazendo com que as pessoas tenham que levantar movimentar as mãos ou mesmo colocá-las em imersão de água quente; algumas vezes pode surgir dor em todo membro superior (mão, antebraço e braço). Outra característica sintomática é a sensação de choque partes da mão, quando a pessoa realiza movimento como segurar um objeto com força.
avaliação
O histórico do paciente é o aspecto mais importante a ser avaliado durante o exame físico. O quadro inicial da STC caracteriza-se por queixas sensitivas, como sensação de formigamento intermitente, geralmente acompanhada de dor. A distribuição da dor e da parestesia manifesta-se na região inervada pelo nervo mediano. No entanto, essa distribuição é variável, uma vez que foi verificado, que 21% dos pacientes relataram parestesia e dor no antebraço; 13,8%, dor no cotovelo; 7,5%, dor no braço; 6,3%, dor no ombro; e 0,6%, dor na região cervical. 
Os sintomas em regiões mais proximais provavelmente estão relacionados ao fato de a compressão mecânica afetar o nervo mediano distalmente e proximalmente. Alguns sinais frequentemente utilizados para diagnóstico de STC são: teste de Phalen, teste de Tinel-Hofmann, compressão do nervo mediano e sinal de fraqueza do músculo abdutor curto do polegar. Esses sinais não parecem ser muito precisos, embora sejam aceitos para detecção da STC, sendo recomendado seu uso, exceto dos testes de compressão do nervo mediano e TinelHofmann, os quais têm boa especificidade mas pobre sensibilidade. Em outras palavras, esses testes produzem alto número de resultados falso-positivos e falso-negativos, o que os torna limitados como sinais clínicos e devem ser utilizados em associação ao sintoma de dor noturna e ao teste ENMG. 
Em um estágio mais avançado da STC, manifestações como alterações musculares e proprioceptivas também podem ocorrer. Por esse motivo, testes de força muscular bilaterais são indicados na avaliação. A hipotrofia tenar é característica das compressões crônicas. Nota-se, nesses casos, redução das forças de preensão palmar e de pinça polegar-indicador. Dentre as alterações motoras, ocorrem mudanças na propriocepção, redução da força muscular e perda do equilíbrio da relação agonista/antagonista. Essas alterações estão justificadas em casos crônicos, nos quais outras estruturas estão envolvidas. Havendo comprometimento motor, pode-se avaliar a atrofia tenar, a dificuldade ou a impossibilidade de rotação dos polegares (mãos entrelaçadas, rodar um dedo em volta do outro) e a diminuição de força de pinça polegar-indicador. 
Para o diagnóstico mais preciso é utilizada a ENMG, na qual é verificada a velocidade de condução nervosa por eletrodos de inserção. Esse teste é considerado padrão-ouro para STC e mostra a saúde fisiológica do nervo mediano através do túnel do carpo. Os parâmetros utilizados nessa avaliação são latência motora distal, latência sensitiva distal, latência sensitiva da palma até o punho, estimulação seriada por meio do punho, comparação de latências sensitivas entre os nervos mediano e ulnar e entre mediano e radial; comparação de latências sensitivas entre mediano e ulnar no dedo anular e eletromiografia. O diagnóstico dá-se por meio da comparação da função do nervo mediano, quando ele passa pela região do punho, com outro segmento do nervo ou com outro nervo, como o radial ou o ulnar. O nervo é ativado mediante estimulação elétrica transcutânea, induzindo um potencial de ação e despolarização. Os sinais gerados pela estimulação são comparados com os valores normais tomados de outra região. 
Há fatores que podem levar a um resultado falso-positivo, como idade, sexo, obesidade, diâmetro do dedo, patologia sistêmica associada e temperatura
tratamento
A identificação e a eliminação das condições que geram dor, tais como processo inflamatório generalizado, espasmo muscular mantido, posturas antálgicas, alterações funcionais e estruturais do aparelho locomotor, entre outras, contribuem para a eficiência da reabilitação. Para a reabilitação funcional do aparelho locomotor as medidas fisioterapêuticas são fundamentais. Os procedimentos fisioterapêuticos proporcionam alívio sintomático da dor, redução do uso de fármacos, diminuição da inflamação, relaxamento muscular, prevenção de deformidades, reabilitação da função motora e redução do sofrimento tecidual.
