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Forragicultura brachiaria humidicola, capim tangola e tanzania

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1.1 Brachiaria humidicola (Quicuiu da Amazônia)
Nome científico: Brachiaria humidicola
Nome comum: Quicuio da Amazônia
Fertilidade do solo: média a baixa
Origem: Africa Equatorial
Ciclo vegetativo.......: Perene
Forma crescimento..: Estolonífera
Emite fortes estolões que se enraízam nos nós inferiores e possui rizomas de 2 tipos, nódulos pequenos e outros finos-compridos, que fazem dessa gramínea uma planta altamente invasora. Rebrota vigorosa, mesmo com manejo baixo e intervalos pequenos de cortes sob pastejo. As folhas são cores verde-pálidas e fortemente denticuladas nas margens. É resistente ao pastejo e apresenta boa tolerância ao encharcamento (menor do que a Brachiaria mutica), podendo ser plantada em várzeas. Não tolera o fogo. Produz pouca semente (até 50 kg/ha).
Altura da planta: crescimento livre até 1,20 m.
Forma de crescimento: cespitoso (touceiras).
Forma de uso: pastejo.
Digestibilidade: satisfatória.
Palatabilidade: satisfatória.
Utilização: Pastoreio de bovinos, equinos e ovinos, e fenação
Precipitação pluviométrica requerida: 800 mm/ano.
Teor de proteína na matéria seca: 12% no verão e 5% no inverno.
Tolerância a insetos: tolerante à cigarrinha da pastagem.
Produção de massa verde: 45 t/ha/ano.
Época de plantio: durante a estação chuvosa.
Forma de plantio: mudas ou sementes
Modo de plantio: a lanço.
Sementes necessárias: 8 a 14 kg/ha.
Tolerância ao clima: ampla faixa, se comportando melhor em climas quentes e úmidos.
Profundidade de plantio: 2 cm.
Tempo para a utilização:  90 a 120 dias após o plantio.
Consorciação: Java, Calopogônio, Estilozantes etc.
1.7- Nome Científico: Brachiaria mutica
Nome Vulgar: Capim Tangola
Origem: capim híbrido interespecífico, originário do cruzamento espontâneo das
espécies Brachiaria arrecta (Taner Grass) com a Brachiaria mutica (Capim Angola), não
apresentando a toxicidade do Taner Grass. Introduzida em tempos coloniais, provavelmente formando camas de palhas em navios negreiros. Dispersada pelo homem por ser excelente forrageira, sendo hoje encontrada em diversas regiões do Brasil, exceto nos locais sujeitos à geadas fortes.
Características morfofisiológicas:
Ciclo vegetativo: perene,
Forma de crescimento estolonífero,com boa massa foliar.
Folha lisa e caule piloso.
Bastante produtiva e agressiva.
Muito palatável para eqüídeos e bovinos, sendo bastante utilizada na alimentação dos
mesmos. Em ambiente úmido, uma característica marcante são os estolões longos e fortes.
Outros detalhes importantes são os nós dos colmos com densa vilosidade branca e as
panículas com os racemos inferiores, apresentando curtas ramificações. Apresenta também, espiguetas grandes, com estigmas roxos-escuros na floração.
Solo: Adapta-se a solos secos e úmidos, sendo resistente ao encharcamento. Exige média
fertilidade do solo.
Propagação: Mudas (colmos)
Capim Tanzânia 
		· Características
	Massa verde:
	50-70 tn/ha;
	Plantio:
	Linhas de 50 cm ou a lanço;
	Tempo/uso:
	100 dias
O Tanzânia constitui-se no primeiro resultado do projeto de estudos da EMBRAPA sobre uma coleção de 426 acessos da espécie panicum maximum, importada da África desde 1984. Várias características a destacam das demais cultivares disponíveis no mercado. Comparada ao colonião, apresenta produção foliar 80% maior, em função de suas raízes profundas, promove ganhos de peso/ha/ano 15% maior, além de ter menos talos e mais folhas. Avaliado em pastejo rotacionado por quatro anos, suportou 2,6 e 1,1 UA/ha, durante o período das águas e da seca, respectivamente, apresentando ganho médio de 720 kg de peso vivo/ha/ano. 
	
· Informações Técnicas
		::
	Origem:
	África.
	::
	Desenvolvimento:
	EMBRAPA.
	::
	Forma de Crescimento:
	Touceira.
	::
	Altura:
	1,5 a 2,0 m.
	::
	Fertilidade do Solo:
	Alta.
	::
	Utilização:
	Pastoreio e Fenação.
	::
	Precipitação Pluv.:
	acima de 800 mm aa.
	::
	Profundidade de Plantio:
	1,5 a 2 cm.
		::
	Digestibilidade e Palatabilidade:
	Boa.
	::
	Porcentagem de Proteína M.S:
	10% a 16%.
	::
	Produção de Forragem:
	26 tn/ha/ano.
	::
	Cabeça por Ha:
	2 a 4.
	::
	Tolerância a Seca:
	Média.
	::
	Tolerância ao Frio:
	Média.
	::
	Tolerância a Pragas:
	Ótima.
	::
	Tolerância a Umidade:
	Baixa.
