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resenha critica bases socio (ok)

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ISEED – INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO ELVIRA DAYRELL
CLAUDIA LEMES
Curso – FAVED. In COMPLEMENTAÇÃO PEDAGÓGICA, Guia de Estudo.
Bases sociantropologicas – FAVED. In, Guia COMPLEMENTAÇÃO PEDAGÓGICA de Estudo.
RESENHA CRITICA
A antropologia é uma ciência como todas as demais ciências, a Antropologia se constitui como um corpo de conhecimentos sistematizados a respeito de um determinado objeto de estudos, partindo de informações gerais, teorias e métodos científicos. O objeto de estudos da Antropologia é a diversidade humana em todos os seus níveis, por isso esta ciência procura encontrar explicações científicas (racionais e verdadeiras, portanto) que permitam compreender as diversas sociedades e grupos sociais.
Como todas as outras ciências, a Antropologia se divide em ramos, segundo a especificidade da sua área de estudos. As principais ramificações são as seguintes:
• Antropologia Biológica ou Física: estuda os povos e sociedades que já desapareceram da terra (extintos), isto é, os antepassados do homem contemporâneo e as civilizações extintas. Procura reconstruir a história do desenvolvimento biológico, social e cultural do homem para compreendê-lo na contemporaneidade (neste caso, pode ser chamada de Antropologia Pré-Histórica, a qual trabalha junto com a Arqueologia). Também, debruça-se sobre o estudo do homem a partir das características genéticas (hereditárias), anatômicas e fisiológicas, identificando semelhanças e diferenças biológicas entre os diversos povos e etnias ("raças").
A evolução humana e a diversidade de etnias são, portanto, objetos de estudo desse ramo da Antropologia.
• Antropologia Social, Cultural e Etnologia: São três subdivisões da Antropologia que se dedicam ao estudo das sociedades contemporâneas e suas especificidades socioculturais. Apesar de interligados, a Antropologia Social pode ser distinguida da Antropologia Cultural. Antropologia Social estuda um grupo ou uma sociedade como um conjunto, na sua totalidade, enquanto a Antropologia Cultural estuda o comportamento individual das pessoas de uma determinada comunidade. Analisa a forma como cada indivíduo vive numa sociedade. Como sendo a diversidade de etnias o ramo da Antropologia, podemos observar que são vários os preconceitos e discriminação sobre, raças, cor, cultura, social, exemplo disso são nordestinos no sudeste brasileiro. Geralmente, são atribuídos estereótipos de forma pejorativa, tais como “cabeça chata”, “baianos”, “paraíbas”, entre outros, nos Estados Unidos da América, casos do tipo: poucos negros cursando uma universidade; estes morando em bairros afastados do grande centro, local onde moram os brancos. Ao usarmos o termo raça para falar sobre a complexidade existente nas relações entre negros e brancos no Brasil, não estamos nos referindo, de forma alguma, ao conceito biológico de raças humanas usados em contextos de dominação, como foi o caso do nazismo de Hitler, na Alemanha. Ao ouvirmos alguém se referir ao termo raça para falar sobre a realidade dos negros, dos brancos, dos amarelos e dos indígenas no Brasil ou em outros lugares do mundo, devemos ficar atentos para perceber o sentido em que esse termo está sendo usado, qual o significado a ele atribuído e em que contexto ele surge. O Movimento Negro e alguns sociólogos, quando usam o termo raça, não o fazem alicerçados na idéia de raças superiores e inferiores, como originalmente era usada no século XIX. Pelo contrário, usam-no com uma nova interpretação, que se baseia na dimensão social e política do referido termo. E, ainda, usam-no porque a discriminação racial e o racismo existentes na sociedade brasileira se dão não apenas devido aos aspectos culturais dos representantes de diversos grupos étnico-raciais, mas também devido à relação que se faz na nossa sociedade entre esses e os aspectos físicos observáveis na estética corporal dos pertencentes às mesmas. No Brasil, quando discutimos a respeito dos negros, vemos que diversas opiniões e posturas racistas têm como base a aparência física para determiná- los como “bons” ou “ruins”, “competentes” ou “incompetentes”, “racionais” Alguns termos e conceitos presentes no debate sobre relações raciais no Brasil: uma breve discussão ou “emotivos”. Isso de fato é lamentável, mas infelizmente existe! Quem já não ouviu na sua experiência de vida frases, piadinhas, apelidos voltados para as pessoas negras, que associam a sua aparência física, ou seja, cor da pele, tipo de cabelo, tipo de corpo, a um lugar de inferioridade? Ou à sexualidade fora do normal? Aprendemos tudo isso na sociedade: família, escola, círculo de amizades, relacionamentos afetivos, trabalho, entre outros.  O termo etnia surgiu no início do século XIX para designar as características culturais próprias de um grupo, como a língua e os costumes. Foi criado por Vancher de Lapouge, antropólogo que acreditava que a raça era o fator determinante na história. Para ele, a raça era entendida como as características hereditárias comuns a um grupo de indivíduos. Elaborou então o conceito de etnia para se referir às características não abarcadas pela raça, definindo etnia como um agrupamento humano baseado em laços culturais compartilhados, de modo a diferenciar esse conceito do de raça (que estava associado a características físicas). 
Já Max Weber (1994), por sua vez, fez uma distinção não apenas entre raça e etnia, mas também entre etnia e Nação. Para ele, pertencer a uma raça era ter a mesma origem (biológica ou cultural), ao passo que pertencer a uma etnia era acreditar em uma origem cultural comum. A Nação também possuía tal crença, mas acrescentava uma reivindicação de poder político. 
Na educação escolar, trabalhar na perspectiva da diversidade cultural significa uma ação pedagógica que vai além do reconhecimento de que os alunos sentados nas cadeiras de uma sala de aula são diferentes, por terem suas características individuais e pertencentes a um grupo social, mas é preciso efetivar uma pedagogia da valorização das diferenças. Entendemos que o primeiro passo para isso é defender uma educação questionadora dos conceitos essencialistas e tratá-los como categorias socialmente constituídas no decorrer dos discursos históricos.

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