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AULA 1  
Manuella Soussa Braga  
CBMF II - 7º período - 2020/1  
 
AVALIAÇÃO PRÉ E PÓS OPERATÓRIA  
 
Avaliação pré-operatória  
● Anamnese  
É voltar atrás, refazer, rever os conceitos. É                
importante para fazer a avaliação médica e, a                
partir disso, pensar em tudo que essa avaliação                
pode causar problemas ou que precisa de preparo                
para a cirurgia.  
 
● Exame f ísico  
○ Exame geral  
○ Clínico intra e extrabucal  
 
Observa-se o andar do paciente (detecção de              
síndromes, postura etc), o aspecto geral do              
paciente. Também se faz o exame da face e do                    
rosto, tudo isso olhando com mais critério.  
 
● Exame por imagem  
Sempre vai ter um exame por imagem, com                
poucas exceções.  
 
● Exames laboratoriais  
Faz solicitação para os pacientes que associam              
tratamento médico com o odontológico. Sabe-se            
que pacientes jovens, com menos de 40 anos,                
com anamnese adequada, não é necessário            
solicitar estes exames, pois a chance de ocorrer                
um problema transcirúrgico ou pós-cirúrgico é            
muito pequena.   
 
● Plano de tratamento  
Pensar no que vai fazer antes e nas condições que                    
podem ocorrer durante o percurso (o que fazer?).                
Também é preciso se planejar em relação a                
realização de parecer médico, de exames etc.  
 
ANAMNESE  
É uma forma de questionário de saúde.   
● Identificação (nome, endereço, idade,        
profissão, gênero, estado civil, cor da            
pele, naturalidade, nacionalidade).   
● Queixa principal   
● História da doença atual   
● História patológica pregressa  
● Revisão dos sistemas   
É IMPORTANTÍSSIMO PERGUNTAR:  
 
● Internações prévias  
É importante para saber a gravidade de algum                
problema ou doença, por exemplo.   
 
● Alergias  
Saber sobre o desenvolvimento dessa reação que              
pode ocorrer em vários graus, pois a depender do                  
grau, o preparo e atendimento desse paciente              
deve ser diferente.  
 
● Doenças sistêmicas  
● Uso de medicamentos  
O uso de medicamentos não quer dizer que o                  
paciente esteja compensado.  
 
● Tratamentos médicos  
 
 
 
Avaliação dos sinais vitais  
É importante, pois avalia a condição do              
paciente naquele momento e compara com            
vários momentos diferentes na vida.   
 
● Frequência e ritmo cardíaco  
● Frequência respiratória  
● Pressão sanguínea arterial   
● Temperatura axilar   
 
1) FREQUÊNCIA E RITMO CARDÍACO  
● Utiliza os dedos médios e indicador  
● Contar o número de pulsações em 1              
minuto  
 
Pode-se utilizar o pulso radial e o pulso                
carotídeo, sendo que o melhor e mais              
importante em relação ao prognóstico do            
paciente é o carotídeo, pois é o mais próximo                  
do coração e, por isso, é o último a ser                    
 
AULA 1  
Manuella Soussa Braga  
CBMF II - 7º período - 2020/1  
 
perdido no caso de uma parada cardíaca. O                
pulso radial, por exemplo, pode não ser              
audível ou palpável.   
 
● avaliar frequência cardíaca (número        
de batimentos)  
 
no adulto:  
acima de 100 bpm = taquicardia  
abaixo de 50 bpm = bradicardia  
 
● ritmo cardíaco ( regular ou irregular)  
 
um pulso descompassado pode significar alguma            
cardiopatia  
 
● qualidade do pulso (forte/cheio ou          
fraco/tênue)  
 
um pulso fraco/tênue pode significar uma queda              
da pressão arterial e um pulso muito forte/cheio                
pode significar um pico hipertensivo  
 
A avaliação da frequência e ritmo cardíaco              
deve ser feita junto ao estado geral do                
paciente. Um paciente com hipertireoidismo,          
por exemplo, já possui uma frequência            
cardíaca mais elevada. Um atleta possui uma              
baixa frequência cardíaca, pois tem um            
grande condicionamento cardiovascular.   
 
2) FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA  
Mede-se a partir da quantidade de elevações              
torácicas por minuto. Varia com a idade e em                  
relação às lactentes, além de outros.   
 
3) TEMPERATURA  
A temperatura deve ser tomada em qualquer              
paciente com suspeita de infecção.          
Considera-se uma temperatura alterada        
aquela superior à 37,8 ºC.  
 
CLASSIFICAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL  
 
Normal  
PA < 120/80 mmHg  
Pré-hipertensão   
PA sistólica de 120 a 139 mmHg e diastólica                  
de 80 a 89 mmHg  
 
Hipertensão   
PA > 140/90 mmHg   
 
EXAMES LABORATORIAIS  
● Hemograma completo  
● Coagulograma  
● Bioquímica do sangue  
● Urina  
 
1) HEMOGRAMA  
● Hemoglobina   
● Hematócrito  
● Leucometria  
● Leucometria diferencial   
É importante para avaliar qual tipo de condição                
que esse paciente tem; um aumento de linfócitos                
pode significar uma infecção viral, o aumento de                
neutrófilos e monócitos pode significar uma            
infecção bacteriana; o aumento de eosinófilos            
pode significar infecções parasitárias ou alérgicas.  
 
2) COAGULOGRAMA  
Pede-se, normalmente, no pré-operatório, em          
pacientes mais velhos ou pacientes que,            
durante a anamnese, relataram alguma          
informação que possa levar a alguma            
suspeita de problema de coagulação (p. ex.              
pacientes que apresentam hematomas        
frequentemente podem apresentar      
fragilidade capilar).   
 
Exames básicos que diagnosticam alguma          
alteração e, então, tendo essa alteração,            
encaminha-se o paciente para um          
especialista:   
 
● Tempo de coagulação (TC)  
Não é específico, não dá indícios de quais são os                    
problemas que podem estar associados a isso, ou                
seja, só avalia se a coagulação está alterada.  
 
 
 
AULA 1  
Manuella Soussa Braga  
CBMF II - 7º período - 2020/1  
 
● Tempo de sangramento (TS)  
Quanto tempo, clinicamente, inicia-se o processo            
de coagulação. Avalia-se a plaqueta e, isso              
significa que esse exame se apresentará alterado              
em pacientes com plaquetopenia ou alteração na              
qualidade dessa plaqueta (p. ex. usuário de AAS).   
 
● Tempo de protrombina (TP)  
Avalia a via intrínseca e extrínseca da coagulação.   
 
● Tempo de tromboplastina parcial  
Avalia a via intrínseca e extrínseca da coagulação.   
 
● Contagem de plaquetas  
 
Prova do laço ou Teste de Rumpell-Leede  
É um teste que avalia se o paciente tem alguma                    
fragilidade do vaso. Faz-se um torniquete e avalia                
se em X minutos se tem a formação de petéquias.                    
O torniquete diminui o retorno venoso e aumenta                
a pressão naquele vaso e, por ter uma parede                  
muito frágil, existem pequenos extravasamentos          
(p. ex. idosos,diabéticos etc).   
 
3) BIOQUÍMICA DO SANGUE  
● Glicose  
● Uréia  
● Creatinina  
 
4) URINA  
Pede-se quando o paciente tem queixa de              
febre e ardência urinária ou em            
pré-operatório de paciente com mais de 40              
anos e que se trata de uma cirurgia que dura                    
mais de 3 horas, pois tem-se a necessidade                
de passar um cateter mais fazer            
esvaziamento da bexiga.   
 
5) OUTROS EXAMES  
● Radiografia de tórax  
Pede-se para pacientes que vão passar por uma                
cirurgia de porte maior.  
 
● Eletrocardiograma  
● Risco cirúrgico   
 
 
RISCO CIRÚRGICO  
O risco cirúrgico é um exame realizado pelo                
médico clínico, cardiologista e anestesista que            
diz se o paciente está apto para suportar o                  
procedimento com segurança. Além disso, se            
existe um risco e qual é esse risco, se é                    
necessário algum preparo pré-operatório e se            
a cirurgia deve ser feita em ambiente              
hospitalar ou em consultório.   
 
CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO FÍSICO  
(A.S.A)  
 
ASA I   paciente saudável  
 
 
ASA II  
paciente com doença  
sistêmica leve ou fator de  
risco de saúde insignificante  
(p. ex. gestante, obeso,  
fumante)  
 
ASA III  
paciente com doença  
sistêmica grave mas não  
incapacitante  
 
ASA IV  
paciente com doença  
sistêmica grave com uma  
constante; ameaça a vida  
 
ASA V  
paciente moribundo com  
expectativa de vida menor  
que 24 horas com ou sem  
cirurgia  
 
ASA VI  
paciente com morte cerebral  
declarada e cujos órgãos  
estão sendo removidos com  
propósito de doação  
 
Geralmente os pacientes que são atendidos a              
nível ambulatorial são classificados em ASA I              
e ASA II. Pacientes ASA III e ASA IV                  
geralmente são pacientes que devem ser            
atendidos a nível hospitalar. Pacientes ASA V              
e ASA VI nem são atendidos na odontologia.   
 
 
AULA 1  
Manuella Soussa Braga  
CBMF II - 7º período - 2020/1  
 
A classificação de ASA é importante para              
avaliar os graus e os riscos de complicação                
pós-operatória. De acordo com o aumento da              
classificação (de I para V) se aumenta a taxa                  
de complicação, bem como se o paciente tiver                
mais que 65 anos, essa taxa aumenta em                
mais de 20%.   
 
