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0 CENTRO UNIVERSITÁRIO ÍTALOBRASILEIRO LICENCIATURA EM PEDAGOGIA ELIZABETH RIBEIRO DE SOUZA GENILDA SOUZA MENDES JAQUELINE LOPES PEREIRA MARIA VERA O. G. DE SOUZA RENATA MARIA COSTA SABRINA ASSUNÇÃO SILVIA SOUZA TATIANA FERREIRA VIVIAN CAETANO LIMA O USO DAS NOVAS TECNOLOGIAS NO ENSINO FUNDAMENTAL I (ciclo II): NO MUNICIPÍO DE SÃO PAULO SÃO PAULO 2015 1 ELIZABETH RIBEIRO DE SOUZA GENILDA SOUZA MENDES JAQUELINE LOPES PEREIRA MARIA VERA O. G. DE SOUZA RENATA MARIA COSTA SABRINA ASSUNÇÃO SILVIA SOUZA TATIANA FERREIRA VIVIAN CAETANO LIMA O USO DAS NOVAS TECNOLOGIAS NO ENSINO FUNDAMENTAL I(ciclo II): NO MUNICIPÍO DE SÃO PAULO Monografia do Trabalho de Conclusão de Curso apresentada ao Centro Universitário Ítalo Brasileiro, como parte dos requisitos para obtenção do título de licenciado em Pedagogia, sob orientação do Prof. Dr. José Luiz Germano Martins e da Prof.ªMs. AngelicaCostalunga. SÃO PAULO 2015 2 ELIZABETH RIBEIRO DE SOUZA GENILDA SOUZA MENDES JAQUELINE LOPES PEREIRA MARIA VERA O. G. DE SOUZA RENATA MARIA COSTA SABRINA ASSUNÇÃO SILVIA SOUZA TATIANA FERREIRA VIVIAN CAETANO LIMA O USO DAS NOVAS TECNOLOGIAS NO ENSINO FUNDAMENTAL I(ciclo II): NO MUNICIPÍO DE SÃO PAULO Monografia de Conclusão de Curso de Graduação apresentada ao Centro Universitário Ítalo Brasileiro, como parte dos requisitos para obtenção do título de Licenciatura em Pedagogia, sob as orientações do Prof. Dr. José Luiz Germano Martins e da Prof.ªMs. AngelicaCostalunga. Nota ___________________________ Data da Aprovação: ____/____/______ BANCA EXAMINADORA: Professor(a):___________________________________ Assinatura_______________________________________ Professor(a):_____________________________________ Assinatura_______________________________________ 3 AGRADECIMENTOS ADeus por ter nos dado saúde e força para superar as dificuldades. A esta universidade, seu corpo docente, direção e administração que oportunizaram a janela que hoje vislumbramos um horizonte superior, eivado pela acendrada confiança no mérito e ético aqui presente. A ProfªMs.Angélica Costalungae ao Prof. Dr. José Luiz Germano pela orientação e pelo suporte, pelas suas correções e incentivos. Aos meus familiares, pelo amor, incentivo e apoio incondicional. E a todos que direta ou indiretamente fizeram parte da nossa formação, o nosso muito obrigado. 4 RESUMO Este trabalho apresenta uma reflexão clara e abrangente da importância do uso das ferramentas tecnológicas nas series iniciais.Objetiva-se analisar com esta pesquisa o uso da tecnologia nas séries iniciais, mostrando como o professor pode torná-la uma ferramenta proveitosana construção do conhecimento dos estudantes.E a maneira dos professores estarem sempre buscando novos conhecimentos. Procurou-se fazer ainda uma reflexão sobre a formação do docente mediante as novas tecnologias inseridas no contexto atual da nossa sociedade, e ainda discutir sobre algumas formas de utilização que a tecnologia disponibiliza para impulsionar o aprendizado do estudante. Foi realizada pesquisa com professores em diferentes escolas, procurou-se com isso fazer um comparativo de como é aproveitado essa ferramenta. Devemos assim utilizar a tecnologia para proporcionar um desenvolvimento completo no processo de aprendizagem. Palavras chaves: Tecnologia, Formação e Aprendizagem. 5 ABSTRACT This paper presents a clear and comprehensive reflection of the importance of the use of technological tools in the initial series. The objective is to analyze this research the use of technology in the early grades, showing how the teacher may make it a useful tool in building the knowledge of students. And the way teachers are always seeking new knowledge. Efforts were also to reflect on the training of teaching through new technologies inserted in the current context of our society, and also discuss some ways to use the technology available to boost student learning. research was conducted with teachers in different schools, he tried to make it a comparative advantage of how this tool. We thus use the technology to provide a complete development in the learning process. Key words: Technology, Training and Learning. 6 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO..................................................................................................... 7 2 O USO DO COMPUTADORNO ENSINO......................................................... 10 2.1 O Computador e a Internet................................................................................13 2.2 Softwares educacionais.................................................................................... 13 2.2.1 Logo..................................................................................................................... 13 2.2.2 Processador de textos......................................................................................... 15 2.2.3 Os jogos digitais.................................................................................................... 15 2.3 Possíveis problemas.......................................................................................... 15 3 A FORMAÇÃO DO PROFESSOR..................................................................... 18 3.1 Proinfo.................................................................................................................. 20 3.2 TV Escola............................................................................................................. 20 3.3 Cursos oferecidos em São Paulo..................................................................... 21 4 APLICAÇÃO DO COMPUTADOR E DA INTERNET COMO RECURSO PEDAGÓGICO................................................................................. 23 4.1 Aplicabilidadesda Internet................................................................................ 24 4.2 Outras Ferramentas da Internet........................................................................ 26 5 O USO DO HIPERTEXTO NOS ANOS INICIAIS............................................. 27 5.1 Hipertexto................................................................................................. 28 5.2 Blog.....................................................................................................................30 6DEFINIÇÃO DE PESQUISA................................................................................32 6.1 Tipos de Pesquisa..............................................................................................33 6.2 PROCEDIMENTOS TÉCNICOS........................................................................34 6.2.1Pesquisa Bibliográfica.......................................................................................34 6.2.2Pesquisa Documental........................................................................................34 6.2.3Pesquisa Experimental...................................................................................... 34 6.2.4Pesquisa de Campo...........................................................................................35 6.2.5Estudo de Caso.................................................................................................35 6.3 Técnicas de Pesquisa........................................................................................35 6.3.1Documentação................................................................................................... 35 6.3.2Questionário......................................................................................................366.3.3Como criar um blog..........................................................................................38 6.4Características das Escolas..................................................................43 7PROCEDIMENTO DE ANÁLISE..............................................................46 7.1Conclusão do Questionário................................................................. 50 8CONCLUSÃO...............................................................................................51Referência s..............................................................................................................53 7 1 INTRODUÇÃO O presente trabalho levanta questões sobre a inserção das novas tecnologias como ferramenta de apoio ao aprendizado no ensino fundamental I.É um desafio tanto para os professores quanto para os educandos administrar o uso dessa ferramenta que disponibiliza múltiplas informações ao mesmo tempo. As novas tecnologias de informação e comunicação, as digitais, só surgiram e começaram a se tornar populares com o término da fabricação do primeiro computador, o ENIAC, EM 1945. Essas mudanças adquiriram um novo significado com o uso comercial e a popularização da internet a partir de 1993 (nos Estados Unidos) e 1995 (no Brasil). Elas mudaram a nossa maneira de viver, de trabalhar e nos divertir, a nossa formar de pensar, agir, e aprender. O uso das novas tecnologias de informação e comunicação mudaram as tradicionais formas de circulação social dos textos verbais e não verbais. Com isso novos desafios são impostos ao processo de aprendizagem, nos convidando a uma reflexão sobre as novas formas de construção do conhecimento dos alunos de hoje. A esse respeito, [...] a internet pode ser considerada a mais completa, abrangente e complexa ferramenta de aprendizado. Podemos, através dela, localizar fontes de informação que, virtualmente, nos habilitam a estudar diferentes áreas do conhecimento. É uma ferramenta tecnológica de comunicação global. Com esse recurso, a escola abre as portas de um universo mágico aos seus alunos, como também derruba as fronteiras do tempo e do espaço. Ampliando assim, o universo de pesquisa em todas as áreas do conhecimento humano (CAETANO; MARQUES, 2002, p.158). Esse novo papel para a escola precisa ser pensado com plena consciência de que os alunos, não só têm um perfil diferente como têm inúmeras oportunidades extraescolares de aprender, em especial com o auxílio da tecnologia e de ambientes de aprendizagem, formais e não formais que a tecnologia (em especial a internet) ajuda a prover. É preciso ressaltar que os professores não estão imunes a essas mudanças; mudando-se o papel da escola, é preciso repensar o papel dos professores. Nessa perspectiva, levantamos as seguintes questões: - Que contribuições a utilização de computadores traz para educação? 