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Codevasf: Desenvolvimento no Maranhão

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4 O Estado do Maranhão - São Luís, 11 de junho de 2014 - quarta-feiraOpinião - opiniao@mirante.com.br
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Editorial
U
m amplo leque de possibilidades de
levar mais ações de desenvolvimen-
to aos municípios maranhenses se
consolidou com a instalação no estado, em
2012, da 8ª Superintendência Regional da
Companhia de Desenvolvimento dos Va-
les do São Francisco e do Parnaíba (Code-
vasf). Isso pode ser comprovado por meio
de obras e projetos executados em parce-
ria com o Governo do Estado. O investi-
mento total no Maranhão já alcança R$ 500
milhões, englobando o que já está em de-
senvolvimento e o que ainda será realiza-
do.
Na segunda-feira (9), foi mais uma medi-
da que vai mudar para melhor a vida de 25.500
famílias no estado. A governadora Roseana
Sarney, e o ministro da Integração Nacional,
Francisco Teixeira, assinaram ordem de ser-
viço para a construção de sistemas simplifi-
cados de abastecimento em comunidades ru-
rais de 105 municípios. 
O projeto, fruto de uma parceria da Code-
vasf com a Secretaria de Estado de Agricultu-
ra, Pecuária e Abastecimento (Sagrima), ga-
rante água em casa para os milhares de bene-
ficiados. Os sistemas captam a água em po-
ços, de onde é bombeada até caixas d'água
elevadas, tratada com clorador e distribuída
até as residências.
Além da água de
qualidade, as fa-
mílias ganham
em saúde e quali-
dade de vida. 
O investimento
do programa
Água para Todos,
no âmbito do Pla-
no Brasil sem Mi-
séria, é de R$ 119,5
milhões. A obra foi dividida em três lotes, ca-
da um de aproximadamente R$ 40 milhões.
Vale destacar que a licitação foi anunciada co-
mo pioneira pela Codevasf porque foi feita
dentro do Regime Diferenciado de Contrata-
ção (RDC), por meio do qual a empresa res-
ponsável fica obrigada a fazer a locação, ela-
borar o projeto dos sistemas, executar a obra
e pré-operar por 30 dias. 
Com a inauguração da sede da Codevasf,
na Avenida Alexandre de Moura, centro de
São Luís, as ações
devem ser intensi-
ficadas ainda mais
no âmbito do abas-
tecimento de água,
da irrigação e de
outros projetos, co-
mo a inclusão pro-
dutiva. A área de
abrangência da Co-
devasf no Mara-
nhão engloba 147
municípios pertencentes às bacias hidrográ-
ficas dos rios Itapecuru, Mearim e Parnaíba. 
Dentro do processo de universalização do
acesso e uso da água, também estão sendo
investidos cerca de R$ 220 milhões no Mara-
nhão. A meta é a instalação de 5.377 cisternas
de 16 mil litros de água. Desse total, 5.132 cis-
ternas foram instaladas. Também estão sen-
do construídos outros 100 sistemas simplifi-
cados de abastecimento de água no Mara-
nhão e elaborado o projeto de 70 pequenas
barragens. 
Já dentro do programa de Recuperação
Ambiental e Preservação dos Mananciais de
Água Doce da Baixada Ocidental Maranhen-
se, também em parceria com a Sagrima, está
em execução a elaboração do anteprojeto de
engenharia do Sistema de Diques na Baixada
Maranhense, com investimento no antepro-
jeto é de R$ 2,5 milhões. São 71,2 quilômetros
de extensão nos municípios de Viana, Mati-
nha, São João Batista, São Vicente Férrer, Ca-
japió, São Bento e Bacurituba. 
Essas ações comprovam que a governado-
ra Roseana Sarney estava certa quando abra-
çou o projeto de instalação da Codevasf no
estado. E, com certeza, muitos outros bons
frutos ainda virão.