Série Leguminosas Tropicais - Gênero Arachis (Arahis pintoi - Amendoim forrageiro)
HERBERT VILELA
Engenheiro Agrônomo e Doutor
1 – INTRODUÇÃO
Arachis pintoi faz parte de um pequeno Gênero que é constituído por cerca de dez espécies que estão distribuídas na América Latina. O amendoim não possui nenhum fator de toxidez. Cultivares mais comuns são ‘GOLDEN GLORY’ e ‘ AMARILO’. Usado em cobertura de culturas (Amarillo) de café, de banana, de macadâmia, de coco, de mandioca, de citrus, de maçãs, de peras etc. Sinonímia em Inglês, Pinto peanut e em Espanhol, Maní forrajero.
O amendoim é originário do vale do Jequitinhonha, da Região do Brasil Central. Foi introduzido na Austrália e Estados Unidos e em muitos países do Sul, Leste e Centro da Ásia e na América do Sul, com sucesso. A cv Amarilo é leguminosa prostrada, com folíolos quase arredondados e pequenos, suas flores são amareladas. Multiplica-se muito bem por sementes; é exigente em fertilidade e umidade do solo e, medianamente, tolerante à geada (após a geada ocorre rebrota pelos rizomas) e a doenças. Produz 200 a 700 kg/ha de semente (Kerridge & Hardy, 1994).
Consorcia-se bem com gramíneas agressivas tais como: Brachiaria decumbens, B. humidicola, Paspalum notatum, Cynodon dactylon etc. 
Os principais atributos do amendoim forrageiro são: palatabilidade da pastagem, alto valor nutritivo e tolerância ao sombreamento.
Muitos acessos são disponíveis, na Austrália (Amarillo), na Costa Rica (Mani Mejorador, Porvenir), no Brasil (Amarilo), na Colômbia (Mani Forrajero Perene) e em Honduras (Pico Bonito). O cultivar Amarillo é resistente a quase todas as doenças, sendo vulnerável Puccinia arachidis e Mycosphaerella spp. Outros fungos podem também ocorrer, com menor freqüência, como: Phomopsis sp., Cylindrocladium sp. e Colletotrichum gloeosporioides.
2 – CARACTERÍSTICAS BÁSICAS
· Nome científico: Arachis pintoi Krap. & Greg., nom. nud. (Cook)
· Ciclo vegetativo: perene
· Forma de crescimento: rasteiro e prostrado com estolões longos
· Altura da planta: crescimento livre até 20 cm
· Formas de uso: consorciado com gramíneas forrageiras, controle de ervas em pomares, cafezais e bananais. Fixador de nitrogênio ao solo
· Digestibilidade: satisfatória
· Palatabilidade: satisfatória na forma consorciada ou fenada
· Precipitação pluviométrica requerida: 1.100 mm/ano
· Tolerância à geada: baixa, se for branda rebrota após geada pelos rizomas
· Produção de matéria seca: 4 t MS/ha/ano
· Teor de proteína bruta na matéria seca: 16 a 18% durante o crescimento vegetativo
· Tolerância a insetos e doenças: tolerante a insetos mas susceptível a fungos, bactérias e nematóides
	
Plantas de Amendoim forrageiro
3 – RECOMENDAÇÕES AGRONÔMICAS
· Fertilidade do solo: alta/média fertilidade, não tolera pH < 5 e níveis altos de Al e Mn
· Umidade no solo: solos bem drenados e permeáveis
· Época do plantio: verão
· Forma de plantio: sementes e mudas (estolões)
· Modo de plantio: a lanço
· Sementes necessárias: 4 a 7 kg/ha
· Profundidade de plantio: 2 cm
· Tempo de utilização: 80 a 100 dias após o plantio
· Adubação: de acordo com as recomendações técnicas determinadas pela análise de solo
· Temperatura: média da região sub tropical
· Altitude: até 1.400 m
· Iluminamento: prefere áreas sombreadas
· Salinidade no solo: baixa tolerância
· Inoculação: Bradyrhizobium (cepas QA1091, CIAT3101) imediatamente após o plantio por semente, e desnecessária quando se usam mudas
· Dormência das sementes: inexistente
· Pureza: mínima 95%
· Germinação: mínima 60%
4 – Composição bromatológica do Amendoim Forrageiro
	Estádio de crescimento e/ou forma
	Composição bromatológica - %
	
	MS
	PB
	FB
	MM
	EE
	FDN
	Ca
	P
	Forragem (folhas e talos)
	26,9
	17,5
	20,1
	8,6
	2,2
	51,6
	0,93
	0,20
	Feno, planta em crescimento88,8
	26,2
	27,9
	11,6
	2,7
	31,6
	3,15
	0,81
	Feno, plantas maduras
	89,2
	12,8
	29,0
	8,5
	1,9
	47,8
	1,18
	0,16
Composição em aminoácidos da proteína do grão do amendoim forrageiro- % da proteína
	Conteúdo em aminoácidos da proteína daplanta de amendoim forrageiro (% da proteína)
	Arg
	Cis
	Gli
	His
	Ils
	Leu
	Lis
	Met
	Fen
	The
	Tri
	Tir
	Val
	6,7
	1,0
	5,2
	2,2
	4,4
	7,6
	5,6
	1,6
	5,5
	4,3
	-
	3,6
	4,6
5 – LITERATURA CONSULTADA
BOGDAN, A. V. Tropical pasture and fodder plants – Grasses and legumes. London and New York, 475 p., 1977.
FAO – 2004a http://www.fao.org/ag/AGP/AGPC/doc/Gbase/Latin.htm
FAO – 2004b http://www.fao.org/ag/AGA/AGAP/FRG/afris/es/Data/31.HTM
KERRIDGE, PETER C. & HARDY, BILL (Editors), 1994. Biology and Agronomy of Forage Arachis, (CIAT Publication; No. 240), Centro Internacional de Agricultura Tropical, Cali, Colômbia. 209 p.
