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CENTRO REGIONAL UNIVERSITÁRIO DE ESPÍRITO SANTO DO PINHAL LEGUMINOSAS Espírito Santo do Pinhal 2020 EDNEY SILVANDRO CAMPOS JHENIFFER FREITAS SARTI NATALIA ALVAREZ WILLIAM W BARBOSA Trabalho para avaliação na matéria de Forragicultura e Plantas Tóxicas. Professor: Fabrício Castelini. Curso: Medicina Veterinária. Turma: 2ºano / 3ºnível Espírito Santo do Pinhal 2020 SUMARIO 1. INTRODUÇÃO ..................................................................................... 05 2. REVISÃO DE LITERATURA ................................................................. 07 2.1 Arachis Pintoi (amendoim forrageiro) .................................................... 07 2.2 Pragas e doenças ................................................................................ 08 3. LEUCENA ............................................................................................. 08 3.1 Pragas e doenças ................................................................................ 10 4. ESTILOSANTE CAMPO GRANDE ....................................................... 10 4.1 Pragas e doenças ................................................................................ 12 5. ALFAFA ................................................................................................ 12 5.1 Pragas e Doenças ................................................................................ 13 6. FEIJÃO-GUANDU ................................................................................ 14 6.1 Pragas e doenças ................................................................................ 15 7. KUDZU TROPICAL (Pueraria phaseoloides)........................................ 16 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................... 17 5 4 INTRODUÇÃO As leguminosas é de distribuição mundial e constituem uma das maiores famílias de angiospermas, sendo a terceira família de plantas terrestres em número de espécies, agrupa cerca de 751 géneros com mais de 19 000 espécies. No Brasil possui cerca de 222 géneros e 2822 espécies, sendo mais da metade delas consideradas endemismos. Distribuição natural das Fabaceae. As leguminosas estão presentes nos quatro maiores biomas: floresta tropical, temperados, pradarias e suculentas Abrange árvores, arbustos e herbáceas perenes ou anuais, reconhecíveis pelo fruto em forma de vagem e pelas folhas compostas e com escamas . Muitas das espécies desta família albergam nódulos radiculares o que confere ao grupo uma enorme importância ecológica global na fixação de nitrogênio. A fixação do nitrogênio no solo tem um papel de grande importância no ponto de vista econômico, sendo utilizado na sideração do solo enriquecendo-o nutricionalmente, favorecendo o aumento da produção de biomassa vegetal. A Introdução de leguminosa na pastagem, promove aumentos na produção animal, pelo aumento da qualidade e da quantidade da forragem em oferta, resultante não só da participação da leguminosa na dieta do animal mas também dos efeitos indiretos relacionados com a fixação biológica de nitrogênio e seu repasse ao ecossistema de pastagem. A principal expectativa do uso de leguminosas em pastagens é a melhoria da produção animal em relação à pastagem de gramínea exclusiva com redução dos custos de produção, quando comparados com estas mesmas pastagens submetidas https://pt.wikipedia.org/wiki/Planta_terrestre https://pt.wikipedia.org/wiki/Planta_terrestre https://pt.wikipedia.org/wiki/G%C3%A9nero_(biologia) https://pt.wikipedia.org/wiki/G%C3%A9nero_(biologia) https://pt.wikipedia.org/wiki/Esp%C3%A9cie https://pt.wikipedia.org/wiki/Esp%C3%A9cie https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil https://pt.wikipedia.org/wiki/Endemismo https://pt.wikipedia.org/wiki/Endemismo https://pt.wikipedia.org/wiki/Distribui%C3%A7%C3%A3o_natural https://pt.wikipedia.org/wiki/Distribui%C3%A7%C3%A3o_natural https://pt.wikipedia.org/wiki/Bioma https://pt.wikipedia.org/wiki/Bioma