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PRINCÍPIOS E FONTES DO DIREITO DO TRABALHO Professor Renato Lang renato.lang@fmu.br Princípio da irrenunciabilidade (ou indisponibilidade) dos direitos trabalhistas ■ CLT. Art. 9º - Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação. ■ CLT - Art. 468 - Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia. Princípio da Primazia da Realidade ■ Verdade real x verdade formal ■ Fatos x documentos Princípio da continuidade da relação de emprego ■ Presunção favorável ao empregado – ônus da prova é do empregador (súmula 212 do TST) ■ Sucessão trabalhista (arts. 10 e 448 da CLT) ■ Proibição da despedida arbitrária ou sem justa causa (exceto contratos por prazo determinado) – CF/88. Art. 7º, I: – Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais (...): – I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos; – Art. 10 do ADCT. Até que seja promulgada a lei complementar a que se refere o art. 7º, I, da Constituição: – I - fica limitada a proteção nele referida ao aumento, para quatro vezes, da porcentagem prevista no art. 6º, "caput" e § 1º, da Lei nº 5.107, de 13 de setembro de 1966; (Atualmente lei 8036/90) Princípio da não discriminação ■ CF/88 art. 7º: ■ XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil; ■ XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência; ■ XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos; Princípio da irredutibilidade salarial CF/88. Art. 7º VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo; CLT. Art. 462 - Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, salvo quando este resultar de adiantamentos, de dispositivos de lei ou de contrato coletivo. § 1º - Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto será lícito, desde de que esta possibilidade tenha sido acordada ou na ocorrência de dolo do empregado. Princípio da integralidade ou intangibilidade salarial ■ Natureza alimentar ■ Impenhorabilidade ■ Privilégio em execuções Princípio da razoabilidade ■ Ponderação ■ Bom senso Princípio da boa-fé ■ Honestidade, honradez ■ Função social do trabalho Fontes do Direito do Trabalho - Classificação ■ Fontes materiais – Fatores que dão origem ao surgimento da norma ■ Fontes formais – Mecanismos utilizados para revelação da norma ao mundo exterior e sua incorporação ao ordenamento jurídico Fontes do Direito do Trabalho - Classificação ■ Fontes materiais – Fatores que dão origem ao surgimento da norma ■ Econômicas – Sistema capitalista e revolução industrial ■ Sociológicas – Indústrias = grandes indústrias = cidades – Agregação de trabalhadores ■ Políticas – Movimentos sociais reivindicatórios dos trabalhadores – Movimento sindical – Partidos políticos operários (comunistas/socialistas) ■ Filosóficas – Ideias e correntes de pensamento antiliberais e democráticos – Revolução Francesa: liberdade, igualdade, fraternidade – Socialismo ■ Fontes Formais - Classificação de acordo com a origem ■ Teoria Monista – Estado é a única fonte de positivação – Único dotado de coerção/sanção para efetividade da norma ■ Teoria Pluralista – Diversos centros de positivação – Costumes – Negociações Coletivas Trabalhistas Fontes do Direito do Trabalho - Classificação ■ Fontes Formais - Classificação de acordo o método de produção ■ Heterônomas – O destinatário não participa da produção da norma – Origem estatal ■ Autônomas – Participação dos destinatários da norma – Autorregramento – Democratização – Ex: costumes, negociação coletiva Fontes do Direito do Trabalho - Classificação ■ Fontes Formais - Classificação de acordo o método de produção ■ Heterônomas – Constituição – Leis e Medidas Provisórias ■ Leis: CLT, FGTS, Trab. Portuário, Doméstico, Greve, Aviso Prévio ■ MPs: PLR, Trab. Domingos, Trab. tempo parcial, banco de horas – Portarias, Avisos, Instruções, Circulares – Regulamentos Normativos (Decretos da Presidência da República) – Tratados e convenções internacionais ■ Direitos Humanos = EC – Sentenças normativas Fontes do Direito do Trabalho - Classificação ■ Fontes Formais - Classificação de acordo o método de produção ■ Autônomas – Costumes – Convenções e Acordos Coletivos de Trabalho – Regulamento empresarial – Contrato de trabalho – Laudo Arbitral ■ CLT - Art. 507-A. Nos contratos individuais de trabalho cuja remuneração seja superior a duas vezes o limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral de Previdência Social, poderá ser pactuada cláusula compromissória de arbitragem, desde que por iniciativa do empregado ou mediante a sua concordância expressa, nos termos previstos na Lei no 9.307, de 23 de setembro de 1996. Fontes do Direito do Trabalho - Classificação ■ Figuras especiais – Princípios – Jurisprudência – Doutrina – Equidade – Analogia ■ CLT - Art. 8º - As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por equidade e outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público. Fontes do Direito do Trabalho - Classificação Reforma Trabalhista ■ CLT. Art. 8º - Parágrafo único - O direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho, naquilo em que não for incompatível com os princípios fundamentais deste. Reforma Trabalhista ■ CLT. Art. 8º - Parágrafo único - O direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho, naquilo em que não for incompatível com os princípios fundamentais deste. ■ § 1º O direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho. O empregado “hiperssuficiente” ■ Art. 444 - As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das partes interessadas em tudo quanto não contravenha às disposições de proteção ao trabalho, aos contratos coletivos que lhes sejam aplicáveis e às decisões das autoridades competentes. ■ Parágrafo único. A livre estipulação a que se refere o caput deste artigo aplica-se às hipóteses previstas no art. 611-A desta Consolidação, com a mesma eficácia legal e preponderância sobre os instrumentos coletivos, no caso de empregado portador de diploma de nível superior e que perceba salário mensal igual ou superior a duas vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social O empregado “hiperssuficiente” ■ Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei quando, entre outros, dispuserem sobre: ■ I - pacto quanto à jornada de trabalho, observados os limites constitucionais; ■ II - banco de horas anual; ■ III - intervalo intrajornada, respeitado o limite mínimo de trinta minutos para jornadas superiores a seis horas; ■ IV - adesão ao Programa Seguro-Emprego (PSE), de que trata a Lei no 13.189, de 19 de novembro de 2015; ■ V - plano de cargos, salários e funções compatíveis com a condição pessoal do empregado, bem como identificação dos cargos que se enquadram como funções de confiança; ■ VI - regulamento empresarial; ■ VII - representante dos trabalhadores no localde trabalho; O empregado “hiperssuficiente” ■ VIII - teletrabalho, regime de sobreaviso, e trabalho intermitente; ■ IX - remuneração por produtividade, incluídas as gorjetas percebidas pelo empregado, e remuneração por desempenho individual; ■ X - modalidade de registro de jornada de trabalho; ■ XI - troca do dia de feriado; ■ XII - enquadramento do grau de insalubridade; ■ XIII - prorrogação de jornada em ambientes insalubres, sem licença prévia das autoridades competentes do Ministério do Trabalho; ■ XIV - prêmios de incentivo em bens ou serviços, eventualmente concedidos em programas de incentivo; ■ XV - participação nos lucros ou resultados da empresa. Combinados ■ Material de apoio, slides etc. – BLACKBOARD – http://bit.ly/FMU-direito-do-trabalho ■ Aulas expositivas ■ Metodologias ativas ■ Chamada no começo e no final da aula ■ Tolerância de 15 minutos no começo ■ E-mail: renato.lang@fmu.br Metodologia ativa - Kahoot! ■ Acesse kahoot.it ou ■ Faça o download do aplicativo Kahoot! gratuitamente Android IOS RELAÇÃO DE TRABALHO E DURAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO Professor Renato Lang renato.lang@fmu.br Relação de Emprego x Relação de Trabalho ■ Relação de Trabalho – Conceito amplo – Lato Sensu – Gênero Espécies • Específico • Stricto Sensu • Emprego • Estágio • Voluntário • Avulso • Eventual • Autônomo • etc. Relação de Emprego ■ Conceituação Doutrinária ■ “Relação jurídica de natureza contratual, tendo como sujeitos o empregado e o empregador e como objeto o trabalho subordinado, continuado e assalariado” (Amauri Mascaro Nascimento) Relação de Emprego ■ Tratamento Legal Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. Requisitos da relação de emprego • Pessoa física • Pessoalidade Contratação intuitu personae • Princípio da preponderância da realidade • Pessoa física • Pessoalidade • Habitualidade ou não eventualidade • Continuidade, padrão de repetição, não esgotamento • Oposição ao trabalho eventual: Teoria do evento – evento determinado. Obra ou serviço Teoria dos fins empresariais – Não se insere nas atividades regulares do empregador Teoria da descontinuidade – Não tem natureza permanente Teoria da Fixação jurídica da empresa – não há fixação em determinada fonte de