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FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DA AMAZÔNIA REUNIDA
CURSO DE BACHARELADO EM ZOOTECNIA
8º PERÍODO
PROJETO DE OVINOCULTURA FAZENDA 2 IRMÃOS
Redenção-Pará
2018
JEAN GONÇALVES SOARES
JOCELY FURTADO NEVES
JULIANY SILVA SOUSA
MAURICIO DA CONCEIÇÃO NOVAIS
PROJETO DE OVINOCULTURA FAZENDA 2 IRMÃOS
Trabalho apresentado como requisito parcial de avaliação da disciplina de Ovinocultura ministrada pela Prof.ª Drª. Renata Pereira da Silva Marques.
 
Redenção-Pará
2018
Sumário
1.	INTRODUÇÃO	3
2.	JUSTIFICATIVA	3
2.1	Objetivo geral	3
2.2	Objetivo específico	3
3.	MATERIAL E MÉTODOS	4
4.	RESULTADOS E DISCUSSÕES	5
4.1	Pesquisa de mercado	5
4.2	Instalações	6
4.3	Manejo nutricional	7
4.4	Manejo reprodutivo	9
4.5	Manejo sanitário	11
4.5.1	Higiene das instalações	11
4.5.2	Vacinação	12
4.5.3	Vermifugação	13
4.5.4	Casqueamento	13
5.	CUSTO PARA IMPLANTAÇÃO DO PROJETO	14
5.1	Custo/benefício do projeto	15
6.	CONCLUSÃO	16
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	17
INTRODUÇÃO
Para ser ter um sistema produtivo de alta qualidade deve-se levar em consideração o conforto, a segurança, a sanidade dos animais e a otimização da relação homem/animal/ambiente. Todavia, para garantir o sucesso na atividade ovinocaprinocultura é preciso fazer um planejamento de toda a estrutura das instalações com o intuito de minimizar os custos e garantir maior índice de produtividade e qualidade do produto final. 
O sistema de criação deve obedecer às condições disponíveis na propriedade, ao se planejar um criatório, alguns fatores devem ser enumerados e priorizados como os aspectos econômicos, mercados para os produtos e recursos necessários para investimento. Além disso, é de extrema importância que o produtor tenha conhecimento sobre sistema de criação, alimentação, genética, instalações, manejo sanitário, manejo produtivo e reprodutivo, seleção e criação de filhotes (SANCHES ET.AL, 2014). 
Assim, este projeto teve como objetivo avaliar o sistema de produção de ovinos e caprinos, identificar os pontos críticos e fazer recomendações para aumentar a eficiência produtiva e consequentemente garantir maior rentabilidade da Propriedade 2 Irmãos.
. 
JUSTIFICATIVA
A inexistência de preparo e de utilização de informações técnicas para a prática da ovinocaprinocultura na Fazenda Dois Irmãos, tem ocasionado ganhos econômicos abaixo do esperado. Sendo assim, é claramente necessário a implementação de práticas de manejo com maiores avaliações das instalações, manejo nutricional, manejo sanitário, manejo reprodutivo, gestão econômica da propriedade e pesquisa de mercado, para uma visão clara das possibilidades de retorno financeiro e aumento da produtividade e eficiência do sistema de produção
OBJETIVO GERAL
Analisar o sistema de produção de ovinos e caprinos e identificar os gargalos da Fazenda 2 Irmãos, propondo soluções em prol de melhorias para o bem-estar animal, aumento da produtividade e lucratividade.
 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Avaliação da ovinocaprinocultura da Propriedade Fazenda 2 Irmãos, sobre os seguintes parâmetros:
a. Mercado consumidor da carne
b. Instalações; 
c. Manejo nutricional; 
d. Manejo sanitário; 
e. Manejo reprodutivo; 
f. Gestão econômica.
MATERIAL E MÉTODOS
O projeto foi realizado na propriedade 2 irmãos, localizada nas margens da BR 155, longitude 59º 99’ 52.79” e latitude 9º 12’ 83’33.21” no município de Redenção – Pará (figura 01), no dia 7 de setembro.
C
O sistema de produção foi avaliado através de uma visita a propriedade e do seguinte questionário feito ao produtor:
1- Observações das instalações?	Comment by Windows: Vocês observaram ou vcs perguntaram ao produtor se ele observa as instalações??
