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A CONTABILIDADE NOS NEGÓCIOS EMPRESARIAIS
Marcelo Augusto Machado da Silva
Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
Bacharelado em Administração (ADG 0597) – Prática do Módulo II
26/11/2015
RESUMO
Com o objetivo de mostrar apresentação de um Balanço Patrimonial e suas características mais importantes, analisando sua estrutura como um todo, juntamente com as teorias da contabilidade. Será abordado também os grupos que compõem o Balanço Patrimonial e sua organização. Realizando também a análise dos Ativos, Passivo e do Patrimônio Líquido aliado a seus conceitos, juntamente ao Demonstrativo do Exercício do Resultado (DRE).
Palavras-chave: Contabilidade, Balanço Patrimonial, Ativo, Passivo.
1 INTRODUÇÃO
O corpo teórico da contabilidade faz parte de um processo evolutivo, no qual houve a necessidade da resolução de problemas, gerados a partir da complexidade das contas geradas. Problemas estes referentes à produção, distribuição e consumo de insumos, materiais compra e venda ou troca de mercadorias. Já na antiguidade, muitos pensadores se dedicaram ao entendimento de diversos problemas econômicos, em específico a contabilidade como um todo. Na contabilidade podemos citar um demonstrativo de muito destaque, dentro da área contábil, onde este consegue organizar todos os movimentos financeiros de uma empresa. Isso tudo se dá no Balanço Patrimonial em sua estrutura aliado ao plano de contas apresentado pela empresa. Nele podemos analisar toda situação financeira de uma empresa, acompanhado também do seu Demonstrativo do Resultado do Exercício (DRE), que mostra num período de tempo o resultado que a entidade obteve.
2 A CONTABILIDADE NOS NEGÓCIOS EMPRESARIAIS
2.1 ORIGEM DA CONTABILIDADE
A mais de 20000 anos no Paleolítico Superior, quando era ainda primitiva a civilização, mas já havia a indústria de instrumentos, como forma de uso de uma inteligência já desenvolvida, com isso surgiram as observações do homem em relação a suas provisões que eram sua riqueza patrimonial. A qualidade e a quantidade das reservas de utilidades, quer de caça, quer de colheitas, foram elementos que o homem notou como algo distinto, como conquista de seu trabalho. (DE SÁ, p. 21)
O nascimento da Contabilidade é o da inscrição de elementos da riqueza patrimonial, passando, aos poucos a registros de melhor qualidade. O “meu” e o “seu” deram, na época, origem a registros especiais de “débito” (o que alguém tem que pagar) e “crédito” (o que eu devo pagar a alguém). (DE SÁ, p. 23) 
2.2 TOMADA DE DECISÃO E A CONTABILIDADE
Estamos sempre tomando decisões em nosso dia a dia, a todo instante. Como por exemplo que horas iremos acordar para ir ao trabalho, para fazer o almoço, sair para um cinema, etc., mas notamos que no mundo empresarial também não é diferente. Um gestor vive constantemente tomando decisões com base em dados, indicadores, valores, etc. A contabilidade é um grande instrumento usado pelos gestores em suas tomadas de decisão para empresa como um todo.
Segundo Marion (2009, p. 25):
A Contabilidade é o grande instrumento que auxilia a administração a tomar decisões. Na verdade, ela coleta todos os dados econômicos, mensurando-os monetariamente, registrando-os e sumarizando-os em forma de relatório ou de comunicados, que contribuem sobremaneira para a tomada de decisões.
Marion (2009, p. 25) ainda afirma que:
[...] Dentro de uma empresa, a situação não é diferente. [...] Decisões tais como comprar ou alugar uma máquina, preço de um produto, contrair uma dívida a longo ou curto prazos, quanto de dívida contrairemos, que quantidade de material para estoque deveremos comprar, reduzir custos, produzir mais. A Contabilidade é a linguagem dos negócios. Mede os resultados das empresas, avalia o desempenho dos negócios, dando diretrizes para tomadas de decisões.