trabalho • Princípio da preponderância da realidade Requisitos da relação de emprego • Pessoa física • Pessoalidade • Habitualidade ou não eventualidade • Subordinação • Princípio da preponderância da realidade • Direção, controle, fiscalização, punição • Jus variandi (poder diretivo) • Teorias • Técnica • Econômica • Jurídica • Estrutural Requisitos da relação de emprego • Pessoa física • Pessoalidade • Habitualidade ou não eventualidade • Subordinação • Onerosidade • Princípio da preponderância da realidade • Existência de remuneração • Dependência econômica Requisitos da relação de emprego Espécies de contrato de trabalho ■ Art. 443 da CLT ■ Prazo indeterminado ■ Prazo determinado ■ Intermitente Duração do contrato de trabalho ■ Princípio da continuidade da relação de emprego – A natureza intrínseca do contrato de trabalho é a perenidade, a continuidade, tanto que um de seus requisitos essenciais é a não eventualidade (habitualidade) ■ CF/88. Art. 7º, I: – Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais (...): – I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos; – Art. 10 do ADCT. Até que seja promulgada a lei complementar a que se refere o art. 7º, I, da Constituição: – I - fica limitada a proteção nele referida ao aumento, para quatro vezes, da porcentagem prevista no art. 6º, "caput" e § 1º, da Lei nº 5.107, de 13 de setembro de 1966; (Atualmente lei 8036/90) Duração do contrato de trabalho ■ Regra geral – Contrato de trabalho por prazo indeterminado ■ Exceção – contrato por prazo determinado – Exceções previstas em lei – Art. 443 da CLT – Lei nº 9.601, de 21 de janeiro de 1998 Contrato de trabalho por prazo determinado ■ Hipóteses (art. 443 da CLT) – Vigência por prazo prefixado ou – Execução de serviços especificados ou – Realização de certo acontecimento suscetível de previsão aproximada ■ Só será válido em se tratando: – de serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo; – de atividades empresariais de caráter transitório; – de contrato de experiência. ■ Prazo máximo 2 anos (experiência 90 dias) ■ Permitira uma prorrogação, observado o prazo máximo Contrato de trabalho por prazo determinado ■ Verbas rescisórias inferiores em comparação ao contrato por prazo determinado (desde que não rescindido antecipadamente) – Não há aviso prévio – Não há multa de 40% do FGTS ■ Em caso de rescisão antecipada – por iniciativa da empresa ■ 50% de todas as parcelas remuneratórias devidas até o final do contrato – por iniciativa do empregado ■ Indeniza o empregador pelos prejuízos, limitado ao valor que seria devido pelo empregador ■ Se houver cláusula de rescisão antecipada – Considera-se um contrato por prazo indeterminado (art. 481 da CLT) Contrato de trabalho por prazo determinado ■ Penalidade em caso de: – Não observância das hipóteses de cabimento – Prorrogação por mais de uma vez – Extrapolação do prazo máximo – Considera-se contrato por prazo indeterminado Contrato provisório ■ Lei nº 9.601/1998 ■ Independentemente das condições previstas no art. 443 da CLT ■ Previsão em convenção ou acordo coletivo ■ Para admissões que representem acréscimo no número de empregados. – A CCT ou ACT deve conter: ■ a indenização para as hipóteses de rescisão antecipada do contrato, não se aplicando o disposto nos arts. 479 e 480 da CLT ■ as multas pelo descumprimento de suas cláusulas Redução de 50% das alíquotas das contribuições sociais para terceiros Redução do alíquota do FGTS para 2% Contrato de trabalho intermitente ■ Prestação de serviços não contínua ■ Alternância de períodos de prestação de serviços e de inatividade – horas, dias ou meses ■ Aplicável em qualquer atividade do empregado e do empregador – Exceto para os aeronautas, regidos por legislação própria ■ Obrigatoriamente escrito – Valor hora igual ao dos demais empregados (intermitentes ou não) • Pessoa física • Pessoalidade • Habitualidade ou não eventualidade • Subordinação • Onerosidade • Não contínuo • Alterna períodos de continuidade com períodos de inatividade Contrato de trabalho intermitente Contrato de trabalho intermitente ■ Convocação para o trabalho – Antecedência de pelo menos 3 dias corridos – Permitido qualquer meio de comunicação eficaz – Deve informar qual será a jornada ■ Resposta do empregado – 1 dia útil – No silêncio, presume-se a recusa – A recusa não descaracteriza a subordinação jurídica ■ Descumprimento do chamado por qualquer das partes – Multa de 50% da remuneração que seria devida – Devida em 30 dias – Permitida a compensação em igual prazo Contrato de trabalho intermitente ■ O período de inatividade não será considerado tempo à disposição ■ O trabalhador pode prestar serviços a outros contratantes ■ Pagamentos – Devidos imediatamente ao final de cada período (ou mensalmente) ■ Salário ■ Férias proporcionais com acréscimo de um terço ■ Décimo terceiro salário proporcional ■ Repouso semanal remunerado ■ Adicionais legais Contrato de trabalho intermitente ■ Férias anuais ■ Não poderá ser convocado para prestar serviços pelomesmo empregador SUJEITOS DO CONTRATO DE TRABALHO Professor Renato Lang renato.lang@fmu.br Relação de Emprego - Sujeitos ■ Empregado – Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. – Parágrafo único - Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual. ■ Empregador Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. § 1º - Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados Empregador – Grupo econômico ■ ANTES da Reforma Trabalhista – CLT – Art. 2º § 2º - Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica, serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis a empresa principal e cada uma das subordinadas. – Jurisprudência: basta participação societária comum ■ APÓS a Reforma Trabalhista – CLT – Art. 2º §2º - Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego. – Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios, sendo necessárias, para a configuração do grupo, a demonstração do interesse integrado, a efetiva comunhão de interesses e a atuação conjunta das empresas dele integrantes. Empregador – Grupo econômico ■ Súmula 129 do TST: A prestação de serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo econômico, durante a mesma jornada de trabalho, não caracteriza a coexistência de mais de um contrato de trabalho, salvo ajuste em contrário Sucessão de empregadores ■ Fusões, aquisições, incorporações ■ Alienação de parte relevante dos ativos de uma empresa por outra – quando esses bens representam uma unidade de negócio ■ Continuidade da atividade ■ Responsabilidade do sucessor pelos contratos de trabalho – CLT Art. 10. Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos adquiridos por seus empregados. – CLT Art. 448 - A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados. – CLT Art. 448-A - Caracterizada a sucessão empresarial ou de empregadores prevista nos arts. 10 e 448 desta Consolidação, as obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à época em que os empregados trabalhavam para a empresa sucedida, são de responsabilidade do sucessor. – Parágrafo único. A empresa sucedida responderá solidariamente com a sucessora quando ficar comprovada fraude na transferência. ■ Não se aplica para empresa falida (Art. 141, II, §2º LF) Relação de Emprego ■ Natureza jurídica – Teoria Contratualista – Teoria Anticontratualista ■ Teoria do ato condição – Não há autonomia de vontade – Imperatividade das leis trabalhistas ■ Teoria da relação de trabalho – Não há contratação/disposição de vontades mas mera vinculação do empregado na organização do empregador ■ Teoria institucionalista – Empresa é comunidade que visa produzir bens e capital – Empregado e empregador integram-se nessa comunidade Relação de Emprego ■ Natureza jurídica – no Brasil – Influência da teoria anticontratualista ■ Exemplo: CLT - Art. 442 - Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, correspondente à relação de emprego. – Porém adota a contratualista ■ Necessidade de manifestação de vontades – Exemplo: CLT - Art. 444 - As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das partes interessadas em tudo quanto não contravenha às disposições de proteção ao trabalho, aos contratos coletivos que lhes sejam aplicáveis e às decisões das autoridades competentes. – Art. 468 - Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia Relação de Emprego ■ Natureza jurídica – no Brasil – Contrato sui generis – Pressupõe acordo de vontades – Porém é contrato regulamentado – Normas imperativas Trabalho temporário ■ Não confundir trabalho temporário com contrato de trabalho por prazo determinado – Atividade empresarial transitória – Serviço cuja transitoriedade justifique a predeterminação de prazo – Experiência ■ Regulado por lei específica (6019/74, alterada pela Lei 13.429/2017) ■ Espécie de “terceirização” ■ Hipóteses de cabimento: – Necessidade de substituição transitória de pessoal permanente – Demanda complementar de serviços Trabalho temporário ■ Empresa de trabalho temporário – Responsável pela colocação de trabalhadores