2- O produtor tem interesse de melhorar ou ampliar as instalações?
3- Tipo de forrageira utilizada na área?
4- Presença de árvores?
5- Utiliza silagem ou concentrado. Qual?
6- Faz estação de monta?
7- Faz controle de nascimento, números de cria, taxa de nascimento, índice de prenhas?
8- Quais vacinações são feitas? Em qual época? Vermifugação e qual época?
9- Qual o manejo utilizado para o controle de verminose?
10- Faz casqueamento, em quanto em quanto tempo?
11- Raças utilizadas?
12- Qual sistema de produção?
O custo para a implantação do projeto foi realização de acordo com o preço da região de animais e materiais.
Figura 1: Mapa da localização da Fazenda 2 Irmãos.
Fonte: Autor (2018).
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Pesquisa de mercado
A pesquisa socioeconômica foi realizada no município de Redenção-PA. Para se avaliar o mercado consumidor, foi elaborado um questionário contendo oito perguntas relacionada a ovinocaprinocultura, abordando se o consumidor já consumiu carne dessas espécies, se gostou, sabe onde adquirir essa carne, se sabe preparar a carne para consumo, com que frequência costuma comer dessas espécies, qual o valor máximo estaria disposto a pagar por essa carne, se tem conhecimento de criadores na região, e por qual motivo não consumiria essa carne. 
A pesquisa foi realizada por grupos em diversas partes da cidade (supermercados, faculdade FESAR, questionário online e outros setores). Nossa pesquisa foi por meio de questionário online, abrangendo vários tipos de pessoas, acrescentando mais duas perguntas no questionário, sendo a idade e renda mensal, para traçar um possível perfil dos principais alvos do mercado consumidor local. 
Com base nos resultados obtidos foi possível identificar que o maior fator que restringe a aceitação da carne de ovinos e caprinos na cidade de Redenção é a dificuldade de acesso à mesma, uma vez que, grande parte da população desconhece até mesmo algum local que comercializa essa carne. Portanto, independente da idade, cerca de 75% das pessoas gostam do sabor da carne dessas espécies, e que, a renda familiar não influência na sua aceitação no mercado, pois a maior parte dos entrevistados tem rende de 1 a 2 salários mínimos.
Rebanho
Descrever aqui a quantidade dos animais e a raça dos animais na propriedade
Instalações
Na propriedade foi observada que as instalações são bem estruturadas, visto que seguem parcialmente as normas estabelecidas, visto que a taxa de lotação estava alta (2,3 animais por m ²); a altura do aprisco abaixo do recomendado (0,8 a 1,0 m), o que dificulta a higienização e retirada dos dejetos da parte inferior da instalação; o cocho para o fornecimento de suplementação mineral não atende o espaço por animal recomendado (25 a 35cm/animal). 	Comment by Windows: Quais instalações??? Aprisco?
Além disso, pode-se observar que na propriedade não há separação por categoria animal, e na área de pastagem, os ovinos pastejam na mesma área destinada a criação de bovinos. Para que os animais possam ser separados por idade e sexo ou peso, recomenda-se dividir os piquetes e utilizar o sistema rotacionado, o qual será possível criar os animais garantindo-lhes alimentação abundante durante todo o ano, através do controle de entrada e saída dos animais com base na altura da gramínea Além disso, é necessário a instalação de cochos para suplementação mineral, os quais devem apresentar cerca de 20 a 30 centímetros (cm) de largura interna (fundo), 30 a 40 cm de largura externa (boca) e altura interna (profundidade/lado do animal) em torno de 20 a 25 cm (SOUZA, 20018). Além disso, deverá ser instalado bebedouros, onde os animais vão ter acesso a água a vontade e de boa qualidade; e construção de uma área destinada a maternidade. 	Comment by Windows: Ou peso...	Comment by Windows: Que tipo de área?? Baias??? piquetes
O cálculo da área multiplicando o número de animais por fração de metro quadrado (de 0,50 a 0,60 m² para raças de pequeno porte e de 0,70 a 0,90 m², para raças de grande porte) (VAZ, 2007). 	Comment by Windows: Que área é essa ?? galpao
Para adequar as instalações para o melhor desempenho do sistema produtivo recomenda-se as seguintes melhorias.