https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81rvore https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81rvore https://pt.wikipedia.org/wiki/Arbusto https://pt.wikipedia.org/wiki/Arbusto https://pt.wikipedia.org/wiki/Planta_herb%C3%A1cea https://pt.wikipedia.org/wiki/Planta_herb%C3%A1cea https://pt.wikipedia.org/wiki/Planta_perene https://pt.wikipedia.org/wiki/Planta_perene https://pt.wikipedia.org/wiki/Planta_anual https://pt.wikipedia.org/wiki/Planta_anual https://pt.wikipedia.org/wiki/Fruto https://pt.wikipedia.org/wiki/Fruto https://pt.wikipedia.org/wiki/Vagem https://pt.wikipedia.org/wiki/Vagem https://pt.wikipedia.org/wiki/Folha https://pt.wikipedia.org/wiki/Folha https://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%B3dulos_radiculares https://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%B3dulos_radiculares 6 à adubação com nitrogênio mineral. Este benefício é reportado como sendo efeito da participação direta da leguminosa melhorando e diversificando a dieta do animal e também do aumento da disponibilidade de forragem pelo aporte de nitrogênio ao sistema, através da sua reciclagem e transferência para a gramínea acompanhante. Segundo Carvalho e Pires (2008) os principais benefícios das utilização das leguminosas são: − Aumenta o aporte de N nas pastagens. − Aumenta a oferta e forragem em algumas épocas do ano. − Melhora a qualidade nutricional das pastagens. − Reduz a variação anual de oferta de forragem. − Aumenta a produtividade animal. − Aumenta a diversidade da pastagem: sustentável − Recupera áreas degradadas. − Reduz pressão ambiental: fertilizantes químicos. − Tolerante a sombreamento. Entretanto, que para que haja sucesso na consorciação, alguns aspectos devem ser levados em conta: − Adequação da leguminosa e gramínea às condições de clima e solo da região; − Bom potencial de produção de sementes de ambas forrageiras; − Utilização de leguminosa de cultivar precoce; − Manutenção de níveis adequados de fertilidade, notadamente de micronutrientes; − Adequação do manejo aos hábitos de crescimento das forrageiras, com ênfase para a leguminosa; − Determinação de épocas oportunas de diferimento do pastejo para possibilitar o florescimento e ressemeadura natural das forrageiras. As leguminosas possuem de alto valor proteico, o que proporciona melhoria na qualidade da dieta animal, além de aumentar a disponibilidade de nitrogênio através da fixação biológica de nitrogênio (FBN), melhorando a fertilidade do solo. A consorciação entre gramíneas e leguminosas é uma prática na qual são manejadas em uma mesma área e com um único manejo duas plantas forrageiras com 7 características morfofisiológicas diferentes. A consorciação tem vários benefícios, tanto para os animais quanto para as plantas e para o solo, como por exemplo, a diversificação de plantas no ecossistema pastagem, o que dificulta o surgimento de pragas como lagartas e cigarrinhas, e contribui para melhorar a qualidade da dieta animal e do solo. 5 REVISÃO DE LITERATURA 2.1 Arachis Pintoi (Amendoim Forrageiro) É uma leguminosa herbácea, perene, de crescimento rasteiro, estolonífera de 20 cm á 40 cm de altura. Os estolões são ramificados, circulares, ligeiramente achatados, com entrenós curtos. Possui raiz pivotante, que pode alcançar 1,60 m de profundidade. O floral apresenta uma flor papilionácea que se autopoliniza (hermafrodita), mas pode apresentar polinização cruzada por ação de diversas espécies de abelhas. Tem florescimento indeterminado e contínuo que se manifesta em plantas jovens com 14 a 55 dias de idade. As flores são sésseis, axilares e têm corola do tipo papilionada (com estandarte maior) na cor amarela ou laranja. O fruto é uma vagem, classificada como cápsula,indeiscente, normalmente apresentando uma semente. O grande número e tamanho das sementes subterrâneas favorece o crescimento mais vigoroso das plantas. Fig. 1 Amendoim forrageiro Foto: Adhemar S Junior 8 Fig. 2 Flor do Amendoim Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Arachis_hypogaea_003.JPG A forragem do amendoim forrageiro tem grande aceitação por várias espécies e categorias animais herbívoros e não apresenta fatores antinutricionais ou tóxicos aos ruminantes e aos equídeos, mesmo em dietas exclusivas de amendoim forrageiro verde ou fenado. Também não foram registrados problemas de timpanismo ou de alteração da degradação ruminal devido a presença de taninos condensados. 