MANEJO DE PACIENTES COMPROMETIDOS  
SISTEMICAMENTE  
 
● Hipertensão Arterial  
● Diabetes Mellitus  
● Doença Cardíaca Isquêmica  
● Infarto Agudo do Miocárdio  
● Hepatopatias  
● Insuficiência Renal Crônica  
● Coagulopatias  
● Distúrbios Neurológicos  
● Asma  
● Hipertireoidismo  
● Gestantes  
● Idosos e Pediátricos  
 
PARECER MÉDICO  
Ao médico responsável,   
Paciente XXXXX, 70 anos, compareceu a            
esta clínica necessitando realizar        
exodontias. Durante anamnese e exame          
f ísico o paciente apresenta PA 170/100            
mmHg.  
O paciente relata ainda medicação          
anti-hipertensiva associado à AAS        
diariamente.   
Solicito avaliação do paciente para          
realização do procedimento cirúrgico        
odontológico proposto.   
Estou a disposição para esclarecimentos          
necessários.  
Ass do dentista,   
 
PROTOCOLO DE REDUÇÃO DE  
ANSIEDADE  
A ansiedade pode causar transtornos f ísicos            
no paciente. É esperada na cirurgia.  
Métodos não-farmacológicos:  
● conversação e distração  
● evitar surpresas  
● evitar barulho desnecessário  
● manter instrumental fora de visão  
● anestesia adequada  
● instruções adequadas no pós  
● analgesia eficiente no pós  
 
Métodos farmacológicos:  
● sedação oral  
● sedação venosa  
● sedação inalatória (N2O + O2)  
 
1) HIPERTENSÃO ARTERIAL  
A hipertensão está presente está em mais de                
50% dos pacientes odontológico. Junto com a              
asma e a diabetes, a hipertensão arterial é                
uma doença de saúde pública.   
 
Fatores de risco:  
● cardiovasculares  
● arteriosclerose  
● doença cérebro-vascular  
● doença vascular periférica  
● doença renal  
 
A hipertensão é uma doença que            
desencadeia outras doenças.   
 
 
 
Deve sempre solicitar avaliação. Nos casos de              
hipertensão leve e moderada, é possível            
realizar a cirurgia a nível ambulatorial, desde              
que o paciente esteja compensado. No caso              
de pacientes com hipertensão grave, somente            
em ambiente hospitalar.   
 
Outras recomendações:  
● redução de ansiedade  
 
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Manuella Soussa Braga  
CBMF II - 7º período - 2020/1  
 
● monitorar sinais vitais  
● limitar adrenalina (0,04 mg)  
A limitação da adrenalina ocorre por precaução.   
 
ANESTESIA LOCAL  
Para reduzir a toxicidade do AL, deve-se:  
● usar menor volume de anestésico   
● usar menor concentração possível   
● usar vasoconstritor  
● fazer aspiração  
● injetar lentamente o anestésico   
 
O vasoconstritor é importante, pois:  
● reduz absorção (maior tempo de ação)  
● reduz toxicidade  
● prolonga ação da droga  
● uso de menor volume anestésico   
● melhor eficácia anestésica   
 
 
 
DOSES MÁXIMAS RECOMENDADAS DE  
ADRENALINA  
 
Pacientes saudáveis  
Máximo de 200 μg de adrenalina  
 
Não chega a esse limite, pois para a concentração                  
de vasoconstritor presente no tubete, para injetar              
200 μg de adrenalina excederia a dose máxima                
recomendada do anestésico local. O que limita a                
dose, nesse caso, é o sal anestésico.   
 
Pacientes com doença cardiovascular  
Máximo de 40 μg de adrenalina  
 
O que limita a dose, nesse caso, é o                  
vasoconstritor.   
 
 
 
 
 
NÍVEL SANGUÍNEO DAS CATECOLAMINAS  
 
  adrenalina  
(μg/min)  
noradrenalina  
(μg/min)  
secreção da  
medula  
supra-renal  
em repouso  
 
7  
 
1,5  
estresse   280   56  
AL  
(adrenalina  
1:50.000 em  
1,8 ml)  
 
< 1   
 
-  
 
O estresse gera mais produção de            
catecolamina endógena do que um tubete de              
anestésico.   
 