VALADARES FILHO, SEBASTIÃO DE CAMPOS. Nutrição, Avaliação de Alimentos e Tabelas de Composição de Alimentos para Bovinos. XXXVII Reunião Anual da SBZ, 37, Viçosa, 2000, Anais... Viçosa: 2000. P.
SÉRIE GRAMÍNEAS TROPICAIS - GÊNERO PANICUM (Panicum maximum – Tanzânia - Capim)
HERBERT VILELA
Engenheiro Agrônomo e Doutor
1 - INTRODUÇÃO
A Cultivar foi introduzida no Brasil, pela EMBRAPA, e coletada em 1969 em Korogwe –Tanzânia (África) pelo ORSTOM (Institut Français de Recherche Scientifique pour le Developpement em Coopération). Foi avaliada além do Brasil, no México, Cuba e Colômbia.
É uma planta cespitosa, de ciclo anual, com altura média de 1,3 m, folha decumbente com largura média de 2,6 cm. Lâminas e bainhas são glabras, sem serosidade. Os colmos são levemente arroxeados. As inflorescências são do tipo panícula, com ramificações primárias longas, e secundárias, longas, apenas, na base. As espiguetas são arroxeadas, glabras e uniformemente distribuídas. O verticilo é glabro.
É um cultivar de porte médio, atingindo 1,30 m de altura e mesmo apresentando colmos velhos, não é rejeitado pelos animais, o que, normalmente, acontece com touceiras de Colonião e Tobiatã. A produção forrageira deste acesso foi de 133 t/ha/ano de matéria verde e 26 t/ha/ano de matéria seca, chegando a produzir três vezes mais que o “Colonião” na seca (10,5% da produção anual). Sua produção, no nível baixo de fertilidade do solo, correspondeu a 80% do nível alto.
O Tanzânia é uma planta exigente em fósforo (P) e potássio (K), principalmente, na fase de implantação. Por ser planta exigente em fertilidade, recomenda-se o monitoramento da fertilidade através de análise, principalmente a aplicação de nitrogênio em cobertura para manutenção da produtividade forrageira.
Em experimento de três anos de pastejo, ela foi superior aos cultivares Tobiatã e Colonião, tanto em ganho por animal quanto em ganho por área. O ganho diário por cabeça foi, em média, 720 g nas águas e 240 g na seca. Em área corrigida e adubada, tem mostrado boa aceitabilidade pelos bezerros, com ganhos de peso superiores aos obtidos na Brachiaria brizantha cv. Marandu. Os melhores resultados são obtidos em pastejo rotacionado, com 1 a 5 dias de pastejo e 25 a 30 dias de descanso, durante o período chuvoso e 45 a 50 dias no inverno. Em diversos experimentos a taxa de lotação ultrapassou a 4,0 U.A./ha. Pode ser utilizada por bovinos, em fase de engorda e cria. Pode ser consumida por eqüinos e ovinos.
2 - CARACTERÍSTICAS BÁSICAS
· Nome científico: Panicum maximum Jacq vr. Tanzânia l.
· Origem: África - CNPGC/EMBRAPA (Campo Grande MS).
· Ciclo vegetativo: perene.
· Forma de crescimento: cespitosa.
· Altura da planta: crescimento livre até 1,60 m.
· Formas de uso: pastejo.
· Digestibilidade: satisfatória.
· Palatabilidade: satisfatória.
· Precipitação pluviométrica requerida: 1.000 mm/ano.
· Fotoperíodo: planta de dia curto.
· Teor de proteína na matéria seca: no inverno 6% e no verão até 14%.
· Consorciação: todas as leguminosas.
· Tolerância a insetos: sensível à cigarrinha e à lagarta do cartucho.
· Produção de forragem: 20 a 26 t MS/ha/ano.
· Tipo de inflorescência: Panicum.
	
Plantas de capim Tanzânia 
3 - RECOMENDAÇÕES AGRONÔMICAS 
· Fertilidade do solo: acima de média fertilidade
· Forma de plantio: semente
· Tolerância à seca: baixa
· Tolerância ao frio: baixa
· Modo de plantio: a lanço
· Profundidade de plantio: 2,0 cm
· Sementes necessárias: 10 kg
· Tolerância à seca: baixa
· Tolerância ao frio: baixa
· Temperatura ótima: > 20°C
· Tolerância a solos mal drenados: baixa
· Adubação: de acordo com as recomendações técnicas determinadas pela análise de solo
· Dormência das sementes: inexistente
· Pureza: mínima 30% chão e 40% cacho
· Germinação: mínimo 60% chão e 40% cacho.
4 - COMPOSIÇÃO BROMATOLÓGICA DA MS 
	Estádio de crescimento
	Composição bromatológica % MS
	
	MS
	PB
	FB
	MM
	EE
	ENN
	Fresca, com 0,40 m
	25,0
	8,8
	29,9
	11,2
	1,6
	48,5
	Fresca, com 0,80 m
	25,0
	8,8
	32,8
	12,9
	1,5
	44,0
	Fresca, princípio floração.
	28,0
	5,3
	39,6
	10,6
	1,4
	43,1
5 - LITERATURA CONSULTADA
BOGDAN, A. V. Tropical posture and fodder plants – Grasses and legumes. London and New York, 475 p., 1977.