2.3 OBJETIVOS DA CONTABILIDADE
Contabilidade pode ser considerada como sistema de informação destinado a prover seus usuários de dados para ajuda-los a tomar decisão Usuário pode ser considerado como qualquer pessoa (física ou jurídica) que tenha interesse em conhecer dados (normalmente fornecidos pela contabilidade) de uma entidade. Os usuários podem ser internos (gerentes, diretores, administradores, funcionários em geral) ou externos (acionistas, instituições financeiras, fornecedores, governo, sindicatos). (MARION, 2009, p. 27)
O objetivo principal da contabilidade, portanto, conforme a Estrutura Conceitual Básica da Contabilidade, é o de permitir a cada grupo principal de usuários a avaliação da situação econômica e financeira da entidade, num sentido estático, bem como fazer interferências sobre suas tendências futuras. (MARION, 2009, p. 28)
2.4 CONTABILIDADE NO BRASIL
O autor MARION (2009, p. 33), faz uma citação em seu livro, encontrada no livro do professor Sérgio de Iudícibus, A Teoria da contabilidade Cap. 2, que traz uma definição vinda de encontro com a Contabilidade no Brasil:
“Uma característica atual do estágio de desenvolvimento da Contabilidade no Brasil é paradoxal: a qualidade de normas contábeis à disposição ou editadas por órgãos governamentais (devido à inoperância de nossas associações de contadores, o Governo teve de tomar a iniciativa) é claramente superior – principalmente agora com a Lei de Sociedades por Ações – à qualidade média atual dos profissionais que terão de implementar estas normas. Nossa legislação, historicamente, adianta-se sempre em relação aos homens que irão utilizá-la, isto é mais sentido no campo contábil. ”
2.5 A ESTÁTICA PATRIMONIAL
Segundo Sá (1969, p. 49): 
A estática patrimonial é o estudo do grupo do patrimônio considerado sem movimento em um dado momento na sua estrutura qualitativa e quantitativa, isto é, nos seus elementos e nos seus componentes e valores.
As principais demonstrações da estática patrimonial são: Balanço orçamentário, balanço financeiro e balanço patrimonial. 
2.6 OS PRINCIPÍOS DA CONTABILIDADE
Dentre os vários princípios dentro da Contabilidade, podemos destacar dois de relevante importância. São eles: Principio da Entidade e Princípio da Competência.
2.6.1 Princípio da entidade
A empresa não pode misturar as contas pessoais do dono com as contas da empresa, e nem as contas de uma empresa com outra empresa, mesmo sendo do mesmo dono. 
Segundo FAVERO; LONARDONI; TAKAKURA; SOUZA, (2011, p. 51):
[...] Afirma a autonomia patrimonial, a necessidade de diferenciação de um Patrimônio Particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por consequência, nesta acepção o patrimônio não se confunde com aqueles de seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição. 
2.6.2 Princípio da Competência 
Não importa se houve ou não lucro, a movimentação financeira deve ser registrada, na dada onde ocorreu o vento contábil.
Segundo FAVERO; LONARDONI; TAKAKURA; SOUZA, (2011, p. 53):
[...] Determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento. Este princípio orienta que o reconhecimento da receita e despesa ocorre em função do fato gerador e pressupõe a confrontação das mesmas para a apuração do resultado.
