Prévia do material em texto
<p>A2 DIREITO APLICADO A GESTÃO</p><p>1) Em direito, "capacidade" de uma pessoa física ou jurídica é a possibilidade do exercício pessoal dos atos da vida civil. No Brasil, a legislação prevê os seguintes estados de capacidade jurídica: plena – exercício pessoal dos atos da vida civil; incapacidade relativa – impossibilidade parcial de realização pessoal dos atos da vida civil, determinando a assistência de alguém; e incapacidade absoluta – situação legalmente imposta de impossibilidade de realização pessoal dos atos da vida civil senão por representante. OrosimboEnquitério é representante legal de seu filho Lupercino Mussaranho, que, embora maior de idade, é absolutamente incapaz, como tal reconhecido por sentença transitada em julgado de juiz competente, e proprietário de um imóvel que lhe foi doado por seu pai, com as cláusulas de incomunicabilidade, impenhorabilidade e inalienabilidade. Fiscal da Prefeitura do local deste imóvel, julgando prudente, passou a emitir os carnês para o pagamento do Imposto Predial e Territorial Urbano em nome de Orosimbo. Ele pode tornar-se o contribuinte no lugar de seu filho.</p><p>a) Não, o carnê não poderia ser realizado em seu nome.</p><p>b) Sim, já que doou o imóvel a seu filho, que é incapaz.</p><p>c) Não, a capacidade tributária independe da civil. (X)</p><p>d) Sim, por ser o representante de seu filho incapaz.</p><p>e) Sim, pois as cláusulas limitam a propriedade do imóvel</p><p>2) Determinado partido político foi constituído com a finalidade de promover a volta do Brasil ao estado de Colônia, sob o argumento de que nossos agentes públicos se revelam incapazes de administrar adequadamente nossos recursos humanos e naturais, e promete apresentar projeto de Emenda Constitucional nesse sentido, propondo, ainda, consulta popular para escolha de um País como Metrópole. Avaliando o que foi relatado, o Congresso Nacional poderá, ainda que por maioria absoluta de votos, determinar a subordinação do Brasil a algum outro Estado?</p><p>a) Não, porque a subordinação a um País estrangeiro dependerá da consulta à sua própria população, que poderá anular a anexação que foi estabelecida.</p><p>b) Sim, apenas como consequência de guerra externa e após a anexação do território nacional ao País que se constituir como eventualmente vitorioso.</p><p>c) Sim, na hipótese da impossibilidade de cumprimento, pelo Estado, das disposições constitucionais e somente após uma consulta popular.</p><p>d) Apenas após a consulta popular e somente na hipótese de sua aprovação por ampla maioria dos eleitores alistados na forma da lei eleitoral vigente.</p><p>e) Não, porque isso renegaria a soberania nacional, pressuposto para a sua própria existência enquanto Estado independente e autônomo. (X)</p><p>3) Considere o fato de uma aquisição de um animal de estimação. Qual a natureza jurídica do animal que torna possível essa aquisição?</p><p>a) Pessoa, porque é um ser vivo e, como tal, não pode ser apropriado.</p><p>b) Móvel, porque pode ser transportado sem perder as suas características.</p><p>c) Móvel, porque se move quando comandado por outro agente.</p><p>d) Imóvel, porque adquire um valor intrínseco referente à estimação.</p><p>e) Semovente, porque essa é a natureza dos animais para o Direito (X)</p><p>4) O Direito Empresarial atua com uma concepção específica de empresa. Defina empresa para efeitos de incidência das normas constantes do Direito Empresarial.</p><p>RESPOSTA: O termo "empresa" refere-se a entidades jurídicas constituídas de forma civil ou mercantil e destinadas à exploração de atividades com fins lucrativos por pessoa física ou jurídica. Essas empresas são formadas por pessoas a quem chamamos de empresários e que fazem coisas que são consideradas empresas.</p><p>5) Considere um contrato pelo qual determinada pessoa se obrigue a ir, no lugar de outra, para o purgatório após a morte de ambas, mediante determinada remuneração vitalícia.É possível a elaboração de um contrato como esse?</p><p>a) Não, porque inexiste contrato cujo objeto seja impossível juridicamente. (X)</p><p>b) Não, porque esse contrato não teria valor econômico para uma das partes.</p><p>c) Sim, porque se as partes convencionaram a obrigação e a remuneração, o contrato vigora.