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PODCAST NOVAS VOZES DO DIÁLOGO EDUCATIVO JONETE

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2

PODCAST: NOVAS VOZES DO DIÁLOGO EDUCATIVO
Aluno: Jonete Brito da Silva a, Orientador: Dayane Feitosa Lima b
aUEA- Universidade do Estado do Paraná
b UEA- Universidade do Estado do Paraná
	A R T I C L E I N F O
	
	R E S U M O
	
Palavras chave:
Podcast;
Evolução;
Tecnologia.
E-mail: 
ª jonetebrit602@gmail.com
b dflima@uea.edu.br
Eixo Temático:
Tecnologia
	
	
Esta trabalho, de cunho teórico, trata- se esclarecer a importância educativa do podcast como tecnologia direcionada à ampliação da expressão e audição de vozes diversas na formação dos Sujeitos, possibilitando o contato e exercício de temas, valores e opiniões normalmente suprimidos em diversos contextos, inclusive em sala de aula. Nesse intuito, os usos atuais do podcast no Brasil – país pautado por uma crescente inserção dessa tecnologia – serão contrapostos, além de ao contexto escolar típico, à natureza geral de produções em tecnologias afins. A afirmativa exposta servirá para ressaltar a teste deste artigo, cuja relevância será sublinhada também pela apresentação da ausência na bibliografia da área da discussão aqui proposta. Como conclusão, apresenta-se o reforço da perspectiva do podcast enquanto tecnologia de ampliação de possibilidades educativas no viés apresentado.
1 INTRODUÇÃO
O processo educativo é imprescindível no desenvolvimento das capacidades das crianças. Nesta perspectiva, o papel do professor é de promover situações de aprendizagem para que se construa o conhecimento. Isso proporciona ao educando conteúdos necessários para a formação intelectual e social que a criança necessita para viver em sociedade e saber de seus direitos e deveres.
Este trabalho visa esclarecer a importância educativa do podcast como tecnologia direcionada à ampliação da expressão e audição de vozes diversas na formação dos Sujeitos, possibilitando o contato e exercício de temas, valores e opiniões normalmente suprimidos em diversos contextos, inclusive em sala de aula. 
A relevância do cenário exposto será sustentada pelo referencial educativo de Paulo Freire, para o qual a educação relaciona-se à interseção das opiniões múltiplas dos Sujeitos, em diálogo alheio a quaisquer privilégios relativos a um ou outro valor.
São dois os aspectos que melhor diferenciam uma mídia da outra. Enquanto o rádio exige um ouvinte passivo e disponível à sua programação, o podcast é um arquivo gravado e disponível para download que pode ser consumido quando a pessoa bem entender. Além disto, em um veículo de massa como o rádio, é necessário partir de comunicações amplas para impactar o maior número de pessoas, já no podcast, a grande graça é você produzir para o nicho.
A motivação para estudá-lo é o entendimento de que esta ferramenta auxilia de várias formas o professor em sala de aula, porém ainda é pouco conhecida e usada. Da mesma forma, os jovens de hoje vivem a tecnologia intensamente, e a utilização de recursos digitais pode possibilitar um interesse maior por parte dos alunos. Dessa forma, compreende-se que as tecnologias são desafiadoras e promovem a curiosidade dos jovens.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA E/OU TRABALHOS RELACIONADOS
2.1PODCAST
O Podcast é uma ferramenta com capacidades e potencial considerável para ser utilizado no ensino, diversas formas de utilização em sala de aula, promove a discussão, o trabalho colaborativo e a produção de material didático por parte dos alunos, além de ser capaz de promover aprendizado através dos níveis cognitivos de forma escalar e progressiva. Devido isso, a ferramenta foi escolhida para estudo e aplicação neste trabalho. Segundo JUNIOR (2007):
” Num mundo globalizado onde o tempo ´e escasso, o podcast surge como uma tecnologia alternativa extremamente potente para ser utilizada a serviço do processo de ensino e aprendizagem tanto na modalidade a distância(e-learning) ou como no complemento ao ensino presencial (b-learning). De fato, o podcast permite ao professor disponibilizar materiais didáticos como aulas, documentários e entrevistas em formato áudio que podem ser ouvidos pelos estudantes a qualquer hora do dia e em qualquer espaço geográfico. O estudante pode acessar a informação disponibilizada pelo professor e baixa-lo para o seu dispositivo móvel, utilizá-la onde e quando quiser e ainda interagir com o professor sob a forma de comentários deixados no aplicativo” (Junior et al. 2007).
