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CESUL - CENTRO SULAMERICANO DE ENSINO SUPERIOR FACULDADE DE DIREITO FRANCISCO BELTRÃO PRISÃO PREVENTIA: EXCEÇÃO OU REGRA RICARDO FINATTO FRANCISCO BELTRÃO – PR 2019 1 RICARDO FINATTO PRISÃO PREVENTIVA: EXCEÇÃO OU REGRA Projeto de monografia apresentado como requisito parcial para avaliação da Disciplina de Orientação à Monografia I, do 8º período do curso em graduação em Direito da Faculdade de Direito Francisco Beltrão, mantida pelo CESUL – Centro Sulamericano de Ensino Superior. Orientador I: Esp. Rafael Finatto; Orientador II: Dr. Marcos Augusto Maliska; Orientador III: Me. Luiz Carlos Dagostini Junior. FRANCISCO BELTRÃO – PR 2019 2 1 ÁREA DO CONHECIMENTO Direito Processual Penal e Direito Constitucional. 2 TEMA GERAL Prisão Preventiva. 3 TEMA ESPECÍFICO Prisão preventiva como exceção ou regra. 4 PROBLEMA A utilização do instituto da prisão preventiva no âmbito processual penal é uma exceção ou regra? 5 JUSTIFICATIVA Justifica-se a escolha do tema prisão preventiva pela relevância na esfera jurídica uma vez que este instituto é considerado como a medida cautelar mais severa no âmbito do direito processual penal. Neste sentir, tal medida somente pode ser implementada caso perfaça alguns requisitos formais e legais elencados ao código de processo penal, o qual, adequa este princípio de maneira que se volvesse à exceção, entretanto empiricamente os operadores do direito estão banalizando tal ordenamento visto que a decretação da prisão preventiva é infundada e sem pressupostos legais, assim tornando-a como uma regra. Por conseguinte, na esfera acadêmica argumenta-se a escolha do referido assunto por conta da vasta abrangência e polêmicas que este vem causando. No que tange à questão social propriamente dita fundamenta-se este projeto no sentido da superlotação carcerária, uma vez que a comprovação para a prisão preventiva se tornou genérica, assim aumentando significativamente o número de apenados. 3 6 OBJETIVOS 6.1 OBJETIVO GERAL Demonstrar em o que é a prisão preventiva e sua aplicabilidade. 6.2 OBJETIVO ESPECÍFICO a) analisar o instituto da prisão correlacionado com a prisão preventiva desde seu surgimento até os dias atuais; b) assemelhar o princípio da presunção da inocência com o instituto da prisão preventiva; c) fundamentar a prisão preventiva, e examinar a banalização deste instituto. 7 HIPÓTESES A Constituição Federal prevê em seu art. 5º inciso LVII que ninguém poderá ser considerado culpado até o trânsito em julgado da sentença penal condenatória (BRASIL, 1988), ou seja, significa uma proibição de tratar o acusado de forma igual ou análoga ao de culpado antes do término da ação penal. Neste sentir, o legislador processualista penal com o propósito de garantir a ordem pública, econômica ou a aplicação da lei penal, implementou seis tipos de prisões cautelares a fim de utiliza-las somente quando houver algum risco para a sociedade ou ao procedimento processual. No tema em estudo, qual seja, prisão preventiva, este é uma espécie do gênero prisão cautelar, é considerada a medida mais drástica com o objetivo de assegurar o rito processual, a fim de decretá-la é necessário preencher diversos requisitos legais para que não ocorra a banalização deste princípio, sendo assim essas medidas cautelares, mais especificamente o instituto em comento, deveriam ser aplicadas como uma exceção. Entretanto, os operadores do direito vêm utilizando este artifício de maneira excessiva, sem cumprir com os preceitos legais previstos no código de processo penal e na constituição federal. A utilização incorreta deste preceito acarreta na superlotação da população carcerária. 4 Nesta esteira, a aplicação equivocada do instituto da prisão preventiva ocasiona uma sensação de impunidade, pois a justiça é morosa e antecipar a pena é apenas uma sensação sedante, continuaremos com uma demora imensa e crescente, os acusados obrigar-se-ão facejar este período em cárcere privado, e muitas vezes serão considerados inocentes. 