8 -Como utilizar essa ferramenta para potencializar a construção de saberes significativo? - Qual a formação do docente e quais desafios ele enfrenta para ensinar na era digital? -Quando o uso das TICs (tecnologias de informação e comunicação) se torna prejudicial para o desenvolvimento pedagógico do estudante? O aluno que tem acesso ao uso da tecnologia de forma correta tem a oportunidade de um melhor desempenho na sua formação acadêmica, contudo o mau uso dessa ferramenta pode comprometer a aprendizagem do estudante levando-o a estagnação do pensamento. Compreendemos que só o fato de dispor de recursos tecnológicos não garante o aprendizado dos alunos, uma vez que o ensino deve ser direcionado é necessário que o professor saiba lhe dar com esses recursos. O objetivo geral do presente trabalho é: Estudar as diferentes possibilidades que o uso das TICsfornecem como ferramenta educacional, e como é o processo de preparação dos professores para ensinar nesse novo contexto, proporcionando uma reflexão sobre o processo de aprendizagem atrelado a difusão das novas tecnologias na escola. Os objetivos específicos são: - Analisar as vantagens e desvantagens da tecnologia dentro da escola. - Avaliar quais as ferramentas tecnológicas disponíveis para serem utilizadas na educação do ensino fundamental I. No segundo capítulo apresentaremos uma visão ampla sobre o uso do computador e sua como ferramenta de apoio ao ensino e os tipos de mídia que são mais utilizados na educação acrescentando ainda alguns dos novos recursos que estão hoje disponibilizados para que enriqueçamos cada vez mais nossas aulas não deixando de relatar os possíveis problemas que podeminfluenciar o aprendizado de maneira positiva ou negativa. 9 Em continuidade, no capítulo três abordaremos a formação dos professores,cursos de graduação que temos hoje disponíveis no mercado e, como eles podem qualificar-se para que o rendimento de suas aulas melhore, através da formação continuada. Abordaremos o capítulo seguinte relatando como o computador e a internet pode ser utilizada em sala, e apontando maneiras que oprofessor pode se apropriar para fazer uso de tais recursos, mesmo que utilizados de forma simples. Deixamos o capítulo cinco para falar dos hipertextos e do blog ferramentas que se usadas de forma adequada contribuem para o desenvolvimento da leitura e escrita do estudante. Estará explicitado também o procedimento de análise que usaremos para realização da pesquisa de campo. Explicamosno capítulo seis do que se trata o questionário, que foi o procedimento de pesquisa selecionado para realização das análises, e quais os processos que devem ser obedecidos durante sua aplicação. Por último, estão contidas no capítulo sete as análises feitas a partir do questionário realizado com professores ativos na docência de duas escolas públicas diferentes, localizadas em localidades distintas da periferia de São Paulo. E por fim a conclusão, na qual apresentamos os resultados obtidos com o presente trabalho, e o que pode-se concluir a partir dos dados coletados. 10 2 O USO DO COMPUTADOR NO ENSINO O computador é uma máquina que executa tarefas com a máxima eficiência, dependendo de quem o usa. Trabalhar com o computador em sala de aula pressupõe uma escolha, pois a intencionalidade com que a escola deve executar as suas tarefas exige que haja uma consciência dos motivos que determinam cada escolha. As mudanças introduzidas pelo computador podem ser profundas fazendo- se necessária estar alerta. Por outro lado, um dos pontos positivos do computador no campo da educação é o de respeitar o ritmo de aprendizagem de cada estudante. (LOLLINI, 2001). Ainda nesse sentido: [...] o computador instaura uma situação de aprendizagem na qual não há risco de bloqueio cognitivo devido a problemas de emotividade ou de diminuta capacidade de relacionamento. Como subsídio didático o computador é um animal dócil e paciente. Ao contrário dos seres humanos, não se queixa, não grita, não castiga em caso de erro. Uma máquina que repete docilmente o trabalho, aceita perguntas e, no momento oportuno, cala-se ao toque de uma tecla garante não provocar constrangimentos emotivos durante as atividades de aprendizagem (LOLLINI, 2001, p.38). Para o autor, a rapidez com a qual o computador processa informações é de grande utilidade na aula. O banco de dados da ferramenta organiza e procura informações em segundos, enquanto uma pesquisa em acervo tradicional levaria dias, meses ou anos, quase sempre com resultados não muito satisfatórios, acrescenta que buscando informações com o auxilio do computador o aluno pode dedicar-se á construção e interpretação de dados mais do que ao trabalho manual. Segundo Kampff (2007), a utilização adequada de computadores na educação traz contribuições importantes tanto sociais quanto pedagógicas, já que o uso da atual ferramenta tem sido requisitado em diferentes contextos.No contexto educacional, os computadores podem contribuir para qualificar a aprendizagem. Para tanto, é preciso conhecer recursos existentes e propostas pedagógicas. Conforme assinala Sancho (1998, p.41 apudCAETANO; MARQUES, 2002, p.133): O ritmo acelerado de inovações tecnológicas exige um sistema educacional capaz de estimular nos estudantes o interesse pela 11 aprendizagem. E que esse interesse diante de novos conhecimentos e técnicas seja mantido ao longo da sua vida profissional, que, provavelmente, tenderá a se realizar em áreas diversas de uma atividade produtiva cada vez mais sujeita ao impacto das novas tecnologias. “Desta forma, a escola incorporando os computadores passará a ser um lugar mais atraente para os alunos, que não acharão tanta diferença com o resto das atividades sociais que participam” (CAETANO;MARQUES, 2002, p.132). Segundo Perrenoud (2000), o professor deve apropriar-se das tecnologias, e utilizá-las, conforme seu planejamento, em situações que favoreçam o aprendizado. Algumas possibilidades que o autor destaca são: -Utilizar editores de texto, que permitem a construção contínua do texto, escrevendo, e reescrevendo ou mesmo ligando uma idéia a outra por meio da inclusão de links; -Empregar diferentes softwares existentes, para desenvolver projetos no contexto educacional. Mas é importante ressaltar, conforme escreveu Moran (2000) que não é só a incorporação das tecnologias que vai trazer mudanças para as salas de aula. Ensinar e aprender podem ser entendidos como processos sociais que sofrem influências culturais de diversas maneiras. Desse modo deve-se estar preparado para lidar com as mais variadas consequências que podem surgir com a adoção dos recursos digitais. 2.1 O Computador e a Internet De acordo com Pais (2010), entre as habilidades exigidas pela nova sociedade está o uso da internet, uma importante ferramenta criada para melhoria dos sistemas de informação, ampliando as formas de aprender e de ensinar. A utilização da internet como recurso didático torna as situações favoráveis à formação 12 exigida pela sociedade da tecnologia, mas também lança desafios que modificam as condições de trabalho do professor e de atividades realizadas no âmbito educacional. “O conhecimento adquirido pela internet estabelece uma dinâmica diferente daquela encontrada nos livros, na medida em que aproxima o aluno não só de outras realidades, mas da sua versatilidade e agilidade na comunicação”(CAETANO;MARQUES, 2002, p.158). Neste sentido, Behrens (2008, p.99) salienta que: O uso da internet com critério pode tornar-se um instrumento significativo para o processo educativo em seu conjunto. Ela possibilita o uso de textos, sons, imagens e vídeo que subsidiam a produção do conhecimento. Além disso, a internet propicia a criação de ambientes ricos, motivadores, interativos, colaborativos e cooperativos. Explorando bem as potencialidades do ambiente virtual nas situações de ensino-aprendizagem, possibilita-se a maior interação do aluno no processo, conforme destaca Moran (2008, p.06): A internet é uma tecnologia que facilita a motivação dos alunos, pela novidade e pelas possibilidades inesgotáveis de pesquisa que oferece. Essa motivação aumenta, se o professor a faz em um clima de confiança, de abertura, de cordialidade com os alunos. Mais que a tecnologia, o que facilita o processo de ensino-aprendizagem é a capacidade de comunicação autêntica do professor, de estabelecer relações de confiança com os seus alunos, pelo equilíbrio, competência e simpatia com que atua. O autor ressalta que na internet, encontram-se vários tipos de aplicações educacionais. Os estudantes tendem a distrair-se em meio a tantas conexões, tendo dificuldade em escolher o que é significativo. Acumulam textos, lugares e idéias, colocando os dados em sequência ao invés de confrontá-los. Ainda nesse sentido: Falzetta (1998, p.12 apud CAETANO; MARQUES, 2002, p.158) Alerta que: no começo, entrar na internet parece mágica. O mundo inteiro está ali, à frente dos olhos. Pesquisar qualquer assunto parece fácil. Mas, o excesso de informações pode ser o maior defeito da internet. As principais armadilhas: a internet tem muito lixo, muita informação repetida, banalidades e muito marketing; muitos alunos têm o costume de tirar cópias de qualquer informação que apareça, deixando de lado a avaliação do que esta pesquisando; e na internet qualquer informação pode entrar no computador do usuário, mesmo se estiver totalmente incorreta. 