CONTRA-INDICAÇÃO PARA O USO DE  
VASOCONSTRITORES  
 
● Hipertensão grave  
 
sistólica acima de 200 mmHg          
e diastólica acima de 115          
mmHg  
 
● Hipertireoidismo  
não controlado   
 
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Manuella Soussa Braga  
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● Paciente com doença cardiovascular        
grave   
 
menos de 6 meses de infarto            
do miocárdio, AVE ou cirurgia          
de derivação da artéria        
coronária; angina pectoris      
instável; arritmias cardíacas não compensadas   
 
● Pacientes que tomam β bloqueadores          
inespecíficos, inibidores da MAO ou          
antidepressivos tricíclicos  
 
nesses casos, pode-se diminuir a dose  
 
Em caso de contra-indicação para o uso de                
vasoconstritores adrenérgicos, utiliza-se:  
 
Prilocaína 3% com felipressina 0,03 UI/ml  
Mepivaína 3% sem vasoconstritor (para          
procedimentosde curta duração)   
 
No caso de hipertensos controlados, pode-se            
utilizar o vasoconstritor adrenalina, desde que            
respeita a dose máxima recomendada (40 μg              
- 2 tubetes). Caso haja a necessidade de                
utilizar mais anestésico, opta-se por utilizar            
um sem vasoconstritor.   
 
Na hipertensão arterial, o dentista não deve              
assumir a responsabilidade de prescrever          
medicamentos anti-hipertensivos na tentativa        
de regular a PA antes do tratamento              
odontológico. Em uma emergência, em que se              
tem uma crise hipertensiva, o que se usa é o                    
captopril (VO).    
 
A nifedipina é contra-indicada, pois abaixa            
muito a pressão arterial e não é seguro no                  
ponto de vista cardiovascular. Já foi utilizada.   
 
2) ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL  
Para o paciente que vem ao consultório com                
histórico de AVE, as recomendações são:  
 
● parecer médico do paciente  
● adiar tratamento eletivo por 6 meses            
após o último episódio de AVC  
● em caso de urgência, o tratamento            
deve ser feito em ambiente hospitalar  
● monitorar os sinais vitais  
● protocolo de redução de ansiedade  
● investigar o uso de anticoagulante  
 
3) DOENÇA CARDÍACA ISQUÊMICA  
É a angina pectoris. Obstrução do suprimento              
arterial do miocárdio. Causa dor aguda e              
sensação de apertamento em região          
subesternal.   
 
Estável: ASA III  
O paciente tem um quadro anginoso quanto              
submetido à atividade f ísica, estresse,          
emoção etc.   
 
● consultar cardiologista  
● limitar uso de adrenalina (0,04 mg)  
● protocolo de redução de ansiedade  
● ter medicação de emergência        
disponível (vasodilatador coronariano:      
nitroglicerina oral e O2)  
● fazer uma anestesia eficaz  
● monitorizar sinais vitais  
 
Instável: ASA IV  
O paciente pode estar em repouso, sentado              
na cadeira, por exemplo, e ter um quadro de                  
angina. Não é recomendado tratamento          
odontológico.   
 
4) INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO  
Existe estadiamento do infarto. Isso significa            
que dependendo do grau de lesão do              
miocárdio, o paciente vai ter maiores sequelas              
ou não.   
 
● Solicitar parecer e avaliação médica  
A única pessoa que vai saber falar qual o                  
estadiamento do infarto é o cardiologista, o              
paciente não sabe falar.   
 
 
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● Verificar o uso de anticoagulantes  
● Adiar cirurgia eletiva por 6 meses            
após o infarto   
 
Risco de novo infarto: 20 a 30% nos primeiros 3                    
meses, 10 a 15% entre o 4º e o 5º mês e 5% após                            
6 meses.   
 
● Controle de ansiedade  
● Limitar o uso de adrenalina (0,4 mg)  
● Monitorar sinais vitais  
 
DOENÇAS CARDIOVASCULARES  
 
O tratamento odontológico ambulatorial só          
deverá ser realizado em pacientes com            
angina estável, IAM há mais de 6 meses e                  
cirurgia de revascularização há pelo menos 3              
meses.   
 
Deve-se fazer:   
 
● protocolo de redução de ansiedade  
● solicitar parecer médico   
● respeitar dose máxima de adrenalina  
● avaliar uso de anticoagulantes ou          
antiagregantes plaquetários  
 
5) DIABETES MELLITUS  
É uma das três doenças de saúde pública.   
 
Complicações do DM não controlado:  
 
● periodontopatias  
● imunossupressão  
Tem diminuição da ativação leucocitária.   
 
● aumento do risco de infecção  
● dificuldade de cicatrização  
Não tendo uma cicatrização eficiente, também se              
tem o aumento do risco de infecção.   
 
● riscos de quadros hipoglicêmicos  
Em pacientes normais, ao ter pouca glicose no                
sangue, tem-se o impedimento da liberação de              
insulina. No entanto, diabéticos que geralmente            
tomam um regulador via oral ou insulina, precisam                
comer, pois sempre terá a liberação deste,              
causando um quadro de hipoglicemia.   
 
Co-morbidades associadas ao DM:  
 
● hipertensão arterial  
A glicose é uma macromolécula e ela no sangue,                  
por si só, consegue aumentar a pressão osmótica                
e levar a um quadro de hipertensão arterial.   
 
