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Transtorno da Acumulação

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9
CURSO: TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Araraquara-SP
TRANSTORNO ALIMENTAR
 
Disciplina: Saúde Mental
Docente: 
Alunos: Lucinéia dos Santos
ARARAQUARA
2019
SUMÁRIO
		
1. INTRODUÇÃO	3
1.1. O que é	4
2. SINAIS E SINTOMAS	5
3. DIAGNÓSTICO....................................................................................................................6
3.1 Colecionismo normal..........................................................................................................6
3.2 Acumulação “orgânica” ....................................................................................................6
3.3 Avaliação..............................................................................................................................6
4. TRATAMENTO	7
4.1 medicamentoso....................................................................................................................7
4.2 Terapeutico......................................................................................................................7
5-ABORDAGENS DE INTERVENÇÃO...............................................................................7
6- CONSIDERAÇOES FINAIS...........................................................................................8
REFERÊNCIAS	9
77
1. INTRODUÇÃO
O ato de acumular não é um comportamento restrito aos humanos. Nenhuma outra espécie, contudo, permeia sua vida de objetos como os seres humanos. As pessoas são 
O transtorno de acumulação (TA) pode ser definido como uma dificuldade persistente de desfazer-se de itens devido ao sofrimento associado com o descarte ou a uma necessidade percebida de guardar posses a despeito de seu valor real. A dificuldade de descartar itens pode resultar em acúmulo de objetos, que congestionam cômodos e comprometem significativamente o uso da moradia. O comportamento de acumular deve causar sofrimento ou prejuízo funcional e não pode ser atribuído a outra doença clínica ou transtorno psiquiátrico.1
Os itens acumulados mais frequentemente são objetos (por exemplo, roupas, papéis, livros, embalagens de comida vazias) e animais. A dificuldade em organizar a casa, a vergonha diante da desordem e as críticas por parte de terceiros fazem com que os acumuladores comumente sejam isolados do convívio social.1 O isolamento social, por sua vez, facilita o aumento da acumulação.
 O TA causa riscos à saúde e à segurança dos indivíduos, especialmente dos idosos, uma vez que leva a condições de higiene precárias, infestações de animais, risco de quedas, risco de ferimentos graves ou morte decorrente de soterramentos sob avalanches de objetos e incêndios. Adicionalmente, o transtorno causa sofrimento para o indivíduo, seus familiares e a comunidade em que vive. Os acumuladores constituem um fardo econômico significativo, englobando gastos com serviços de resgate e incêndio, serviços de saúde e sociais, além de benefícios por desemprego e invalidez.1
1.1 O que é
O termo “acumulação” foi introduzido na terminologia científica para descrever o comportamento de colecionar comida em animais, especialmente roedores.
 Em humanos, o termo apareceu pela primeira vez em um artigo científico de 1966, referindo-se ao extremo do contínuo do comportamento de acumular. Posteriormente, a acumulação foi relatada em uma série de transtornos psiquiátricos, levantando questões sobre a melhor maneira de classificar esse comportamento. No fim da década de 1980, Greenberg descreveu vários aspectos psicopatológicos vistos na acumulação primária: início na terceira década de vida, preocupação com a acumulação em detrimento do trabalho e da família, pouco interesse em receber tratamento e nenhuma tentativa de conter a compulsão.2
Na década seguinte, Frost e Hartl reconheceram a acumulação como um transtorno que chamaram de “acumulação compulsiva”, termo que não é adotado atualmente. Os critérios da acumulação compulsiva eram:
1. Aquisição e dificuldade de descartar número grande de itens que pareciam inúteis ou de valor limitado;
2. Cômodos entulhados suficientemente para impedir a realização de atividades para os quais foram projetados;
3. Sofrimento significativo ou prejuízo funcional causado pela acumulação.
2 SINAIS E SINTOMAS
As pessoas sentem uma forte necessidade de guardar objetos e sentem muita angústia quando são forçadas a se desfazer dos objetos ou mesmo de pensar em se desfazer deles. Elas não têm espaço suficiente para acomodar todos os objetos acumulados. Áreas de convívio ficam tão cheias e desorganizadas que não podem ser usadas, exceto para guardar os objetos acumulados. Por exemplo, pilhas de jornais acumulados podem encher a pia e cobrir bancadas, o fogão ou o chão da cozinha, impedindo que a cozinha seja utilizada para cozinhar.2
A acumulação excessiva interfere com a capacidade da pessoa de executar atividades em casa e, às vezes, no trabalho ou na escola. Por exemplo, a pessoa pode não deixar que outras pessoas, incluindo membros da família, amigos e técnicos, entrem na casa porque se sentem envergonhados pela acumulação. Eles podem deixar as cortinas fechadas para que ninguém veja o interior da casa. A desordem pode ser um risco para incêndios e à segurança, e a casa pode infestar-se de pragas. Algumas pessoas percebem que o acúmulo excessivo é um problema, mas muitas não.2