13 2.2 Softwares educacionais Software é o conjunto de programas escritos em uma das linguagens de programação que ativam o computador conforme os objetivos do usuário. O programa pode ser entendido como uma série de instruções fornecidas ao computador numa sucessão lógica (LOLLINI,2001). De acordo com Coscarelli(1998, p.36 apudCAETANO; MARQUES, 2002, p.155). Os programas devem: fornecer suporte para a reflexão; encorajar a flexibilidade no uso de estratégias e criar oportunidades para considerar ideias de muitas perspectivas; fornecer feedback rico e explicativo; explorar erros como oportunidades para desenvolver a aprendizagem; explorar diferenças individuais de interesse, conhecimento e habilidades; e fornecer medidas significativas de avaliação. O professor tem a tarefa didática de realizar a análise de softwares educativos que surgem cada vez em maior número, a leitura direcionada dos livros não se aplica ás opções de escolha que oferece um programa hipertexto. O trabalho com os dispositivos computacionais requer estratégias ainda pouco conhecidas no âmbito pedagógico. Por esse motivo, é possível ocorrer uma compreensão ilusória, induzida pelas propagandas, predominando a idéia de que os problemas educacionais seriam solucionados com o uso desses recursos. Essa visão facilitadora ao invés de possibilitar uma oportunidade de ampliação do processo didático pode levar ao fracasso pedagógico (PAIS, 2010). 2.2.1 Logo Segundo Lollini (2001), o logo pode ser considerado o primeiro programa pensado para ser usado na escola, o programa foi desenvolvido com base nos estudos das teorias de Piaget sobre o desenvolvimento operatório na criança e no adolescente, com fins educativos de caráter geral o instrumento é fácil de ser ensinado. O logo é um ambiente educativo e de programação em que se faz a 14 mente trabalhar através de pesquisas, um ambiente de investigação. Ainda nesse sentido: O logo insere os alunos em situações abertas, sem respostas obrigatórias. A solução dos problemas requer procedimentos criativos, divergentes, lógicos e econômicos ao mesmo tempo. Os alunos se tornam aptos a estabelecer uma relação entre os seus movimentos e o mundo das ações e conexões objetivas com as suas representações figurativas e simbólicas. A própria natureza da linguagem faz com que os conhecimentos por ela estimulados possam ser transferidos para diversas situações mediante um transfert de atitudes (LOLINNI, 2001, p. 99). Essa linguagem é popularmente conhecida como a “linguagem da tartaruga”, pois o elemento principal é assim representado (KAMPFF, 2007). 2.2.2 Processador de textos No início do primeiro ano primário, as crianças brincam com as frases e as palavras, essas ações mediadas pelo professor têm um importante significado para a aprendizagem. Mas a presença de um processador pode simplificar o trabalho necessário para dominar a ortografia. Esse programa apresenta-se como instrumento para escrever brincando, cria em volta da ação de produzir pensamento por escrito um ambiente lúdico que é garantia de toda verdadeira aprendizagem, seja infantil ou adulta (LOLLINI, 2001). Como ferramenta educativa, o processador de textos além de auxiliar na produção de materiais didáticos, promove a produção de contos, poesias,redações, fôlderes escolares,e textos produzidos pelo estudante como o jornal da escola (KAMPFF, 2007). Existem no mercado softwares que propiciam diversas formas de aprendizagem e podem ser aplicados a todos os conteúdos curriculares do ensino fundamental, se faz necessário uma seleção apurada do professor (LOLLINI, 2001). 15 2.2.3 Os jogos digitais Segundo Kampff (2007), os jogos podem auxiliar no desenvolvimento da coordenação viso-motora e da discriminação auditiva. Alguns jogos eletrônicos preparados para aprendizagem linguística têm a estrutura da sequência de frases ou palavras. Esses jogos podem auxiliar na alfabetização e na fixação ortográfica. Para as crianças do primeiro ciclo existem versões, em que se destacam palavras de uma frase (LOLLINI,2001). Como aponta a imagem abaixo: Figura 1. O computador tem guardado na memória várias combinações de letras, e oferecer-se como adversário em um jogo de “descobrir” que pode ser parecido com o dominó. Fonte: LOLLINI, 2001, p.175. Kampff (2007, p.43) ressalta, Os jogos de computador costumam atrair crianças e adolescentes por combinarem mídias em enredos e desafios que estimulam a participação ativa daqueles que interagem com eles. O professor pode, então, escolher jogos que estejam alinhados com suas propostas pedagógicas, abordando conteúdos ou estratégias que pretende desenvolver, de uma forma lúdica e prazerosa para os alunos. Para a autora uma boa utilização desses recursos passa pela escolha com critérios definidos pelo professor, dando sentido a atividade, estabelecendo relações com os objetos de estudo. 2.3 Possíveis problemas 16 Com a quantidade de informação produzida pela humanidade, a escola precisa estabelecer uma nova relação com o saber, para que os estudantes não apenas reproduzam as informações recebidas, mas adquiram habilidades para utilizá-las e avaliá-las, construindo um pensamento crítico. Para atingir esse ideal, o uso das novas tecnologias como ferramenta não pode ser visto como máquinas que substituem o professor, pelo contrário o professor deve assumir o papel de mediador da aprendizagem apontando caminhos. Assim o professor tem que adquirir habilidades técnicas e pedagógicas, respondendo aos desafios que envolvem o uso do computador na educação. Poucos professores estão preparados para integrar esses diferentes domínios na sua prática em sala de aula (CAETANO;MARQUES, 2002).Valente cita que Se a função do computador não for bem compreendida e ele for implementado na escola, como um virador de páginas de um livro eletrônico, ou um recurso para fixar conteúdo, corremos o risco de informatizar uma educação obsoleta,fossilizando-a definitivamente(1996, p.368 apud CAETANO; MARQUES, 2002, p.139). Criam-se todos os dias milhares de novas páginas de informações e serviços na rede. Muitos alunos se perdem em meio às possibilidades de navegação, deixando-se arrastar para áreas de interesse pessoal, perdendo tempo com informações pouco significativas para seu próprio aprendizado (MORAN, 2008). Ainda nesse sentido Sancho (1999, p.45 apudCAETANO; MARQUES, 2002, p.150) acrescenta, No campo da educação, o importante não é que uma máquina possa resolver equações, simular um fenômeno complexo ou permitir o acesso a um enorme volume de documentos multimídia. O principal problema, depois de garantir um mínimo de ordem social, é a construção de significados, a aprendizagem autônoma, a adotação de sentido, a compreensão e o aprender a aprender. Na opinião de Moran (2008),há certa facilidade de dispersão, os estudantes são tão ansiosos para verificar uma grande quantidade de páginas, que acabam por adquirir conhecimentos superficiais. 17 O autor ainda acrescenta que conciliar os diferentes tempos dos estudantes também pode ser um problema, precisa de muita coordenação do professor e citaque a participação dos professores é desigual, alguns se empenham em empregar as tecnologias de forma pedagógica enquanto outros utilizam a ferramenta a esmo. 18 3 A FORMAÇÃO DO PROFESSOR Segundo Mercado (2002), com as novas tecnologias surgem novas possibilidades à educação, exigindo uma nova postura do educador. O acesso às redes de computadores permite que a aprendizagem ocorra frequentemente no espaço virtual, que precisa ser inserido às práticas pedagógicas, diante desta situação, as instituições educacionais enfrentam o desafio não apenas de incorporar as novas tecnologias com os conteúdos de ensino, mas também de desenvolver práticas que promovam o desenvolvimento do aluno de uma forma reflexiva. Na sociedade da informação, processos de aquisição do conhecimento ganham um papel de destaque e passam a exigir um profissional crítico, o professor, neste contexto de mudança, precisa saber orientar os alunos sobre onde colher informação, e como utilizá-la. Com o uso do computador e da internet adentrando as escolas, novas formas de realização do trabalho didático-pedagógico se tornaram necessárias, bem como a formação contínua do professor para atuar com essas novas ferramentas no processo de ensino-aprendizagem. Como afirma Mercado(2002, p.18): Ao professor cabe o papel de estar engajado no processo consciente não só das reais capacidades da tecnologia do seu potencial e de suas limitações para que possa selecionar qual a melhor utilização a ser explorado num determinado conteúdo. Ter a clareza destas novas tarefas e responsabilidades e assumir novos conhecimentos e atitudes manter-se em constante formação, torna-se fundamental. Um processo de formação contínua que possibilite condições para o professor construir conhecimentos sobre as novas tecnologias, principalmente dando a ele suporte teórico e técnico para a contextualização do aprendizado e experiências vividas à nova situação de ensino aprendizagem agora postos pela nova sociedade da informação deve ser preocupação constante dos