2.7 MÉTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS 
Os registros das operações comerciais, industriais e públicas caminham para uma sistematização ampla a partir da Idade Média, ou seja, só oferecem uma organização de maior rigor lógico há cerca de pouco mais de um milênio. Não eram dois fatos que a partida dobrada estava, por evolução, a sugerir que se registrasse, mas um só fenômeno, sob dois aspectos contábeis: o de seu débito (efeito) e de seu crédito (causa). A inserção do valor sugeria-se em dobro, embora só um fato estivesse acontecendo, mas revestido de dois aspectos distintos (um valor identificando a causa e o mesmo valor identificando o efeito. (DE SÀ, p. 25)
Método de escrituração difundido na Itália por volta do século XIV,e que se tornou conhecido universalmente através da obra do Frei Luca Pacioli. A ideia central desse método consiste em que, em qualquer operação realizada haverá para cada débito um crédito de igual valor. O método das partidas dobradas pode ser considerado como um dos marcos mais importantes para o desenvolvimento da Contabilidade, e ainda hoje, os fatos são registrados de acordo com esse método. (FAVERO; LONARDONI; TAKAKURA; SOUZA, 2011, p. 132-133)
Com a obrigatoriedade metodológica de sempre se explicar, pelo registro, a causa e o efeito do que acontece, surgiu a Partida Dobrada. (DE SÀ, p. 26)
Outro livro que receberia todos os registros acontecidos, à medida que fossem ocorrendo, dia a dia, seria o Diário. (DE SÀ, p. 27)
2.8 RAZONETES
Esse método consiste em controlar as movimentações financeiras das contas patrimoniais sem utilizarmos valores negativos, permanecendo todos os valores positivos, mas reduzindo ou aumentando as contas conforme suas contrapartidas. Esse procedimento nos permite manter uma espécie de histórico dos valores das transações por onde passaram e onde estão os recursos das entidades. Para ilustrar o método das partidas dobradas utiliza-se razonetes (que também são conhecidos por contas T) para separar as operações em crédito (lado direito do razonetes) e débito (lado esquerdo dos razonetes), conforme apresentação gráfica abaixo: (ALMEIDA, 2015)
CONTA PATRIMONIAL
 
DÉBITO CRÉDITO
Quando utilizamos razonetes, sempre que ocorrer o lançamento de um evento, ele deverá ter seu desmembramento em um crédito em uma conta patrimonial ou em mais contas, como também precisará ter uma contrapartida em débito em outra conta ou em outras contas patrimoniais, desde que o valor total seja o mesmo tanto no débito quanto no crédito. (ALMEIDA, 2015)
2.9 COMPORTAMENTO DAS CONTAS EM FUNÇÃO DOS LANÇAMENTOS CONTÁBEIS
2.9.1 Contas do Ativo
Elas representam os bens e direitos da empresa e, por convenção, são consideradas de natureza devedora. Assim, qualquer lançamento a débito aumenta o saldo das contas do ativo e a crédito diminui. (FAVERO; LONARDONI; TAKAKURA; SOUZA, 2011, p. 141)
CONTAS DO ATIVO
	DÉBITO
	CRÉDITO
	Aumento
	Diminuição
2.9.2 Contas do Passivo
Representam as obrigações da empresa e, por convenção, são de natureza credora. Assim, lançamento a débito do passivo diminui o saldo e a crédito aumenta. (FAVERO; LONARDONI; TAKAKURA; SOUZA, 2011, p. 142)
CONTAS DO PASSIVO
	DÉBITO
	CRÉDITO
	Diminuição 
	Aumento
2.9.3 Contas do patrimônio líquido
São os recursos investidos pelos proprietários da empresa acrescidos ou reduzidos dos seus resultados obtidos. As contas do patrimônio líquido são, por convenção, de natureza credora. Assim, o saldo das contas aumenta por lançamento a crédito e diminui quando ocorrem lançamentos a débito. (FAVERO; LONARDONI; TAKAKURA; SOUZA, 2011, p. 142-143)
CONTAS DO PATRIMÔNIO LÍQUIDDO
	DÉBITO
	CRÉDITO
	Diminuição 
	Aumento
2.10 BALANÇO PATRIMONIAL
Demonstração que reflete a posição financeira e patrimonial da empresa em dado momento. É a demonstração de maior utilização pelas empresas e tem como finalidade demonstrar a posição de bens, direitos e obrigações em determinado momento, evidenciando a situação líquida. É muito importante para a análise da estrutura de capital e da capacidade financeira da empresa. 
O Balanço Patrimonial reflete a posição da empresa financeiramente. 
Segundo MARION (2009, p. 44-45):
É a principal demonstração contábil. Reflete a Posição Financeira em determinado momento, normalmente no fim do ano ou de um período prefixado. É como se tirássemos uma foto da empresa e vivêssemos de uma só vez todos os bens, valores a receber e valores a pagar em determinada data.