Reforço no combate à pobreza
A ações comprovam que a
governadora Roseana
Sarney estava certa
quando abraçou o 
projeto de instalação 
da Codevasf no estado
Sobe-Desce
Eu adoro ver o Brasil contente
Nos últimos dias eu convivi com uma dúvida
enorme, que vinha me tirando o sono, e que eu
só consegui superar na madrugada de hoje, an-
tevéspera da estreia do Brasil na Copa do Mun-
do de 2014.
O dilema que tanto me atormentou era se eu,
por mais uma vez, torceria pela seleção brasilei-
ra na maior competição de futebol do planeta.
Um impasse novo para mim, já que eu sempre
fui apaixonado por Copa do Mundo. Nunca me
conformei com o fato do evento se realizar somen-
te de quatro em quatro anos. Toda vez que termi-
na uma Copa, entro em depressão, fico bastante
triste e sentido, pois sei que vou ter que esperar
mais longos quatro anos para assistir uma nova
Copa do Mundo. Além disso, sempre torci freneti-
camente para o Brasil em todas as Copas. Sou da-
queles que chora depois de um gol, que vibra, dá
socos no ar, fica rouco de tanto gritar, e que sem-
pre fica de luto por semanas quando a seleção é
eliminada da competição, como se tivesse morri-
do alguém.
Mas neste ano foi tudo muito diferente. O fato
da Copa, a ser realizada no Brasil, ter sido mais ca-
ra do que as últimas três Copas juntas, de ter cus-
tado tanto dinheiro, num país com tantas neces-
sidades básicas urgentes, mudou muito o meu sen-
timento em relação ao torneio.
Pensei seriamente em não torcer pela seleção
brasileira. E pensei até em desejar que houvesse
muitos protestos, e que esses conseguissem invia-
bilizar a realização dos jogos, para chamar a aten-
ção do mundo para os verdadeiros problemas e
prioridades do nosso país, assim como ocorreu na
Copa das Confederações, no ano passado, que não
chegaram ao ponto de cancelar as partidas, mas
que geraram uma série de transtornos, e que, de
algum modo, chamaram a atenção do mundo pa-
ra a situação de descontentamento da nossa po-
pulação com o atual estado de coisas em que nos
encontramos.
Mas, por outro lado, pensei em como o fute-
bol é importante para os brasileiros, em como me-
xe com a cabeça de todos nós. Pensei em como a
gente se identifica com o futebol, e como a sele-
ção brasileira é querida e amada pelo nosso po-
vo. Pensei na magia, na aura que envolve a com-
petição, ainda mais sendo realizada aqui no nos-
so país.
Pensei nas pessoas pobres e humildes, que vi-
vem com tanta dificuldade, mas que esquecem os
seus problemas quando assistem a um jogo da se-
leção. Naquele momento, elas sorriem, e parecem
realmente felizes. É incrível como uma vitória do
Brasil na Copa do Mundo mexe inclusive com a
autoestima delas. O futebol deixa o nosso povo con-
tente, e eu adoro ver o Brasil contente.
Então, depois de muita reflexão, decidi torcer
pelo Brasil. E quanto aos protestos, espero que a
população dê uma trégua de apenas 1 mês, perío-
do em que será realizada a competição, e que em
meados de julho inicie novamente as manifesta-
ções, tão edificantes e valiosas para o nosso país
mudar de cara.
Sei que a Copa do Mundo "entorpece" os bra-
sileiros, que aliena e tira o foco dos seus problemas,
o que acaba sendo bom para os maus governan-
tes, que deixam de ser cobrados por conta disso.
Mas, ainda assim, espero que nos deixemos entor-
pecer e alienar por apenas um mês, e que após es-
se momento voltemos a nos preocupar com as nos-
sas aflições e cobrar das autoridades a melhoria da
nossa qualidade de vida.
Portanto, amanhã, mais uma vez, vou assistir
ao jogo do Brasil, com a camisa da seleção, terço
na mão, como sempre fiz desde menino, e torcer
bastante para que possamos vencer a Copa do
Mundo na nossa casa, a terra onde se respira o fu-
tebol, pois, mesmo com todos os problemas, eu
adoro ver o Brasil contente. 