</p><p>d) Sim, como já visto anteriormente, a liberdade contratual garante esse direito aos cidadãos</p><p>e) Não, porque não há como se estabelecer a comoriência, ou seja, a morte conjunta das partes</p><p>6) O Poder Constituinte, reunido exclusivamente para elaborar a Constituição, não encontra qualquer limite em planos legais ou jurídicos – nem mesmo se obriga a respeitar à Constituição anterior. Ele tudo pode, não sendo obrigado a respeitar qualquer regime, disposição ou relação jurídica anterior. Resulta, classicamente, de uma Revolução, da mudança das características de uma sociedade, representando uma ruptura para com a ordem preexistente. Já os Poderes Constituídos devem a sua criação e composição ao Poder Constituinte, compõem a estrutura do Estado e são limitados em suas funções, atribuições e seus poderes pela Constituição, que não elaboraram e a que devem obediência. O texto acima tratados Poderes Constituídos em nosso Ordenamento Jurídico. São eles:</p><p>a) Legislativo e Judiciário.</p><p>b) Judiciário e Executivo.</p><p>c) Executivo, Legislativo e Judicial.</p><p>d) Executivo, Legislativo, Judiciário e Moderador.</p><p>e) Executivo, Legislativo e Judiciário. (X)</p><p>7) A imposição de tortura, física ou psicológica a um preso, para fins de obter informações sobre determinado delito, não será admissível em nosso Estado de Direito, em qualquer modalidade e sob qualquer pretexto. Determina-se como causa dessa regra o fato de que:</p><p>a) A tortura é procedimento aberrante que fere a dignidade da pessoa humana e, portanto, é flagrantemente ilícito. (X)</p><p>b) Se deve delimitar claramente, em nosso Estado de Direito, o que se pode denominar tortura para esse efeito especificamente.</p><p>c) O processo criminal não determina a realização de qualquer procedimento dessa natureza ou com tal finalidade.</p><p>d) A tortura psíquica ou física não pode ser aplicada quando inexistente o flagrante delito, hipótese em que será aceita.</p><p>e) Tal procedimento não é considerado efetivo para fins de investigação criminal eficiente em nosso Estado de Direito.</p><p>8) O município do Rio de Janeiro estabelece, por meio de lei específica, a majoração da alíquota do imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana dos imóveis localizados em seu território. O município de Niterói, por ser limítrofe ao Rio de Janeiro, poderá aumentar, na mesma proporção, a alíquota deste tributo das hipóteses de sua competência?</p><p>a) Sim, porque a majoração da alíquota em município limítrofe abre a Niterói o precedente de determinar o cumprimento de obrigação idêntica em seu benefício.</p><p>b) Não, já que o IPTU apenas será devido na hipótese de municípios que sejam capitais estaduais, o que não ocorre na hipótese analisada na questão presente.</p><p>c) Não, porque o IPTU apenas será devido em municípios com população acima de determinada faixa, em que não se encontra o de Niterói, apenas o Rio de Janeiro.</p><p>d) Sim, porque, sendo o Rio de Janeiro a capital do Estado, a ele compete o estabelecimento da alíquota do IPTU em todos os demais municípios da região.</p><p>e) Não. Uma lei do município do Rio de Janeiro necessariamente terá vigência em seu território e não fora dele. Essa é a norma de vigência e aplicação da lei no espaço. (X)</p><p>9) Olefrânio Maltinha é absolutamente incapaz e representado por seu irmão, Ridodendo maltinha. Enquanto seu irmão trabalha, passa as tardes sob os cuidados de Novelino, um octogenário que vive sozinho e que, em anos dessa convivência, se afeiçoou a Olefrânio, passando a tratá-lo como a um filho. Após o falecimento de Novelino, descobriu-seque, em testamento, deixara dois imóveis de sua propriedade para Olefrânio. Seu representante legal, Ridodendo, arguiu judicialmente a impossibilidade da cobrança dos impostos detransmissão e de propriedade predial urbana sobre os imóveis, por ser seu irmão, beneficiário dotestamento, absolutamente incapaz. Tal pretensão deverá ser acatada com a isenção tributária? Avalie o caso e apresente as razões que ensejaram</p><p>a sua resposta.</p><p>RESPOSTA: A capacidade fiscal independe da capacidade civil, nada impede que uma pessoa absolutamente incapaz, no momento em que surge a obrigação fiscal, se torne contribuinte, como no caso analisado. As chances de incidência são de se tornar proprietário do imóvel, que é realmente feito de Olefrânio. O facto de ser civilmente incompetente exige a sua representação para atos da vida civil e não qualquer isenção fiscal da qual possa tornar-se contribuinte.</p>