2.2 Pragas e doenças As pragas mais comuns para essa leguminosa são crisomélidos (que consomem as folhas), formigas e algumas larvas de lepidópteros. A presença dessas pragas ocorre de forma localizada dentro das pastagens e não afeta a persistência e a produtividade das mesmas. 3. LEUCENA (Leucaena leucicephala) As leucenas são plantas parenes, com crescimento ereto, seu porte varia de arbusto e arbóreo. Possui folhas bipinadas de 15 cm a 20 cm de comprimento, 10 a 20 pares de folíolos. O caule é cinza e sem espinhos, sendo mais ou menos ramificados. A inflorescência é axilar, pedunculada, isolada, globosa, com flore brancas sesseis que se agrupam. Os frutos são pequenas vagens. Sua germinação ocorre no início do período das aguas e possui dormência física ou tegumentar de cerca de um ano. https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Arachis_hypogaea_003.JPG https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Arachis_hypogaea_003.JPG 9 É uma planta de grande aceitação pelos animais e possui uma grande tolerância à seca, mantendo-se verde praticamente o ano inteiro. Fig. 03 Leucena Fonte: https://appverde.wordpress.com/2015/09/18/leucena-leucaena-leucocephala/ A leucena é considerada como uma planta forrageira com maior capacidade produtiva e de proteína entre as forrageiras tropicais, sua produção é influenciada pela genética do cultivar, (solo, clima, altitude) e fatores agronômicos (manejo, irrigação altura de corte). Seu valor nutricional pode ser comparado com o da alfafa, com valores de proteínas, minerais e aminoácidos semelhantes. A leucena é altamente palatável. A leguminosa possui substancias antinutricionais que são os taninos, aminoácidos não proteico chamando de mimosina. Quando fornecida acima de 50% da dieta de forma continua, por períodos longos, seus efeitos tóxicos se manifesta através de disfunções metabólicas e até mesmo disfunção na atividade reprodutiva da vaca. https://appverde.wordpress.com/2015/09/18/leucena-leucaena-leucocephala/ https://appverde.wordpress.com/2015/09/18/leucena-leucaena-leucocephala/ 10 Recomenda-se fazer uma adaptação adicionando aos poucos a leucena na dieta do animal. 3.1 Pragas e doenças Cupins e formigas são insetos mais críticos na fase de estabelecimento do cultivo de leucena, principalmente no Cerrado. Os cupins atacam as raízes, sendo capazes de anelar a raiz principal ou o caule das plantas. Já as formigas, realizam a poda das folhas e reduz significativamente a área foliar e o ritmo de crescimento das plantas jovens. Há ainda o ataque pelo psilídeo, cuja severidade do ataque depende das condições ambientais. Um ataque severo traz grandes impactos na rebrotação das plantas, principalmente quando ocorre no início do período de descanso das plantas, no sistema de rotação, principalmente devido a remoção do sistema meristemático, dificultando a rebrota da leucena . Além do psilídeo, há a doença fúngica Camptomeris leucaenae, que provoca a queda dos folíolos, entretanto a incidência e a severidade em áreas de pastejo são menores (Barcellos et al., 2010). Na área de produção de sementes, o ataque de coleópteros é o mais comum, cujas larvas caruncham as sementes, tanto no campo quanto sob armazenamento e resultam na redução da qualidade das sementes (Barcellos et al., 2010). 