No acúmulo excessivo de animais, as pessoas acumulam mais animais de estimação do que o lugar permite, sem poder alimentar e prestar atendimento veterinário. Elas deixam que os animais vivessem em situações anti-higiênicas. Frequentemente, os animais ficam abarrotados e perdem peso e/ou adoecem. No entanto, muitas pessoas com o transtorno não reconhecem que não estão tomando o devido cuidado dos animais. Os acumuladores excessivos frequentemente são bastante apegados aos seus animais e não querem abandoná-los.2
Sem tratamento, os sintomas normalmente persistem durante toda a vida, com pouca ou nenhuma alteração.
3 DIAGNÓSTICO
Cômodos entulhados nem sempre são patognomônicos de TA. O diagnóstico de TA só pode ser feito após a exclusão de outras condições clínicas (por exemplo, tumor cerebral, doença cerebrovascular e síndrome de Prader-Willi) e transtornos mentais (por exemplo, TOC, autismo, depressão, esquizofrenia) que podem levar ao acúmulo de objetos. Os principais diagnósticos diferenciais do TA são descritos a seguir.
3.1 Colecionismo normal
 O TA deve ser diferenciado do colecionismo normal.7-10 O acúmulo de objetos de determinado tipo (por exemplo, selos, moedas e objetos de arte) é comumente chamado de colecionismo. Os colecionadores geralmente são indivíduos metódicos que organizam, limpam e catalogam seus itens.
3.2 Acumulação “orgânica” 
Outro diagnóstico diferencial é a acumulação “orgânica”, também conhecida como “síndrome de Diógenes” ou “imundície doméstica grave”. Trata-se de uma condição clínica mais frequente em idosos, caracterizada por quebra e rejeição de padrões sociais observados no descuido pessoal e habitacional grave, no abandono progressivo do contato social, no reduzido insight para o problema, bem como no comportamento de acumulação de objetos e lixo.
3.3 Avaliação
Os indivíduos com TA geralmente chegam aos serviços de saúde trazidos por outras pessoas ou órgãos governamentais que identificaram o problema, sendo rara a procura espontânea. O diagnóstico do TA é clínico. Exames complementares são pedidos com o propósito de descartar patologias orgânicas que possam ser responsáveis pelo comportamento de acumulação.
4-TRATAMENTO
4.1 medicamentoso
O tratamento com inibidores de recaptação da serotonina, um tipo de antidepressivo – Medicamentos usados para tratar a depressão, pode ajudar.
4.2 Terapêutico
Uma terapia cognitivo-comportamental com foco específico neste transtorno também pode diminuir os sintomas. Uma vez que muitas pessoas não querem parar de acumular, os médicos precisam utilizar técnicas motivacionais para ajudar as pessoas a participarem do tratamento.
5-ABORDAGENS DE INTERVENÇÃO
A incapacidadeem se libertar de objetos e a constante necessidade de adquirir coisas constituem, de certa forma, uma dificuldade associada ao controle de impulsos e em lidar com a ansiedade. Diversas pesquisas elencam os aspectos comórbidos, evidenciando a importância de fatores genéticos e ambientais, bem como de eventos associados à história de vida para o desenvolvimento do TA. 
As abordagens psicoterapêuticas a serem utilizadas incluem, obrigatoriamente, o trabalho com cognições e comportamentos. Por isso, torna-se necessária a utilização de um modelo terapêutico adaptado para esses pacientes, evitando-se as situações que ativam sua compulsão por acumular coisas ou animais, com o objetivo de prevenir recaídas e atingir resultados promissores. 
Nesse sentido, ressalta-se a importância e sugere-se a necessidade da formulação de um modelo cognitivo específico para o TA, a partir do qual será desenvolvido um plano terapêutico que inclua a utilização de técnicas cognitivo comportamentais adequadas para essa patologia.4
6- CONSIDERAÇOES FINAIS
Recentemente, percebeu-se um aumento no interesse dos pesquisadores, sobretudo no âmbito internacional, pelo TA. É possível que o número de estudos envolvesse pacientes com essa psicopatologia aumente em virtude da inclusão desse diagnóstico recentemente no DSM-5 (APA, 2013a). Por fim, é necessário ressaltar a importância da realização de novos estudos com esse perfil de pacientes, principalmente no que se refere à intervenção terapêutica a ser utilizada, também enfatizando a realidade brasileira, uma vez que os dados acerca de relatos de casos de Acumuladores Compulsivos ainda não foram publicados no Brasil.4
REFERÊNCIAS
1-Transtorno de acumulação: uma revisão; Disponível em: http://www.ggaging.com/details/449/pt-BR/transtorno-de-acumulacao--uma-revisao.
2- Transtorno de acumulação compulsiva; Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-de-sa%C3%BAde-mental/transtorno-obsessivo-compulsivo
3- TRANSTORNO DE ACUMULAÇÃO Hoarding disorder: a review Bárbara Perdigão Stumpfa , Cláudia Harab , Fábio Lopes Rocha
4- Transtorno da Acumulação: características clínicas e epidemiológicas; Revista CES Psicología ISSN 2011-3080 Volumen 7 Número 2 Julio-Diciembre 2014 pp. 27-43

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