sistemas e profissionais da educação.Por isso, a formação deveconsiderar o contexto educativo em que o professor esteja inserido, para que incorpore em seu fazer pedagógico de forma 19 consistente. Conhecer e debater o uso destas tecnologias se faz necessário. Permitindo que cada professor, dentro de sua realidade de formação de atuação, incorpore de maneira consciente essas ferramentas e, não como simples objetos para animar ou ilustrar suas salas(MERCADO, 2002). Para o autor, o objetivo principal da formação continuada em tecnologia do uso do computador e da internet, além da aquisição de metodologias específicas para esse fim, deverá ser também conhecer o processo de aprendizagem, possibilitando o professor poder intervir de maneira efetiva na relação aluno- computador na aquisição de conhecimento. O processo de formação de professores que irão atuar, nesse novo contexto educacional, ainda é muito recente, embora haja algum investimento nesta área, as tentativas para incluir o estudo das novas tecnologias nos cursos de formação de professores, quase sempre, esbarram-se nos custos operacionais e, sobretudo na falta de profissionais que superem a antiga prática com um tipo de formação que não leva em conta as reais necessidades do professor, onde predomina um treinamento técnico, que quase nada acrescenta a prática- pedagógica. A implantação de disciplina específica nos cursos de formação de futuros professores parece ser o caminho. “Mastem sido crítica e não tem sido privilegiada de maneira efetiva pelas políticas em educação, nem pelas Universidades”(MERCADO, 2002, p. 14). Os cursos de capacitação devem atender as necessidades específicas e variar em função da experiência do professor, enfatizando a necessidade de atitudes pedagógicas de inovação e interação interdisciplinares, possibilitando a análise e conhecimento do computador e da internet como ferramentapedagógica no processo de ensino eaprendizagem, só então o professor irá utilizá-lo para o apoio didático-metodológico. Nessa perspectiva, é evidente que uma formação em tecnologias deverá proporcionar ao professor a análise do computador e da internet, ligada a sua experiência e domínio de conteúdos em estratégias que lhe permitam avaliar o impacto das tecnologias na sociedade, a utilidade de seu uso e a prática pedagógica que irá fundamentarsua inserção na escola e em sua ação docente(ALMEIDA, 1997). Para que a inserção das tecnologias favoreça mudanças nas práticas pedagógicas em salas de aula, temos hoje osseguintesrecursos didático- pedagógicos disponibilizadospara as escolas públicas: 20 -ProInfo, TV escola e cursos oferecidos pela Secretaria da Educação. 3.1 Proinfo Em 1996, o MEC elegeu como uma de suas prioridades a inserção de recursos computacionais nas escolas públicas de 1° e 2° graus do Brasil e a respectiva capacitação de professoresdentro desse programa, denominado Proinfo. Para que a escola receba os computadores,épreciso apresentar seu projeto pedagógico, no qual o computador é instrumento para uso no aprendizado dos alunos.Embora o MEC não tenha imposto uma concepção teórica a ser assumida pelo programa do estado, houve uma orientação no sentidode respeitar a coerência entre a abordagem adotada e as ações previstas. O que caracteriza este programa e o distingue dos anteriores é que a meta principal do Proinfo é colocar o computador dentro da escola contribuindo não apenas para formação dos professores, mas também para que os alunos do sistema público de ensino tenham acesso à ferramenta. Os professores multiplicadores são preparados em curso de especialização com a duração mínima de 360 horas. Os cursos possuem conteúdos que dizem respeito à exploração, à análise e ao uso pedagógico de diferentes softwares e ao desenvolvimento de projetos. O ProInfo é um grande esforço desenvolvido pelo MEC, por meio da Secretaria de Educação a Distância, em parceria com governos estaduais e municipais, destinado a introduzir as tecnologias de informática e telecomunicações na escola pública. (ALMEIDA, 1997) 3.2 TV Escola TV Escola é canal de televisão do Ministério da Educação, que tem como objetivos: a promoção do debate, a divulgação de propostas pedagógicas, estudos científicos e políticas públicas realizadas no Brasil no campo da educação e a formação continuada de professores. Produzido pela associação de comunicação educativa Roquette Pinto - ACERP - sua história, iniciou-se em 1991, e passou por mudanças no decorrer dos anos. 21 Em 1996passou a ser chamada de "Um Salto para o Futuro", nome que consolidou o programa. Em formato de séries, eram produzidos 40 programas por semestre, focados nas grandes áreas que compõem o ensino fundamental, com apoio de parcerias, o projeto foi ampliado para todos os estados do país.Mais uma mudança de formato pode ser observada a partir do ano de 2009, quando o programa assume os formatos revista e debate. A contribuição para a formação dos professores do país, meta estabelecida desde a sua concepção, norteia e delineia sua missão no intuitode promover a educação pública brasileira (MEC, 2015). 3.3 Cursos oferecidos em São Paulo Criada em 2009, a Escola de Formação e Aperfeiçoamento dos Professores "Paulo Renato Costa Souza" integra o programa mais qualidade na escola e oferece cursos de formação continuada aos 270 mil servidores da secretaria daeducação do estado de São Paulo, presentes nos órgãos centrais e vinculados, em 91 diretorias de ensino e em 5.300 escolas.Os cursos da EFAP combinam ensino a distância, por meio do sistema de videoconferências e ambientes virtuais de aprendizagem, com atividades presenciais e em serviço.A escola de formação e aperfeiçoamento dos professores "Paulo Renato Costa Souza" (EFAP) tem como objetivo o desenvolvimento profissional dos servidores da secretaria estadual da educação.Utilizando uma infraestrutura tecnológica composta por ambientes virtuais de aprendizagem, ferramentas de colaboração online e uma rede de videoconferências, a EFAP programa e estrutura cursos com o foco no aperfeiçoamento e no desenvolvimento profissional dos servidores da secretaria da educação do estado de São Paulo(MEC,2015). Outro programa disponibilizado pela secretaria é o POIE (Plano de Formação em TIC direcionado para, EMEF, EMEFM, EMEBS, CIEJA).O programa de informática educativa prevê a formação permanente dos educadores para atuação no desenvolvimento de habilidades voltadas para inclusão digital dentro do contexto social em que a escola está inserida.A formação desses profissionais é reguladapelo 22 programa de reorganização curricular e administrativa, ampliação e fortalecimento da rede municipal de ensino de São Paulo(Mais Educação São Paulo), políticas pedagógicas curriculares e pelas orientações curriculares de TIC junto com estratégias contidas no caderno de orientações didáticas – Ler e Escrever- Tecnologias na Educação e pelas estratégias de formação: socialização, aprendizagem colaborativa na web, pesquisa, comunicação e publicação na internet, documentação pedagógica na perspectiva de prospecção. O POIE é o gestor destes espaços físicos e dos ambientes virtuais elencados para o desenvolvimento de aprendizagens dos sujeitos que atuam nesse universo. Cabe a ele dinamizar e qualificar o trabalho desenvolvido garantindo que alunos, professores e toda a comunidade escolar tenham acesso e se beneficiem dos recursos disponíveis nestes ambientes. O POIE assume papel fundamental na promoção de projetos e atividades que auxiliem a unidade escolar a ser uma comunidade de aprendizagem e alcançar as metas previstas para seus alunos.Esta ação de formação continuada tem como objetivo subsidiar o trabalho dos POIE, enquanto regentes, por meio de momentos de reflexão sobre o planejamento das ações direcionadas às novas formas de ensinar e aprender no contexto digital, nas redes e espaços virtuais de comunicação entre alunos, professores e formadores, socialização das práticas e vivências de experiências comunicacionais em espaços de formação colaborativa a distância e redes sociais para o atendimento as demandas acima descritas(MEC,2015). 23 4APLICAÇÃO DO COMPUTADOR E DA INTERNET COMO RECURSO PEDAGÓGICO. Segundo Nascimento (2007), para que os recursos e os benefícios da informática possam ser utilizados de forma consciente e eficaz, é necessário haver discussão e reflexão, é preciso considerar a proposta pedagógica da escola e todas as pessoas envolvidas no processo educacional precisam definir como será a utilização na escola e qual seu objetivo, levando em consideração questões como, por exemplo, o impacto que o uso das tecnologias provoca na vida social dos estudantes dentro e fora do cotidiano escolar. A utilização do computador como ferramenta pedagógica pode acontecer de forma sistematizada, quando os horários são definidos previamente (durante o planejamento das aulas), e não sistematizada, quando o uso do ambiente de informática é livre e depende do interesse e necessidade do docente que deve agendar seu horário. O importante é questionar o objetivo que se quer alcançar ao utilizar um recurso tecnológico no processo de ensino aprendizagem. Para o autor, é possível classificar a utilização do computador na educação de algumas maneiras: -Por disciplina, que pode acontecer de forma isolada em sua disciplina específica utilizando os computadores como reforço, complementação ou sensibilização do conteúdo abordado em sala de aula. -Como projetos educacionais, nesse enfoque a utilização acontece de forma interdisciplinar no desenvolvimento de propostas de projetos. Outra forma de aplicação é a utilização de laboratórios de informática, nesteambiente a aplicação da ferramenta deve seguir algumas orientações para que oaprendizado seja efetivo como: -Sempre que possível imprimir os trabalhos elaborados pelos alunos, pois a impressão dos trabalhos é uma das atividades que mais motivam os estudantes. 