O Balanço Patrimonial é constituído de duas colunas: a coluna do lado direito, denominada Passivo e Patrimônio Líquido, a coluna do lado esquerdo, denominada Ativo. (MARION, 2009, p. 45) 
2.10.1 Ativo
São todos os bens e direitos de propriedade da empresa, mensuráveis monetariamente, que representam benefícios presentes ou benefícios futuros para a empresa. (MARION, 2009, p. 45)
A capacidade de geração de caixa é a característica mais importante do ativo. [...] O Ativo apresenta quatro características simultâneas: bens ou direitos, propriedade, mensurável em dinheiro e benefícios presentes ou futuros. (FAVERO; LONARDONI; TAKAKURA; SOUZA, 2011, p. 68)
2.10.1.1 Bens ou direitos
São bens os investimentos efetuados para que a entidade execute suas atividades com vistas a alcançar seu objetivo-fim. São classificados em bens tangíveis e intangíveis. Os bens tangíveis são aqueles que tem forma física por exemplo: veículos, edificações, móveis, equipamentos, etc. Os bens intangíveis não apresentam forma física, não sendo, portanto, palpáveis. Como por exemplo: marcas, patentes, fundo de comercio adquirido, etc. (FAVERO; LONARDONI; TAKAKURA; SOUZA, 2011, p. 68)
São direitos aqueles valores de que a empresa poderá dispor em prazo imediato ou futuro. São representados por duplicatas a receber, títulos a receber, aluguéis a receber, etc. (FAVERO; LONARDONI; TAKAKURA; SOUZA, 2011, p. 68)
2.10.1.2 Propriedade
Propriedade é a característica do Ativo que tem relação com a posse, contudo, nem sempre, a propriedade vem acompanhada de posse. Pode-se estar de posse de um bem ou direito sem, no entanto, sermos seu proprietário, assim como podemos ser proprietário de determinado bem ou direito sem ter sua posse. (FAVERO; LONARDONI; TAKAKURA; SOUZA, 2011, p. 69)
2.10.1.3 Mensuráveis em dinheiro
Os bens e direitos devem ser mensuráveis em dinheiro. Bens ou direitos que não tenham essa possibilidade de conversibilidade não serão considerados ativos, dada a impossibilidade de registro, em face da ausência de valor para sua identificação. Podem ser considerados de forma qualitativa e quantitativa. (FAVERO; LONARDONI; TAKAKURA; SOUZA, 2011, p. 69)
2.10.1.4 Benefícios presentes ou futuros
Para ser considerado Ativo, é necessário também que o bem ou direito possa trazer benefício no presente ou no futuro para a empresa, ou seja, tenha potencialidade de geração de caixa. (FAVERO; LONARDONI; TAKAKURA; SOUZA, 2011, p. 69-70)
2.10.2 Passivo
Vamos dividir o Passivo em dois grandes grupos: Exigível e não exigível. O passivo exigível evidencia toda obrigação (dívida) que a empresa tem com terceiros: contas a pagar, fornecedores de matéria prima (a prazo), impostos a pagar, financiamentos, empréstimos etc. A obrigação não exigível também pode ser vista como uma dívida. Só que essa dívida não será reclamada. Enquanto a empresa estiver num processo de continuidade, funcionando não precisa pagar essa obrigação. (MARION, 2009, p. 48-49)
2.10.3 Patrimônio Líquido
Evidencia recursos dos proprietários aplicados no empreendimento. O Patrimônio Liquido não é acrescido com os novos aumentos de capital, mas também, e isso é mais comum, com os rendimentos resultantes do capital aplicado. Esse rendimento denominamos de lucro. [...] Algebricamente, é bastante simples encontrar o PL: basta subtrair do ATIVO as dívidas da empresa, ou seja o PASSIVO. (MARION, 2009, p. 49-51)
2.10.4 Requisitos do balanço patrimonial
O Balanço Patrimonial é composto de um cabeçalho que conterá: denominação da empresa, título da demonstração (BL) e data de encerramento do balanço. O corpo do balanço é constituído por duas colunas: a esquerda, que chamamos de Ativo, e a direita, que chamamos de Passivo e Patrimônio Líquido (MARION, 2009, p. 54)
2.10.5 Grupo de contas
As contas do ativo são agrupadas de acordo com sua rapidez de conversão em dinheiro: de acordo com seu grau de liquidez. Em primeiro lugar agrupam-se as contas que já são dinheiro (caixa, bancos, etc.) com as que se converterão em dinheiro rapidamente (títulos a receber, estoques, etc) A esse grupo denominamos Ativo Circulante. (MARION, 2009, p. 62-63)
Em segundo lugar serão agrupadas as contas que se transformarão em dinheiro mais lentamente. São ativos de menor grau de liquidez (valores a receber, mas que levam muitotempo para serem recebidos. Estas contas denominamos de realizável a longo prazo que fazem parte de um grupo chamado Passivo Não Circulante (com vencimento superior a 12 meses). (MARION, 2009, p. 63)
As contas do Passivo e Patrimônio Líquido são agrupadas de acordo com seu vencimento, isto é, aquelas a serem liquidadas mais rapidamente serão destacadas daquelas a serem pagas num prazo mais longo. Em primeiro lugar, agruparemos as contas que serão pagas mais rapidamente (salários a pagar, impostos etc). Esse grupo é chamado de Passivo Circulante (com vencimento até a 12 meses. Em segundo lugar, as contas que serão pagas num prazo mais longo (financiamentos, etc). Essas contas são chamadas de exigível a longo prazo e fazem parte do grupo denominado Passivo Não Circulante. Em terceiro lugar, as contas que, praticamente não serão pagas. São as obrigações com os proprietários da empresa, as obrigações não exigíveis. Esse grupo é chamado de Patrimônio Líquido. (MARION, 2009, p. 63). 
