Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

CENTRO REGIONAL UNIVERSITÁRIO DE ESPÍRITO SANTO DO PINHAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LEGUMINOSAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Espírito Santo do Pinhal 
2020 
 
EDNEY SILVANDRO CAMPOS 
JHENIFFER FREITAS SARTI 
NATALIA ALVAREZ 
WILLIAM W BARBOSA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho para avaliação na matéria de 
Forragicultura e Plantas Tóxicas. 
Professor: Fabrício Castelini. 
Curso: Medicina Veterinária. 
Turma: 2ºano / 3ºnível 
 
 
 
 
 
 
Espírito Santo do Pinhal 
2020 
SUMARIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................... 05 
2. REVISÃO DE LITERATURA ................................................................. 07 
2.1 Arachis Pintoi (amendoim forrageiro) .................................................... 07 
2.2 Pragas e doenças ................................................................................ 08 
3. LEUCENA ............................................................................................. 08 
3.1 Pragas e doenças ................................................................................ 10 
4. ESTILOSANTE CAMPO GRANDE ....................................................... 10 
4.1 Pragas e doenças ................................................................................ 12 
5. ALFAFA ................................................................................................ 12 
5.1 Pragas e Doenças ................................................................................ 13 
6. FEIJÃO-GUANDU ................................................................................ 14 
6.1 Pragas e doenças ................................................................................ 15 
7. KUDZU TROPICAL (Pueraria phaseoloides)........................................ 16 
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................... 17 
5 
 
 
4 INTRODUÇÃO 
As leguminosas é de distribuição mundial e constituem uma das maiores famílias de 
angiospermas, sendo a terceira família de plantas terrestres em número de 
espécies, agrupa cerca de 751 géneros com mais de 19 000 espécies. 
No Brasil possui cerca de 222 géneros e 2822 espécies, sendo mais da metade 
delas consideradas endemismos. 
 
Distribuição natural das Fabaceae. As leguminosas estão presentes nos quatro maiores biomas: floresta 
tropical, temperados, pradarias e suculentas 
Abrange árvores, arbustos e herbáceas perenes ou anuais, reconhecíveis 
pelo fruto em forma de vagem e pelas folhas compostas e com escamas . Muitas 
das espécies desta família albergam nódulos radiculares o que confere ao grupo 
uma enorme importância ecológica global na fixação de nitrogênio. A fixação do 
nitrogênio no solo tem um papel de grande importância no ponto de vista econômico, 
sendo utilizado na sideração do solo enriquecendo-o nutricionalmente, favorecendo 
o aumento da produção de biomassa vegetal. A Introdução de leguminosa na 
pastagem, promove aumentos na produção animal, pelo aumento da qualidade e da 
quantidade da forragem em oferta, resultante não só da participação da leguminosa 
na dieta do animal mas também dos efeitos indiretos relacionados com a fixação 
biológica de nitrogênio e seu repasse ao ecossistema de pastagem. 
A principal expectativa do uso de leguminosas em pastagens é a melhoria da 
produção animal em relação à pastagem de gramínea exclusiva com redução dos 
custos de produção, quando comparados com estas mesmas pastagens submetidas 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Planta_terrestre
https://pt.wikipedia.org/wiki/Planta_terrestre
https://pt.wikipedia.org/wiki/G%C3%A9nero_(biologia)
https://pt.wikipedia.org/wiki/G%C3%A9nero_(biologia)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Esp%C3%A9cie
https://pt.wikipedia.org/wiki/Esp%C3%A9cie
https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil
https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil
https://pt.wikipedia.org/wiki/Endemismo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Endemismo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Distribui%C3%A7%C3%A3o_natural
https://pt.wikipedia.org/wiki/Distribui%C3%A7%C3%A3o_natural
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bioma
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bioma
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81rvore
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81rvore
https://pt.wikipedia.org/wiki/Arbusto
https://pt.wikipedia.org/wiki/Arbusto
https://pt.wikipedia.org/wiki/Planta_herb%C3%A1cea
https://pt.wikipedia.org/wiki/Planta_herb%C3%A1cea
https://pt.wikipedia.org/wiki/Planta_perene
https://pt.wikipedia.org/wiki/Planta_perene
https://pt.wikipedia.org/wiki/Planta_anual
https://pt.wikipedia.org/wiki/Planta_anual
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fruto
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fruto
https://pt.wikipedia.org/wiki/Vagem
https://pt.wikipedia.org/wiki/Vagem
https://pt.wikipedia.org/wiki/Folha
https://pt.wikipedia.org/wiki/Folha
https://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%B3dulos_radiculares
https://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%B3dulos_radiculares
6 
 