FAO – 2004a http://www.fao.org/ag/AGP/AGPC/doc/Gbase/Latin.htm.
FAO – 2004b http://www.fao.org/ag/AGA/AGAP/FRG/afris/es/Data/31.htm.
VALADARES FILHO, S.C. 2000. Nutrição, avaliação e tabelas de alimentos para bovinos. XXXVII Reunião Anual da SBZ, 37, Viçosa, 2000, Anais... Viçosa: 2000. 250p.
SÉRIE GRAMÍNEAS TROPICAIS - GÊNERO PANICUM (Panicum maximum – Colonião Capim)
HERBERT VILELA
Engenheiro Agrônomo e Doutor
1 - INTRODUÇÃO
O Panicum maximum Jacq CV Colonião conhecido como capim colonião é originário da África. É uma planta perene, forma touceiras grandes e densas e pode atingir até três metros de altura. Exige altas temperaturas e umidade para crescimento; é pouco resistente a geadas e tem resistência regular à seca e não é resistente ao fogo.
Tem crescimento limitado em solos inundados ou excessivamente úmidos, é bastante exigente em solo, tendo maior adaptação nos arenosos férteis, em regiões com boa precipitação. O maior rendimento em matéria seca foi obtidos com 120 kg/ha de P2O5.
2 - CARACTERÍSTICAS BÁSICAS
· Nome científico: Panicum maximum Jacq  vr. Colonião
· Origem: África
· Ciclo Vegetativo: perene
· Altura da planta: crescimento livre até 3,0 m
· Forma de crescimento: ereta, cespitosa
· Formas de uso: pastejo e eventualmente produção de feno
· Digestibilidade: satisfatória
· Palatabilidade: satisfatória
· Precipitação pluviométrica requerida:  1.000 mm/ano
· Produção da matéria seca: 8 a 12 t MS/ha/ano
· Teor de proteína na matéria seca: 6 a 11%
· Tolerância  a insetos: sensível à cigarrinha
· Consorciação: todas as leguminosas
· Tipo de inflorescência: Panicum 
	
Plantas de capim Colonião
3 - RECOMENDAÇÕES AGRONÔMICAS
· Tipo de solo para plantio: acima de média fertilidade.
· Forma de plantio: sementes.
· Modo de plantio: a lanço.
· Sementes necessárias: 13 a 16 kg/ha.
· Tolerância à seca: média.
· Tolerância ao frio: baixa.
· Profundidade de plantio: 2,0 cm.
· Tempo para a utilização: 60 a 90 dias  após a germinação.
· Adubação: De acordo com as recomendações técnicas determinadas pela análise de solo.
· Dormência da semente: Inexistente.
· Pureza: mínima 40%.
· Germinação: 40%.
4 - COMPOSIÇÃO BROMATOLÓGICA E DIGESTIBILIDADE DA MS
	Estádio de  crescimento e/ou forma
	Composição bromatológica  %
	Digestibilidade
	
	MS
	PB
	FB
	MM
	EE
	ENN
	FB
	Forragem, período vegetativo com 0,40m
	25,0
	8,8
	29,9
	11,2
	1,6
	48,5
	71,6
	Forragem, período vegetativo com 0,80m
	25,0
	8,8
	32,8
	12,9
	1,5
	44,0
	73,5
	Foragem, início de florescimento 
	28,0
	5,3
	39,6
	10,6
	1,4
	43,1
	63,9
	Forragem, após florescimento
	25,7
	7,8
	33,4
	12,2
	1,4
	45,2
	53,0
	Feno obtido com seis semanas
	83,4
	6,8
	  6,3
	11,3
	1,8
	43,8
	58,0
	Feno obtido com oito semanas
	86,9
	7,7
	39,0
	10,9
	1,6
	40,8
	56,0
	Feno obtido com dez semanas
	87,3
	5,5
	40,1
	10,8
	1,6
	42,0
	58,0
	Silagem
	20,0
	6,3
	39,7
	19,6
	2,7
	31,7
	82,4
5 - LITERATURA CONSULTADA
BOGDAN, A. V. Tropical posture and fodder plants – Grasses and legumes.London and New York, 475 p., 1977.
FAO – 2004a http://www.fao.org/ag/AGP/AGPC/doc/Gbase/Latin.htm.
FAO – 2004b http://www.fao.org/ag/AGA/AGAP/FRG/afris/es/Data/31.htm.
ALADARES FILHO, S.C. 2000. Nutrição, avaliação e tabelas de alimentos para bovinos.
XXXVII Reunião Anual da SBZ, 37, Viçosa, 2000, Anais... Viçosa: 2000. 250p.
	Galactia striata (Jacq.) Urb..
	
	Leguminosae Sinônimos 
Glicina striata Jacq;. Glycine velutina Bert;. Galactia cubensis HBK; Galactia berteriana DC;. Galactia brevistylla Schlecht;. Adonia refusa Rose. 
Nomes comuns 
Galactia (Brasil), Frijolillo (Panamá). 