3.2.1 Fase Aguda 
Laser terapia, Nas duas últimas décadas, o laser de baixa potência (lasers de classe IIIb, de 5-500 mW, com feixe de luz vermelho ou próximo a infravermelho, com comprimento de onda de 600 a 1.000 nm) tem sido utilizado no tratamento de dores associadas a condições tais como neuralgias e afecções musculoesqueléticas. Alguns dos mecanismos sugeridos para o efeito terapêutico desse tipo de recurso têm sido revisados e incluem: aumento da produção de ATP pelas mitocôndrias, incremento do consumo de oxigênio pela célula, aumento dos níveis de serotonina e endorfinas, efeitos anti-inflamatórios e incremento da circulação sanguínea cutânea em alguns casos. Os efeitos primários do laser de baixa potência são considerados fotobiológicos emvez de fototérmicos. Seu uso pode ser dado por meio da forma de aplicação convencional, diretamente sobre o local da lesão, ou por intermédio do estímulo sobre pontos de acupuntura, tendo ambas as formas excelentes resultados relatados na literatura
Estimulação nervosa elétrica transcutânea (TENS), utilizada por meio da aplicação de eletrodos de superfície no foco do processo álgico, é de grande valia para a diminuição da dor referida pelo paciente. A propriedade de cessação do quadro álgico é atribuída, nas formas de estimulação de baixa frequência e maior largura de pulso, à liberação de substâncias pelo sistema nervoso central, e nas formas de maiores frequências e menores períodos de pulso utilizam, para promover analgesia, o mecanismo de teoria das comportas.
 Termoterapia por subtração de calor, Outra forma eficaz de se promover alívio do quadro álgico é a crioterapia. Seu efeito analgésico é proveniente da combinação da alteração da transmissão neural (que fica diminuída), redução do espasmo muscular (devida à diminuição da atividade do fuso muscular), alteração do fluxo sanguíneo aos músculos e nervos, bem como a liberação de substâncias pelo sistema nervoso central (endorfinas e encefalinas). Existem várias formas da aplicação de crioterapia, entretanto, não há indicação de que um modo particular de aplicação seja mais efetivo que outro, visto que os estudos realizados nesta área, em sua grande maioria, demonstram apenas qual forma de aplicação promove maior resfriamento tecidual em relação à outra. 
Termoterapia por adição de calor Na fase aguda inflamatória da STC a Termoterapia superficial deve ser utilizada com moderação, objetivando diminuir espasmos musculares e promover melhoria da circulação sanguínea local. A Termoterapia profunda, por sua vez, deve ser evitada, pois pode agravar a inflamação local. No entanto, o ultrassom deve ser indicado nessa fase, em sua forma pulsátil, pois, de acordo com estudos realizados, mostra-se como um excelente recurso terapêutico no que diz respeito à diminuição do quadro álgico, à parestesia e à dor noturna. 
Cinesioterapia, O alongamento da musculatura envolvida nos movimentos da mão é de alta valia, pois promove uma diminuição do processo inflamatório por meio de aumento do fluxo sanguíneo local, redução da tensão e compressão das estruturas internas do túnel do carpo, o que diminui a parestesia e o quadro álgico, bem como a manutenção do arco de movimento, a qual previne o aparecimento de adesões teciduais.23,37 O massageamento é um excelente método de tratamento para pacientes que apresentam dor miofascial. Deve-se levar em consideração também que esse recurso pode ser aplicado em regiões como cervical, escapular e dorsal, pois pacientes portadores da STC podem aumentar a tensão muscular dessas localidades, retardando o processo de reabilitação.
0. Fase Crônica 
1- Eletroterapia, O enfraquecimento e a diminuição da resistência muscular podem ser revertidos por intermédio da utilização da estimulação elétrica neuromuscular (EENM). Por meio da colocação de eletrodos de superfície, os quais devem ser posicionados de modo a estimular os pontos motores musculares, é possível induzir uma contração muscular isométrica, sem qualquer esforço por parte do paciente. Esse tipo de estimulação deve seguir um programa de treinamento específico, elaborado pelo fisioterapeuta, por meio da mesclagem de parâmetros eletroterápicos. 
2- Termoterapia, Nesta fase a Termoterapia de adição de calor, nas formas de aplicação superficial e profunda, é um excelente recurso terapêutico, pois melhora o metabolismo e a circulação local, aumenta a elasticidade do tecido conectivo, relaxa a musculatura e induz a analgesia, além de preparar o segmento afetado para a aplicação da cinesioterapia e potencializando seus efeitos, uma vez que modifica as propriedades viscoelásticas do tecido conectivo por meio da redução da viscosidade e da resistência elástica tecidual.