Cabalau
A atriz Halle Berry foi
sentenciada a pagar pensão
mensal de US$ 16 mil (cerca
de R$ 35 mil) para a filha
Nahla, de 6 anos, que vive
sob guarda compartilhada
entre Berry e o ex-namorado
e pai da criança Gabriel
Aubry. As informações são
do site da revista People. 
ALEX MURAD
Advogado, conselheiroda OAB/MA, MBA em Direito
Tributário, especialista em Direito Constitucional,
Direito Civil e Processo Civil
E-mmail: alexmurad@uol.com.br
Foi em clima descontraído e
intimista que Cleo Pires foi
clicada em um hotel de Los
Angeles, nos Estados Unidos,
no último fim de semana. A
ocasião era de gala: a atriz foi
convidada para ser a
representante da classe artística brasileira no 42º
AFI Achievement Awards, a premiação anual do
American Film Institute.
Vantagens e
desvantagens das
Poison Pills
As pílulas de veneno ou poison pills, tal como são comu-
mente denominadas no âmbito empresarial, são mecanis-
mos jurídicos que visam a obstacularizar uma aquisição hos-
til de controle sobre companhias abertas, cujas ações se en-
contram dispersas no mercado de capitais. Sua concepção
é atribuída ao advogado norte-americano Martin Lipton, o
qual em 1982 utilizou tal instrumento para impedir a aqui-
sição hostil da El Paso General American Oil. No Brasil, a pri-
meira companhia a adotá-las foi a Natura Cosméticos S.A.,
quando da abertura de seu capital, em 2004.
As versões modernas das poison pills, em sua conforma-
ção brasileira, usualmente apresentam estruturas semelhan-
tes. Em geral, são previstas nos estatutos sociais das compa-
nhias e estabelecem um limite de ações que cada acionista
pode deter. Após se verificar que tal limite foi superado, o
acionista em questão deve promover uma oferta pública de
aquisição de ações (a 'OPA'), a qual deve ser direcionada aos
demais acionistas. O preço de aquisição é usualmente esta-
belecido de forma a prever um ágio sobre o preço de merca-
do, sendo rotineira a adoção de um método de avaliação his-
tórica (e.g. com base na variação do preço das ações em bol-
sa de valores, durante um determinado período de tempo).
É interessante notar que algumas companhias optam por
inserir em seus estatutos uma disposição por meio da qual
o acionista que se posicionar em favor da revogação da poi-
son pill estará sujeito a realizar uma OPA, tal como se tives-
se superado o limite de participação acionária estabelecido
pela pílula. Na prática jurídica, tal regra é denominada
'cláusula pétrea', sendo alvo de críticas da doutrina especia-
lizada, da Comissão de Valores Mobiliários e do Instituto Bra-
sileiro de Governança Corporativa.
A adoção das poison pills pelas companhias abertas po-
de apresentar diversas vantagens, as quais são contraba-
lanceadas por desvantagens relevantes. Seja como for, é
possível argumentar que as pílulas atuais tratam igualmen-
te todos os acionistas de uma companhia, independente-
mente de fazerem parte do grupo de controle, ou não. Des-
sa forma, seus interesses financeiros na valoração das ações
são conjuntamente protegidos, impedindo a discrimina-
ção entre acionistas, no contexto de uma aquisição hostil
do controle.
Uma das principais vantagens das poison pills é sua ca-
pacidade de aumentar o poder de barganha dos acionistas,
quando da negociação de uma potencial alienação do con-
trole. Nada mais natural, uma vez que nas companhias com
capital disperso a coesão entre os acionista é extremamen-
te tênue, sendo complexo unificar a assembleia geral (ou até
mesmo o conselho de administração), em reação a uma pro-
posta de um adquirente hostil (ou 'sharks' como são comu-
mente denominados). As poison pills têm entre seus objeti-
vos solucionar esse problema, por meio de um método de
precificação do controle. Dessa forma, caso uma proposta
não seja compatível com os parâmetros estabelecidos pela
pílula, ela não se concluirá, enquanto o mecanismo anti-ta-
keover permanecer válido e eficaz.