	
	Descrição 
Um magro, muito ramificado, muito variável, entrelaçando, escalada leguminosa perene com hastes de 1,5 m de comprimento ou mais. Três folhetos, arredondados para obtusos, agudos na ponta, 2 a 8 cm folheto, central longa maiores do que as laterais, ligeiramente mais densamente puberulent abaixo do que acima. Stipules lancedeltoid, caudex milímetros aproximadamente 1-1,5 longo. Pecíolos 1,5 a 3 cm de comprimento. Racemos delgados, de 1 a 24 centímetros de comprimento, flores de rosa brilhante desbotamento azulado ou lilás ao roxo, poucos, subsessile para pedicelos 1 a 2 mm de comprimento. Calyx 4-5 mm de comprimento, densamente puberulent. Pétalas 8-10 mm de comprimento. Pods 4 a 7 cm de comprimento, 4-9 mm de largura, por pouco marginate quando maduro, minuciosamente e moderadamente puberulent, elasticamente dois valvulada. Sementes em forma de rim, de 3 a 4,5 milímetros de comprimento e cerca de 2 mm de largura, preto maçante para marron rosado (Shreve e Wiggins, 1964; Adams, 1972).
Distribuição 
Nativo do México ao sul de Sonora Estado e mais da América Central para as Índias Ocidentais, a sul pela Venezuela para Minas Gerais, Brasil. 
Rhizobium relações 
Galactia nodulates bem, com grandes nódulos esféricos espalhados ao longo das raízes laterais. Em solos de cerrado no Brasil, a adição de 75 kg. / Ha de N no plantio, bem como a inoculação com inóculo comercial produzido os maiores rendimentos de galáxia (Vargas e Suhet, 1981).
Aptidão para feno e silagem 
Em fenação ensaios no Brasil, galactia e centro foram as mais rápida secagem das nove leguminosas testadas. Enquanto galactia matéria verde tinha uma folha alta para caule, perdeu a maioria de folhas durante fenação (de Moura et al., 1975). Em San Miguel, Brasil, foi estudada para ensilagem em conjunto com o Centro, siratro e glicina. Concluiu-se que nenhum deles era realmente adequado para confecção da silagem, ensilagem só podia ser feito por emurchecimento, numa fase inicial de crescimento e que a adição de um conservante, com um elevado teor de açúcar, seria necessária para produzir uma silagem de boa qualidade (Tosi et al., 1975).
Valor como um standover ou animal diferido 
Galactia foi testado como uma forrageira temporada standover seco em um latossolo vermelho-amarelo nos cerrados brasileiros. Foi considerado como tendo um potencial considerável para este fim. Ele tem o melhor da estação seca do que as espécies de crescimento mais alternativas e, aparentemente, mantém a sua melhor qualidade como resultado. Rendimentos disponíveis no período agosto-setembro de crítica mais de dois anos variou de 1 000 a 5 000 kg. / Ha de matéria seca, dependendo da data foi adiada pastagem e do ano. Contribuições para a folha de matéria seca diminuíram de 75 por cento inicial de cerca de 35 por cento 168 dias após o diferimento de pastagem começou (Vera et al., 1983).
Alimentando valor 
No estudo adiamento brasileira, proteína bruta sobre a estação seca média de 15 por cento no forragem em pé. O teor de proteína bruta das folhas caiu de 32 por cento aos 28 dias de idade até cerca de 20 por cento em 112 dias e depois manteve-se constante. Nos caules, foi de 15 por cento, inicialmente, estabilizando-se em 10 por cento a 84 dias. A digestibilidade in vitro da matéria seca da forragem disponível caiu lentamente ao longo da estação seca, sendo da ordem de 55 a 60 por cento durante o período mais crítico. Digestibilidade in vitro da matéria seca das folhas estabilizou em torno de 65 por cento após 56 dias (Vera et al., 1983).
Características gerais 
A leguminosa promissora, nativas e sendo amplamente testado na América do Sul, especialmente no Brasil. Ele tem um bom desempenho em profundos, latossolos em Nova Odessa no Estado de São Paulo, onde ele rendeu melhor do que siratro, stylo e centro. Também em Nova Odessa, um guinéu mistura grama / galactia rendeu tanto como capim, por si só fertilizado com 180 kg. / Ha de N. siratro, stylo e centro produzido rendimentos que variam apenas de 40 a 90 kg. / Ha de N, quando misturado com capim no mesmo julgamento. Rendimentos de proteína bruta, fósforo e cálcio foram maiores para o capim combinado com qualquer um dos quatro leguminosas que para capim, por si só fertilizado com 225 kg. / Ha de N (de Mattos e Werner, 1979). 
Galactia também igualou siratro e outyielded centro e glicina mais de quatro anos de Herculandia e Manuel São no Brasil (Tosi et al., 1979), enquanto que em cinco locais no estado do Ceará, galactia, siratro e ternatea Clitoria foram capazes de sobreviver à estação seca, tiveram altos valores nutritivos e resistência à pragas e doenças e produziu uma grande quantidade de matéria seca e sementes quando semeadas em pastagem nativa (Gurgel e Fernandes, 1980). No Felixandria, Minas Gerais galactia estava entre maior rendimento de oito leguminosas testadas, juntamente com siratro e stylo comum, dando um aumento de quatro vezes na produção wet-pastagem, e maiores rendimentos de matéria seca e teores de P durante a época seca do que as pastagens nativas (Andrade, 1981). Galactia está sendo estudada como uma leguminosa nativa também na Costa Rica (Perez-Guerreroz, 1980). É adaptado para o ecossistema de savana bem drenada na Colômbia (CIAT, 1979).
Principais referências 
De Mattos e Alcântara (1976); Vera et al. (1983); Perez-Guerreroz (1980). 
Informações adicionais pelo Dr. P. Izaguirre de Artucio
http://www.fao.org/ag/AGP/agpc/doc/Gbase/DATA/Pf000041.HTM
Nome Científico
Morus sp.