Aproximar a comunidade da escola é um dos desafios da educação e o uso dos podcasts pode ser uma das alternativas. Segundo BARROS, MENTA (2007):
Os podcasts em educação podem ser trabalhados de forma crítica e dinâmica, oportunizando ao aluno um papel ativo na construção do saber, podendo levar os envolvidos a terem voz e ouvidos, na perspectiva de alcançar a formação de cidadãos que tenham muito mais do que informação a distribuir (BARROS; MENTA, 2007).
Apesar do pouco uso de podcast na educação, a escola não pode ficar alheia a esta nova tecnologia de difusão, que permite experiências de trabalho colaborativo e cooperativo, com interesse pedagógico.
2.2 PODCAST NO ÂMBITO ESCOLAR.
Os Podcasts, ao serem empregados na educação, podem potencializar a construção do conhecimento pelos próprios alunos, ou pelos educadores, sendo que a sua criação, no âmbito da realização de trabalhos, pode vir a proporcionar uma experiência interessante. Neste sentido de acordo com CRUZ (2009):
Ao utilizar um Podcast o professor alia informação, entretenimento, dinamismo e rapidez ao processo de ensino-aprendizagem. Mas criar um Podcast exige ao professor muita dedicação uma vez que conceber e dinamizar atividades exige uma grande capacidade de trabalho e criatividade. Na verdade, o saber que os mesmos conteúdos podem ser abordados de forma “tradicional” e que, normalmente, não requerem aquele esforço, pode constituir uma barreira para que o professor utilize estes recursos em aula. No entanto, vencida esta realidade, o professor pode estar certo que o trabalho que vai desenvolver trará frutos, sobretudo, no modo como os alunos reagem às atividades propostas (cujo interesse aumenta a responsabilidade pessoal sobre o que aprende) (Cruz, 2009, p. 67).
Seu processo de produção pode promover a interação entre a equipe de produção, instigar a discussão entre pontos divergentes sobre determinado tema, além de propiciar um motivo concreto para a sua produção uma vez que ele se realiza em um suporte de simplificado acesso. 
De acordo com Junior e Coutinho (2007), não há um modelo de ensino ideal nem mesmo uma ferramenta que prometa resolver todos os problemas do ensino e da aprendizagem humana. Assim, o Podcast não pode – e nem deve – ser encarado como uma solução definitiva para os problemas educacionais, e sim visto como um instrumento de auxílio na aprendizagem dos alunos, principalmente se combinado com outros métodos de ensino, enriquecendo a experiência educacional para a transmissão e construção do conhecimento. 
Paulo Freire (1971) elencou um norteador pedagógico focado na educação enquanto atividade de interlocução em busca da ampliação de leitura de mundo. Por esse referencial, estarão aquém de suas potenciais ações educativas desvinculadas da busca pelo conhecimento das mais diversas vozes constituintes do mundo a ser lido. Demanda educativa por multiplicidade de vozes que remonta também às possibilidades de expressão da voz do Sujeito em contato com os demais. Em outras palavras: educar-se é falar e ouvir vozes as mais diversas.
Para a construção da fundamentação teórica do nosso estudo, iniciamos com a realização do Estado de Conhecimento que, segundo Morosini e Fernandes (2014, p.155) é “[...] identificação, registro, categorização que levem à reflexão e síntese sobre a produção científica de uma determinada área, em um determinado espaço de tempo, congregando periódicos, teses, dissertações e livros sobre uma temática específica”. É, desta forma, uma metodologia de aproximação ao tema que pretendemos estudar. A partir dela, buscamos os trabalhos e pesquisas mais atuais para que possamos conhecer o que está sendo produzido na áreae tema que temos interesse bem como de que forma estas pesquisas estão sendo realizadas. 
De acordo com Morosini e Fernandes (2014):
 “O Estado de Conhecimento possibilita uma visão ampla e atual dos movimentos da pesquisa ligados ao objeto de investigação que pretendemos desenvolver. É, portanto, um estudo basilar para futuros passos dentro da pesquisa pretendida”. (Morosini e Fernandes, 2014, p.158)
Sendo assim, a partir da escolha do tema da pesquisa e da definição de seu problema, torna-se fundamental a construção do estado de conhecimento para compreendermos como e sobre o que os trabalhos estão sendo realizados. O estado de conhecimento teve como objetivos identificar as pesquisas, teses e dissertações produzidas nos últimos dez anos sobre os temas relacionados a presente pesquisa obtendo uma primeira aproximação com o campo de estudos; analisar os tipos de pesquisa, a forma como são elaboradas e os principais autores referenciados buscando perceber como está sendo realizada a pesquisa na área nos dias de hoje; e construir categorias com os principais temas abordados. 