8 EMBASAMENTO TEÓRICO 8.1 O INSITUTO DA PRISÃO CORRELACIONADO COM A PRISÃO PREVENTIVA Na antiguidade a sociedade não tinha como sanção penal o cárcere privado, em contrário o réu sofria castigos corporais ou até mesmo a morte. Até basicamente o período iluminista, as penas possuíam um caráter aflitivo, ou seja, o corpo do homem pagava pelo mal que havia praticado. Seus olhos eram arrancados, seus membros mutilados, seus corpos esticados até destroncarem-se, sua vida esvaia-se numa cruz, enfim, o mal da infração penal era pago com o sofrimento físico e mental do criminoso (GRECO, 2015, p. 86). Tal axioma não era diferente em nosso cenário nacional. O Brasil imperial, todo sistema penal respondia à ordem escravagista, cujo poder estava circunscrito a propriedade e por consequência, manipulado por seus proprietários. Com pouca separação entre a pena pública e o castigo doméstico, a punição centrava-se no corpo, impondo dor, mutilação ou morte ao acusado (WOLF, 2005, P. 118). Com a perda populacional muito alta em decorrência de guerras e com o surgimento da era industrial resultou na necessidade de mão de obra braçal, se fez inevitável a mudança na forma de punição, substituindo a pena corporal e de morte pela detenção (FOUCAULT, 2011, p. 28). Neste viés, o problema com a mão de obra fora resolvido, entretanto os apenados exerciam um trabalho forçado, esta atividade forçada imposta tinha como objetivo a ressocialização dos detentos, para que quando cumprissem com sua pena voltassem de maneira autônoma ao mercado de trabalho. Conforme lecionam os renomados professores, RUSCHE e KIRCCHEIMER, in verbis: 5 Seu objetivo principal era transformar a força de trabalho dos indesejáveis, tornando-a socialmente útil. Através do trabalho forçado dentro da instituição, os prisioneiros adquiriram hábitos industriosos e, ao mesmo tempo, receberiam um treinamento profissional. Uma vez em liberdade, esperava- se, que eles procurariam o mercado de trabalho voluntariamente (RUSCHE, KIRCCHEIMER, 2004, p. 68-69). Para Chies apud Vasconcellos, a prisão possui três funções formais: retribuição, prevenção e recuperação, e ainda a demonstração dos valores sociais vigentes, qual seja, seria considerada uma função implícita. Entende-se que a prisão teria a função de ilustrar para a sociedade, por meio de repressão, quais são os valores moralmente aceitos. 8.1.1 Contexto histórico da prisão preventiva A prisão preventiva desde seu surgimento até a atualidade sofreu diversas mudanças. Na constituição de 1824, com vigência na época imperial, relatava que para alguém ser preso precisaria haver culpa formada, ou seja, para a decretação da prisão preventiva era necessário pelo menos provar a autoria do delito. Ainda era previsto a prisão antecipada para aqueles que fossem pegos em flagrante, ou para os crimes inafiançáveis (VASCONCELLOS, 2010, p. 129-141). Em 1871 surgiu o inquérito policial, aqui os chefes de polícia tinham total autonomia quando se tratava de crimes de menor importância, qual seja, a pena de prisão não superior a seis meses, eles investigavam, prendiam e acusavam (VASCONCELLOS, 2010, p. 129-141). Com o surgimento do Código de Processo Penal, em 1941, o instituto em comento era aplicado de maneira mais arbitrária. Sendo obrigatória a decretação da prisão preventiva nos crimes com pena de reclusão igual ou superior a dez anos, não precisando cumprir quaisquer requisitos legais para a sua decretação (VASCONCELLOS, 2010, p. 129-141). Somente houve uma modificação no que tange a aplicabilidade da prisão preventiva no final da década de 60. Agora a fim de decretá-la necessitava comprovar a autoria do delito e o risco à sociedade pelo fato do delinquente permanecer solto (VASCONCELLOS, 2010, p. 129-141). 