24 Os momentos nos laboratórios de informática devem conter muitas atividades práticas, e os alunos devem iniciar todos os programas que irão utilizar dessa forma os alunos entenderão melhor o processo de utilização do computador e da internet. Nascimento (2007, p.38) acrescenta: Com a informática é possível realizar variadas ações, como se comunicar, fazer pesquisas, redigir textos, criar desenhos, efetuarcálculos e simular fenômenos. As utilidades e os benefícios no desenvolvimento de diversas habilidades fazem do computador,hoje, um importanterecurso pedagógico. Não há como a escola atual deixar de reconhecer a influência da informática na sociedade moderna e os reflexos dessa ferramenta na área educacional. 4.1 Aplicabilidades da Internet A internet é uma ferramenta de comunicação, uma de suas aplicações mais comum é o correio eletrônico(e-mail), o sistema de correio eletrônico baseia-se em um único endereço eletrônico por usuário, traz a vantagem de poder anexar arquivos de qualquer tipo, é a aplicação mais popular da internet nos dias atuais. Outra utilização ocorre através da Web(plataforma virtual)que nos permite pesquisar um grande número de informação ao mesmo tempo. Através da internet pode- se visitar museus virtuais, bibliotecas, visualizar mapas e explorar territórios. A própria utilização da internet como meio de pesquisa é uma forma de aplicação, nesse ambiente virtual o estudante dispõe dos mais diversos temas sobre qualquer área do conhecimento e com o nível desejado desde o fundamental até conteúdos universitários(SANCHO,2001). Para aautora, a internet está se tornando o principal instrumento na revolução tecnológica da educação à distância devido à sua facilidade de apresentar conteúdos e incentivar a interação. No ensino fundamental, uma das propostas de atividade é utilizá-la como instrumento de comunicação, o aluno deveencontrar um estudante em outra escola dentro ou fora do país em que se reside para se corresponder, nessa atividade trabalha-se com a interdisciplinaridade, objetivando conhecer os costumes entre outras propostas que podem ser desenvolvidas pelo docente. Uma segunda maneira de aplicação do uso da internet são os projetosque 25 partem da iniciativa do docente, mas que envolvem o estudante em atividades de pesquisa que resultam em novos saberes, nesse sentido há uma troca não só de correio eletrônico, mas também de dados de diferentes colaboradores. Sancho (2001, p.315) ressalta, [...] a internet permite-nos aprender de diversas maneiras.O simples fato de ter acesso à informação de forma fortuita já é uma maneira de aprender e este é um dos usos mais comuns da rede. Um passo á frente consiste em aprender através do acesso aos dados ou informação específica que necessitamos em uma atividade educacional [...]. Na internet, existem vários tipos de aplicações educacionais, de divulgação, de pesquisa e de comunicação, podemos conseguir textos, imagens esons, utilizando-os como um elemento a mais, junto com livros, revistas entre outros,e assimintroduzir formas de pesquisa não presenciais, que nos ajudarão a renovar a forma de dar aula, relacionando o conteúdo dentro e fora da sala de aula.Diante de tantas possibilidadesoprofessor precisa estar atento, porque a tendênciaé de que o aluno se distraia devido à diversidade de informação. Em primeiro momento, o estudante encanta-se quando vê que uma pesquisa apresentardiversos resultados, depois desanima, ao perceberque não pode esgotá-la, e que há inúmeras repetições, o docente deve coordenar pesquisas com objetivos bem específicos, monitorando de perto cada etapa da busca, pedindo que anotem os dados mais importantes e que reconstruam ao final os resultados (MORAN, 2008). Ainda nesse sentido: Com frequência, encontram-se assuntos novos, diferentes dos buscados e que também podem interessar a alguém em particular. O educador não deve simplesmente dizer ao aluno que aquele assunto não faz parte da aula. Pode pedir-lhe que grave rapidamente o que achar mais importante e que deixe para outro momento o aprofundamento desse novo assunto, para voltar mais que logo ao tema específico da aula (MORAN, 2008, p.5). As estratégias que o docente adota para orientar o uso dos recursos tecnológicos são importantes para a qualidade do ensino, ao docente cabe definir as regras, e as formas de utilização da ferramenta, de maneira a possibilitar a interação do estudante de forma ativa, assim quando o docente estiver procurando temas ou problemas para propor aos estudantes, deve pensar nos exemplos de vida real 26 dessa formairão compreender a importância e o valor dos projetos nos quais estão envolvidos (MIRSHAWKA; MIRSHAWKA V. JR,2002). 4.2 Outras Ferramentas da Internet Assim como as atividadescitadas anteriormente,o chat é uma maneira de uso da internet no qual as pessoas se conectam para enviar e receber mensagens, através dele é possível manter conversas com pessoas em qualquer lugar do mundo.As conversas estão organizadas em canais dedicados a temas determinados e é possível criar um canal para falar de um tema específico, o qual pode ser assinado por todos interessados no assunto. Outra aplicação é a vídeo-conferência, a conversa entre uma ou mais pessoas que além das mensagens nos permite ver a imagem dos participantes. E temos a transferência de arquivos, esse tipo de serviço denomina-se FTP (file transferprotocol),com essa opção as pessoas podem conectar-se com os serviços de armazenamento de informação (em formato eletrônico) das universidades, das empresas, dos órgãos oficiais e de outras instituições para ler e gravarqualquer documento que não esteja bloqueado. Esses documentos podem ser livros, relatórios, artigos acadêmicos. Existe também a possibilidade não só de efetuar pesquisas de imagens e outros arquivos, mas de colocá-los à disposição de todo mundo, ou para um grupo de pessoas autorizadas(SANCHO, 2001). 5O USO DE HIPERTEXTOS NOS ANOS INICIAIS Segundo Lorenzi ePádua (2012 apud ROJO;MOURA,2012), para compreender os contextos sociais e sua relação com as práticas escolares, possibilitando a ligação das práticas não escolares com o aprendizado da leitura e escrita, levando em consideração que a vivência e a participação em atos de letramento,atrelado à diversidade de textos disponíveis, podem alterar as condições 27 de alfabetização, é importante que a escola proporcione aos alunos o contato com diferentes gêneros, suporte e mídias de textos escritos, incorporando cada vez mais o uso das tecnologias digitais para que os alunos e os educadores possam aprender a ler, escrever e expressar-se por meio delas. No espaço digital, a autoria se confronta com o leitor,e os espaços de produção são cada vez mais interativos e colaborativos, passando a exigir o desenvolvimento de diferentes habilidades, criando uma nova área de estudos relacionada com os novos letramentos digitais. As autorasacrescentam que astecnologias digitais estão introduzindo novas formas de comunicação, como a criação e o uso de imagens, de som e animação, por permitir uma ampla exploração dos elementos citados, fazendo com que a criança se aproprie das capacidades de comunicação, do sistema de escrita, do conteúdo trabalhado e das tecnologias, se faznecessário refletir sobre a multimodalidade e o ensino, ampliando a visão sobre as novas habilidades que vêm se construindo por meio de um conjunto de suportes interativos (mídia didática)Dessa forma, Saber como utilizar a tecnologia não é um processo diferente de aprendizagem? São os neurônios que se conectam. Amudança está no contexto do processo educacional, com outras linguagens, com trabalhos compartilhados em rede e outros recursos (VALENTE apud SILVIA, 2009, apud LORENZI; PÁDUA, 2012, p.40). As possibilidades de ensino são multiplicadas se utilizarmos ferramentas digitais. É possível formar redes para incentivar a interação, por meio de novos recursos midiáticos, como o blog que foi idealizado como um diário virtual, mas ao longo do tempo, adquiriu várias finalidades, e tornou-se um ambiente que possibilita liberdade para produzir, reproduzir e difundir a escrita de maneira interativa, assim, pode ser um espaço para as práticas de leitura e escrita, proporcionandonovas formas de acesso à informação, bem como novas formas de ler e escrever(LORENZI, PÁDUA, 2012 apud ROJO, MOURA, 2012). 