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Centro Universitário de Patos de Minas Patos de Minas - 2018 Lucas da Silva Mendes Estádios Vegetativos Início de cada etapa Dias Germinação -V0 Sementes em condições de germinar CINCO Emergência - V1 50% das plântulas c/ cotilédones acima do nível do solo DOIS/TRÊS Fls 1as - V2 50% das plantas c/ folhas primárias abertas QUATRO 1a folha trifoliolada - V3 50% das plantas c/ 1a folha trifoliolada aberta CINCO/NOVE 3a folha trifoliolada - V4 50% das plantas c/ a 3a folha trifoliolada aberta SETE/QUINZE FONTE: Fernadez & Lopes (1986) RESUMO DA FASE VEGETATIVA Estádios reprodutivos Início de cada etapa Dias Pré-floração - R5 50% das pls c/ pelo menos 1 botão floral NOVE / ONZE Floração - R6 50% das pls c/ pelo menos 1 flor aberta QUATRO / SEIS Formação de vagens - R7 50% das pls c/ pelo menos 1 vagem visível OITO / NOVE Enchimento das vagens - R8 50% das pls c/ grão em enchimento na 1a vagem DEZOITO / VINTE QUATRO Maturação - R9 50% das plantas c/ mudança de cor nas vagens QUATORZE / QUINZE Fonte: Fernadez & Lopes (1986) RESUMO DA FASE VEGETATIVA Garantir a germinação e a emergência; Evitar a entrada de agentes patogênicos à cultura e na área; Evitar que agentes patogênicos à cultura, que já estão na área, ataquem as sementes e as plantas recém emergidas; PROTEÇÃO E CONSTRUÇÃO DA PLANTA !!! Quais as funções básicas do TS ????? Podridão Radicular Rhizoctonia solani Disseminação: Sementes e Implementos agrícolas contaminados; Infecção ocorre por contato do hospedeiro com o Micélio do fungo; Condições Favoráveis: Temperaturas moderadas (18ºC) favorecem a enfermidade. Temperaturas superiores a 21ºC aumentam a velocidade de emergência - escapar à infecção Época Crítica: Safra das águas e Safra de Inverno Estádio Crítico: V0 a V3 Ocorrência em todas as regiões produtoras; Sintomatologia: Lesões Pardo Avermelhadas com depressões nas hastes e “margens definidas” O estrangulamento da base do caule, resultando no tombamento. Sobrevive no solo na forma de estrutura de resistência, associado a restos culturais. A importância Rhizoctonia tem aumentado com a expansão do cultivo do feijoeiro irrigado no inverno. CONTROLE: Semente de boa qualidade Tratamento da semente com fungicidas Práticas culturais: Rotação de cultura; Eliminação de restos culturais; Diminuição da profundidade - emergência mais rápida das plântulas. PIRACLOSTROBINA TIOFANATO METÍLICO 200mL p.c/100kg FIPRONIL + ATIVO: (CAPTANA) Dicarboximida 300mL p.c/100kg (CARBENDAZIM) (TIRAM) Benzimidazol e Dimetilditiocarbamato FLUDIOXONIL GRUPO QUÍMICO FENILPIRROLE Podridão Radicular Fusarium solani f. sp. phaseoli Disseminação: Sementes e Implementos agrícolas contaminados; Infecção ocorre por contato do hospedeiro com o Micélio do fungo; Condições Favoráveis: 20-32°C (F. solani f. sp. phaseoli); Solos compactados e Alta umidade no solo estresse hídrico; Sobrevive no solo através de Clamidósporos; Penetra por aberturas naturais ou ferimentos Estádio Crítico: V0 a V3 Ocorrência em todas as regiões produtoras; Cultivo intensivo do feijoeiro. Sintomatologia: Lesões cor de palha “sem margens definidas”, com tombamento e podridão radicular Ataca toda a raiz pivotante. São lesões estrias longitudinais, de coloração avermelhada. Raízes primárias geralmente são destruídas, impossibilitando as plantas de absorverem água e nutrientes de maneira adequada às suas necessidades. Estande irregular, formado por plantas pouco desenvolvidas Raízes primárias geralmente são destruídas – estande irregular Fonte: Embrapa – Murillo Lobo CONTROLE: Uso de sementes sadias; Limpeza de implementos agrícolas; Plantio em locais distantes de lavouras velhas; Rotação de culturas; Adubação equilibrada e correção da acidez do solo; Práticas culturais que favoreçam a germinação rápida das sementes e enraizamento vigoroso e profundo: Tratamento de sementes • F. solani f. sp. phaseoli: carbendazim, captana, tiofanato metílico, fludioxonil e difenoconazol. Controle biológico: Trichoderma harzianum APLICAÇÃO NO SULCO DE PLANTIO PIRACLOSTROBINA TIOFANATO METÍLICO 200mL p.c/100kg FIPRONIL + ATIVO: (CAPTANA) Dicarboximida 300mL p.c/100kg FLUDIOXONIL GRUPO QUÍMICO FENILPIRROLE Sclerotinia sclerotiorum MOFO-BRANCO Grande poder destrutivo; Temperaturas amenas (15 - 210C) (???) e umidade alta no solo; Infecta tecidos em senescência (flores); Lesões encharcadas nas folhas, hastes, flores e frutos; Micélio cotonoso; Escleródio (Bosta de rato) – Alta persistência no solo; (???) Ataca diversas culturas; Germinação CARPOGÊNICA Germinação MICELOGÊNICA Temperaturas – 15 0C a 18 0C (no solo) Temperaturas – 18 0C a 25 0C MENOR que 50% da Capacidade de campo LIMITAÇÃO de nutrientes para escleródio MAIOR que 50% da Capacidade de campo DISPONIBILIDADE de nutrientes para escleródio Por qual motivo podemos afirma que: até o feijoeiro florescer, dificilmente a doença torna-se importante. • Lesões encharcadas nas folhas ou outro tecido da parte aérea que normalmente tenham contato com as flores infectadas. • As lesões espalham-se rapidamente para as hastes, ramos e vagens. • Nos tecidos infectados aparece uma eflorescência que lembra algodão, constituindo os sinais característicos da doença. Sintomas: Sintomas: Testemunha: 35% sementes infectadas Fonte: Murillo Lobo Jr., 2008, Embrapa – CNPAF CERTEZA_180 mL Testemunha Fonte: Murillo Lobo Jr., 2008, Embrapa – CNPAF Histórico da área; Sementes (TS); Plantar em áreas com solos de boa drenagem; Escolha de materiais; Aumentar espaçamento – melhorar aeração; Manejo de Irrigação; Qualidade do equipamento de pulverização e irrigação; Rotação de cultura; Controle Biológico; CONTROLE QUÍMICO Uso de sementes sadias; Tratamento de sementes com fungicidas: Fluazinam + tiofanato metílico; TIOFANATO-METÍLICO FLUAZINAM + (Fenilpiridinilamina) 180 mL p.c/100kg Tabela 3. Efeito da rotação de culturas e uso da braquiária sobre a atividade microbiológica no Sistema Santa Fé e S. sclerotiorum. Rotação Atividade microbiológica Número de escleródios/m3 Arroz 0,46 0 Milho 0,55 0 Brachiaria ruziziensis 0,45 0 Brachiaria brizantha 0,50 0 Soja 0,29 3 Escolha do local de plantio; Uso de cultivares com porte ereto; Controle biológico: Trichoderma spp. (T. asperellum, T. harzianum). Tabela 2. Fungicidas registrados para o controle do mofo branco no feijoeiro. Ingrediente ativo Nome comercial Fluazinam Agata, Altima, Cignus, Frowncide 500 SC, Legacy, Zignal Tiofanato metílico Cercobin 700 WP, Metiltiofan, Viper 700 Tiofanato metílico + clorotalonil Cerconil WP Tiofanato metílico + mancozeb Dithiobin 780 WP Iprodiona Rovral SC Procimidona Sialex 500, Sumilex 500 WP Efeito fungicida sobre a germinação carpogênica Formação ESTIPES Formação APOTÉCIO Frowncide 100% e Sumilex 95% INIBIÇÃO do APOTÉCIO Obs.: O Frowncide permite a formação da ESTIPE que não formam APOTÉCIO. COSTA & COSTA, 2011 Efeito fungicida sobre a germinação micelogênica REDUÇÃO NA GERMINAÇÃO MICELOGÊNICA 85% 78% COSTA & COSTA, 2011 Viabilidade ESTIPES – (CRATO, 2013) VIABILIDADE DE ESTIPE = 8,72% VIABILIDADE DE ESTIPE = 0% VIABILIDADE DE ESTIPE = 2,3% Viabilidade ESTIPES na formação de APOTÉCIOS– (CRATO, 2013) VIABILIDADE DE ESTIPE PARA APOTÉCIO = 0% VIABILIDADE DE ESTIPE PARA APOTÉCIO = 7,88% VIABILIDADE DE ESTIPE PARA APOTÉCIO = 7,74% Em locais com histórico de ocorrência de mofo branco e em condições ambientais favoráveis para o desenvolvimento da doença aplicar preventivamente antes ou no pré- florescimento preferencialmentecom os fungicida fluazinam ou procimidona; Ao redor de 10 dias após o florescimento repetir a aplicação se as condições ambientais forem favoráveis ou se houver progresso da doença com o mesmo fungicida ou outros produtos de ingrediente ativo distinto; Após aproximadamente 10 dias da segunda aplicação, pulverizar novamente as plantas se