6 Finalmente, após a promulgação da Constituição Federal de 1988, passou a se ter garantia no que diz respeito aos direitos fundamentais. O investigado somente poderá ser considerado culpado com sentença penal condenatória em seu desfavor. 8.1.2 Da prisão preventiva A prisão preventiva é uma medida cautelar restritiva de liberdade ela ocorre antes de existir uma condenação transitada em julgado, ou seja, antes do réu ser considerado culpado, ou não. Ela é decretada na fase processual a requerimento do ministério público, ou de ofício pelo juiz, desde que escassos os meios cautelares anteriores, tem por finalidade a garantia do andamento da instrução criminal. “Trata-se de uma medida cautelar de constrição à liberdade do indiciado ou réu, por razões de necessidade, respeitados os requisitos estabelecidos em lei” (NUCCI, 2014, p. 549). A prisão preventiva somente será imposta em últimos casos, restando ineficazes a utilização de outras medidas cautelares a fim de manter a ordem processual. Vale ressaltar que para a sua decretação é necessário o cumprimento de pressupostos previstos no art. 312 do Código de Processo Penal: Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011) (BRASIL, 1941). Além dos pressupostos supracitados, é necessário analisar a prova da existência do crime e indícios de autoria. Vale dizer que a liberdade é a regra e a prisão é a exceção, assim pode-se afirmar que as principais funções da prisão preventiva estão deturpadas, por conta da utilização genérica deste instituto pelos operadores do direito, colocando o acusado em uma posição de culpado, mesmo ele sendo inocente, ferindo assim as garantias constitucionais. No cenário atual, a prisão preventiva está se comparando com as características objetivas da pena definitiva prevista no direito penal material. 7 Onde as prevenções gerais e especiais pressupõem a configuração de culpabilidade do agente. 8.2 DO PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DA INOCÊNCIA A presunção da inocência advém do direito natural, fundado na democracia, respeitando valores éticos, morais, principalmente os valores pessoais, que tem por essência a proteção do ser humano. Entretanto, na Roma antiga, este princípio fora deixado de lado, aqui a presunção era de culpa: No Directorium Inquisitorum, EYMERICH orientava que o suspeito que tem uma testemunha contra ele é torturado. Um boato e um depoimento constituem juntos, uma semiprova e isso é suficiente para uma condenação (JÚNIOR, 2012, p.187). Ainda, durante o iluminismo, a Europa viva um período processual inquisitório, onde as pessoas eram condenadas sem antes mesmo de ter sido comprovada a culpabilidade. O caso mais marcante desta inquisição autoritária, fora o da francesa Joana D’Arc, “queimada na fogueira em 1431 e santificada em 1920” (FO; MALUCELLI; TOMAT; 2007, p. 19). Neste período medieval, não havia quem protegesse o cidadão da figura Estatal, ou seja, da igreja católica, os valores eram invertidos, a presunção era de culpa, não de inocência, o Estado impunha o que era certo ou errado, e quem não cumpria era condenado, mesmo sem ser culpado: Nesse período e sistema o acusado era desprovido de toda e qualquer garantia. Surgiu a necessidade de se proteger o cidadão do arbítrio do Estado que, a qualquer preço, queria sua condenação, presumindo-o, como regra culpado (RANGEL, 2011, p. 25). Nesta esteira, ao final do século XVIII, mais precisamente no ano de 1789, ocorre a maior revolução de todos os tempos, a revolução Francesa, marcada pela decapitação do rei absolutista, Luis XVI, e a queda da bastilha, findando, assim, o Estado absoluto, iniciando uma nova era, a era dos direitos humanos. Seguindo o 8 lema Liberté, Égalité et Fraternité, surgem os direitos e as garantias fundamentais do homem: Todo homem é presumido inocente até que ele tenha sido declarado culpado; se ele está julgado indispensável prendê-lo, todo rigor que não seria necessário para a segurança de sua pessoa deve ser severamente reprimida