2.3“COMO O USO DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS PODE COMPLEMENTAR A COMUNICAÇÃO ENTRE A FAMÍLIA E A ESCOLA DE EDUCAÇÃO INFANTIL?”
A partir da nossa questão de pesquisa “Como o uso das Tecnologias Digitais pode complementar a comunicação entre a família e a escola de Educação Infantil?” e do objetivo geral “Investigar como o uso das Tecnologias Digitais pode auxiliar na comunicação entre a escola e a família no que tange ao acompanhamento do desenvolvimento das crianças em escolas que atendem apenas a etapa da Educação Infantil” definimos os indicadores que foram buscados nos bancos de dados. A saber: comunicação família-escola, comunicação escolar, escola educação infantil e tecnologias digitais na escola.
Isso ocorre pelo fato de que nesse cenário plural comtempla-se o exercício de opiniões desvinculadas de significativas restrições. Além disso, considerando a liberdade expressiva em questão, a consequente exposição às antíteses de seus valores próprios propicia a homens e mulheres uma ampliação das possibilidades de crescimento educativo. Razão pela qual a educação do cristão demanda conhecer o ateu, a do homossexual o heterossexual, a do liberal o conservador e, em todos esses casos – e em tantos outros –, vice-versa. Ignorar a voz de grupos, seja por serem minoritários, representarem visões divergentes ou mesmo por não atenderam a interesses diversos (comerciais, políticos, religiosos, entre outros) corresponde a uma ação contrária à educação. 
Nessa relação, como será exposto neste artigo, as características de uso da tecnologia podcast no Brasil apresentam um largo exercício da relatada pluralidade de vozes. Os podcasts no Brasil atuam como amplificadores de vozes costumeiramente ignoradas. Em grande medida produzidos alheios à lógica do lucro financeiro e atentos ao interesse espontâneo, acabam preenchendo um espaço educativo de exposição e discussão de temas pouco veiculados ou inexistentes em outros âmbitos: na grande mídia, no dia a dia social ou mesmo na escola. Assim, o cenário dos podcasts brasileiros, produzidos em sua maioria fora de contextos escolares, apresenta-se como um espaço educativo cada vez mais significativo, ainda que a Escola pouco atente-se a isso, associando a relevância dessa tecnologia como restrita à veiculação de materiais de aulas. Restrição essa reproduzida também pelos estudiosos da área, como será exposto posteriormente neste artigo. 
Diante disso, é preciso apontar, pelo referencial educativo seguido, que a interlocução relativa à multiplicidade de vozes remete-se não apenas a troca de falas, mas a uma consideração igualitária e plural. Portanto, desvinculada de contextos de privilégio a qualquer voz pretensamente “superior” – seja o professor ou qualquer outro proclamado “detentor do direito à fala” – sobre outra tida como “inferior” – sejam alunos ou figuras pouco valorizadas socialmente. Contrariar tal noção remete-se ao exercício de uma educação bancária, baseada no “depósito” de informações prontas do mestre no aprendiz (Freire, 1987, p.58). 
2.4 A UTILIZAÇÃO DOS PODCAST FAVORECE O DIÁLOGO
Nessa medida, considerando o diálogo como “a coparticipação do ato de pensar” (Freire, 1971, p. 66), a utilização dos podcast favorece o diálogo por ser, geralmente, permeado pela pluralidade, pelas possibilidades de expressão livre, pela ausência da hierarquia típica da separação entre falantes – produtores – e ouvintes – audiência -, expediente regular das mídias comerciais. Por essas razões, emerge a necessidade da análise do podcast em sua relação com os aspectos educativos expostos, de modo a observar como o uso dessa tecnologia pode contribuir às práticas educativas no que se refere a ampliação do exercício e acesso à vozes as mais diversas. 
Na busca pela construção de tal análise, este artigo irá inicialmente apresentar a tecnologia em questão, contrapondo definições correntes na literatura da área em favor de uma consideração do podcast a partir de critérios que almejam se aproximar mais de quesitos educativos no pensamento da tecnologia educacional. Em seguida, será apresentada ao leitor uma breve síntese do cenário brasileiro de podcasts, ressaltando a multiplicidade de vozes presentes nas mais diversas produções disponíveis on-line. 