De acordo com a Lei 6.404/76 e atualizações posteriores, o Balanço Patrimonial pode ser estruturado conforme segue: (FAVERO; LONARDONI; TAKAKURA; SOUZA, 2011, p. 66-67)
	BALANÇO PATRIMONIAL
Em ___/___/_____
	ATIVO
	PASSIVO
	Ativo Circulante
	Passivo Circulante
	 Disponibilidades
	 Fornecedores
	Caixa
	 Empréstimos Bancários
	 Bancos c/ Movimento
	 Obrigações Trabalhistas
	Créditos
	 Obrigações Sociais e Fiscais
	 Duplicatas a Receber
	 Obrigações Provisionadas
	 Outros Créditos
	 Outras Obrigações
	Estoques
	Passivo não Circulante
	 Mercadorias para Revenda
Despesas do Exercício Seguinte
	 Passivo Exigível a Longo Prazo
 Fornecedores
	Prêmios de Seguros a Apropriar
	 Financiamentos
	Ativo não Circulante
	 Outras Obrigações
	 Ativo Realizável a Longo Prazo
	
	 Créditos
	PATRIMÔNIO LÍQUIDO
	 Duplicatas a Receber
	Capital Social
	 Investimentos
	 Capital Social
	 Ações de Outras Companhias
	 (-) Capital a Integralizar
	Imobilizado
	 Ajustes de Avaliação Patrimonial
	 Imóveis para Uso
	 Reservas de Lucros
	 Veículos
	 Lucros ou Prejuízos Acumulados
	 Móveis e Utensílios
	
	 (-) Depreciação Acumulada
	
	Intangível
	
	 Fundo de Comercio
	
	 Marcas e Patentes
	
	 (-) Amortização Acumulada
	
2.11 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO – DRE
A Demonstração do Resultado do Exercício é um relatório contábil que procura demonstrar o resultado obtido pela entidade em determinado período de tempo através da confrontação entre as receitas e despesas desse mesmo período. Essa demonstração está intimamente ligada ao Princípio da Competência. De acordo com o art. 187 da Lei nº 6404/76 e atualizações posteriores, o DRE pode ser estruturado conforme segue: (FAVERO; LONARDONI; TAKAKURA; SOUZA, 2011, p. 92)
	DEMONSTRATIVO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
Período __/__/____ a __/__/____
	Receita Operacional Bruta
	 Vendas
	(-) Deduções da Receita Bruta
	 ICMS sobre Vendas
	 PIS sobre Faturamento
	 CONFINS sobre Faturamento
	 Devoluções e Abatimentos
	(=) Receita Operacional Líquida
	(-) Custo das Mercadorias Vendidas
	(=) Lucro Bruto
Despesas Operacionais
	 Despesas com Vendas
	 Despesas Gerais e Administrativas
	 (±) Despesas Financeiras deduzidas das Receitas Financeiras
	 (±) Outras Receitas e Outras Despesas Operacionais
	(=) Resultado Operacional Líquido
	(±) Outras Receitas e Outras Despesas
	 (+) Outras Receitas
	 (-) Outras Despesas
	(=) Resultado Líquido antes da Contribuição Social e Imposto de Renda
	(-) Provisão para Contribuição Social
	(-) Provisão para Imposto de Renda
	(=) Resultado Líquido antes das Participações 
	(-) Participações 
	 Participações de Debentures
	 Participações de Empregados
	 Participações de Administradores
	 Participações de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados
(=) Resultado Líquido do Exercício
É importante frisar que os fatores iniciais estejam corretos no DRE, pois caso não estejam, os mesmos irão influenciar nos resultados posteriormente lançados no DRE. Com isso não terá os dados reais a respeito da empresa a ser analisada. 