4. ESTILOSANTES CAMPO GRANDE (S. macrocephala x S capitata) O Estilosantes Campo Grande é uma mistura de duas espécies de leguminosas, (S. macrocephala x S capitata). A S. macrocephala possui folhas pontiagudas e flores predominantemente amarelas, ocorrendo esporadicamente flores beges; seu hábito de crescimento é semiereto ou decumbente (mais horizontal). Porém, em condições de competição por luz pode se tornar mais ereto. Por outro lado, o S. capitata possui folhas mais arredondadas e suas flores variam entre as colorações bege e amarela. Possui hábito de crescimento ereto (vertical). O florescimento do S. macrocephala acontece primeiro (abril), quando comparado com o S. capitata (maio), nas condições climáticas de Campo Grande, MS, e a maturação das sementes ocorre com cerca de 40 dias. Ambas as espécies podem chegar a medir 1,5 m de altura. A principal característica da sua persistência é a 11 ressemeadura natural, já que as suas plantas são predominantemente anuais e bianuais. Fig. 4 Plantas do estilosantes Campo Grande S. macrocephala (a) e S. capitata (b). Além de ser bom fixador de nitrogênio no solo e seu alto teor proteico o estilosantes Campo Grande possui: − Grande adaptação a solos arenosos e de baixa fertilidade − Alta produtividade de sementes − Alta capacidade de ressemeadura natural − Boa capacidade de persistência em consorciação com Brachiaria decumbens − Boa digestibilidade − Tolerante as desfolha natural O estilosantes Campo Grande é uma leguminosa com bom valor nutritivo, apresentando teores de proteína bruta de 13% a 18% na planta inteira e de até 22% nas folhas, durante a estação chuvosa. Nesse período, a digestibilidade in vitro da matéria orgânica da leguminosa varia de 55% a 70%. Durante a estação seca, quando ocorre perda de folhas após o florescimento das plantas, há redução dos teores de proteína bruta, podendo atingir até 6%. Quanto ao manejo e ganho animal, é necessário que a gramínea não cresça muito, para que o estilosante Campo Grande tenha o espaço necessário para se desenvolver. 12 4.1 Pragas e doenças O estilosantes Campo Grande tem apresentado elevado grau de resistência à antracnose, característica altamente desejável, tendo em vista tratar-se da principal doença que afeta o gênero Stylosanthes no Brasil. As doenças já reportadas nessa espécie são: mancha foliar de cercospora (Cercospora stylosanthis), mancha nas folhas e hastes (Colletotrichum truncatum) e em alguns casos envassouramento (entrenós curtos), causado por Potyvirus. O controle das doenças até então encontradas no estilosantes Campo Grande tem sido via resistência genética das plantas. Quanto ao uso de fungicidas, ainda não existem registros de produtos recomendados para Stylosanthes no País. Não foram constatados, até o presente momento, danos de expressão causados por insetos nas áreas estabelecidas com o estilosantes Campo Grande. 5. ALFAFA (Medicago sativa L) Medicago sativa L. c.v Crioula, é uma leguminosa perene, apresenta folhas trifoliadas, e suas flores geralmente são roxas. Utilizada em todo o mundo, é considerada uma das mais importantes forrageiras, devido à abrangência da área explorada e por reunir algumas das mais importantes características forrageiras como alta produtividade, elevado teor de proteína e digestibilidade e elevado potencial de consumo animal. A dispersão da alfafa no Brasil ocorre devido ao seu potencial como planta forrageira, que se dá, em função de algumas características importantes, como: • Alta produtividade anual • Excelente capacidade de rebrota e aptidão ao pastejo • Possibilidade de ser produzida, praticamente, durante o ano todo • Produção de forragem de boa qualidade • Boa aceitaçãopelos animais • Elevado valor nutritivo No Brasil, a alfafa se destaca ainda devido as suas múltiplas possibilidades de uso, o que facilita a atividade dos pecuaristas, como por exemplo: https://lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/4303/000399359.pdf?sequence=1&isAllowed=y https://lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/4303/000399359.pdf?sequence=1&isAllowed=y 13 • Silagem • Feno • Pastejo • Pellet de alfafa. Fig.5 Alfafa Fonte: https://institutoagro.com.br/alfafa/ 5.1 Doenças e Pragas A Alfafa pode apresentar alguns problemas fitossanitários