· Construção de um novo aprisco nas medidas de (6x12) largura x comprimento, pé direito 2,5m, piso suspenso 0,8m, orientaçãoLeste-Oeste.
· Colocar cochos a disposição dos animais respeitando o espaçamento de 0,25 m linear para cada animal (cordeiro)
· Colocar bebedouros disponíveis na praça de alimentação (podendo ser de manilha com baixo custo).
· Construção de pé-dilúvio para desinfecção dos cascos evitando problemas sanitários. 
· As cercas deverão ter 8 fios para conter os animais com espaçamento de 10cm entre os 4 primeiros fios e 15 cm entre o 5° e o 6° e 30 cm entre os demais.	Comment by Windows: Como eram as servas antesW
· Para o sistema de pastejo serão utilizados 10 hectares divididos em 10 piquetes de 1 hectare com uma praça de alimentação para fornecimento de concentrados e água.
· Construção de esterqueira
Manejo nutricional
As forragens utilizadas na área são Panicum Maximum cv. Mombaça e Brachiaria brizantha Cultivar Xaraés (MG 5), onde foi observado que as áreas pastejadas pelos ovinos apresentam elevado grau de degradação, resultado do manejo inadequado da pastagem, uma vez que na propriedade é feito o pastejo continuo com alta taxa de lotação, o que diminui a taxa de rebrota da forrageira.
Na parte da alimentação dos ovinos, foi observada a forragem com baixo valor nutritivo, por grande parte da área de pastagem estar degradada e suplementação mineral a vontade de forma correta, somente a forma de fornecimento, ou seja, o espaço do cocho inapropriado (Nóbrega, 2010).	Comment by Windows: Resultado de vocês com referencia??? Reformular o paragrafo... não entendi
A forragem por ser a forma mais econômica e eficiente dentro de um sistema de produção, recomenda-se a utilização da gramínea Tifton-85, por apresentar uma produção média de matéria seca 6 a 8 toneladas MS/ha/ano no tempo da seca, 14 a 18 toneladas MS/ha/ano no período das chuvas e boa resistência a cigarrinhas (OLIVEIRA, 2015). 
Para o sucesso no plantio do Tifton, é necessário a preparação do solo para plantio utilizando de subsolagem, aração e gradagem, visto que essas operações servem para descompactar, destorroar e nivelar a área, melhorando assim as condições físicas do solo, diminuindo a presença de plantas invasoras no momento da implantação da cultura (SEGHESE, 2009). Além disso, recomenda-se corrigir a área ser plantada (calcário e/ou adubo) de acordo com a análise do solo, plantar as mudas no período das águas (outubro a janeiro), onde os sulcos deverão ter espaçamentos de 0,5 a 1,0 metros, com profundidade de 10 a 15 cm. 
Essas mudas deverão ser enterradas cerca de dois terços (enterro parcial), deixando o terço apical sem cobrir. Esta etapa pode ser realizada manualmente com o auxílio de uma enxada ou com uma grade niveladora semi-aberta. As folhas e colmos que ficarem para fora do solo serão capazes de realizar uma pequena taxa de fotossíntese, ajudando no desenvolvimento das gemas que darão origem às novas raízes. Após o plantio, é importante passar um rolo compactador para aumentar o contato da muda com o solo.
Para a melhor utilização da forragem, recomenda-se o pastejo rotacionado, uma vez que os ovinos pisoteiam muito a pastagem, degradando assim o pasto e consequentemente o solo. Além disso, o sistema rotacionado respeita o tempo de rebrota; reduza incidência de verminoses pela ação direta dos raios solares sobre as larvas infectantes, ocasionada pelo rebaixamento da forragem; proporciona maior uniformidade do pasto e capacidade de suporte da forragem; protege os animais contra predadores (problema recorrente na fazenda).
Para esse sistema, recomenda-se que a área total seja de 10 hectares. Para a divisão dos piquetes será considerado 3 dias de ocupação e, 28 dias de descanso. Assim serão necessários 10 piquetes de 1 hectare cada, sendo 9 para o pastejo rotacionado eum como área de escape, para o caso de algum problema ambiental (figura 2). 	Comment by Windows: Esse é o recomendado pro tiftonWW
Figura 2: Instalações para a Ovinocultura.
Fonte: Autor (2018).