5.1 Hipertexto Hipertexto é um conjunto de nósligados por conexões,podem ser palavras,páginas, imagens gráficas ou partes de gráficos, sequências sonoras, documentos complexos que podem eles mesmos ser hipertextos. É um tipo de 28 programa para a organização de conhecimento ou dados, a aquisição de informações e comunicação. O hipertexto retoma e transforma antigas interfaces da escrita. A noção de interface, na verdade, não deve ser limitada às técnicas de comunicação,no momento em que foi inventada, possibilitou uma relação com o texto e com o manuscrito, viabilizando o exame rápido do conteúdo,assim, o hipertexto constitui uma rede original de interfaces que possibilita aos estudantes fazerpesquisas por palavras – chaves,e a organizar informações que remetem aos bancos de dados clássicos como: índice,sumário elegendas,similares a uma consulta feita em um dicionário, onde cada palavra de uma definição ou de um exemplo remete a uma palavra definida ao longo de um circuitovirtualmente sem fim, isto se torna um novo sistema de escrita. Ohipertexto ou a multimídia interativa adequam-seaos usos educativos pelo papel fundamental do envolvimento pessoal do estudante no processo de aprendizagem, quantomais ativamenteparticipar da aquisição de um conhecimento, maisirá integrar e reter aquilo que aprende. A multimídia interativa, graças à sua dimensão não linear, favorece uma atitude exploratória, ou mesmo lúdica,diante do material a ser assimilado,portanto, um instrumento bem adaptado a uma pedagogia ativa (LÉVY, 2010). Segundo Sancho (2001), o uso de hipertextos é mais um problema de concepção dos docentes que dos meios, o processo de passar de texto para hipertexto não consiste apenas em desenvolver ligações entre um texto e outro, o mesmo texto precisa ser modificado adaptando-o ao novo apoio de leitura. Para preparar um hipertexto, é preciso recorrer a uma linguagem adequada, da mesma maneira que, para preparar um texto impresso. Para a autora, alguns docentes não levamem consideração a revolução que a introdução dos hipertextos traz para educação, não se trata apenas das formas de leitura que se trabalha, mas também da ordem da aquisição do conhecimento antes imposto de uma maneira autoritária, e acrescenta que em um hipertexto,a ordem da informação édeterminada pelo estudante, partindo do princípio de que diferentes estudantes terão acesso a diferentes informações sobre um mesmo conteúdo ainda que esteja pré- determinado. “Nesta área, como em todas, existem doutrinas, pessoas que definem “o que é e o que não é” um hipertexto.Consideramosque o professor que começa não se 29 deve deixar influenciar por elas, mas procurar explorar as possibilidades do meio”(SANCHO,2010,p.231). Na opinião de Lollini (2001), não convém preocupar-se com os erros nem tentar corrigi-los em um primeiro momento deve-se deixar que o estudante dedique- se a exposição escrita dos próprios pensamentos, dessa forma a sensação de estar livre transforma o ato de escrever em um ato prazeroso, dando abertura para uma maior criatividade aos estudantes que usam o processador de textos. Nesse sentido: Qual é a melhor idade para começar a usar o processador de textos? Depois do que foi dito, a resposta é uma só: quanto antes! Quando a criança aprende a escrever, ou antes, que a criança aprenda a escrever. No início do primeiro ano primário, as crianças brincam com frases e as palavras. Sobre cartolinas são escritas frases e parte delas. Nos primeiros jogos com frases, palavras e sílabas, os professores já inventaram os sofisticados mecanismos de processador: divisão,deslocamento,troca,expansão,redução,cancelamento,compar ação e controle. Tal metodologia e trabalho são insubstituíveis, porque ações físicas de manipular cartõezinhos,cartazes, folhas e desenhos representam o terreno mais fecundo para aprendizagem. Mas a presença de um processador pode simplificar muito o trabalho necessário para dominar uma das aprendizagens mais difíceis e importantes da vida humana (LOLLINI, 2001, p.111). Segundo Rojo e Moura(2012),a multiplicidade de linguagens nos textos em circulação social, é evidente.Uma das características dos novos hipertextos e multiletramentos, é que eles são interativos, diferente das mídias anteriores.Essa mudança de concepção e de atuação das novas ferramentas permitia interaçãoe apropriação dos ditos bens imateriais como a cultura de diversos lugares.A escola deve voltar suas práticas para que os estudantes se transformem em criadores de sentidos, isso se dá quando há um esforço para trabalhar a busca dos letramentos críticos que procuram interpretar os contextos sociais e culturais em circulação, fazendo com que o estudante se aproprie do conteúdo trabalhado, utilizando diversos modos de linguageme relacionando oralidade, escrita, e imagens. 5.2 Blog A evolução da internet e de suas ferramentas possibilitou uma nova fase para ointernauta que passou a ser autor e produtor de suas informações. Essa nova fase ficou conhecida como Web 2.0. Um dos maiores exemplos dessa evolução são os 30 weblogs,palavra composta por web, que significa página na internet, e log, que significa diário debordo. Surgidos no final dos anos 90, os weblogs, maisconhecidos como blogs, surgiram como um diário virtual que permitia um compartilhamento de pensamentos, relatos e reflexões pessoais, mas que exigia um conhecimento técnico de programação. Em 1999, foram criados os primeiros aplicativos e serviços de weblog,como o blogger, do Google, por exemplo. Foram estes sistemas gratuitos e de baixo custo que facilitaram a disseminação da prática do weblog, e permitiram que qualquer pessoa pudesse ser um blogueiro (como é chamado o autor de um blog). As páginas do blog disponibilizam espaços para que os usuários escrevam comentários onde o leitor pode dialogar com o autor e vice-versa, concordando, discordando ou acrescentando alguma outra discussão ou elemento, como um link para outro blog que discuta a temática abordada. Esse tipo de recurso incentiva a interação entre os usuários, diferenciando o ato de ‘blogar’ do ato de ‘navegar’, já que ao blogar o internauta não fica restrito ao traçar um percurso de leitura próprio que se baseia somente na escolha dos links que o autor disponibiliza,por proporcionar e incentivar a interação e a colaboração, os blogs têm sido usados para diversos fins: pessoal, corporativo ou de entretenimento. Atualmente, o blog também ocupa um lugar de destaque no contexto educacional, esse fato pode ser comprovado pelos diversos tipos de blogs com fins pedagógicos (FORCHINI e TADDEI,2016). Silva e Albuquerque (2009), elencam cinco categorias de blogs educacionais, blog de professores, utilizado para publicar orientações, textos, vídeos, imagens, animações, referências bibliográficas ou links; blogs de alunos, que funcionam como portfólios reunindo suas produções que são utilizados pelos professores como instrumentos de avaliação; blogs de instituições educativas, voltados à divulgação do trabalho desenvolvido e à autopromoção; blogsde projetos educativos, destinados à produção e socialização de conhecimentos sobre temas específicos; e blogs de grupos de pesquisa, reunindo pessoas de comunidades científicas diversas para interlocução, articulação de suas pesquisas, divulgação, análise de resultados e avaliação de textos. Segundo Gomes (2005),o blog vem despertando, cada vez mais, a atenção de pesquisadores que buscam em suas características, potencialidades para educação, enquanto recurso pedagógico os blogs podem ser: um espaço de acesso 31 à informação especializada ou um espaço de disponibilização de informação por parte do professor. Já, enquanto “estratégia pedagógica” os blogs podem assumir a forma de um portfólio digital, um espaço de intercâmbio e colaboração, um espaço de debate e integração permitindoa liberdade na escrita: pensou, escreveu. A partir do que foi escrito e da popularidade do blog, surgirá uma infinidade de comentários. Pode-se considerar, então, que seu uso é uma boa maneira de estimular os estudantes a ler e escrever.Outra forma de utilização dos blogs écomo espaço de integraçãovalorizando a comunicação no ambiente escolar onde a população estudantil é culturalmente diversificada, a construção de um blog coletivo em que todos são chamados a colaborar apresentando as suas perspectivas, experiências e realidades culturais pode ser uma forma de promover a compreensão mútua e facilitar a integração dos estudantes.Para que essa interação de fato ocorra é necessário que o professor participeativamente dos blogs, tornando-se um ser mais próximo dos estudantes, principalmente no uso da linguagem, e discutir assuntos fora do âmbito acadêmico, os blogs costumam ter uma linguagem bem simples de escrever e de ler, criando para os professores a oportunidade de explorar a linguagem não verbal. O blogé um gênero que possibilita trabalhar uma variedade textual e o desenvolvimento do pensamento reflexivo e autônomo dos estudantes. Rojo e Moura (2012 p.40) ressaltam, Por meio de novos recursos midiáticos, os usuários expandem e difundem sua linguagem. O blog pode ser um espaço para as práticas de leitura e escrita, proporcionando novas formas de acesso á informação, a processos cognitivos, como também ás novas formas de ler e escrever, gerando novos letramentos, isto é, uma condição diferente de produção para aqueles que exercem práticas de escrita e leitura no blog e por meio dele. 6DEFINIÇÃO DE PESQUISA Segundo Gil (2002), “pode-se definir pesquisa como um procedimento sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos”. Pesquisa é a atividade científica pela qual descobrimos a realidade. Desse modo, soluciona-se problemas por meio da aplicação de métodos científicos. A 32 pesquisa é requerida quando não se dispõe de informação suficiente para responder ao problema, desenvolve-se ao longo de um processo que envolve inúmeras fases, desde a adequada formulação do problema até a satisfatória apresentação dos resultados. Para Gil (2002), há muitas razões que determinam a realização de uma pesquisa, no entanto, podem ser classificadas em dois grandes grupos: As razões de ordem intelectual que decorrem do desejo de conhecer pela própria satisfação de conhecer. E razões de ordem prática que decorrem do desejo de conhecer com vistas a fazer algo de maneira mais eficiente ou eficaz. A elaboração de um projeto depende de inúmeros fatores; o primeiro e mais importante refere-se á natureza do problema. Um projeto de pesquisa só pode ser elaborado quando se tem um problema claramente formulado, os objetivos bem determinados, assim como o plano de coleta e análise dos dados. Gil (1996, p.22) ressalta: não há, evidentemente, regras fixas acerca da elaboração de um projeto. Sua estrutura é determinada pelo tipo de problema a ser pesquisado e também pelo estilo de seus autores. É necessário que o projeto esclareça como se processará a pesquisa, quais as etapas que serão desenvolvidas e quais os recursos que devem ser alocados para atingir seus objetivos. É necessário,também, que o projeto seja suficientemente detalhado para proporcionar a avaliação do processo de pesquisa. A elaboração de um projeto é feita mediante a consideração das etapas necessárias ao desenvolvimento da pesquisa,é usual a apresentação do fluxo da pesquisa sob forma de diagrama, conforme figura1.2: 33 Fonte:GIL,1996, p.24. 