Essas exposições servirão de mote para o desenvolvimento da análise do podcast enquanto tecnologia propiciadora da ampliação de vozes nos contextos da mídia comercial e não comercial. Serão observados, igualmente, os potenciais de uso do podcast na cessão de vozes a falas costumeiramente silenciadas no ambiente escolar. Ainda, será apresentado a utilização de tal tecnologia direcionada ao acesso a vozes que, por razões cronológicas, acabam por não ser ouvidas pelos Sujeitos em geral. Posteriormente, será exposta a ausência, na literatura da área, da consideração dos diversos contextos passíveis de uso educativo do podcast. Por fim, reflexões apresentadas servirão de subsídio a exposição do papel do podcast enquanto ponto de encontro educativo.
O Referencial durante alguns anos norteou e fundamentou o trabalho das escolas de educação infantil. No entanto, conforme se foi avançando nos estudos sobre essa área, começou-se a discutir sobre a concepção de criança e de aprendizagem, pois o Referencial segregou as áreas de aprendizagem o que, na educação infantil, são 27 indissociáveis. 
Como afirmam Paniagua e Palacios (2007):
 “Uma criança está aprendendo e incorporando ativamente informações quando experimenta, quando observa, quando faz, quando ouve, e assim por diante”, sendo assim, podemos dizer que a criança aprende com o corpo todo, de forma integral. (Paniagua e Palacios ,2007, p.14)
Em 2010, o Ministério da Educação (MEC) publicou as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, afirmando que desde a Constituição de 1988.
“O campo da Educação Infantil vive um intenso processo de revisão de concepções sobre educação de crianças em espaços coletivos, e de seleção e fortalecimento de práticas pedagógicas mediadoras de aprendizagem e do desenvolvimento das crianças” (BRASIL, 2010, p.07). 
Desta forma, as Diretrizes buscam “[...] orientar as políticas públicas e a elaboração, planejamento, execução e avaliação de propostas pedagógicas e curriculares da Educação Infantil” (BRASIL, 2010, p.11).
3 METODOLOGIA
Utilizou se para o presente estudo foi utilizada uma pesquisa bibliográfica, que segundo Gil conceitua como: 
“Pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos” acerca de autores colaboradores ao entendimento da aprendizagem e suas dificuldades na aquisição.” (GIL, 1999, p. 48)
Portanto, a natureza desta pesquisa teve um caráter exploratório, tendo como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a constituir hipóteses. A grande maioria destas pesquisas envolve: (a) levantamento bibliográfico; (b) entrevistascom pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado; e (c) análise de exemplos que „estimulem a compreensão ‟. Exemplos destas pesquisas podem ser classificados como bibliográfica, GIL (2007).
Na análise qualitativa temos que observar duas atividades que são: perceber quais dados pode ser analisado e como podem ser explicados e, depois, desenvolver atividades adequadas aos tipos de dados e às informações que devem ser analisadas. O procedimento de análise qualitativa não busca reduzir dado e, sim, descrever detalhadamente contribuindo para a compreensão e análise do contexto estudado.
Como o uso de tecnologias digitais pelas/nas escolas é um tema bastante atual e, na relação com as famílias em escolas de educação infantil, ele não possui tradição de pesquisa na área de Educação no contexto brasileiro, justificamos assim a relevância e importância deste estudo. A abordagem qualitativa baseada no estudo de caso auxilia nosso estudo e suas interpretações na medida em que buscamos investigar: Como o uso das Tecnologias Digitais pode complementar a comunicação entre a família e escola de Educação Infantil? Identificando, compreendendo e refletindo sobre este fenômeno: o uso recente do podcast pelas escolas de Educação Infantil para a comunicação com as famílias.
O uso de tecnologias requer investimento financeiro e uma infraestrutura adequada para que ele seja efetivo. Sendo assim, optamos por realizar a investigação nas escolas de educação infantil privadas, que, normalmente, têm mais recursos para este investimento. Já o recorte de escolas que atendem apenas à Educação Infantil foi realizado pelo mesmo motivo, pois se comparássemos escolas privadas de Educação Básica com as exclusivas de Educação Infantil com certeza teríamos uma diferença muito significativa tanto de estrutura quanto de recursos.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Este trabalho teve o objetivo de demonstrar a importância do uso de recursos tecnológicos, fazer um levantamento de artigos e podcasts disponíveis na web. Os objetivos foram alcançados, pois, verificou-se que o uso de recursos de áudio tem grande importância e trazem benefícios, desinibindo as crianças e jovens fazendo com que interajam com as tecnologias, professor e colegas. Destacaram-se também algumas possibilidades de uso com crianças pequenas, tais como conto e reconto de história, musicalização, poesias, entre outras. Este trabalho teve como contribuição demonstrar algumas possibilidades em que o podcast pode ser usado na educação em geral e com seus benefícios ao educando.