Família
Moraceae
Origem e dispersão
A amoreira-branca (M. alba) é originária das partes temperadas da Ásia Oriental, de onde se espalhou lentamente para todas as partes do mundo. A amoreira-preta (M. nigra) é originária da Pérsia.
Características
A amoreira-preta, que é de interesse para a fruticultura, é uma planta de pequeno a médio porte (8-12m) de folhas caducas, inteiras ou lobuladas, serrilhadas ou dentadas, duras e codiformes; sem espinhos; as flores são monóicas ou dióicas; o fruto é um aquênio ovóide e comprido, coberto pelo cálice suculento e de coloração roxa, quase preta.
Clima e Solo
As amoreiras crescem bem em todo o Brasil, embora seja considerada por muitos como uma planta de clima temperado. São plantas bastante rústicas, adaptando-se a diversos tipos de solo, exceto os sujeitos ao encharcamento.
Propagação
As amoreiras podem ser propagadas vegetativamente por meio de estacas.
Variedades
Na literatura, são encontrados relatos das variedades lobada, laciniada, scabra e dentada.
Utilização
As amoreiras são utilizadas devido aos seus frutos, que podem ser consumidos “in natura” ou industrializados na forma de geléias, compotas, cristalizados, doces em massa, vinho, vinagre, etc., e pelas suas folhas, que servem de alimentação para o bicho-da-seda.
Origem
Ásia
É da mesma família de outras frutas como, por exemplo, jaca, figo, fruta-pão. Por ser muito versátil e perfeitamente adaptável a vários tipos de solo e de clima, com especial preferência pelos húmidos, e já foram encontradas nos Estados Unidos da América, no Ártico, e em muitas ilhas oceânicas. No Brasil, principalmente a negra, floresce em vários Estados: Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais, Paraná e, principalmente, no pioneiro, Rio Grande do Sul. 
Tipos
Há três espécies
Vermelha (Morus rubra)
Branca (Morus alba) 
Preta (Morus nigra)
A branca é usada para criação do bicho-da-seda, que se alimenta das folhas da amoreira, enquanto a preta é comestívele muito apreciada, não só pelo seu sabor especial, como pelo seu tamanho maior, além de ser muito usada em ornamentação. 
Características
Tem sabor levemente ácido e adstringente.
Dicas para comprar
O comércio regular, ao natural, é quase inexistente, mas ainda podem ser encontradas, esporadicamente, em algumas feiras livres. Caso encontre, observe alguns cuidados: - é uma fruta muito frágil e que rapidamente fica perecível, sinal de que se deve consumi-la de imediato, tão logo seja colhida ou comprada.
Dicas para consumo
Tire o pequeno cabo que ela apresenta, descarte as que estiverem muito moles, lave bastante em água corrente, escorrendo em seguida. É comum encontrar produtos feitos com amora, tais como: geléias, compotas, doces diversos.
Composição
Muito rica em Vitaminas (A, B, C); tem ácido cítrico na sua composição, bastante água (cerca de 90%), carboidratos, sais minerais (fósforo, ferro, sódio, cálcio, potássio, estes últimos, em concentração generosa), fibras e ácido fólico.
Valor calórico
75 - Quantidade correspondente a uma xícara de chá.
Indicações Terapêuticas
É uma fruta com as seguintes propriedades:
Antissética
Depurativa
Digestiva
Refrescante
Antihemorrágica
Controladora da pressão arterial
Sedativa
Antioxidante
Vermífuga
Diurética
Anti-herpética (tanto para o herpes labial quanto para o genital, segundo estudos de uma Universidade de Taiwan)
Anticancerígena.
É eficaz nos seguintes casos:
Afta
Bochechar com suco de amora-preta, quente, adoçado com mel.
Amigdalite
Suco de amora - preta, quente, adoçado com mel; tomar aos goles. Pode-se também preparar um xarope deste suco, bastando cozê-lo até engrossar um pouco. Fazer gargarejos com o xarope, ou tomá -lo às colheradas, deixando descer suavemente pela garganta.
Bronquite
Infuso da casca da raiz, morno, para combater a tosse. Tomar morno, às colheradas. Em excesso é purgativo. Para preparar um infuso, deitar água fervente sobre as cascas das raízes bem picadas, tapar o recipiente, e deixar esfriar.
Queda de Cabelo
Massagear o couro cabeludo com o infuso das folhas da amoreira.
Secreções catarrais
Para as secreções catarrais das vias respiratórias altas recomenda - se o gargarejo com o chá morno das folhas da amoreira.
Doenças das Cordas Vocais
Suco de amora preta, quente, adoçado com mel.Tomar vagarosamente.
Diarréia
Usar xarope de amora, conforme explicado em amigdalite. Tomar não mais de 2 colheres de sopa por vez, com intervalos mínimos de 2 horas.
Obs.: Pessoas com intolerância a salicilatos (aspirina), devem ingerir a fruta com muita moderação.
Amora Branca
Nome Popular
As amoras-do-mato englobam três espécies do gênero Rubus, que possuem os mesmos nomes populares e os mesmos usos medicinal e culinário, embora apresentem hábitos diversificados.
As espécies e seus nomes populares são:
Rubus rosaefoluis Smith
Amora-silvestre, amora-brava, amora-de-são-francisco, amora-do-campo, amora-do-mato e amora-vermelha.
Rubus brasiliensis Mart.
