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1. No sistema jurídico brasileiro, os decretos são atos meramente administrativos da competência dos chefes dos poderes executivos (presidente, governadores e prefeitos). É utilizado pelo chefe do Poder Executivo para fazer nomeações e regulamentações de leis, entre outras coisas. É a forma de que se revestem dos atos individuais ou gerais, emanados do Chefe do Poder Executivo. Pode subdividir-se em geral e individual – este, a pessoa ou grupo, e aquele, a pessoas que se encontram em mesma situação. Tem efeito regulamentar ou de execução – expedido com base no artigo 84, VI da CF, para fiel execução da lei, ou seja, o decreto detalha a lei, não podendo ir contra a lei ou além dela. Ver EC 32/01. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Decreto. Acesso em 21/02/2015. Texto adaptado. O Poder Executivo de determinado município brasileiro, considerando a necessidade de realização de obras emergenciais, estipulou, por Decreto, a cobrança de taxa cuja hipótese de incidência reside em trafegar, de carroça, pelas vias públicas municipais, determinando, ainda, a cobrança retroativa aos últimos cinco anos, tendo em vista o histórico uso desse meio de transporte por seus cidadãos. O tributo instituído em tais condições será: a) Inconstitucional, porque viola os princípios da legalidade e da anterioridade. b) Inconstitucional, porque não se admite tributo com tal hipótese de incidência. c) Constitucional, porque instituído pelo representante do credor. d) Constitucional, porque nada impede a criação de tributo com tal natureza. e) Constitucional, dado que o município poderá instituir certos tributos. 2. O nome civil da pessoa natural é o modo como se identifica, um direito exclusivo, tendo como elementos fundamentais o prenome e o apelido de família, admitindo, em determinadas hipóteses, a sua alteração, acrescentando ou substituindo, seja pela maioridade, ou exposição ao ridículo, ou ainda pelo casamento, como exemplos. O oficial de Registro Civil deverá ter atenção ao fazer um assento de nascimento, pois deve evitar o registro de prenome ou apelido que exponha o registrando a futuras situações constrangedoras, assim como complementar o nome civil, caso não seja fornecido pelos pais, os apelidos de família. Disponível em: http://www.boletimjuridico.com.br/doutrina/texto.asp?id=1864. Acesso em 19/02/2015 Floristeu é empresário e mantém sociedade devidamente registrada na forma da lei. Há anos demanda pela alteração de seu prenome, por entender que o expõe ao ridículo. Tendo finalmente conseguido a almejada retificação de seu registro de nascimento, ele será obrigado a promovê-la também em seu registro de empresário? a) Não, porque os registros civil e comercial são absolutamente independentes e distintos, não sendo necessária anotação. b) Não, a alteração do nome civil não terá o condão de alterar o nome comercial, portanto mantém-se tal registro. c) Sim, a alteração do nome civil da pessoa natural impõe a sua retificação em todos os demais registros. d) Sim, já que o registro é único e surtirá, automaticamente, o efeito de alterar o nome de comerciante. e) Não, há a necessidade de anulação do registro preexistente com a correção posterior, e não retificação de um deles. 3. Afirma-se que o Direito Penal é um ramo do Direito Público. Isso ocorre, porque: a) É o ramo do Direito que determina a persecução criminal dos desviantes. b) Pela relevância e natureza dos interesses tutelados por essa norma social. c) Em virtude da organização social por meio do direito em sua esfera criminal. d) Assim dispõe o próprio texto constitucional, quando regula a norma. e) É crucial a participação do Estado, atuando como organizador social. 4. A antiga Teoria dos Atos de Comércio, decorrente da chamada codificação napoleônica, nunca definiu muito bem as atividades mercantis, os chamados atos de comércio. A definição dos atos de comércio não convenceu a doutrina, pois muitas atividades não eram consideradas comerciais por razões históricas, como no caso da negociação de bens imobiliários. Além disso, com a constante inovação tecnológica do mercado, diversas novas atividades foram surgindo, mas não eram enumeradas como atos de comércio pela lentidão do processo legislativo. Com o surgimento da Teoria da Empresa, tendo como marco o Código Civil italiano de 1942, houve a evolução segundo a qual, em princípio, qualquer atividade econômica que seja exercida profissionalmente e de forma organizada seria considerada empresa, sendo tutelada, assim, pelo Direito Empresarial. Disponível: http://pt.wikipedia.org/wiki/Empresa Acesso em 19/02/2015. Segundo o texto acima, será correto afirmar que empresa pode ser caracterizada como: a) Uma pessoa jurídica sem finalidade social necessária. b) Uma pessoa jurídica criada com a finalidade lucrativa. c) Uma pessoa física registrada no registro civil. d) Um conjunto de pessoas físicas organizado. e) A pessoa imaterial com finalidade filantrópica. 