pela Lei (FILHO, 2013, p. 65). Após a terceira classe tomar o poder e declarar um Estado democrático de direito, o sistema de inquisitório fora superado, passando a ser o modelo acusatório, ou seja, agora a presunção é de inocência, não mais de culpa. Vale ressaltar que o princípio da presunção da inocência fora positivado pela primeira vez na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão: art. 9 - todo acusado é considerado inocente até ser declarado culpado e, se se julgar indispensável prendê-lo, todo o rigor desnecessário à guarda de sua pessoa deverá ser severamente reprimido pela lei (Assembleia Nacional Constituinte Francesa apud por GRECO, 2013, p. 255). Já na legislação brasileira este princípio somente fora consagrado somente em 1988, após um regime ditatorial de supressão de direitos, tendo seus cidadãos mortos mesmo sendo inocentes. Neste viés o princípio da presunção da inocência está previsto na Constituição Federal Brasileira em seu art. 5º inciso LVII – “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”. O processo penal brasileiro tem como base o princípio da presunção de inocência, o qual procura assegurar os direitos fundamentais do indivíduo, com a finalidade de evitar a condenação de um inocente, mesmo que isso dê impunidade a alguém mesmo que seja culpado. O princípio da presunção da inocência atua no processo penal em duas dimensões: interna e externa. Na primeira, incumbe ao membro do parquet provar a culpa do acusado, ou seja, na dúvida in dubio pro reo. Na segunda se trata mais de um dever societário, ou seja, é uma proibição da publicidade excessiva do caso e julgamento do réu pela mídia. Nesta esteira, a prisão preventiva consiste em uma oposição ao princípio constitucional (JÚNIOR, 2012, p. 777-778). 9 8.3 DA BANALIZAÇÃO DO PRINCÍPIO DA PRISÃO PREVENTIVA Conforme dados disponibilizados pelo Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (INFOPEN) o Brasil possui uma taxa de aproximadamente 335 (trezentos e trinta e cinco) apenados para 100 (cem) mil habitantes, chegando a população carcerária num total de 726.354 (setecentos e vinte e seis mil trezentos e cinquenta e quatro) pessoas privadas de liberdade, ocupando terceiro lugar num ranking de países com a maior população prisional. Dentro do número de apenados mencionados, 33,29% são presos provisórios, ou seja, sem condenação. Neste sentido, é notório o descumprimento do princípio da presunção da inocência, acarretando assim na banalização da prisão preventiva, conforme ensina Pacelli e Costa, 2013, p.39: Direito Penal deve ser mínimo. E deve sê-lo porque qualquer intervenção estatal na liberdade do cidadão – sede natural de interferência do Direito e do Processo Penal -, ao menos em um contexto de Estado (Democrático) de Direito, só se justifica diante de situações graves, que representem risco ou dano a direito fundamental. Nesta hipótese, é conclusivo que este ramo do Direito deve ser a última medida a ser utilizada como meio punitivo a fim da garantia da ordem pública (PACELLI; COSTA, 2013, p.39). É notório que o encarceramento traz diversos malefícios ao apenado, além dos diversos problemas sociais ocasionados por este. Por este motivo, a prisão deverá ser utilizada em último caso, uma análise minuciosa deve ocorrer quando na incerteza da culpabilidade do acusado para que não ocorra a generalização do instituto da prisão preventiva (PACELLI; COSTA, 2013, p.39). Entretanto, tal análise é tida como exceção nos tribunais de justiça, analisando os casos concretos, se tem a informação que a prisão preventiva é tratada como uma antecipação da pena, eis que os argumentos mais utilizados para a sua aplicabilidade é a garantia da ordem pública. Mesmo que o acusado seja réu primário, possua residência fixa e trabalho lícito, aspectos que demonstram a não periculosidade do indivíduo, ainda assim, a turma da quinta câmara criminal do Estado do Rio Grande do Sul, decidiu, equivocadamente 10 na manutenção deste cidadão, possivelmente sem culpabilidade, atrás das grades, ipsis litteris: HABEAS CORPUS. CRIMES CONTRA A PAZ PÚBLICA. ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA MAJORADA. NECESSIDADE DE MANUTENÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA. GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA E CONVENIÊNCIA DA INSTRUÇÃO CRIMINAL. ORDEM DE HABEAS CORPUS DENEGADA. Havendo prova da materialidade e indícios de autoria do crime de associação criminosa atribuído ao paciente e tratando-se de grupo organizado com foco em roubos de veículos mas ramificações em outras práticas ilícitas, inclusive tráfico de drogas, clonagem de automóveis, sua ocultação e desmanche, a prisão preventiva se impunha em garantia da ordem pública e conveniência da instrução criminal, resultando insuficiente, neste momento, a aplicação das medidas cautelares previstas no art. 319 do CPP. Eventuais condições pessoais alegadas, como primariedade, residência fixa e trabalho lícito, por si só não são aptas a autorizar concessão da liberdade provisória, se presentes nos autos elementos que recomendem a manutenção e necessidade da constrição cautelar. Precedentes do STJ. Preenchidos os requisitos autorizadores da segregação cautelar, previstos no art. 312 do Código de Processo Penal, não há falar em ofensa ao princípio da presunção da inocência, uma vez que se trata de prisão de natureza acautelatória, não possuindo caráter de antecipação de pena. Tese defensiva de negativa de autoria que desafia debate de mérito da ação penal, não comportando análise na estreita via do habeas corpus, inexistindo demonstração cabal da alegação. Verificado que o processo tramita regularmente, já tendo sido oferecida a denúncia, não resta caracterizada eventual ilegalidade a justificar a revogação da constrição cautelar. HABEAS CORPUS DENEGADO. (Habeas Corpus Nº 70071155055, Quinta Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator: André Luiz Planella Villarinho, Julgado em 19/10/2016) (RIO GRANDE DO SUL, Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, Habeas Corpus nº70071155055). In casu, não existe risco à garantia da ordem pública pelo motivo que não há indícios de concretos de reiteração criminal, ainda, a R. turma se quer mencionou a aplicação da lei penal e o risco ao processo em sua decisão, por esses motivos é incabível a instauração da prisão preventiva. Assim percebe-se, que não somente no Estado do Rio Grande do Sul, mas sim, em diversas localidades, a aplicabilidade da norma processual é desrespeitada, conforme o caso retro exposto, apesar de totalmente injustificada, a prisão preventiva fora decretada, provando assim, que este instituto é tido como regra, não exceção. 9 METODOLOGIA O presente projeto apresentado segue a pesquisa bibliográfica. Neste sentido, tratando-se de pesquisa jurídica, utiliza-se de conteúdo baseado em legislação buscará embasamento na constituição e no conhecimento empírico e em doutrinas do Direito. 11 Utiliza o método indutivo, trazendo o caso concreto para a norma jurídica, adotará a interpretação lógica indutiva, como também uma interpretação histórica dos fatos relatados. Quanto ao procedimento utilizado, este projeto de pesquisa apresentará o método monográfico, ou seja, um estudo sobre um tema específico de suficiente valor representativo e que obedecerá rigorosamente a metodologia. 10 CRONOGRAMA ETAPAS/2020 MARÇO ABRIL MAIO JUNHO JULHO Pesquisa 1 a 15 Capitulo 1 16 a 30 Capitulo 2 1 a 15 Capitulo 3 16 a 30 Introdução 1 a 5 Conclusão 6 a 10 Páginas Pré-Textuais 11 a 12 Revisão Gramatical 13 a 23 Entrega 25 Defesa A confirmar 11 SUMÁRIO PROVISÓRIO INTRODUÇÃO............................................................................................................... 1 O INSITUTO DA PRISÃO CORRELACIONADO COM A PRISÃO PREVENTIVA...... 