No período da seca como a produção de matéria seca tende a diminuir, recomenda-se o ajuste da taxa de lotação, o qual será feito através da divisão dos animais em dois grupos, para diminuir o consumo de matéria seca por piquete, utilizando o mesmo período de ocupação e descanso.	Comment by Windows: Com base no peso ou no sexo?
Além da forragem, é necessário o fornecimento de suplemento mineral específico para ovinos, à vontade, visto que o animal só irá consumir a quantidade que seu organismo necessita.
Manejo reprodutivo
Na propriedade, verificou-se que o proprietário não tem controle dos índices de importância reprodutiva. Além disso, o sistema de monta utilizado é o natural, onde os reprodutores têm algum grau de parentesco, o que pode acarretar em problemas futuramente devido a endogamia.
Para melhorar a eficiência reprodutiva do rebanho, o início do período reprodutivo deve ser quando as fêmeas estiverem com 60 a 70% do peso vivo adulto e os machos entre 1,5 a 2 anos de idade. Além disso, recomenda-se a utilização da monta controlada, já que esse sistema serve para pequenas e grandes propriedades, devido ter baixo custo de implantação. Para isso, será necessário a utilização de 1 macho para cada 100 fêmeas e de rufiões com marcadores de tinta na região ventral, na proporção de 1 para 35 matrizes. 
Para evitar a consanguinidade e aumentar a heterose do rebanho, é necessário a troca dos reprodutores da propriedade por outros mais jovens da Raça Dorper. Esta raça é recomendada por apresentar boa fertilidade e alta velocidade de crescimento.
A utilização desse sistema proporcionará menos desgaste do carneiro e redução da relação macho/fêmea, visto que, os rufiões ficarão com as ovelhas durante todo o dia, sendo que no final da tarde as ovelhas marcadas deverão ser separadas e colocadas no piquete com o carneiro para serem cobertas. Após a cobertura, as fêmeas serão colocadas de volta aos piquetes, evitando desse modo que o carneiro venha a cobrir uma mesma fêmea várias vezes (GARCIA, 2010). 
 
Para melhorar a produtividade do rebanho, recomenda-se a adoção da estação de monta (concentração das coberturas em um período) (tabela 1), uma vez que, nascimentos fora do período ideal (período seco) pode trazer problemas de desenvolvimento para os cordeiros e lenta recuperação para as matrizes, determinado assim estratégia para estação de monta de 60 dias a fim de se obter três partos em dois anos (OLIVEIRA, 2015).
Tabela 1: Controle reprodutivo de ovinos na Fazenda 2 irmãos.
Fonte: Oliveira (2015)
Além disso, em torno de 60 dias antes de iniciar a estação de monta, é necessário a adoção das seguintes práticas:
· Realizar exame andrológico no macho;
· Diagnostico de prenhes através de separação das fêmeas dos machos por 5 dias, após esse período colocar rufiões junto as matrizes. As fêmeas que não apresentar estro provavelmente estarão prenhes;
· Introduzir rufiões no rebanho, duas semanas antes do início da estação, para que ocorra o efeito macho;
· Selecionar os animais com escore de condição corporal de 3 (escala de 1 a 5).
Para melhorar o controle dos índices reprodutivos da propriedade, recomenda-se a adoção das planilhas de XXXXXXXXXXXXXXXXX (anexo 1) e a realização dos cálculos de taxa de natalidade, mortalidade, desmama e desfrute, de acordo com as seguintes formulas:
TAXA DE NATALIDADE = Nº de cordeiros nascidos vivos (cobertos) X 100
 Nº de animais em reprodução 
TAXA DE MORTALIDADE = Nº de cordeiros mortos X 100
 (Nascimento a desmama) Nº de cordeiros nascidos 
 TAXA DE DESMAMA = Nº de animais desmamados X 100
 Nº de animais em reprodução 
TAXA DE DESFRUTE = Nº animais abatidos ou vendidos X 100
 Nº total de cabeças do rebanho
Manejo sanitário
A adoção de boas práticas é essencial para qualquer rebanho independentemente do tamanho, a ocorrência de doenças e parasitas pode comprometer o desempenho da atividade. Os ovino e caprinos representam uma das principais fontes de proteína de alto valor nutritivo para o consumohumano, tornando-se sua criação uma atividade de importância socioeconômica em todo país (COSTA, 2012). Quando não controlados, esses agentes comprometem a qualidade da produção, dificultando a comercialização do produto final. Além disso, o manejo realizado de forma incorreta acaba favorecendo à criação de barreiras sanitárias pelos mercados consumidores, prejudicando o setor como um todo (VIDA, 2011).