● aterosclerose  
● complicações vasculares  
● complicações neuropáticas  
● doença renal   
A macromolécula glicose causa danos ao rim e ele                  
para de funcionar.   
 
DIABETES MELLITUS EM ODONTOLOGIA  
 
Características clínicas:  
● xerostomia e disfunção glandular  
● hálito cetônico  
● doença periodontal  
● estomatites e ulcerações  
● queilite angular e candidíase  
● queimação oral  
● alteração cicatricial  
● microanagiopatias  
 
Testes laboratoriais:  
● glicemia em jejum  
● teste oral de tolerância a glicose  
● glicemia pós-prandial   
● hemoglobina glicada e frutosamina  
Esse exame mostra o quanto a hemoglobina              
sofreu com alterações da glicemia durante 3              
meses.   
 
● dosagens urinárias (glicosúria)  
 
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Testes não laboratoriais:  
● Teste de glicemia capilar  
 
TESTE DE GLICEMIA CAPILAR  
 
< 70 mg/dl  
adiar o procedimento odontológico e          
administrar carboidratos VO, pois o paciente            
já está entrando em um quadro de              
hipoglicemia  
 
> 200 mg/dl  
reavaliar (p. ex. perguntar se o paciente              
tomou um desjejum leve, pois essa glicemia              
não devia estar tão alterada), adiar o              
procedimento odontológico e encaminhar ao          
médico  
 
Quanto maior o índice de glicemia medido              
nesse aparelho, maior o risco de infecção.   
 
Para pacientes diabéticos, deve-se:  
● adiar cirurgia até estar compensada  
Se for urgência, faz a nível hospitalar e faz a                    
compensação no ato com soro glicosado na              
sedação.   
 
● consulta pela manhã após desjejum  
Pela manhã tem-se um maior nível de cortisol.  
 
● consultas curtas  
● protocolo de redução da ansiedade  
● estar atento aos sinais de hipoglicemia  
● avaliar a utilização de medicamentos  
A ação hipoglicêmica das sulfoniluréias pode ser              
potencializada pelos AINES  
 
● profilaxia antibiótica  
 
 
 
 
 
 
 
Deve-se avaliar o pico de ação da insulina                
(tem de ação rápida, curta e intermediária),              
para que esse não coincida com o horário do                  
procedimento odontológico, pois também        
pode causar um quadro de hipoglicemia.   
 
EMERGÊNCIAS DIABÉTICAS  
● Hiperglicemia e cetoacidose  
● Hipoglicemia aguda  
 
HIPOGLICEMIA AGUDA  
De 10 a 15% dos diabéticos sofrem,              
rotineiramente, a hipoglicemia. Isso acontece,          
pois tem episódios repetidos de hipoglicemia            
e, os sinais e sintomas doestado, podem ser                  
abolidos (ele não sente mais). Na            
hipoglicemia, tem-se um nível anormal de            
glicose sanguínea (< 40 mg/dl).   
 
SINAIS E SINTOMAS  
1. estágio precoce (inicial)  
náusea, sensação de fome e diminuição da              
função cerebral  
 
2. estágio avançado (sintomas adrenérgicos)  
sudorese, taquicardia, piloereção, aumento da          
ansiedade, alteração de comportamento e          
tremores  
 
3. estágio tardio (neuroglicopênicos)  
inconsciência, convulsão, hipotensão e        
hipotermia  
 
O problema do diabético é não passar pelo                
estágio 1 e 2 e ir direito para a convulsão e                      
perda de consciência.   
 
6) HIPERTIREOIDISMO  
O paciente com hipertireoidismo não          
controlado não pode usar adrenérgico. No            
hipertireoidismo, tem-se o aumento da          
catecolamina endógena, então o risco desse            
paciente ter uma hipertensão, arritmia ou            
parada cardíaca é muito grande.   
 
 
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Na odontologia, só se atende o paciente com                
hipertireoidismo compensado e, ainda assim,          
limita o uso de adrenalina (0,04 mg) como                
precaução.   
 
7) DOENÇA RENAL CRÔNICA  
O paciente que faz hemodiálise apresenta            
shunt arteriovenoso, pois o cirurgião vascular            
liga uma veia profunda/calibrosa e liga direto              
na artéria, fazendo com que ela fique mais                
superficial por ter um fluxo maior (tem-se              
uma drenagem mais rápida).   
 
Esse paciente tem um risco maior de ter                
trombose por conta de um fluxo turbilhonar,              
isso só não acontece, pois geralmente o              
paciente toma muito anticoagulante. Deve          
fazer profilaxia antibiótica, devido ao risco de              
fazer trombo e, a partir de uma bacteremia,                
levar ao desenvolvimento de uma endocardite            
bacteriana ou abscesso cerebral.   
 