Amora-branca, amora-brava, amora-da-silva, amora-de-são-francisco, amora-do-mato, amoreira-do-brasil, sarça-amoreira, silva e silva-branca. 
Aparecem principalmente nos estados do Rio de janeiro, Paraná e Minas Gerais.
No Brasil, a amora-silvestre é cultivada como cerca-viva, à margem de estradas em Minas Gerais e também do rio de Janeiro ao Paraná.
Nome Científico
Rubus rosaefolius Smith, Rubus brasiliensis Mart. E Rubus urticaefolius Sairet.
Família Botânica
Rosaceae.
Usos Medicinais Populares
Essas três espécies do amora-do-mato – silvestre, branca e preta – são usadas na medicina caseira. Suas folhas e brotos são antidiarréicos poderosos. Por isso, aconselha-se não exagerar na quantidade de chá.
Amora Preta
Existe um número elevado de espécies dentro do gênero, perto de 300, altamente heterozigotas e também híbridas. Sua origem não é muito definida, possuindo características de adaptação climática muito variada, podendo encontrar cultivares com exigência em frio desde 100 horas até cultivares que exigem 1000 horas de frio (abaixo de 7,2 o C) para quebra da dormência. Já foram observadas espécies no Hemisfério Norte (EUA, onde seu cultivo racional se iniciou no século passado), no círculo Ártico, e muitas ilhas oceânicas, comprovando sua ampla adaptação à diferentes condições climáticas.
No Brasil, seu cultivo iniciou-se em 1972 no estado do Rio Grande do Sul, com plantas oriundas do Estados Unidos. A partir de sua implantação no estado, vem sendo cultivada em Santa Catarina, São Paulo, Paraná e Minas Gerais, com destaque para o estado introdutor da cultura, sendo o maior produtor nacional, com aproximadamente 700 t /ano.
Os frutos da cultura além de consumidos ao natural, podem ser comercializados para fabricação de doces, geléias, conservas, sucos, fermentos, polpas, sorvetes, iorgutes, tortas, bolos, etc. Informações mais recentes de pesquisas têm demonstrado um maior potencial da utilização da amora-preta como um corante artificial de excelente qualidade, seja para qualquer finalidade. Outra grande descoberta da utilização da amora-preta que vem expandindo, seria seu uso para fins medicinais, como uma planta anti-cancerígena, pela ação do ácido elágico, e também no combate a osteoporose, devido sua concentração elevada de cálcio (46 mg/100g fruto). Outra utilização crescente, é como tônico muscular para utilização durante práticas desportivas, devido ao alto teor de potássio encontrado no fruto (245 mg/100g fruto).
Família
Rosaceae
Clima
Temperado, podendo encontrar desde cultivares exigentes em 100 horas a 1000 horas de frio
Solo
Desenvolve bem em diversos tipos de solos, mas bem drenados, com pH entre 5,5 a 6,5
Porte
Ereto ou rasteiro, podendo atingir até 2 m de altura
Sistema radicular
Parte perene da planta, de fácil perfilhamento
Propagação
Estacas de raiz ou herbáceas e por cultura de meristemas
Calagem
Deve ser realizada no preparo do solo
Adubação
De plantio não deve ser realizada, somente após o pegamento da muda
1o ano
50g a fórmula 10-20-10 por planta
2o ano
100g de 10-20-10 por planta, logo após o inverno. Em meados da primavera e após a colheita, colocam-se de 50 a 100g de sulfato de amônio ao redor das plantas. Nessa aplicação, conserva-se uma distância mínima de 15cm das plantas
Espaçamentos: 3m x 0,80m para mudas de estacas de raiz
Cultivares: Tupy, Guarani, Cherokee, Brazos, Ébano, Cainguague
Irrigação: pode se utilizar, desde que não encharque muito
Podas: de limpeza e frutificação
Pragas: ácaros, lagartas, cochonilhas
Doenças: ferrugem, podridão de frutos, Agrobacterium, antracnose, etc
Produção: 1o ano: 2,5 t/ha
2o ano: 5,0 t/ha
3o ano: 12 t/ha, podendo chegar até 15 t/ha
Longevidade: 15 anos
Rubens Barros de Azevedo
Fonte: www.paty.posto7.com.br
Amora-preta
Introdução
A cultura da amora-preta (Rubus spp.) é uma promissora alternativa de renda principalmente para as pequenas propriedades familiares, em razão dos custos de implantação e de manutenção do pomar serem relativamente baixos quando comparados aos de outras fruteiras; por tratar-se de uma cultura rústica, com menor incidência de pragas e maior adaptação aos diferentes tipos de solo e condições climáticas; e pela produção poder ser destinada ao mercado de frutas frescas e/ou ao processamento industrial. O sabor diferenciado e as propriedades nutracêuticas são os principais atrativos da amora-preta, havendo mercado no Brasil e no exterior, tanto para consumo in natura como da fruta industrializada, nas formas de geléias, sucos, doces em pasta, sorvetes, iogurtes e tortas.
Atualmente, estima-se que a área cultivada com amora-preta no Brasil esteja ao redor de 250 hectares (Raseira, 2004). Segundo informações de viveiristas, esta área deve aumentar consideravelmente neste ano, em função das perspectivas de mercado existentes.