 
Higiene das instalações
A limpeza das instalações na propriedade é realizada apenas uma vez na semana, com método a seco (varredura) é a desinfecção do local anualmente. A limpeza e desinfecção das instalações são práticas que devem ser rotineiras na propriedade pois são essenciais para preservar a saúde dos animais, prevenir, controlar e eliminar doenças no rebanho. Com isso Fernandes (2012) recomenda-se que a limpeza do aprisco seja feita diariamente ou pelo menos a cada dois dias, e a desinfecção das instalações a cada seis meses com a utilização de cal virgem. Tendo em vista que o aprisco da propriedade é de madeira e o piso ripado (figura 3 e 4), a limpeza vai constituir na remoção de toda sujidade (fezes, restos de alimentos, insetos, teias de aranha, etc.) presente no piso, paredes (divisórias) é teto, de acordo com as recomendações. 
Figura 3- Aprisco parte externa			 Figura 4- Aprisco parte interna
 Fonte: autor (2018) 					 Fonte: autor (2018)
Vacinação
A propriedade não realiza nenhum tipo de vacinação. Assim, recomenda-se a vacinação dos animais, uma vez que é um dos métodos mais eficaz para assegurar a sanidade dos animais é prevenir futuras doenças no rebanho. 
Segundo a Instrução Normativa n° 87 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) que estabelece as diretrizes do Programa Nacional de Sanidade dos Caprinos e Ovinos (PNSCO), não é obrigatória a prática de nenhum tipo de vacina para os pequenos ruminantes. Entretanto em virtude do impacto econômico representado por diversas doenças que assolam os rebanhos nacionais, algumas vacinas tornam-se essências como medidas preventivas (TURINO & CRESPILHO, 2007). Segundo o Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA, 2007) do MAPA, a vacinação contra a febre aftosa é proibida para ovinos e caprinos.
De modo geral, os produtores devem ficar atentos a quatro vacinas importantes: vacina contra Raiva, Clostridioses, Linfadenite Caseosa, Ectima contagioso e pododermatite (ROCHA, 2016). Além disso, o produtor deve-se atentar a essas principais vacinas e os esquemas de vacinação preconizados para a prevenção de doenças dos pequenos ruminantes (tabela 2). 
Tabela 2 - Esquema de vacinação indicado para caprinos e ovinos.
Fonte: Adaptado de Cavalcante & Barros (2005) e Langoni (2004).
(1 Vacinação preferencial em regiões endêmicas para a doença. 
2 Preferencialmente vacinas polivalentes (várias espécies de clostrídeos) e vacinação das fêmeas gestantes para aumento da concentração de anticorpos no colostro materno.
3 Proteção vacinal variável não havendo proteção total contra formação de abscessos. 
4 Recomenda-se a vacinação apenas em casos de surtos na propriedade, visto que a vacinação insere o vírus nas propriedades; animais mesmo vacinados podem adquirir a doença.)
Vermifugação
A verminose é um dos maiores problemas enfrentados pela ovinocaprinocultura, sendo responsável pelo maior número de mortes nos rebanhos, podendo atingir uma mortalidade de 30 %. Esta, é uma doença parasitária causada por diversas espécies de vermes que acometem ovinos e caprinos de todas as idades (SILVA, 2016). A vermifugação consiste na aplicação de vermífugos para o controle da verminose no rebanho. 
A propriedade realiza apenas uma vermifugação por ano, no mês de maio. Assim, recomenda-se vermifugar periodicamente todos os caprinos da propriedade, a fim de evitar que animais não medicados venham a contaminar os pastos com os ovos dos vermes (helmintose, coccidiose, etc.) presentes nas suas fezes (Eloy et.al (2007). Além disso, recomenda-se utilização de vermífugos 4 vezes ao ano (tabela 3) na propriedade, adaptada para a região sudeste do Pará. 
Tabela 3- Esquema de vermifugação de ovinos e caprinos
	Vermifugação
	Mês de realização
	Primeira (Vermifugar todo rebanho)
	Final de junho ou julho
	Segunda (60 dias após a primeira)
	Final de agosto ou setembro
	Terceira (Penúltimo mês do período seco)
	Final de setembro
	Quarta (meados da estação chuvosa)
	Março
Fonte: Eloy et.al. (2007).