à disposição de outras empresas temporariamente – Depende de registro no MTE ■ Contrato entre a empresa de trabalho temporário e a empresa tomadora de serviço: – Obrigatoriamente escrito – Deve constar expressamente o motivo justificador da demanda de trabalho temporário Trabalho temporário ■ Prazo – 180 dias – Permitida 1 prorrogação por até 90 dias – Total 270 dias (9 meses) ■ Antes da Lei nº 13429/2017 – 3 meses – Permitida prorrogação com autorização do MTE – Total 6 ou 9 meses ■ Intervalo de 90 dias entre 2 contratos temporários com o mesmo empregado ■ Sob pena de caracterizar contrato por prazo indeterminado com a tomadora dos serviços Trabalho temporário ■ Direitos assegurados (art. 12 da lei 6019): – remuneração equivalente à percebida pelos empregados de mesma categoria da empresa tomadora calculados à base horária, garantida, em qualquer hipótese, a percepção do salário mínimo; – jornada de oito horas, remuneradas as horas extraordinárias não excedentes de duas, com acréscimo de 50% – férias e 13º salário proporcionais – repouso semanal remunerado; – adicional por trabalho noturno; – indenização por dispensa sem justa causa ou término normal do contrato, correspondente a 1/12 (um doze avos) do pagamento recebido; – seguro contra acidente do trabalho; – proteção previdenciária – Vale transporte Trabalho rural ■ Regramento próprio (Lei 5.889/73) ■ Equiparação de direitos à CLT - CF/88 – Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: (...) ■ Mesmos requisitos do empregado ■ Diferença com relação ao local: – Propriedade rural – Prédio rústico ■ Área contínua, qualquer que seja a sua localização, que se destine ou possa se destinar à exploração agrícola, pecuária, extrativa vegetal, florestal ou agroindustrial (art. 4º da Lei 8629/93); Empregado doméstico ■ Até 2018 – Salário mínimo – Irredutibilidade salarial – 13º – DSR – Férias – Licença gestante/licença paternidade – Aviso prévio – Aposentadoria ■ Desde 2013 (EC 72) – Equiparação com urbanos e rurais Empregado doméstico ■ Regramento próprio (Lei Complementar 150/2015 - antes Lei 5.859/72) – Pessoalidade – Subordinação – Onerosidade – Serviços de natureza contínua (CLT usa “serviço de natureza não eventual”) ■ Teoria da descontinuidade – uma ou duas vezes na semana – Finalidade não lucrativa – Trabalho prestado a pessoa ou família no âmbito residencial destas Aprendiz ■ Contrato especial escrito - art. 428 e ss. CLT e Decreto 5.598, de 1 de dezembro de2005. ■ Visa auxiliar a formação técnico-profissional metódica do empregado ■ Obrigatória inscrição do empregado em programa de aprendizagem prática e teórica – Sob orientação de entidade qualificada em formação técnico-profissional metódica ■ Prazo determinado de até 2 anos – Prazo máximo não se aplica para empregado deficiente – Hipóteses de rescisão são restritas ■ desempenho insuficiente ou inadaptação do aprendiz, falta disciplinar grave, ausência injustificada à escola que implique perda do ano letivo, pedido do aprendiz. Aprendiz ■ Empregado com idade entre 14 e 24 anos – Idade máxima não se aplica para empregado deficiente ■ Jornada máxima de 6 horas ■ Garantido salário mínimo hora Aprendiz ■ É obrigação e não faculdade do empregador – CLT. Art. 429. Os estabelecimentos de qualquer natureza são obrigados a empregar e matricular nos cursos dos Serviços Nacionais de Aprendizagem número de aprendizes equivalente a cinco por cento, no mínimo, e quinze por cento, no máximo, dos trabalhadores existentes em cada estabelecimento, cujas funções demandem formação profissional. ■ Contratação – empresa onde se realizará a aprendizagem, ou – entidade sem fins lucrativos que tenha por objetivo a assistência ao adolescente e à educação profissional Outras figuras de trabalhadores ■ Eventual – Habitualidade ■ Autônomo – Subordinação ■ Avulso – Trabalhador portuário – estivador, conferente de carga – Intermediação pelo Sindicato ou OGMO e diversos tomadores de serviços – Serviços de curta duração – Pagamento por rateio entre os empregados – Lei própria ■ 12.023/2009 (movimentação de mercadorias ■ 12.815/2013 (portuário) – Direitos equiparados à CLT: ■ CF- Art. 7º: XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso. Outras figuras de trabalhadores ■ Voluntário – Onerosidade – Lei 9.608/98 ■ Estagiário – Lei 11.788/2008 – O ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos – É ato educativo – sem subordinação Empregado doméstico Empregado rural Empregado prazo indeterminad o Empregado prazo determinado Empregado intermitente Empregado temporário Trabalhador autônomo Trabalhador eventual Empregado Avulso Trabalho voluntário Aprendiz Estagiário Anotação na CTPS Sim Sim Sim Sim Sim Sim, pela empresa contratada Não Não Sim, pelo OGMO Não Sim Não Hipótese/ cabimento Serviços de natureza contínua (2 ou mais vezes na semana), de finalidade não lucrativa, a pessoa ou família no âmbito residencial destas Trabalho em propriedade rural ou prédio rústico É a regra geral Experiência, Atividades empresariais transitórias ou serviços transitórios Qualquer atividade. Prestação de serviço não contínua, alternando períodos de prestação de serviços e de inatividade Substituição transitória de mão de obra regular ou demanda complementar de serviços Pessoa física que trabalha com autonomia, sem subordinação Pessoa física que trabalha sem habitualidade Trabalho portuário e trabalho de movimentação geral de mercadorias Não oneroso, objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência à pessoa Visa auxiliar a formação técnico- profissional metódica do empregado. Requer inscrição do empregado em programa de aprendizagem prática e teórica Ato educativo escolar supervisionad o, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo Prazo Indeterminado Indeterminado Indeterminado Até 2 anos (experiência 90 dias) Indeterminado Até 180 dias, prorrogáveis por 90 Determinado ou indeterminado , não há limitação Não há continuidade. Trabalho esporádico Indeterminado Indeterminado Até 2 anos Até 2 anos TERCEIRIZAÇÃO Professor Renato Lang renato.lang@fmu.br Terceirização ■ Conceito ■ Objetivos (legítimos) – Especialização – Otimização de processos – Aumento de eficácia e produtividade – Melhora de padrões de qualidade e segurança, inclusive para os trabalhadores – Etc. ■ Objetivos (ilegítimos) – Reduzir custos – Fraudar legislação trabalhistas – Precarização de condições de trabalho Terceirização - Histórico 1943 CLT 1967 1970 Ref. Adm. 1974 Trab. Tempor. 1983 Vigilânci a Transp. Valores 1986 Súm. 256 TST 1988 1993 Licitaç. 1993 Súm. 331 TST CLT (1943) – Subempreitada ■ Art. 455 - Nos contratos de subempreitada responderá o subempreiteiro pelas obrigações derivadas do contrato de trabalho que celebrar, cabendo, todavia, aos empregados, o direito de reclamação contra o empreiteiro principal pelo inadimplemento daquelas obrigações por parte do primeiro. ■ Parágrafo único - Ao empreiteiro principal fica ressalvada, nos termos da lei civil, ação regressiva contra o subempreiteiro e a retenção de importâncias a este devidas, para a garantia das obrigações previstas neste artigo. Terceirização - Histórico 1943 CLT 1967 1970 Ref. Adm. 1974 Trab. Tempor. 1983 Vigilânci a Transp. Valores 1986 Súm. 256 TST 1988 1993 Licitaç. 1993 Súm. 331 TST Decreto-Lei 200/1967 ■ Art. 10 (...) § 7º Para melhor desincumbir-se das tarefas de planejamento, coordenação, supervisão e controle e com o objetivo de impedir o crescimento desmesurado da máquina administrativa, a Administração procurará desobrigar-se da realização material de tarefas executivas, recorrendo, sempre que possível, à execução indireta, mediante contrato, desde que exista, na área, iniciativa privada suficientemente desenvolvida e capacitada a desempenhar os encargos de execução. Lei 5.645/1970 ■ Art. 3º. (...) ■ Parágrafo único. As atividades relacionadas com transporte, conservação, custódia, operação de elevadores, limpeza e outras assemelhadas serão, DE PREFERÊNCIA, objeto de execução indireta, mediante contrato, de acordo com o artigo 10, § 7º, do Decreto-lei número 200, de 25 de fevereiro de 1967. Terceirização - Histórico 1943 CLT 1967 1970 Ref. Adm. 1974 Trab. Tempor. 1983 Vigilânci a Transp. Valores 1986 Súm. 256 TST 1988 1993 Licitaç. 1993 Súm. 331 TST Lei 6.019/1974 ■ Art. 4º - Compreende-se como empresa de trabalho temporário a pessoa física ou jurídica urbana, cuja atividade consiste em colocar à disposição de outras empresas, temporariamente, trabalhadores, devidamente qualificados, por elas remunerados e assistidos. ■ (redação revogada pela Lei 13.429/2017) Terceirização - Histórico 1943 CLT 1967 1970 Ref. Adm. 1974 Trab. Tempor. 1983 Vigilânci a Transp. Valores 1986 Súm. 256 TST 1988 1993 Licitaç. 1993 Súm. 331 TST Lei 7.102/1983 ■ Art. 3º A vigilância ostensiva e o transporte de valores serão executados: ■ I - POR EMPRESA ESPECIALIZADA CONTRATADA; ou ■ II - pelo próprio estabelecimento financeiro Terceirização - Histórico 1943 CLT 1967 1970 Ref. Adm. 1974 Trab. Tempor. 1983 Vigilânci a Transp. Valores 1986 Súm. 256 TST 1988 1993 Licitaç. 