Doenças associadas:  
● hipertensão  
● diabetes  
● infecção - pielonefrite  
● intoxicação renal medicamentosa  
● doenças genéticas  
 
Indicadores laboratoriais:  
● Uréia  
● Creatinina  
● Anemia  
● TS aumentado (anticoagulado)  
 
HEMODIÁLISE  
Cuidados:  
● evitar drogas nefrotóxicas  
● ATB profilático  
● programar a cirurgia 1 dia após a              
hemodiálise, para ter menos efeito das            
drogas anticoagulantes  
 
 
 
8) TRANSPLANTE RENAL  
Para não ter rejeição do órgão, o paciente                
toma, para o resto da vida, um medicamento                
imunossupressor e um corticóide. O          
imunossupressor aumenta o risco de infecção            
e o corticóide restringe o eixo hipofisário da                
supra-renal, parando de produzir cortisol.   
 
Cuidados:  
● profilaxia antibiótica  
● ajuste da dose de esteróides  
 
CUIDADOS PRÉ-OPERATÓRIOS  
 
● parecer do nefrologista  
● avaliar doenças associadas  
● avaliar sinais de uremia  
● não usar o acesso da hemodiálise  
● profilaxia antibiótica  
● avaliar uréia, creatinina e eletrólitos  
● avaliar anemia  
● avaliar TS  
● avaliar hepatite e HIV (transfusão)  
 
Sabendo que o paciente possui uma filtração              
glomerular deficiente por conta de um            
problema renal, deve-se ou diminuir a            
dosagem ou aumentar o intervalo da dose do                
medicamento, pois fica muito tempo na            
corrente sanguínea. Quem faz isso é o              
médico.   
 
9) DOENÇAS HEPÁTICAS  
As funções mais importantes do f ígado são:              
metabolismo de toxinas/medicamentos e        
síntese de fatores de coagulação. O f ígado é                
responsável pela fosforilação final dos fatores            
de coagulação. Se o paciente tiver qualquer              
doença hepática, ele tem alteração da função              
e distúrbio de coagulação.   
 
Quando o paciente não tem uma boa              
metabolização, diminui-se a dose de drogas            
com metabolismo hepático.   
 
 
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10) DISTÚRBIOS DE COAGULAÇÃO  
Coagulopatias hereditárias  
- hemofilia  
- doença de von willebrand  
Distúrbios de plaquetas  
- trombocitopenia  
- trombocitopatias  
Doenças hepáticas  
Má absorção   
- vitamina K  
Medicações anticoagulantes  
 
p. ex. GINKGO BILOBA  
medicação natural  
utilizado para melhor circulação cerebral  
inibe a agregação plaquetária  
p. ex. CASTANHA DA ÍNDIA  
 
1. analisar risco   
2. avaliar coagulograma pré-operatório  
3. planejamento pré-operatório  
- transfusão de sangue  
- suspender medicação  
- comprar hemostático, etc.   
 
TERAPIA ANTICOAGULANTE  
 
AAS   suspender a medicação  
pelo menos 7 dias antes  
 
WARFARIN  
suspender a medicação  
pelo menos 2-5 dias  
antes da cirurgia  
HEPARINA   intervalo superior a 24  
horas  
 
Reiniciar a medicação pelo menos 24 horas              
depois da cirurgia, no caso de um paciente                
sem sangramento. Quem determina a          
possibilidade dessa suspensão é o médico            
responsável.   
 
 
11) ASMA  
 
● avaliar fatores desencadeantes  
● protocolo de redução de ansiedade  
● evitar AINES e bissulfito   
● na presença de infecção no trato            
respiratório ou sibilo, deve-se adiar o            
procedimento   
 
Drogas importantes para lidar com paciente            
asmáticos:  
 
● broncodilatadores (bombinha)  
● adrenalina  
 
12) GESTANTES  
O objetivo é a prevenção do dano ao feto.                  
Tudo o que pode atravessar a barreira              
placentária está proibido. Deve-se pedir          
avaliação médica e se tiver necessidade de              
realizar algum tratamento, que dê preferência            
ao 2º trimestre.   
 
prilocaína   é contra-indicado pelo  
risco de  
metemoglobinemia  
felipressina   é contra-indicado, pois  
sua estrutura é  
semelhante à ocitocina   
solução  
anestésica mais  
segura  
lidocaína 2% com  
adrenalina 1:100.000  
analgésico   paracetamol (500 a  
750 mg) ou codeína  
AINES   é contra-indicado,  
devido possível  
estreitamento do  
ducto arterial fetal  
antibiótico   optar por penicilina V  
ou amoxicilina  
 
 
 
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13) PÓS-PARTO E ALEITAMENTO  
Deve ter preocupação, pois a droga também              
pode passar pelo aleitamento, porém isso            
acontece em uma quantidade menor.   
 