as condições ambientais forem favoráveis à doença. CRITÉRIOS DE APLICAÇÃO ANTRACNOSE Colletotrichum lindemuthianum; Maior importância da cultura do feijoeiro, podendo causar perdas de até 100%. Locais de temperatura baixa a moderada e alta umidade. Condições Favoráveis: Temperaturas amenas (18 º C). Umidade Relativa elevada e chuva frequentes Disseminação: Semente e Água Após uma chuva, plantas localizadas a 1,5 m de diâmetro do inóculo inicial podem ser infectadas. Quando esta é associada com vento, o diâmetro de infecção aumenta para 4,6 m 2. Época Crítica: Safra das águas (Maior intensidade) e Safra de Inverno Estádio Crítico: V3 a R8 Plântulas - lesões pequenas de coloração marrom ou preta nos cotilédones. Hipocótilo - lesões alongadas, superficiais ou deprimidas, podendo ocorrer o estrangulamento do hipocótilo e morte da plântula. Lesões necróticas de coloração marrom-escura nas nervuras na face inferior da folha. Lesões podem ser vistas na face superior das folhas, quando então uma região clorótica desenvolve-se ao lado das manchas necróticas e as folhas tendem a curvar-se para baixo. Ataques severos: as lesões estendem-se ao limbo foliar ao redor das áreas afetadas nas nervuras, resultando em necrose de parte do tecido foliar. Nas vagens, são geralmente circulares e deprimidas, de coloração marrom, com os bordos escuros e salientes, circundados por um anel pardo-avermelhado. As lesões nas vagens podem ainda apresentar o centro de coloração mais clara ou rosada, devido à esporulação do fungo. As lesões podem coalescer e cobrir parcialmente as vagens. MEDIDAS DE CONTROLE Tratamento de sementes com fungicidas; Escolha da data de semeadura adequada; Rotação de culturas; Quebra-ventos; Uso de cultivares resistentes. Tratamento de sementes com fungicidas TIOFANATO-METÍLICO FLUAZINAM + (Fenilpiridinilamina) 180 mL p.c/100kg ATIVO: (CAPTANA) Dicarboximida 300mL p.c/100kg FLUDIOXONIL GRUPO QUÍMICO FENILPIRROLE (CARBENDAZIM) (TIRAM) Benzimidazol e Dimetilditiocarbamato Uso de cultivares resistentes Tabela 5. Cultivares resistentes à antracnose. Cultivar Grupo Nível de resistência BRS Pontal Carioca Moderadamente resistente BRS Requinte Carioca Moderadamente resistente BRS Esplendor Preto Resistente IPR Gralha Preto Moderadamente resistente IPR Garça Branco Resistente IAPAR 81 Carioca Moderadamente resistente IPR Campos Gerais Carioca Moderadamente resistente IAC Alvorada Carioca Moderadamente resistente IAC Diplomata Preto Resistente Aplicação de fungicidas: Estrobilurinas Triazóis Benzimidazóis, Clorotalonil, Ditiocarbamato Dicarboximida Cúpricos Organoestânico (hidróxido de fentina). Ingrediente Ativo Grupo Químico Hidróxido de fentina 400 g/L Organoestânico Época de aplicação de fungicidas (condições favoráveis à doença): Tratamento de sementes Primeira aplicação preventiva no estádio V1; Segunda aplicação: 10-15 dias após a primeira aplicação (condições favoráveis à doença, região com alta incidência e/ou aumento do progresso da doença); Terceira ou quarta aplicação: após o florescimento (condições favoráveis à doença, região com alta incidência e/ou aumento do progresso da doença). MANCHA ANGULAR Pseudocercospora griseola Quanto mais precoce for o seu aparecimento - maiores poderão ser os prejuízos ocasionados. Cultivares suscetíveis - perdas em até 80%. Disseminação: Vento; Chuva; Sementes e partículas de solo infestadas; Sobrevive em restos culturais - Penetra pelos estômatos Condições Favoráveis: Temperaturas moderadas (24 °C) (16-28°) Alternância de alta e baixa umidade. Ação de ventos. Sintomas – 8 a 12 dias Sintomas Folhas Mais comum e facilmente identificada nas folhas Folhas primárias, apresenta conformação mais circular com halos concêntricos Nas folhas trifolioladas, as lesões apresentam formato angular, delimitadas pelas nervuras São encontradas também em vagens, caules, ramos e pecíolos – LESÕES NECRÓTICAS Qual é a lesão de