1993 Súm. 331 TST Súmula 256 do TST – 1986 ■ “Salvo os casos de trabalho temporário e de serviço de vigilância, previstos nas Leis nos 6.019, de 03.01.1974, e 7.102, de 20.06.1983, é ilegal a contratação de trabalhadores por empresa interposta, formando-se o vínculo empregatício diretamente com o tomador dos serviços.” Terceirização - Histórico 1943 CLT 1967 1970 Ref. Adm. 1974 Trab. Tempor. 1983 Vigilânci a Transp. Valores 1986 Súm. 256 TST 19881993 Licitaç. 1993 Súm. 331 TST CF/1988 ■ Art. 37. (...) XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes... (...). Terceirização - Histórico 1943 CLT 1967 1970 Ref. Adm. 1974 Trab. Tempor. 1983 Vigilânci a Transp. Valores 1986 Súm. 256 TST 1988 1993 Licitaç. 1993 Súm. 331 TST 1993 - Revisão e Conversão da Súmula 256 na 331 ■ I A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, formando-se o vínculo diretamente com o tomador dos serviços, salvo no caso de trabalho temporário (Lei nº 6.019, de 03.01.1974). ■ II A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não gera vínculo de emprego com os órgãos da administração pública direta, indireta ou fundacional (art. 37, II, da CF/1988). ■ III Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de serviços de vigilância (Lei nº 7.102, de 20-06-1983), de conservação e limpeza, bem como a de serviços especializados ligados à atividade-meio do tomador, desde que inexistente a pessoalidade e a subordinação direta. ■ IV O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade do tomador dos serviços quanto àquelas obrigações, desde que este tenha participado da relação processual e conste também do título executivo judicial. 1995 Conces- sões 1997 Telecom 1998 PL 4302 FHC 2016 PL 87/2010 2017 Lei 13.429 2017 Reforma Trabalhista 2018 ADPF 324 RE 958252 Terceirização - Histórico 1943 CLT 1967 1970 Ref. Adm. 1974 Trab. Tempor. 1983 Vigilânci a Transp. Valores 1986 Súm. 256 TST 1988 1993 Licitaç. 1993 Súm. 331 TST Lei das Concessões - Lei 8.987/1995 Art. 25. Incumbe à concessionária a execução do serviço concedido, cabendo- lhe responder por todos os prejuízos causados ao poder concedente, aos usuários ou a terceiros, sem que a fiscalização exercida pelo órgão competente exclua ou atenue essa responsabilidade. § 1o Sem prejuízo da responsabilidade a que se refere este artigo, a concessionária poderá contratar com terceiros o desenvolvimento de atividades inerentes, acessórias ou complementares ao serviço concedido, bem como a implementação de projetos associados. 1995 Conces- sões 1997 Telecom 1998 PL 4302 FHC 2016 PL 87/2010 2017 Lei 13.429 2017 Reforma Trabalhista 2018 ADPF 324 RE 958252 Terceirização - Histórico 1943 CLT 1967 1970 Ref. Adm. 1974 Trab. Tempor. 1983 Vigilânci a Transp. Valores 1986 Súm. 256 TST 1988 1993 Licitaç. 1993 Súm. 331 TST Lei das Telecomunicações - Lei 9.472/1997 Art. 94. No cumprimento de seus deveres, a concessionária poderá, observadas as condições e limites estabelecidos pela Agência: (...) II - contratar com terceiros o desenvolvimento de atividades inerentes, acessórias ou complementares ao serviço, bem como a implementação de projetos associados. 1995 Conces- sões 1997 Telecom 1998 PL 4302 FHC 2011 Revisão Súmula 331 TST 2017 Lei 13.429 2017 Reforma Trabalhista 2018 ADPF 324 RE 958252 Terceirização - Histórico 1943 CLT 1967 1970 Ref. Adm. 1974 Trab. Tempor. 1983 Vigilânci a Transp. Valores 1986 Súm. 256 TST 1988 1993 Licitaç. 1993 Súm. 331 TST 1995 Conces- sões 1997 Telecom 1998 PL 4302 FHC 2011 Revisão Súmula 331 TST 2017 Lei 13.429 2017 Reforma Trabalhista 2018 ADPF 324 RE 958252 Terceirização - Histórico 1943 CLT 1967 1970 Ref. Adm. 1974 Trab. Tempor. 1983 Vigilânci a Transp. Valores 1986 Súm. 256 TST 1988 1993 Licitaç. 1993 Súm. 331 TST Súmula 331 - (ATUAL – desde 2011) ■ I - A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, formando- se o vínculo diretamente com o tomador dos serviços, salvo no caso de trabalho temporário (Lei nº 6.019, de 03.01.1974). ■ II - A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não gera vínculo de emprego com os órgãos da Administração Pública direta, indireta ou fundacional (art. 37, II, da CF/1988). ■ III - Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de serviços de vigilância (Lei nº 7.102, de 20.06.1983) e de conservação e limpeza, bem como a de serviços especializados ligados à atividade-meio do tomador, desde que inexistente a pessoalidade e a subordinação direta. Súmula 331 - (ATUAL – desde 2011) ■ IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços quanto àquelas obrigações, desde que haja participado da relação processual e conste também do título executivo judicial. ■ V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações da Lei n.º 8.666, de 21.06.1993, especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço como empregadora. A aludida responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente contratada. ■ VI – A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços abrange todas as verbas decorrentes da condenação referentes ao período da prestação laboral. 1995 Conces- sões 1997 Telecom 1998 PL 4302 FHC 2011 Revisão Súmula 331 TST 2017 Lei 13.429 2017 Reforma Trabalhista 2018 ADPF 324 RE 958252 Terceirização - Histórico 1943 CLT 1967 1970 Ref. Adm. 1974 Trab. Tempor. 1983 Vigilânci a Transp. Valores 1986 Súm. 256 TST 1988 1993 Licitaç. 1993 Súm. 331 TST 1995 Conces- sões 1997 Telecom 1998 PL 4302 FHC 2011 Revisão Súmula 331 TST 2017 Lei 13.429 2017 Reforma Trabalhista 2018 ADPF 324 RE 958252 Terceirização - Histórico 1943 CLT 1967 1970 Ref. Adm. 1974 Trab. Tempor. 1983 Vigilânci a Transp. Valores 1986 Súm. 256 TST 1988 1993 Licitaç. 1993 Súm. 331 TST 1995 Conces- sões 1997 Telecom 1998 PL 4302 FHC 2011 Revisão Súmula 331 TST 2017 Lei 13.429 2017 Reforma Trabalhista 2018 ADPF 324 RE 958252 Terceirização - Histórico 1943 CLT 1967 1970 Ref. Adm. 1974 Trab. Tempor. 1983 Vigilânci a Transp. Valores 1986 Súm. 256 TST 1988 1993 Licitaç. 1993 Súm. 331 TST Como era Súmula 331 do TST Como ficou Objeto da terceirização Atividades “meio” Qualquer atividade, inclusive fim Dedicação exclusiva à contratante (pessoalidade) Vedada Não há vedação Prestação de serviços na sede da contratante Não recomendada (ordens diretas) Expressamente autorizada Concessão de benefícios pela contratante Não recomendada (dedicação exclusiva) Autorizado serviços médico e de refeição Ordens e pagamentos diretos da contratante Vedados Nada muda Como era Súmula 331 do TST Como ficou “Quarteirização” Não regulada Permitida (subordinação à quarteirizada) Vínculo de emprego direto com a contratante Ocorria em caso de irregularidade Previsão apenas de multa administrativa Exceções Vigilância e transporte de valores Nada muda Capital social mínimo da prestadora de serviços Não há De R$10.000 a R$100.000 Responsabilidade trabalhista da contratante Subsidiária Nada muda Como era Súmula 331 do TST Como ficou Retenção de contribuições previdenciárias Apenas em cessão de mão de obra Qualquer atividade (11%) • Vedada a sucessão de empregadores terceirizados (18 meses) • Vedada contratação de prestadora de serviço cujos sócios tenham sido empregados ou prestadores de serviço da contratante (18 meses) SUSPENSÃO, INTERRUPÇÃO E ALTERAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO Professor Renato Lang renato.lang@fmu.br Suspensão e interrupção do contrato de trabalho ■ Suspensão – Paralisaçãototal do contrato de trabalho – Todas as cláusulas têm sua exigibilidade suspensa ■ Interrupção – Paralisação é parcial – Somente uma ou algumas das cláusulas do contrato deixam de vigorar ■ Arts. 471, 472, 473, 474, 475, 476 e 476-A da CLT Suspensão ■ Empregador não paga salários ■ Empregado não presta serviços ■ Assegurado retorno ao cargo anterior ■ Garantidas todas as vantagens obtidas pela categoria durante a suspensão ■ Período não computado como tempo trabalhado – ausências por motivo de doença, a partir do 16º dia (auxílio-doença) – aposentadoria por invalidez – período de suspensão disciplinar – ausência para exercício de encargo público (exemplo: cargo político eletivo); – suspensão do empregado estável, em virtude de ajuizamento de inquérito para apuração de falta grave, desde que a Justiça não determine volta ao serviço por não ter ficado comprovada, pericialmente, referida falta Suspensão – período em que o empregado esteve afastado, respondendo a inquérito na Justiça Comum ou Militar, ou na polícia, ou preso, aguardando julgamento na Justiça Criminal – faltas injustificadas – tempo em que o empregado se ausentar do trabalho para desempenhar as funções de administração sindical ou representação profissional – participação em greve ■ devendo as relações obrigacionais durante o período ser regidas por acordo, convenção, laudo arbitral ou decisão da Justiça do Trabalho Suspensão – Participação do empregado em curso ou programa de qualificação profissional oferecido pelo empregador (art. 476-A da CLT) ■ 2 a 5 meses ■ convenção ou acordo coletivo de trabalho