Casqueamento
Na propriedade, a prática de casqueamento é feita apenas quando necessário, devido o solo ser bastante arenoso e apresentar uma área muito cascalhada. Além disso, os animais na propriedade dificilmente sofrem de podridão de casco. Assim, recomenda-se o casqueamento dos animais em fevereiro e em outubro, ou seja, antes e depois do período da chuva, e a utilização de pedilúvios seco (utilizando cal virgem) ou úmidos (solução para casco à base de 2,5% de formol) na entrada das instalações ( Simões et.al (2017).
Dentre os vários fatores que interferem na saúde do animal, o problema de cascos está entre eles, podendo acometer prejuízos na produção de ovinos e caprinos, o local de criação é um dos principais itens a serem avaliados, solos úmidos e lamacentos reduzem a resistência dos tecidos podais, aumentando a ocorrência das doenças, por isso deve-se ter mais atenção nos períodos chuvosos e quentes. Além disso, pisos irregulares e pastos grosseiros também podem trazer prejuízos (SILVEIRA ET.AL, 2010). 
CUSTO/BENEFÍCIO PARA IMPLANTAÇÃO DO PROJETO
Para a implantação desse projeto e consequentemente tornar o sistema de produção mais produtivo é necessário previamente rever se os custos para implantação (Tabelas 4, 5 e 6) serrão ressarcidos financeiramente para o produtor. Pois o custo benefício é um fator preponderante na tomada de decisões do administrador, algo que também se aplica na administração rural.
Tabela 4: Custo de materiais para o aprisco.
	CUSTOS DAS INSTALAÇÕES 
	ITEM 
	UND
	QUANT
	VALOR UNITÁRIO (R$) 
	VALOR TOTAL 
	Telhão 
	und
	30
	96,00
	 R$ 2.880,00
	Vigota 6mt
	und
	30
	42,00
	 R$ 1.260,00
	Manco para curral 
	und
	12
	350,00
	 R$ 4.200,00
	Tabua 4mt
	und
	45
	16,00
	 R$ 720,00
	Ripas 6mt
	und
	170
	4,50
	 R$ 765,00 
	Telha cumieira 
	und
	40
	3,50
	 R$ 140,00
	Pregos 17/23 
	pct
	2
	13,45
	 R$ 26,900
	Barra de rosca 
	und
	4,23
	100,00
	 R$ 423,00
	Porca 5/8
	und
	800
	0,35
	 R$ 280,00
	Ruela 5/8
	und
	800
	0,15
	 R$ 120,00
	Dobradiça 
	und
	4
	12,50
	 R$ 50,00
	Cimento 
	sc
	10
	24,50
	 R$ 245,00
	Brita 
	mt
	3
	70,00
	 R$ 210,00
	Areia lavada 
	mt
	5
	90,00
	 R$ 450,00
	Custo total 
	 R$ 11.769,90
Fonte: Autor (2018).
Tabela 5: Aquisição do reprodutor.
	CUSTO DE AQUISIÇÃO DE ANIMAIS 
	ITEM
	UND
	QUANT
	VALOR UNITÁRIO 
	VALOR TOTAL
	Reprodutor (Dorper)
	und
	1
	3.500,00
	 R$ 3.500,00 
	Custo total 
	 R$ 3.500,00
Fonte: Autor (2018).
Tabela 6: Materiais para divisão dos piquetes
	CUSTO PIQUETEAMENTO 
	ITEM 
	UND
	QUANT
	VALOR UNITÁRIO
	VALOR TOTAL
	Estaca eucalipto
	und
	1007
	15,00
	 R$ 15.105,00 
	Arame liso
	bola
	25
	380,00
	 R$ 9.500,00 
	Custo total 
	 R$ 24.605,00 
Fonte: Autor (2018).
A somatória dos custos para implantação deste projeto totalizou R$ 39.874,90. Um valor bem expressivo financeiramente, porém traria consigo a maximização da produção, explorando o máximo potencial da área ocupada pela ovinocultura, evitando a degradação das pastagens (da área geral da propriedade destinada à pecuária) e garantindo a melhoria do bem-estar dos animais.