à adubação com nitrogênio mineral. Este benefício é reportado como sendo efeito 
da participação direta da leguminosa melhorando e diversificando a dieta do animal 
e também do aumento da disponibilidade de forragem pelo aporte de nitrogênio ao 
sistema, através da sua reciclagem e transferência para a gramínea acompanhante. 
Segundo Carvalho e Pires (2008) os principais benefícios das utilização das 
leguminosas são: 
− Aumenta o aporte de N nas pastagens. 
− Aumenta a oferta e forragem em algumas épocas do ano. 
− Melhora a qualidade nutricional das pastagens. 
− Reduz a variação anual de oferta de forragem. 
− Aumenta a produtividade animal. 
− Aumenta a diversidade da pastagem: sustentável 
− Recupera áreas degradadas. 
− Reduz pressão ambiental: fertilizantes químicos. 
− Tolerante a sombreamento. 
Entretanto, que para que haja sucesso na consorciação, alguns aspectos devem ser 
levados em conta: 
− Adequação da leguminosa e gramínea às condições de clima e solo da região; 
− Bom potencial de produção de sementes de ambas forrageiras; 
− Utilização de leguminosa de cultivar precoce; 
− Manutenção de níveis adequados de fertilidade, notadamente de 
micronutrientes; 
− Adequação do manejo aos hábitos de crescimento das forrageiras, com 
ênfase para a leguminosa; 
− Determinação de épocas oportunas de diferimento do pastejo para possibilitar 
o florescimento e ressemeadura natural das forrageiras. 
As leguminosas possuem de alto valor proteico, o que proporciona melhoria na 
qualidade da dieta animal, além de aumentar a disponibilidade de nitrogênio através 
da fixação biológica de nitrogênio (FBN), melhorando a fertilidade do solo. A 
consorciação entre gramíneas e leguminosas é uma prática na qual são manejadas 
em uma mesma área e com um único manejo duas plantas forrageiras com 
7 
 
características morfofisiológicas diferentes. A consorciação tem vários benefícios, 
tanto para os animais quanto para as plantas e para o solo, como por exemplo, a 
diversificação de plantas no ecossistema pastagem, o que dificulta o surgimento de 
pragas como lagartas e cigarrinhas, e contribui para melhorar a qualidade da dieta 
animal e do solo. 
 
5 REVISÃO DE LITERATURA 
 
2.1 Arachis Pintoi (Amendoim Forrageiro) 
 
É uma leguminosa herbácea, perene, de crescimento rasteiro, estolonífera de 20 cm 
á 40 cm de altura. Os estolões são ramificados, circulares, ligeiramente achatados, 
com entrenós curtos. Possui raiz pivotante, que pode alcançar 1,60 m de 
profundidade. O floral apresenta uma flor papilionácea que se autopoliniza 
(hermafrodita), mas pode apresentar polinização cruzada por ação de diversas 
espécies de abelhas. Tem florescimento indeterminado e contínuo que se manifesta 
em plantas jovens com 14 a 55 dias de idade. As flores são sésseis, axilares e têm 
corola do tipo papilionada (com estandarte maior) na cor amarela ou laranja. O fruto 
é uma vagem, classificada como cápsula,indeiscente, normalmente apresentando 
uma semente. O grande número e tamanho das sementes subterrâneas favorece o 
crescimento mais vigoroso das plantas. 
 
Fig. 1 Amendoim forrageiro 
 
Foto: Adhemar S Junior 
8 
 
 
Fig. 2 Flor do Amendoim 
 
Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Arachis_hypogaea_003.JPG 
 
A forragem do amendoim forrageiro tem grande aceitação por várias espécies e 
categorias animais herbívoros e não apresenta fatores antinutricionais ou tóxicos aos 
ruminantes e aos equídeos, mesmo em dietas exclusivas de amendoim forrageiro 
verde ou fenado. Também não foram registrados problemas de timpanismo ou de 
alteração da degradação ruminal devido a presença de taninos condensados. 
 
2.2 Pragas e doenças 
As pragas mais comuns para essa leguminosa são crisomélidos (que consomem as 
folhas), formigas e algumas larvas de lepidópteros. A presença dessas pragas ocorre 
de forma localizada dentro das pastagens e não afeta a persistência e a 
produtividade das mesmas. 
 