e o consentimento formal do empregado ■ poderá conceder ao empregado ajuda compensatória mensal, sem natureza salarial, prevista em acordo ou convenção coletiva ■ Mantém benefícios mantidos voluntariamente ■ Estabilidade durante a suspensão e mais 3 meses, sob pena de multa de 1 salário Interrupção ■ Contrato não se opera em sua plenitude ■ Não há trabalho, mas há obrigação de pagamento de salário no todo ou em parte ■ Garantidas todas as vantagens da categoria ■ Período computado normalmente como tempo de serviço – prestação de serviço militar obrigatório ■ Não há pagamento de salários mas são devidos os depósitos do FGTS – acidente do trabalho ■ Não há pagamento de salários mas são devidos os depósitos do FGTS e o pagamento do salário-família – ausência por motivo de doença até o 15º dia – licença remunerada Interrupção – período em que não houver serviço na empresa, por culpa ou responsabilidade desta – Férias – Licença da gestante – Suspensão do empregado estável, por motivo de ajuizamento de inquérito para apuração de falta grave, quando a ação for julgada improcedente – ausências legais – quando o empregado for afastado do serviço por requisição de autoridade competente, em razão de motivo que interesse à segurança nacional, até 90 dias – repouso semanal e feriados – testemunha, júri e comparecimento a juízo como parte Alterações prejudiciais das condições de trabalho ■ Pacta sunt servanda ■ Princípio Protetor – Limitação da autonomia da vontade – Garantia da condição mais benéfica – In dubio pro operário ■ Art. 444 - As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das partes interessadas em tudo quanto não contravenha às disposições de proteção ao trabalho, aos contratos coletivos que lhes sejam aplicáveis e às decisões das autoridades competentes. ■ Art. 468 - Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia. 9 Alterações prejudiciais das condições de trabalho ■ Súmula nº 372 do TST – Percebida a gratificação de função por dez ou mais anos pelo empregado, se o empregador, sem justo motivo, revertê-lo a seu cargo efetivo, não poderá retirar-lhe a gratificação tendo em vista o princípio da estabilidade financeira. 468 - § 1o Não se considera alteração unilateral a determinação do empregador para que o respectivo empregado reverta ao cargo efetivo, anteriormente ocupado, deixando o exercício de função de confiança. § 2o A alteração de que trata o § 1o deste artigo, com ou sem justo motivo, não assegura ao empregado o direito à manutenção do pagamento da gratificação correspondente, que não será incorporada, independentemente do tempo de exercício da respectiva função. 10 Alterações prejudiciais das condições de trabalho ■ Exceção – Empregado hiperssuficiente - Art. 444, parágrafo único ■ Diploma de nível superior ■ Salário mensal igual ou superior ao dobro do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social. ■ Limitado aos temas listados no art. 611-A da CLT – jornada de trabalho; banco de horas; intervalo intrajornada; plano de cargos, salários e funções; regulamento empresarial; teletrabalho, regime de sobreaviso, e trabalho intermitente; remuneração por produtividade; troca do dia de feriado; enquadramento do grau de insalubridade; prêmios de incentivo; participação nos lucros ou resultados da empresa. 11 Alterações prejudiciais das condições de trabalho Transferência de empregados ■ Mudança de domicílio ■ Possibilidades – Anuência do empregado, ou – Cargo de confiança, ou – Condição implícita ou explícita do contrato + real necessidade de serviço, ou – Extinção do estabelecimento em que trabalhar o empregado ■ Transitória – Adicional de 25% ■ Despesas decorrentes da transferência ■ Definitiva SALÁRIO E REMUNERAÇÃO Professor Renato Lang renato.lang@fmu.br Link para entrega da APS ■ bit.ly/entrega-aps ■ POSTAR TAMBÉM NO BLACKBOARD http://bit.ly/entrega-aps Remuneração e salário ■ Art. 457 a 467 da CLT (leitura obrigatória) ■ Conceito de salário e remuneração – Art. 457 - Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber. ■ Salário: contraprestação pelo serviço – paga pelo empregador ■ Gorjeta: contraprestação pelo serviço – paga espontaneamente pelo cliente – cobrada do cliente, pelo empregador, como adicional nas contas, a qualquer título, e destinada a distribuição aos empregados ■ Remuneração? Remuneração e salário ■ Remuneração Salário – 1ª Corrente: Remuneração Gorjeta – Exclui outras contraprestações pelo trabalho que não salário e gorjeta ■ Direito de Arena ■ Gueltas Remuneração e salário ■ Remuneração Salário – 1ª Corrente: Remuneração Gorjeta – Exclui outras contraprestações pelo trabalho que não salário e gorjeta ■ Direito de Arena ■ Gueltas Lei 9615/1998 – Lei Pelé Art. 42. Às entidades de prática desportiva pertence o direito de negociar, autorizar e proibir a fixação, a transmissão ou retransmissão de imagem de espetáculo ou eventos desportivos de que participem. § 1o Salvo convenção em contrário, vinte por cento do preço total da autorização, como mínimo, será distribuído, em partes iguais, aos atletas profissionais participantes do espetáculo ou evento. Remuneração e salário ■ Remuneração Salário – 1ª Corrente: Remuneração Gorjeta – Exclui outras contraprestações pelo trabalho que não salário e gorjeta ■ Direito de Arena ■ Gueltas Lei 9615/1998 – Lei Pelé (com redação dada pela Lei nº 12.395/2011). Art. 42., §1º Salvo convenção coletiva de trabalho em contrário, 5% (cinco por cento) da receita proveniente da exploração de direitos desportivos audiovisuais serão repassados aos sindicatos de atletas profissionais, e estes distribuirão, em partes iguais, aos atletas profissionais participantes do espetáculo, como parcela de natureza civil. Remuneração e salário ■ Remuneração Parcelas pagas pelo empregador – 2ª Corrente: Remuneração Gorjeta Remuneração e salário ■ RemuneraçãoParcelas pagas pelo empregador – 2ª Corrente: Remuneração Parcelas pagas por terceiros – Inclui outras contraprestações pelo trabalho que não salário e gorjeta ■ Direito de Arena ■ Gueltas – 3ª Corrente: Remuneração é sinônimo de salário Remuneração e salário ■ Gorjeta integra a remuneração para todos efeitos exceto para cálculo – aviso-prévio – adicional noturno – horas extras – repouso semanal remunerado. ■ A base de cálculo dessas parcelas é o salário/hora e não a remuneração global. ■ Súmula nº 354 do TST Remuneração e salário ■ Salário – Qualquer contraprestação concedida PELO trabalho ou tempo à disposição, em valor fixo ou variável – Pago em dinheiro (pelo menos 30% - art. 82 CLT) ■ Importância fixa estipulada ■ Comissões e percentagens – Pagamento só é exigível depois de ultimada a transação a que se referem. – Nas transações de prestações sucessivas, pagamento proporcional à liquidação, mesmo após a rescisão do contrato de trabalho Remuneração e salário ■ Salário – Qualquer contraprestação concedida PELO trabalho ou tempo à disposição, em valor fixo ou variável – Pago em dinheiro (pelo menos 30% - art. 82 CLT) ■ Importância fixa estipulada ■ Comissões e percentagens ■ Gratificações legais – Utilidades ou “in natura”: alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações habitualmente concedidos PELO trabalho ■ Vedado pagamento em: – bebidas alcoólicas ou drogas nocivas Parcelas não remuneratórias ■ Exceções (não são incluídos no salário), as seguintes parcelas, ainda que habituais: – Ajuda de custo, – Auxílio-alimentação, vedado seu pagamento em dinheiro, – Diárias para viagem – Prêmios ■ Liberalidades concedidas pelo empregador ■ Em forma de bens, serviços ou em dinheiro ■ A empregado ou a grupo de empregados ■ Em razão de desempenho superior ao ordinariamente esperado Parcelas não remuneratórias ■ Exceções (não são incluídos no salário), as seguintes parcelas, ainda que habituais: – Ajuda de custo, – Auxílio-alimentação, vedado seu pagamento em dinheiro, – Diárias para viagem – Prêmios – Abonos – Vale Transporte – PLR – Veículo (Súmula 367 do TST) Parcelas não remuneratórias – Parcelas ou bens concedidos PARA o trabalho elencadas no art. 458 da CLT (rol exemplificativo) ■ vestuários, equipamentos e outros acessórios utilizados no trabalho ■ educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático ■ transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não por transporte público ■ assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde; ■ seguros de vida e de acidentes pessoais; ■ previdência privada; ■ vale-cultura Salário complessivo ■ Súmula 91 do TST ■ Nula é a cláusula contratual que fixa determinada importância ou percentagem para atender englobadamente vários direitos legais ou contratuais do trabalhador. Regras de proteção ao salário ■ Pagamento da parte em dinheiro sempre em Reais ■ A habitação não pode exceder 25% do salário contratual ■ Alimentação não pode exceder 20% do salário contratual ■ Pagamento do salário não pode ser estipulado em prazo superior a 1 mês – Exceto comissões, percentagens e gratificações ■ Quando estipulado por mês: quinto dia útil do mês subsequente ■ Empregador não pode efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, salvo – Adiantamentos (vales) – Dispositivos de lei ou de norma coletiva – Dano doloso causado pelo empregado, independente de prévio acordo – Dano não doloso, desde de que esta possibilidade tenha sido acordada Regras de proteção ao salário ■ Pagamento contra recibo, assinado pelo empregado; ■ Em se tratando de analfabeto, mediante sua impressão digital, ou, não sendo esta possível, a seu rogo. ■ Comprovante de depósito em conta bancária tem força de recibo ■ Pagamento deve ser efetuado em dia útil e no local do trabalho salvo quando efetuado por depósito em conta bancária SALÁRIO E REMUNERAÇÃO Professor Renato Lang renato.lang@fmu.br Equiparação salarial Antes da Reforma Trabalhista Após a Reforma Trabalhista Art. 461 - Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, na mesma localidade, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, nacionalidade ou idade. Equiparação salarial Antes da Reforma Trabalhista Após a Reforma Trabalhista Art. 461 - Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, na mesma localidade, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, nacionalidade ou idade. Art. 461. Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, no mesmo estabelecimento empresarial, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, etnia, nacionalidade ou idade. Equiparação salarial Antes da Reforma Trabalhista Após a Reforma Trabalhista Art. 461 - Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, na mesma localidade, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, nacionalidade ou idade. Art. 461. Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, no mesmo estabelecimento empresarial, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, etnia, nacionalidade ou idade. § 1º - Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o que for feito com igual produtividade e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço não for superior a 2 (dois) anos. Equiparação salarial Antes da Reforma Trabalhista Após a Reforma Trabalhista Art. 461 - Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, na mesma localidade, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, nacionalidade ou idade. Art. 461. Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, no mesmo estabelecimento empresarial, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, etnia, nacionalidade ou idade. § 1º - Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o que for feito com igual produtividade e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço não for superior a 2 (dois) anos. § 1o Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o que for feito com igual produtividade e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço para o mesmo empregador não seja superior a quatro anos e a diferença de tempo na função não seja superior a dois anos. Equiparação salarial Antes da Reforma Trabalhista Após a Reforma Trabalhista Art. 461 - Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, na mesma localidade, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, nacionalidade ou idade. Art. 461. Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, no mesmo estabelecimento empresarial, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, etnia, nacionalidade ou idade. § 1º - Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o que for feito com igual produtividade e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço não for superior a 2 (dois) anos. § 1o Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o que for feito com igual produtividade e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço para o mesmo empregador não seja superior a quatro anos e a diferença de tempo na função não seja superior a dois anos. § 2º - Os dispositivos deste artigo não prevalecerão quando o empregador tiver pessoal organizado em quadro de carreira, hipótese em que as promoções deverão obedecer aos critérios de antiguidade e merecimento. Equiparação salarial Antes da ReformaTrabalhista Após a Reforma Trabalhista Art. 461 - Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, na mesma localidade, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, nacionalidade ou idade. Art. 461. Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, no mesmo estabelecimento empresarial, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, etnia, nacionalidade ou idade. § 1º - Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o que for feito com igual produtividade e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço não for superior a 2 (dois) anos. § 1o Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o que for feito com igual produtividade e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço para o mesmo empregador não seja superior a quatro anos e a diferença de tempo na função não seja superior a dois anos. § 2º - Os dispositivos deste artigo não prevalecerão quando o empregador tiver pessoal organizado em quadro de carreira, hipótese em que as promoções deverão obedecer aos critérios de antiguidade e merecimento. Súmula 6 do TST. I - Para os fins previstos no § 2º do art. 461 da CLT, só é válido o quadro de pessoal organizado em carreira quando homologado pelo Ministério do Trabalho, excluindo-se, apenas, dessa exigência o quadro de carreira das entidades de direito público da administração direta, autárquica e fundacional aprovado por ato administrativo da autoridade competente. Equiparação salarial Antes da Reforma Trabalhista Após a Reforma Trabalhista Art. 461 - Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, na mesma localidade, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, nacionalidade ou idade. Art. 461. Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, no mesmo estabelecimento empresarial, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, etnia, nacionalidade ou idade. § 1º - Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o que for feito com igual produtividade e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço não for superior a 2 (dois) anos. § 1o Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o que for feito com igual produtividade e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço para o mesmo empregador não seja superior a quatro anos e a diferença de tempo na função não seja superior a dois anos. § 2º - Os dispositivos deste artigo não prevalecerão quando o empregador tiver pessoal organizado em quadro de carreira, hipótese em que as promoções deverão obedecer aos critérios de antiguidade e merecimento. § 2o Os dispositivos deste artigo não prevalecerão quando o empregador tiver pessoal organizado em quadro de carreira ou adotar, por meio de norma interna da empresa ou de negociação coletiva, plano de cargos e salários, dispensada qualquer forma de homologação ou registro em órgão público. Súmula 6 do TST. I - Para os fins previstos no § 2º do art. 461 da CLT, só é válido o quadro de pessoal organizado em carreira quando homologado pelo Ministério do Trabalho, excluindo-se, apenas, dessa exigência o quadro de carreira das entidades de direito público da administração direta, autárquica e fundacional aprovado por ato administrativo da autoridade competente. Equiparação salarial Antes da Reforma Trabalhista Após a Reforma Trabalhista § 3º - No caso do parágrafo anterior, as promoções deverão ser feitas alternadamente por merecimento e por antiguidade, dentro de cada categoria profissional. Equiparação salarial Antes da Reforma Trabalhista Após a Reforma Trabalhista § 3º - No caso do parágrafo anterior, as promoções deverão ser feitas alternadamente por merecimento e por antiguidade, dentro de cada categoria profissional. § 3o No caso do § 2o deste artigo, as promoções poderão ser feitas por merecimento e por antiguidade, ou por apenas um destes critérios, dentro de cada categoria profissional. Equiparação salarial Antes da Reforma Trabalhista Após a Reforma Trabalhista § 3º - No caso do parágrafo anterior, as promoções deverão ser feitas alternadamente por merecimento e por antiguidade, dentro de cada categoria profissional. § 3o No caso do § 2o deste artigo, as promoções poderão ser feitas por merecimento e por antiguidade, ou por apenas um destes critérios, dentro de cada categoria profissional. § 4º - O trabalhador readaptado em nova função por motivo de deficiência física ou mental atestada pelo órgão competente da Previdência Social não servirá de paradigma para fins de equiparação salarial. Equiparação salarial Antes da Reforma Trabalhista Após a Reforma Trabalhista § 3º - No caso do parágrafo anterior, as promoções deverão ser feitas alternadamente por merecimento e por antiguidade, dentro de cada categoria profissional. § 3o No caso do § 2o deste artigo, as promoções poderão ser feitas por merecimento e por antiguidade, ou por apenas um destes critérios, dentro de cada categoria profissional. § 4º - O trabalhador readaptado em nova função por motivo de deficiência física ou mental atestada pelo órgão competente da