PROFILAXIA ANTIBIÓTICA  
 
A única condição que a literatura científica              
consagra com unanimidade é a profilaxia da              
endocardite infecciosa. No entanto, toda          
doença que possui um grau de            
imunossupressão e predisposição à infecção,          
faz-se a profilaxia.   
 
ENDOCARDITE INFECCIOSA  
É uma infecção grave do endotélio valvar,              
mural ou de próteses cardíacas valvulares            
causado por bactérias e, menos comumente,            
por fungos, rickéttsias e clamídias.   
 
 
 
Alteraçõesvalvares: normalmente, o sangue          
passa do átrio para o ventrículo e a válvula                  
deve fechar, impedindo o retorno do sangue.              
Quando se tem um prolapso de válvula,              
defeito significativo desses folhetos nela ou            
prótese cardíaca em que não se tem um                
endotélio valvar protegido, pode haver um            
refluxo de sangue, que gera o fluxo              
turbilhonar e, consequentemente, pequenas        
lesões na parede que, associado a uma              
bacteremia, essas bactérias podem se alojar            
no trombo, levando a uma endocardite.   
Isso é perigoso, pois quando se tem uma                
contaminação do coração, pode-se ter          
infecções na retina, na mucosa, na pele, no                
cérebro, no rim e no f ígado e esse paciente                  
pode entrar em um quadro de sepse.   
 
INDICAÇÕES DE RISCO ELEVADO PARA  
PROFILAXIA PARA ENDOCARDITE   
 
1) episódios prévios de endocardite        
infecciosa  
 
2) válvulas protéticas cardíacas  
 
3) transplantados cardíacos que      
desenvolveram valvulopatia cardíaca  
 
4) cardiopatias congênitas  
a) cardiopatias congênitas    
cianóticas complexas    
não-reparadas com com      
shunts e condutos paliativos  
b) defeitos cardíacos congênitos      
totalmente reparados por      
cirurgia ou intervenção por        
cateter durante os primeiros 6          
meses  
c) defeitos cardíacos congênitos      
residuais no sítio ou adjacente          
ao tecido protético ou aparato          
protético  
 
Pacientes que realizaram o Tratamento          
Trancateter da Válvula Aórtica (TAVI) que é              
uma cirurgia minimamente invasiva, feita por            
hemodinâmica, também merece uma atenção          
para o uso da profilaxia antibiótica.   
 
Pacientes que não participam mais do grupo              
de risco elevado para profilaxia:  
 
● doença cardíaca reumática  
● prolapso de válvula mitral com          
regurgitação valvar e/ou com folhetos          
espessados  
 
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CONTROLE PÓS-OPERATÓRIO  
Período que se estende desde o término do                
procedimento cirúrgico até o momento da            
alta do paciente. É importante para que o                
profissional veja tanto a cicatrização inicial da              
ferida, como também a evolução da cirurgia              
que ele fez.   
 
As orientações pós-operatórias devem ser          
feitas verbalmente e por escrito em uma              
linguagem simples.   
 
CONTROLE  
PÓS-OPERATÓRIO  
ORIENTAÇÕES  
PÓS-OPERATÓRIAS  
avaliação de:  
 
sangramento  
dor  
edema  
equimose  
hematoma  
trismo  
infecção  
deixar bem claro:   
 
dieta  
higiene oral  
prescrição  
 
SANGRAMENTO  
O sangramento deve ser contido ainda na              
cadeira odontológica. O sangramento discreto          
é normal nas primeiras 24h. Hábitos como              
pressão negativa, sugar e cuspir, estimulam            
ainda mais o sangramento.   
 
DOR PÓS-OPERATÓRIA  
A dor pós-operatória tem seu pico máximo              
depois de 12 horas, mas depois de 48 horas                  
não é normal sentir uma dor severa.   
 
A dor é subjetiva, quando depende do limiar                
de dor do paciente e objetiva, pois também                
está na dependência do trauma cirúrgico.   
 
Para a dor pós-operatória, faz-se a            
prescrição. Assim, impede a automedicação, é            
um instrumento legal e, legalmente, deve-se            
anexar uma cópia ao prontuários.   
PRESCRIÇÃO PÓS-OPERATÓRIA  
 
ANTI-INFLAMATÓRIO  
O período de utilização do anti-inflamatório            
corresponde ao período máximo de          
inflamação, ou seja, até 5 dias. Prescreve-se,              
em média, de 3 a 5 dias dependendo da                  
magnitude do trauma cirúrgico.   
 
Diclofenaco sódico 50mg (Voltaren) _ 9            
comp.  
Tomar 1 comp. de 8/8h por X dias  
 
Nimesulida 100mg (Nisulid) _______ 6 comp.  
Tomar 1 comp. de 12/12h por X dias  
 
Ibuprofeno 300mg ________________ 6 comp.  
Tomar 1 comp. de 8/8h por X dias.   
 
