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4 O Estado do Maranhão - São Luís, 11 de junho de 2014 - quarta-feiraOpinião - opiniao@mirante.com.br OO EESSTTAADDOO DDOO MMAARRAANNHHÃÃOO não se responsabiliza por opiniões emitidas nesta seção. Os comentários, análises e pontos de vista expressos pelos colaboradores são de sua inteira responsabilidade. As cartas para esta se- ção devem ser enviadas com nome, número da carteira de identidade, endereço e, se possível, telefone de contato. Os textos devem ser encaminhados para a Redação em nome do editor de Opinião, avenida Ana Jansen, 200 - Bairro São Francisco - São Luís-MA - CEP 65.076-902 ou para os e-mails: leitor@mirante.com.br ou opiniao@mirante.com.br, ou ainda pelo fax (098) 3215-5054. Editorial U m amplo leque de possibilidades de levar mais ações de desenvolvimen- to aos municípios maranhenses se consolidou com a instalação no estado, em 2012, da 8ª Superintendência Regional da Companhia de Desenvolvimento dos Va- les do São Francisco e do Parnaíba (Code- vasf). Isso pode ser comprovado por meio de obras e projetos executados em parce- ria com o Governo do Estado. O investi- mento total no Maranhão já alcança R$ 500 milhões, englobando o que já está em de- senvolvimento e o que ainda será realiza- do. Na segunda-feira (9), foi mais uma medi- da que vai mudar para melhor a vida de 25.500 famílias no estado. A governadora Roseana Sarney, e o ministro da Integração Nacional, Francisco Teixeira, assinaram ordem de ser- viço para a construção de sistemas simplifi- cados de abastecimento em comunidades ru- rais de 105 municípios. O projeto, fruto de uma parceria da Code- vasf com a Secretaria de Estado de Agricultu- ra, Pecuária e Abastecimento (Sagrima), ga- rante água em casa para os milhares de bene- ficiados. Os sistemas captam a água em po- ços, de onde é bombeada até caixas d'água elevadas, tratada com clorador e distribuída até as residências. Além da água de qualidade, as fa- mílias ganham em saúde e quali- dade de vida. O investimento do programa Água para Todos, no âmbito do Pla- no Brasil sem Mi- séria, é de R$ 119,5 milhões. A obra foi dividida em três lotes, ca- da um de aproximadamente R$ 40 milhões. Vale destacar que a licitação foi anunciada co- mo pioneira pela Codevasf porque foi feita dentro do Regime Diferenciado de Contrata- ção (RDC), por meio do qual a empresa res- ponsável fica obrigada a fazer a locação, ela- borar o projeto dos sistemas, executar a obra e pré-operar por 30 dias. Com a inauguração da sede da Codevasf, na Avenida Alexandre de Moura, centro de São Luís, as ações devem ser intensi- ficadas ainda mais no âmbito do abas- tecimento de água, da irrigação e de outros projetos, co- mo a inclusão pro- dutiva. A área de abrangência da Co- devasf no Mara- nhão engloba 147 municípios pertencentes às bacias hidrográ- ficas dos rios Itapecuru, Mearim e Parnaíba. Dentro do processo de universalização do acesso e uso da água, também estão sendo investidos cerca de R$ 220 milhões no Mara- nhão. A meta é a instalação de 5.377 cisternas de 16 mil litros de água. Desse total, 5.132 cis- ternas foram instaladas. Também estão sen- do construídos outros 100 sistemas simplifi- cados de abastecimento de água no Mara- nhão e elaborado o projeto de 70 pequenas barragens. Já dentro do programa de Recuperação Ambiental e Preservação dos Mananciais de Água Doce da Baixada Ocidental Maranhen- se, também em parceria com a Sagrima, está em execução a elaboração do anteprojeto de engenharia do Sistema de Diques na Baixada Maranhense, com investimento no antepro- jeto é de R$ 2,5 milhões. São 71,2 quilômetros de extensão nos municípios de Viana, Mati- nha, São João Batista, São Vicente Férrer, Ca- japió, São Bento e Bacurituba. Essas ações comprovam que