Resumo de Ovinocultura

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Ovinocultura
 A ovinocultura é uma prática pecuária visando a criação e exploração de ovinos, muito difundida pelo mundo devido o potencial de adaptação das raças ovinas para as mais diversas condições ambientais. 
 Os ovinos foram uma das primeiras espécies animais domesticadas pelos humanos em tempos remotos visando a obtenção de alimentos, como carne e leite, e obtenção da lã e pele, produtos muitos úteis na confecção de roupas, fios e tecidos. 
 Hoje, a ovinocultura é considerada uma atividade econômica de grande importância para subsistência familiar e também para a exploração comercial, conforme evidenciado nos países que mais concentram rebanhos como China, Austrália e Índia.
 O Brasil possui 15,5 milhões de cabeças ovinas distribuídas por todo o país, porém, os maiores rebanhos estão concentrados no Nordeste e Rio Grande do Sul por questões de rentabilidade dos produtos lá obtidos.
 A ovinocultura o Brasil, em especial no Nordeste, cresceu significativamente nos últimos anos, impulsionado pelo aumento de demanda por carne tanto no mercado externo quanto interno, mas atualmente, este último oferece resistência e competição intensa pela introdução de produtos estrangeiros vindos principalmente do Uruguai.
Gráfico representando o rebanho ovino brasileiro de 2000 até 2010.
Mercado da ovinocultura
 A ovinocultura visa principalmente a obtenção de carne, leite (para consumo ou produção de queijos) e lã, sendo que no Brasil damos maior destaque para a produção de carne. Apesar de haver demanda baixa em comparação com os produtos bovinos, fator este que limita o mercado, a ovinocultura apresenta tendências promissores devido ao aumento de demanda destes produtos observados nos últimos anos em países desenvolvidos como EUA e membros da União Europeia.
 No Brasil, devido questões como menores custos para aquisição e desvalorização da lã pelo surgimento de fibras sintéticas, a região nordeste, típica pelas raças e propriedades especializadas na produção de carne ovina, tem experimentado aumento em rebanhos.
 Embora seja considerado um exportador relevante no cenário internacional, o mercado interno é reprimido por competição intensa de produtos importados para abastecimento das capitais de maior consumo, e também pela falta de políticas e medidas econômicas que sejam voltadas especificamente para ovinocultura.
 A informalidade na produção de ovinos, isto é, as criações não regulamentadas por profissionais ou órgão competente compõem uma parcela considerável na produção ovina, o que pode representar riscos para saúde humana e animal, além de dificultar a criação de índices e estatísticas verdadeiras sobre as condições da ovinocultura nacional. 
 Mesmo com perspectivas positivas com o aumento do consumo de produtos ovinos e projeções positivas para o mercado, limitações como baixa produtividade por animal, sistemas de produção rústicos e desatualizados, falta de investimento em técnicas de melhoramento animal por parte de produtores e demais fatores devem ser levados em conta pelo produtor de ovinos para assegurar que sua produção se mantenha rentável e competitiva para mercados cada vez mais exigentes em termos de qualidade.
Sobre as instalações
 As instalações utilizadas na ovinocultura devem visar um manejo eficiente dos animais, serem resistentes e oferecer aos animais abrigo seguro contra intemperismos, arejadas e bem repartidas, com acesso à água (e alimentação em sistemas intensivos), baixo custo para construção e manutenção e fácil limpeza.
 O aprisco, isto é, o galpão para onde os animais recolher-se-ão à noite ou serem confinados ao longo do dia, deve ser construído em local plano e devidamente drenado, no sentido Leste-Oeste para evitar incidência solar sobre os animais. O chão deve ser de madeira ripada, de terra batida (apenas para pernoite) ou forrado com cama de serragem. Bebedouro e comedouros devem ser mantidos protegidos para evitar que animais entrem, urinem ou defequem nestes.
 O curral de manejo é construído próximo ao aprisco, e é utilizado para executar procedimentos como vacinação, medicação, casqueamento e demais funções. Deve ser usado piso de terra batida ou cimento, com área de 1m² por animal. O curral deve conter estruturas que limitem a movimentação e contenham efetivamente o animal, como cercas e tronco de contenção.
 O pedilúvio é construído em entradas e saídas de apriscos ou currais, e serve para submergir os pés dos animais em soluções desinfetantes por alguns minutos para combate de fungos e demais agentes. Devem contar com métodos para descartar as soluções para o esgoto após uso.
Os silos ou depósitos de ração são locais destinados para armazenamento e/ou produção de rações animais, e devem ser mantidos em condições de higiene adequadas, livres de mofos, infestações e demais pragas, além de proteger o alimento das condições ambientais como sol e chuva. Prevê-se em depósitos a presença de trituradores e misturadores para produção de ração.
	
Referências	
Revista Ovinos, Ano 4, N° 12, Porto Alegre, março de 2008. Acesso em 30 de setembro de 2020. Disponível em:
https://www.researchgate.net/profile/Joao_Viana7/publication/228460370_Panorama_geral_da_ovinocultura_no_mundo_e_no_Brasil/links/5614495808ae983c1b406e66/Panorama-geral-da-ovinocultura-no-mundo-e-no-Brasil.pdf
Coleção SENAR - 265 Ovinocultura: criação e manejo de ovinos de corte. Acesso em 30 de setembro de 2020. Disponível em: https://www.cnabrasil.org.br/assets/arquivos/265_Ovino_corte.pdf
Instalações para ovinos, OTTO de SÁ,C. & SÁ,J.L. Acesso em 30 de setembro de 2020. Disponível em: http://www.crisa.vet.br/exten_2001/instal1.htm
Oferta e demanda do mercado de ovinos de corte: um panorama nacional de perspectivas, tendências e oportunidades. Acesso em 01 de outubro de 2020. Disponível em:
https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/54055/R%20-%20E%20-%20EVERTON%20FERNANDO%20ESTURRARI.pdf?sequence=1&isAllowed=y
Mercado e comercialização na ovinocultura de corte no Brasil. Acesso em 01 de outubro de 2020. Disponível em: https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/69697/1/AAC-Mercado-e-comercializacao.pdf