3. LEUCENA (Leucaena leucicephala) 
As leucenas são plantas parenes, com crescimento ereto, seu porte varia de arbusto 
e arbóreo. Possui folhas bipinadas de 15 cm a 20 cm de comprimento, 10 a 20 pares 
de folíolos. O caule é cinza e sem espinhos, sendo mais ou menos ramificados. A 
inflorescência é axilar, pedunculada, isolada, globosa, com flore brancas sesseis que 
se agrupam. Os frutos são pequenas vagens. Sua germinação ocorre no início do 
período das aguas e possui dormência física ou tegumentar de cerca de um ano. 
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Arachis_hypogaea_003.JPG
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Arachis_hypogaea_003.JPG
9 
 
É uma planta de grande aceitação pelos animais e possui uma grande tolerância à 
seca, mantendo-se verde praticamente o ano inteiro. 
 
Fig. 03 Leucena 
 
Fonte: https://appverde.wordpress.com/2015/09/18/leucena-leucaena-leucocephala/ 
 
A leucena é considerada como uma planta forrageira com maior capacidade 
produtiva e de proteína entre as forrageiras tropicais, sua produção é influenciada 
pela genética do cultivar, (solo, clima, altitude) e fatores agronômicos (manejo, 
irrigação altura de corte). 
Seu valor nutricional pode ser comparado com o da alfafa, com valores de proteínas, 
minerais e aminoácidos semelhantes. A leucena é altamente palatável. A 
leguminosa possui substancias antinutricionais que são os taninos, aminoácidos não 
proteico chamando de mimosina. Quando fornecida acima de 50% da dieta de forma 
continua, por períodos longos, seus efeitos tóxicos se manifesta através de 
disfunções metabólicas e até mesmo disfunção na atividade reprodutiva da vaca. 
https://appverde.wordpress.com/2015/09/18/leucena-leucaena-leucocephala/
https://appverde.wordpress.com/2015/09/18/leucena-leucaena-leucocephala/
10 
 
Recomenda-se fazer uma adaptação adicionando aos poucos a leucena na dieta do 
animal. 
 
 3.1 Pragas e doenças 
Cupins e formigas são insetos mais críticos na fase de estabelecimento do cultivo de 
leucena, principalmente no Cerrado. Os cupins atacam as raízes, sendo capazes de 
anelar a raiz principal ou o caule das plantas. Já as formigas, realizam a poda das 
folhas e reduz significativamente a área foliar e o ritmo de crescimento das plantas 
jovens. 
Há ainda o ataque pelo psilídeo, cuja severidade do ataque depende das condições 
ambientais. Um ataque severo traz grandes impactos na rebrotação das plantas, 
principalmente quando ocorre no início do período de descanso das plantas, no 
sistema de rotação, principalmente devido a remoção do sistema meristemático, 
dificultando a rebrota da leucena . Além do psilídeo, há a doença fúngica 
Camptomeris leucaenae, que provoca a queda dos folíolos, entretanto a incidência 
e a severidade em áreas de pastejo são menores (Barcellos et al., 2010). 
Na área de produção de sementes, o ataque de coleópteros é o mais comum, cujas 
larvas caruncham as sementes, tanto no campo quanto sob armazenamento e 
resultam na redução da qualidade das sementes (Barcellos et al., 2010). 
 
4. ESTILOSANTES CAMPO GRANDE (S. macrocephala x S capitata) 
O Estilosantes Campo Grande é uma mistura de duas espécies de leguminosas, (S. 
macrocephala x S capitata). 
 A S. macrocephala possui folhas pontiagudas e flores predominantemente 
amarelas, ocorrendo esporadicamente flores beges; seu hábito de crescimento é 
semiereto ou decumbente (mais horizontal). Porém, em condições de competição 
por luz pode se tornar mais ereto. 
Por outro lado, o S. capitata possui folhas mais arredondadas e suas flores variam 
entre as colorações bege e amarela. Possui hábito de crescimento ereto (vertical). O 
florescimento do S. macrocephala acontece primeiro (abril), quando comparado com 
o S. capitata (maio), nas condições climáticas de Campo Grande, MS, e a maturação 
das sementes ocorre com cerca de 40 dias. Ambas as espécies podem chegar a 
medir 1,5 m de altura. A principal característica da sua persistência é a 
11 
 
ressemeadura natural, já que as suas plantas são predominantemente anuais e 
bianuais. 
Fig. 4 Plantas do estilosantes Campo Grande 
 