a governado- ra Roseana Sarney estava certa quando abra- çou o projeto de instalação da Codevasf no estado. E, com certeza, muitos outros bons frutos ainda virão. Reforço no combate à pobreza A ações comprovam que a governadora Roseana Sarney estava certa quando abraçou o projeto de instalação da Codevasf no estado Sobe-Desce Eu adoro ver o Brasil contente Nos últimos dias eu convivi com uma dúvida enorme, que vinha me tirando o sono, e que eu só consegui superar na madrugada de hoje, an- tevéspera da estreia do Brasil na Copa do Mun- do de 2014. O dilema que tanto me atormentou era se eu, por mais uma vez, torceria pela seleção brasilei- ra na maior competição de futebol do planeta. Um impasse novo para mim, já que eu sempre fui apaixonado por Copa do Mundo. Nunca me conformei com o fato do evento se realizar somen- te de quatro em quatro anos. Toda vez que termi- na uma Copa, entro em depressão, fico bastante triste e sentido, pois sei que vou ter que esperar mais longos quatro anos para assistir uma nova Copa do Mundo. Além disso, sempre torci freneti- camente para o Brasil em todas as Copas. Sou da- queles que chora depois de um gol, que vibra, dá socos no ar, fica rouco de tanto gritar, e que sem- pre fica de luto por semanas quando a seleção é eliminada da competição, como se tivesse morri- do alguém. Mas neste ano foi tudo muito diferente. O fato da Copa, a ser realizada no Brasil, ter sido mais ca- ra do que as últimas três Copas juntas, de ter cus- tado tanto dinheiro, num país com tantas neces- sidades básicas urgentes, mudou muito o meu sen- timento em relação ao torneio. Pensei seriamente em não torcer pela seleção brasileira. E pensei até em desejar que houvesse muitos protestos, e que esses conseguissem invia- bilizar a realização dos jogos, para chamar a aten- ção do mundo para os verdadeiros problemas e prioridades do nosso país, assim como ocorreu na Copa das Confederações, no ano passado, que não chegaram ao ponto de cancelar as partidas, mas que geraram uma série de transtornos, e que, de algum modo, chamaram a atenção do mundo pa- ra a situação de descontentamento da nossa po- pulação com o atual estado de coisas em que nos encontramos. Mas, por outro lado, pensei em como o fute- bol é importante para os brasileiros, em como me- xe com a cabeça de todos nós. Pensei em como a gente se identifica com o futebol, e como a sele- ção brasileira é querida e amada pelo nosso po- vo. Pensei na magia, na aura que envolve a com- petição, ainda mais sendo realizada aqui no nos- so país. Pensei nas pessoas pobres e humildes, que vi- vem com tanta dificuldade, mas que esquecem os seus problemas quando assistem a um jogo da se- leção. Naquele momento, elas sorriem, e parecem realmente felizes. É incrível como uma vitória do Brasil na Copa do Mundo mexe inclusive com a autoestima delas. O futebol deixa o nosso povo con- tente, e eu adoro ver o Brasil contente. Então, depois de muita reflexão, decidi torcer pelo Brasil. E quanto aos protestos, espero que a população dê uma trégua de apenas 1 mês, perío- do em que será realizada a competição, e que em meados de julho inicie novamente as manifesta- ções, tão edificantes e valiosas para o nosso país mudar de cara. Sei que a Copa do Mundo "entorpece" os bra- sileiros, que aliena e tira o foco dos seus problemas, o que acaba sendo bom para os maus governan- tes, que deixam de ser cobrados por conta disso. Mas, ainda assim, espero que nos deixemos entor- pecer e alienar por apenas um mês, e que após es- se momento voltemos a nos preocupar com as nos- sas aflições e cobrar das autoridades a melhoria da nossa qualidade de vida. Portanto, amanhã, mais uma vez, vou assistir ao jogo do Brasil, com a camisa da seleção, terço na mão, como sempre fiz desde menino, e torcer