Ainda, é interessante notar que propostas coercitivas que
visam a estimular a alienação de ações a um shark tendem
a ser bloqueadas pelas poison pills, o que contribui para que
a companhia seja avaliada de forma favorável aos acionis-
tas. Por outro lado, transações potencialmente eficientes sob
uma perspectiva econômica podem ser obstacularizadas
pelo mesmo mecanismo jurídico. Com base nesse argumen-
to, diversos investidores institucionais, entre eles os fundos
de investimento em participações, tem se posicionado con-
trariamente às pílulas. De qualquer modo, seja dificultando
aquisições hostis ou bloqueando transações que seriam po-
tencialmente eficientes, as poison pills contribuem para a
manutenção do free float de uma companhia (i.e. o percen-
tual de ações de uma companhia aberta, que é negociado
em bolsa de valores ou em mercado de balcão organizado).
Entre as desvantagens das pílulas merece destaque o fe-
nômeno denominado encastelamento dos administrado-
res, o qual ocorre na hipótese da administração tomar me-
didas ou utilizar instrumentos à sua disposição (entre os quais
as poison pills), visando a evitar a alienação do controle de
uma companhia, de modo a se perpetuar no poder, inde-
pendentemente de critérios de eficiência gerencial. Verifica-
do o encastelamento da administração, a companhia tende
ser avaliada negativamente pelo mercado mobiliário, o que
implica em uma redução no valor das ações de sua emissão.
Cabe destacar que essa desvantagem tende a ser potencia-
lizada pela adoção de uma cláusula pétrea. No entanto, a po-
tencial revogação do dispositivo estatutário pelos acionistas
pode contrabalancear a tendência ao encastelamento.
Em conclusão, pode-se argumentar que as vantagens das
poison pills superam suas desvantagens, pois efetivamente
criam valor para os acionistas e fomentam uma correta pre-
cificação do poder de controle. No entanto, sua estipulação
deve estar condicionada a uma atenta e detida análise de
suas consequências, em especial aquelas que se referem à
governança corporativa das companhias. Ademais, é de to-
do desaconselhável a utilização das cláusulas pétreas.
DANIEL AFONSO FRANZIN
Especialista em Direito Societário e Mercado de Capitais,
Fusões e Aquisições (M&A) no escritório Abe Advogados
OESTADOMaranhão “O Maranhão é uma saudade que dói e não passa. Não o esqueço um só dia, um só instante. É amor demais. 
Maranhão, minha terra, minha paixão.”
José Sarney
FUNDADORES: JOSÉ SARNEY E BANDEIRA TRIBUZI
PRESIDENTE: TERESA SARNEY
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COORDENADOR DE REDAÇÃO: CLÓVIS CABALAU - cabalau@mirante.com.br
COORDENADOR DE REPORTAGEM: DANIEL MATOS - coordenacao@mirante.com.br
1948Um dia
como hoje União
Na Hungria, o PC absorve o PS,
o que permite sua vitória
eleitoral. O novo governo
confisca os bens da Igreja e dos
industriais, assim como dos
comerciantes e latifundiários
que apoiaram a guerra.
19011982
11 de junho
Arrendamento
O governo boliviano arrenda o
Acre para a Bolivian Syndicate, de
capital estrangeiro. Os brasileiros
que vivem no território não
poderão mais explorar os
seringais. Toda a produção do
látex fica a cargo dos americanos.
Estreia
O filme "E.T.", dirigido por
Steven Spielberg, estréia nos
Estados Unidos. O filme
encantou o público norte-
americano e arrecadou mais
de $100 milhões um mês
após o seu lançamento.

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