S. macrocephala (a) e S. capitata (b). 
 
Além de ser bom fixador de nitrogênio no solo e seu alto teor proteico o estilosantes 
Campo Grande possui: 
− Grande adaptação a solos arenosos e de baixa fertilidade 
− Alta produtividade de sementes 
− Alta capacidade de ressemeadura natural 
− Boa capacidade de persistência em consorciação com Brachiaria decumbens 
− Boa digestibilidade 
− Tolerante as desfolha natural 
O estilosantes Campo Grande é uma leguminosa com bom valor nutritivo, 
apresentando teores de proteína bruta de 13% a 18% na planta inteira e de até 22% 
nas folhas, durante a estação chuvosa. Nesse período, a digestibilidade in vitro da 
matéria orgânica da leguminosa varia de 55% a 70%. Durante a estação seca, 
quando ocorre perda de folhas após o florescimento das plantas, há redução dos 
teores de proteína bruta, podendo atingir até 6%. Quanto ao manejo e ganho animal, 
é necessário que a gramínea não cresça muito, para que o estilosante Campo 
Grande tenha o espaço necessário para se desenvolver. 
12 
 
 
4.1 Pragas e doenças 
 
O estilosantes Campo Grande tem apresentado elevado grau de resistência à 
antracnose, característica altamente desejável, tendo em vista tratar-se da principal 
doença que afeta o gênero Stylosanthes no Brasil. As doenças já reportadas nessa 
espécie são: mancha foliar de cercospora (Cercospora stylosanthis), mancha nas 
folhas e hastes (Colletotrichum truncatum) e em alguns casos envassouramento 
(entrenós curtos), causado por Potyvirus. O controle das doenças até então 
encontradas no estilosantes Campo Grande tem sido via resistência genética das 
plantas. Quanto ao uso de fungicidas, ainda não existem registros de produtos 
recomendados para Stylosanthes no País. Não foram constatados, até o presente 
momento, danos de expressão causados por insetos nas áreas estabelecidas com 
o estilosantes Campo Grande. 
 
5. ALFAFA (Medicago sativa L) 
Medicago sativa L. c.v Crioula, é uma leguminosa perene, apresenta folhas 
trifoliadas, e suas flores geralmente são roxas. Utilizada em todo o mundo, é 
considerada uma das mais importantes forrageiras, devido à abrangência da área 
explorada e por reunir algumas das mais importantes características forrageiras 
como alta produtividade, elevado teor de proteína e digestibilidade e elevado 
potencial de consumo animal. 
A dispersão da alfafa no Brasil ocorre devido ao seu potencial como planta 
forrageira, que se dá, em função de algumas características importantes, como: 
• Alta produtividade anual 
• Excelente capacidade de rebrota e aptidão ao pastejo 
• Possibilidade de ser produzida, praticamente, durante o ano todo 
• Produção de forragem de boa qualidade 
• Boa aceitaçãopelos animais 
• Elevado valor nutritivo 
No Brasil, a alfafa se destaca ainda devido as suas múltiplas possibilidades de uso, 
o que facilita a atividade dos pecuaristas, como por exemplo: 
https://lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/4303/000399359.pdf?sequence=1&isAllowed=y
https://lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/4303/000399359.pdf?sequence=1&isAllowed=y
13 
 
• Silagem 
• Feno 
• Pastejo 
• Pellet de alfafa. 
Fig.5 Alfafa
Fonte: https://institutoagro.com.br/alfafa/ 
5.1 Doenças e Pragas 
A Alfafa pode apresentar alguns problemas fitossanitários limitantes da sua 
produção, sendo as principais causas: as pragas e as doenças. 
Importantes pragas podem atacar esta forrageira, de modo geral, pode-se dizer que 
os pulgões e os besouros são os problemas mais sérios. 
Pulgões: atualmente, são as pragas de maior importância econômica. Isto ocorre 
devido ao vasto número de espécies que podem atacar a cultura. Além disso, 
causam redução da produtividade, através do ataque nas folhas e da transmissão 
dos vírus do mosaico da alfafa e do mosaico das enações. 
Besouros: Diversas espécies e tipos de besouros podem causar prejuízos a alfafa. 
Cabe destacar o brasileirinho (Diabrotica speciosa), a vaquinha (Epicauta atomaria) 
e gorgulho-da-alfafa (Naupactus leucoloma ou Pantomorus leucoloma). Eles 
https://institutoagro.com.br/alfafa/
https://institutoagro.com.br/alfafa/
https://institutoagro.com.br/manejo-dos-pulgoes/
https://institutoagro.com.br/manejo-dos-pulgoes/
14 
 