6.1 Tipos de Pesquisa Ao definir o objeto da pesquisa, é importante também ter claro o tipo de pesquisa que pretendemos fazer, pois este pode implicar em diferentes níveis de abrangência no enquadramento do objeto, em diferentes objetos e fontes a serem investigados, em diferentes tipos de dados e análise,em diferentes tipos de objetivos, aplicações e conhecimento envolvido (VASCONCELOS, 2011, P.157). Como afirma Gil(2002),dependendo do ponto de vista analisado, pode-se utilizar-se de diversas formas para aplicação da pesquisa. Pesquisa quantitativa: traduz números, em opiniões e informações, para classificá-los e organizá-los utiliza-se métodos estatísticos. Pesquisa qualitativa: É descritiva e utiliza o método indutivo, objetiva-se identificar a presença ou ausência de algo. Pesquisa exploratória: Têm como objetivo proporcionar maior conhecimento sobre a questão apresentada pode-se dizer que estas pesquisas têm como objetivo principal o aprimoramento de ideias ou a descoberta de intuições. Pesquisa descritiva: Envolve técnicas padronizadas de coleta de dados, como questionários e observação. Procura identificar e descrever características de 34 determinada população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de relações entre variáveis. Pesquisa explicativa: Procura identificar as causas dos fenômenos estudados, por meio de método experimental, matemático ou métodos qualitativos. 6.2 PROCEDIMENTOS TÉCNICOS Para analisar os fatos do ponto de vista prático, e confrontar a visão teórica com os dados da realidade, torna-se necessário traçar um modelo conceitual e operativo de pesquisa (GIL, 2002). 6.2.1 Pesquisa Bibliográfica É desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. Entre as características do procedimento está a vantagem de permitir ao investigador um amplo acesso as informações, mesmo porque em algumas situações, não há outra maneira de conhecer fatos passados. Trabalha-se a partir de contribuições dos autores em estudos anteriores (GIL,1999). 6.2.2 Pesquisa Documental Busca-se documentos não apenas impressos, mas também jornais, fotos, revistas entre outros. A pesquisa documental vale-se de materiais que podem ser reelaborados de acordo com os objetos de pesquisa nesse caso, o conteúdo encontrado é a matéria prima, não existe análises e conclusões a respeito do tema(GIL, 1999). 6.2.3 Pesquisa Experimental São pesquisas realizadas em ambiente preparado, também chamadas de pesquisas de laboratório. O pesquisador seleciona variáveis e testa as relações funcionais entre elas, utilizando grupos controle ou variáveis para testar hipóteses que estabelecem relações de causa e efeito (GIL, 1999). 6.2.4 Pesquisa de Campo 35 O objeto estudado é abordado em seu ambiente próprio,sem intervenção ou manuseio do ambiente por parte do pesquisador. Basicamente a pesquisa é desenvolvida por meio da observação direta das atividades do grupo estudado e de entrevistas com informantes para captar suas explicações e interpretações(GIL,1999). 6.2.5 Estudo de Caso É uma modalidade de pesquisa amplamente utilizada. Consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento(GIL,1999). 6.3Técnicas de Pesquisa As técnicas são procedimentos operacionais que servem de mediação prática para realização das pesquisas. O elemento mais importantepara a identificação de um delineamento é o procedimento adotado para coleta de dados(GIL,1999). 6.3.1Documentação: Segundo Gil (2002), técnica da documentação é o registro de dados, colocando-os em condições de análise por parte do pesquisador. Podendo ser utilizadas de três maneiras: Técnica de coleta, organização e conservação dos documentos; Ciência que elabora critérios para coleta, organização, conservação e difusão dos documentos. Técnica de identificação, exploração dos documentos e registro das informações. 6.3.2 Questionário: Técnica de investigação composta por questões apresentadas por escrito ás pessoas,tendo por objetivo o conhecimento de opiniões,crenças, sentimentos, interesses, expectativas ou situações vivenciadas.As questões devem ser pertinentes e adequadas ao público estudado.Construir um questionário consiste em traduzir os objetivos da pesquisa em questões específicas, as respostas a essas 36 questões é que irão proporcionar os dados requeridos para testar as hipóteses ou esclarecer o problema da pesquisa. (GIL, 2002). Segundo Gil (1999), há três tipos de questões: Questões fechadas- Nas questões fechadas,apresenta-se ao respondente um conjunto de alternativas de resposta para que seja escolhida a que menor representa sua situação ou ponto de vista. Questões abertas-Nas questões abertas,apresenta-se a pergunta e deixa-se um espaço em branco para que a pessoa escreva sua resposta sem qualquer restrição. Questões dependentes-Quando uma questão depende da resposta dada a outra questão, como por exemplo, para saber quantos cigarros alguém fuma antes é necessário perguntar se ele é fumante. A elaboração de um bom questionário é complexa e deve ser muito bem pensada, planejada e executada, levando em consideração tudo o que se sabe sobre o assunto e sobre o público que irá respondê-lo, não fugindo dos objetivos já estabelecidos na realização do projeto. Exige cuidado na seleção das questões, levando em consideração a sua importância. Não há número mínimo ou máximo de perguntas, contudo é imprescindível que atenda às necessidades do pesquisador sem cansar quem o irá responder. Para facilitar a tabulação dos resultados, é indicado criar uma espécie de código para cada pergunta, porém não é uma regra, e, para promover melhor compreensão do entrevistado frente ao trabalho, elaborar instruções rápidas para que o mesmo tome ciência do que está sendo solicitado a ele. Antes de ser efetivamente aplicado, o questionário deve passar por um pré- teste, ou seja, ser respondido por um pequeno grupo de pessoas para verificação de possíveis falhas, tais como compreensão da linguagem utilizada e, se os dados recolhidos são essenciais para a pesquisa. No caso de eventuais modificações, estas devem ser realizadas antes que o questionário chegue ao público alvo (GIL, 1999). Utilizaremos como parte prática de pesquisa, o questionário aberto inserido em um blog, acreditamos que esta ferramenta é a que melhor se adequa aos objetivos do presente trabalho por se tratar da utilização de um recurso tecnológico abordado no trabalho. 37 O blog é um exemplo de tecnologia da informação utilizada na escola comorecurso pedagógico, pois sua estrutura é bastante simples de se criar e manter,possuecaracterísticas próprias, mas que podem variar conforme as suascondições de produção, recepção e circulação. É importante que nós como educadores discutíssemos sobre a influência da mídia no processo de aprendizagem, se ela prejudica ou ajuda o desenvolvimento do trabalho pedagógico, pois as mídias estão presentes não só no âmbito escolarmas em todo contexto social que tanto os educadores quanto os educandos estão inseridos. Para responder as nossas questões, elaboramos as seguintes perguntas que serão inseridas no blog. Roteiro de perguntas: 1- O que acha sobre a inserção dos jogos digitais dentro da sala de aula como forma de estimular a falta de interesse do aluno? 2-.O que torna a tecnologia uma ferramenta proveitosa para educação? 3 - A escola oferece o suporte necessário para atualização do seu corpo docente frente a tecnologia? 4-No papel de professor-mediador, como utilizar a tecnologia para trazer resultado positivo na evolução do conhecimento? 5-Acredita que a mídia em si, dentro da sala de aula, é importante para o desenvolvimento do aluno, quanto à leitura e a escrita? 6- Tendo essas reflexões sobre a mídia na educação, você acha que a tecnologia ajuda ou prejudica o desenvolvimento do aluno em sala de aula? 6.3.3 Como criar um blog 1º Passo: Defina seu objetivo. É essencial que você defina o que quer atingir com o seu site. Defina se deseja ganhar dinheiro, se quer que seja as suas mostras profissionais ou pedagógicas e simplesmente o quer fazer como hobby. Seja qual for a sua intenção é prioritário que esteja sempre bem presente o seu objetivo. Este irá influenciar tudo 38 o que for fazer daqui para frente no seu projeto! Deve pensar em várias alternativas e escolher a que mais lhe agrada ou a que mais se adequada à sua situação. Figura 1 - Pagina Inicial do Blogger(domínio ou página onde se cria uma conta para o seu blog, lembrando que o criador do blog pode optar por outras páginas disponíveis). Fonte:https://www.blogger.com/home 2º Passo: Defina o tipo de conteúdo que será apresentado em seu blog. Este ponto completa o anterior. Depois de definir o que quer que seja o seu site ou blog, deve pensar no que irá ser abordado. É aqui que deverá procurar qual o nicho (é uma cavidade aberta muito usada em igrejas, residências para colocar imagens, urnas, exemplo no caso do blog é utilizado para colocar textos, imagens e figuras) de mercado em que se irá inserir. No entanto aconselhamos de que deve escolher um tipo de conteúdo com que esteja familiar e pelo qual nutra algum gosto, para evitar que o seu site entre em esquecimento no futuro! Lembre-se que por vezes, quando se inicia um projeto, estamos cheios de vontade de trabalhar, mas quando passa o tempo, vamos perdendo alguma dessa vontade inicial. Por essa mesma razão é essencial que goste do que vai fazer no seu site. A paixão aliada ao trabalho traz benefícios que não podem ser substituídos e por isso mesmo à probabilidade de vir a ter sucesso com o seu site é muito maior. 