5 CONCLUSÃO 
Ao utilizar o podcast como instrumento de aprendizagem muitos são os benefícios que se pode perceber. É um recurso que os alunos podem utilizar para aprender dentro e fora da sala de aula, publicando com facilidade seus arquivos com ajuda ou não do professor para partilhar com os demais colegas. Na era da informação o podcast surge como uma ferramenta viável, sem custo e que auxilia de forma motivadora a aprendizagem. Proporciona ao aluno a oportunidade de ser um sujeito ativo ao construir seu conhecimento, levando em consideração a realidade em que os alunos atuais estão inseridos.
Portanto, no que se refere ao uso de podcast pelo professor, percebeu-se que é uma ferramenta que auxilia podendo apresentar o conteúdo em áudio, em vídeo ou em texto, oportunizando aos alunos rever o conteúdo mais que uma vez se for necessário e em qualquer espaço. Auxilia também alunos com dificuldade de aprendizagem. Desse modo, é necessário inserir novas possibilidades de ensino, pelas quais elas fiquem à vontade e possam desenvolver sua aprendizagem, interagindo com o professor, colegas e ferramentas tecnológicas. Assim, vindo a somar também no que diz respeito à autonomia.
REFERÊNCIAS
Andrade, A. A. M. (2010). Entrevista de orientação acadêmica (oral). Entrevistador: Eugênio Paccelli Aguiar Freire. Natal.
BARROS, G. C.; MENTA, E. (2007) Podcast: produções de áudio para educação de forma crítica, criativa e cidadã. Revista de Economía Política de las Tecnologías de la Información y Comunicación, IX, n. 1, pp. 74-89
BRASIL. (1998). Lei Nº 9.612, de 19 de fevereiro de 1998. Institui o Serviço de Rádiodifusão Comunitária e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9612.htm.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes curriculares Nacionais para a educação infantil /Secretaria de Educação Básica. – Brasília: MEC, SEB,2010a. 
Bufarah, A. (2003). Rádio na Internet: convergência de possibilidades. In XXVI Congresso Brasileiro das Ciências da Comunicação Intercom. Comunicação ao Núcleo de Mídia Sonora. Belo Horizonte.
CRUZ, S. C. O Podcast no Ensino Básico. Actas do Encontro sobre Podcasts. Braga: CIEd, 2009.
Freire, E. P. A. (2010). Construindo um modelo de referência à participação ativa dos sujeitos em projetos educativos em ambiente on-line. São Paulo: Clube de Autores. 
Freire, E. P. A. (2011). O podcast como ferramenta de educação inclusiva para deficientes visuais e auditivos. Revista Educação Especial, Santa Maria, v.24, n. 40, maio/ago. Disponível em:http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs2.2.2/index.php/educacaoespecial/issue/view/210/showToc Acessado em : 09
Freire, P. (1971). Extensão ou comunicação? Rio de Janeiro: Paz e Terra. Freire, P. (1987). Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 
GIL, A.C. Metodologia de pesquisa: como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5.ed. São Paulo: Atlas, 1999, p. 48
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2009). De 2005 para 2008, acesso à Internet aumenta 75,3%. Disponível em:http://www.ibge.gov.br/ home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=1517 
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2010). Em dezembro, volume de vendas e receita variam -0,4%. Disponível em:http://www.ibge.gov.br/home/ presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=1558&id_pagina=1 
Junior, B., Batista, J., and Coutinho, C. (2007). Podcast em Educação: um contributo para o estado da arte. 12, 13, 22, 23, 26, 30 
MOROSINI, M. C.; FERNANDES, C.B. Estado do conhecimento: conceitos, finalidades e interlocuções. Educação por escrito, Porto Alegre, v.5, n.2, p.154-164, juldez 2014.
PANIAGUA, Gema; PALACIOS, Jesús. Educação infantil: resposta educativa à diversidade. Porto Alegre: Artmed, 2007. 
Wolton, D. (2007). Internet, e depois? uma teoria crítica das novas mídias. Porto Alegre: Sulina.

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