alimentam-se das folhas e, consequentemente enfraquecem a planta e reduzem a 
área fotossintética. 
Por ser uma espécie de ampla disseminação mundial, a alfafa está sujeita a 
infecções por diversos agentes fitopatogênicos. Dentre eles, os principais são: 
Murcha de Fusarium: ocorre principalmente em regiões de solo com boa umidade 
e com altas temperaturas. Esta doença acomete o sistema vascular da planta, 
provocando murcha generalizada nas plantas infectadas, mesmo quando as 
condições hídricas são satisfatórias. 
Mofo branco: quase todas as plantas leguminosas estão sujeitas a infeção por mofo 
branco. Na alfafa, é causada pelo fungo Sclerotium rolfsii, um patógeno altamente 
destrutivo e que tem capacidade de persistir no solo por longos períodos. 
O desafio para a produção de alfafa está em como controlar de forma adequada 
essas doenças e pragas. Uma vez que, no Ministério da Agricultura existe o registro 
apenas de oito produtos para a cultura, sendo sete produtos comerciais de origem 
microbiológica e apenas um herbicida. 
6. FEIJÃO –GUANDU (Cajanús cajan) 
Leguminosa caracterizada como arbustiva, semi-perente. As folhas do guandu têm 
três folíolos inteiros, com pequenas manchas resinosas na parte de baixo. Possui 
crescimento ereto, com altura variando de 1,2 a 3 m de altura, com caule lenhoso e 
forte contendo amido na fase vegetativa, que desaparece na fase reprodutiva, 
quando as reservas são mobilizadas para o preenchimento das vagens. Suas flores 
são amareladas com ou sem estrias avermelhadas/roxa. Resistente à seca e ao frio. 
Utilizado como verde picado, fenação, silagem e pastejo e adubo verde por ser um 
bom fixador de nitrogênio no solo. Ainda o grão pode ser utilizado para alimentação 
humana. O feijão-guandu é utilizado na alimentação animal devido seu alto teor de 
proteína bruta. O Guandu cru moído é pouco eficiente para os suínos devido à baixa 
palatabilidade para o monogástrico. Recomendado na nutrição de frango por poder 
ser consumido cru independentemente da idade do animal. Nas criações de bovinos 
de corte a aceitação pelos animais é um fator limitante do uso do guandu em pastejo. 
https://institutoagro.com.br/patogenos-agricolas/
https://institutoagro.com.br/patogenos-agricolas/
https://institutoagro.com.br/patogenos-agricolas/
https://institutoagro.com.br/patogenos-agricolas/
https://institutoagro.com.br/manejo-integrado-de-pragas-mip/
https://institutoagro.com.br/manejo-integrado-de-pragas-mip/
https://institutoagro.com.br/herbicidas/
https://institutoagro.com.br/herbicidas/
15 
 
Fig. 6 Feijão-Guandu Fig. 7 Flor do feijão-guandu 
 
Foto: SUSSAI, Juliana Foto: SUSSAI, Juliana 
 
O feijão guandu é uma planta que se adapta bem ao consórcio com gramíneas. Além 
disso, o feijão guandu é benéfico sob dois aspectos: o primeiro é que é uma planta 
que fornece mais proteína na silagem e o segundo, por ser uma planta benéfica para 
o solo, pois por ser uma leguminosa, tem a capacidade de fixar o nitrogênio 
atmosférico, reduzindo assim, os custos com z e melhorando as características do 
solo. 
A utilização deste consórcio pode ser útil também para a recuperação de áreas 
degradadas, uma vez que pode ser implementado em diferentes extensões da 
propriedade, obtendo-se o benefício do feijão guandu como fixador de nitrogênio no 
solo 
 
 
6.1 Pragas e doenças 
 
 No Brasil, a doença mais séria encontrada na cultura é a podridão do colo, que 
pode rapidamente provocar a morte de plantas, sendo mais comum sua ocorrência 
em culturas que já sofreram alguns cortes (Godoy e Santos, 2010). Dos insetos, a 
lagarta heliótis (Heliothis armigera) é citado como o principal inseto que ataca as 
plantas de guandu, embora em geral, não cause grandes danos econômicos. Já as 
saúvas, são de preocupação durante o primeiro mês de cultivo, apesar de não 
representarem uma ameaça às plantas adultas, elas são atraídas pelas plântulas 
de feijão guandu. A tolerância do guandu aos nematoides tem gerado discussões 
entre os autores. Alguns pesquisadores citam que essa planta é capaz de reduzir 
as populações de nematoides das áreas infestadas, enquanto outros consideram o 
feijão guandu como um importante hospedeiro. 
 