39 Figura 2 - Cadastro parte 1 Fonte: https://accounts.google.com/IdvChallenge?idvContinueHandler=SERVICE&idvContinueUrl= http%3A%2F%2Fwww.blogger.com%2Fhome- new.g%23create%2Ftitle%3Dfaculdade%3Baddress%3Dfaculdadedouglasaguilera%3Btemp lateName%3DSimples 3º Passo: Defina o público alvo de seu blog. É importante que saiba para quem vai falar. Tem que fazer a diferença se vai fazer um site para ensinar outras pessoas, por exemplo, como a Escola Blog, ou se vai simplesmente fazer um blog pessoal. No primeiro caso o seu site será direcionado para os leitores, no segundo é direcionado para si. Isto não é sinônimo de mais ou menos tráfego no futuro. Há igualmente sites e blogs direcionados para os dois lados que têm volumes de tráfegos enormes. Defina conscientemente, uma vez que irá afetar toda a construção da sua Web Site! Alie este passo aos anteriores e verá que surgirá um conjunto de opções que apenas validam um determinado nicho de mercado daqueles que estava a pensar entrar. 40 Figura 3 - Cadastro parte 2 Fonte:https://www.blogger.com/home- new.g#create/title=faculdade;address=faculdadedouglasaguilera;templateName=Simples 4º Passo: Escolha o nome e a imagem de marca de seu blog. É importante que escolha um nome que defina o conteúdo do seu site! Lembre-se que o nome e imagem do seu site vai ser a maneira como vai ser conhecido pela web, portanto deverá perder algum tempo neste ponto! As criações de uma imagem ou de uma marca dão credibilidade ao seu projeto.Dependendo do tipo de conteúdo e do mercado em que está inserido, a imagem ou a marca do seu site ou blog será mais ou menos importante para o seu sucesso. No entanto não despreze o poder de uma marca e encare este ponto como uma garantia para o futuro do seu projeto. Enquanto o seu site vai marcando posição no seu nicho a sua marca e o seu projeto vão sendo ligados tornando assim uma ótima forma de garantir segurança aos seus leitores. Ter uma imagem que defina o seu projeto poderá ser também uma vantagem para marketing. Nesta fase comece a pensar em criar os seus logótipos, os seus banners e todas as identificações visuais do seu projeto e cultive em si próprio a ideia da sua marca. 41 Figura 4 - Layout do Blog Fonte:https://www.blogger.com/home- new.g#faculdadedouglasaguilera;templateName=Simples 5º Passo: Registre seu domínio. Como já foi referido na Escola Blog diversas vezes, para ter sucesso num projeto é essencial que tenha um domínio próprio. Por vezes os webmasters não registram o seu domínio próprio por não quererem gastar dinheiro com uma coisa que não sabem se vão ter retorno. No entanto, com apenas cerca de 10 já compra um domínio.com e ganhará muito mais credibilidade entre os seus leitores e nos motores de busca! Se estiver indeciso, garanto-lhe que ter um domínio próprio lhe facilitará imenso as suas tarefas e que no futuro terá muito menos trabalho do que se tiver que mudar o seu domínio quando tiver o projeto estabelecido. Afinal, com um investimento tão baixo como o da compra de um domínio, não há muitas coisas que possa comprar e ter o mesmo retorno! 42 Figura 5 - Finalização do Blog Fonte:https://www.blogger.com/home- new.g#create/title=faculdade;address=faculdadedouglasaguilera;templateName=pronto 6º Passo: Adicione o conteúdo. Antes de publicar o seu site, adicione algum conteúdo! Criar um blog,componha alguns artigos para o lançamento. Se for um site com outro objetivo, crie algo para ver para os primeiros visitantes. Não quer perder “clientes” por não ter nada para eles certo? O conteúdo é rei. Esta é uma das frases míticas que, sobretudo os bloqueios, devem saber. Gerar muitas visitas e boas taxas de conversão é coisas apenas possíveis com um conteúdo de excelência. Aprimore as suas técnicas de escrita e invista no conteúdo do seu site. Obviamente que o design do seu site é importante, mas o que era o seu site sem o conteúdo que o alimenta? 7° Passo: Crie e divulgue o seu trabalho. O trabalho não para por aqui! O primeiro passo já está dado, mas para ter sucesso é necessário continuar a obra e divulgá-la! Utilize as redes sociais, agregadores de conteúdo, motores de busca, tudo o que puder e lhe gere tráfego! O poder das redes sociais hoje em dia é enorme e é impossível ser deixado de lado. Face book, Twitter e mesmo o Google+ podem dar uma ajuda extra ao seu https://www.blogger.com/home-new.g#create/title=faculdade;address=faculdadedouglasaguilera;templateName=pronto https://www.blogger.com/home-new.g#create/title=faculdade;address=faculdadedouglasaguilera;templateName=pronto 43 site, abrindo caminho em novos mercados que você por si só não alcançaria. Uma boa técnica é divulgar o seu site em diretórios de sites ou blogs e os seus artigos em diretórios de artigos. A verdade é que divulgação nunca é de mais, por isso mesmo é bom que invista alguns dos seus recursos (mesmo que não seja dinheiro, invista tempo) no estabelecimento da sua marca nas redes sociais, após todas as instruções para a criação de seu blogbasta colocar em prática e divulgar seu trabalho. 6.4 Características das Escolas Escola A: Com intuito de permanecer imparcial e preservar o nome da escola pesquisada denominaremos a mesma durante todo relato da pesquisa de escola A. Essa escola está situada em uma comunidadeda região do extremo sul do município de São Paulo, a estrutura física da escola é de dois andares divididos em: 17 salas de aula 02 quadras (1sem cobertura e sem arquibancada e uma com cobertura e sem arquibancada); 01 sala de informática; 01 sala de leitura; 01 sala de recuperação paralela; 01 sala de coordenação pedagógica; 01 sala de professores; 01 diretoria; 01 secretaria; 01 almoxarifado; 01 pátio (com palco); 01 cozinha; banheiros (masculino e feminino); 01 sala de inspetor de aluno. A escola A não possuielevador para possibilitar o acesso dos cadeirantes às aulas do laboratório de informática que se encontra no piso superior, o mesmo atende todas as séries em horários diversificados, cada turma tem uma aula por 44 semana de acordo com o cronograma e a aula é ministrada por professor especialista. Em torno da escola encontram-se poucos comércios,pois é localizada em uma região mais afastada do centro comercial local e o ônibus que faz o percurso do bairro até o terminal mais próximo passa de meia em meia hora. A escola segue a vertente pedagógica do construtivismo edo sócio interacionismo proposta pela rede municipal de ensino, além de atender as diretrizes curriculares com atividades permanentes a escola possui projetos esportivos como de basquete, projeto de teatro, e dança (hip hop). Escola B: Com intuito de permanecer imparcial e preservar o nome da escola pesquisada denominaremos a mesma durante todo relato da pesquisa de escola B. Essa escola está situada em uma comunidade carente da região sul do município de São Paulo, a estrutura física da escola é de dois andaresdivididos em: 16 salas de aula Parque infantil; 01 sala de enfermagem 02 quadras (1 sem cobertura e sem arquibancada e uma com cobertura e sem arquibancada); 01 brinquedoteca; 01 sala de dança/ginástica; 01 sala de informática; 01 laboratório de ciências; 01 sala de leitura; 01 sala de recuperação paralela; 01 sala de coordenação pedagógica; 01 sala de professores; 01 diretoria; 01 secretaria; 01 almoxarifado; 01 pátio (com palco); 45 01 cozinha; banheiros (masculino e feminino); 01 banheiro para deficientes; 01 sala de inspetor de aluno; Área verde. A escola B possui um elevador que possibilita o acesso dos cadeirantes as aulas do laboratório de informática que se encontra no piso superior, contudo por vezes este se encontra quebrado inviabilizando o acesso ao laboratório que atende todas as séries em horários diversificados, cada turma tem uma aula por semana de acordo com o cronograma e a aula é ministrada por professor especialista. Além de atender as diretrizes curriculares com atividades permanentes elaboradas dentro do construtivismoa escola possui projetos como de danças regionais, imprensa jovem para alunos do fundamental. Sua localização é de fácil acesso, o transporte público que atende a região passa de 15 em 15 minutos, ao lado da escola tem uma caçamba de coleta coletiva da comunidade o que deixa a escola com uma aparência de abandono. 46 7PROCEDIMENTO DE ANÁLISE Este questionário é parte integrante para conclusão do curso de Pedagogia do Centro Universitário Ítalo Brasileiro, destinado á professores das séries iniciais (4°e 5º ano), da rede pública do município de São Paulo. Temos como objetivo saber como os professores utilizam a internet em suas práticas, se encontra dificuldades frente às novas tecnologias e se conhecem os meios de utilizá-la na educação. Para o preenchimento deste questionário é necessário que o professor acesse o blog www.tecnologiafundi.blogspot.comleia com atenção todas as questões e responda segundo os conhecimentos adquiridosem sua prática. O professor terá um prazo de uma semana para acessar o link já citado acima e responder a questões. Ressaltamos que o blog foi criado em caráter provisório apenas
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