Previdência Social não servirá de paradigma para fins de equiparação salarial. VI - Presentes os pressupostos do art. 461 da CLT, é irrelevante a circunstância de que o desnível salarial tenha origem em decisão judicial que beneficiou o paradigma, exceto: a) se decorrente de vantagem pessoal ou de tese jurídica superada pela jurisprudência de Corte Superior; b) na hipótese de equiparação salarial em cadeia, suscitada em defesa, se o empregador produzir prova do alegado fato modificativo, impeditivo ou extintivo do direito à equiparação salarial em relação ao paradigma remoto, considerada irrelevante, para esse efeito, a existência de diferença de tempo de serviço na função superior a dois anos entre o reclamante e os empregados paradigmas componentes da cadeia equiparatória, à exceção do paradigma imediato. Equiparação salarial Antes da Reforma Trabalhista Após a Reforma Trabalhista § 3º - No caso do parágrafo anterior, as promoções deverão ser feitas alternadamente por merecimento e por antiguidade, dentro de cada categoria profissional. § 3o No caso do § 2o deste artigo, as promoções poderão ser feitas por merecimento e por antiguidade, ou por apenas um destes critérios, dentro de cada categoria profissional. § 4º - O trabalhador readaptado em nova função por motivo de deficiência física ou mental atestada pelo órgão competente da Previdência Social não servirá de paradigma para fins de equiparação salarial. § 5o A equiparação salarial só será possível entre empregados contemporâneos no cargo ou na função, ficando vedada a indicação de paradigmas remotos, ainda que o paradigma contemporâneo tenha obtido a vantagem em ação judicial própria. VI - Presentes os pressupostos do art. 461 da CLT, é irrelevante a circunstância de que o desnível salarial tenha origem em decisão judicial que beneficiou o paradigma, exceto: a) se decorrente de vantagem pessoal ou de tese jurídica superada pela jurisprudência de Corte Superior; b) na hipótese de equiparação salarial em cadeia, suscitada em defesa, se o empregador produzir prova do alegado fato modificativo, impeditivo ou extintivo do direito à equiparação salarial em relação ao paradigma remoto, considerada irrelevante, para esse efeito, a existência de diferença de tempo de serviço na função superior a dois anos entre o reclamante e os empregados paradigmas componentes da cadeia equiparatória, à exceção do paradigma imediato. Equiparação salarial Antes da Reforma Trabalhista Após a Reforma Trabalhista § 3º - No caso do parágrafo anterior, as promoções deverão ser feitas alternadamente por merecimentoe por antiguidade, dentro de cada categoria profissional. § 3o No caso do § 2o deste artigo, as promoções poderão ser feitas por merecimento e por antiguidade, ou por apenas um destes critérios, dentro de cada categoria profissional. § 4º - O trabalhador readaptado em nova função por motivo de deficiência física ou mental atestada pelo órgão competente da Previdência Social não servirá de paradigma para fins de equiparação salarial. § 5o A equiparação salarial só será possível entre empregados contemporâneos no cargo ou na função, ficando vedada a indicação de paradigmas remotos, ainda que o paradigma contemporâneo tenha obtido a vantagem em ação judicial própria. § 6o No caso de comprovada discriminação por motivo de sexo ou etnia, o juízo determinará, além do pagamento das diferenças salariais devidas, multa, em favor do empregado discriminado, no valor de 50% (cinquenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social. Ônus da prova ■ Empregado: fato constitutivo de seu direito – Identidade de funções – É irrelevante a denominação do cargo ■ Empregador: fato impeditivo, modificativo ou extintivo da equiparação salarial – Qualidade ou perfeição técnica – Tempo na função ou no emprego ■ É possível a equiparação salarial de trabalho intelectual, que pode ser avaliado por sua perfeição técnica, aferida por critérios objetivos Link para entrega da APS ■ bit.ly/entrega-aps ■ POSTAR TAMBÉM NO BLACKBOARD http://bit.ly/entrega-aps 1. Considere as afirmativas abaixo a respeito da equiparação salarial. I. Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, no mesmo estabelecimento empresarial, ou dentro da mesma região metropolitana, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, etnia, nacionalidade ou idade. II. Para efeito de se aferir trabalho de igual valor, para fins de equiparação salarial, considera-se o feito com igual produtividade e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço para o mesmo empregador não seja superior a quatro anos e a diferença de tempo na função não seja superior a dois anos. III. Não se poderá falar em equiparação salarial quando o empregador tiver pessoal organizado em quadro de carreira ou adotar, por meio de norma interna da empresa ou de negociação coletiva, plano de cargos e salários, devidamente homologado no Ministério do Trabalho. IV. No caso de comprovada discriminação por motivo de sexo ou etnia, o juízo determinará, além do pagamento das diferenças salariais devidas, multa, em favor do empregado discriminado, no valor de 50% do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social. Está correto o que se afirma APENAS em A I e III. B I, II e III. C II e IV. D II, III e IV. E I, III e IV. 2. Beethoven ajuizou reclamação trabalhista em face da empresa Pianos de Cauda S/A postulando equiparação salarial com o empregado Mozart, alegando que sempre exerceu a mesma função, porém recebendo salário inferior. Em defesa, a empresa confirma o exercício das mesmas funções, mas sustenta que o pedido não procede, posto que a diferença de tempo de casa dos citados empregados é de 3 anos, o que torna Mozart com maior capacidade e perfeição técnica, sendo excludente do aludido direito. A sentença é proferida e julgada procedente, sendo a empresa condenada a pagar R$ 3.500,00 ao reclamante Beethoven e mais R$ 1.050,00 de honorários de sucumbência, eis que era o previsto no contrato juntado na petição inicial, ou seja, 30% de honorários no êxito da ação. A empresa recorre da sentença, sob fundamento de que a lei não teria sido corretamente aplicada, ressaltando a tese já invocada, bem como insurgindo-se contra a condenação em honorários de sucumbência, que entende exorbitante. Ao recurso deverá ser A negado provimento para manter inalterada a sentença de primeira instância, tendo o juiz de origem acertado ao aplicar a lei quanto à equiparação salarial e respeitado a vontade das partes celebrantes do contrato de mandato entre autor e seu advogado. B dado provimento parcial para manter a condenação em equiparação salarial e reduzir a condenação em honorários de sucumbência para no máximo 10% do valor da condenação. C dado provimento total porque a diferença de tempo na empresa de 3 anos faz presumir a maior capacidade e perfeição técnica de Mozart, bem como descabidos honorários de sucumbência por não estar o autor assistido pelo sindicato. D dado provimento parcial para manter a condenação na equiparação salarial e afastar a condenação em honorários de sucumbência posto que descabidos na hipótese já que o autor estaria assistido por advogado particular. E dado provimento parcial para manter a condenação na equiparação salarial e reduzir a condenação em honorários de sucumbência para, no máximo, 15% do valor da condenação. 3. De forma a garantir a isonomia entre os empregados, a Consolidação das Leis do Trabalho estabelece parâmetros para a equiparação salarial. A respeito desses parâmetros, é INCORRETO afirmar que: A a equiparação salarial só será possível entre empregados contemporâneos no cargo ou na função, ficando vedada a indicação de paradigmas remotos, ainda que o paradigma contemporâneo tenha obtido a vantagem em ação judicial própria. B o trabalhador readaptado em nova função por motivo de deficiência física ou mental atestada pelo órgão competente da Previdência Social não servirá de paradigma para fins de equiparação salarial. C trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o que for feito com igual produtividade e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço para o mesmo empregador não seja superior a cinco anos e a diferença de tempo na função não seja superior a dois anos. D no caso de comprovada discriminação por motivo de sexo ou etnia, o juízo determinará, além do pagamento das diferenças salariais devidas, multa, em favor do empregado discriminado, no valor de 50% (cinquenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social. E os dispositivos deste artigo não prevalecerão quando o empregador tiver pessoal organizado em quadro de carreira ou adotar, por meio de norma interna da empresa ou de negociação coletiva, plano de cargos e salários, dispensada qualquer forma de homologação ou registro em órgão público. 