bastante para que possamos vencer a Copa do Mundo na nossa casa, a terra onde se respira o fu- tebol, pois, mesmo com todos os problemas, eu adoro ver o Brasil contente. Cabalau A atriz Halle Berry foi sentenciada a pagar pensão mensal de US$ 16 mil (cerca de R$ 35 mil) para a filha Nahla, de 6 anos, que vive sob guarda compartilhada entre Berry e o ex-namorado e pai da criança Gabriel Aubry. As informações são do site da revista People. ALEX MURAD Advogado, conselheiroda OAB/MA, MBA em Direito Tributário, especialista em Direito Constitucional, Direito Civil e Processo Civil E-mmail: alexmurad@uol.com.br Foi em clima descontraído e intimista que Cleo Pires foi clicada em um hotel de Los Angeles, nos Estados Unidos, no último fim de semana. A ocasião era de gala: a atriz foi convidada para ser a representante da classe artística brasileira no 42º AFI Achievement Awards, a premiação anual do American Film Institute. Vantagens e desvantagens das Poison Pills As pílulas de veneno ou poison pills, tal como são comu- mente denominadas no âmbito empresarial, são mecanis- mos jurídicos que visam a obstacularizar uma aquisição hos- til de controle sobre companhias abertas, cujas ações se en- contram dispersas no mercado de capitais. Sua concepção é atribuída ao advogado norte-americano Martin Lipton, o qual em 1982 utilizou tal instrumento para impedir a aqui- sição hostil da El Paso General American Oil. No Brasil, a pri- meira companhia a adotá-las foi a Natura Cosméticos S.A., quando da abertura de seu capital, em 2004. As versões modernas das poison pills, em sua conforma- ção brasileira, usualmente apresentam estruturas semelhan- tes. Em geral, são previstas nos estatutos sociais das compa- nhias e estabelecem um limite de ações que cada acionista pode deter. Após se verificar que tal limite foi superado, o acionista em questão deve promover uma oferta pública de aquisição de ações (a 'OPA'), a qual deve ser direcionada aos demais acionistas. O preço de aquisição é usualmente esta- belecido de forma a prever um ágio sobre o preço de merca- do, sendo rotineira a adoção de um método de avaliação his- tórica (e.g. com base na variação do preço das ações em bol- sa de valores, durante um determinado período de tempo). É interessante notar que algumas companhias optam por inserir em seus estatutos uma disposição por meio da qual o acionista que se posicionar em favor da revogação da poi- son pill estará sujeito a realizar uma OPA, tal como se tives- se superado o limite de participação acionária estabelecido pela pílula. Na prática jurídica, tal regra é denominada 'cláusula pétrea', sendo alvo de críticas da doutrina especia- lizada, da Comissão de Valores Mobiliários e do Instituto Bra- sileiro de Governança Corporativa. A adoção das poison pills pelas companhias abertas po- de apresentar diversas vantagens, as quais são contraba- lanceadas por desvantagens relevantes. Seja como for, é possível argumentar que as pílulas atuais tratam igualmen- te todos os acionistas de uma companhia, independente- mente de fazerem parte do grupo de controle, ou não. Des- sa forma, seus interesses financeiros na valoração das ações são conjuntamente protegidos, impedindo a discrimina- ção entre acionistas, no contexto de uma aquisição hostil do controle. Uma das principais vantagens das poison pills é sua ca- pacidade de aumentar o poder de barganha dos acionistas, quando da negociação de uma potencial alienação do con- trole. Nada mais natural, uma vez que nas companhias com capital disperso a coesão entre os acionista é extremamen- te tênue, sendo complexo unificar a assembleia geral (ou até mesmo o conselho de administração), em reação a uma pro- posta de um adquirente hostil (ou 'sharks' como são comu- mente denominados). As poison pills