Segundo FAVERO; LONARDONI; TAKAKURA; SOUZA, (2011, p. 93): 
A Demonstração do Resultado do Exercício é apresentada de acordo com o método dedutivo, ou seja, tomam-se como ponto de partida para apuração do resultado do período as vendas totais ocorridas, e partir daí, através de um processo dedutivo, chega-se ao resultado. Nesse sentido, entendemos ser importante salientar que, os parâmetros iniciais devem estar absolutamente corretos, pois, caso contrário, em nenhuma hipótese chegaremos a resultados corretos. Em outras palavras; se o valor das vendas não representar o total das transações da empresa, os lucros apurados também não refletirão os resultados reais.
2.12 CONCEITUANDO RECEITAS, DESPESAS E RESULTADOS
O DRE, apresenta os resultados obtidos por uma entidade, realizando a comparação entre receitas e despesas para obter seu resultado. Abaixo segue os conceitos de cada fator envolvido, sendo eles nesse caso, as Receitas, Despesas e o Resultado. 
2.12.1 Receitas
Receita representa a entrada de recursos para o Ativo, sob forma de dinheiro, direitos a receber e outros, decorrentes da venda de mercadorias, produtos ou serviços, em determinado período de tempo, provocando consequentemente alterações no Ativo e Patrimônio Líquido das entidades. (FAVERO; LONARDONI; TAKAKURA; SOUZA, 2011, p. 99)
2.12.2 Despesas
Despesa representa os sacrifícios de recursos com que a entidade se vê obrigada a arcar para obtenção da receita. (FAVERO; LONARDONI; TAKAKURA; SOUZA, 2011, p. 102)
2.12.3 Resultado
[...] Resultado representa a diferença entre as receitas e despesas de uma entidade em determinado período de tempo. De acordo com o comportamento das receitas e despesas, o resultado pode ser assim classificado: (FAVERO; LONARDONI; TAKAKURA; SOUZA, 2011, p. 99)
· Positivo: Quando a soma das receitas for superior à soma das despesas. Esse resultado é comumente denominado de lucro nas empresas com fim lucrativos e superávit nas sem fins lucrativos. (FAVERO; LONARDONI; TAKAKURA; SOUZA, 2011, p. 99)
· Equilíbrio: Quando a soma das receitas for exatamente igual à soma das despesas. (FAVERO; LONARDONI; TAKAKURA; SOUZA, 2011, p. 102)
· Negativo: Quando a soma das receitas for inferior à soma das despesas. Nas empresas com fins lucrativos recebe a denominação de prejuízo e nas sem fins lucrativos a denominação de déficit. (FAVERO; LONARDONI; TAKAKURA; SOUZA, 2011, p. 104)
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com esse trabalho foi possível observar a importância da contabilidade em sua vivência prática. Com ela podemos obter através de suas demonstrações contábeis vários dados importantes sobre uma empresa. 
Foi possível observar métodos de cálculo, onde foi focado o Balanço Patrimonial, e o demonstrativo do Resultado do Exercício (DRE) desde sua construção e organização. Nele podemos constatar todos os detalhes de uma movimentação financeira de uma empresa. 
Um administrador deve dar grande atenção ao analisar um Balanço Patrimonial, pois nele concentra-se dados que poderão mudar os rumos de uma decisão dentro da Organização, sabendo filtrar e usá-los para suas tomadas de decisão.
REFERÊNCIAS
FAVERO, Hamilton Luiz; LONARDONI, Mário; SOUZA, Clóvis de; TAKAKURA, Massakazu. Contabilidade Teoria e Prática. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial. 15. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
DE SÁ, Antônio Lopes. Teoria da Contabilidade. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
ALMEIDA, José Elias Feres. Fundamentos de Contabilidade para os Negócios. 1. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015.

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