limitantes da sua produção, sendo as principais causas: as pragas e as doenças. Importantes pragas podem atacar esta forrageira, de modo geral, pode-se dizer que os pulgões e os besouros são os problemas mais sérios. Pulgões: atualmente, são as pragas de maior importância econômica. Isto ocorre devido ao vasto número de espécies que podem atacar a cultura. Além disso, causam redução da produtividade, através do ataque nas folhas e da transmissão dos vírus do mosaico da alfafa e do mosaico das enações. Besouros: Diversas espécies e tipos de besouros podem causar prejuízos a alfafa. Cabe destacar o brasileirinho (Diabrotica speciosa), a vaquinha (Epicauta atomaria) e gorgulho-da-alfafa (Naupactus leucoloma ou Pantomorus leucoloma). Eles https://institutoagro.com.br/alfafa/ https://institutoagro.com.br/alfafa/ https://institutoagro.com.br/manejo-dos-pulgoes/ https://institutoagro.com.br/manejo-dos-pulgoes/ 14 alimentam-se das folhas e, consequentemente enfraquecem a planta e reduzem a área fotossintética. Por ser uma espécie de ampla disseminação mundial, a alfafa está sujeita a infecções por diversos agentes fitopatogênicos. Dentre eles, os principais são: Murcha de Fusarium: ocorre principalmente em regiões de solo com boa umidade e com altas temperaturas. Esta doença acomete o sistema vascular da planta, provocando murcha generalizada nas plantas infectadas, mesmo quando as condições hídricas são satisfatórias. Mofo branco: quase todas as plantas leguminosas estão sujeitas a infeção por mofo branco. Na alfafa, é causada pelo fungo Sclerotium rolfsii, um patógeno altamente destrutivo e que tem capacidade de persistir no solo por longos períodos. O desafio para a produção de alfafa está em como controlar de forma adequada essas doenças e pragas. Uma vez que, no Ministério da Agricultura existe o registro apenas de oito produtos para a cultura, sendo sete produtos comerciais de origem microbiológica e apenas um herbicida. 6. FEIJÃO –GUANDU (Cajanús cajan) Leguminosa caracterizada como arbustiva, semi-perente. As folhas do guandu têm três folíolos inteiros, com pequenas manchas resinosas na parte de baixo. Possui crescimento ereto, com altura variando de 1,2 a 3 m de altura, com caule lenhoso e forte contendo amido na fase vegetativa, que desaparece na fase reprodutiva, quando as reservas são mobilizadas para o preenchimento das vagens. Suas flores são amareladas com ou sem estrias avermelhadas/roxa. Resistente à seca e ao frio. Utilizado como verde picado, fenação, silagem e pastejo e adubo verde por ser um bom fixador de nitrogênio no solo. Ainda o grão pode ser utilizado para alimentação humana. O feijão-guandu é utilizado na alimentação animal devido seu alto teor de proteína bruta. O Guandu cru moído é pouco eficiente para os suínos devido à baixa palatabilidade para o monogástrico. Recomendado na nutrição de frango por poder ser consumido cru independentemente da idade do animal. Nas criações de bovinos de corte a aceitação pelos animais é um fator limitante do uso do guandu em pastejo. https://institutoagro.com.br/patogenos-agricolas/ https://institutoagro.com.br/patogenos-agricolas/ https://institutoagro.com.br/patogenos-agricolas/ https://institutoagro.com.br/patogenos-agricolas/ https://institutoagro.com.br/manejo-integrado-de-pragas-mip/ https://institutoagro.com.br/manejo-integrado-de-pragas-mip/ https://institutoagro.com.br/herbicidas/ https://institutoagro.com.br/herbicidas/ 15 Fig. 6 Feijão-Guandu Fig. 7 Flor do feijão-guandu Foto: SUSSAI, Juliana Foto: SUSSAI, Juliana O feijão guandu é uma planta que se adapta bem ao consórcio com gramíneas. Além disso, o feijão guandu é benéfico sob dois aspectos: o primeiro é que é uma planta que fornece mais proteína na silagem e o segundo, por ser uma planta benéfica para o solo, pois por ser uma leguminosa, tem a capacidade de fixar o nitrogênio atmosférico, reduzindo assim, os custos com z e melhorando as características do solo. A utilização deste consórcio pode ser útil também para