5. O município do Rio de Janeiro estabelece, por meio de lei específica, a majoração da alíquota do imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana dos imóveis localizados em seu território. O município de Niterói, por ser limítrofe ao Rio de Janeiro, poderá aumentar, na mesma proporção, a alíquota deste tributo das hipóteses de sua competência? a) Não, já que o IPTU apenas será devido na hipótese de municípios que sejam capitais estaduais, o que não ocorre na hipótese analisada na questão presente. b) Não, porque o IPTU apenas será devido em municípios com população acima de determinada faixa, em que não se encontra o de Niterói, apenas o Rio de Janeiro. c) Sim, porque a majoração da alíquota em município limítrofe abre a Niterói o precedente de determinar o cumprimento de obrigação idêntica em seu benefício. d) Não. Uma lei do município do Rio de Janeiro necessariamente terá vigência em seu território e não fora dele. Essa é a norma de vigência e aplicação da lei no espaço. e) Sim, porque, sendo o Rio de Janeiro a capital do Estado, a ele compete o estabelecimento da alíquota do IPTU em todos os demais municípios da região. 6. Considere o fato de ter praticado um ato ilícito sem a intenção de causar dano à vítima. Conforme o Código de Defesa do Consumidor, isso exonera o agente da responsabilidade pela reparação dos prejuízos causados? a) Não, porque a hipótese de incidência da obrigação de indenizar não se verifica apenas quando o ato ilícito é praticado intencionalmente. b) Não, porque a obrigação de indenizar apenas poderá ser afastada pelo perdão judicial, o que na hipótese não ocorreu. c) Sim, porque sem a intenção de causar o prejuízo o ato não será ilícito, já que ele necessita da culpa, que não se perfaz sem o dolo. d) Sim, porque a prática de um ato sem o querer não poderá ensejar a incidência da obrigação de indenizar de qualquer natureza. e) Não, porque o fato de fazer aquilo que não deseja impõe ao agente uma responsabilidade maior que a do homem médio. 7. A Câmara Municipal de Campo Grande aprovou em sessão nesta terça-feira (10) projeto de lei complementar que permite o parcelamento do Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI). A proposta foi aprovada em única discussão e segue para apreciação do prefeito Gilmar Olarte (PP). A proposição acrescenta dois artigos na Lei no 2.592, de 27 de janeiro de 1989, que regulamenta a cobrança do imposto. O pagamento do ITBI poderá ser pago em até seis vezes, desde que as parcelas não sejam menores que R$ 100. O vencimento será dentro do prazo de 30 dias contados a partir da emissão da guia de recolhimento. Escrivães, tabeliães de nota e quaisquer outros funcionários da Justiça não poderão transferir imóveis sem que os interessados apresentem comprovante original do pagamento ou parcelamento. Em sua justificativa, os vereadores Coringa (PSD) e Otávio Trad (PT do B) argumentam que muitos cidadãos não conseguem pagar o imposto à vista, devido ao valor desembolsado na compra do imóvel. Assim, não se consegue regularizar o bem. Fonte: http://g1.globo.com/mato-grosso-do-sul/noticia/2015/02/aprovado-projeto-de-parcelamento-do-itbi-em-ate-6-vezes-na-capital-de-ms.html. Acesso em 21/02/2015 Considerando o exposto, aponte a consequência do parcelamento para a exigibilidade do crédito tributário: a) O parcelamento não surte qualquer efeito quanto à exigibilidade do crédito tributário ou pagamento. b) O parcelamento de um crédito tributário levará à sua imediata extinção, já que opera a presunção do cumprimento. c) está incorreta porque não se trata, na hipótese, de cogitar d) No parcelamento, dá-se a suspensão da exigibilidade do crédito tributário até final adimplemento. e) Será uma modalidade de reiteração do crédito tributário, que se tornará exigível de imediato. 8. Padecendo de fortíssimas dores no peito e crendo encontrar-se em processo de infarto agudo do miocárdio, Berenalva se desloca para a emergência de um hospital privado próximo à sua residência. Ao chegar lá e como seu plano de saúde não atendeu às ligações realizadas pelas atendentes, o hospital condicionou o atendimento de urgência à assinatura de um cheque no valor de R$ 15.000,00 (quinze mil Reais), como caução para o caso de inadimplemento. Tal obrigação será válida, ou seja, Berenalva poderá vir a ter de adimplir o valor expresso no referido título de crédito? a) Sim, porque Berenalva poderia ter se dirigida a outro Hospital, não sendo ilícito aos serviços de saúde a escolha de seus pacientes conforme sua vontade. b) Não, porque a vontade de Berenalva, que se imaginava sob risco de morte, não foi livremente manifestada, o que gera a invalidade do contrato. c) Sim, porque mesmo a coação invalidando a manifestação de vontade, o cheque, como título de crédito, surtirá efeitos. d) Não, porque inexiste contrato cujo objeto seja impossível juridicamente, uma vez que não se pode determinar um valor para a saúde. e) Não, porque o cliente de plano de saúde não pode contratar atendimento médico fora da rede credenciada legalmente. 9. A estruturação dos sujeitos de direito deve considerar a distinção fundamental de nosso Ordenamento Jurídico entre pessoas e coisas. Nesse sentido, explique como são estruturados os sujeitos de direitos. 10. O empresário individual, que, antes da vigência do Código Civil de 2002, chamava-se firma individual, é pessoa física que exerce pessoalmente atividade de empresário, assume responsabilidade ilimitada e, em caso de falência, responde com seus bens pessoais. O empresário individual não tem personalidade jurídica, ou seja, mesmo tendo registro no CNPJ, não é considerado pessoa jurídica. Disponível em: <http://www.portaldoempreendedor.gov.br/legislacao/empresario-individual>. Acesso em: 19 fev. 2015. Partindo do pressuposto de que a atividade empresarial demanda inscrição própria para o seu exercício: Identifique os requisitos necessários a quem pretende se tornar empresário. Explique como esses requisitos diferem daqueles necessários à prática dos atos da vida civil.