Mancha Angular e qual é a de Antracnose? Lesões de antracnose Lesões de Mancha angular Eflorescência de cor cinza-escura a negra, formada pela frutificação do fungo - o synnema MEDIDAS DE CONTROLE Cultivares resistentes Sementes sadias Rotação de cultura Eliminação de resto de cultura Controle da irrigação Controle químico Tabela 6. Cultivares resistentes à mancha angular. Cultivar Grupo Nível de resistência IPR Graúna Preto Moderadamente resistente IPR Chopim Preto Moderadamente resistente IPR Gralha Preto Moderadamente resistente IPR Tiziu Preto Moderadamente resistente IPR Garça Branco Moderadamente resistente IPR Tangará Carioca Moderadamente resistente IAC Alvorada Carioca Moderadamente resistente IAC Diplomata Preto Moderadamente resistente Pérola Carioca Moderadamente resistente Uso de cultivares resistentes Aplicação de fungicidas: Estrobiluninas, triazóis, benzimidazóis, clorotalonil, ditiocarbamato, dicarboximida e cúpricos. Controle químico AZOXISTROBINA Fonte: IAC (2005) – Margarida Ito e Jairo Lopes Severidade da doença x Produtividade Tiofanato-metílico + flutriafol 500 Tiofanato-metílico + flutriafol 600 Tiofanato-metílico + cloratolonil AZOXISTROBINA 120 Tiofanato-metílico + flutriafol 700 Época de aplicação de fungicidas: Em áreas com alta incidência: aplicação preventiva após 20-25 DAE; Segunda aplicação antes do florescimento (condições favoráveis); Terceira aplicação após o florescimento (condições favoráveis). Podridão cinzenta do caule – Macrophomina phaseolina Sementes contaminadas - que resultarão em plantas doentes; Sobrevive - restos culturais - forma de escleródio e picnídios; DISSEMINAÇÃO Escleródios - condições de baixa umidade do solo - permanecem viáveis por longos períodos; Hospedeiros alternativos - soja, sorgo, milho Condições Favoráveis: Altas temperaturas (37ºC) e baixa umidade no sol A doença pode se manifestar em todos os estádios de desenvolvimento das plantas. Sintomas Os sintomas iniciais aparecem frequentemente no colo, atingindo posteriormente a raiz principal e as partes superiores do caule e ramos primários - lesões acinzentadas, difusas, de aspecto úmido Intensa podridão dos tecidos, definindo uma desagregação parcial ou total dos tecidos e feixes vasculares. Na superfície das lesões, são muitas vezes observadas inúmeras pontuações negras que são as estruturas reprodutivas do fungo. Em razão da desestruturação dos tecidos, ocorre um amarelecimento generalizado, murcha, seca e morte das plantas. MEDIDAS DE CONTROLE Sementes sadias e certificadas; Tratamento de sementes Remoção e queima das plantas doentes; Plantio pouco adensado; Áreas irrigadas - evitar encharcamento; Plano de rotação cultural - gramíneas forrageiras; 600 mL/100kg de sementes 200 mL/100kg de sementes 33,4 mL/100kg de sementes 250 mL/100kg de sementes FERRUGEM Uromuyces phaseoli. Agente causal - Uromyces phaseoli Basidiomiceto - Parasita obrigatório (mais de 200 raças fisiológicas). Danos severos quanto mais cedo atacar a cultura – redução no rendimento de 60% a 70%. Maior intensidade da doença em pré-floração (R5) e Floração (R6) do feijoeiro. Regiões úmidas e tropicais. Favorecida por ocorrência de orvalho e temperaturas moderadas Epidemiologia • Longos períodos alta umidade (10 a 18 horas); • Temperaturas entre17 e 27 0C – valor ótimo 24-25 0C; • Temperaturas > 32 0C – morte dos fungos; • Temperaturas constantes de 27 0C impede o desenvolvimento das lesões reduzindo a taxa de esporulação; • Os Uredosporos podem sobreviver no solo por até 60 dias; Sintomas inicial pequenas lesões esbranquiçadas, na face inferior da folhas. Essas lesões ao longo do tempo, evoluem, assumindo a coloração amarelas e com o centro pardacento, representado por imensa quantidade de pústula, que pode ser observada em ambas as faces da folha. São 88 produtos registrados para FERRUGEM Uromuyces phaseoli
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