3- Cinesioterapia Deve ser dada continuidade aos exercícios de alongamento, para que se faça uma preparação anterior aos exercícios ativos-livres e, posteriormente, resistidos. Assim como é primordial a preservação da amplitude de movimento, a manutenção e o ganho da força muscular se fazem metas importantes da reabilitação para que se possa promover um reequilíbrio da fisiologia musculoesquelética, uma vez que, como dito anteriormente, a limitação funcional e consequente imobilidade parcial subsequente à STC leva geralmente à perda de força e resistência muscular.
esportes com maior insidência 
A STC está presente em esportes cujo existe alto índice de impacto (traumático) no punho e principalmente em esportes cujo seja realizado com movimentos repetitivos (Atraumáticos).
Dentro das diversas modalidades o índice de acometimento pela STC tem maior incidência em mulheres devido a fatores hormonais. 
Pode se citar como principais atividades: Basquetebol, Beisebol (com predominância dos arremessadores), MMA (incluindo todos os esportes do gênero que exista contato direto entre as mãos/punhos dos adversários, bem como uso das mãos para apoio devido as quedas), Musculação (geralmente não supervisionada), Tiro com Arco, boliche, e esportes que sigam com os mesmo movimentos de flexão e extensão de punho.
Embora nenhum esporte cause diretamente a STC existe a relação que alguns esportes podem ser os percursores da patologia caso o atleta (em especial sem supervisão) não realize o trabalho preventivo.
 epicondilite lateral 
avaliação 
tratamento 
esporte com maior insidência 
epicondilite medial 
AVALIAÇÃO 
TRATAMENTO 
esporte com maior insidência 
 CONCLUSÃO
7 REFERÊNCIAS
 CHAMMAS, Michel; BORETTO, Jorge; BURMANN, Lauren Marquardt; RAMOS, Renato Matta; SANTOS NETO, Francisco Carlos dos; SILVA, Jefferson Braga. Síndrome do túnel do carpo – Parte I (anatomia, fisiologia, etiologia e diagnóstico). Revista Brasileira de Ortopedia, [s.l.], v. 49, n. 5, p.429-436, set. 2014. Georg Thieme Verlag KG. http://dx.doi.org/10.1016/j.rbo.2013.08.007. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbort/v49n5/pt_0102-3616-rbort-49-05-0429.pdf. Acesso em: 18 mar. 2020.
CHAMMAS, Michel; BORETTO, Jorge; BURMANN, Lauren Marquardt; RAMOS, Renato Matta; SANTOS NETO, Francisco; SILVA, Jefferson Braga. Síndrome do túnel do carpo – Parte II (tratamento). Revista Brasileira de Ortopedia, [s.l.], v. 49, n. 5, p.437-445, set. 2014. Georg Thieme Verlag KG. http://dx.doi.org/10.1016/j.rbo.2013.08.008. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbort/v49n5/pt_0102-3616-rbort-49-05-0437.pdf. Acesso em: 18 mar. 2020.
Rodrigues David, Débora, Pires Oliveira, Deise A. A., Franco de Oliveira, Rodrigo Atuação da fisioterapia na Síndrome do Túnel do Carpo - Estudo de caso. ConScientiae Saúde [en linea]. 2009, 8(2), 295-299[fecha de Consulta 18 de Marzo de 2020]. ISSN: 1677-1028. Disponible en: https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=92912014018
SANTOS, Carlos Michell Tôrres; PEREIRA, Carlos Umberto. Reabilitação na síndrome do túnel do carpo. 2009. 4 f. Tese (Doutorado) - Curso de Fisioterapia, Associação de Ensino e Cultura Pio Décimo e Departamento de Medicina da Universidade Federal de Sergipe, Aracaju, 2009. Disponível em: http://files.bvs.br/upload/S/0103-5355/2009/v28n4/a2354.pdf. Acesso em: 18 mar. 2020.
 BARBOSA, Valéria Ribeiro Nogueira; DANTAS, Fábio Galvão; CARDOSO, Maria Aparecida Alves; MEDEIROS, Jovany Luis Alves de. Dor e parestesias nos membros superiores e diagnóstico da síndrome do túnel do carpo. Arquivos de Neuro-psiquiatria, [s.l.], v. 64, n. 4, p.997-1000, dez. 2006. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/s0004-282x2006000600021. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0004-282X2006000600021&script=sci_arttext. Acesso em: 18 mar. 2020.
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