4. O direito à equiparação salarial pressupõe, entre outros requisitos: A a prestação de serviços ao mesmo empregador, em estabelecimentos situados no mesmo município. B a diferença de tempo de serviço prestado ao mesmo empregador não superior a 3 (três) anos. C a existência de quadro de carreira devidamente homologado perante o órgão local do Ministério do Trabalho e Previdência Social. D a indicação de paradigmas que exercem ou exerceram a mesma função, sendo desnecessário que sejam empregados contemporâneos no cargo ou na função. E a prestação de serviços ao mesmo empregador, no mesmo estabelecimento empresarial. É correto afirmar acerca da equiparação salarial: A As promoções feitas por merecimento e por antiguidade, ou por apenas um destes critérios, poderá levar em conta critérios sexo, etnia, nacionalidade ou idade. B A readaptação em nova função por motivo de deficiência física ou mental, atestada pelo órgão competente da Previdência Social, poderá servir de paradigma para fins de equiparação salarial. C Ao exercício de função idêntica, de trabalho de igual valor, prestado a um ou mais empregadores, na mesma localidade, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, etnia, nacionalidade ou idade. D A negociação coletiva acerca de plano de cargos e salários, que não estiver formalmente homologada ou registrada em órgão público, não ilide o pedido de equiparação salarial. E A equiparação salarial só será possível entre empregados contemporâneos no cargo ouna função, ficando vedada a indicação de paradigmas remotos, ainda que o paradigma contemporâneo tenha obtido a vantagem em ação judicial própria. JORNADA DE TRABALHO Professor Renato Lang renato.lang@fmu.br Leitura obrigatória ■ Art. 57 a 75-E da CLT ■ Súmulas do TST 24 85 110 115 118 119 146 172 230 291 320 338 340 346 347 360 366 376 423 437 438 444 446 Jornada de trabalho ■ Normal – Até 8 horas diárias e/ou 44 horas semanais ■ Permitidas até duas horas extras por dia ■ Tempo parcial – Salário proporcional à jornada, em relação aos empregados que cumprem, nas mesmas funções, tempo integral – Até 30 horas semanais ■ Sem a possibilidade de horas extras – Até 26 horas semanais ■ Permitidas até 6 horas extras semanais ■ Migração de normal para tempo parcial – Autorização sindical (negociação coletiva) Jornada 12x36 ■ 12 horas consecutivas de trabalho por 36 horas consecutivas de descanso ■ Acordo individual ou coletivo ■ Observados ou indenizados os intervalos para repouso e alimentação ■ Não é devida remuneração adicional por DSR, domingo ou feriado Dom Seg Ter Qua Qui Sex Sab 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 48 36 48 36 Horas extraordinárias ■ O salário normal remunera a jornada normal – Trabalho ou tempo à disposição – Não é tempo à disposição se o empregado, por escolha própria ■ buscar proteção pessoal, em caso de insegurança nas vias públicas ou más condições climáticas ■ adentrar ou permanecer nas dependências da empresa para exercer atividades particulares, entre outras: • práticas religiosas; • descanso; • lazer; • estudo; • alimentação; • atividades de relacionamento social; • higiene pessoal; • troca de roupa ou uniforme, quando não houver obrigatoriedade de realizar a troca na empresa. Horas extraordinárias ■ Horas extras podem ser compensadas até a semana imediatamente posterior à da sua execução ■ Não havendo compensação, devem ser quitadas na folha de pagamento do mês subsequente – Com natureza salarial – Com adicional de 50% – Ou outro percentual superior previsto em negociação coletiva – E inferior (??) - STF ■ Ocorrendo necessidade imperiosa, poderá a duração do trabalho exceder do limite legal ou convencionado, seja para fazer face a motivo de força maior, seja para atender à realização ou conclusão de serviços inadiáveis ou cuja inexecução possa acarretar prejuízo manifesto. – Comunicação à autoridade competente (revogado pela Reforma) ■ Não são descontadas nem computadas variações de até 5 minutos (até 10 minutos/dia) Supressão de horas extraordinárias habituais ■ Súmula 291 do TST ■ A supressão total ou parcial, pelo empregador, de serviço suplementar prestado com habitualidade, durante pelo menos 1 (um) ano, assegura ao empregado o direito à indenização correspondente ao valor de 1 (um) mês das horas suprimidas, total ou parcialmente, para cada ano ou fração igual ou superior a seis meses de prestação de serviço acima da jornada normal. O cálculo observará a média das horas suplementares nos últimos 12 (doze) meses anteriores à mudança, multiplicada pelo valor da hora extra do dia da supressão. Banco de horas ■ Dispensado o acréscimo de salário ■ Excesso de horas em um dia é compensado pela correspondente diminuição em outro dia ■ Limite máximo de dez horas diárias ■ Na hipótese de rescisão do contrato de trabalho, pagamento das horas extras não compensadas, calculadas sobre o valor da remuneração na data da rescisão. ■ Acordo ou convenção coletiva de trabalho – Prazo máximo de 1 ano ■ Acordo individual – Prazo máximo de 6 meses Acordo de prorrogação e compensação de jornada ■ Acordo de prorrogação = anuência para realização de horas extras – Individual ou coletivo ■ Acordo de compensação – Jornada flexível ou variável – Dentro do mesmo mês, sem extrapolar jornada semanal – Individua ou coletivo (salvo se vedado pelo ACT/CCT) – Irregularidade não implica a repetição do pagamento das horas excedentes à jornada normal diária se não ultrapassada a duração máxima semanal, sendo devido apenas o respectivo adicional – A prestação de horas extras habituais não descaracteriza o acordo de compensação de jornada e o banco de horas. Fiscalização e registro de jornada ■ Estabelecimentos com mais de 20 trabalhadores – Obrigatória a anotação da hora de entrada e de saída – Permitida a pré-assinalação do período de repouso – Registro manual, mecânico ou eletrônico – Conforme instruções expedidas pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia ■ Portaria 1510/2009 (ponto eletrônico) – Homologado pelo MTE – Alternativos, aprovados por negociação coletiva ■ Permitida a utilização de registro de ponto por exceção à jornada regular de trabalho, mediante acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho. Jornada in itinere ■ Antes da Reforma Trabalhista – Computava-se na jornada de trabalho o tempo de locomoção até o local de trabalho e para o seu retorno, quando: ■ Transporte fornecido pelo empregador E ■ local de difícil acesso ou não servido por transporte público, o empregador fornecer a condução. ■ Após a Reforma Trabalhista – O tempo despendido pelo empregado desde a sua residência até a efetiva ocupação do posto de trabalho e para o seu retorno, caminhando ou por qualquer meio de transporte, inclusive o fornecido pelo empregador, não será computado na jornada de trabalho, por não ser tempo à disposição do empregador. Períodos de descanso ■ Entre jornadas – 11 horas ■ Intrajornada – 15 minutos para jornadas de 4 a 6 horas/dia – 1 a 2 hrs para jornadas de mais de 6h/dia – Os intervalos não são computados na duração do trabalho – A não concessão ou a concessão parcial implica o pagamento de indenização do período suprimido, com acréscimo de 50% ■ Serviços de mecanografia (datilografia, escrituração ou cálculo) – A cada 90 minutos consecutivos de trabalho consecutivo um repouso de 10 minutos não deduzidos da duração normal de trabalho. ■ DSR – 24 horas a cada semana, preferencialmente aos domingos – Trabalho aos domingos e feriados requer anuência do sindicato profissional Trabalho noturno ■ Ao menor de 18 anos é vedado o trabalho noturno ■ Trabalhador urbano – das 22 às 5 h. – Adicional de 20% – A hora do trabalho noturno será computada como de 52 minutos e 30 segundos Cálculo da hora noturna reduzida Na prática 22:00 23:00 1 hora 52 m 30 s 7 m 30 s 23:00 24:00 1 hora 52 m 30 s 7 m 30 s 00:00 01:00 1 hora 52 m 30 s 7 m 30 s 01:00 02:00 1 hora 52 m 30 s 7 m 30 s 02:00 03:00 1 hora 52 m 30 s 7 m 30 s 03:00 04:00 1 hora 52 m 30 s 7 m 30 s 04:00 05:00 1 hora 52 m 30 s 7 m 30 s Total 7 horas reais 7 horas ficcionais 52 m 30 s (1 hr ficcional) 7 horas Ficção jurídica 8 horas Trabalho noturno ■ Ao menor de 18 anos é vedado o trabalho noturno ■ Trabalhador urbano – das 22 às 5 h. – Adicional de 20% – A hora do trabalho noturno será computada como de 52 minutos e 30 segundos – Se iniciar antes das 22, regra de proporcionalidade – Se houver prorrogação, estende o regime até o final da jornada ■ Trabalhador rural – das 21 às 5 h. na lavoura – das 20 às 4 h. na pecuária – Adicional de 25% Exceção ao regime de duração do trabalho ■ Regime de duração do trabalho inclui ■ Observância de jornadas de trabalho mínima ■ Limites máximos de jornada (horas extras) ■ Fiscalização e controle de jornada ■ Intervalos intra e entre jornadas ■ Trabalho noturno/adicional noturno ■ Empregados não abrangidos pelo regime: – Cargo de confiança – Atividade externa incompatível com a fixação de horário de trabalho – Teletrabalho (home office) Atividade externa incompatível com a fixação de horário de trabalho ■ Tal condição deve ser anotada na CTPS ■ Deve haver efetiva incompatibilidade com a fiscalização e controle ■ A existência de controle descaracteriza
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