1.1 O contexto histórico da pena até o surgimento da prisão........................................... 1.1.2 Contexto histórico da prisão preventiva.................................................................. 1.1.3 Da prisão preventiva.............................................................................................. 2 DO PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DA INOCÊNCIA.................................................... 2.1 O contexto histórico da prisão preventiva.................................................................. 2.1.2 A presunção da inocência no Brasil........................................................................ 2.1.3 A presunção da inocência no processo penal........................................................ 3 DA BANALIZAÇÃO DO INSTITUTO DA PRISÃO PREVENTIVA.............................. 12 3.1 A superlotação carcerária......................................................................................... 3.1.2 A mal aplicabilidade do princípio da prisão preventiva.......................................... 3.1.3 Análise de caso concreto....................................................................................... REFERÊNCIAS.............................................................................................................. 13 REFERÊNCIAS BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Planalto. Disponívelem:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompila do.htm>. Acesso em: 21 de julho de 2019; BRASIL. Levantamento Nacional De Informações Penitenciárias De 2017. Disponível em < http://depen.gov.br/DEPEN/depen/sisdepen/infopen/relatorios- sinteticos/infopen-jun-2017-rev-12072019-0721.pdf>. Acesso em 21 de julho de 2019; ________. Decreto n. 3.689, de 03 de novembro de 1941. Planalto. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del3689.htm>. Acesso em: 21 de julho de 2019; FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir. 39ª ed. Petrópolis, Rio de Janeiro: Editora Vozes. 2011; FO, Jacopo; MALUCELLI, Laura; TOMAT, Sergio; O Livro Negro do Cristianismo. São Paulo: Ediouro, 2007; GRECO, Rogério. Sistema Prisional: colapso atual e soluções alternativas. Niterói, Rio de Janeiro: Editora Impetus, 2015; GRECO, Rogério. Direitos Humanos, Sistema Prisional e Alternativas à Privação de Liberdade. São Paulo: Editora Saraiva, 2013; JÚNIOR, Aury Lopes. Direito Processual Penal. São Paulo: Editora Saraiva, 2012; NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Processo Penal e Execução Penal. 11 Ed. Rio de Janeiro: Forense, 2014. PACELLI, Eugênio. COSTA, Domingos Barroso. A Prisão Preventiva e Liberdade Provisória: A Reforma da Lei nº 12.403/22. São Paulo: Editora Atlas S.A., 2013, p. 39; RANGEL, Paulo. Direito Processual Penal. 18 ed. Rio de Janeiro: Editora Lumem Juris, 2011; RIO GRANDE DO SUL. Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul. 2016, Habeas Corpus nº 70071155055. Disponível em: <http://www1.tjrs.jus.br/site_php/consulta/consulta_processo.php?nome_comarca=Tr ibunal+de+Justi%E7a&versao=&versao_fonetica=1&tipo=1&id_comarca=700&interv alo_movimentacao=0&N1_var2=1&id_comarca1=700&num_processo_mask=70071 155055&num_processo=70071155055&numCNJ=N&id_comarca2=700&uf_oab=RS &num_oab=&foro=0&N1_var2_1=1&intervalo_movimentacao_1=15&N1_var=&id_co marca3=700&nome_parte=&tipo_pesq=F&N1_var2_2=1>. Acesso em 29 de setembro de 2019; 14 RUSCHE, Georg; KIRCHHEIMER Otto. Punição e Estrutura social. 2ª ed., Rio de Janeiro: Editora Revan, 2004; TOURINHO FILHO, Fernando da Costa. Processo Penal. 35 ed. São Paulo: Saraiva, 2013; VASCONCELLOS, Fernanda Bestetti. A Prisão Preventiva como Mecanismo de Controle e Legitimação do Campo Jurídico. Rio de Janeiro: Editora Lumen Júris, 2010; WOLFF, Maria P. Antologia de vidas e história da prisão: Emergência e Injunção de Controle Social. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2005.
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