COLUTÓRIO  
O colutório utilizado no pós-operatório é a              
base de digluconato de clorexidina 0,12%.            
As desvantagens dela são: alteração no            
paladar, queimação na língua e pigmentação            
dentária e lingual. Todos eles passam ao              
parar de utilizar.   
 
EDEMA  
O edema é uma reação fisiológica normal              
frente a uma agressão. Tem um pico máximo                
em 48/72 horas. O edema e o hematoma                
exagerado tem relação com algum tipo de              
distúrbio desse pós-operatório.   
 
Para evitar o edema, deve-se:  
● cirurgias menos traumáticas  
● cirurgias mais rápidas  
● compressa de gelo e repouso  
○ 48h de gelo  
○ aplicação externa  
○ tem redução do sangramento e          
do fluxo sanguíneo  
 
 
 
 
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EQUIMOSE  
A equimose é o acúmulo de sangue              
intravascular pros espaços do tecido          
subcutâneo ou submucoso, sem formar lojas.   
 
HEMATOMA  
O hematoma é o acúmulo de sangue no                
tecido subcutâneo ou submucoso, de origem            
arterial ou venosa, com a formação de lojas.                
Muitas vezes precisa de intervenção. O            
hematoma de origem arterial é de rápida              
formação.   
 
EVOLUÇÃO DO HEMATOMA  
O hematoma evolui do roxo avermelhado ao              
amarelo arroxeado, dado pela degradação da            
hemoglobina em hemossiderina. O cuidado          
que se deve ter nessa fase é a exposição ao                    
sol, pois a hemossiderina pode pigmentar o              
tecido e ficar com uma mancha de dif ícil                
tratamento.   
 
TRISMO  
O trismo é a inflamação dos músculos              
mastigatórios dado, normalmente, pelo        
trauma cirúrgico. Ele deve ser auto resolutivo,              
ou seja, a medida que a inflamação vai                
passando, deve ir melhorando com o decorrer              
dos dias.   
 
Trismos severos geralmente estão associados          
a uma infecção ou então a um trauma, como                  
aquele dado pela agulha.   
 
Avaliar a causa, se for:   
infeccioso: tratar a infecção  
inflamatório: anti-inflamatório  
 
além disso, realizar:  
● compressas de água morna  
● uso de relaxantes musculares  
● fisioterapia bucal  
 
 
 
DIETA, HIGIENE BUCAL E SUTURA  
A dieta deve ser pastosa, fria ou gelada, nas                  
primeiras 48 horas. Para a higiene bucal,              
realizar uma escovação cuidadosa e          
bochechos com colutório (clorexidina). A          
remoção de sutura deve ser realizada entre 7                
a 10 dias. Utiliza-se uma pinça clínica,              
tesoura e espelho bucal.   
 
COMPLICAÇÕES  
 
1) ALVEOLITE  
Inflamação localizada no alvéolo dentário,          
dada pela lise do coágulo. Não adianta              
prescrever antibiótico (na seca, é uma            
inflamação!). O tratamento consisteem tratar            
o local e prescrever analgésico e            
anti-inflamatório.   
 
ALVEOLITE SECA  
 
Características clínicas:  
● dor severa - 48/72h  
● dor irradiada  
● coágulo ausente  
● halitose  
 
Tratamento:  
● irrigação local - clorexidina 0,12%  
● analgésico/medicações específicas  
 
ALVEOLITE GRANULOMATOSA  
Acontece muito com terceiros molares,          
quando forma aquele tecido inflamatório.          
Muitas vezes, esse tecido deve ser curetado,              
para que se tenha a formação de um novo                  
coágulo organizado. Pode ser necessário o            
antibiótico quando se tem secreção purulenta.   
 
Características clínicas:  
● dor severa - 5 a 7 dias  
● tecido de granulação  
● corpos estranhos  
● halitose  
 
AULA 1  
Manuella Soussa Braga  
CBMF II - 7º período - 2020/1  
 
Tratamento:  
● curetagem alveolar  
● antibiótico   
● analgésico/medicações específicas  
 
2) INFECÇÃO PÓS-OPERATÓRIA  
Só começa a partir de 48 horas. A partir                  
disso, tem-se o começo de sinais e sintomas.   
 
● edema e eritema   
● limitação de abertura bucal  
● dificuldade de alimentação  
● drenagem de secreção purulenta  
● febre, mal estar geral, dor   
 
Pode-se ter infecções oportunistas, como a            
candidíase, com sintomas como a ardência e              
a dificuldade de alimentação. Além disso,            
tem-se a infecção pós-operatória.   
 
Trata-se essas infecções com manobras          
locais (drenagem) e sistêmicas        
(antibioticoterapia).

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