têm entre seus objeti- vos solucionar esse problema, por meio de um método de precificação do controle. Dessa forma, caso uma proposta não seja compatível com os parâmetros estabelecidos pela pílula, ela não se concluirá, enquanto o mecanismo anti-ta- keover permanecer válido e eficaz. Ainda, é interessante notar que propostas coercitivas que visam a estimular a alienação de ações a um shark tendem a ser bloqueadas pelas poison pills, o que contribui para que a companhia seja avaliada de forma favorável aos acionis- tas. Por outro lado, transações potencialmente eficientes sob uma perspectiva econômica podem ser obstacularizadas pelo mesmo mecanismo jurídico. Com base nesse argumen- to, diversos investidores institucionais, entre eles os fundos de investimento em participações, tem se posicionado con- trariamente às pílulas. De qualquer modo, seja dificultando aquisições hostis ou bloqueando transações que seriam po- tencialmente eficientes, as poison pills contribuem para a manutenção do free float de uma companhia (i.e. o percen- tual de ações de uma companhia aberta, que é negociado em bolsa de valores ou em mercado de balcão organizado). Entre as desvantagens das pílulas merece destaque o fe- nômeno denominado encastelamento dos administrado- res, o qual ocorre na hipótese da administração tomar me- didas ou utilizar instrumentos à sua disposição (entre os quais as poison pills), visando a evitar a alienação do controle de uma companhia, de modo a se perpetuar no poder, inde- pendentemente de critérios de eficiência gerencial. Verifica- do o encastelamento da administração, a companhia tende ser avaliada negativamente pelo mercado mobiliário, o que implica em uma redução no valor das ações de sua emissão. Cabe destacar que essa desvantagem tende a ser potencia- lizada pela adoção de uma cláusula pétrea. No entanto, a po- tencial revogação do dispositivo estatutário pelos acionistas pode contrabalancear a tendência ao encastelamento. Em conclusão, pode-se argumentar que as vantagens das poison pills superam suas desvantagens, pois efetivamente criam valor para os acionistas e fomentam uma correta pre- cificação do poder de controle. No entanto, sua estipulação deve estar condicionada a uma atenta e detida análise de suas consequências, em especial aquelas que se referem à governança corporativa das companhias. Ademais, é de to- do desaconselhável a utilização das cláusulas pétreas. DANIEL AFONSO FRANZIN Especialista em Direito Societário e Mercado de Capitais, Fusões e Aquisições (M&A) no escritório Abe Advogados OESTADOMaranhão “O Maranhão é uma saudade que dói e não passa. Não o esqueço um só dia, um só instante. É amor demais. Maranhão, minha terra, minha paixão.” José Sarney FUNDADORES: JOSÉ SARNEY E BANDEIRA TRIBUZI PRESIDENTE: TERESA SARNEY DIRETOR DE REDAÇÃO: RIBAMAR CORRÊA DIRETOR COMERCIAL: GUSTAVO ASSUMPÇÃO SECRETÁRIO DE REDAÇÃO: ADEMIR SANTOS - redacao@mirante.com.br COORDENADOR DE REDAÇÃO: CLÓVIS CABALAU - cabalau@mirante.com.br COORDENADOR DE REPORTAGEM: DANIEL MATOS - coordenacao@mirante.com.br 1948Um dia como hoje União Na Hungria, o PC absorve o PS, o que permite sua vitória eleitoral. O novo governo confisca os bens da Igreja e dos industriais, assim como dos comerciantes e latifundiários que apoiaram a guerra. 19011982 11 de junho Arrendamento O governo boliviano arrenda o Acre para a Bolivian Syndicate, de capital estrangeiro. Os brasileiros que vivem no território não poderão mais explorar os seringais. Toda a produção do látex fica a cargo dos americanos. Estreia O filme "E.T.", dirigido por Steven Spielberg, estréia nos Estados Unidos. O filme encantou o público norte- americano e arrecadou mais de $100 milhões um mês após o seu lançamento.
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