a recuperação de áreas degradadas, uma vez que pode ser implementado em diferentes extensões da propriedade, obtendo-se o benefício do feijão guandu como fixador de nitrogênio no solo 6.1 Pragas e doenças No Brasil, a doença mais séria encontrada na cultura é a podridão do colo, que pode rapidamente provocar a morte de plantas, sendo mais comum sua ocorrência em culturas que já sofreram alguns cortes (Godoy e Santos, 2010). Dos insetos, a lagarta heliótis (Heliothis armigera) é citado como o principal inseto que ataca as plantas de guandu, embora em geral, não cause grandes danos econômicos. Já as saúvas, são de preocupação durante o primeiro mês de cultivo, apesar de não representarem uma ameaça às plantas adultas, elas são atraídas pelas plântulas de feijão guandu. A tolerância do guandu aos nematoides tem gerado discussões entre os autores. Alguns pesquisadores citam que essa planta é capaz de reduzir as populações de nematoides das áreas infestadas, enquanto outros consideram o feijão guandu como um importante hospedeiro. https://galpaocentrooeste.com.br/blog/como-fazer-adubacao-e-calagem-de-pastagens/ https://galpaocentrooeste.com.br/blog/como-fazer-adubacao-e-calagem-de-pastagens/ 16 7. KUDZU TROPICAL (Pueraria phaseoloides) A Pueraria é uma leguminosa forrageira tropical perene, com crescimento volúvel (trepador), encontra-se espalhada nos trópicos úmidos, sendo considerada umas das leguminosas promissoras para Amazônia (Costa et al., 2004). A pueraria possui um alto teor nutritivo, e com grande capacidade de resistência a seca e incorpora expressivas quantidades de nitrogênio ao solo, sendo de 100 á 150 kg/ha/ano. Sua morfologia é caracterizada por colmo rasteiros e trepadores, coberto de pelos de cor marrom. O crescimento volúvel reduz a persistência quando utilizada em pastejo. Suas folhas são trifoliadas, com folíolos inteiros e com 3 lóbulos distintos e verdes na superfície superior e piloso na superfície inferior, seu fruto são vagens deiscentes e comportam de 10 a 12 sementes reniformes ou elípticas, coloração castanho avermelhados, e tegumento liso. A produção de forragem como monocultura varia de 5.500 a 8.600 kg de MS/na de acordo com a região, clima, fertilidade do solo e adubação, possui teores de proteína bruta de 16 a 19%, uma excelente fonte de proteínas para rebanhos durante o período de estiagem. Fig. 8 Pueraria Fonte : http://www.tropical.theferns.info/viewtropical.php?id=Pueraria+phaseoloides http://www.tropical.theferns.info/viewtropical.php?id=Pueraria+phaseoloides http://www.tropical.theferns.info/viewtropical.php?id=Pueraria+phaseoloides 17 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS SANTOS, H. P. dos; FONTANELI, R. S.; BAIER, A. C.; TOMM, G. O. Principais forrageiras para integração lavoura pecuária, sob plantio direto, nas Regiões Planalto e Missões do Rio Grande do Sul. Passo Fundo: Embrapa Trigo, 2002. 142 p. MAPA. Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Registro Nacional de Cultivares -RNC. Brasília: MAPA, 2007. Disponível em<http://www.agricultura.gov.br/arq_editor/file/vegetal/Sementes_e_mudas/Registro_Nacional_de_Cultivares.pdf>: Acesso em13/fevereiro/2020 CARVALHO E PIRES. LEGUMINOSAS TROPICAIS HERBÁCEAS EM ASSOCIAÇÃO COM PASTAGENS. Disponível em: < http://www.uco.es/organiza/servicios/publica/az/php/img/web/25_12_52_894UsoC arvalho.pdf>. Acesso em: 12 de fevereiro de 2020 EMPRAPA. Forrageiras – espécies para região Sul do Brasil. Disponível em: < http://www.embrapa.br/clima-temperado/forrageiras> Acesso em: 11 de fevereiro 2020. http://www.uco.es/organiza/servicios/publica/az/php/img/web/25_12_52_894UsoCarvalho.pdf http://www.uco.es/organiza/servicios/publica/az/php/img/web/25_12_52_894UsoCarvalho.pdf http://www.uco.es/organiza/servicios/publica/az/php/img/web/25_12_52_894UsoCarvalho.pdf http://www.uco.es/organiza/servicios/publica/az/php/img/web/25_12_52_894UsoCarvalho.pdf http://www.embrapa.br/clima-temperado/forrageiras http://www.embrapa.br/clima-temperado/forrageiras