Considerando uma produção de 200 animais/ano destinados à venda, com o valor médio de R$ 150,00 cada animal, o proprietário terá como receita R$ 30.000,00 /ano. Com isso, pode-se concluir que a implantação do projeto é viável e o mesmo será capaz de proporcionaro retorno do valor investido ao produtor com o período máximo de 1 ano e meio.
CONCLUSÃO
Um projeto bem elaborado, onde o produtor consegue ter as informações necessárias para aumentar os índices de produção, corrigindo possíveis falhas na criação, e consequentemente realizar os manejos corretamente, sanitário através da prevenção, e reprodutivo aliando ao aumento dos índices de interesse zootécnico, como taxa de natalidade, desmama e taxa de desfrute e redução da taxa de mortalidade, os custos vistos nas instalações que trazem maior conforto para os animais e mais facilidade de manejo, através da rentabilidade de um sistema de produção bem planejado mostra que atividade vai ter retorno, e que o projeto é viável, visto que a pesquisa de mercado é favorável a atividade abordada.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAVALCANTE, A.C.R.; Barros, N.N. Sistema de produção de caprinos e ovinos de corte para o nordeste brasileiro, 2005.
COSTA, A. L., Manejo sanitário e principais doenças de caprinos e ovinos. Pecnordeste, 2002.
ELOY, A. M. X., COSTA, A. L., CALVACANTE, A. C. R., SILVA, E.R., SOUSA, F. B., SILVA, F.L.R., ALVES, F.S.F., VIEIRA, L.S., BARROS, N.N., PINHEIRO, R.R., Criação de caprinos e ovinos. ABC da Agricultura Familiar. Embrapa Informação Tecnológica. Brasília, DF. 2007.
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Anexo 1
Planilha 1:
	CONTROLE REPRODUTIVO DE MATRIZES
	Nº mãe
	Data do parto
	Qnts. nascidos
	Vivos
	Natimortos
	Peso médio ao nascer
	Data do desmame
	Nº cordeiros desmamados
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
Planilha 2:
	CONTROLE REPRODUTIVO
	Data da cobertura
	Nº do macho
	Nº da fêmea
	Nº de montas
	Data prevista do parto
	Data do parto
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
COM QUE FREQUÊNCIA CONSOME A CARNE DE DE UMA DESSAS ESPÉCIES?
1x POR SEMANA	1x POR MÊS	1x POR ANO	RARAMENTE	7	15	46	32	
JÁ EXPERIMENTOU CARNE DE OVINO OU CAPRINO?
OVINO	CAPRINO	OVINO / CAPRINO	NENHUM	14	14	35	37	
GOSTOU DA CARNE DE OVINO E CAPRINO?
OVINO	CAPRINO	OVINO / CAPRINO	NENHUM	23	19	33	25	
SABE PREPARAR CARNE DE OVINO E CAPRINO?
OVINO	CAPRINO	OVINO / CAPRINO	NENHUM	26	19	16	39	
SABE ONDE VENDE CARNE DE OVINO E CAPRINO NA CIDADE?
OVINO	CAPRINO	OVINO / CAPRINO	NENHUM	11	14	41	34	
POR QUAL MOTIVO VOCÊ NÃO CONSOME CARNE DE OVINO OU CAPRINO? 
CULTURA	DIFICULDADE DE ACESSO	NÃO SABE PREPARAR	CUSTO ALTO R$/kg	29	36	25	10	
IDADE
0 - 18 ANOS	19 - 29 ANOS	30 - 49 ANOS	ACIMA DE 50 ANOS	10	56	31	3	
RENDA MENSAL
MENOS DE 1 SALARIO MÍNIMO	1 - 2 SALÁRIOS MÍNIMOS	2 - 4 SALÁRIOS MÍNIMOS	ACIMA DE 4 SALÁRIOS MÍNIMOS	19	38	20	23	
PAGARIA ATÉ QUE VALOR NO kg DA CARNE DE ALGUMA DESSAS ESPÉCIES?
 R$ 10,00 	 R$ 15,00 	 R$ 20,00 	NÃO COMPRARIA	9	22	33	36	
CONHECE ALGUM CRIADOR DE OVINO E CAPRINO NA REGIÃO?
OVINO	CAPRINO	OVINO / CAPRINO	NENHUM	12	14	39	35	
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