A amora-preta pertence à família Rosacea e, gênero Rubus, sendo conhecidas mais de trezentas espécies (Santos et al., 1997). As espécies de amora-preta apresentam grande variabilidade quanto às características morfológicas e organolépticas dos frutos, hábito de crescimento das plantas,adaptação aos agroecossistemas e exigências climáticas. Estas
Produção de mudas de amora-preta por meio de cultura de tecidos características devem ser cuidadosamente analisadas quando da escolha da cultivar a ser utilizada na implantação do pomar.
A temperatura é um dos principais fatores limitantes à produção de amora-preta. A cultura requer uma combinação de horas de frio (abaixo de 7,2oC), nas estações mais frias, variando de 100 a até 1.000 horas, em função da espécie/cultivar, e calor abundante, nas estações mais quentes, para que ocorram adequadas brotação, floração e produtividade. Por essas razões, a cultura da amora-preta é recomendada, principalmente, para o Estado do Rio Grande do Sul e para as regiões de microclima de Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Minas Gerais.
A implantação do pomar com mudas de qualidade é uma etapa essencial para o sucesso da produção de amora-preta. A muda com fidelidade genética, padrão fitotécnico adequado e isenta de patógenos potencializa o nível de resposta a toda tecnologia empregada no processo produtivo. Embora esse tipo de muda geralmente apresente um custo maior, trata-se de um investimento com retorno garantido em termos de produtividade e de qualidade da fruta. Mais do que isso, trata-se de um componente decisivo para o sucesso do agricultor, por proporcionar redução de custos, principalmente com defensivos químicos, e maior competitividade no mercado, o qual tem apresentado aumento constante do nível de exigência dos consumidores.
Nome científico: Rubus fruticosus (sinônimo: Rubus brasiliensis)
Família: Rosáceas
Nome comum: amora-preta, framboesa-negra, blackberry (inglês)
Origem: Europa, América do Norte e América do Sul
Descrição e característica da planta: a amora-preta é um arbusto, porte ereto, semi-ereto ou rasteiro, pode chegar a 2 metros de altura, caule flexível e a maioria das variedades é coberta por espinhos. As flores são brancas ou rosadas. Os frutos são levemente alongados, quase arredondados, comestíveis, inicialmente vermelhos e depois pretos, quando bem maduros. Aquilo que chamamos de fruto é um agregado de dezenas de frutos verdadeiros, denominados mini-drupa ou drupete, porque no interior de cada bolinha contém uma semente pequena. Uma característica interessante dessa planta é a necessidade de substituição total da parte aérea após as colheitas. As raízes são permanentes e delas formam as brotações que se desenvolvem, florescem e frutificam nos ramos do ano. Durante o desenvolvimento vegetativo, há necessidade de podas de limpeza, que consiste na eliminação de brotos laterais indesejáveis, ramos doentes ou fracos, pois isso favorece a frutificação e o bom desenvolvimento dos frutos. A cultura da amoreira-preta é ideal para pequenas propriedades em regiões de clima frio a ameno, principalmente pelo baixo custo de sua implantação e manutenção, manejo simples, rusticidade e pouco ou nenhum uso de defensivos agrícolas para o controle de pragas e doenças. Os frutos maduros merecem cuidados especiais porque são sensíveis ao manuseio e à luz solar direta para não afetar a sua cor preta. A longevidade da cultura pode chegar a 15 anos. Existem muitas variedades e seleções locais de amora-preta com grande variabilidade genética para várias características, como porte de plantas, presença ou ausência de espinhos, maior ou menor exigência de frio para frutificação, tamanho, firmeza e acidez dos frutos, produtividade, vigor das plantas, entre outras. Variedades:
a) sem espinho: Ébano (porte rasteiro);
b) com espinho: Brazos (porte semi-ereto), Comanche, Cherokee, Tupy, Guarani, Negrita e Caigangue (porte ereto). (Fonte: Boletim 200 do Instituto Agronômico de Campinas. Instruções Agrícolas para as principais culturas econômicas. 6ª edição. IAC, Campinas, SP. 1998. 393 p.). A propagação é feita principalmente pela retirada de brotações das raízes, ou através do enraizamento de caules herbáceos ou por mudas obtidas através de cultura de meristema em laboratório.
Produção e produtividade: os produtores tradicionais nas Américas são os Estados Unidos e o Chile. No Brasil, o estado do Rio Grande do Sul é o pioneiro na produção dessa fruta e o maior produtor, com cerca de 700 toneladas por ano. Os estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Minas Gerais vem aumentando tanto na área plantada quanto na produção. Os resultados experimentais de produção de frutos, em condições favoráveis no Rio Grande do Sul, foram os seguintes: 1º ano – 2,5 toneladas de frutos por hectare; 2º ano – 5 t. por hectare; 3º ano – 12 a 15 t. por hectare.
Plantio da amora-preta 
O espaçamento a ser usado:..................................................  3,0 X  0,5 metros.
Utilidade: o fruto pode ser consumido ao natural e usado no preparo de doces, geléias, conservas, sucos, polpas, sorvetes, iogurtes, tortas, bolos e outros. A fruta é altamente nutritiva, pois contém 85% de água, 10% de carboidratos e elevados teores de vitaminas A e B, potássio e cálcio. (40 miligramas de cálcio e 245 mg de potássio por 100 gramas de fruta).
Partes utilizadas: folhas e frutos.
Ajuda a tratar de: Afecções da boca e da garganta (aftas, principalmente), angina, estados febris, inflamações na garganta, retenção de líquidos.
Amora é o nome popular dado a diversas frutas de formato semelhante mas pertencentes a gêneros e mesmo famílias botânicas diferentes.

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