 
 
 
 
https://galpaocentrooeste.com.br/blog/como-fazer-adubacao-e-calagem-de-pastagens/
https://galpaocentrooeste.com.br/blog/como-fazer-adubacao-e-calagem-de-pastagens/
16 
 
7. KUDZU TROPICAL (Pueraria phaseoloides) 
 
A Pueraria é uma leguminosa forrageira tropical perene, com crescimento volúvel 
(trepador), encontra-se espalhada nos trópicos úmidos, sendo considerada umas 
das leguminosas promissoras para Amazônia (Costa et al., 2004). A pueraria possui 
um alto teor nutritivo, e com grande capacidade de resistência a seca e incorpora 
expressivas quantidades de nitrogênio ao solo, sendo de 100 á 150 kg/ha/ano. 
Sua morfologia é caracterizada por colmo rasteiros e trepadores, coberto de pelos 
de cor marrom. O crescimento volúvel reduz a persistência quando utilizada em 
pastejo. Suas folhas são trifoliadas, com folíolos inteiros e com 3 lóbulos distintos e 
verdes na superfície superior e piloso na superfície inferior, seu fruto são vagens 
deiscentes e comportam de 10 a 12 sementes reniformes ou elípticas, coloração 
castanho avermelhados, e tegumento liso. 
A produção de forragem como monocultura varia de 5.500 a 8.600 kg de MS/na de 
acordo com a região, clima, fertilidade do solo e adubação, possui teores de 
proteína bruta de 16 a 19%, uma excelente fonte de proteínas para rebanhos 
durante o período de estiagem. 
 
Fig. 8 Pueraria 
 
 
 
Fonte : http://www.tropical.theferns.info/viewtropical.php?id=Pueraria+phaseoloides 
 
 
 
 
http://www.tropical.theferns.info/viewtropical.php?id=Pueraria+phaseoloides
http://www.tropical.theferns.info/viewtropical.php?id=Pueraria+phaseoloides
17 
 
 
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
SANTOS, H. P. dos; FONTANELI, R. S.; BAIER, A. C.; TOMM, G. O. Principais 
forrageiras para integração lavoura pecuária, sob plantio direto, nas Regiões Planalto 
e Missões do Rio Grande do Sul. Passo Fundo: Embrapa Trigo, 2002. 142 p. 
 
 
MAPA. Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Registro Nacional de 
Cultivares -RNC. Brasília: MAPA, 2007. Disponível 
em<http://www.agricultura.gov.br/arq_editor/file/vegetal/Sementes_e_mudas/Registro_Nacional_de_Cultivares.pdf>: Acesso em13/fevereiro/2020 
 
CARVALHO E PIRES. LEGUMINOSAS TROPICAIS HERBÁCEAS EM 
ASSOCIAÇÃO COM PASTAGENS. Disponível em: < 
http://www.uco.es/organiza/servicios/publica/az/php/img/web/25_12_52_894UsoC
arvalho.pdf>. Acesso em: 12 de fevereiro de 2020 
 
EMPRAPA. Forrageiras – espécies para região Sul do Brasil. Disponível em: 
< http://www.embrapa.br/clima-temperado/forrageiras> Acesso em: 11 de fevereiro 
2020. 
 
http://www.uco.es/organiza/servicios/publica/az/php/img/web/25_12_52_894UsoCarvalho.pdf
http://www.uco.es/organiza/servicios/publica/az/php/img/web/25_12_52_894UsoCarvalho.pdf
http://www.uco.es/organiza/servicios/publica/az/php/img/web/25_12_52_894UsoCarvalho.pdf
http://www.uco.es/organiza/servicios/publica/az/php/img/web/25_12_52_894UsoCarvalho.pdf
http://www.embrapa.br/clima-temperado/forrageiras
http://www.embrapa.br/clima-temperado/forrageiras

Mais conteúdos dessa disciplina